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INCLUSÃO DIGITAL COMO VEÍCULO DE INCLUSÃO SOCIAL E APRENDIZADO ESCOLA MUNICIPAL ESPECIAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LYGIA MORRONE AVERBUCK; Professor: Ângela Montanha Aranguez (Educadora Especial, Arte-Educadora e Psicopedagoga) Prof. regente da turma CT4, Horário : tarde Turma de III ciclo composta por 8 alunos especiais Bruno Melo Nascimento – 19 anos Dariane Cristina Dorneles da Silva - 17 anos Douglas Marques Korn- 20 anos Fabiano de Castro Marinho – 16 anos Jéssica Carolina Souza de Paula – 21 anos Juliano Bandeira Brizola Correa – 19 anos Marcela de Freitas Maibier – 18 anos Rodrigo de Oliveira Santana – 21 anos Suporte Técnico: Vanessa Spillari, estagiária monitora do Laboratório de Informática.

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INCLUSÃO DIGITAL COMO VEÍCULO DE

INCLUSÃO SOCIAL E APRENDIZADO

ESCOLA MUNICIPAL ESPECIAL DE ENSINO FUNDAMENTAL

LYGIA MORRONE AVERBUCK;

Professor: Ângela Montanha Aranguez

(Educadora Especial, Arte-Educadora e Psicopedagoga)

Prof. regente da turma CT4, Horário : tarde

Turma de III ciclo composta por 8 alunos especiais

Bruno Melo Nascimento – 19 anos

Dariane Cristina Dorneles da Silva - 17 anos

Douglas Marques Korn- 20 anos

Fabiano de Castro Marinho – 16 anos

Jéssica Carolina Souza de Paula – 21 anos

Juliano Bandeira Brizola Correa – 19 anos

Marcela de Freitas Maibier – 18 anos

Rodrigo de Oliveira Santana – 21 anos

Suporte Técnico: Vanessa Spillari, estagiária monitora do Laboratório de Informática.

Proposta Pedagógica orientadora da produção:A reflexão aqui proposta versará, portanto, sobre o impacto que o uso de práticas de

inclusão digital dentro da Escola Especial a fim de que possa oportunizar e ampliar a

inclusão social desses sujeitos. Aguçar o olhar sobre uma experiência bem sucedida de

inclusão social na Educação de Pessoas com necessidades Especiais através do uso de

tecnologias emergentes e mídias é, portanto, o propósito deste estudo.

Período de desenvolvimento da atividade:O período de desenvolvimento da atividade foi no espaço de tempo de setembro de

2013 à final de outubro deste mesmo ano. O espaço de tempo veio de encontro a vinda da

autora Glaucia de Souza a escola através do programa “Adote um Escritor”.

Habilidades desenvolvidas com a atividade proposta:

Coordenação viso-manual na confecção de um pano de fundo que abrigaria o

personagem foco, com papel picado; habilidade de investigar, observar e capturar em

revistas e encartes cores vibrantes que dessem contraste com a figura então escolhida;

habilidades de saber usar devidamente a cola com o pincel a fim de que a colagem

parecesse uniforme; habilidades de uso com o equipamento da informática: mause, redes

sociais, google, a fim de realizar pesquisa de imagem e também procurar conhecer a

história dos personagens; habilidade de ouvir; habilidades de investigar uma câmera

fotográfica a fim de produção de fotos; habilidade de baixar os conteúdos de uma máquina

fotográfica para o computador e poder transformar aquela imagem em maior ou menor, mais

colorida, preto e branca..

Objetivos:O processo educativo é um todo, onde o ensino-aprendizagem ocorre

simultaneamente, sendo definidos os objetivos e a metodologia como forma de construir um

caminho para a construção de conhecimentos. A autoria, com ações onde os trabalhos

desenvolvidos pelos alunos evidenciaram o protagonizar as construções, ou seja, os alunos

produzindo variações sobre a dinâmica dos personagens, músicas, enfim, conteúdos e

atividades, a partir ou utilizando os recursos tecnológicos disponíveis; e a Interação através

de ações como: utilização de ambientes, criação de, formas de interação: e-mail, mural, e-

groups, ferramentas online como redes sociais, blogs etc .Assim, com o intuito de possibilitar

todas estas ações, foi construído um espaço de comunicação na sala de informática com

todos os seus recursos tecnológicos, estagiaria responsável, a fim das aulas serem

conduzidas dentro da realidade dos nossos alunos com necessidades especiais.

Características cognitivas exigidas dos alunos para a realização da atividade:Nossos trabalhos são propostos de forma a desafiar os alunos não apenas em nível

cognitivo, visto que cada um possui habilidades específicas. A avaliação dos trabalhos é

feita pelas evoluções individuais de forma progressiva, sendo o aluno continuamente

desafiado a dar seu melhor, e valorizado por seu esforço.

Desenvolvimento das AtividadesEste trabalho teve origem no programa “Adote um Escritor” que todo ano acontece na

rede municipal de ensino. Resolvemos fazer releituras de dois livros da autora Glaucia de

Souza sendo que um deles “Bestiário” foi o que mais obtivemos respostas e entusiasmo por

parte dos alunos. O livro traz as histórias fantásticas da Mitologia Grega, com seus

personagens incríveis que colaboraram muito na construção da imaginação do grupo.

Realizamos então uma busca na internet sobre estas figuras mitológicas: Pégaso, Medusa,

Minotauro, Sereia, Unicórnio, Centauro, dentre outros seres cheios de magia. Os alunos

envolvidos na proposta foram sete e pertencem a turma CT4 da Escola Municipal Especial

Lygia Morrone Averbuck. Eles mesmos escolheram os seus personagens a partir de

fotografias, dos filmes: Percy Jackson e o Ladrão de Raios, Fúria de Titãs I e II, além das

inúmeras ofertas que a internet possibilitou de imagens e de leituras que foram realizadas

pelo professor regente e pela estagiária de informática desta escola. No momento em que

efetivaram suas escolhas, cada um deles deu início a composição de seu trabalho. A aluna

Marcela, que é nossa cadeirante, escolheu a figura da Medusa, pois ficou muito

impressionada com a imagem da criatura, as cobras de sua cabeça e do que elas foram

capazes de fazer.. Assim sendo a aluna Jéssica tirou uma foto do rosto da colega para

depois montarmos a medusa com esta fotografia. Os cabelos de cobras serão montados a

partir de um papel pintado pelo grupo e recortado pela professora. Durante todo o processo

os trabalhos foram fotografados pela turma.

Alunos buscando imagens de animais mitológicos no Laboratório de Informática

Alunos buscando imagens de animais mitológicos no Laboratório de Informática

Centauro escolhido pelo aluno Bruno

Trabalho realizado pelo aluno Bruno

Jéssica fotografando Marcela para a composição da Medusa.

Dariane auxiliando Marcela em seu trabalho.

Trabalho da Aluna Marcela com a Ajuda dos colegas

Alunos o fundo de seus trabalhos.

Jéssica construindo sua sereia.

Jéssica construindo sua sereia.

Sereia de Jéssica

Douglas fazendo o fundo do seu trabalho.

Pegaso de Douglas

Minotauro de Rodrigo

Unicórnio de Juliano

Referêncial TeóricoNa sociedade da informação, ambiente globalizado baseado em comunicação,

informação, conhecimento e aprendizagem, o papel da disseminação da informação torna-

se fundamental para a construção do conhecimento e para a formação do cidadão

(OLIVEIRA, 2000) e as tecnologias da informação e comunicação (TIC) trazem a

possibilidade de democratização e universalização da informação com grande

potencialidade para diminuir a exclusão social.

A inclusão digital, para acontecer, precisa de três instrumentos básicos que são:

computador, acesso à rede e o domínio dessas ferramentas pois não basta apenas o

cidadão possuir um simples computador conectado à internet que iremos considerar ele, um

incluído digitalmente. Ele precisa saber o que fazer com essas ferramentas.

Visando a inserção do Brasil na Sociedade da Informação, é lançado oficialmente em

dezembro de 2000 o Livro Verde, elaborado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT).

Ele apresenta uma espécie de plano diretor, com análises e diretrizes para a implantação de

ações objetivando o desenvolvimento social com inclusão digital. O Livro Verde e o MCT

reconhecem que

O conhecimento tornou-se, hoje mais do que no passado, um dos principais fatores de superação de desigualdades, de agregação de valor, criação de emprego qualificado e de propagação do bem-estar. A nova situação tem reflexos no sistema econômico e político. A soberania e a autonomia dos países passam mundialmente por uma nova leitura, e sua manutenção - que é essencial – depende nitidamente do conhecimento, da educação e do desenvolvimento científico e tecnológico. TAKARASHI, 2000, p. 05)

O que se propõe neste trabalho é que os programas de inclusão digital se preocupem

em oferecer atividades contextualizadas às características dos grupos sociais envolvidos de

modo que a utilização da tecnologia seja feita de maneira conexa ao modo de vida desses

grupos e às suas necessidades, e que promovam a troca e a socialização de experiências

entre indivíduos e grupos, mediadas pela tecnologia.

Entendida como uma tecnologia da inteligência e como um elo que conecta os que

pensam em e com a rede (CASTELLS, 2000), a Internet promove a criação de uma nova

cultura para a sociedade da informação, uma cultura que traz no seu bojo algumas rupturas

epistemológicas significativas, como:

• uma nova maneira de pensar não linear e mais condizente com o modo natural de

trabalho da memória humana, que funciona de maneira associativa, como afirmava

Vannevar Bush (1945). A estrutura em rede representa múltiplas possibilidades de conexão

e expansão dos espaços virtuais, em múltiplos contextos que favorecem a

interdisciplinaridade e a troca colaborativa;

• a característica colaborativa do ser humano que volta a ser discutida e incentivada,

depois de alguns séculos de história em que o homem se distancia desta qualidade

cultuando o individualismo. O crescente aumento na complexidade das relações e das

atividades revela a necessidade d

Fala-se hoje em trabalho colaborativo, ambientes colaborativos, pedagogia da

cooperação, aprendizagem colaborativa e outras denominações decorrentes da difusão das

tecnologias de informação e das redes.

Mas a explosão da informação e as tecnologias estão aí para ficar. A cada dia é preciso

saber mais para integrar-se à sociedade, e os cidadãos precisam atuar no mercado de

trabalho e na vida como incluídos sociais, portanto, a necessidade de novas competências é

fato, e precisa ser atendida num país que se propõe a construir uma nova sociedade

baseada no desenvolvimento sustentável e livre de injustiças sociais. A escola especial

também quer fazer parte desse mundo informatizado. O nosso aluno também vibra e

constrói com esses novos aparatos tecnológicos, na verdade fica até mais fácil de levar o

conhecimento e fazer aparecer

as inúmeras competências. Esperamos que a máquina venha a somar e a modificar

estruturas e barreiras antigas e nos ajude a mostrar que também se aprende na escola

especial.

Referências BibliográficasBUSH, Vannevar. As we may think. Atlantic Monthly, n. 1, p. 101-108, jul. 1945.

Disponível em: <http://www.isg.sfu.ca/~duchier/misc/vbush>. Acesso em: 11 jul. 2002.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

OLIVEIRA, Maria Odaísa E. de. A disseminação da informação na construção do

conhecimento e na formação da cidadania. In: XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE

BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO, 2000, Porto Alegre. Anais .... Porto Alegre:

PUCRS, 2000.

TAKARASHI, T. (Org.). Sociedade da Informação no Brasil: livro verde. MCT, Brasília,

2000.