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Indicadores Macroeconômicos Brasil e Nordeste 2000 a 2009 Dezembro de 2010

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Indicadores Macroeconômicos Brasil e Nordeste

2000 a 2009

Dezembro de 2010

Page 2: Indicadores Macroeconômicos Brasil e Nordeste 2000 a 2009 · Indicadores Macroeconômicos Brasil e Nordeste 2000 a 2009 Dezembro de 2010 . Banco do Nordeste do Brasil S/A Presidente:

Banco do Nordeste do Brasil S/A Presidente: Roberto Smith Diretoria: Oswaldo Serrano de Oliveira João Emílio Gazzana Luís Carlos Everton de Farias José Sydrião de Alencar Júnior Paulo Sérgio Rebouças Ferraro Stélio Gama Lyra Júnior Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordest e Superintendente: José Narciso Sobrinho

Coordenação: Central de Informações Econômicas, Sociais e Tecnol ógicas Gerente: Francisco Diniz Bezerra

Elaboração: Hamilton Reis de Oliveira

Colaboração:

Antônio Ricardo de Norões Vidal

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Sumário Apresentação .................................................................................................. 10 1. Nível de Atividade Econômica .................................................................. 11

1.1. Índices de Crescimento e Variação Real do PIB e PIB Per Capita no Brasil – 2000 a 2009. .................................................................................... 11

1.2 Índices de Crescimento e Variação Real do PIB e PIB Per Capita no Nordeste – 2000 a 2009. ............................................................................... 14

1.3.Participação relativa dos agregados do PIB pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009. .................................................................................... 17

1.4.Índices de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009. ............................................................ 20

1.5.Participação relativa dos agregados do PIB pela ótica da produção no Brasil – 2000 a 2009. .................................................................................... 22

1.6.Índices de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica da produção no Brasil – 2000 a 2009. .......................................................... 25

1.7.Investimento Direto Estrangeiro (IDE) no Brasil no Brasil – 2000 a 2009. ...................................................................................................................... 27

1.8.Índices de Produção Física Industrial no Brasil - 2000 a 2009. .............. 29

1.9.Índices de Produção Física Industrial no Nordeste - 2000 a 2009. ......... 31

1.10.Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria no Brasil - 2000 a 2009 .................................................................................................. 33

1.11.Evolução do nível de Preços e da Taxa de Juros no Brasil – 2000 a 2009. ............................................................................................................. 35

2.Nível de Emprego e Rendimentos do Fator Trabalho .............................. 37

2.1.População economicamente ativa (PEA), pessoal ocupado e desocupado nas principais regiões metropolitanas – 2002 a 2009. .................................. 37

2.2.População economicamente ativa (PEA), pessoal ocupado e desocupado em Salvador – 2002 a 2009. ......................................................................... 39

2.3.População economicamente ativa (PEA), pessoal ocupado e desocupado em Recife – 2002 a 2009. ............................................................................. 41

2.4.Pessoal ocupado, empregos formais e informais nas principais regiões metropolitanas – 2002 a 2009. ...................................................................... 43

2.5.Pessoal ocupado, empregos formais e informais em Salvador – 2002 a 2009. ............................................................................................................. 45

2.6.Pessoal ocupado, empregos formais e informais em Recife - 2000 a 2009. ......................................................................................................................... 47

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2.7.Evolução dos empregos formais (RAIS) no Brasil e Nordeste – 2000 a 2009. ............................................................................................................. 49

2.8.Evolução da massa salarial real no Brasil e Nordeste e evolução do salário mínimo real no Brasil – 2000 a 2009. ................................................ 51

3.Finanças Públicas ....................................................................................... 54

3.1.Evolução da dívida líquida do setor público no Brasil. ............................ 54

3.2.Necessidades de financiamento do setor público no Brasil .................... 56

4.Setor Externo ................................... ............................................................ 58

4.1.Evolução do balanço de pagamentos e seus componentes no Brasil 2000 a 2009. .......................................................................................................... 58

4.2.Exportações, importações e saldo do comércio exterior do Brasil de 2000 a 2009. .......................................................................................................... 61

4.3.Exportações, importações e saldo do comércio exterior do Nordeste de 2000 a 2009. ................................................................................................. 63

4.4.Pauta de exportações da balança comercial do Brasil – 2000 a 2009. ... 65

4.5.Pauta de importações da balança comercial do Brasil – 2000 a 2009. ... 67

4.6.Pauta de exportações da balança comercial do Nordeste – 2000 a 2009. ...................................................................................................................... 69

4.7.Pauta de importações da balança comercial do Nordeste – 2000 a 2009. ...................................................................................................................... 71

4.8.Evolução do estoque de reservas internacionais no Brasil de 2000 a 2009. ............................................................................................................. 73

5.Operações de Crédito no Brasil ................................................................. 75

5.1.Saldo total das operações de crédito no Brasil – 2001 a 2009. .............. 75

5.2.Relação saldo total das operações de crédito no Nordeste e o PIB regional – 2004 a 2009. ................................................................................ 77

5.3.Saldo Total das operações de crédito com recursos livres no Brasil – 2000 a 2009. ................................................................................................. 79

5.4.Saldo total das operações de crédito com recursos direcionados no Brasil – 2000 a 2009. .............................................................................................. 81

5.5.Saldo das operações de crédito das agências oficiais de fomento no Nordeste de 2005 a 2009. ............................................................................. 84

Referências ...................................................................................................... 87

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Lista de Tabelas Tabela 1: PIB nacional: a preços correntes, constantes, taxas e índices reais de variação e de crescimento - 2000 a 2009. ....................................................... 12 Tabela 2: PIB Per Capita nacional: a preços correntes, constantes, taxas e índices reais de variação e de crescimento - 2000 a 2009. ............................. 13 Tabela 3: PIB do Nordeste: a preços correntes, constantes, taxas e índices reais de variação e de crescimento - 2000 a 2009. .......................................... 15 Tabela 4: PIB Per Capita do Nordeste: a preços correntes, constantes, taxas e índices reais de variação e de crescimento - 2000 a 2009. ............................. 16 Tabela 5: Composição do PIB a preços correntes¹ pela ótica da despesa no Brasil - 2000 a 2009. ........................................................................................ 18 Tabela 6: Composição do PIB a preços constantes¹ pela ótica da despesa no Brasil - 2000 a 2009. ........................................................................................ 18 Tabela 7: Participação relativa dos agregados do PIB pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009¹. ...................................................................................... 18 Tabela 8: Índice de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009¹. ..................................................... 20 Tabela 9: Composição do PIB a preços correntes pela ótica do produto no Brasil - 2000 a 2009. ........................................................................................ 22 Tabela 10: Composição do PIB a preços constantes¹ pela ótica do produto no Brasil - 2000 a 2009. ........................................................................................ 23 Tabela 11: Participação relativa dos agregados do PIB pela ótica do produto no Brasil – 2000 a 2009¹. ...................................................................................... 23 Tabela 12: Índice de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica do produto no Brasil – 2000 a 2009¹. ....................................................... 25 Tabela 13: Investimento Direto Estrangeiro Líquido¹ no Brasil ........................ 27 Tabela 14: Índices de Produção Física Industrial no Brasil – 2000 a 2009. ..... 29 Tabela 15: Índices de Produção Física Industrial no Nordeste ........................ 31 Tabela 16: Nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) por setores industriais no Brasil – 2000 a 2009¹. ................................................................ 34 Tabela 17: Índice de preços e taxa de juros¹ no Brasil – 2000 a 2009. ............ 35

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Tabela 18: Proporção de pessoas ocupadas e desocupadas na PEA nas principais regiões metropolitanas¹ – 2002 a 2009. ........................................... 38 . Tabela 19: Proporção de pessoas ocupadas e desocupadas na PEA em Salvador – 2002 a 2009. .................................................................................. 39 Tabela 20: Proporção de pessoas ocupadas e desocupadas na PEA em Recife – 2002 a 2009. ................................................................................................. 41 Tabela 21: Proporção de empregos formais, informais no total de pessoas ocupadas nas principais regiões metropolitanas – 2002 a 2009. ..................... 43 Tabela 22: Proporção de empregos formais, informais no total de pessoas ocupadas em Salvador – 2002 a 2009. ............................................................ 45 Tabela 23: Proporção de empregos formais, informais no total de pessoas ocupadas em Recife – 2002 a 2009. ................................................................ 47 Tabela 24: Evolução do estoque de empregos formais no Brasil e Nordeste - 2000 a 2009. .................................................................................................... 49 Tabela 25: Evolução da massa salarial real no Brasil e Nordeste – 2000 a 2009. ......................................................................................................................... 51 Tabela 26: Evolução real do salário mínimo e do PIB no Brasil – 2000 a 2009. ......................................................................................................................... 53 Tabela 27: Proporção entre a dívida líquida do setor público¹ e o PIB no Brasil – 2001 a 2009. .................................................................................................... 54 Tabela 28: Proporção entre a Necessidade de Financiamento do Setor Público¹ e o PIB no Brasil – 2002 a 2009. ...................................................................... 57 Tabela 29: Saldo do balanço de pagamentos e seus componentes (FOB) no Brasil - 2000 a 2009. ........................................................................................ 59 Tabela 30: Saldo do balanço de pagamentos e seus componentes a preços constantes no Brasil (FOB) – 2000 a 2009. ..................................................... 59 Tabela 31: Proporção do saldo do balanço de pagamentos e seus componentes no PIB no Brasil (FOB) – 2000 a 2009. ...................................... 60 Tabela 32: Exportações, importações e saldo comercial no Brasil de 2000 a 2009 (FOB). ...................................................................................................... 61 Tabela 33: Proporção das exportações, importações e do saldo comercial no PIB - Brasil de 2000 a 2009 (FOB). .................................................................. 62 Tabela 34: Proporção das exportações, importações e do saldo comercial no PIB no Nordeste de 2000 a 2009 (FOB). ......................................................... 63

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Tabela 35: Pauta de exportações da balança comercial do Brasil por fator agregado¹ – 2000 a 2009. ................................................................................ 66 Tabela 36: Pauta de importações da balança comercial do ............................. 68 Tabela 37: Pauta de exportações da balança comercial do ............................. 70 Tabela 38: Pauta de importações da balança comercial do Nordeste por fator agregado¹ – 2000 a 2009. ................................................................................ 71 Tabela 39: Proporção com o PIB e crescimento real do estoque de reservas internacionais¹ no Brasil de 2000 a 2009. ........................................................ 73 Tabela 40: Relação do saldo total de operações de crédito com o PIB e taxa de juros no Brasil – 2001 a 2009. .......................................................................... 76 Tabela 41: Relação do saldo total de operações de crédito no Nordeste com o PIB regional – 2004 a 2009. ............................................................................. 77 Tabela 42: Saldo total das operações de crédito com recursos livres¹ no Brasil – 2000 a 2009. ................................................................................................. 79 Tabela 43: Proporção entre o Saldo Total das Operações de Crédito com Recursos Direcionados¹ e PIB no Brasil – 2000 a 2009. .................................. 82 Tabela 44: Saldo das operações de crédito das agências oficiais de fomento no Nordeste de 2005 a 2010. ................................................................................ 85 Lista de Gráficos Gráfico 1: Variação e índices de crescimento real do PIB² no Brasil – 2000 a 2009. ................................................................................................................ 12 Gráfico 2: Variação e índices de crescimento real do PIB Per Capita² no Brasil – 2000 a 2009. ................................................................................................. 13 Gráfico 3: Variação e índices de crescimento real do PIB³ do Nordeste 2000 a 2009. ................................................................................................................ 15 Gráfico 4: Variação e índices de crescimento real do PIB Per Capita² no Nordeste – 2000 a 2009. .................................................................................. 16 Gráfico 5: Participação relativa dos agregados do PIB² pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009. .................................................................................. 19 Gráfico 6: Índice de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009. ...................................................... 21

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Gráfico 7: Participação Relativa dos Agregados do PIB pela ótica do Produto no Brasil – 2000 a 2009. ....................................................................................... 24 Gráfico 8: Índice de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica do produto no Brasil – 2000 a 2009. ........................................................ 26 Gráfico 9: Variações anuais e participação relativa do investimento direto estrangeiro líquido³ no PIB – Brasil – 2000 a 2009. ......................................... 28 Gráfico 10: Índices de Produção Física Industrial no Brasil – 2000 a 2009. .... 30 Gráfico 11: Índices de Produção Física Industrial no Nordeste ........................ 32 Gráfico 12: Nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) por setores industriais no Brasil - 2000 a 2009. .................................................................. 34 Gráfico 13: Índice de Preços e Taxa de Juros no Brasil – 2000 a 2009. .......... 36 Gráfico 14: Proporção entre pessoal ocupado, desocupado e PEA² nas Principais Regiões Metropolitanas³ - 2002 a 2009. .......................................... 38 Gráfico 15: Proporção entre Pessoal Ocupado, Desocupado e PEA² em Salvador - 2002 a 2009. ................................................................................... 40 Gráfico 16: Proporção entre Pessoal Ocupado, Desocupado e PEA² em Recife - 2002 a 2009. .................................................................................................. 42 Gráfico 17: Proporção entre Empregos Formais, Informais e Pessoal Ocupado nas Principais Regiões Metropolitanas² - 2002 a 2009. ................................... 44 Gráfico 18: Proporção entre Empregos Formais, Informais e Pessoal Ocupado em Salvador - 2002 a 2009. ............................................................................. 46 Gráfico 19: Proporção entre Empregos Formais, Informais e Pessoal Ocupado em Recife - 2002 a 2009. ................................................................................. 48 Gráfico 20: Evolução do Estoque de Empregos Formais no Brasil e Nordeste - 2000 a 2009. .................................................................................................... 50 Gráfico 21: Crescimento acumulado da massa salarial¹ real² no Brasil e Nordeste - 2000 a 2009. ................................................................................... 52 Gráfico 22: Crescimento acumulado do salário mínimo e PIB reais no Brasil - 2000 a 2009. .................................................................................................... 53 Gráfico 23: Relação¹ entre a dívida líquida do setor público² a preços correntes e PIB no Brasil – 2001 a 2009. ......................................................................... 55 Gráfico 24: Proporção¹ entre a Necessidade de Financiamento do Setor público² e o PIB no Brasil – 2002 a 2009. ........................................................ 57

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Gráfico 25: Proporção¹ do saldo do Balanço de Pagamentos (FOB) e PIB no Brasil – 2000 a 2009. ....................................................................................... 60 Gráfico 26: Saldo do Comércio Exterior e Taxa de Câmbio Brasil (FOB) de 2000 a 2009. .................................................................................................... 62 Gráfico 27: Saldo do Comércio exterior e taxa de câmbio de 2000 a 2009 no Nordeste (FOB). ............................................................................................... 64 Gráfico 28: Pauta de exportações² da balança comercial do Brasil por fator agregado³ de 2000 a 2009 (FOB). ................................................................... 66 Gráfico 29: Pauta de importações¹ da balança comercial do Brasil por fator agregado² de 2000 a 2009 (FOB). ................................................................... 68 Gráfico 30: Pauta de exportações² da balança comercial do Nordeste por fator agregado³ de 2000 a 2009 (FOB). ................................................................... 70 Gráfico 31: Pauta de importações¹ da balança comercial do Nordeste por fator agregado² de 2000 a 2009 (FOB). ................................................................... 72 Gráfico 32: Índice de Crescimento Real¹ do Estoque de Reservas Internacionais² no Brasil – 2000 a 2009. .......................................................... 74 Gráfico 33: Relação Saldo² Total das Operações de Crédito, Taxa de Juros e PIB no Brasil – 2001 a 2009. ............................................................................ 76 Gráfico 34: Relação Saldo² Total das Operações de Crédito e PIB no Nordeste - 2004 a 2009. .................................................................................................. 78 Gráfico 35: Relação do Saldo¹ Total das Operações de Crédito com recursos livres² e PIB no Brasil – 2000 a 2009. .............................................................. 80 Gráfico 36: Relação do Saldo¹ das Operações de Crédito com Recursos Direcionados² e PIB no Brasil – 2000 a 2009. .................................................. 83 Gráfico 37: Saldo³ das Operações de Crédito das Agências Oficiais de Fomento no Nordeste - 2005 a 2009. ............................................................... 86

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Apresentação O documento “Indicadores de Desempenho Macroeconômico - Brasil e Nordeste” foi elaborado pelo Banco do Nordeste, através da Central de Informações Econômicas, Sociais e Tecnológicas, do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (ETENE), tendo como objetivo retratar a evolução da economia brasileira e da região Nordeste de 2000 a 2009, apresentando o comportamento dos principais agregados macroeconômicos e suas variações nesse período. Apresentado de forma sintética, preponderantemente na forma de Gráficos e Tabelas, o trabalho foi desenvolvido visando transformar os dados disponíveis sobre agregados macroeconômicos em informações úteis a serem utilizadas em análises posteriores sobre as tendências relativas ao comportamento do nível de atividade, mercado de trabalho, finanças públicas, comércio exterior e crédito, temas abordados no documento. Espera-se, com a sistematização das informações sobre agregados macroeconômicos empreendida neste trabalho, contribuir para estimular o debate e facilitar a elaboração de outros estudos nesta temática, permitindo os pesquisadores focarem os seus esforços na análise do conteúdo.

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1. Nível de Atividade Econômica Neste primeiro tópico serão demonstradas as variações ocorridas com o PIB e seus componentes (pela ótica da despesa e do produto), com o PIB Per Capita, investimentos estrangeiros diretos, atividade industrial, nível de preços e taxa de juros no Brasil e quando possível para o Nordeste entre os anos 2000 a 2009.

1.1. Índices de Crescimento e Variação Real do PIB e PIB Per Capita no Brasil – 2000 a 2009.

As variações anuais em termos reais do PIB e PIB Per Capita no Brasil apresentaram considerável oscilação no período de 2000 a 2009, com picos de alta e de baixa significativos. O PIB nacional alcançou variações positivas da ordem de 5,7% em 2004 e 6,1% em 2007 (Gráfico 1). Em contraposição, os recuos atingiram patamares próximos a 1% (2001 e 2003), chegando mesmo a valores negativos (-0,6% em 2009). Em valores monetários, o PIB cresceu de R$ 2,37 trilhões em 2000 (a preços de 2009), para R$ 3,18 trilhões em 2009, o que corresponde a uma taxa média de crescimento anual em torno de 3,6% ao ano. Paralelamente, a taxa de variação do PIB Per Capita, apresentou tetos ligeiramente inferiores (4,3% e 4,9%), mas os picos de baixa foram todos negativos (Gráfico 2). A sua taxa média de crescimento foi de 1,9% ao ano, permitindo um crescimento em termos reais de R$ 14 mil em 2000 para 16,6 mil em 2009 (Tabela 2). Não obstante o grau de oscilação das variações anuais e aos recuos observados em 2009, de 0,6% e 1,6%, o PIB e o PIB Per Capita no Brasil tiveram um crescimento acumulado, em termos reais, consistente ao longo do período com curvas solidamente ascendentes no intervalo de 2000 a 2009 como mostram os Gráficos 1 e 2, onde são atingidos índices de crescimento da ordem de 132,3 e 118,3 respectivamente.

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Tabela 1: PIB nacional: a preços correntes, constan tes, taxas e índices reais de variação e de crescimento - 2000 a 2009.

2000 1.179.482 151,3 2.408.236 4,3 1002001 1.302.136 164,9 2.439.859 1,3 101,32002 1.477.822 182,3 2.504.715 2,7 104,02003 1.699.948 207,3 2.533.435 1,1 105,22004 1.941.498 224,0 2.678.152 5,7 111,22005 2.147.239 240,1 2.762.773 3,2 114,72006 2.369.484 254,9 2.872.096 4,0 119,32007 2.661.344 269,8 3.047.048 6,1 126,52008 3.031.864 292,3 3.204.351 5,2 133,12009 3.185.125 309,0 3.185.125 -0,6 132,3

Fonte : IBGE - Contas Nacionais TrimestraisNotas : 1 - A preços de 2009. 2 - Ano imediatamente anterior = 100.Elaboração : BNB/ETENE/CIEST

AnosVariação real

anual (%)²

PIB a preços constantes¹

R$ 1.000.000

PIB a preços correntes

R$ 1.000.000

Índice do Deflator do PIB

(1995=100)

Crescimento Acumulado

(Índice)

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

95

100

105

110

115

120

125

130

135

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Var

iaçã

o R

eal (

%)

Índi

ce C

resc

. Acu

mul

ado

Crescimento Acumulado Variação Real¹

Gráfico 1: Variação e índices de crescimento real d o PIB² no Brasil – 2000 a 2009. Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais. Nota: 1 - Base = Ano imediatamente anterior. 2 - Valores obtidos a partir do PIB deflacionado a preços de 2009. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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Tabela 2: PIB Per Capita nacional: a preços correntes, constantes, taxas e índices reais de variação e de crescimento - 2000 a 2009.

2000 6.886 14.060 2,8 1002001 7.492 14.038 -0,2 99,82002 8.382 14.207 1,2 101,02003 9.511 14.174 -0,2 100,82004 10.720 14.788 4,3 105,22005 11.709 15.066 1,9 107,22006 12.769 15.478 2,7 110,12007 14.183 16.239 4,9 115,52008 15.990 16.899 4,1 120,22009 16.634 16.634 -1,6 118,3

Fonte : IBGE - Contas Nacionais TrimestraisNotas : 1 - A preços de 2009, corrigido pelo índice do deflator implícito do PIB. 2 - Base = ano imediatamente anterior.Elaboração : BNB/ETENE/CIEST

Crescimento Acumulado

(Índice)

PIB Per Capita a preços

correntes R$ 1,00

AnosVariação real

anual (%)²

PIB Per Capita a preços

constantes¹ R$ 1,00

-2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

95

100

105

110

115

120

125

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Var

aiçã

o R

eal (

%)

Índi

ce C

resc

. Acu

mul

ado

Crescimento Acumulado Variação Real¹

Gráfico 2: Variação e índices de crescimento real d o PIB Per Capita² no Brasil – 2000 a 2009. Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais. Nota: 1 - Base = Ano imediatamente anterior. 2 - Valores obtidos a partir do PIB deflacionado a preços de 2009. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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1.2 Índices de Crescimento e Variação Real do PIB e PIB Per Capita no Nordeste – 2000 a 2009.

O perfil das taxas de variação real e de índices de crescimento acumulado do PIB e PIB Per Capita do Nordeste é ligeiramente favorável (Tabelas 3 e 4) aos já mostrados no plano nacional. Com relação às variações anuais, o PIB do Nordeste atinge seu maior teto em 2002 com uma variação de 6,0% em relação ao ano anterior, significativamente superior ao observado no plano nacional, de 2,7%. Mesmo com um ligeiro recuo de 0,4% em 2003, suas variações anuais a partir do ano seguinte mantém uma trajetória relativamente estável até 2008 (Gráfico 3), diferentemente das variações ocorridas com o PIB nacional no mesmo período. Com uma taxa média de crescimento em torno de 4,9% ao ano (superior em 1,3 pontos à taxa do PIB nacional), o PIB do Nordeste elevou-se de R$ 299,7 bilhões em 2000 para R$ 415,7 em 2009, o que equivale a um índice aproximado de crescimento de 138,7. Mesmo com uma retração de 1% em 2009, maior do que a ocorrida no cenário nacional, o PIB do Nordeste supera o índice de crescimento do PIB nacional em 6,4 pontos entre 2000 e 2009 (Tabela 3). O PIB Per Capita nordestino preserva trajetória idêntica ao PIB do Nordeste (comparar Gráficos 3 e 4), exceto pela magnitude das variações, favoráveis a este último (comparar Tabelas 3 e 4). De modo idêntico, a taxa média de crescimento do PIB Per Capita superou a taxa obtida no plano nacional, 3,7% contra 2,3%, elevando-o de R$ 6,2 mil em 2000 para R$ 7,7 mil em 2009, o que resulta num índice de crescimento 124,6. Mesmo com o recuo de 2% em 2009, o PIB Per Capita nordestino acaba por superar o nacional em 6,3 pontos em termos de crescimento acumulado real no período de 2000 a 2009. É importante salientar que, mesmo com os resultados positivos, o PIB Per Capita observado no Nordeste, considerando a média do período, R$ 6,8 mil a preços de 2009, ainda não atinge a metade do PIB Per Capita médio do Brasil, R$ 14,9 mil, já que a razão entre ambos no período em questão situou-se em torno de 45,9%.

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Tabela 3: PIB do Nordeste: a preços correntes, cons tantes, taxas e índices reais de variação e de crescimento - 2000 a 2009.

2000 146.827 299.788 4,3 100,02001 163.465 306.290 2,2 102,22002 191.592 324.723 6,0 108,32003 217.037 323.451 -0,4 107,92004 247.043 340.777 5,4 113,72005 280.545 360.967 5,9 120,42006 311.104 377.095 4,5 125,82007 347.797 398.203 5,6 132,82008 397.503 420.117 5,5 140,12009³ 415.750 415.750 -1,0 138,7

Fonte : IBGE - Contas RegionaisNotas : 1 - A preços de 2009, calculado pelo índice do deflator implícito do PIB Nacional. 2 - Ano imediatamente anterior = 100. 3 - Em 2009 o PIB do Nordeste é uma projeção realizada pelo BNB/ETENE.Elaboração : BNB/ETENE/CIEST

Crescimento Acumulado

(Índice)

PIB a preços correntes

R$ 1.000.000

PIB a preços constantes¹

R$ 1.000.000

Variação real anual (%)²

Anos

-2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

95,0

100,0

105,0

110,0

115,0

120,0

125,0

130,0

135,0

140,0

145,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009¹

Var

iaçã

o R

eal (

%)

Índi

ce C

resc

. Acu

mul

ado

Crescimento Acumulado Variação Real²

Gráfico 3: Variação e índices de crescimento real d o PIB³ do Nordeste 2000 a 2009. Fonte : IBGE – Contas Regionais. Notas : 1 - Em 2009 o PIB do Nordeste é uma projeção realizada pelo BNB/ETENE. 2 - Base = Ano imediatamente anterior. 3 - Valores obtidos a partir do PIB deflacionado a preços de 2009. Elaboração : BNB/ETENE/CIEST

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Tabela 4: PIB Per Capita do Nordeste: a preços correntes, constantes, taxas e índices reais de variação e de crescimento - 2000 a 2009.

2000 3.049 6.226 3,1 1002001 3.347 6.273 0,7 100,72002 3.870 6.560 4,6 105,42003 4.327 6.449 -1,7 103,62004 4.863 6.709 4,0 107,82005 5.457 7.022 4,7 112,82006 5.983 7.253 3,3 116,52007 6.617 7.578 4,5 121,72008 7.488 7.915 4,4 127,12009³ 7.758 7.758 -2,0 124,6

Fonte : IBGE - Contas RegionaisNotas : 1 - A preços de 2009, calculado pelo índice do deflator implícito do PIB Nacional. 2 - Ano imediatamente anterior = 100. 3 - Em 2009 o PIB do Nordeste é uma projeção realizada pelo BNB/ETENE.Elaboração : BNB/ETENE/CIEST

PIB Per Capita a preços

constantes¹ R$ 1,00

PIB Per Capita a preços

correntes R$ 1,00

AnosVariação real

anual (%)²

Crescimento Acumulado

(Índice)

-3,0

-2,0

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

95

100

105

110

115

120

125

130

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009¹

Var

iaçã

o R

eal (

%)

Índi

ce C

resc

. Acu

mul

ado

Crescimento Acumulado Variação Real²

Gráfico 4: Variação e índices de crescimento real d o PIB Per Capita³ no Nordeste – 2000 a 2009. Fonte : IBGE – Contas Regionais Notas : 1 - Em 2009 o PIB do Nordeste é uma projeção realizada pelo BNB/ETENE. 2 - Base = Ano imediatamente anterior. 3 - Valores obtidos a partir do PIB deflacionado a preços de 2009. Elaboração : BNB/ETENE/CIEST

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1.3.Participação relativa dos agregados do PIB pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009. Na composição do PIB, segundo a ótica da despesa e a preços constantes, o consumo das famílias foi o agregado com maior participação relativa durante o período entre 2000 e 2009, em média, 61% do PIB, seguido pelos gastos públicos, 19,9%, pela formação bruta de capital fixo (FBCF), 16,6% e pelo saldo comercial 1,5%. Embora as despesas de consumo de bens finais a preços constantes tivessem um crescimento em torno de 27%, elevando-as de R$ 1,5 trilhões para R$ 1,9 trilhões (Tabela 6) entre 2000 e 2009, a sua relação com o PIB apresentou um recuo ao longo do período abordado (Tabela 7), caindo de 64,3% para 61,7% do PIB, ou 2,6 pontos percentuais. O resultado de 2009, entretanto, representa uma recuperação em relação ao ano anterior, de 2,8 pontos percentuais, uma vez que em 2008 as despesas atingiram o mais baixo resultado do período, 58,9% do PIB (Gráfico). As despesas com investimento (FBCF) também seguiram trajetória de queda em relação ao PIB, a despeito de seu crescimento absoluto, R$ 86,3 bilhões de 2000 a 2009 (Tabela 6). Nesse período, sua proporção no PIB recuou de 18,3% para 16,5%, ou 1,8 pontos, resultado que poderia ser mais favorável não fosse o recuo de 4,2 pontos de 2008 para 2009 (Gráfico 5), dado que em 2008 os investimentos alcançam seu melhor resultado 20,7% do PIB. Por outro lado, as despesas governamentais cresceram tanto em termos absolutos como também em relação ao PIB. No período compreendido, o consumo do governo teve uma variação positiva de 50,5%, significando uma variação de R$ 462 bilhões em 2000 para R$ 695 bilhões em 2009 (Tabela 6), valores que correspondem a 19,2% e 21,8% do PIB respectivamente, o que representa um acréscimo de em 2,6 pontos percentuais. O saldo comercial (exportações menos importações) inicia a série histórica com déficits de 1,8 e 1,3% do PIB (R$ 42,4 e R$ 32 bilhões a preços constantes) em 2000 e 2001(Tabelas 6 e 7). A partir de 2002 ele inicia trajetória de recuperação, vindo a alcançar em 2004, um superávit de R$ 103,8 bilhões (3,9% do PIB) seu melhor resultado no período. A partir de 2005, os superávits iniciam trajetória inversa, declinando sucessivamente, finalizando o período com um déficit aproximado de 0,1% do PIB (R$ 1,7 bilhões) em 2009.

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Tabela 5: Composição do PIB a preços correntes¹ pel a ótica da despesa no Brasil - 2000 a 2009.

2000 758.941 226.085 215.257 117.691 -138.492 -20.8012001 826.468 258.043 234.754 158.619 -175.748 -17.1292002 912.058 304.044 239.351 208.323 -185.954 22.3692003 1.052.759 329.596 268.095 254.770 -205.272 49.4982004 1.160.611 373.284 314.333 318.892 -243.622 75.2702005 1.294.230 427.553 347.976 324.842 -247.362 77.4802006 1.428.906 474.773 397.027 340.457 -271.679 68.7782007 1.594.068 539.061 487.761 355.672 -315.218 40.4542008 1.786.840 612.105 627.158 414.294 -408.534 5.7602009 1.966.493 694.598 525.816 354.236 -356.015 -1.779

Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais Notas: 1 - Em R$ 1.000.000 correntes. 2 - Formação Bruta de Capital Fixo. Inclusa a variação de estoques.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Gasto público FBCF² ExportaçõesConsumo famílias

ImportaçõesAnos Saldo comercial

Tabela 6: Composição do PIB a preços constantes¹ pe la ótica da despesa no Brasil - 2000 a 2009.

2000 1.549.586 461.615 439.506 240.298 -282.769 -42.4712001 1.548.583 483.504 439.867 297.210 -329.305 -32.0952002 1.545.819 515.315 405.669 353.080 -315.168 37.9132003 1.568.928 491.197 399.542 379.684 -305.917 73.7672004 1.600.977 514.918 433.599 439.888 -336.058 103.8292005 1.665.238 550.117 447.728 417.962 -318.272 99.6912006 1.732.004 575.481 481.244 412.674 -329.307 83.3672007 1.825.094 617.186 558.451 407.219 -360.902 46.3172008 1.888.496 646.929 662.838 437.864 -431.776 6.0882009 1.966.493 694.598 525.816 354.236 -356.015 -1.779

Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais Notas : 1 - A preços de 2009, corrigido pelo índice do deflator implícito do PIB. 2 - Formação Bruta de Capital Fixo. Inclusa a variação de estoques.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Saldo comercial

Exportações ImportaçõesConsumo famílias

FBCF²Anos Gasto público

Tabela 7: Participação relativa¹ dos agregados do PIB pela ót ica da despesa no Brasil – 2000 a 2009.

2000 64,3 19,2 18,3 10,0 -11,7 -1,82001 63,5 19,8 18,0 12,2 -13,5 -1,32002 61,7 20,6 16,2 14,1 -12,6 1,52003 61,9 19,4 15,8 15,0 -12,1 2,92004 59,8 19,2 16,2 16,4 -12,5 3,92005 60,3 19,9 16,2 15,1 -11,5 3,62006 60,3 20,0 16,8 14,4 -11,5 2,92007 59,9 20,3 18,3 13,4 -11,8 1,52008 58,9 20,2 20,7 13,7 -13,5 0,22009 61,7 21,8 16,5 11,1 -11,2 -0,1

Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais Notas: 1: Valores calculados a partir de preços de 2009, corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB. 2 - Formação Bruta de Capital Fixo. Inclusa a variação de estoques.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Saldo comercial

Gasto PúblicoAnos

Percentual do PIB (%)¹

Exportações ImportaçõesConsumo famílias

FBCF²

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64,3 63,5 61,7 61,9 59,8 60,3 60,3 59,9 58,9 61,7

19,2 19,8 20,6 19,4 19,2 19,9 20,0 20,3 20,221,8

18,3 18,0 16,2 15,8 16,2 16,2 16,8 18,3 20,7 16,5

-1,8 -1,3

1,5 2,9 3,9 3,6 2,9 1,5 0,2

-0,1

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Pro

porç

ão n

o P

IB (

%)

Consumo Final Gasto Público FBCF¹ Saldo comercial

Gráfico 5: Participação relativa dos agregados do PIB² pela ót ica da despesa no Brasil – 2000 a 2009. Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais Notas: 1 – Formação Bruta de Capital Fixo. Inclusa a variação de estoques. 2 – Valores calculados a partir de preços de 2009, corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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1.4.Índices de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009. Apesar do pequeno papel relativo do saldo comercial na formação do produto, as exportações obtiveram, dentre os demais componentes e em relação ao próprio PIB, o maior índice médio de crescimento acumulado ao longo do período de 2000 a 2009, 163,7, com destaque para os tetos de 183,1 em 2004 e 182,2 em 2008 (Gráfico 6). As importações mostraram índices de crescimento mais modestos, proporcionando uma média de 116,4 no mesmo intervalo. Em contraste com as exportações, elas iniciaram uma trajetória de alta consistente a partir de meados do período, culminando com o pico 152,7 e 2008. A FBCF, que desde 2001 apresentava baixas taxas de crescimento (com recuos inclusive - 2002 e 2003), iniciou um sólido ritmo de crescimento, atingindo um índice acumulado de 150,8 em 2008, mas, a exemplo das exportações e importações, recuou abruptamente em 2009. De todos os agregados, foi o que mostrou o menor índice médio de crescimento, 100,9. Similarmente, os gastos públicos e as despesas de consumo final tiveram um firme curso de crescimento acumulado, principalmente a partir de 2003, atingindo índices de 150,5 e 126,9 respectivamente em 2009 (Tabela 8). Contudo, ao contrário dos demais e do próprio PIB, foram os únicos agregados que mantiveram o perfil da curva ascendente até o final do período estudado. Como resultado, a contribuição desses agregados possibilitou um crescimento real do PIB nacional de 32,8% em 2009 em comparação com 2000. Tabela 8: Índice de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009¹.

2000 100 100 100 100 100 1002001 101,3 99,9 104,7 100,1 123,7 116,52002 104,0 99,8 111,6 92,3 146,9 111,52003 105,2 101,2 106,4 90,9 158,0 108,22004 111,2 103,3 111,5 98,7 183,1 118,82005 114,7 107,5 119,2 101,9 173,9 112,62006 119,3 111,8 124,7 109,5 171,7 116,52007 126,5 117,8 133,7 127,1 169,5 127,62008 133,1 121,9 140,1 150,8 182,2 152,72009 132,3 126,9 150,5 119,6 147,4 125,9

Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais Notas: 1: Valores calculados a partir de preços de 2009, corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB. 2 - Formação Bruta de Capital Fixo. Inclusa a variação de estoques.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Gasto público FBCF²PIBConsumo famílias

ImportaçõesExportações Anos

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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

PIB¹ 101,3 104,0 105,2 111,2 114,7 119,3 126,5 133,1 132,3

Consumo 99,9 99,8 101,2 103,3 107,5 111,8 117,8 121,9 126,9

Gasto Público 104,7 111,6 106,4 111,5 119,2 124,7 133,7 140,1 150,5

FBCF² 100,1 92,3 90,9 98,7 101,9 109,5 127,1 150,8 119,6

Exportações 123,7 146,9 158,0 183,1 173,9 171,7 169,5 182,2 147,4

Importações 116,5 111,5 108,2 118,8 112,6 116,5 127,6 152,7 125,9

Cre

sc.

Acu

mul

ado

(200

0 =

100)

Gráfico 6: Índice de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica da despesa no Brasil – 2000 a 2009. Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais Notas: 1 - A preços de 2009, calculados pelo deflator implícito bruto do PIB. 2 – Formação Bruta de Capital Fixo. Inclusa a variação de estoques. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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1.5.Participação relativa dos agregados do PIB pela ótica da produção no Brasil – 2000 a 2009. Pela ótica do produto (ou valor adicionado) o setor de serviços foi o maior responsável pela formação do produto a preços constantes, na média 56,8%, seguido pela contribuição da indústria, 23,9%, 14% relativos aos impostos líquidos e 5% do setor agropecuário entre os anos de 2000 e 2009. Com um aumento de 35%, o valor adicionado do setor de serviços na composição do PIB, cresce de R$ 1,4 trilhões em 2000 para R$ 1,9 trilhões em 2009. Esse crescimento em termos absolutos é acompanhado pelo seu crescimento na relação com o PIB, variando de 57,7% para 58,9% (1,2 pontos), sendo a maior entre as verificadas pelos demais agregados entre 2000 a 2009. Impostos líquidos e o setor agropecuário tiveram, de acordo com a Tabela 7, incrementos abaixo de um (01) ponto percentual na formação do PIB, 0,6 e 0,3 pontos. Expressos monetariamente representam aumentos de R$ 122 e R$ 50 bilhões (38 e 43% respectivamente) do valor adicionado por cada setor em 2009 em confronto com 2000. No setor industrial houve queda do valor adicionado: recuou de 24% para 21,% do PIB (Gráfico 7), significando que sua participação na composição do PIB pela ótica da produção recuou 2,1 pontos, embora ela tenha crescido de forma absoluta de R$ 578 para R$ 697 bilhões (Tabela 10) ao longo do período. Tabela 9: Composição do PIB a preços correntes¹ pel a ótica da produção no Brasil - 2000 a 2009.

2000 57.241 283.321 681.086 1.021.648 157.8342001 66.819 301.171 750.623 1.118.613 183.5232002 84.251 344.406 844.472 1.273.129 204.6932003 108.619 409.504 952.491 1.470.614 229.3342004 115.194 501.771 1.049.293 1.666.258 275.2402005 105.163 539.283 1.197.807 1.842.253 304.9862006 111.566 584.952 1.337.903 2.034.421 335.0632007 127.267 636.280 1.524.311 2.287.858 373.4862008 152.273 719.987 1.707.849 2.580.110 451.7532009 166.704 696.610 1.877.417 2.740.734 444.393

Fonte: IBGE - Contas Nacionais TrimestraisNota: 1 - Em R$ 1.000.000 correntes.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Impostos líquidos

Valor adicionado

Indústria Serviços Agropecuária Anos

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Tabela 10: Composição do PIB a preços constantes¹ p ela ótica da produção no Brasil - 2000 a 2009.

2000 116.873 578.478 1.390.624 2.085.975 322.2612001 125.201 564.315 1.406.469 2.095.986 343.8742002 142.794 583.723 1.431.269 2.157.787 346.9282003 161.875 610.284 1.419.499 2.191.658 341.7772004 158.902 692.156 1.447.422 2.298.479 379.6732005 135.309 693.875 1.541.174 2.370.359 392.4142006 135.231 709.031 1.621.698 2.465.960 406.1362007 145.712 728.495 1.745.227 2.619.433 427.6152008 160.936 760.948 1.805.011 2.726.896 477.4542009 166.704 696.610 1.877.417 2.740.734 444.393

Fonte: IBGE - Contas Nacionais TrimestraisNota: 1: A R$ 1.000.000 de 2009, corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Indústria Impostos líquidos

Serviços Valor

adicionado Anos Agropecuária

Tabela 11 : Participação relativa dos agregados do PIB pela óti ca da produção no Brasil – 2000 a 2009.

2000 4,9 24,0 57,7 86,6 13,42001 5,1 23,1 57,6 85,9 14,12002 5,7 23,3 57,1 86,1 13,92003 6,4 24,1 56,0 86,5 13,52004 5,9 25,8 54,0 85,8 14,22005 4,9 25,1 55,8 85,8 14,22006 4,7 24,7 56,5 85,9 14,12007 4,8 23,9 57,3 86,0 14,02008 5,0 23,7 56,3 85,1 14,92009 5,2 21,9 58,9 86,0 14,0

Fonte: IBGE - Contas Nacionais TrimestraisNota: 1: Valores calculados a partir de preços de 2009, corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Impostos líquidos

Valor adicionado

Percentual do PIB (%)¹

Serviços Indústria AgropecuáriaAnos

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4,9 5,1 5,7 6,4 5,9 4,9 4,7 4,8 5,0 5,2

24,0 23,1 23,3 24,1 25,8 25,1 24,7 23,9 23,7 21,9

57,7 57,6 57,1 56,0 54,0 55,8 56,5 57,3 56,3 58,9

13,4 14,1 13,9 13,5 14,2 14,2 14,1 14,0 14,9 14,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Pro

porç

ão d

o P

IB (

%)

Agropecuária Indústria Serviços Impostos Líquidos

Gráfico 7: Participação relativa dos agregados do P IB pela ótica da produção no Brasil – 2000 a 2009¹. Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais Nota: 1 - Com base em valores deflacionados aos preços de 2009 pelo deflator do PIB. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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1.6.Índices de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica da produção no Brasil – 2000 a 2009. Em relação ao crescimento acumulado, o setor de serviços e o agropecuário foram os únicos a mostrarem uma tendência de alta consistente, atingindo em 2009 índices de 135,5 e 142,7 respectivamente, considerando 2000 como o ano-base. Embora a participação relativa do setor agropecuário seja a menor na formação do PIB, diferentemente dos outros agregados, apresentou a melhor média dos índices de crescimento, 126, 7, em razão dos picos de alta observados em 2003 e 2004, onde foram alcançados índices da ordem de 138,5 e 136,0 (Tabela 12). Impostos líquidos e o setor industrial, a partir de meados do período, impulsionaram o PIB com significativos níveis de crescimento, atingindo os respectivos índices de 148,4 e 128,8 em 2008, sofrendo ambos, contudo, razoáveis decréscimos no ano seguinte, interrompendo de certa maneira a tendência inicialmente observada (gráfico 8). Tabela 12: Índice de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica da produção no Brasil – 2000 a 2009¹.

2000 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,02001 101,3 107,1 97,6 101,1 100,5 106,72002 104,0 122,2 100,9 102,9 103,4 107,72003 105,2 138,5 105,5 102,1 105,1 106,12004 111,2 136,0 119,7 104,1 110,2 117,82005 114,7 115,8 119,9 110,8 113,6 121,82006 119,3 115,7 122,6 116,6 118,2 126,02007 126,5 124,7 125,9 125,5 125,6 132,72008 133,0 138,0 128,8 130,8 130,7 148,42009 132,8 142,7 120,7 135,5 131,8 139,2

Fonte: IBGE - Contas Nacionais TrimestraisNota: 1: Valores calculados a partir de preços de 2009, corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Anos PIB Agropecuária Valor

adicionado Indústria

Impostos líquidos

Serviços

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2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

PIB¹ 101,3 104,0 105,2 111,2 114,7 119,3 126,5 133,0 132,8

Agropecuária 107,1 122,2 138,5 136,0 115,8 115,7 124,7 138,0 142,7

Indústria 97,6 100,9 105,5 119,7 119,9 122,6 125,9 128,8 120,7

Serviços 101,1 102,9 102,1 104,1 110,8 116,6 125,5 130,8 135,5

Impostos Líquidos 106,7 107,7 106,1 117,8 121,8 126,0 132,7 148,4 139,2

Cre

sc.

Acu

mul

ado

(200

0=10

0)

Gráfico 8: Índice de crescimento acumulado do PIB e seus componentes pela ótica do produto no Brasil – 2000 a 2009¹. Fonte: IBGE - Contas Nacionais Trimestrais Nota: 1 - A preços de 2009, calculados pelo deflator implícito do PIB. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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1.7.Investimento Direto Estrangeiro (IDE) no Brasil no Brasil – 2000 a 2009. O fluxo de capitais externos destinados a investimentos diretos no Brasil apresentou oscilações significativas ao longo da década (Gráfico 9). No início da mesma, a participação relativa desses capitais na composição do PIB atingia um percentual de 5,1%, o que representava aproximadamente um montante de R$ 122,4 bilhões, por sinal, o maior em todo o período. Em três (03) anos, porém, experimentou acentuada retração, em torno de 62% uma vez que sua participação cai ao nível de 1,8% do PIB em 2003 (Tabela 13), o equivalente a R$ 45,7 bilhões. Observa-se posteriormente dois aparentes movimentos de recuperação do ingresso de IDEs, em 2004 ao elevar-se para 2,7% do PIB e no biênio 2007/2008 com respectivos 2,5 e 2,7% aos quais, entretanto, sucederam-se recuos consideráveis em torno de 1,7 e 1,6 do PIB. A característica da curva de variação real confirma a inconsistência da trajetória do fluxo de IDEs ao longo do período, com picos de alta e de baixa se alternando praticamente a cada ano e, além disso, acentuadamente, como está demonstrado no Gráfico 9, onde as variações positivas alcançam tetos da ordem de mais de 50% (2004 e 2007), e as negativas recuos entre 30 e 40% (2003, 2005 e 2009). Tabela 13: Investimento Direto Estrangeiro Líquido¹ no Brasil

2000 32.779 1,830 59.993 122.492 5,1 9,02001 22.457 2,350 52.785 98.904 4,1 -19,32002 16.590 2,921 48.462 82.138 3,3 -17,02003 10.144 3,078 31.225 46.534 1,8 -43,32004 18.146 2,926 53.093 73.238 2,7 57,42005 15.066 2,435 36.689 47.207 1,7 -35,52006 18.822 2,176 40.959 49.648 1,7 5,22007 34.585 1,948 67.366 77.130 2,5 55,42008 45.058 1,835 82.662 87.365 2,7 13,32009 25.949 1,998 51.835 51.835 1,6 -40,7

Fonte: BACEN e IPEANotas: 1 - Diferença entre ingresso e saída de capitais. 2: Taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anual. 3 - A R$ 1.000.000 de 2009, corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

IDE R$ constantes³

Anos IDE R$ correntes

Variação real anual (%)

IDE /PIB (%)R$/US$²IDE US$ correntes

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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

IDE/PIB¹ 5,1 4,1 3,3 1,8 2,7 1,7 1,7 2,5 2,8 1,6

Variação Real² 9,0 -19,3 -17,0 -43,3 57,4 -35,5 5,2 55,4 13,3 -40,7

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

-60,0

-40,0

-20,0

0,0

20,0

40,0

60,0

80,0

Pro

porç

ão ID

E/ P

IB (

%)

Var

iaçã

o R

eal (

%)

Gráfico 9 : Variações anuais e participação relativa do investi mento direto estrangeiro líquido³ no PIB – Brasil – 2000 a 2009. Fonte: BACEN e IPEA Notas: 1 – A partir de valores corrigidos pelo deflator implícito do PIB com base em 2009. 2 - Base = Ano imediatamente anterior 3 - Diferença entre ingresso e saída de capitais 4 - Valores convertidos pela taxa de câmbio (R$/US$) comercial (venda) média anual. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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1.8.Índices de Produção Física Industrial no Brasil - 2000 a 2009. Retirados os efeitos da sazonalidade, pode-se observar, de acordo com o Índice 1, que o comportamento da produção física industrial no Brasil e no Nordeste, a partir de 2003, adquire a forma de um ciclo estável e ascendente, culminando em 2008 num índice de crescimento da ordem de 128,75 no âmbito nacional (Gráfico 12) e 118,2 no plano regional (Gráfico13), considerando como base a média de 2002. Mesmo com o recuo ano seguinte, os índices nacional (118,82) e nordestino (112,82) ficaram bem acima do observado em 2002 (99,4 e 103,04, respectivamente), demonstrando uma aparente tendência de alta tanto para o Brasil quanto para o Nordeste. O recuo da produção física industrial nordestina, porém foi menor no mesmo período, 5,36 pontos percentuais, contra 9,93 na produção física nacional. Por outro lado, quando observada pelas variações anuais ocorridas em agosto (Índice 2), a produção física industrial no Brasil e no Nordeste apresentou comportamento instável, alternando elevações e recuos significativos dos índices e, culminando, a partir de agosto de 2007, numa queda acentuada até o fim do período, atingindo índice de 92,94 para a produção física nacional, o mais baixo do período. Tabela 14: Índices de Produção Física Industrial no Brasil – 2000 a 2009.

ago/00 97,13 108,02 106,03ago/01 97,72 99,95 104,65ago/02 99,39 100,38 98,99ago/03 98,3 97,24 101,65ago/04 110,08 113,34 106,92ago/05 112,57 103,68 105,04ago/06 115,57 103,24 102,19ago/07 123,61 106,61 104,48ago/08 128,75 101,94 106,44ago/09 118,82 92,94 91,17

Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Produção FísicaNotas: 1 - Com ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100). 2 - Índice mensal (Base: igual mês do ano anterior = 100).

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

PeríodoÍndices de produção física

Base fixa mensal¹

Mensal² Acumulado de

12 meses³

3 - Índice Acum. de 12 Meses (Base: últimos 12 meses anteriores = 100).

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Pro

duçã

oF

ísic

a

ago/00 ago/01 ago/02 ago/03 ago/04 ago/05 ago/06 ago/07 ago /08 ago/09

Índice 1 97,13 97,72 99,39 98,3 110,08 112,57 115,57 123,61 128,75 118,82

Índice 2 108,02 99,95 100,38 97,24 113,34 103,68 103,24 106,61 101,94 92,94

Índice 3 106,03 104,65 98,99 101,65 106,92 105,04 102,19 104,48 106,44 91,17

Gráfico 10: Índices de Produção Física Industrial n o Brasil – 2000 a 2009. Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física. Notas: Índice 1: com ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100). Índice 2: mensal (Base: igual mês do ano anterior = 100). Índice 3: Acumulado de 12 Meses (Base: últimos 12 meses anteriores = 100). Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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1.9.Índices de Produção Física Industrial no Nordes te - 2000 a 2009. Para o Nordeste, essa retração foi menos acentuada, uma vez que em agosto de 2006, quando ela se iniciou, a região apresentava um índice superior ao nacional, 104,45 contra 103,24. E ainda, o percentual de 95,69 atingido em agosto de 2009, o mais baixo durante o período, foi superior ao índice nacional de 92,94. No acumulado dos últimos 12 meses (Índice 3), a produção industrial apresentou desempenho similar, sendo que, entretanto, em agosto de 2006 inicia-se um visível movimento de alta na produção física industrial no Brasil, onde é alcançado um índice de 106,44 em agosto de 2008. A queda repentina e acentuada no ano seguinte (91,17) do índice, não permite avaliar se aquele era realmente um movimento de alta consistente. Os índices da produção industrial nordestina seguiram a mesma trajetória flutuante da observada nos índices nacionais, observando o período 2002/2005, onde há uma curva pronunciada de crescimento, culminando com o alcance do maior índice no período, 106,05. Similar à produção física nacional, há uma queda abrupta entre os índices de 2008 e 2009, 103,85 e 93,48 respectivamente, o que corresponde a um recuo de aproximadamente 10 pontos percentuais, bem inferior à observada para a produção física industrial no Brasil, que se deu em torno de 15 pontos para o mesmo período. Tabela 15: Índices de Produção Física Industrial no Nordeste 2000 a 2009.

ago/00 99,95 99,57 101,38ago/01 95,12 94,62 99,84ago/02 103,04 107,77 97,06ago/03 99,09 94,42 101,54ago/04 106,52 109,04 103,08ago/05 108,08 103 106,05ago/06 113,24 104,45 102,16ago/07 115,02 102,1 102,68ago/08 118,18 101,49 103,85ago/09 112,82 95,69 93,48

Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Produção FísicaNotas: 1 - Com ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100). 2 - Índice mensal (Base: igual mês do ano anterior = 100).

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

PeríodoÍndices de produção física

Mensal² Acumulado de 12 meses³

3 - Índice Acum. de 12 Meses (Base: últimos 12 meses anteriores = 100).

Base fixa mensal¹

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Pro

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ago/00 ago/01 ago/02 ago/03 ago/04 ago/05 ago/06 ago/07 ago /08 ago/09

Índice 1 99,95 95,12 103,04 99,09 106,52 108,08 113,24 115,02 118,18 112,82

Índice 2 99,57 94,62 107,77 94,42 109,04 103 104,45 102,1 101,49 95,69

Índice 3 101,38 99,84 97,06 101,54 103,08 106,05 102,16 102,68 103,85 93,48

Gráfico 11: Índices de Produção Física Industrial n o Nordeste 2000 a 2009 Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física. Notas: Índice 1: com ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100). Índice 2: mensal (Base: igual mês do ano anterior = 100). Índice 3: Acumulado de 12 Meses (Base: últimos 12 meses anteriores = 100). Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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1.10.Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria no Brasil - 2000 a 2009 A indústria, englobando todos os seus segmentos, alcançou percentuais superiores a 80% na utilização da capacidade instalada no período compreendido entre 2000 e terceiro trimestre de 2010. Por nível de utilização da capacidade instalada, compreende-se o volume físico total produzido pelas unidades fabris, por unidade de tempo. Pode-se alcançar um volume de produção igual ao especificado no projeto o que corresponde ao pleno emprego dos fatores de produção (100%), ou inferior a ele (< 100%), sendo essa diferença, por sua vez, conhecida como nível de ociosidade industrial. Assim sendo, o nível de utilização dos três segmentos em estudo experimentou certo grau de flutuação no período, observando que esta ocorreu mais acentuadamente na indústria de bens de capital, onde o NUCI atingiu o percentual mais baixo entre os três setores em 2002 (71,9% de utilização dos fatores), e também o mais elevado, 88% em 2008. Deve-se observar também a consistente recuperação e crescimento do NUCI a partir de 2002, que por volta de 2005, atinge percentuais superiores a 80%. Mesmo com uma retração abrupta em 2009, já nos três primeiros trimestres deste ano, o nível de utilização dos fatores recupera-se consideravelmente, onde a indústria geral e de bens de consumo final alcançam percentuais em torno de 85%, bem próximos aos verificados em 2008. A indústria de bens de capital em 2009 foi o setor onde se verificou o maior desemprego de fatores, retração de 13,4 pontos percentuais em relação a 2008, mas também foi a que mostrou maior força de recuperação, com um crescimento de 8 pontos no terceiro trimestre de 2010 em comparação a 2009, contra 5,5 pontos da indústria em geral e 3,8 pontos da indústria de consumo final.

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Tabela 16: Nível de utilização da capacidade instal ada (NUCI) por setores industriais no Brasil – 2000 a 2009¹.

2000 81,3 76,5 80,02001 80,8 76,3 79,12002 79,2 74,7 71,92003 80,3 76,2 72,72004 82,4 78,4 79,32005 83,3 80,2 82,32006 83,0 80,0 81,72007 84,8 82,6 85,42008 85,5 85,5 88,02009 79,5 81,5 74,6

Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de SériesNota: 1 - Os valores anuais são médias dos quatro trimestres.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

PeríodoBens de capital Indústria Geral

NUCI por setors industriais (%)Bens de

consumo final

72,0

74,0

76,0

78,0

80,0

82,0

84,0

86,0

88,0

90,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

NU

CI (

%)

Indústria 1 Indústria 2 Indústria 3

Gráfico 12: Nível de utilização da capacidade insta lada (NUCI) por setores industriais no Brasil - 2000 a 2009. Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries Notas: Indústria 1: Geral Indústria 2: de Bens de Consumo Final Indústria 3: de Bens de Capital Os valores anuais são médias dos quatro trimestres. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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1.11.Evolução do nível de Preços e da Taxa de Juros no Brasil – 2000 a 2009. A taxa de juros no Brasil apresentou uma clara trajetória de queda durante o decênio 2000/2009. Após a elevação inicial, onde é atingido o pico de aproximadamente 22% ao ano em 2002, os juros praticados na economia reduzem-se gradualmente. Apesar de picos isolados ocorridos em 2005 (18,5%) e 2008 (13,7%), a taxa de juros atinge o patamar de 8,7% ao ano em 2009, o que corresponde a uma diferença de 7,7 pontos percentuais em relação ao início do período. O nível de preços no Brasil, medido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), também mostrou uma tendência baixista no período em estudo. Com exceção do pico isolado de 2002 (12,5% ao ano), a inflação, a partir dele, recuou progressivamente onde, em 2006, atingiu seu menor nível em todo o período, 3,1% ao ano. A significativa alta em 2008 (5,9%) não se traduz em uma tendência altista, o que é confirmado pelo resultado no ano seguinte, 4,3% ao ano o qual, comparado com o índice de preços de 2000, 6% ao ano, resulta numa queda de 1,7 pontos percentuais no nível de preços no final do período em estudo.

Tabela 17: Índice de preços e taxa de juros¹ no Bra sil – 2000 a 2009.

2000 5,97 16,382001 7,67 19,052002 12,53 21,92003 9,3 17,322004 7,6 17,232005 5,69 18,492006 3,14 13,672007 4,46 11,182008 5,9 13,652009 4,31 8,65

Fonte: BACEN

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

3 - Taxa média diária de juros, anualizada com base em 252 dias úteis.

2 - Inflação anual efetiva medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE e usado pelo Banco Central do Brasil para estabelecer as metas futuras de inflação.

Taxa Anual³IPCA²Anos

Notas: 1 - A taxa SELIC, ou Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa referencial de juros da economia. Trata-se de uma taxa administrada pelas Autoridades Monetárias através do Conselho de Política Monetária (COPOM). órgão pertencente ao Banco Central do Brasil.

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6,07,7

12,5

9,37,6

5,7

3,14,5

5,94,3

16,4

19,1

21,9

17,3

17,218,5

13,7

11,2

13,7

8,7

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Taxa de Inflação¹ Taxa SELIC²

Gráfico 13: Índice de Preços e Taxa de Juros no Bra sil – 2000 a 2009. Fonte: BACEN Notas: 1 - Inflação anual efetiva medida pelo IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo, medido e divulgado pelo IBGE. 2 - Taxa referencial de juros da economia, anualizada com base em 252 dias úteis. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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2.Nível de Emprego e Rendimentos do Fator Trabalho Esta parte objetiva demonstrar as variações ocorridas no nível de emprego do fator trabalho e suas remunerações nas regiões metropolitanas que fazem parte da pesquisa mensal do emprego realizada pelo IBGE (Salvador, Recife, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre) durante os anos de 2002 a 2009. Serão mostrados à parte, os dados das duas primeiras capitais pelo simples motivo de serem as únicas representantes da região Nordeste nesta pesquisa e assim poder compará-los com a totalidade. Deve-se informar que este trabalho procurou somente mostrar a evolução do estoque referente ao n° de vínculos empregatícios f ormais, não formais (com e sem carteira de trabalho assinada) e ao n° de desem pregados. Por isso excluíram-se os outros componentes da variável "Pessoal Ocupado", divulgada pelo IBGE: militares, funcionários públicos estatutários, empregadores, autônomos e empregados não remunerados. No período abordado, registra-se uma significativa elevação dos níveis de emprego em relação à população economicamente ativa e do número de registros em carteira de trabalho. Pelo lado dos rendimentos reais, aqueles isentos dos efeitos inflacionários, a massa de salários efetivamente paga aos trabalhadores com carteira assinada cresceu acentuadamente ao longo do período, bem como o salário mínimo real em comparação com o PIB.

2.1.População economicamente ativa (PEA), pessoal o cupado e desocupado nas principais regiões metropolitanas – 2002 a 2009. No início do período, em 2002, a população economicamente ativa (PEA) nas seis capitais observadas pela pesquisa mensal do emprego do IBGE alcançava um estoque de aproximadamente 36,7 milhões de indivíduos, sendo que em termos relativos, 49,5% (18,1 milhões) tinham uma ocupação em confronto com um contingente de 5,8% (2,1 milhões) de desempregados (Tabela 18). O estoque observado em 2009 (41,1 milhões) indica um crescimento da PEA a uma taxa média de 1,65% no período. Em confronto, o número de pessoas ocupadas apresentou uma taxa média de crescimento superior, em torno de 2,66%, elevando sua proporção relativa na PEA, de 49,5% em 2002 para 53% em 2009, o correspondente ao ingresso de 3,6 milhões de novos trabalhadores. A participação relativa do estoque de pessoal desocupado na PEA em 2009 caiu para 3,9%, um recuo de 1,9 pontos percentuais em relação a 2002, (Gráfico 14). Em virtude de uma taxa média de retração proporcionalmente maior (-3,8%) em relação às taxas de crescimento observadas nas duas variáveis anteriores, o contingente de desempregados diminuiu em cerca de 538 mil pessoas, o equivalente a 25,2% do estoque inicial em 2002.

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Tabela 18: Proporção de pessoas ocupadas e desocupa das na PEA nas principais regiões metropolitanas¹ – 2002 a 2009.

dez/02 36.674 18.146 2.130 49,5 5,8dez/03 37.420 18.946 2.314 50,6 6,2dez/04 38.088 19.525 2.081 51,3 5,5dez/05 38.732 19.928 1.824 51,5 4,7dez/06 39.278 20.361 1.863 51,8 4,7dez/07 39.911 20.883 1.681 52,3 4,2dez/08 40.436 21.506 1.566 53,2 3,9dez/09 41.135 21.814 1.592 53,0 3,9

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Anos % da PEA

PEA

Nota: 1 - Dados referentes às regiões metropolitanas de Salvador, Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre

Pessoal Desocupado

Pessoal Ocupado

Pessoal Desocupado

1.000 PessoasPessoal Ocupado

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

49,5 50,6 51,3 51,5 51,8 52,3 53,2 53,0

5,8 6,2 5,5 4,7 4,7 4,2 3,9 3,9

Pro

porç

ão n

a P

EA

(%

)

Pessoal Ocupado Pessoal Desocupado

Gráfico 14: Proporção entre pessoal ocupado, desocu pado e PEA nas Principais Regiões Metropolitanas¹ - 2002 a 2009. Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego Notas: 1 – Salvador, Recife, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre de acordo com a pesquisa do IBGE. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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2.2.População economicamente ativa (PEA), pessoal o cupado e desocupado em Salvador – 2002 a 2009. A pesquisa mensal de emprego divulgada pelo IBGE contempla apenas duas capitais nordestinas, Salvador e Recife. Em Salvador, a taxa média de crescimento da PEA entre 2002 e 2009 situou-se ao redor de 2,9% ao ano, o que resultou num acréscimo de 606 mil novos indivíduos ao estoque dessa variável, elevando-a para cerca de 3,3 milhões em 2009 (Tabela 19). Como no conjunto das demais capitais, a taxa de crescimento para o estoque de pessoal ocupado também foi superior à da PEA, 3,5% ao ano. Mas olhando-se a relação entre o pessoal ocupado e a PEA, vê-se que durante o período, essa proporção aumentou somente 1,8 pontos percentuais na capital baiana, em contraste com os 3,5 pontos observados no âmbito de todas as capitais apontadas na pesquisa. Quanto ao pessoal desocupado, observa-se certa oscilação nessa variável, com uma aparente ascensão da mesma entre 2002 e 2004 (com picos em torno de 9% da PEA no biênio 2003/04) e posterior queda até 2008. Mesmo com nova elevação em 2009, verifica-se que no período em estudo a proporção de desempregados na PEA em Salvador experimenta um recuo de expressivos 2,4 pontos (28 mil pessoas). Tabela 19: Proporção de pessoas ocupadas e desocupa das na PEA em Salvador – 2002 a 2009.

dez/02 2.706 1.328 231 49,1 8,5dez/03 2.807 1.374 255 48,9 9,1dez/04 2.908 1.446 264 49,7 9,1dez/05 2.986 1.494 256 50,0 8,6dez/06 3.053 1.570 222 51,4 7,3dez/07 3.165 1.625 209 51,3 6,6dez/08 3.214 1.631 181 50,7 5,6dez/09 3.312 1.687 203 50,9 6,1

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de EmpregoElaboração: BNB/ETENE/CIEST

Anos 1.000 Pessoas % da PEA

PEA Pessoal Ocupado

Pessoal Desocupado

Pessoal Ocupado

Pessoal Desocupado

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2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

49,1 48,9 49,7 50,0 51,4 51,3 50,7 50,9

8,5 9,1 9,1 8,6 7,3 6,6 5,6 6,1P

ropo

rção

na

PE

A (

%)

Pessoal Ocupado Pessoal Desocupado

Gráfico 15: Proporção entre Pessoal Ocupado, Desocu pado e PEA¹ em Salvador - 2002 a 2009. Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego. Nota: 1 - PEA - População Economicamente Ativa. Elaboração : BNB/ETENE/CIEST.

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2.3.População economicamente ativa (PEA), pessoal o cupado e desocupado em Recife – 2002 a 2009. Para a capital pernambucana registrou-se uma variação positiva de 13,7% para a PEA entre os anos de 2002 e 2009, elevando o estoque dessa variável para 3,2 milhões de indivíduos (Tabela 20). Isto remete a uma taxa média de crescimento em torno de 1,8% ao ano, que similarmente às taxas observadas em todas as regiões da pesquisa e em Salvador é menor do que a taxa média de crescimento do estoque de pessoas ocupadas, 2,5% ao ano. Em função disso, a variação relativa dessa última variável situou-se em 18,8%, elevando-a de 1,2 para 1,4 milhões entre 2002 e 2009, atingindo o equivalente a 45,1% da PEA no fim do período, valor próximo aos patamares de sua média histórica, 44,2%. Como em Salvador, o volume de pessoal desempregado em Recife apresentou oscilações, porém menos acentuadas, embora tenha se registrado um pico significativo em 2005 (7% da PEA). Contudo, a variável assume um comportamento descendente até 2008 quando atinge seu melhor resultado, 3,8% da PEA e, a despeito do ligeiro aumento em 2009, o volume de pessoal desocupado encerra a série histórica com uma retração 1,4 pontos percentuais. Tabela 20: Proporção de pessoas ocupadas e desocupa das na PEA em Recife – 2002 a 2009.

dez/02 2.844 1.227 155 43,1 5,5dez/03 2.893 1.291 178 44,6 6,2dez/04 2.964 1.309 162 44,2 5,5dez/05 3.030 1.315 213 43,4 7,0dez/06 3.044 1.370 159 45,0 5,2dez/07 3.106 1.351 147 43,5 4,7dez/08 3.198 1.441 122 45,1 3,8dez/09 3.235 1.458 133 45,1 4,1

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de EmpregoElaboração: BNB/ETENE/CIEST

Anos 1.000 Pessoas % da PEA

PEA Pessoal Ocupado

Pessoal Desocupado

Pessoal Ocupado

Pessoal Desocupado

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2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

43,1 44,6 44,2 43,4 45,0 43,5 45,1 45,1

5,5 6,2 5,5 7,0 5,2 4,7 3,8 4,1P

ropo

rção

na

PE

A (

%)

Pessoal Ocupado Pessoal Desocupado

Gráfico 16: Proporção entre Pessoal Ocupado, Desocu pado e PEA¹ em Recife - 2002 a 2009. Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego Nota: 1 - PEA - População Economicamente Ativa Elaboração : BNB/ETENE/CIEST

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2.4.Pessoal ocupado, empregos formais e informais n as principais regiões metropolitanas – 2002 a 2009. No conjunto das capitais abordadas na pesquisa mensal do emprego realizada pelo IBGE, a razão média entre empregos formais (com registro em carteira de trabalho) e o total do pessoal ocupado nessas capitais ficou em torno de 46% o que em termos absolutos representa uma média de 9,2 milhões de postos de trabalho no intervalo 2002/2009. O desempenho dessa variável no decorrer deste período mostrou-se positivo, pois o estoque inicial de 2002 sofreu uma variação de 28,1%, elevando – o em 2009 para 10,7 milhões (Tabela 21) o que corresponde a um ingresso aproximado de 2,4 milhões de novos postos de trabalho com vínculos formais. A proporção de pessoas trabalhando sem registro em carteira no conjunto das pessoas ocupadas no mesmo período foi em média 21% ou 4,3 milhões de trabalhadores. Embora essa proporção tenha recuado 1,8 pontos percentuais entre 2002 e 2009, houve um aumento absoluto em torno de 388 mil pessoas (10,2% em termos relativos) no estoque de empregos informais no mesmo período o que resultou num estoque final aproximado de 4,2 milhões de trabalhadores sem registro em carteira em 2009. Tabela 21: Proporção de empregos formais, informais no total de pessoas ocupadas nas principais regiões metropolitanas – 2002 a 2009.

dez/02 18.146 8.389 3.805 46,2 21,0dez/03 18.946 8.237 4.272 43,5 22,5dez/04 19.525 8.553 4.524 43,8 23,2dez/05 19.928 9.070 4.395 45,5 22,1dez/06 20.361 9.378 4.320 46,1 21,2dez/07 20.883 9.938 4.248 47,6 20,3dez/08 21.506 10.574 4.119 49,2 19,2dez/09 21.814 10.749 4.193 49,3 19,2

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Empregos Informais

Empregos Formais

Anos 1.000 Pessoas

Pessoal Ocupado²

Empregos Formais

Empregos Informais

% do Pessoal Ocupado

Notas: 1 - Dados referentes às regiões metropolitanas de Salvador, Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre 2 - Como só procurou-se abordar o estoque referente ao n° de vínculos empregatícios formais, não-formais (com e sem carteira de trabalho assinada) e ao n° de desempregados, excluiu-se deste trabalho os demais componentes da variável "Pessoal Ocupado": militares, funcionários públicos estatutários, empregadores, autônomos e empregados não remunerados.

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2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

46,2 43,5 43,8 45,5 46,1 47,6 49,2 49,3

21,0 22,5 23,2 22,1 21,2 20,3 19,2 19,2

Pro

p. d

o P

esso

al O

cupa

do (

%)

Empregos Formais Empregos Informais

Gráfico 17: Proporção entre o nº de Empregos Formai s, Informais e Pessoal Ocupado¹ nas Principais Regiões Metropolitanas² - 2002 a 200 9. Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego Notas: 1 - Como só procurou-se abordar o estoque referente ao n° de vínculos empregatícios formais, não formais (com e sem carteira de trabalho assinada) e ao n° de desempregados, excluiu-se deste trabalho os demais componentes da variável "Pessoal Ocupado": militares, funcionários públicos estatutários, empregadores, autônomos e empregados não remunerados. 2 - Salvador, Recife, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Porto Alegre de acordo com a pesquisa do IBGE. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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2.5.Pessoal ocupado, empregos formais e informais e m Salvador – 2002 a 2009. No período de 2002 e 2009 o percentual médio de trabalhadores com carteira assinada no total de pessoas ocupadas em Salvador girou em torno de 42,6%, 3,5 pontos percentuais abaixo da média observada (46,1%) para o conjunto das capitais abordadas pela pesquisa mensal do emprego realizada pelo IBGE. Ainda em termos médios, o percentual representa um estoque de aproximadamente 638 mil trabalhadores com registro em carteira na capital baiana. Em comparação com o início do período, o estoque final de 778 mil empregos em 2009 (Tabela 22) representa uma variação positiva de 41,2%, ou, um incremento de 227 mil novos postos formais de trabalho, percentual significativamente superior ao ocorrido no total das capitas abordadas, 28,1%. A proporção média da informalidade em relação ao número de pessoas ocupadas nesta capital atingiu o percentual aproximado de 22% (média de 336 mil postos de trabalho), apenas um (01) ponto percentual acima da média das outras regiões metropolitanas. Com relação à evolução do nível de informalidade no período em estudo, registrou-se um aumento de 4,5% da mesma na capital baiana, praticamente a metade do aumento observado para o total das capitais pesquisadas, 10,2%. Tabela 22: Proporção de empregos formais, informais no total d e pessoas ocupadas em Salvador – 2002 a 2009.

dez/02 1.328 551 308 41,5 23,2dez/03 1.374 593 285 43,2 20,7dez/04 1.446 592 313 40,9 21,6dez/05 1.494 608 350 40,7 23,4dez/06 1.570 667 350 42,5 22,3dez/07 1.625 694 362 42,7 22,3dez/08 1.631 745 353 45,7 21,6dez/09 1.687 778 322 46,1 19,1

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Nota: 1 - Como só procurou-se abordar o estoque referente ao n° de vínculos empregatícios formais, não-formais (com e sem carteira de trabalho assinada) e ao n° de desempregados, excluiu-se deste trabalho os demais componentes da variável "Pessoal Ocupado": militares, funcionários públicos estatutários, empregadores, autônomos e empregados não remunerados.

Anos 1.000 Pessoas % do Pessoal Ocupado

Pessoal Ocupado¹

Empregos Formais

Empregos Informais

Empregos Formais

Empregos Informais

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2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

41,5 43,2 40,9 40,7 42,5 42,7 45,7 46,1

23,2 20,7 21,6 23,4 22,3 22,3 21,6 19,1

Pro

p. d

o P

esso

al O

cupa

do (

%)

Empregos Formais Empregos Informais

Gráfico 18: Proporção entre o nº de Empregos Formai s, Informais e Pessoal Ocupado¹ em Salvador - 2002 a 2009. Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego Nota: 1 - Nota: 1 - Como só procurou-se abordar o estoque referente ao n° de vínculos empregatícios formais, não formais (com e sem carteira de trabalho assinada) e ao n° de desempregados, excluiu-se deste trabalho os demais componentes da variável "Pessoal Ocupado": militares, funcionários públicos estatutários, empregadores, autônomos e empregados não remunerados. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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2.6.Pessoal ocupado, empregos formais e informais e m Recife - 2000 a 2009. Em Recife, o estoque médio de empregos formais entre 2002 e 2009 alcançou uma proporção de 38,1% (média de 512 postos de trabalho) em relação ao número de pessoas ocupadas, o que equivale a aproximadamente 4,5 pontos abaixo da proporção média desse estoque observada em Salvador. Em relação a 2002, houve para a capital pernambucana um incremento de 39% em 2009 no estoque dessa variável, ou um ingresso de 175 mil novos postos de trabalho formais em comparação com o estoque inicial, 453 mil (Tabela 23). Pelo lado dos postos informais de trabalho, eles representaram em média cerca de 23,6% (305 mil pessoas) do pessoal ocupado em Recife, 1,7 pontos acima do observado em Salvador. Entretanto, quando se observa a evolução da informalidade ao longo do período, registra-se uma queda de 6% (18 mil pessoas) dessa variável na capital pernambucana, em contraposição aos já mencionados movimentos de alta ocorridos em Salvador e no conjunto das capitais abordadas na pesquisa mensal do emprego realizada pelo IBGE. Tabela 23: Proporção de empregos formais, informais no total d e pessoas ocupadas em Recife – 2002 a 2009.

dez/02 1.227 453 300 36,9 24,4dez/03 1.291 445 314 34,5 24,3dez/04 1.309 487 319 37,2 24,4dez/05 1.315 500 310 38,0 23,6dez/06 1.370 524 324 38,2 23,6dez/07 1.351 552 274 40,9 20,3dez/08 1.441 621 262 43,1 18,2dez/09 1.458 628 282 43,1 19,3

Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Empregos Formais

Empregos Informais

Nota: 1 - Como só procurou-se abordar o estoque referente ao n° de vínculos empregatícios formais, não-formais (com e sem carteira de trabalho assinada) e ao n° de desempregados, excluiu-se deste trabalho os demais componentes da variável "Pessoal Ocupado": militares, funcionários públicos estatutários, empregadores, autônomos e empregados não remunerados.

Anos 1.000 Pessoas % do Pessoal Ocupado

Pessoal Ocupado¹

Empregos Formais

Empregos Informais

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2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

36,9 34,5 37,2 38,0 38,2 40,9 43,1 43,1

24,4 24,3 24,4 23,6 23,6 20,3 18,2 19,3

Pro

p. d

o P

esso

al O

cupa

do (

%)

Empregos Formais Empregos Informais

Gráfico 19: Proporção entre o nº de Empregos Formai s, Informais e Pessoal Ocupado em Recife - 2002 a 2009. Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Emprego Nota: 1 - Nota: 1 - Como só procurou-se abordar o estoque referente ao n° de vínculos empregatícios formais, não formais (com e sem carteira de trabalho assinada) e ao n° de desempregados, excluiu-se deste trabalho os demais componentes da variável "Pessoal Ocupado": militares, funcionários públicos estatutários, empregadores, autônomos e empregados não remunerados. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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2.7.Evolução dos empregos formais (RAIS) no Brasil e Nordeste – 2000 a 2009.

Diferentemente da pesquisa mensal do emprego realizada pelo IBGE onde somente seis capitais são alvo da pesquisa, a RAIS – Relatório Anual de Informações Sociais, elaborado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), divulga os dados sobre o estoque de emprego formal em âmbito nacional, entretanto, somente essa variável é abordada na pesquisa. No período compreendido entre 2000 a 2009, o crescimento dessa variável mostrou-se significativo e consistente tanto no plano nacional quanto na região Nordeste. Com relação à primeira, registra-se em 2009 um estoque aproximado de 41,2 milhões de postos de trabalho formalmente contratados, uma variação positiva de 57,1%, o correspondente à geração de 15 milhões de novos empregos desde o início do período, o que indica uma taxa de crescimento médio em torno de 5,5% ao ano para essa variável. No Nordeste o estoque de empregos formais em 2009 situou-se ao redor de 7,4 milhões, o correspondente a 18% do estoque nacional. Com uma taxa média de crescimento de 6,2%, superior à observada no plano nacional, a variável obteve um incremento aproximado de 3 milhões de novas contratações com carteira assinada em relação a 2000, o que aponta para uma variação positiva de aproximadamente 69,7%, também superior à observada em escala nacional em cerca de 12 pontos percentuais. Tabela 24: Evolução do estoque de empregos formais no Brasil e Nordeste - 2000 a 2009.

2000 26.229 4.375 100 100 - -2001 27.190 4.555 103,7 104,1 3,7 4,12002 28.684 4.859 109,4 111,1 5,5 6,72003 29.545 5.095 112,6 116,5 3,0 4,92004 31.408 5.395 119,7 123,3 6,3 5,92005 33.239 5.809 126,7 132,8 5,8 7,72006 35.155 6.186 134,0 141,4 5,8 6,52007 37.607 6.568 143,4 150,1 7,0 6,22008 39.442 6.949 150,4 158,8 4,9 5,82009 41.208 7.422 157,1 169,7 4,5 6,8

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego/RAIS.Nota: 1 - Ano imediatamente anterior = 100.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

AnosVariação anual (%)¹Cresc.acumulado (índice)

Brasil

1.000 pessoas

NordesteBrasil NordesteBrasil Nordeste

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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

26,2 27,2 28,7 29,531,4

33,235,2

37,639,4

41,2

4,4 4,6 4,9 5,1 5,4 5,8 6,2 6,6 6,9 7,4

Milh

ões

de P

esso

as

Brasil NE

Gráfico 20: Evolução do Estoque de Empregos Formais no Brasil e Nordeste - 2000 a 2009. Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego/RAIS. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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2.8.Evolução da massa salarial real no Brasil e Nor deste e evolução do salário mínimo real no Brasil – 2000 a 2009.

A massa salarial no período 2000/2009, deflacionada pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo - mostrou uma sólida tendência de alta no plano nacional e nordestino (Gráfico 21), registrando expressivos índices de crescimento acumulado (tendo o ano de 2000 como base) da ordem de 173,7 e 203,9 respectivamente (Tabela 25). Importante observar o melhor resultado para a região nordeste, justamente em função de uma taxa de crescimento médio de 8,8% ao ano em comparação com a taxa de 5,7% ocorrida no resto do Brasil. A relação massa salarial/PIB no Brasil e no Nordeste, com seus respectivos produtos internos e deflacionados pelo mesmo índice, o IPCA, em 2009 atingiu patamares semelhantes nos dois planos, mas ligeiramente favorável à região Nordeste, uma vez que o total de salários pagos representou cerca de 25,8% do seu produto em comparação com a participação da massa total paga no Brasil no PIB nacional, em torno de 24,1%. Em relação a 2000, significam aumentos de 8,2 e 5,3 pontos percentuais respectivamente. No mesmo intervalo, o salário mínimo, também corrigido pelo IPCA, atingiu um índice de crescimento de 172,7 em termos reais no final do período, patamar significativamente superior ao do PIB nacional a preços constantes que simultaneamente teve um índice de crescimento real de 132,8 (Tabela 25 e também Gráfico 21). Tabela 25: Evolução da massa salarial real no Brasi l e Nordeste – 2000 a 2009.

Brasil NE Brasil NE Brasil NE2000 241.262 28.844 1636,1 437.239 52.274 100,0 100,02001 270.770 31.969 1748,0 459.298 54.228 105,0 103,72002 304.756 36.486 1895,7 476.668 57.068 109,0 109,22003 349.327 43.024 2174,7 476.296 58.662 108,9 112,22004 398.986 49.148 2318,1 510.337 62.864 116,7 120,32005 453.049 58.225 2492,1 539.041 69.276 123,3 132,52006 521.502 68.809 2582,5 598.758 79.002 136,9 151,12007 587.519 77.594 2676,2 650.950 85.972 148,9 164,52008 679.989 91.005 2826,9 713.227 95.453 163,1 182,62009 759.408 106.567 2965,1 759.408 106.567 173,7 203,9

Fonte: Ministério do Trabalho/RAIS e Emprego e IBGE.

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Massa Salarial (R$ 1.000.000 de 2009)Anos

Massa Salarial (R$ 1.000.000 correntes) IPCA² - Média

Anual

Notas: 1 - É o resultado do produto entre a remuneração média dos empregados e o número de empregos. Na RAIS, as informações de remuneração excluem o 13º salário. 2 - Valores deflacionados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido e divulgado pelo IBGE. Índices coletados de série histórica com base em 1993.

Índice de Crescimento Acumulado (2000=100)

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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Brasil 100,0 104,8 110,4 116,7 116,2 123,8 132,6 144,1 161,0 170,2

NE 100,0 103,5 110,6 120,3 119,8 133,1 146,3 159,2 180,2 199,8

Cre

sc. R

eal A

cum

ulad

o

Gráfico 21: Crescimento acumulado da massa salarial ¹ real² no Brasil e Nordeste - 2000 a 2009. Fonte: RAIS/RAISESTB/Ministério do Trabalho e Emprego e IBGE Nota: 1 - É o resultado do produto entre a remuneração média dos empregados e o número de empregos. Na RAIS, as informações de remuneração excluem o 13º salário. 2 - Valores deflacionados a preços de 2009 pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo (média anual), medido e divulgado pelo IBGE. Índices coletados de série histórica com base em 1993. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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Tabela 26: Evolução real do salário mínimo e do PIB no Brasil – 2000 a 2009.

2000 147,25 1636,1 266,86 100,0 1002001 172,75 1748,0 293,03 109,8 101,32002 195,00 1895,7 305,00 114,3 104,02003 230,00 2174,7 313,60 117,5 105,22004 253,33 2318,1 324,03 121,4 111,22005 286,67 2492,1 341,08 127,8 114,72006 337,50 2582,5 387,50 145,2 119,32007 372,50 2676,2 412,72 154,7 126,52008 406,25 2826,9 426,11 159,7 133,12009 460,83 2965,1 460,83 172,7 132,3

Fonte : IBGE Notas: 1 - IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo, medido e divulgado pelo IBGE.

3 - Deflacionado pelo deflator implícito do PIB a preços de 2009.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Salário Mínimo

PIB³

Cresc. acumulado real (Índice)IPCA² - Média

Anual

Sal. Mín. Médio Nominal R$ 1,00

AnosSal. Mín. a Preços de

2009² - R$ 1,00

2 - Salário mínimo deflacionado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido e divulgado pelo IBGE. médio anual. Índices coletados de série histórica com base em 1993.

109,8114,3

117,5121,4

127,8

145,2

154,7159,7

172,7

101,3104,0 105,2

111,2114,7

119,3

126,5

133,1 132,3

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Índi

ce C

resc

. Rea

l (20

00=1

00)

Salario Mínimo Real¹ PIB²

Gráfico 22: Crescimento acumulado do salário mínimo e PIB reais no Brasil - 2000 a 2009. Fonte: IBGE Notas: 1- Deflacionado a preços de 2009 pelo IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo (média anual), com base em série histórica iniciada em 1993. 2 - Deflacionado a preços de 2009 pelo deflator implícito do PIB. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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3.Finanças Públicas Neste tópico serão demonstrados: a evolução da dívida líquida do setor público, interna e externa, o índice de crescimento acumulado e sua proporção com o PIB (indicador da capacidade de pagamento da mesma) no Brasil entre 2001 a 2009 e, em seguida, as necessidades de financiamento do setor público, principal indicador da condução da política fiscal do governo no período entre 2002 e 2009.

3.1.Evolução da dívida líquida do setor público no Brasil.

A dívida líquida do setor público durante o período de 2001 a 2009 manteve patamares elevados, em média 48,2% do PIB a preços correntes. Pela Tabela 27, nota-se que embora a dívida externa líquida tenha tido quedas sucessivas ao logo da série histórica, chegando mesmo a atingir valores negativos a partir de 2006, o percentual acima manteve-se naquele nível em função do forte crescimento da dívida interna líquida. O índice de crescimento acumulado no período, aproximadamente 296 (Tabela 28), indica que a dívida interna líquida quase que triplicou no período em estudo. Com isto, o efeito positivo da redução do estoque da dívida externa líquida sobre o estoque da dívida líquida do setor público anulou-se e, consequentemente, manteve um elevado índice de crescimento, em torno de 198, praticamente duplicando-a de 2001 a 2009. Tabela 27: Proporção entre a dívida líquida do seto r público¹ e o PIB no Brasil – 2001 a 2009.

2001 680.078 551.349 128.729 52,2 42,3 9,89 100,0 100,0 100,02002 896.096 658.557 237.539 60,6 44,6 16,07 131,8 119,4 184,52003 933.630 739.024 194.606 54,9 43,5 11,45 137,3 134,0 151,22004 981.973 824.991 156.982 50,6 42,5 8,09 144,4 149,6 121,92005 1.035.278 964.658 70.621 48,2 44,9 3,29 152,2 175,0 54,92006 1.112.701 1.138.232 -25.531 47,0 48,0 -1,08 163,6 206,4 -19,82007 1.200.799 1.397.394 -196.594 45,1 52,5 -7,39 176,6 253,4 -152,72008 1.153.631 1.483.740 -328.561 38,1 48,9 -10,8 169,6 269,1 -255,22009 1.345.325 1.633.255 -287.930 42,2 51,3 -9,0 197,8 296,2 -223,7

Fonte: BACEN - Indicadores Econômicos

2 - Valores apurados em regime de competência.

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Dívida Externa

Dívida Externa

Em R$ 1.000.000 correntes² Proporção no PIB (%) Índice de crescimento acumulado

Anos Dívida Líquida

Total

Dívida Interna

Dívida Externa

Dívida Líquida

Total

Dívida Interna

Dívida Interna

Notas: 1 - É o total de obrigações (passivos) de todas as esferas do setor público não - financeiro e do BACEN com o sistema financeiro, público ou privado, setor privado não - financeiro e o resto do mendo, deduzido o total de ativos financeiros (disponibilidades em caixa e créditos a receber) em seu poder. Os dados acima exclem o estoque de ativos e passivos da Petrobrás.

Dívida Líquida

Total

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52,2

60,6

54,9 50,6

48,2 47,0 45,1

38,1 42,2 42,3 44,6 43,5 42,5

44,9 48,0

52,5 48,9

51,3

9,9

16,111,4

8,13,3

-1,1

-7,4-10,8 -9,0

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Pro

porç

ãod

o P

IB (

%)

Div. Líq.Setor Púb. Dív.Int. Líquida Dív. Ext. Líquida

Gráfico 23: Relação¹ entre a dívida líquida do seto r público² a preços correntes e PIB no Brasil – 2001 a 2009. Fonte: BACEN – Indicadores Econômicos Nota: 1 – Percentuais obtidos a partir de valores correntes. 2 – Valores apurados em regime de competência. Além disso excluiu-se o estoque de ativos e passivos da Petrobrás. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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3.2.Necessidades de financiamento do setor público no Brasil

O esforço fiscal do governo (política de arrecadação e contenção de gastos do governo) ou resultado primário manteve-se relativamente estável no período estudado, em média 3,3% do PIB, tendo seu melhor resultado em 2005, atingindo um patamar de 3,9% (84,4 bilhões). No fim do período registra-se um recuo de 1,8 pontos percentuais, o que acabou por reduzir esse esforço em aproximadamente 19,9 bilhões em 2009 (Tabela 28). Por sua vez, os juros nominais sobre o estoque da dívida líquida do setor público tiveram em média uma proporção de 6,7% do PIB, sendo que em 2003 atingiu o teto de 8,5%, o maior do período. Em termos absolutos, entretanto, tiveram um crescimento sucessivo a partir de 2004, acabando por alcançar em 2009, um estoque aproximado de 170 bilhões, o que representa uma variação positiva aproximada de 32% em relação àquele ano e de praticamente 50% em confronto com o início do período, 2002. A soma entre o resultado primário e o estoque de juros sobre a dívida pública se constitui no resultado nominal do setor público, variável que expressa a real necessidade de financiamento do setor público não financeiro. Em termos absolutos, o resultado primário médio do período ficou em torno de 75,3 bilhões ao passo que o estoque médio de juros devidos foi de -158,8 bilhões. Portanto, o resultado nominal médio do período ficou em torno de 83,5 bilhões (Tabela 28), o que em relação ao PIB representa uma proporção média de 3,4%. Deve-se notar que essa variável oscilou razoavelmente durante o período, principalmente em temos absolutos, fato demonstrado no triênio de 2003 a 2005 onde as suas variações alternaram picos positivos e negativos de mais de 30% ao ano e na abrupta elevação de 82% entre 2008 e 2009.

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Tabela 28: Proporção entre a necessidade de financi amento do setor público¹ e o PIB no Brasil – 2002 a 2009.

Resultado Primário

Juros Nominais

Resultado Nominal

Resultado Primário

Juros Nominais

Resultado Nominal

Resultado Primário

Juros Nominais

Resultado Nominal

2002 47.440 -112.774 -65.333 - - - 3,2 7,6 4,42003 56.829 -144.056 -87.227 19,8 27,7 33,5 3,3 8,5 5,12004 73.844 -127.972 -54.128 29,9 -11,2 -37,9 3,8 6,6 2,82005 84.431 -157.031 -72.600 14,3 22,7 34,1 3,9 7,3 3,42006 76.828 -160.718 -83.890 -9,0 2,3 15,6 3,2 6,8 3,52007 89.730 -161.222 -71.492 16,8 0,3 -14,8 3,4 6,1 2,72008 106.420 -163.660 -57.240 18,6 1,5 -19,9 3,5 -5,4 -1,92009 64.517 -169.139 -104.622 -39,4 3,3 82,8 2,0 -5,3 -3,3

Fonte: BACEN - Indicadores Econômicos

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Notas: 1 - Conceito por meio do qual é medida a pressão exercida pelo setor público não - financeiro sobre a disponibilidade, interna e externa, de recursos financeiros, expresso pelo resultado nominal que, por sua vez, representa a diferença entre o resultado primário (política de arrecadação e gastos do governo) e os juros nominais sobre o estoque da dívida líquida do setor público.

2 - Os dados, apurados em regime de competência, referem-se ao conceito sob a ótica operacional, isto é, sem correção cambial e também excluem o estoque de ativos e passivos da Petrobrás.

AnosR$ 1.000.000 correntes² Proporção do PIB (%)Variação Anual (%)

3,2 3,33,8 3,9

3,2 3,4 3,5

2,0

-7,6-8,5

-6,6-7,3

-6,8-6,1

-5,4 -5,3-4,4

-5,1

-2,8-3,4 -3,5

-2,7-1,9

-3,3

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Pro

porç

ão d

o P

IB (

%)

Resultado Primário Juros Nominais Resultado Nominal

Gráfico 24: Proporção¹ entre a necessidade de finan ciamento do setor público² e o PIB no Brasil – 2002 a 2009. Fonte: BACEN – Indicadores Econômicos Nota: 1 – Percentuais obtidos a partir de valores correntes. 2 – Conceito operacional (sem correção cambial) e excluído o estoque de ativos e passivos da Petrobrás. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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4.Setor Externo A seguir será demonstrada a evolução das principais variáveis do setor externo da economia brasileira entre 2000 a 2009. Em primeiro, serão mostrados os resultados obtidos pelo saldo do balanço de pagamentos e seus componentes, a preços correntes e constantes e a relação de cada um com o PIB. A seguir serão mostrados os resultados do saldo da balança comercial brasileira e nordestina, confrontados com as variações da taxa de câmbio ao longo do período, bem como o perfil da pauta de exportações e importações de ambas. Por último, será mostrada a proporção do estoque de reservas internacionais acumuladas no período com o PIB e o seu índice de crescimento acumulado.

4.1.Evolução do balanço de pagamentos e seus compon entes no Brasil 2000 a 2009. Apesar dos ingressos significativos de capitais entre 2000 e 2002 (3,2%, 4,9% e 2% do PIB), os saldos reduzidos do balanço de pagamentos decorreram principalmente (como mostra o Gráfico 25) dos déficits ocorridos no saldo em transações correntes (-4%, -4,2% e -1,9% do PIB). A melhora do saldo comercial a partir 2002 não contribuiu para a melhora das contas externas, uma vez que os saldos da conta capital e financeira declinaram a partir de 2003 e os saldos em transações correntes, apesar de tornarem-se positivos nesse ano, não foram suficientes para compensar o recuo dos ingressos de capital. O saldo do balanço de pagamentos esboça um movimento ascendente a partir de 2006 (Gráfico 25), onde atinge um superávit de 2,8% do PIB, principalmente em função do resultado do saldo comercial (4,2% do PIB) e, em menor proporção, dos saldos em transações correntes (1,2% do PIB), e da conta capital e financeira (1,5% do PIB). O pico de 5,9% do PIB no saldo do balanço em 2007 (R$ 178,8 bilhões a preços de 2009 de acordo com a Tabela 29) é explicado principalmente por um ingresso de capitais da ordem de 6% do PIB e, em seguida, pelo desempenho, mesmo decrescente, do saldo comercial, com 2,7% do PIB. O drástico recuo observado no saldo do balanço em 2008, de 5,7 pontos, deveu-se à nova redução no ingresso de capitais (3,7 pontos em relação a 2007) e ao déficit significativo na conta de transações correntes (-2,2% do PIB). No último ano da série, 2009, um incremento de 1,6 pontos percentuais no saldo da conta capital e financeira eleva-a para 3,9% do PIB, o que permite uma recuperação (2,4 pontos de acordo com a Tabela 31) do saldo do balanço de pagamentos, elevando-o para 2,6% do PIB em 2009. Apesar de significativa, a persistência de déficit no saldo em transações correntes (-1,3% do PIB) somado ao declínio de 0,5 pontos no saldo comercial, fazendo-o recuar para 1,4% do PIB, limitaram, contudo, a expansão do superávit do balanço de pagamentos em 2009.

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Tabela 29: Saldo do balanço de pagamentos e seus co mponentes (FOB) no Brasil - 2000 a 2009.

2000 -1.370 -47.560 37.942 -4.4402001 6.262 -54.849 63.916 7.8132002 47.577 -27.690 29.023 1.0952003 72.530 12.220 14.951 24.8522004 91.442 31.747 -20.449 6.1002005 102.168 31.962 -21.630 9.8722006 99.877 29.330 35.041 65.7212007 71.496 2.770 159.107 156.2472008 59.467 -67.503 70.280 7.1092009 44.275 -42.546 124.826 81.672

Fonte: BACEN e IPEA

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Saldo Comercial

Saldo Conta Capital e

Financeira

Nota:1 - Valores convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anual

Anos

R$ 1.000.000 correntes¹Saldo

Balanço de Pagamentos

Saldo Transações Correntes

Tabela 30: Saldo do balanço de pagamentos e seus co mponentes a preços constantes no Brasil (FOB) – 2000 a 2009.

2000 -2.797 -97.107 77.470 -9.0662001 11.734 -102.772 119.762 14.6392002 80.636 -46.930 49.191 1.8562003 108.091 18.211 22.282 37.0372004 126.137 43.792 -28.207 8.4142005 131.456 41.124 -27.831 12.7022006 121.063 35.552 42.474 79.6612007 81.858 3.171 182.166 178.8912008 62.850 -71.343 74.278 7.5142009 44.275 -42.546 124.826 81.672

Fonte: BACEN e IPEA

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Anos

R$ 1.000.000 constantes¹Saldo

Balanço de Pagamentos

Saldo Comercial

Saldo Conta Capital e

Financeira

Saldo Transações Correntes

Nota: 1 - Saldos a preços de 2009, corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB e convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anual

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Tabela 31: Proporção do saldo do balanço de pagamen tos e seus componentes no PIB no Brasil (FOB) – 2000 a 2009.

2000 -0,1 -4,0 3,2 -0,42001 0,5 -4,2 4,9 0,62002 3,2 -1,9 2,0 0,12003 4,3 0,7 0,9 1,52004 4,7 1,6 -1,1 0,32005 4,8 1,5 -1,0 0,52006 4,2 1,2 1,5 2,82007 2,7 0,1 6,0 5,92008 1,9 -2,2 2,3 0,22009 1,4 -1,3 3,9 2,6

Fonte: BACEN e IPEA

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Anos

Proporção do PIB (%)¹Saldo

Balanço Pagamentos

Saldo Conta Capital

Financeira

Saldo Comercial

Saldo Transações Correntes

Nota: 1 - Percentuais calculados com base em saldos a preços de 2009, corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB e convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anual

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Pro

porç

ão d

o P

IB (

%)

Balança Comercial Trans. Correntes Conta Cap. Financeira Saldo B.Pagamentos

Gráfico 25: Proporção¹ do saldo do Balanço de Pagam entos (FOB) e PIB no Brasil – 2000 a 2009. Fonte: BACEN e IPEA. Nota: 1 - Percentuais calculados com base em valores convertidos pela taxa de câmbio (R$/US$) nominal anual média para a venda e deflacionados aos preços de 2009 pelo índice do deflator do PIB. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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4.2.Exportações, importações e saldo do comércio ex terior do Brasil de 2000 a 2009.

Entre 2000 e 2009, registrou-se, com exceção do déficit de 0,1% do PIB em 2000, a prevalência de superávits comerciais na balança comercial brasileira. Em termos médios, o volume de exportações ao longo da série histórica manteve-se em torno de 12% do PIB, em confronto com os 8,8% apresentados pelas importações. As expressivas desvalorizações cambiais ocorridas entre 2002 e 2004 impulsionaram o ritmo das exportações, elevando-as de 8,4% em 2000 para 14,3% do PIB em 2004, motivando o acúmulo de superávits comerciais em torno de 5,1% do PIB (Gráfico 26), o correspondente a R$ 135,7 bilhões a preços constantes de 2009 (Tabela 33). No ano seguinte há um recuo de 1,1 pontos percentuais na relação entre as exportações e o PIB, o mesmo ocorrendo também com o preço do dólar que recuou cerca de 16,7% frente ao real. Como as importações reduziram em cerca de 1,2 pontos a sua relação com o PIB, o superávit comercial em relação ao PIB manteve-se estável, mas em valores monetários registrou-se um acréscimo aproximado de R$ 4,4 bilhões (Tabela 33). O movimento descendente do dólar a partir de 2005 coincide com o recuo proporcional e significativo do volume das exportações e o crescimento das importações, trajetórias que acabam por reduzir sensivelmente o superávit comercial, fazendo-o atingir o piso de 1,6% do PIB (R$ 50,6 bilhões) em 2009, um recuo de 3,5 pontos se comparado com sua relação com o PIB nos anos de 2004 e 2005. Tabela 32: Exportações, importações e saldo comerci al no Brasil de 2000 a 2009 (FOB).

2000 55.086 55.835 -749 1,830 100.819 102.190 -1.3712001 58.223 55.581 2.642 2,350 136.849 130.639 6.2112002 60.362 47.240 13.122 2,921 176.326 137.997 38.3302003 73.084 48.260 24.824 3,078 224.973 148.557 76.4172004 96.475 62.835 33.640 2,926 282.278 183.849 98.4292005 118.308 73.551 44.757 2,435 288.103 179.112 108.9912006 137.470 91.351 46.119 2,176 299.152 198.791 100.3612007 160.649 120.621 40.028 1,948 312.921 234.952 77.9692008 197.942 172.985 24.958 1,835 363.139 317.352 45.7872009 152.995 127.647 25.347 1,998 305.622 254.988 50.634

Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEANota: 1 - Valores convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anualElaboração: BNB/ETENE/CIEST

R$ 1.000.000 correntes

R$/US$¹Exportações

US$ 1.000.000 correntes

Período Saldo Comercial

ImportaçõesImportaçõesSaldo

ComercialExportações

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Tabela 33: Proporção das exportações, importações e do saldo comercial no PIB - Brasil de 2000 a 2009 (FOB).

2000 205.849 208.648 -2.799 8,5 8,7 -0,12001 256.419 244.783 11.637 10,5 10,0 0,52002 298.850 233.886 64.964 11,9 9,3 2,62003 335.278 221.394 113.884 13,2 8,7 4,52004 389.381 253.606 135.775 14,5 9,5 5,12005 370.691 230.457 140.234 13,4 8,3 5,12006 362.608 240.958 121.650 12,6 8,4 4,22007 358.272 269.003 89.269 11,8 8,8 2,92008 383.798 335.407 48.391 12,0 10,5 1,52009 305.622 254.988 50.634 9,6 8,0 1,6

Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Período Saldo Comercial

Saldo Comercial

ImportaçõesExportações

R$ 1.000.000 constantes¹ Proporção do PIB (%)

Nota: 1 - Valores deflacionados aos preços de 2009 pelo índice do deflator do PIB e convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anual

ImportaçõesExportações

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Tax

a de

Câm

bio

(R$/

US

$)

Pro

porç

ão d

o P

IB (

%)

Exportações Importações Saldo Comercial R$/US$¹

Gráfico 26: Saldo do Comércio Exterior e Taxa de Câ mbio Brasil (FOB) de 2000 a 2009. Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA Nota: 1 - Percentuais calculados com base em valores convertidos pela taxa de câmbio (R$/US$) comercial para a venda (média anual) e deflacionados a preços de 2009 pelo índice do deflator do PIB. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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4.3.Exportações, importações e saldo do comércio ex terior do Nordeste (FOB) de 2000 a 2009. Em comparação com o desempenho nacional, o superávit comercial da região nordeste foi significativamente inferior, apresentando uma participação média em relação ao PIB regional ao redor de 0,6% ao longo do período estudado, 2,1 pontos percentual abaixo da relação média observada para o Brasil. A desvalorização cambial ocorrida em 2000 e 2001 (valorização de 28,4% do dólar) não repercutiu de imediato sobre o volume de importações, mantendo-o acima do volume de exportações, resultando em déficits seguidos da ordem de 0,9 e 1,3% do PIB nordestino (Tabela 34), sendo que, comparativamente, o saldo comercial brasileiro registrou um déficit de 0,1% seguido de superávit de 0,5% do PIB (Tabela 33). A tendência de alta do dólar prossegue até 2003 onde a moeda americana alcança seu maior valor perante o real no período (R$ 3,078 / US$ 1,00), o que coincide com a elevação da participação do saldo das exportações no PIB nordestino para 8,7% (Gráfico 27). Embora o câmbio tenha recuado nos dois anos seguintes (R$ 2,9 e R$ 2,4 por dólar) a participação do saldo das exportações no PIB nordestino ultrapassou o teto de 9%. Com o paralelo recuo do saldo das importações, o saldo comercial nordestino atingiu em 2004 e 2005 seu melhor resultado no período, 3,0% e 3,7% do PIB regional, valores consideravelmente próximos aos registrados pelo saldo da balança comercial brasileira 5,1% do PIB nacional no mesmo período. A partir de 2006 com a progressiva valorização do câmbio, os saldos de exportação e de importação adquirem trajetórias opostas, de queda e elevação, repercutindo diretamente no saldo comercial nordestino, reduzindo-o progressivamente, levando-o a atingir em 2009 o piso de 0,4% do PIB regional (Tabela 34). Tabela 34: Proporção das exportações, importações e do saldo comercial no PIB no Nordeste de 2000 a 2009 (FOB).

R$ 1.000.000 constantes¹

2000 15.040 17.880 -2.840 5,0 6,0 -0,92001 18.427 22.534 -4.106 6,0 7,4 -1,32002 23.030 23.010 20 7,1 7,1 0,02003 28.040 19.858 8.182 8,7 6,1 2,52004 32.463 22.241 10.222 9,5 6,5 3,02005 33.091 19.764 13.327 9,2 5,5 3,72006 30.674 23.356 7.318 8,1 6,2 1,92007 29.184 26.264 2.921 7,3 6,6 0,72008 29.960 30.105 -145 7,1 7,2 -0,032009² 23.205 21.565 1.640 5,6 5,2 0,4

Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA

2 - Em 2009 o PIB do Nordeste é projeção realizada pelo BNB/ETENE.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

PeríodoExportações Importações

Saldo Comercial

Notas: 1 - Valores convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anual e corrigidos pelo deflator implícito do PIB nacional a preços de 2009.

Exportações ImportaçõesSaldo

Comercial

Proporção do PIB do Nordeste (%)

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0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009¹

Tax

a de

Câm

bio

(R$/

US

$)

Pro

p. P

IB d

o N

orde

ste

(%)

Exportações Importações Saldo Comercial R$/US$²

Gráfico 27: Saldo do Comércio exterior e taxa de câ mbio de 2000 a 2009 no Nordeste (FOB). Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA Notas: 1 – Em 2009 o PIB do Nordeste é uma projeção realizada pelo BNB/ETENE. 2 - Percentuais calculados com base em valores convertidos pela taxa de câmbio (R$/US$) comercial para a venda (média anual) e deflacionados aos preços de 2009 pelo índice do deflator do PIB nacional. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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4.4.Pauta de exportações da balança comercial do Br asil – 2000 a 2009.

No que se refere à composição das exportações brasileiras entre 2000 e 2009 a preços constantes de 2009, verifica-se a predominância dos produtos manufaturados (automóveis, computadores, etc.), com participação média de 54,5% na pauta. Os produtos básicos (commodities, por exemplo) vêm em seguida com uma participação média de 29,3% do total exportado e, finalmente, os produtos semimanufaturados (suco de laranja congelado, couro, etc.), com 14%. Como as operações especiais respondem somente por 2,1% das exportações e constam de bens de difícil classificação, não serão tratadas nesse trabalho. Não obstante o seu maior peso na pauta de exportações e o crescimento absoluto de suas exportações em aproximadamente em 10% ou R$ 13 bilhões (Tabela 35), a proporção de manufaturados nas exportações totais recuou gradualmente ao logo de 2000 a 2009 (Gráfico 28). Atingiu nesse último ano um percentual de 44% na composição da pauta (Tabela 35), reduzindo dessa maneira a participação relativa dos manufaturados no total das exportações em 15 pontos percentuais em relação a 2000. O volume de exportações de produtos básicos teve um crescimento acentuado, saltando de R$ 47 bilhões para R$ 124 bilhões (Tabela 35), o que corresponde a uma variação de 164% entre 2000 e 2009. Consequentemente elevou-se a proporção de produtos básicos na pauta, saltando de 22,8% em 2000 para 40,5% em 2009 (Gráfico 28), ou 17,7 pontos, A exportação de semimanufaturados apresentou um crescimento modesto em relação à de produtos básicos, 29%, lhe proporcionando um acréscimo de R$ 9,1 bilhões de 2000 a 2009 no volume exportado. A relação entre este volume e o total exportado também apresentou recuo no período, mas menos acentuado do que os manufaturados, de 2 pontos percentuais o que a reduziu para 13,4% em 2009 em comparação ao ano 2000 (Gráfico 28).

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Tabela 35: Pauta de exportações da balança comercia l do Brasil por fator agregado¹ – 2000 a 2009.

2000 46.939 31.760 121.553 5.598 205.849 22,8 15,4 59,0 2,72001 67.568 36.307 144.895 7.650 256.419 26,4 14,2 56,5 3,02002 83.929 44.390 163.372 7.159 298.850 28,1 14,9 54,7 2,42003 97.160 50.206 181.911 6.001 335.278 29,0 15,0 54,3 1,82004 115.101 54.201 213.707 6.373 389.381 29,6 13,9 54,9 1,62005 108.790 50.010 204.114 7.777 370.691 29,3 13,5 55,1 2,12006 106.229 51.488 197.027 7.863 362.608 29,3 14,2 54,3 2,22007 115.067 48.617 187.206 7.382 358.272 32,1 13,6 52,3 2,12008 141.596 52.493 179.706 10.003 383.798 36,9 13,7 46,8 2,62009 123.766 40.949 134.536 6.370 305.622 40,5 13,4 44,0 2,1

Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Proporção no Total de Exportações (%)

Total Exportações

BásicosOperações Especiais²

BásicosManufaturados

Semi manufaturados

Industrializados

3 - Tratam-se de bens que se incluem na balança comercial, mas nem sempre é possível identificá-los com o maior grau de detalhamento da classificação de mercadorias. São classificadas como transações especiais de exportação.

2 - Valores corrigidos pelo índice do deflator do PIB a preços de 2009 e convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anual.

Operações Especiais³Manufaturados

Notas: 1 - Trata-se da maior ou menor quantidade de transformação (agregação de valor) que a mercadoria sofreu durante o seu processo produtivo, até a venda final.

Semi manufaturados

Período

R$ 1.000.000 constantes²Industrializados

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

22,8 26,4 28,1 29,0 29,6 29,3 29,3 32,1 36,9 40,5

15,4 14,2 14,9 15,0 13,9 13,5 14,2 13,613,7

13,4

59,0 56,5 54,7 54,3 54,9 55,1 54,3 52,3 46,8 44,0

2,7 3,0 2,4 1,8 1,6 2,1 2,2 2,1 2,6 2,1

Pro

porç

ão n

as E

xpor

taçõ

es (

%)

Básicos Semi Manufaturados Manufaturados Oper.Especiais¹

Gráfico 28: Pauta de exportações² da balança comerc ial do Brasil por fator agregado³ de 2000 a 2009 (FOB). Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA Notas: 1 - Operações Especiais referem-se a certos tipos de bens que se incluem na balança comercial, mas nem sempre é possível identificá-los com o maior grau de detalhamento da classificação de mercadorias. São classificadas como transações especiais de exportação. 2 - Percentuais calculados com base em valores convertidos pela taxa de câmbio (R$/US$) comercial para a venda (média anual) e deflacionados aos preços de 2009 pelo deflator do PIB. 3 – Fator Agregado corresponde à maior ou menor quantidade de transformação (agregação de valor) que a mercadoria sofreu durante o seu processo produtivo, até a venda final. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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4.5.Pauta de importações da balança comercial do Br asil – 2000 a 2009.

Pelo lado das importações, a preços constantes de 2009, como mostra o Gráfico 29, os produtos manufaturados tiveram participação ainda maior, em média 78,7% na pauta de importações brasileira (24,2 pontos acima do observado para as exportações) entre 2000 a 2009. A participação média dos produtos básicos na pauta manteve-se ao redor de 17,1%, algo em torno de 3,1 pontos acima da participação dos mesmos nas exportações no mesmo período. Por fim, os produtos semimanufaturados representaram em média 4,1% da pauta, quase 10 pontos abaixo da sua participação nas exportações. Em 2000 o volume de importações de manufaturados representava cerca de 83% do total da pauta de importações, o equivalente a R$173,5 bilhões a preços constantes de 2009 (Tabela 36). O Gráfico 29 mostra que até o ano de 2006, essa proporção regride progressivamente, atingindo nesse ano o seu menor percentual, 76,5% do total de importações de manufaturados. A relação volta a elevar-se em 2009, mas num patamar inferior ao de 2000 em 1,9 pontos. Em termos de volume, a exportação desses produtos elevou-se de R$ 174 bilhões para R$ 207 bilhões, o correspondente a uma variação em torno de 19%. A proporção da importação de básicos sobre as importações totais apresentou elevações significativas a partir de 2002, vindo a alcançar o teto de 18,8% no ano de 2006 (Gráfico 29). Embora tenha havido um recuo para 14,7% em 2009 do total das importações, esse percentual ainda mostrou-se superior em 1,6 pontos em relação ao ano de 2000. O crescimento do volume de importações de produtos básicos no fim do período foi de R$ 10 bilhões, 37% a mais do que no ano 2000. A importação de semimanufaturados, por sua vez, apresentou um crescimento menos acentuado do que a de produtos básicos, alcançando em 2008 o percentual de 5,1% (o mais elevado da série) do total da pauta de importações superando em aproximadamente 1,3 pontos a proporção observada em 2000. Mesmo com a queda de 1,1 pontos no ano seguinte, ela ainda permanece acima 0,2 pontos da proporção observada em 2000 (gráfico 29).

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Tabela 36: Pauta de importações da balança comercia l do Brasil por fator agregado¹ – 2000 a 2009.

2000 27.243 7.850 173.555 208.648 13,1 3,8 83,22001 29.917 8.352 206.514 244.783 12,2 3,4 84,42002 33.836 8.337 191.713 233.886 14,5 3,6 82,02003 37.301 8.839 175.255 221.394 16,8 4,0 79,22004 47.272 11.377 194.957 253.606 18,6 4,5 76,92005 40.147 9.917 180.392 230.457 17,4 4,3 78,32006 45.272 11.356 184.330 240.958 18,8 4,7 76,52007 48.578 12.627 207.798 269.003 18,1 4,7 77,22008 61.331 17.179 256.897 335.407 18,3 5,1 76,62009 37.414 10.189 207.385 254.988 14,7 4,0 81,3

Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

BásicosManufat.

Semi Manufat.

IndustrializadosBásicos Semi

Manufaturados

Total das Importações

Período

R$ 1.000.000 constantes²

Notas: 1 - Trata-se da maior ou menor quantidade de transformação (agregação de valor) que a mercadoria sofreu durante o seu processo produtivo, até a venda final. 2 - Valores corrigidos pelo deflator do PIB a preços de 2009 e convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anual.

Proporção no total de Importações (%)Industrializados

Manufaturados

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

13,1 12,2 14,5 16,8 18,6 17,4 18,8 18,1 18,3 14,7

3,8 3,4 3,6 4,0 4,5 4,3 4,7 4,7 5,14,0

83,2 84,4 82,0 79,2 76,9 78,3 76,5 77,2 76,6 81,3

Pro

porç

ão n

as Im

port

açõe

s (%

)

Básicos Semi Manufaturados Manufaturados

Gráfico 29: Pauta de importações¹ da balança comerc ial do Brasil por fator agregado² de 2000 a 2009 (FOB). Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA Notas: 1 – Percentuais calculados com base em valores convertidos pela taxa de câmbio (R$/US$) comercial para a venda (média anual) e deflacionados aos preços de 2009 pelo deflator do PIB. 2 - Fator Agregado corresponde à maior ou menor quantidade de transformação (agregação de valor) que a mercadoria sofreu durante o seu processo produtivo, até a venda final. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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4.6.Pauta de exportações da balança comercial do No rdeste – 2000 a 2009. Seguindo a tendência nacional, os produtos manufaturados também compõem a maior parte da pauta de exportações da balança comercial do Nordeste, 48,2% em média, e inferior em 6,3 pontos à média dessa proporção no plano nacional. Os manufaturados ampliaram esse peso para 51,1% em 2006, aumento de 7,5 pontos em relação ao ano 2000. Entretanto, a exportação de manufaturados recua nos anos seguintes 10 pontos percentuais, finalizando o período, 2009, com uma participação relativa de 41,1% (Gráfico 30) o que corresponde a um recuo de 2,5 pontos em confronto com o ano 2000. Em termos de volume, as exportações atingiram seu melhor resultado em 2005, com um valor correspondente a R$ 16,9 bilhões (Tabela 37). Mesmo com a queda em 2009 para R$ 9,5 bilhões, ela ainda representa um acréscimo de 45,5% sobre o volume exportado em 2000.

Numa comparação entre a composição da pauta de exportações nacional e nordestina, os produtos semimanufaturados tiveram maior importância para a última, respondendo em média por 30% do valor das exportações totais do nordeste. Entretanto, esse percentual oscilou consideravelmente (Gráfico 30), uma vez que em 2000 os semimanufaturados representavam 36,3% da pauta e em 2005, apenas 23,5%, uma queda de 12,8 pontos. Apesar da significativa recuperação nos anos seguintes, com um acréscimo de 8,7 pontos, o percentual alcançado em 2009, 32,2%, ainda foi inferior ao observado no início do período em 4,1 pontos. Mesmo com esse recuo na sua proporção com o total exportado, as exportações de semimanufaturados tiveram um crescimento de R$ 5,4 bilhões para R$ 7,4 bilhões, ou de 37% entre 2000 e 2009, que poderia ser mais expressivo não fosse o recuo significativo de 28% em relação a 2008 (Tabela 37). Os produtos básicos, com participação em torno de 21,3% da pauta, iniciam a série histórica representando 18,3% do valor das exportações, ou R$ 2,7 bilhões (Tabela 37), aumentando essa participação nos anos seguintes obtendo resultados expressivos até alcançar o percentual de 25,3% de participação na pauta em 2004, mas recuando 7,5 pontos em 2006, atingindo o piso de 17,8% do total exportado. Contudo esse recuo é recuperado com uma nova trajetória de crescimento iniciada em 2007 (Gráfico 30), o que lhe proporciona alcançar o mesmo percentual de 2004, 25,3%, no ano de 2009, o qual supera o de 2000 em 7 pontos. Comparando os valores de exportação entre 2000 e 2009 (Tabela 37), comprova-se que dentre os componentes da pauta, os produtos básicos tiveram a maior variação relativa, 112%.

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Tabela 37: Pauta de exportações da balança comercia l do Nordeste por fator agregado¹ – 2000 a 2009.

2000 2.759 5.462 6.554 271 15.045 18,3 36,3 43,6 1,82001 3.544 5.966 8.602 331 18.443 19,2 32,3 46,6 1,82002 4.694 6.907 11.158 291 23.050 20,4 30,0 48,4 1,32003 6.590 7.171 14.014 264 28.040 23,5 25,6 50,0 0,92004 8.227 7.910 16.005 321 32.463 25,3 24,4 49,3 1,02005 8.024 7.774 16.890 402 33.091 24,2 23,5 51,0 1,22006 5.454 9.213 15.660 348 30.674 17,8 30,0 51,1 1,12007 5.810 8.987 13.993 395 29.184 19,9 30,8 47,9 1,42008 6.690 10.388 12.404 477 29.960 22,3 34,7 41,4 1,62009 5.860 7.477 9.533 335 23.205 25,3 32,2 41,1 1,4

Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Semi manufaturados

2 - Valores corrigidos pelo índice do deflator do PIB nacional a preços de 2009 e convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média

Proporção no total das Exportações (%)

Operações Especiais³

Total Exportações

Operações Especiais

BásicosIndustrializados

Manufaturados

3 - Tratam-se de bens que se incluem na balança comercial, mas nem sempre é possível identificá-los com o maior grau de detalhamento da classificação de mercadorias. São classificadas como transações especiais de exportação.

PeríodoManufaturados

BásicosIndustrializados

R$ 1.000.000 constantes²

Notas: 1 - Trata-se da maior ou menor quantidade de transformação (agregação de valor) que a mercadoria sofreu durante o seu processo produtivo, até a venda final.

Semi manufaturados

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

18,3 19,2 20,4 23,5 25,3 24,2 17,8 19,9 22,3 25,3

36,3 32,3 30,0 25,6 24,4 23,5 30,0 30,834,7 32,2

43,6 46,6 48,4 50,0 49,3 51,0 51,1 47,9 41,4 41,1

1,8 1,8 1,3 0,9 1,0 1,2 1,1 1,4 1,6 1,4

Pro

porç

ão n

as E

xpor

taçõ

es (

%)

Básicos Semimanufaturados Manufaturados Oper. Especiais¹

Gráfico 30: Pauta de exportações² da balança comerc ial do Nordeste por fator agregado³ de 2000 a 2009 (FOB). Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA Notas: 1- Operações Especiais referem-se a certos tipos de bens que se incluem na balança comercial, mas nem sempre é possível identificá-los com o maior grau de detalhamento da classificação de mercadorias. São classificadas como transações especiais de exportação 2 - Percentuais calculados com base em valores convertidos pela taxa de câmbio (R$/US$) comercial para a venda (média anual) e deflacionados aos preços de 2009 pelo deflator do PIB. 3 - Fator Agregado corresponde à maior ou menor quantidade de transformação (agregação de valor) que a mercadoria sofreu durante o seu processo produtivo, até a venda final. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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4.7.Pauta de importações da balança comercial do No rdeste – 2000 a 2009.

Similarmente à pauta de importações nacional, os produtos manufaturados tiveram maior importância relativa na composição das importações nordestinas, em média, 79,9%. No período, os anos mais significativos foram os de 2001 onde se alcança o teto de 83,1% de participação relativa e 2004 onde ela atinge seu menor nível, 71,3% (Gráfico 31). Fechando a série, o percentual de importações de manufaturados em 2009 é de 80,6% do total de produtos importados no nordeste. No período de 2000 a 2009 as importações também cresceram em torno de 30%, passando de R$ 13,2 bilhões para R$ 17,3 bilhões (Tabela 38), resultado limitado pelo recuo de 28% entre 2008 e 2009. Diferentemente da pauta de exportações, os produtos semimanufaturados tem um peso significativamente reduzido na pauta de importados, apenas 2,8% em média, contra os 30% observados na pauta de produtos exportados. Mostrou uma tendência oscilatória durante o período, obtendo seu melhor resultado em 2008 alcançando 3,7% das importações. Os produtos básicos mantiveram uma participação média na pauta de importados em torno de 17,6%, ligeiramente superior ao observado no panorama nacional, 16,2%. Inicia a série com 22,8% de participação, atingindo seu melhor resultado em 2004 com 25,8%, caindo sensivelmente a partir daí, acabando por descer ao nível de16% em 2009, o que corresponde a um recuo de 6,8 em relação ao ano 2000. Da mesma forma, o volume de importações recua o equivalente a 15%, ou R$ 612 milhões em valores monetários. Tabela 38: Pauta de importações da balança comercia l do Nordeste por fator agregado¹ – 2000 a 2009.

2000 4.064 494 13.291 17.849 22,8 2,8 74,52001 3.250 562 18.776 22.588 14,4 2,5 83,12002 3.685 662 18.724 23.071 16,0 2,9 81,22003 4.040 617 15.201 19.858 20,3 3,1 76,52004 5.730 652 15.859 22.241 25,8 2,9 71,32005 3.442 445 15.878 19.764 17,4 2,3 80,32006 4.621 467 18.268 23.356 19,8 2,0 78,22007 4.659 717 20.888 26.264 17,7 2,7 79,52008 4.793 1.107 24.204 30.105 15,9 3,7 80,42009 3.451 742 17.372 21.565 16,0 3,4 80,6

Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Semi manufaturados

Industrializados

Manufaturados

R$ 1.000.000 constantes²

Básicos

2 - Valores corrigidos pelo índice do deflator do PIB nacional a preços de 2009 e convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - média anual.

Proporção no Total das Importações (%)

Notas: 1 - Trata-se da maior ou menor quantidade de transformação (agregação de valor) que a mercadoria sofreu durante o seu processo produtivo, até a venda final.

Total das Importações Semimanufat. Manufat.

IndustrializadosPeríodo

Básicos

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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

22,814,4 16,0 20,3 25,8

17,4 19,8 17,7 15,9 16,0

2,82,5 2,9

3,12,9

2,3 2,0 2,7 3,7 3,4

74,583,1 81,2 76,5 71,3

80,3 78,2 79,5 80,4 80,6

Pro

porç

ão n

as Im

port

açõe

s (%

)

Básicos Semimanufaturados Manufaturados

Gráfico 31: Pauta de importações¹ da balança comerc ial do Nordeste por fator agregado² de 2000 a 2009 (FOB). Fonte: MDIC/Estatísticas do Comércio Exterior/DPLA e IPEA Notas: 1 – Percentuais calculados com base em valores convertidos pela taxa de câmbio (R$/US$) comercial para a venda (média anual) e deflacionados aos preços de 2009 pelo deflator do PIB. 2 - Fator Agregado corresponde à maior ou menor quantidade de transformação (agregação de valor) que a mercadoria sofreu durante o seu processo produtivo, até a venda final. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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4.8.Evolução do estoque de reservas internacionais no Brasil de 2000 a 2009.

Observando o Gráfico 32, verifica-se que a trajetória de crescimento do estoque de reservas internacionais a preços constantes de 2009 já se fazia sólida, alcançando praticamente 9% do PIB (R$ 222,2 bilhões a preços de 2009 – Tabela 39) entre os anos de 2000 a 2003. O índice de crescimento acumulado nesse período, 183,3, sinaliza para uma taxa média de crescimento em torno de 20,7% ao ano. Após a retração ocorrida no biênio 2004/2005, o ritmo de crescimento das reservas internacionais é reiniciado, resultando num acúmulo da ordem de 15,2% do PIB (R$ 476,4 bilhões) com um índice acumulado de 393 tendo o ano de 2000 como base (Tabela 39). Tomando como base, porém, o ano de 2006 onde as reservas voltam a crescer, depara-se com um índice de 210 em 2009, superior ao visto em 2003, 183,3, indicando assim a ocorrência de uma taxa média de crescimento de 30,5% ao ano no intervalo entre 2006 a 2009. Tabela 39: Proporção com o PIB e crescimento real d o estoque de reservas internacionais¹ no Brasil de 2000 a 2009.

2000 33.011 60.417 123.358 5,1 1002001 35.866 84.301 157.957 6,5 128,02002 37.823 110.487 187.260 7,5 151,82003 49.296 151.747 226.149 8,9 183,32004 52.935 154.883 213.650 8,0 173,22005 53.799 131.011 168.567 6,1 136,62006 85.839 186.796 226.419 7,9 183,52007 180.334 351.264 402.172 13,2 326,02008 193.783 355.508 375.733 11,7 304,62009 238.520 476.468 476.468 15,0 386,2

Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries e IPEA

2 - Convertidos pela taxa de câmbio R$/US$ comercial (venda) - Média anual 3 - Corrigidos pelo índice do deflator implícito do PIB a preços de 2009.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Nota: 1 - Sob o conceito de liquidez internacional. Além das disponibilidades imediatas em moeda estrangeira (conceito de caixa, que deixou de ser divulgado desde 2001), títulos em dólar e outros recursos de médio e longo prazo em poder do BACEN são também contabilizados na apuração do montante de reservas em determinado período.

Cresc. acumulado

Real (índice)

Proporção Reservas/PIB

(%)

R$ 1.000.000

constantes³

R$ 1.000.000 correntes²

AnosUS$

1.000.000 correntes

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0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0,0

2,0

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6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Índi

ce C

resc

imen

to R

eal

Pro

porç

ão d

o P

IB (

%)

Proporção do PIB (%) Crescimento Real

Gráfico 32: Índice de Crescimento Real¹ do Estoque de Reservas Internacionais² no Brasil – 2000 a 2009. Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries e IPEA Notas: 1 – Percentuais e índices calculados com base em valores convertidos pela taxa de câmbio (R$/US$) comercial para a venda (média anual) e deflacionados aos preços de 2009 pelo deflator do PIB. 2 - Sob o conceito de liquidez internacional. Além das disponibilidades imediatas em moeda estrangeira (conceito de caixa, que deixou de ser divulgado desde 2001), títulos em dólar e outros recursos de médio e longo prazo em poder do BACEN são também contabilizados na apuração do montante de reservas em determinado período. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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5.Operações de Crédito no Brasil O último tópico deste trabalho procurará demonstrar a evolução do crédito no Brasil no período compreendido entre 2000 a 2009, sendo que para algumas abordagens, a série histórica é consideravelmente reduzida, devido à não disponibilização de dados mais antigos pelas fonte consultadas. Serão mostrados os resultados do saldo das operações de crédito no Brasil e Nordeste bem como a sua relação com os seus respectivos produtos internos. No plano nacional esses resultados serão mostrados em paralelo com as variações da taxa de juros. Com relação às operações de crédito com recursos livres, somente serão demonstrados números no plano nacional devido à falta de dados para essa modalidade para a região Nordeste. Para as operações com recursos direcionados no Brasil, os números se referem ao destino do crédito por setores e expressam a sua relação com o PIB e, para o Nordeste, os números demonstram a contribuição, em valores correntes, das agências de fomento oficiais na oferta de crédito na região.

5.1.Saldo total das operações de crédito no Brasil – 2001 a 2009. Em quase sua totalidade, as operações de crédito no Brasil, no período 2001/2009 foram oferecidas pelas instituições financeiras privadas, como mostrado no Gráfico 33. No início do período, a relação Operações de Crédito/PIB no Brasil alcançou o patamar de 25,8%, o equivalente a aproximadamente R$ 336,3 bilhões. Só os créditos vindos dos bancos privados totalizavam 25,1%, enquanto que somente 0,8% do PIB foi o volume de recursos oferecidos pelos bancos públicos. No fim do período, o volume total de crédito ofertado ao público no Brasil saltou para 44,4% do PIB, ou R$ 1,4 trilhões (Tabela 40), o representa uma variação de 320,4% em relação a 2001. Desse volume, só os bancos privados responderam por 42,6% do PIB, ou 95,8% dos créditos ofertados nacionalmente. Embora o volume de recursos oferecidos pelas instituições financeiras públicas foi apenas 1,9% do PIB (ou 4,2% da oferta total de crédito no Brasil), foi o que apresentou o maior acréscimo durante o período, 498,8% comparando-se com o já citado para o Brasil e 315% para os bancos privados. Em paralelo e inversamente a essa expansão do crédito no Brasil, a taxa de juros durante o período em estudo seguiu uma trajetória de queda, atingindo em 2009 um percentual de 8,65% ao ano (Gráfico 33), menos do que a metade do percentual observado oito anos antes. Fato que pode sugerir que o aumento da demanda dos indivíduos pelo crédito no Brasil foi proporcional à redução observada na taxa de juros.

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Tabela 40 : Relação do saldo total de operações de crédito co m o PIB e taxa de juros no Brasil – 2001 a 2009.

2001 336.376 9.848 326.526 25,8 0,8 25,1 19,052002 384.396 12.821 371.573 26,0 0,9 25,1 21,92003 418.258 14.987 403.271 24,6 0,9 23,7 17,322004 498.722 19.203 479.519 25,7 1,0 24,7 17,232005 607.023 20.556 586.467 28,3 1,0 27,3 18,492006 732.590 18.872 713.718 30,9 0,8 30,1 13,672007 935.973 18.833 917.140 35,2 0,7 34,5 11,182008 1.227.294 27.217 1.200.076 40,5 0,9 39,6 13,652009 1.414.344 58.974 1.355.369 44,4 1,9 42,6 8,65

Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Proporção do PIB (%)Setor

PrivadoOp. Crédito

TotaisSetor

PúblicoSetor

Privado

Nota: 1 - Taxa média diária de juros, anualizada com base em 252 dias úteis. É a taxa referencial de juros da economia, administrada pela autoridade monetária, o BACEN, através do COPOM (Comitê de Política Monetária), segundo os objetivos estipulados de política monetária.

AnosTaxa Selic¹

(a.a.)Setor Público

Op. Crédito Totais

R$ 1.000.000 correntes

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Oper. Crédito 25,8 26,0 24,6 25,7 28,3 30,9 35,2 40,8 45,0

Setor público 0,8 0,9 0,9 1,0 1,0 0,8 0,7 0,9 1,9

Setor privado 25,1 25,1 23,7 24,7 27,3 30,1 34,5 39,9 43,1

Taxa Selic¹ 19,05 21,9 17,32 17,23 18,49 13,67 11,18 13,65 8,65

0

5

10

15

20

25

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

45,0

50,0

Tax

a S

elic

(%

a.a.

)

Pro

porç

ão

do P

IB (

%)

Gráfico 33: Relação saldo² total das operações de r édito, taxa de juros e PIB no Brasil – 2001 a 2009. Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries Notas: 1 - Taxa média diária de juros, anualizada com base em 252 dias úteis. É a taxa referencial de juros da economia, administrada pela autoridade monetária, o BACEN, através do COPOM (Comitê de Política Monetária), segundo os objetivos estipulados de política monetária. 2 - Percentuais obtidos a partir de preços correntes Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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5.2.Relação saldo total das operações de crédito no Nordeste e o PIB regional – 2004 a 2009.

Mesmo com uma série histórica reduzida em seis anos, os dados referentes ao saldo total das operações de crédito no Nordeste, disponibilizados pelo Banco Central, mostram que os empréstimos e financiamentos concedidos nessa região também tiveram significativa expansão. Entre 2004 e 2009 sua relação com o PIB regional a preços de mercado variou de 18,2 para 38,8% (Tabela 41), o que em termos absolutos representa um incremento aproximado de 116 bilhões ou ainda, uma variação relativa de 257,6% no período. Quanto aos agentes demandantes de crédito, verifica-se uma maior participação relativa das pessoas jurídicas em relação às pessoas físicas na procura pelo crédito, embora essa proporção tenha se mostrado mais favorável para essas últimas no decorrer do período (Gráfico 34). Em 2009 a razão entre demanda por crédito das pessoas jurídicas e o total de crédito ofertado foi de 55,6%, oito pontos percentuais a menos em relação a 2004. Em sentido oposto, a razão Pessoas Físicas/Crédito elevou-se coincidentemente também em oito pontos, variando de 36,4 para 44,4% no período, o que em termos de variação relativa representa um crescimento de 335,6% em confronto com os 212,9% da demanda das pessoas jurídicas. Tabela 41: Relação do saldo total de operações de c rédito no Nordeste com o PIB regional – 2004 a 2009.

2004 40.538 25.754 14.784 45.042 28.616 16.427 18,2 11,6 6,62005 49.110 29.315 19.795 54.567 32.572 21.994 19,5 11,6 7,82006 61.774 34.610 27.164 68.638 38.456 30.182 22,1 12,4 9,72007 81.437 42.977 38.460 90.486 47.752 42.733 26,0 13,7 12,32008 110.967 59.940 51.027 123.297 66.600 56.697 31,0 16,8 14,32009³ 144.998 80.591 64.407 161.109 89.546 71.563 38,8 21,5 17,2

Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries

3 - Em 2009 o PIB do Nordeste é uma projeção realizada pelo BNB/ETENE.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Pessoas Físicas

Pessoas Jurídicas

Dados estimados²R$ 1.000.000 correntes

Op. Crédito Totais¹

Op. Crédito Totais

Nota: 1 - Os valores consolidados das operações de crédito totais (pessoas jurídicas e físicas) para o nordeste divulgados pelo Banco central, correspondem a aproximadamente 90% da carteira de crédito das instituições financeiras. 2 - Estimativa dos valores totais (valores divulgados/0,9), a fim de se obter a relação entre as operações de crédito totais no Nordeste e o PIB regional.

AnosDados divulgados

Proporção do PIB do Nordeste (%)

Op. Crédito Totais

Pessoas Físicas

Pessoas Físicas

Pessoas Jurídicas

Pessoas Jurídicas

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18,219,5

22,1

26,0

31,0

38,8

11,6 11,6 12,4 13,716,8

21,5

6,6 7,89,7

12,314,3

17,2

2004 2005 2006 2007 2008 2009¹

Pro

porç

ão d

o P

IB d

o N

orde

ste

(%)

Op. Crédito Totais Pessoas Jurídicas Pessoas Físicas

Gráfico 34: Relação saldo² total das operações de c rédito³ e PIB no Nordeste - 2004 a 2009. Fonte : BACEN - Sistema Gerenciador de Séries Notas : 1 - Em 2009 o PIB do Nordeste é uma projeção realizada pelo BNB/ETENE. 2 - Valores a preços correntes. 3 - Os valores consolidados das operações de crédito totais (pessoas jurídicas e físicas) para o Nordeste, divulgados pelo Banco Central, correspondem a aproximadamente 90% da carteira de crédito das instituições financeiras. Por isso, se fez necessário estimar os valores totais (valores divulgados/0,9), a fim de se obter uma relação aproximada entre as operações de crédito totais no Nordeste e o PIB regional. Elaboração : BNB/ETENE/CIEST

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5.3.Saldo Total das operações de crédito com recurs os livres no Brasil – 2000 a 2009.

Os créditos ofertados na forma de recursos livres no Brasil tiveram um aumento de 16% para 30% do PIB (R$ 954,5 bilhões) entre 2000 e 2009 (Tabela 42). Isto significa uma variação de 407% no período, que em termos absolutos representam uma expansão de R$ 766,4 bilhões em relação ao valor de 2000. Quanto ao destino dos recursos, observa-se no plano nacional que, ao longo do período, a concessão de crédito às pessoas físicas teve uma expansão superior àquela destinada às pessoas jurídicas (Gráfico 35). O fato pode ser visto com mais clareza a partir de 2004, onde o volume de crédito concedido às pessoas físicas cresce a uma taxa média em torno de 20,5% ao ano, enquanto que os créditos oferecidos às pessoas jurídicas apresentam taxas da ordem de 29%. Isto o leva a atingir o percentual de 14,8% do PIB (R$ 469,8 bilhões) em 2009, praticamente equiparando-se com o volume de concessões às pessoas jurídicas, 15,2% do PIB (R$ 484,6 bilhões), o que equivale a variações respectivas de 608% e 298%, comparando-as com o ano 2000. Tabela 42: Saldo total das operações de crédito com recursos livres¹ no Brasil – 2000 a 2009.

2000 188.142 121.763 66.379 16,0 10,3 5,62001 220.887 138.235 82.652 17,0 10,6 6,32002 240.209 149.745 90.464 16,3 10,1 6,12003 255.642 154.638 101.004 15,0 9,1 5,92004 317.917 179.355 138.562 16,4 9,2 7,12005 403.707 212.976 190.731 18,8 9,9 8,92006 498.331 260.363 237.968 21,0 11,0 10,02007 660.811 343.250 317.561 24,8 12,9 11,92008 871.177 476.890 394.287 28,7 15,7 13,02009 954.524 484.661 469.863 30,0 15,2 14,8

Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Operações Recursos

Livres

Operações Recursos

Livres

Pessoa Jurídica

Pessoa Jurídica

R$ 1.000.000 correntes Proporção do PIB (%)

Pessoa Física

Pessoa Física

Nota: 1 - Créditos oferecidos ao público, sob várias modalidades, desvinculadas das políticas de direcionamento de crédito do governo

Anos

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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Total 16,0 17,0 16,3 15,0 16,4 18,8 21,0 24,8 28,7 30,0

P. Física 10,3 10,6 10,1 9,1 9,2 9,9 11,0 12,9 15,7 15,2

P. Jurídica 5,6 6,3 6,1 5,9 7,1 8,9 10,0 11,9 13,0 14,8

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

Pro

porç

ão d

o P

IB (

%)

Gráfico 35: Relação do saldo¹ total das operações d e crédito com recursos livres² e PIB no Brasil – 2000 a 2009. Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries Notas: 1 - Percentuais obtidos a partir de preços correntes. 2 - Créditos oferecidos ao público, sob várias modalidades, desvinculadas das políticas de direcionamento de crédito do governo. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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5.4.Saldo total das operações de crédito com recurs os direcionados no Brasil – 2000 a 2009. O volume total de recursos ofertados sob a forma de crédito direcionado no Brasil entre 2000 a 2009 representaram em média 9,8% do PIB a preços correntes. Coube ao BNDES, principal agente de fomento do Governo, o principal papel na concessão de crédito sob essa modalidade, o equivalente a 5,9% do PIB em média. O setor rural vem em seguida com um aporte correspondente a 2,1%, seguido pelo setor habitacional com 1,6% e por último, demais setores, com 0,3% do PIB. O volume total de recursos direcionados no início da série correspondia a 11,8% do PIB ou R$ 138,7 bilhões (Tabela 43), sofrendo, no ano seguinte, um recuo significativo de 2,9 pontos. Contudo, ele é revertido ao longo da década, atingindo, em 2009, uma participação em torno de 14,4% do PIB, R$ 459,8 bilhões, o que, em relação a 2000, representa um aumento de 231,5%. Paralelamente, as concessões de crédito direcionado realizadas pelo BNDES, elevaram–se de 5,2% em 2000 para 8,9% do PIB em 2009 (Tabela 43), correspondendo a um incremento de R$ 221,2 bilhões ou, uma variação de 358% no período. Os créditos direcionados ao setor habitacional, após a retração acentuada de 2,8 pontos entre 2000 e 2001, recuperam-se ao longo da década, alcançando em 2009 o percentual de 2,7% do PIB (Gráfico 36), R$ 87,3 bilhões (Tabela 43) em valores correntes, representando uma variação em torno de 65% no período. Por último, o setor rural teve um recuo menos acentuado entre 2000 e 2001, 0,3 pontos (Tabela 43) iniciando a partir daí, uma trajetória ascendente, permitindo-lhe atingir em 2009 o percentual de 2,5% do PIB, R$ 78,7 bilhões, o que corresponde a um aumento de 277% em relação a 2000.

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Tabela 43: Proporção entre o saldo total das operaç ões de crédito com recursos direcionados ¹ e PIB no Brasil – 2000 a 2009.

Total Habitação Rural BNDES Outros2000 138.684 52.858 20.872 61.750 3.2032001 115.490 22.038 19.705 70.562 3.1842002 144.187 22.605 24.854 93.430 3.2972003 162.617 23.673 34.576 100.182 4.1862004 180.805 24.694 40.712 110.013 5.3862005 203.316 28.125 45.113 124.100 5.9792006 234.258 34.479 54.376 138.984 6.4202007 275.162 43.583 64.270 159.974 7.3362008 356.117 59.714 78.304 209.259 8.8402009 459.820 87.361 78.754 283.032 10.673

2000 11,8 4,5 1,8 5,2 0,32001 8,9 1,7 1,5 5,4 0,22002 9,8 1,5 1,7 6,3 0,22003 9,6 1,4 2,0 5,9 0,22004 9,3 1,3 2,1 5,7 0,32005 9,5 1,3 2,1 5,8 0,32006 9,9 1,5 2,3 5,9 0,32007 10,3 1,6 2,4 6,0 0,32008 11,7 2,0 2,6 6,9 0,32009 14,4 2,7 2,5 8,9 0,3

Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries

Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

AnosR$ 1.000.000 correntes

Nota: 1 - Linhas de crédito oferecidas às pessoas jurídicas, vinculadas às políticas de desenvolvimento sócio-econômico do governo.

Proporção do PIB (%)

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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

4,5

1,7 1,5 1,4 1,3 1,3 1,5 1,6 2,0 2,7

1,8

1,5 1,7 2,0 2,1 2,1 2,3 2,4 2,6 2,5

5,2

5,4 6,3 5,9 5,7 5,8 5,9 6,0 6,9 8,9

0,3 0,2 0,2 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3

Pro

porç

ão d

o P

IB (

%)

Habitação Rural BNDES Outros

Gráfico 36: Relação do saldo¹ das operações de créd ito com recursos direcionados² e PIB no Brasil – 2000 a 2009. Fonte: BACEN - Sistema Gerenciador de Séries Notas: 1 - Percentuais obtidos a partir de preços correntes. 2 - Linhas de crédito oferecidas às pessoas jurídicas, vinculadas às políticas regionais de desenvolvimento socioeconômico do Governo. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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5.5.Saldo das operações de crédito das agências ofi ciais de fomento no Nordeste de 2005 a 2009. Em média, o Banco do Nordeste (BNB) foi o agente de fomento oficial responsável pela concessão do maior volume de crédito na região entre 2005 a 2009, com uma média em torno de 7,1% do PIB do nordeste a preços correntes. O saldo de R$ 35,8 bilhões em 2009 (Tabela 44) representa uma elevação aproximada de 62% em relação a 2005. As operações de crédito das demais agências de fomento oficiais também evoluíram expressivamente no Nordeste durante o período abordado. O saldo das operações de crédito totais realizadas pela Caixa Econômica Federal saltaram de aproximadamente R$ 5 para R$ 21 bilhões entre 2005 e 2009 (Tabela 44), o que corresponde a um aumento de 232% no período, o maior entre todas as agências. Isso permitiu que a participação de suas operações no PIB regional subisse de 1,8% para 4,1% (Gráfico 37), dando-lhes uma média de 3,2% do PIB no período. A média de concessões de crédito realizadas pelo BNDES no período situou-se em torno de 3,8 do PIB regional. A variação relativa entre os saldos de 2005 e 2009 (R$ 10,8 e R$ 37,3 bilhões, Tabela 44) revela que a evolução dos investimentos do BNDES na região foi de 214%, superando consideravelmente o desempenho do BNB no mesmo período, consequentemente elevando sua participação de 3,9% para 8,2% no PIB nordestino (Gráfico 37). As concessões feitas pelo Banco do Brasil representaram em média 4,7% do PIB regional (superado apenas pelo BNB), índice alcançado pelo incremento de R$ 18,8 bilhões ao longo de 2005 e 2009 (Tabela 44), o que corresponde a uma evolução por volta de 195% dos investimentos do Banco do Brasil no Nordeste e da relação Operações de Crédito/PIB com a adição de 3 pontos percentuais neste período (Gráfico 37). Por fim, os financiamentos concedidos pelo FINAME, linha de crédito do BNDES, específica para a aquisição de máquinas e equipamentos, tiveram uma participação média de 1,1% do PIB do Nordeste, variando apenas 0,3 pontos. Em termos monetários isso representa uma elevação de R$ 3 para R$ 5,2 bilhões, ou um aumento aproximando de 69% de 2005 a 2009.

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Tabela 44: Saldo das operações de crédito das agências oficiai s de fomento no Nordeste de 2005 a 2010.

dez-05 22.061 9.643 5.072 10.825 3.091dez-06 19.750 12.649 6.531 11.622 3.255dez-07 22.748 16.514 10.976 12.784 3.954dez-08 28.352 22.255 13.934 16.723 5.009dez-09 35.793 28.447 16.845 34.022 5.215

dez-05 7,9 3,4 1,8 3,9 1,1dez-06 6,3 4,1 2,1 3,7 1,0dez-07 6,5 4,7 3,2 3,7 1,1dez-08 7,1 5,6 3,5 4,2 1,3dez-09 8,6 6,8 4,1 8,2 1,3

Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

2 - Em 2009 o PIB do Nordeste é uma projeção realizada pelo BNB/ETENE.Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

Nota: 1 - FINAME - Financiamento de Máquinas e Equipamentos. É uma linha de crédito destinada à produção e comercialização desses produtos fabricados no Brasil, fornecida pelo BNDES.

Caixa Econômica

BNDES

R$ 1.000.000 correntesBanco do

Brasil

Proporção do PIB do Nordeste (%)²

FINAME¹Banco do Nordeste

Anos

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2005 2006 2007 2008 2009

7,9 6,3 6,5 7,1 8,6

3,44,1 4,7 5,6

6,8

1,8 2,1 3,2 3,54,1

3,9 3,7 3,7 4,2 8,2

1,1 1,0 1,1 1,3 1,3

Pro

porç

ão d

o P

IB d

o N

orde

ste

(%)

BNB BB CEF BNDES FINAME²

Gráfico 37: Saldo³ das operações de crédito das agê ncias oficiais de fomento no Nordeste - 2005 a 200 9. Fonte: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Notas: 1 – Em 2009 o PIB do Nordeste é uma projeção realizada pelo BNB/ETENE. 2 - FINAME - Financiamento de Máquinas e Equipamentos. É uma linha de crédito destinada à produção e comercialização desses produtos fabricados no Brasil, fornecida pelo BNDES. 3 - Valores a preços correntes. Elaboração: BNB/ETENE/CIEST

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Referências

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Econômicos. Disponível em http://www.bacen.gov.br/

______. Indicadores Econômicos. Disponível em http://www.bacen.gov.br/

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sistema Nacional de Contas

Trimestrais. Disponível em http://www.ibge.gov.br/

______. Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física. Disponível em

http://www.sidra.ibge.gov.br/

______. Pesquisa Mensal do Emprego. Disponível em

http://www.sidra.ibge.gov.br/

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Estatísticas de

Comércio Exterior – DEPLA. Disponível em

http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/index.php?area=5

Secretaria do Tesouro Nacional. Estatística. Disponível em

http://www.tesouro.fazenda.gov.br/estatistica/index.asp

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Dados e Estatísticas.

Disponível em http://www.planejamento.gov.br/secretaria.asp?cat=310&sec=4

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. IPEA Data – Séries Históricas.

Disponível em http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/ipeadata?7639625

Ministério do Trabalho e Emprego. Anuário RAIS. Disponível em

http://www.mte.gov.br/pdet/consultas/anuario_rais.asp

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