incentivos dos governos locais para micro e pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas...

20
1 www.congressousp.fipecafi.org Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas Empresas como resposta aos Efeitos Econômicos da COVID-19: um estudo comparado entre Brasil e Chile JAMILLE CARLA OLIVEIRA ARAUJO Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE) FERNANDO GENTIL DE SOUZA Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE) AGOSTINHA PATRÍCIA SILVA GOMES Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) Resumo Este trabalho tem como objetivo comparar os incentivos concedidos pelos governos locais (estados e municípios) para micro e pequenas empresas (MPE), no Brasil e no Chile, como resposta aos efeitos econômicos da pandemia do Coronavírus (COVID19). Os dois países representam importantes economias na América do Sul e coincidem, a nível global, com enfrentamento de dificuldades financeiras, resultantes do distanciamento social e da desaceleração das atividades econômicas. Foram analisadas 4 medidas de apoio: (i) incentivos tributários e trabalhistas, (ii) informações de ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Essa pesquisa empírica e exploratória utiliza documentação indireta (bibliográfica) e secundária, com dados governamentais das páginas web dos governos locais de cada país. A análise qualitativa dos dados foi realizada por meio do software Iramuteq 2.0., no qual se trabalhou com a análise de conteúdo: leis, decretos, políticas de contingência, orientações em cartilhas, aplicativos e combate a fakenews. sequencialmente, classificando as informações de acordo com as 4 medidas de apoio. Os resultados demonstram que o Brasil e o Chile, potências da América do Sul, adotaram medidas de apoio às MPEs, embora o Chile tenha se destacado em todos os fatores analisados. As redes sociais nos países foram importante instrumento de comunicação, divulgação, tanto para criação de novas empresas como para apoio às existentes. Este estudo contribui para apresentar o panorama dos governos locais direcionados às MPEs, trazendo reflexões sobre as lições apreendidas, assim como, a prática da empatia e a resiliência. Palavras-chave: Incentivos fiscais; COVID-19; Governos Brasil e Chile 1 Introdução Em 2020, o novo Coronavírus (COVID19) impactou negativamente na população mundial, acometendo várias consequências como: graves efeitos na saúde pública, na economia, isolamento social e fechamento de estabelecimentos que comercializam produtos considerados não essenciais (Nakabayashi, 2010). Todas estas consequências foram declaradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de tentar desacelerar o crescimento exponencial do contágio do COVID19, Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2)(Ministério da Saúde, 2020, Marcelino, Rezende & Miyaji, 2020). Nesse contexto, tanto o Brasil como o Chile tiveram temores de recessão, os quais tiveram como os mais afetados, em sua grande maioria, os pequenos empreendedores, em função do elevado nível de informalidade (Maranhão & Senhoras, 2020) somados ao fato de que, em sua maioria, não estarem associados às atividades essenciais (Sebrae, 2021, Fairlie, 2020). A pandemia afetou todos os países do mundo, de forma desproporcional, alcançando as micro e pequenas empresas (MPE), que tiveram que criar mecanismos de resiliência para

Upload: others

Post on 06-Aug-2021

18 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

1 www.congressousp.fipecafi.org

Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas Empresas como resposta aos

Efeitos Econômicos da COVID-19: um estudo comparado entre Brasil e Chile

JAMILLE CARLA OLIVEIRA ARAUJO

Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE)

FERNANDO GENTIL DE SOUZA

Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE)

AGOSTINHA PATRÍCIA SILVA GOMES

Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA)

Resumo

Este trabalho tem como objetivo comparar os incentivos concedidos pelos governos locais

(estados e municípios) para micro e pequenas empresas (MPE), no Brasil e no Chile, como

resposta aos efeitos econômicos da pandemia do Coronavírus (COVID19). Os dois países

representam importantes economias na América do Sul e coincidem, a nível global, com

enfrentamento de dificuldades financeiras, resultantes do distanciamento social e da

desaceleração das atividades econômicas. Foram analisadas 4 medidas de apoio: (i) incentivos

tributários e trabalhistas, (ii) informações de ações em redes sociais, (iii) programas de

benefícios e (iv) incentivos à legalização. Essa pesquisa empírica e exploratória utiliza

documentação indireta (bibliográfica) e secundária, com dados governamentais das páginas

web dos governos locais de cada país. A análise qualitativa dos dados foi realizada por meio

do software Iramuteq 2.0., no qual se trabalhou com a análise de conteúdo: leis, decretos,

políticas de contingência, orientações em cartilhas, aplicativos e combate a fakenews.

sequencialmente, classificando as informações de acordo com as 4 medidas de apoio. Os

resultados demonstram que o Brasil e o Chile, potências da América do Sul, adotaram

medidas de apoio às MPEs, embora o Chile tenha se destacado em todos os fatores

analisados. As redes sociais nos países foram importante instrumento de comunicação,

divulgação, tanto para criação de novas empresas como para apoio às existentes. Este estudo

contribui para apresentar o panorama dos governos locais direcionados às MPEs, trazendo

reflexões sobre as lições apreendidas, assim como, a prática da empatia e a resiliência.

Palavras-chave: Incentivos fiscais; COVID-19; Governos Brasil e Chile

1 Introdução

Em 2020, o novo Coronavírus (COVID19) impactou negativamente na população

mundial, acometendo várias consequências como: graves efeitos na saúde pública, na

economia, isolamento social e fechamento de estabelecimentos que comercializam produtos

considerados não essenciais (Nakabayashi, 2010). Todas estas consequências foram

declaradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de tentar desacelerar o

crescimento exponencial do contágio do COVID19, Síndrome Respiratória Aguda Grave 2

(SARS-CoV-2)(Ministério da Saúde, 2020, Marcelino, Rezende & Miyaji, 2020).

Nesse contexto, tanto o Brasil como o Chile tiveram temores de recessão, os quais

tiveram como os mais afetados, em sua grande maioria, os pequenos empreendedores, em

função do elevado nível de informalidade (Maranhão & Senhoras, 2020) somados ao fato de

que, em sua maioria, não estarem associados às atividades essenciais (Sebrae, 2021, Fairlie,

2020).

A pandemia afetou todos os países do mundo, de forma desproporcional, alcançando

as micro e pequenas empresas (MPE), que tiveram que criar mecanismos de resiliência para

Page 2: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

2 www.congressousp.fipecafi.org

enfrentar a acelerada queda de receitas e promover ações para conter altos gastos, juros e

multas (Sebrae, 2021). Ressalta-se que estas empresas são as que mais empregam no mundo,

inclusive as que contém o maior número de trabalhadores informais (Maranhão & Senhoras,

2020). Todos esses fatores

Neste contexto, Baker e Judge (2020) indagam que a disseminação do COVID19,

encobria uma enorme crise econômica, no qual os governos do Brasil e do Chile vinham e

ainda vem enfrentando. Encontrar uma forma de apoiar as micro e pequenas empresas

(MPEs) vem sendo um desafio constante, para que estas se mantenham firmes na economia, e

não refletem negativamente no número de trabalhadores e consequentemente, nas famílias de

cada país.

Se incentivos não fossem realizados pelos governos locais, muitas empresas

descontinuaram e o desemprego subiria aceleradamente. Os trabalhadores informais e os

trabalhadores de baixa renda estariam neste escopo sem renda e sem reservas financeiras, os

quais culturalmente não são realizadas, tanto para o caso do Brasil e do Chile, passaram por

grandes dificuldades para sobreviver perante a pandemia e tiveram que contar com a ajuda do

governo (Bittencourt, 2020).

Inúmeros estudos (Heras, 2020, Moscuzza, 2020, Ortega, 2020) surgiram sobre os

possíveis impactos e consequências econômicas que a pandemia teria. Todos os estudos

fazem uma reflexão sobre um ambiente de incerteza, no qual não se tem certezas da própria

evolução da pandemia, sendo esta desconhecida.

Em termos globais, a maioria dos estudos (Morens, Folkers & Fauci, 2009, Kijasiwat,

Wellalage, Locke, 2021) realizados refletem um cenário dramático a curto prazo, os quais

espelham, por exemplo, em muitos o impacto sobre o emprego, tanto no Brasil como no

Chile. ( OIT, 2020)

Estudos mais recentes (Fairlie, 2020, Kijasiwat et. al , 2021) afirmam que uma

avaliação detalhada das empresas, se faz necessário, não somente, como forma de se fazer

projeções futuras, mas criar mecanismo de incentivos pelos governos locais, que apoiem as

MPEs, no alcance dos investimentos e se permitam ter um olhar criativo, não somente para

enfrentar as adversidades, mas para suprir as demandas que a sociedade está gerando no

momento. Ademais, segundo Wanasika (2009) , a orientação e os incentivos desempenhados

pelos governos locais em cada país, permitem que estas empresas consigam compor um

planejamento futuro para tomarem decisões estratégicas.

O objetivo deste trabalho é apresentar os incentivos concedidos pelos governos locais

(estados e municípios) para MPEs, no Brasil e no Chile, como resposta aos efeitos

econômicos da pandemia do COVID19. Considerando que o surgimento e a rápida

disseminação do novo coronavírus, a Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2),

vem sendo responsável pela pandemia da COVID19. O termo pandemia vem sendo associado

a termos históricos e não contemporâneos pautados em uma contaminação em ampla extensão

geográfica e com altos índices de infecciosidade (Morens et. al, 2009, Araújo, Souza,

Gonçalves & Silva, 2020).

Este estudo se justifica em atribuir a utilização da teoria comunicação dando suporte a

teoria da regulação para proteger o interesse público como um todo (Cardoso et al., 2009)

dando suporte por meio dos incentivos concedidos pelos governos locais dos países para

apoio às MPEs, como um instrumento para manter a sustentabilidade e a economia destas

organizações.Pese que os problemas locais e as limitações em promover benefícios para

manutenção das atividades econômicas, apresenta-se a seguinte questão de pesquisa: Quais os

incentivos concedidos pelos governos locais para as Micro e Pequenas Empresas como

resposta aos Efeitos Econômicos da COVID-19 no Brasil e no Chile?

Para o alcance do trabalho como metodologia de estudo a análise descritiva de caráter

Page 3: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

3 www.congressousp.fipecafi.org

qualitativa, no qual foi realizada através da coleta de dados nos sites de dados abertos do

Brasil e do Chile e se comparou com as informações de organização governamentais e não

governamentais, os quais são nos países referência em apoio às MPEs.

Nesta linha foram coletadas as informações dos incentivos, os quais foram

classificados em quatro categorias: (i) incentivos tributários e trabalhistas, (ii) informações de

ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas

categorias foram realizadas para o Brasil e para o Chile, e rodados no software Iramuteq. 2.0,

para realização do estudo comparado.

O estudo contribui em analisar a quantidade de ações e sinalizar as respostas à

manutenção da atividade econômica, discutindo incentivos que foram adotados no Brasil e

Chile. Nas próximas seções serão apresentados: Referencial Teórico, que contém uma revisão

sobre MPEs e o impacto na COVID19, após, isto os efeitos da COVID19 nos países de

estudo. Por conseguinte, teremos uma revisão teórica para dar suporte a análise dos dados

Metodologia e Resultados. Finalizando com as considerações finais da pesquisa.

2 Referencial teórico

2.1 As Micro e pequenas empresas e a covid-19

As PMEs são frequentemente conceituadas como as principais geradoras de

crescimento econômico ( Sawaean & Ali, 2020 ). De acordo com o Sebrae (2016,2021), os

Micros e Pequenos Negócios, são por si só os principais geradores de riqueza no comércio

brasileiro (53,4% do PIB deste setor). De acordo com o PIB, o setor industrial, que contém

22,5% da participação das micro e pequenas empresas, esse percentual se aproxima dos

médios negócios com 24,5%. E o setor de serviços, mais de um terço do PIB nacional de

36,3%, provém das pequenas empresas.

Essas informações ratificam os estudos de Oliveira et. al., (2000) que identifica uma

relação do aumento dos percentuais do PIB para a evolução das sociedades, assim como para

o fortalecimento das MPEs. Outras discussões (Caneca et. al., 2009 & Moreira et. al., 2013)

indagam que a evolução dessas empresas é composta pela crescente representatividade das

MPEs e seus reflexos na geração de empregos, produção e comercialização de bens e

serviços, contribuem para o desenvolvimento e a dinâmica da economia.

Para governo do Chile as MPEs são empresas formadas por uma estrutura familiar,

que pode ter a propriedade de uma ou mais pessoas residentes naturais, que podem realizar

trabalhos profissionais, comércios, indústria, artesanato ou qualquer outra atividade seja de

prestação de serviços ou produção de bens, excluindo os perigosos, poluente ou incômodo

(MIPYME, 2020).

As MPEs nos dois países têm sido objeto de atenção de muitos empreendedores, por

serem constituídas por pessoas que têm a pretensão de empreender e montar seu pequeno

negócio. Todavia, muitas vezes formada por uma composição familiar, motivos pelos quais

estas organizações ganham notoriedade por apoiar a formação da economia do país (Segura

et. al. 2010).

Neste ponto cabe ressaltar que muitas das MPEs necessitam de incentivos para

obterem conhecimento e sobrevivência no mercado, dependendo muitas das vezes de sua

capacidade de se envolver no desenvolvimento de novas tecnologias, produtos, serviços,

processos de produção, capacidade de absorção e estruturas organizacionais ( Dabić et al.,

2019 , Dabić et al., 2019 , Fakhar Manesh et al., 2020) .

Neste contexto, nos estudos de Hayashi et. al. (2016) demonstram que quando as

oportunidades econômicas e os recursos tecnológicos surgem, as empresas têm mais

probabilidade de se beneficiar de uma estrutura de propriedade, o qual a força de trabalho,

inovação e possibilidades, são considerados pontos iniciais de manutenção da organização,

Page 4: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

4 www.congressousp.fipecafi.org

ainda mais em tempos difíceis, onde se tem um abalo emocional e a esperança é depositada

nos entes governamentais. Tanto que o financiamento para estas organizações desempenha

um papel fundamental na sua estrutura econômica( Bates et al. , 2007 ).

No Chile com resultado da pandemia, grande parte das MPEs precisaram inovar e

buscar novos mecanismos de vendas para mitigar os efeitos da emergência de saúde, e para

isso, foi fundamental começar a fortalecer os canais digitais como: comprar PYME, com a

criação de uma vitrine virtual; atreveté digital, promove a cultura digital; plataforma PYME

na vizinhança, cria um assistente virtual para apresentação do negócio e outros ( MIPYME,

2020).

Estas capacidades de adaptação e de recebimento de apoio, muitas vezes referidas

como inovabilidade (Favarin et. al. 2020) são consideradas como recursos estratégicos que

vinculam o potencial de inovação incorporado das organizações com os resultados do

processo de inovação, os quais devem ser considerados como recursos intangíveis, a

capacidade de inovação reside no conhecimento dos recursos humanos organizacionais.

O fomento das habilidades intelectuais das empresas das MPES, representada por seus

gestores ou trabalhadores, equipe, pode, assim, converter o conhecimento em novos produtos,

serviços ou processos exigidos pelo mercado (Demartini e Beretta, 2020 , Mohsin et al.,

2015).

O uso das redes sociais como instrumento de retomada das MPES, foi um caminho

incentivado nos governos do Brasil e do Chile, como forma de tentar reverter o sentimento de

incerteza existente. Segundo os estudos de Cogliser & Brigham (2004), para que se consiga

reverter incertezas se faz necessário esforços conjuntos e o apoio dos governos locais , não

somente, para criação de imagem futura, mas para uma visão compartilhada das medidas,

treinamento e apoio às MPEs. Portanto, refletir sobre os efeitos da COVID19 nos países de

estudo torna- se vital para se compreender o tempo de ação dos países na pandemia.

2.1.1 Efeitos da COVID19 no Brasil e Chile

A pandemia da COVID19 e consequentemente o isolamento social, por sua vez,

impuseram à sociedade medidas drásticas e com isso afetaram negativamente, principalmente

as MPEs no Brasil e Chile.

O mês de março do ano 2020 tornou-se um marco, no Brasil pelas primeiras medidas

de distanciamento e no Chile pela identificação do primeiro caso da doença, o qual

observando as medidas pelo mundo, começou-se a deliberar ações para a proteção da

população e da economia, envolvendo todos os setores.

Nesta proporção houver um crescimento comum para setores econômicos essenciais,

entretanto, para as MPEs que não estavam neste bloco, sofreram com a adaptação a um novo

mercado digital, entretanto, isto não foi suficiente para reverter a inevitável perdas de

estoques, no primeiro momento, principalmente como a maioria das lojas dos chamados

Centro Comerciais (shoppings) e no segundo momento com uma retomada parcial, tentar

colocar em prática ações, por exemplo, promoções que fizessem a circulação de dinheiro

(Araújo et. al., 2020, Mackay., León-Palacios, & Zambrano-Noboa, 2020).

No Chile boa parte das medidas foram adotadas visando a minimização da situação de

empresários, como quanto à necessidade daqueles que, em consequência da redução das

atividades laborais para as quais trabalhavam, encerram lojas, ou porque se envolveram em

um alto risco para saúde, por estarem em contato direto com as pessoas, foram obrigados a

reduzir ou interromper suas atividades econômicas.

No Chile houveram benefícios para ajudar a população, entretanto, estas ajudas não

chegaram de forma igualitária a população, fazendo com que as pessoas em situação de maior

vulnerabilidade sejam aquelas, as quais infelizmente, não possuem prioridade de atendimento

Page 5: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

5 www.congressousp.fipecafi.org

por parte das autoridades públicas (Mackay et. al., 2020).

No Brasil os efeitos da pandemia nas atividades laborais foram previstos na Medida

Provisória (MP) nº 936/20, concedeu ao empregador a suspensão do contrato dos empregados

(por até 60 dias) ou reduzir a jornada de trabalho em 25%, 50% ou 75% (por até 90 dias) (

TRT, 2020). A depender de qual destas opções a empresa escolher e do montante do seu

faturamento, o pagamento dos salários fica por conta delas e/ou do governo. A MP permite

acordo entre empregador e empregado (sem intermediação de sindicatos) para os que recebem

até três salários-mínimos e os com mais de dois tetos previdenciários.

Para os estudos de Araújo & Donegá (2020), ressaltam que a medida tenta evitar a

demissão em massa dos trabalhadores formais, entretanto, acredita-se que seja somente um

adiamento das demissões. Além disso, esta medida provisória possui lacunas, consideradas

ilegalidade, como a desobrigação da presença de sindical nas negociações, atenuando os

efeitos da crise.

O Brasil vem fomentando uma quantidade de incentivos na busca de impulsionar as

atividades econômicas (Catão, 2004). No campo prático dos efeitos da pandemia, as medidas

de incentivos foram utilizadas por empresas como ajuda para reformulação de estratégias, de

financiamento e investimentos (Rezende et. al, 2018), tendo em vista, as retrações de mercado

ocorridas (Formigoni et. al. , 2019, Tazhitdinova, 2020, Araújo et. al. 2020).

No Chile, os incentivos estavam sendo realizados em quatro bases: incentivos

tributários e manutenção ao emprego; investimentos; apoio às MPEs; racionalização e

simplificação de licenças, na forma de tentar apoiar todas as atividades econômicas. Essas

medidas são formas de dar tempo para uma reestruturação das organizações na questão de

financiamento e investimentos (Formigoni et. al. , 2019).

Note que em ambos os países a recuperação das atividades econômicas será difícil,

principalmente pela adaptação das MPEs para uma transação produtiva desenhada por

plataformas digitais, as quais não estão disponíveis para todos. Ademais, as atividades de

home office não atende a todos e nem uma atividade laboral para todos.

Algumas teorias contribuem para explicação da formação de incentivos pelos governos

locais diante a pandemia como a teoria da regulação e a teoria de grupos de interesse.

3. Teorias: da Comunicação, Regulação Econômica e Interesse Público

As Teorias da Comunicação, Regulação Econômica e Interesse Público são

anunciados brevemente nesta seção por se relacionarem com o problema da necessidade de

apoio dos governos do Brasil e do Chile, como resposta aos efeitos econômicos da COVID19.

O uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e redes sociais pelo poder público

vem permitir a maior interação entre o estado e a sociedade(Medeiros & Guimarães, 2006).

Nesse contexto, está cada vez mais comum encontrar diversas formas de comunicação com a

administração que vão desde a disponibilização pela internet como o uso de redes sociais

como facebook, twitter, instagram e outros(Araújo, Reinhard, & Cunha, 2018). Todos estes

elementos visam melhorar a comunicação e trazer os usuários da administração pública mais

próximo, na forma de garantir o direito, informação e serviços a todos os cidadãos.

O governo eletrônico (e-gov) vem sendo discutido em diversos países como uma

forma da esfera pública se fazer presente nos canais digitais e por meio das ferramentas

disponíveis facilitar a comunicação do poder público com os seus diversos públicos de

interesse, como outras entidades públicas e a sociedade (Gonçalves et. al. 2020).

Neste contexto a teoria da comunicação vem permeando outras teorias de suporte para

este estudo como a teoria da regulação econômica, a qual vem sendo utilizadas em várias

discussões (Cardoso et al., 2009, Carmo et al., 2012) por permitir fazer julgamentos e

permitir compreender a influência dos regulamentos, decretos e normas, no comportamento

Page 6: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

6 www.congressousp.fipecafi.org

do mercado, dado o processo da regulação manter a proteção ao o interesse público como um

todo.Desse modo, sempre que este estiver na iminência de ser atingido, o Estado deve portar-

se para evitar que determinada empresa com concentração do poder de mercado prejudique os

consumidores (Araújo et. al. 2020).

Neste escopo, o interesse público surge como forma de reforçar a concepção de

proteção e acesso às informações de caráter útil, efetuando o reforço ao atendimento às

necessidades dos grupos de interesse que possuem a maior influência sobre o regulador

(Cardoso et. al.2009).

Ambas as teorias podem ser utilizadas para explicar a inclusão de incentivos

concedidos pelos países (Guimarães, 2019), os quais são munidos de instrumentos

complementares em prol colaborarem com os efeitos econômicos da pandemia da COVID19

na estrutura econômico-financeira das empresas.

Em uma abordagem mais política as regras regulatórias e as opções políticas que elas

revelam, são resultados do interesse de vários grupos de suas versões do que seriam para eles

o interesse público, sendo que nesta corrente, a disponibilidade destes recursos possui um

papel determinante nos resultados.

Portanto, a regulação por criar e permitir proteções mediante as externalidades

negativas resultantes do funcionamento do mercado, ou até situações atípicas, as quais podem

produzir efeitos muito negativos na sociedade com riscos e custos para a segurança, para a

saúde, para o ambiente ( Lucas , 2007). Entretanto, cabe ressaltar que a teoria permite obter e

comparar informação sobre determinada questão, podendo revelar uma vantagem do sistema

de regulação.

4 Metodologia

A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa foi de cunho qualitativo,

com base nos dados encontrados nos portais oficiais sendo a partir destas informações iniciais

realizado a análise textual composta por uma lista de palavras positivas, realizada por meio da

utilização de um software que auxilia a análise de dados qualitativos - Computer Aided

Qualitative Data Analysis Software (CAQDAS), foi possível levantar dados qualitativos sobre

incentivos concedidos em apoio às MPEs dos sites de que contém informações, chamados no

Brasil de dados abertos (gov.br) e no Chile foi extraído dos sites vinculados Gobierno del

Chile.

Ademais, foram realizadas buscas em sites dos governos locais de cada país de

instituições governamentais e não governamentais, considerados referência em apoio às

MPEs. Nesta linha, foram coletadas as informações dos incentivos e classificadas em quatro

categorias: incentivos tributários e trabalhistas, informações de ações nas redes sociais,

programas públicos de benefícios assistenciais e promoção de incentivos à legalização. A

tabela 1 apresenta um resumo de sites de informações sobre incentivos dos governos locais no

Brasil e no Chile, que orienta as coletas das informações utilizadas para elaboração deste

estudo comparado.

Tabela 1 : Resumo de sites de informações sobre incentivos dos governos locais no

Brasil e no Chile.

Page 7: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

7 www.congressousp.fipecafi.org

Brasil Chile

Incentivos

tributários e

trabalhistas

● Secretaria da fazenda

● Receita federal do Brasil.

● Prefeituras Municipais(capitais)

● Tribunal Regional do Trabalho;

● CONAMPE- Confederação Nacional

das micro e Pequenas Empresas e dos

Empreendedores individuais;

● Gobierno del Chile;

● Chileatiende ;

● Gob digital;

● Inov Gov;

● Ministerio de Hacienda de Chile;

● Instituto de Previdência Social (

IPS );

Informações de

ações nas redes

sociais

● SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio

às Micro e Pequenas Empresas;

● Ações Municipais de Apoio às Micro e

Pequenas – Aprece;

● IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada;

● Organização Internacional do Trabalho;

● PYME;

● Gobierno del Chile;

● Ministerio de Economía, Fomento y

Turismo;

● Instituto Nacional de Estadísticas

(INE);

● Fiscalía Nacional Económica (FNE)

Programas de

benefícios

● PRONAMPE- Programa de apoio às

micro e pequenas empresas

● PDF- programa de desenvolvimento de

fornecedor

● Fondo Garantía Pequeño Empresario

(FOGAPE);

● Programa InterPyme (PROCHILE);

● Proyectos de Fomento (PROFO);

● Programa Desarrollo Proveedores

(PDP);

● Fondo Assistência Técnica (FAT)

Incentivos legalização ●Juntas Comerciais do Brasil

● Departamento de Registro e Integração

● Servicio de Impuestos Internos

(conocido también por su sigla SII);

● Tribunales Tribuarios y Aduaneros

(TTA);

Fonte: Elaborado pelos autores (2020).

As informações presentes, na tabela 1, foram catalogadas de 29/04/2020 a 30/01/2021.

As comparações entre os países foram realizadas em duas linhas: primeiro foi avaliado as

categorias individuais de cada país. Na segunda linha foi avaliado como estas informações

estavam dispostas nos sites catalogados no quadro 1.

Estas informações na segunda linha foram avaliados se nos sites tanto brasileiros e

chilenos continham informações sobre: noticiais e diários de mês sobre MPEs; informações

sobre a legislação ou a própria instrução ou link guia; plano de contingência, se constava

planejamento estratégico que continha incentivos a PME; aplicativos, se os governo criaram

aplicativos que permitisse ajudar e trouxesse orientações; combate ao fake new, dado às

constante mensagem falsas nas redes sociais, e por último o conteúdo que é o extrato dos 6(

seis) pontos observáveis, os quais são totalizados no item conteúdo.

Dadas as categorias avaliadas do Brasil e do Chile, e rodados no software Iramuteq.

2.0, para realização do estudo comparado, e consequentemente, identificar semelhança de

ações. Foram realizadas três análises: a análise combinatória fatorial, avaliação clusterizada e

a apresentação da nuvem de palavras.

A escolha pelo Chile como país de comparação foi devido ao país ter realizado

mudanças de estratégias no combate à pandemia, após uma série de questionamentos sobre as

estatísticas de óbitos que levaram à queda do ministro da saúde. Fato este muito parecido

com o Brasil. Foi o país da América do Sul com o maior número de infectados, perdendo para

o Brasil e para o Perú (OMS,2020). Ademais, a escolha do país ocorreu devido ser o segundo

país do mundo no ranking da vacinação contra a COVID19.

Page 8: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

8 www.congressousp.fipecafi.org

5 Análise e Discussões

5.1 Comparação dos Incentivos Concedido pelo Brasil e pelo Chile as MPE

Este estudo comparado permite uma reflexão sobre as competências dos governos e

das ações desempenhadas, na forma de tomar força para compreender como estes governos

locais estão conseguindo apoiar as MPEs na forma de tentar minimizar os problemas

econômicos.

5.1.1 Incentivos tributários e trabalhistas

No Brasil houve muitos parcelamentos de prorrogação de prazo para todos os

impostos. Destacam-se que os estados de Rondônia, Tocantins, Distrito Federal e Rio Grande

do Sul, mantiveram as concessões com os maiores prazos, prorrogações para a quitação do

débito por noventa dias. Essas medidas podem ser analisadas tanto por parte do governo

estadual, federal e municipal que adota medidas para evitar a inadimplência do pagamento e

maiores custos do Estado para gestão desse crédito não recebido, como no que tange permitir

a reorganização dos contribuintes afetados financeiramente pelos efeitos da pandemia.

No governo do Chile houve a adoção de medidas iguais para todas as províncias,

sendo realizado da instalação da lei de modernização tributária que foi inserida como forma

de incentivar o empreendedorismo e a integração do sistema tributário de empresas marcando:

opção de contabilidade simplificada, regime de transparência tributária opcional, benefícios

para o reinvestimento de lucros e propostas de declaração de imposto.

Além disso, o Fundo de Garantia para Pequenos e Médios Empresários (Fogape)

incorporou uma nova Linha de Crédito Covid-19, com o objetivo de ajudar empresas com

menos tamanho para superar o impacto econômico da pandemia. A operação destes A

supervisão de créditos é feita pela Comissão do Mercado Financeiro – CMF.

No Chile, foi criada a lei nº 21.166/2020, o qual as empresas menores processem,

quando comprovada e no direito forem prejudicadas pelo ato de competição injusto. Esta lei

visa que as MPEs consigam se defender em caso de abuso, e dando a devida punição pela

concorrência desleal.

Uma das ações do Chile que chamou muito atenção foi a lei de pagamento de 30 dias,

que tratou de uma antecipação com entrada em vigor com 30 dias, para que grandes empresas

pagassem as contas das MPEs ( Boletim 13.045-03, 1 de abril de 2020). Ademais, o país

promoveu uma campanha com a intenção de reforçar a ajuda na recuperação do capital de

giro das MPEs. A tabela 2 apresenta as informações que são comunicadas aos cidadãos, tanto

pelo Brasil como pelo Chile.

Tabela 2: Comunicação ao cidadão incentivos tributários e trabalhistas

No

tíci

as

diá

rias

par

a

MP

E

Leg

isla

ção

Pla

no

de

con

tin

gên

ci

a

Ori

enta

ções

cart

ilh

as

Ap

lica

tiv

o

Co

mb

ate

à

fake

new

s

Co

nte

úd

o

Chile

Ince

nti

vo

s t

ribu

tári

os

Gobierno del Chile; 1 1 1 1 1 1 6

Chileatiende ; 1 1 1 0 0 0 2

Inov Gov; 1 1 1 1 0 0 3

Ministerio de Hacienda

de Chile; 1 1 1 1 0 0 3

Ministerio del

economía, fomento y

turismo

1 1 1 1 1 1 6

Brasil Secretaria da fazenda 1 1 1 1 0 1 5

Receita federal do 1 1 1 1 1 1 6

Page 9: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

9 www.congressousp.fipecafi.org

Brasil.

Prefeituras

Municipais(capitais) 1 1 1 0 1 1 5

Tribunal Regional do

Trabalho; 1 1 0 1 0 0 3

CONAMPE-

Confederação Nacional

das micro e Pequenas

Empresas e dos

Empreendedores

individuais;

1 0 1 1 0 1 4

Fonte: Elaborados pelos autores (2020).

Todos os portais classificados nos dois países foram avaliados e apresentaram

noticiais sobre os incentivos tributários para MPEs. Entretanto cabe ressaltar que no Chile as

informações estão concentradas no site do Ministério da Economia, Fomento e Turismo,

estando estratificadas em um manual de planejamento contendo todas as informações sobre o

apoio às MPEs, da mesma forma no site do Gobierno del Chile consta link direcionando para

as informações sobre MPEs.

Percebeu-se que no Chile somente o site do Gobierno del Chile que possui informação

sobre fakenews nas plataformas digitais. No Brasil, as informações estão contidas nos sites,

porém espalhadas, precisando que para saber de informações tributárias e trabalhistas tenha

que saber, de qual esfera pertence, para não acessar mais de um site. Nos demais itens

tinham link direcionados para a legislação. Sobre a fakenews em todos os sites visitados

existem campanhas em combate à fakenews.

Cabe ressaltar que boas práticas de comunicação de crises é a informação não somente

sobre prevenção, mas sobre todas cabíveis aquele órgão governamental ou não, e que seja de

fácil acesso (Veil & Husted, 2012), na forma que facilite o entendimento pelos usuários (

Gonçalves et. al. 2020)

De modo geral, por mais que os sites do Brasil tivessem mais informações, elas ficam

listadas e demandam tempo para o usuário encontrar as informações que precisa, enquanto no

Chile por mais que não conste todas as informações em outros sites elas estão centralizadas, e

interligadas aos site do Gobierno del chile, o que facilita a consulta.

5.1.2 Informações Divulgadas nas redes sociais

Nos últimos anos, tanto no Brasil como no Chile a informatização e a utilização de

novas ferramentas digitais, em especial as redes sociais, não foi só uma prerrogativa de

grandes organizações, mas da administração pública como novo canal de comunicação e

medidor da qualidade da oferta de serviços. Esse canal de comunicação foi importante para

que as empresas conseguissem, em tempo, informações sobre medidas que permitissem a

adequação de a um novo normal. Atualmente, em todas as páginas dos países encontrou-se

ícones que sempre direcionam para youtube, facebook, Tumblr e instagram.

Para MPEs isto não foi diferente, com o distanciamento social e com muitas empresas

de comércio e serviço fechando o uso de mecanismo para vendas foi imprescindível ( Sebrae,

2021, PortalPYMES, 2020). Entretanto, entre os aplicativos facebook, instagram, sites

próprios e o what app. Segundo o Sebrae(2021) o what app e a rede social Facebook são as

ferramentas mais usadas pelas MPE na divulgação de produtos e serviços.

No Chile, as redes sociais foram canais informativos e de indicação para coleta de

informações sobre assistência e serviços aos cidadãos. Note que as medidas adotadas foram

sinalizadoras, a ponto de que a população não somente usasse as redes sociais, mas foram

Page 10: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

10 www.congressousp.fipecafi.org

difusoras de conhecimento. houve muitos treinamentos a empreendedores que foram

compartilhados pelas redes sociais.

As informações avaliadas nas redes sociais foram: se os governos utilizavam as redes

sociais e apresentavam postagens sobre MPEs, em relação às notícias, legislação, orientações,

aplicativos e fakenews.

Tabela 3: Comunicação ao cidadão das informações nas redes sociais

No

tíci

as

diá

rias

par

a

MP

Es

Leg

isla

ção

Pla

no

de

con

tin

gên

cia

Ori

enta

ções

cart

ilh

as

Ap

lica

tiv

o

Co

mb

ate

à

fake

new

s

Co

nte

úd

o

Chile

Info

rmaç

ões

nas

Red

es S

oci

ais

PortalPYME; 1 0 0 1 1 0 3

Gobierno del Chile; 1 1 1 1 1 0 5

Ministerio de Economía, Fomento

y Turismo; 1 1 1 1 0 0 4

Instituto Nacional de

Estadísticas (INE); 1 1 1 1 0 0 4

Fiscalía Nacional

Económica (FNE) 1 1 1 0 0 0 3

Brasil

SEBRAE- Serviço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas

Empresas;

1 1 1 1 0 1 5

Ações Municipais de Apoio às

Micro e Pequenas – Aprece; 1 1 0 1 0 0 3

IPEA- Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada; 1 1 0 1 0 0 3

Organização Internacional do

Trabalho 1 0 0 1 0 0 2

Fonte: Elaborados pelos autores (2020).

Os portais analisados nos dois países apresentaram notícias sobre redes sociais em

apoio às MPEs. Muitas destas notícias definiram treinamentos que seriam aplicados à

sociedade. Entretanto cabe ressaltar que no Chile ofertou diversas ações inclusive

treinamentos para vendas online, reconhecendo que as MPE precisam inovar e buscar novos

mecanismos de vendas para mitigar os efeitos da emergência de saúde, e para isso, é

fundamental começar a fortalecer os canais digitais.

No Brasil o Sebrae foi o órgão que mais desempenhou pesquisa e apoio às micro e

pequenas empresas, buscando estimular o crescimento. Para Cesaroni et al. (2017) destacam o

fator importante da mídia social e da capacidade das MPE em países em desenvolvimento

que usam a mídia social para criar novos negócios e redes de forma muito mais eficaz,

especialmente porque, em muitos países em desenvolvimento, fatores culturais podem

dificultar o empreendedorismo, marginalização e falta de inclusão.

5.1.3 Benefícios atribuídos aos programas de apoio às MPE

Nos países de estudos houve programas que vieram do apoio às MPEs. No Brasil um

dos mais procurados foi o proname é um programa de crédito do governo federal,

regulamentado pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do

Ministério da Economia (SEPEC), destinado ao desenvolvimento e ao fortalecimento dos

pequenos negócios optantes ou não do Simples Nacional ( Sebrae, 2021).

O Chile tem instalado diversos programas de apoio às MPEs, dentre os quais; Reativar

Page 11: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

11 www.congressousp.fipecafi.org

com Sercotec, Reativar turismo, Reativar associações comerciais, Garantias FOGAIN:, Corfo

MIPYME Credit, Fundó CRECE, Garantías Corfo Comercio Exterior (COBEX): e outros.

Cabe ressaltar que todos os programas buscam desenvolver práticas de aprendizado para os

empreendedores como formas de sustentabilidade empresarial.

A tabela 4 traz os principais programas de benefícios dos países, ressalta-se que não

são somente estes programas, porém foram os escolhidos a serem discutidos, pois ações

semelhantes, desenvolvem políticas de aprendizado e tratam de planos para obtenção de

recursos financeiros.

Tabela 4: Resumo dos principais programas de benefícios

No

tíci

as

diá

rias

par

a

MP

Es

Leg

isla

ção

Pla

no

de

con

tig

ênci

a

Ori

enta

çõ

es

cart

ilh

as

Ap

lica

tiv

o

Co

mb

ate

à

fak

e n

ews

Co

nte

úd

o

Chile

Pri

nci

pai

s B

enef

icio

s

Fondo Garantía

Pequeño Empresario

(FOGAPE);

1 1 1 1 1 0 5

Programa InterPyme

(PROCHILE); 1 1 1 1 0 0 4

Proyectos de Fomento

(PROFO); 1 1 1 1 0 0 4

Programa Desarrollo

Proveedores (PDP); 1 1 1 1 0 0 4

Brasil

PRONAMPE-

Programa de apoio às

micro e pequenas

empresas

1 1 1 1 1 0 5

PDF Programa

desenvolvimento de

fornecedor

1 0 0 0 0 0 1

Fonte: Fonte: Elaborados pelos autores (2020).

No Chile foi adotado um treinamento geral e especializado, com intuito de orientar,

dar suporte e aconselhamento gratuito para os empresários e MPEs. Além do mais, a oferta de

cursos gratuitos pela web tem como propósito aumentar as habilidades para iniciar um

negócio e melhorar sua gestão e alcançar resultados ideais.

No Brasil, todo o apoio às MPEs foi realizado pelo Sebrae e por instituições de

educação como universidades, que criaram programas e até aplicativos, como forma de ajuda

aos pequenos empresários. Foi comum encontrar entre os estados, nas redes sociais,

campanhas que visavam estimular a compra de produtos de pequeno empresário.

Nos países o fator educação e disponibilidade de aprendizagem estão associados à

capacidade empreendedora, consequentemente, ao status educacional e à experiência de

trabalho ( Minniti e Naudé, 2010 ).De acordo com Lock e Smith (2016) ,a educação vai além

da escolaridade, na gestão de negócios e na gestão de riscos. Segundo Minniti &

Naudé,(2010) países em desenvolvimento, a experiência pode compensar a educação, mas em

atividades inovadoras, a experiência sem educação e uma base de conhecimento específica

pode não ser adequada.

Note que no Chile foi adotado um treinamento geral e especializado, com intuito de

orientar, dar suporte e aconselhamento gratuito para os empresários e MPEs. Além do mais, a

oferta de cursos gratuitos pela web tem como propósito aumentar as habilidades para iniciar

um negócio e melhorar sua gestão e alcançar resultados ideais.

5.1.4 Promoção e incentivos para legalizações

Page 12: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

12 www.congressousp.fipecafi.org

As regulamentações, nos dois países, não são favoráveis aos negócios . O processo

de registro é burocrático e estão em constante atualização, o que o torna tedioso e

desmotivador para os empreendedores, com inúmeras normas, regulamentos e procedimentos

a ele associados, isto condiz com a estrutura relata nos estudos de Suhail, (2014), ao avaliar o

processo de registro de empresas nos países palestinos.

Além disso, MPEs neste processo devem ser tratadas de forma semelhante a grandes

empresas, com incentivos sem levar em consideração que suas obrigações regulatórias devem

ser pelo menos reduzidas ou minimizadas (Abuznaid, 2014).

Essas leis e regulamentos desatualizados atuam como um forte desmotivador para

novos estabelecimentos empresariais no Brasil ( Longo & Gomes, 2020, de Carvalho, 2020) e

para Chile ( Colichi et. al 2020, Chalá & Sevilla, 2020). Essas são consideradas uma das

principais barreiras, as quais os empreendedores se deparam. Note que as atividades e o

crescimento de novas empresas vieram em conjunto com as dificuldades de acesso a novas

tecnologias e mercados (Kawasmi e White, 2010).

De acordo com os estudos de Gomes (2021) a administração pública teve que no

momento de crise criar mecanismo de respostas imediatas e consequentemente tiveram que

melhorar seu processo de sistemas, e tornaram uma disrupção dos processos, para conseguir

atender os usuários de serviço público de modo adequado. Esse ponto reflete a ação imediata

em todos os países, note que a questão adaptação às tecnologias foram essenciais, não

somente para obtenção de serviço, mas para se ter informações suficientes e o próprio apoio

dos governos locais.

Neste período houve a criação de novas empresas, com o propósito de suprir

demandas existentes, por exemplo, serviços de home office (aluguel de equipamentos de

ginástica, manicure, cabeleireiros), empresas de desinfecção produtos para condomínios

(utilizado para desinfecção de encomendas e outros.

Na tabela 5 é possível identificar os principais sites informativos de incentivos a

legalização empresas, que possuem ações de atendimento ao usuário.

Tabela 5 : Informações incentivos a legalizações de empresas

No

tíci

as

diá

rias

par

a

MP

Es

Leg

isla

ção

Pla

no

de

con

tig

ênci

a

Ori

enta

ções

cart

ilh

as

Ap

lica

tiv

o

Co

mb

ate

à

fak

e n

ews

Co

nte

úd

o

Chile

Ince

nti

vo

a l

egal

izaç

ão Servicio de Impuestos

Internos (conocido

también por su sigla SII);

1 1 1 1 1 0 5

Tribunales Tribuarios y

Aduaneros (TTA); 1 1 1 1 0 0 4

Brasil

Juntas comerciais do

Brasil 1 1 1 1 0 1 5

Departamento de Registro

e Integração 1 1 1 1 0 0 4

Fonte: Elaborado pelos autores (2020).

Em uma tendência global era previsto um aumento nos níveis da taxa de desemprego

no mercado de trabalho tanto no Brasil e Chile ( IBGE, 2020, INE, 2020) uma mudança na

preferência pelo empreendedorismo foi clara entre os países, a sociedade e o governo, como

uma solução potencial para resolver alguns problemas na economia( Favarin, et. al. 2020).

Apesar desta tendência, o processo empresarial no Chile é caracterizado por suas

complicações burocráticas que incluem o pagamento de impostos (diretos e indiretos), bem

Page 13: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

13 www.congressousp.fipecafi.org

como as taxas de licenciamento, este cenário sem suporte resultou em muitos empresários

preferindo permanecer no setor informal.

No Brasil, este cenário foi parecido no início da pandemia em março de 2020,

entretanto, no início do segundo semestre em agosto os governos começaram a desenvolver

ações que garantisse também a regulação de novos empresários e tentasse criar caminhos de

retomada da economia, Então proporcionou primeiro redução de taxa em até 50 % de atos

constitutivos de empresas, não surtindo muito efeito, na sequência no final setembro surgiram

decretos pelos estados brasileiros, por exemplo, Pará concedeu isenção de taxa de dois meses,

este maior adesão pelos novos empresários.

Conforme estudo de Favarin, et. al. (2020), um grande número de empresários

informais sentiu que não há incentivo para se registrar no setor formal, enquanto 26% não

estão familiarizados com os benefícios da formalização. Em meio a diversas questões que

tomam os incentivos dos governos locais para MPEs como resposta aos Efeitos Econômicos

da COVID-19 são as lições que a Covid-19 pode trazer para finanças públicas.

5.2. Lições da Covid-19 para MPE e para as finanças públicas.

Nesta etapa foram evidenciados os resultados que remetem às lições que podem ser

apreendidas pelos países quanto aos apoios governamentais. Apresenta-se um dendograma,

seguido da análise fatorial de correspondência e da nuvem de palavras.

O ano de 2020 com o início da pandemia do Covid-19 foi um bom momento para

conhecer novas oportunidades, especialmente em relação às questões de responsabilidade que

foram levantadas (Cohen et al., 2020, Gomes, 2021). (esta parte em azul está muito bem

escrita - sugiro repetir no o resumo) Os governos do Brasil e do Chile tiveram que adotar

medidas rápidas e que fossem flexíveis a suas realidades, não somente culturais. Essa rápida

mudança fez com que os países, tivessem que mudar independentemente de um contexto

político vivenciado. Mas conseguisse testar suas capacidades e criasse oportunidades para

testar a eficiência dos seus processos, além de trilhar caminhos para os futuros e melhorá-los.

Observa-se que, tanto no Brasil como no Chile, a digitalização, o uso dos recursos

tecnológicos e espaço para acompanhamento de informações foram incluídos como uma das

principais ações de mudanças. Ações estas foram destacadas na figura 1

Page 14: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

14 www.congressousp.fipecafi.org

Figura 1 : Dendograma de palavras respostas à COVID19, um estudo comparado com Brasil

e Chile.

Fonte: Dados da pesquisa, 2020, Iramuteq 2.0

A evidências encontradas no dendograma de palavras demonstram o nível de distância

das cluster formadas das informações do Brasil e do Chile. Permitindo avaliar que neste

processo o Chile apresentou um tempo de resposta mais curto ao enfrentamento do covid-19

do que o Brasil, além de apresentar maiores ações de apoio às MPES.

Cabe ressaltar que a figura 1 demonstra que em ambos os governos locais dos países

estudos apresentam sistemas que necessitam de melhorias, inclusive melhorias nos sistemas

de contabilidade. Provisões de sistemas de contabilidade fornecem boas informações sobre os

efeitos de longo prazo das decisões em termos de finanças públicas e, mais importante,

intergeracional. Sequencialmente, se fez uma avaliação pela análise fatorial

combinatória(Szüster, Szüster, & Szüster, 2005).

Figura 2: Análise fatorial de Correspondência

Fonte: Dados da pesquisa, 2020, Iramuteq 2.0

A Análise Fatorial Correspondência (AFC) presente na figura 2 retoma a frequência e

os valores da correlação Quadrante 2 de cada palavra. Esta análise nos permite identificar a

especificidade dos dados, os quais estão expostas em grupos das variáveis selecionadas.

Na AFC foi realizada a avaliação por quadrante, com o objetivo de agrupar as palavras

e termos coincidentes, que possam confirmar a análise dicotômica realizada. O Quadrante 1

incentivos fiscais, Quadrante 2 divulgações de ações nas redes sociais, Quadrante 5

programas públicos de benefícios assistenciais e Quadrante 4 promoção de incentivos à

legalização de MPE. Note que o Quadrante 4 se distancia muito das demais ações de apoio.

Page 15: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

15 www.congressousp.fipecafi.org

Ademais, o Quadrante 3, os quais se agrupam as palavras “ aplicativo”, “sii” -

Servicio de Impuestos Internos e “contribuinte”, estas não coincidem nos dois países -

revelando o não uso de aplicativos pelos governo do Chile e nem programas de apoio para a

legalização de novas empresas, concebendo assim valores negativos.

Figura 2 : Nuvem de palavras.

Fonte: Dados da pesquisa, 2020, Iramuteq 2.0

A evidências encontradas na figura 3, nuvens de palavras, sugerem que os países

trabalham com ações de apoio. Os vocábulos com maior frequência na pesquisa referem-se

aos nomes que mais foram empregados, como “programas”, “empresas”, “créditos”,

“negócios”, “medida”, “tributário”, “contribuinte”, “serviços” e “financiamentos”. Estas

informações dão suporte às discussões realizadas entre os países. Dos resultados confirmados

pela análise, ainda podem surgir outros temas direcionados para a participação do cidadão, a

utilização das informações da administração pública, a comunicação e a transparência, não

abordados neste estudo.

6 Considerações finais

O objetivo deste trabalho é comparar os incentivos concedidos pelos governos locais

(estados e municípios) para micro e pequenas empresas (MPE), no Brasil e no Chile, como

resposta aos efeitos econômicos da pandemia do Coronavírus (COVID19). O estudo revelou

que nos países de estudo a oferta de treinamentos online tanto, por instituições

governamentais e não governamentais, demonstraram que são um bom instrumento

avaliativo para suporte às MPEs.

As lei criadas no Chile e no Brasil vieram como ações práticas inovativas para as

organizações, que permitiram que estas consigam resiliência na forma de trabalho, além de

retomarem a ter recursos econômicos e financeiros, torna-se visível uma redução de incerteza

fornecido pela possibilidade, não somente de retomada, mas de nova forma de alavancagem

de venda, serviços e outros.

Page 16: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

16 www.congressousp.fipecafi.org

O Chile neste processo se mostrou mais organizado e com estratégias mais robustas de

apoio, promoveram 11 programas de apoio, criados por leis, que funcionavam com suporte

das grandes empresas em ajuda aos pequenos empreendimentos. No Brasil, os programas de

apoio foram concentrados em instituições não governamentais como o Sebrae, as instituições

de ensino e os governos locais, os quais criaram aplicativos e incluíram informações diárias

nas redes sociais.

O estudo revelou que a orientação para o futuro bastante apoiada nos programas de

desenvolvimento é um fator a ser considerado nas análises, pois contribui na manutenção das

micro e pequenas. Este estudo contribui em mostrar que o Brasil e o Chile, potências da

América do Sul, adotaram medidas de apoio às PMEs, embora o Chile tenha se destacado em

todos os fatores analisados: programas, leis, decretos, boletim de notícias, informativos sobre

planos contingenciais,orientações em cartilhas e outros.

A limitação desta investigação foi em termos de pressupostos teóricos relativos à

temática de incentivos de governos locais em apoio às MPEs em outros países, por exemplo

da América Latina.. Isto posto e sem pretender esgotar a miríade de questões que podem

aproximar do mundo medidas que venham a apoiar os pequenos empreendimentos.

Para pesquisas futuras, seria útil explorar mais sistematicamente, tanto teoricamente

quanto empiricamente, como o contexto institucional e avaliar medidas que permitam

implementar um novo caminho de manutenção de empresas e de aprendizado.

Referências

Abor,J. Quartey P. Quartey. Problemas no desenvolvimento de PMEs em Gana e África do

Sul Revista Internacional de Pesquisa de Finanças e Economia , 39 ( 6 ) ( 2010 ) , pp. 215

– 228.

Abuznaid, S. A. (2014). Managing a family business in a complex environment: The case of

Palestine. International Journal of Business and Social Science, 5(10)., vol. 5No.10,

pp.187-196.

Araújo, A. E. D., & Donegá, P. C. (2020). MP 936/20 e as relações de trabalho. MP 936/20 e

as relações de trabalho.

Araújo, J. C. O., De Souza, F. G., Gonçalves, H. S., & SilvaA, V. L.(2020_ Incentivos Fiscais

Estaduais para o Combate os Efeitos Economicos da Pandemia do Coronavírus

(COVID19): um Estudo sobre os Incentivos Fiscais Estaduais.XX International

Conference in Accounting

Araújo, M. H. D., Reinhard, N., & Cunha, M. A. (2018). Electronic government services in

Brazil: an analysis based on measures of access and users’ internet skills. Revista de

Administração Pública, 52(4), 676-694.

Attride-Stirling, J. (2001), “Thematic networks: an analytic tool for qualitative research”,

Qualitative Research, Vol. 1 No. 3, pp. 385-405.

Baker, T. H., & Judge, K. How to Help Small Businesses Survive COVID-19. (2020).

Columbia Law and Economics, Working Paper, n. 620. Recuperado em 15 fevereiro,

2021, de:https://ssrn.com/abstract=3571460.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. (2020). BNDES contra os efeitos

econômicos do coronavírus. Portal Eletrônico do BNDES [2020b].Recuperado 11 fev

2021, de: www.bndes.gov.br.

Page 17: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

17 www.congressousp.fipecafi.org

Bates, T. (2007). Strategic Planning for E-learning in a Polytechnic. In Making the transition

to e-learning: Strategies and issues (pp. 47-65). IGI Global.

Bittencourt, R. N. (2020). Pandemia, Isolamento social e colapso global. Revista espaço

acadêmico, (221)

Caneca, L. R.; Miranda, L. C.; Rodrigues, R. N.; Libonati, J. J.; Freire, D. R. (2009). A

Influência da Oferta de Contabilidade Gerencial na Percepção da Qualidade dos

Serviços Contábeis Prestados aos Gestores de Micro, Pequenas e Médias Empresas.Pensar

Contábil,v. 11. n. 43. p. 35-44.

Cardoso, Ricardo Lopes; Saravia, Enrique; Tenorio, Fernando Guilherme and Silva, Marcelo

Adriano.(2009) Accounting regulation: theories and analysis of the Brazilian accounting

standards convergence to IFRS. Revista de Administração Pública. 2009, vol.43, n.4,

pp.773-799. ISSN 1982-3134.

Carmo, C. H. S., Ribeiro, A. M., Carvalho, L. N. G., & Sasso, R. C. (2012). Regulação

Contábil Internacional, Interesse Público Ou Grupos De Interesse? Um Teste Empírico.

In: XXXVI Encontro da ANPAD. Anais... Rio de Janeiro, EnANPAD.

Catão. Marcos André Vinhas.(2004). Regime jurídico dos incentivos fiscais. Rio de Janeiro:

Renovar, p. 112.

Cesaroni, R., Sánchez-Monge, Á., Beltrán, M. T., Johnston, K. G., Maud, L. T., Moscadelli,

L., ... & Zinnecker, H. (2017). Chasing discs around O-type (proto) stars: Evidence from

ALMA observations. Astronomy & Astrophysics, 602, A59.

Chalá, J. M. F., & Sevilla, M. A. L. PUBLIC ADMINISTRATION: Decline of bureaucracy,

new public management and governance in Latin America LA ADMINISTRACIÓN

PÚBLICA: Descenso de la burocracia, la nueva gestión pública y gobernanza en América

Latina.

Cogliser, .C.Brigham, K.H. The intersection of leadership and entrepreneurship: Mutual

lessons to be learned The Leadership Quarterly, 15 (6) (2004), pp. 771-799.

Cohen, S., Rossi, F., Caperchione, E., & Brusca, I. ( 2020) (2021) Debate: Se não for agora,

quando? Covid-19 como acelerador para a contabilidade de exercício do setor público na

Europa. Público Money & Management , 41 (1), 10-12. DOI:

10.1080/09540962.2021.183471

Colichi, R. M. B., Gómez-Urrutia, V., Jimenez-Figueroa, A. E., Nunes, H. R. D. C., & Lima,

S. A. M. (2020). Perfil e intenção empreendedora de estudantes de enfermagem:

comparativo entre Brasil e Chile. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(6).

Dabi´c,M , J. Lažnjak, D. Smallbone, J. Švarc. (2019)Intellectual capital, organizational

climate, innovation culture and SME performance: Evidence from. Croatia. Journal of

Small Business and Enterprise Development, 26 (4) , pp. 522-544.

Dabić, M E. Vlačić, U. Ramanathan, C.P. Egri( 2019)Evolving absorptive capacity: The

mediating role of systematic knowledge management IEEE Transactions on Engineering

Management (2019), 10.1109/TEM.2019.2893133.

Demartini, M.C.,Beretta, V. (2020)Intellectual capital and SMEs’ performance: A structured

literature review Journal of Small Business Management, 58 (2) (2020), pp. 288-33.

Fairlie, Robert W., (2020)The Impact of Covid-19 on Small Business Owners: The First

Page 18: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

18 www.congressousp.fipecafi.org

Three Meses after Social-Distancing Restrictions (July 2020). Documento de trabalho

NBER nº w27462, disponível em SSRN: https://ssrn.com/abstract=3673693

Fakhar M. Manesh, M.M. Pellegrini, G. Marzi, M. Dabic ( 2020)Knowledge management in

the fourth industrial revolution: Mapping the literature and scoping future avenues. IEEE

Transactions on Engineering Management (2020), 10.1109/TEM.2019.2963489

Favarin, R. R., dos Santos, C. S., Köche, I. G., Kneipp, J. M., & Trevisan, M( 2020). A

inovação sustentável em integrantes do startup Chile. Cadernos de Gestão e

Empreendedorismo, 8(1), 20-34.

Formigoni, H., Segura, L. C., Teixeira, D. G. A., Carvalho, D. C., Marotti, M. G.; (2019).

Relação entre incentivos fiscais e indicadores econômico-financeiros de empresas abertas

brasileiras. Redeca, v.6, n.2. Jul-Dez. p. 63-86.

Gonçalves, Helenice Souza; de Souza, Fernando Gentil; Araújo, Jamille Carla Oliveira.

Governo eletrônico e combate à pandemia do Coronavírus (COVID-19): um estudo dos

estados brasileiros. XX International Conference in Accounting.

Gomes, Patrícia (2021).Financial and non-financial responses to the Covid-19 pandemic:

insights from Portugal and lessons for future. Public Money & Management.

https://doi.org/10.1080/09540962.2021.1880059

Guimarães, M. C. (2019). Geoblocking e geopricing: uma análise à luz da teoria do interesse

público de Mike Feintuch.Revista de Direito, Estado e Telecomunicações, v. 11, nº 2, p.

87-106, outubro 2019.

Hayashi, Ritter- D., Vermeulen, P. and Knoben, J. (2016), Gender Diversity and Innovation:

The Role of Women's Economic Opportunity in Developing Countries, Tilburg

University.

Heras, RL (2020). Impacto do COVID-19 no mercado de trabalho: uma análise de grupos

vulneráveis. Working Papers (IAES, University Institute of Economic and Social

Analysis), (2), 1-29.

INE – Instituto Nacional de Estadistica. (2020): Censos de Población y Viviendas 2020,

covid-19. Proyecto. (Marzo). Madrid. INE. [http:// www.ine.es/censo2020/procen01.doc].

Kawasmi, H., & White, S. (2010). Micro, Small and Medium-sized Enterprises Assessment

Report: Towards a Policy Framework for the Development of Micro, Small and Medium-

sized Enterprises in the Occupied Palestine Territory. Ministry of National Economy and

International Labour Organization.

Kijkasiwat , Ploypailin, Wellalage, Nirosha Hewa & Locke, Stuart.(2021). The impact of

symbiotic relations on the performance of micro, small and medium enterprises in a small-

town context: The perspective of risk and return, Research in International Business and

Finance,Volume 56, 2021,101388.

Lock, R., & Smith, H. L. (2016). The impact of female entrepreneurship on economic growth

in Kenya. International Journal of Gender and Entrepreneurship.

Longo Freitas Mandarino, M., & Gomes, J. S. (2020). A Crença do Uso da Burocracia como

Instrumento de Eficiência na Administração Pública. Revista FSA, 17(12).

Lucas, E. (2007). Regulação. Questões Conceptuais e Terminológicas. XXXI EnANPAD

2007, ANPAD-Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Rio

de Janeiro, 1-12.

Page 19: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

19 www.congressousp.fipecafi.org

Mackay-Castro, C. R., León-Palacios, B. V., & Zambrano-Noboa, H. A. (2020). Efectos del

Covid-19 en el mercado laboral. Dominio de las Ciencias, 6(3), 1368-1381.

Maranhão, R. A., & Senhoras, E. M. (2020). Pacote econômico governamental e o papel do

BNDES na guerra contra o novo coronavírus. Boletim de Conjuntura (BOCA), 2(4).

Marcelino, J. A.; Rezende, A. & Miyaji, M. (2020). Impactos iniciais da covid-19 nas micro e

pequenas empresas do estado do paraná. Boletim de Conjuntura (BOCA), 1(5)

Medeiros, P. H. R., & Guimarães, T. de A. (2006). A institucionalização do governo

eletrônico no Brasil. Revista de Administração de Empresas, 46(4), 1–13.

https://doi.org/10.1590/s0034-75902006000400007.

Ministerio da Saúde. Coronavirus.(2020). Acesso em: 18 de maio de 2020. Home:

https://coronavirus.saude.gov.br/.

Ministerio de economia Formento y Turismo- MIPYME. Medidas de apoyo en el contexto del

plan de emergencia y de reactivación económica del gobierno de Chile- 2020/2021.

Online disponívelem:https://www.economia.gob.cl/wp-

content/uploads/2021/01/GUI%CC%81A-DE-APOYO-A-PYMES-_Enero-2021.pdf.

Minniti, M., & Naudé, W. (2010). What do we know about the patterns and determinants of

female entrepreneurship across countries?.

Mohsin, A.A., Halim, H.A. Ahmad, N.H. Competitive intelligence among SMEs: Assessing

the role of entrepreneurial atitude orientation on innovation performance Innovation,

finance, and the economy, Springer, Cham (2015), pp. 15-22.

Moreira, R. D. L., Encarnação, L. V., Bispo, O. N. de A., Colauto, R. D., & Angotti, M.

(2013). A importância da informação contábil no processo de tomada de decisão nas micro

e pequenas empresas. Revista Contemporânea de Contabilidade, 10(19), 119–140.

Morens, D. M., Folkers, G. K., & Fauci, A. S. (2009). What is a pandemic? The Journal of

Infectious Diseases, 200, pp. 1018-1021.

Moscuzza, SM (sf). Os efeitos da covi-19 no mundo do trabalho na perspectiva da OIT.

Recordip, (1), 253-274.

Nakabayashi, Masanari.(2010). Optimal tax rules and public sector efficiency with an

externality in an overlapping generations model. Journal of Public Economics Volume 94,

Issues 11–12, December 2010, Pages 1028-1040.

Oliveira, A. G. de, Müller, A. N., & Nakamura, W. T. (2000). A utilização das informações

geradas Pelo Sistema De Informação Contábil Como Subsídio Aos Processos

Administrativos. Revista FAE, 3(3), 1–12.

Ortega, FF (2020). Medidas trabalhistas contra a COVID-19 a partir de uma perspectiva de

gênero. Jornal La Ley, (9623), 7.

Rezende, A. J.; Dalmacio, F. Z. ; Rathke, A. A. T. (2018). Avaliação do impacto dos

incentivos fiscais sobre os retornos e as políticas de investimento e financiamento das

empresas. Revista Universo Contábil, v. 14, p. 28-49, 2018.

Sebrae. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (2016). Sobrevivência das

empresas no Brasil. In Sebrae. https://doi.org/10.15713/ins.mmj..

Sebrae-Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2021)O Impacto da

pandemia de coronavírus nos Pequenos Negócios. Estudo Sebrae e FGV– 9ª edição.

Page 20: Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas ......ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas categorias foram realizadas

20 www.congressousp.fipecafi.org

Segura, L. C., Magalhães, J. C., Santos, L. A., Mizoguchi, R. J., & Marques, W. D. A. (2010).

Os gestores das PMEs e os relatórios contábeis: uma pesquisa sobre o conhecimento dos

gestores com vistas para a implantação do CPC para PME. In Anais do Congresso

Brasileiro de Custos-ABC.

Szüster, Natan, Szüster, Fortunée Rechtman, & Szüster, Flávia Rechtman. (2005).

Contabilidade: atuais desafios e alternativa para seu melhor desempenho. Revista

Contabilidade & Finanças, 16(38), 20-30. https://doi.org/10.1590/S1519-

70772005000200003

Suhail, S.S. (2014), “Enhancing the competitiveness of Palestinian SMEs through clustering”,

EuroMed Journal of Business, Vol. 9 No. 2, pp.164-174, doi:10.1108/EMJB-03-2012-

0004.

Tazhitdinova, Alisa.(2020). Do only tax incentives matter? Labor supply and demand

responses to an unusually large and salient tax break. Journal of Public Economics.

Tribunal Regional do Trabalho – TRT (2020). Reflexos trabalhistas do coronavírus e

posicionamento do STF. Online. Disponivel em :

https://portal.trt3.jus.br/internet/conheca-o-trt/comunicacao/noticias-juridicas/reflexos-

trabalhistas-do-coronavirus-e-posicionamento-do-stf.

Veil, S. R., & Husted, R. A. (2012). Best practices as an assessment for crisis communication.

Journal of Communication Management, 16(2), 131–145.

https://doi.org/10.1108/13632541211217560.

Wanasika, I. (2009), Strategic Leadership and Rationale For Economizing-Strategizing

Principles, (Doctoral Dissertation), New Mexico: Business Administration Graduate

School of New Mexico State University.