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Incentivos dos governos locais para Micro e Pequenas Empresas como resposta aos
Efeitos Econômicos da COVID-19: um estudo comparado entre Brasil e Chile
JAMILLE CARLA OLIVEIRA ARAUJO
Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE)
FERNANDO GENTIL DE SOUZA
Universidade Federal de Pernambuco ( UFPE)
AGOSTINHA PATRÍCIA SILVA GOMES
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA)
Resumo
Este trabalho tem como objetivo comparar os incentivos concedidos pelos governos locais
(estados e municípios) para micro e pequenas empresas (MPE), no Brasil e no Chile, como
resposta aos efeitos econômicos da pandemia do Coronavírus (COVID19). Os dois países
representam importantes economias na América do Sul e coincidem, a nível global, com
enfrentamento de dificuldades financeiras, resultantes do distanciamento social e da
desaceleração das atividades econômicas. Foram analisadas 4 medidas de apoio: (i) incentivos
tributários e trabalhistas, (ii) informações de ações em redes sociais, (iii) programas de
benefícios e (iv) incentivos à legalização. Essa pesquisa empírica e exploratória utiliza
documentação indireta (bibliográfica) e secundária, com dados governamentais das páginas
web dos governos locais de cada país. A análise qualitativa dos dados foi realizada por meio
do software Iramuteq 2.0., no qual se trabalhou com a análise de conteúdo: leis, decretos,
políticas de contingência, orientações em cartilhas, aplicativos e combate a fakenews.
sequencialmente, classificando as informações de acordo com as 4 medidas de apoio. Os
resultados demonstram que o Brasil e o Chile, potências da América do Sul, adotaram
medidas de apoio às MPEs, embora o Chile tenha se destacado em todos os fatores
analisados. As redes sociais nos países foram importante instrumento de comunicação,
divulgação, tanto para criação de novas empresas como para apoio às existentes. Este estudo
contribui para apresentar o panorama dos governos locais direcionados às MPEs, trazendo
reflexões sobre as lições apreendidas, assim como, a prática da empatia e a resiliência.
Palavras-chave: Incentivos fiscais; COVID-19; Governos Brasil e Chile
1 Introdução
Em 2020, o novo Coronavírus (COVID19) impactou negativamente na população
mundial, acometendo várias consequências como: graves efeitos na saúde pública, na
economia, isolamento social e fechamento de estabelecimentos que comercializam produtos
considerados não essenciais (Nakabayashi, 2010). Todas estas consequências foram
declaradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de tentar desacelerar o
crescimento exponencial do contágio do COVID19, Síndrome Respiratória Aguda Grave 2
(SARS-CoV-2)(Ministério da Saúde, 2020, Marcelino, Rezende & Miyaji, 2020).
Nesse contexto, tanto o Brasil como o Chile tiveram temores de recessão, os quais
tiveram como os mais afetados, em sua grande maioria, os pequenos empreendedores, em
função do elevado nível de informalidade (Maranhão & Senhoras, 2020) somados ao fato de
que, em sua maioria, não estarem associados às atividades essenciais (Sebrae, 2021, Fairlie,
2020).
A pandemia afetou todos os países do mundo, de forma desproporcional, alcançando
as micro e pequenas empresas (MPE), que tiveram que criar mecanismos de resiliência para
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enfrentar a acelerada queda de receitas e promover ações para conter altos gastos, juros e
multas (Sebrae, 2021). Ressalta-se que estas empresas são as que mais empregam no mundo,
inclusive as que contém o maior número de trabalhadores informais (Maranhão & Senhoras,
2020). Todos esses fatores
Neste contexto, Baker e Judge (2020) indagam que a disseminação do COVID19,
encobria uma enorme crise econômica, no qual os governos do Brasil e do Chile vinham e
ainda vem enfrentando. Encontrar uma forma de apoiar as micro e pequenas empresas
(MPEs) vem sendo um desafio constante, para que estas se mantenham firmes na economia, e
não refletem negativamente no número de trabalhadores e consequentemente, nas famílias de
cada país.
Se incentivos não fossem realizados pelos governos locais, muitas empresas
descontinuaram e o desemprego subiria aceleradamente. Os trabalhadores informais e os
trabalhadores de baixa renda estariam neste escopo sem renda e sem reservas financeiras, os
quais culturalmente não são realizadas, tanto para o caso do Brasil e do Chile, passaram por
grandes dificuldades para sobreviver perante a pandemia e tiveram que contar com a ajuda do
governo (Bittencourt, 2020).
Inúmeros estudos (Heras, 2020, Moscuzza, 2020, Ortega, 2020) surgiram sobre os
possíveis impactos e consequências econômicas que a pandemia teria. Todos os estudos
fazem uma reflexão sobre um ambiente de incerteza, no qual não se tem certezas da própria
evolução da pandemia, sendo esta desconhecida.
Em termos globais, a maioria dos estudos (Morens, Folkers & Fauci, 2009, Kijasiwat,
Wellalage, Locke, 2021) realizados refletem um cenário dramático a curto prazo, os quais
espelham, por exemplo, em muitos o impacto sobre o emprego, tanto no Brasil como no
Chile. ( OIT, 2020)
Estudos mais recentes (Fairlie, 2020, Kijasiwat et. al , 2021) afirmam que uma
avaliação detalhada das empresas, se faz necessário, não somente, como forma de se fazer
projeções futuras, mas criar mecanismo de incentivos pelos governos locais, que apoiem as
MPEs, no alcance dos investimentos e se permitam ter um olhar criativo, não somente para
enfrentar as adversidades, mas para suprir as demandas que a sociedade está gerando no
momento. Ademais, segundo Wanasika (2009) , a orientação e os incentivos desempenhados
pelos governos locais em cada país, permitem que estas empresas consigam compor um
planejamento futuro para tomarem decisões estratégicas.
O objetivo deste trabalho é apresentar os incentivos concedidos pelos governos locais
(estados e municípios) para MPEs, no Brasil e no Chile, como resposta aos efeitos
econômicos da pandemia do COVID19. Considerando que o surgimento e a rápida
disseminação do novo coronavírus, a Síndrome Respiratória Aguda Grave 2 (SARS-CoV-2),
vem sendo responsável pela pandemia da COVID19. O termo pandemia vem sendo associado
a termos históricos e não contemporâneos pautados em uma contaminação em ampla extensão
geográfica e com altos índices de infecciosidade (Morens et. al, 2009, Araújo, Souza,
Gonçalves & Silva, 2020).
Este estudo se justifica em atribuir a utilização da teoria comunicação dando suporte a
teoria da regulação para proteger o interesse público como um todo (Cardoso et al., 2009)
dando suporte por meio dos incentivos concedidos pelos governos locais dos países para
apoio às MPEs, como um instrumento para manter a sustentabilidade e a economia destas
organizações.Pese que os problemas locais e as limitações em promover benefícios para
manutenção das atividades econômicas, apresenta-se a seguinte questão de pesquisa: Quais os
incentivos concedidos pelos governos locais para as Micro e Pequenas Empresas como
resposta aos Efeitos Econômicos da COVID-19 no Brasil e no Chile?
Para o alcance do trabalho como metodologia de estudo a análise descritiva de caráter
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qualitativa, no qual foi realizada através da coleta de dados nos sites de dados abertos do
Brasil e do Chile e se comparou com as informações de organização governamentais e não
governamentais, os quais são nos países referência em apoio às MPEs.
Nesta linha foram coletadas as informações dos incentivos, os quais foram
classificados em quatro categorias: (i) incentivos tributários e trabalhistas, (ii) informações de
ações em redes sociais, (iii) programas de benefícios e (iv) incentivos à legalização. Estas
categorias foram realizadas para o Brasil e para o Chile, e rodados no software Iramuteq. 2.0,
para realização do estudo comparado.
O estudo contribui em analisar a quantidade de ações e sinalizar as respostas à
manutenção da atividade econômica, discutindo incentivos que foram adotados no Brasil e
Chile. Nas próximas seções serão apresentados: Referencial Teórico, que contém uma revisão
sobre MPEs e o impacto na COVID19, após, isto os efeitos da COVID19 nos países de
estudo. Por conseguinte, teremos uma revisão teórica para dar suporte a análise dos dados
Metodologia e Resultados. Finalizando com as considerações finais da pesquisa.
2 Referencial teórico
2.1 As Micro e pequenas empresas e a covid-19
As PMEs são frequentemente conceituadas como as principais geradoras de
crescimento econômico ( Sawaean & Ali, 2020 ). De acordo com o Sebrae (2016,2021), os
Micros e Pequenos Negócios, são por si só os principais geradores de riqueza no comércio
brasileiro (53,4% do PIB deste setor). De acordo com o PIB, o setor industrial, que contém
22,5% da participação das micro e pequenas empresas, esse percentual se aproxima dos
médios negócios com 24,5%. E o setor de serviços, mais de um terço do PIB nacional de
36,3%, provém das pequenas empresas.
Essas informações ratificam os estudos de Oliveira et. al., (2000) que identifica uma
relação do aumento dos percentuais do PIB para a evolução das sociedades, assim como para
o fortalecimento das MPEs. Outras discussões (Caneca et. al., 2009 & Moreira et. al., 2013)
indagam que a evolução dessas empresas é composta pela crescente representatividade das
MPEs e seus reflexos na geração de empregos, produção e comercialização de bens e
serviços, contribuem para o desenvolvimento e a dinâmica da economia.
Para governo do Chile as MPEs são empresas formadas por uma estrutura familiar,
que pode ter a propriedade de uma ou mais pessoas residentes naturais, que podem realizar
trabalhos profissionais, comércios, indústria, artesanato ou qualquer outra atividade seja de
prestação de serviços ou produção de bens, excluindo os perigosos, poluente ou incômodo
(MIPYME, 2020).
As MPEs nos dois países têm sido objeto de atenção de muitos empreendedores, por
serem constituídas por pessoas que têm a pretensão de empreender e montar seu pequeno
negócio. Todavia, muitas vezes formada por uma composição familiar, motivos pelos quais
estas organizações ganham notoriedade por apoiar a formação da economia do país (Segura
et. al. 2010).
Neste ponto cabe ressaltar que muitas das MPEs necessitam de incentivos para
obterem conhecimento e sobrevivência no mercado, dependendo muitas das vezes de sua
capacidade de se envolver no desenvolvimento de novas tecnologias, produtos, serviços,
processos de produção, capacidade de absorção e estruturas organizacionais ( Dabić et al.,
2019 , Dabić et al., 2019 , Fakhar Manesh et al., 2020) .
Neste contexto, nos estudos de Hayashi et. al. (2016) demonstram que quando as
oportunidades econômicas e os recursos tecnológicos surgem, as empresas têm mais
probabilidade de se beneficiar de uma estrutura de propriedade, o qual a força de trabalho,
inovação e possibilidades, são considerados pontos iniciais de manutenção da organização,
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ainda mais em tempos difíceis, onde se tem um abalo emocional e a esperança é depositada
nos entes governamentais. Tanto que o financiamento para estas organizações desempenha
um papel fundamental na sua estrutura econômica( Bates et al. , 2007 ).
No Chile com resultado da pandemia, grande parte das MPEs precisaram inovar e
buscar novos mecanismos de vendas para mitigar os efeitos da emergência de saúde, e para
isso, foi fundamental começar a fortalecer os canais digitais como: comprar PYME, com a
criação de uma vitrine virtual; atreveté digital, promove a cultura digital; plataforma PYME
na vizinhança, cria um assistente virtual para apresentação do negócio e outros ( MIPYME,
2020).
Estas capacidades de adaptação e de recebimento de apoio, muitas vezes referidas
como inovabilidade (Favarin et. al. 2020) são consideradas como recursos estratégicos que
vinculam o potencial de inovação incorporado das organizações com os resultados do
processo de inovação, os quais devem ser considerados como recursos intangíveis, a
capacidade de inovação reside no conhecimento dos recursos humanos organizacionais.
O fomento das habilidades intelectuais das empresas das MPES, representada por seus
gestores ou trabalhadores, equipe, pode, assim, converter o conhecimento em novos produtos,
serviços ou processos exigidos pelo mercado (Demartini e Beretta, 2020 , Mohsin et al.,
2015).
O uso das redes sociais como instrumento de retomada das MPES, foi um caminho
incentivado nos governos do Brasil e do Chile, como forma de tentar reverter o sentimento de
incerteza existente. Segundo os estudos de Cogliser & Brigham (2004), para que se consiga
reverter incertezas se faz necessário esforços conjuntos e o apoio dos governos locais , não
somente, para criação de imagem futura, mas para uma visão compartilhada das medidas,
treinamento e apoio às MPEs. Portanto, refletir sobre os efeitos da COVID19 nos países de
estudo torna- se vital para se compreender o tempo de ação dos países na pandemia.
2.1.1 Efeitos da COVID19 no Brasil e Chile
A pandemia da COVID19 e consequentemente o isolamento social, por sua vez,
impuseram à sociedade medidas drásticas e com isso afetaram negativamente, principalmente
as MPEs no Brasil e Chile.
O mês de março do ano 2020 tornou-se um marco, no Brasil pelas primeiras medidas
de distanciamento e no Chile pela identificação do primeiro caso da doença, o qual
observando as medidas pelo mundo, começou-se a deliberar ações para a proteção da
população e da economia, envolvendo todos os setores.
Nesta proporção houver um crescimento comum para setores econômicos essenciais,
entretanto, para as MPEs que não estavam neste bloco, sofreram com a adaptação a um novo
mercado digital, entretanto, isto não foi suficiente para reverter a inevitável perdas de
estoques, no primeiro momento, principalmente como a maioria das lojas dos chamados
Centro Comerciais (shoppings) e no segundo momento com uma retomada parcial, tentar
colocar em prática ações, por exemplo, promoções que fizessem a circulação de dinheiro
(Araújo et. al., 2020, Mackay., León-Palacios, & Zambrano-Noboa, 2020).
No Chile boa parte das medidas foram adotadas visando a minimização da situação de
empresários, como quanto à necessidade daqueles que, em consequência da redução das
atividades laborais para as quais trabalhavam, encerram lojas, ou porque se envolveram em
um alto risco para saúde, por estarem em contato direto com as pessoas, foram obrigados a
reduzir ou interromper suas atividades econômicas.
No Chile houveram benefícios para ajudar a população, entretanto, estas ajudas não
chegaram de forma igualitária a população, fazendo com que as pessoas em situação de maior
vulnerabilidade sejam aquelas, as quais infelizmente, não possuem prioridade de atendimento
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por parte das autoridades públicas (Mackay et. al., 2020).
No Brasil os efeitos da pandemia nas atividades laborais foram previstos na Medida
Provisória (MP) nº 936/20, concedeu ao empregador a suspensão do contrato dos empregados
(por até 60 dias) ou reduzir a jornada de trabalho em 25%, 50% ou 75% (por até 90 dias) (
TRT, 2020). A depender de qual destas opções a empresa escolher e do montante do seu
faturamento, o pagamento dos salários fica por conta delas e/ou do governo. A MP permite
acordo entre empregador e empregado (sem intermediação de sindicatos) para os que recebem
até três salários-mínimos e os com mais de dois tetos previdenciários.
Para os estudos de Araújo & Donegá (2020), ressaltam que a medida tenta evitar a
demissão em massa dos trabalhadores formais, entretanto, acredita-se que seja somente um
adiamento das demissões. Além disso, esta medida provisória possui lacunas, consideradas
ilegalidade, como a desobrigação da presença de sindical nas negociações, atenuando os
efeitos da crise.
O Brasil vem fomentando uma quantidade de incentivos na busca de impulsionar as
atividades econômicas (Catão, 2004). No campo prático dos efeitos da pandemia, as medidas
de incentivos foram utilizadas por empresas como ajuda para reformulação de estratégias, de
financiamento e investimentos (Rezende et. al, 2018), tendo em vista, as retrações de mercado
ocorridas (Formigoni et. al. , 2019, Tazhitdinova, 2020, Araújo et. al. 2020).
No Chile, os incentivos estavam sendo realizados em quatro bases: incentivos
tributários e manutenção ao emprego; investimentos; apoio às MPEs; racionalização e
simplificação de licenças, na forma de tentar apoiar todas as atividades econômicas. Essas
medidas são formas de dar tempo para uma reestruturação das organizações na questão de
financiamento e investimentos (Formigoni et. al. , 2019).
Note que em ambos os países a recuperação das atividades econômicas será difícil,
principalmente pela adaptação das MPEs para uma transação produtiva desenhada por
plataformas digitais, as quais não estão disponíveis para todos. Ademais, as atividades de
home office não atende a todos e nem uma atividade laboral para todos.
Algumas teorias contribuem para explicação da formação de incentivos pelos governos
locais diante a pandemia como a teoria da regulação e a teoria de grupos de interesse.
3. Teorias: da Comunicação, Regulação Econômica e Interesse Público
As Teorias da Comunicação, Regulação Econômica e Interesse Público são
anunciados brevemente nesta seção por se relacionarem com o problema da necessidade de
apoio dos governos do Brasil e do Chile, como resposta aos efeitos econômicos da COVID19.
O uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) e redes sociais pelo poder público
vem permitir a maior interação entre o estado e a sociedade(Medeiros & Guimarães, 2006).
Nesse contexto, está cada vez mais comum encontrar diversas formas de comunicação com a
administração que vão desde a disponibilização pela internet como o uso de redes sociais
como facebook, twitter, instagram e outros(Araújo, Reinhard, & Cunha, 2018). Todos estes
elementos visam melhorar a comunicação e trazer os usuários da administração pública mais
próximo, na forma de garantir o direito, informação e serviços a todos os cidadãos.
O governo eletrônico (e-gov) vem sendo discutido em diversos países como uma
forma da esfera pública se fazer presente nos canais digitais e por meio das ferramentas
disponíveis facilitar a comunicação do poder público com os seus diversos públicos de
interesse, como outras entidades públicas e a sociedade (Gonçalves et. al. 2020).
Neste contexto a teoria da comunicação vem permeando outras teorias de suporte para
este estudo como a teoria da regulação econômica, a qual vem sendo utilizadas em várias
discussões (Cardoso et al., 2009, Carmo et al., 2012) por permitir fazer julgamentos e
permitir compreender a influência dos regulamentos, decretos e normas, no comportamento
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do mercado, dado o processo da regulação manter a proteção ao o interesse público como um
todo.Desse modo, sempre que este estiver na iminência de ser atingido, o Estado deve portar-
se para evitar que determinada empresa com concentração do poder de mercado prejudique os
consumidores (Araújo et. al. 2020).
Neste escopo, o interesse público surge como forma de reforçar a concepção de
proteção e acesso às informações de caráter útil, efetuando o reforço ao atendimento às
necessidades dos grupos de interesse que possuem a maior influência sobre o regulador
(Cardoso et. al.2009).
Ambas as teorias podem ser utilizadas para explicar a inclusão de incentivos
concedidos pelos países (Guimarães, 2019), os quais são munidos de instrumentos
complementares em prol colaborarem com os efeitos econômicos da pandemia da COVID19
na estrutura econômico-financeira das empresas.
Em uma abordagem mais política as regras regulatórias e as opções políticas que elas
revelam, são resultados do interesse de vários grupos de suas versões do que seriam para eles
o interesse público, sendo que nesta corrente, a disponibilidade destes recursos possui um
papel determinante nos resultados.
Portanto, a regulação por criar e permitir proteções mediante as externalidades
negativas resultantes do funcionamento do mercado, ou até situações atípicas, as quais podem
produzir efeitos muito negativos na sociedade com riscos e custos para a segurança, para a
saúde, para o ambiente ( Lucas , 2007). Entretanto, cabe ressaltar que a teoria permite obter e
comparar informação sobre determinada questão, podendo revelar uma vantagem do sistema
de regulação.
4 Metodologia
A metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa foi de cunho qualitativo,
com base nos dados encontrados nos portais oficiais sendo a partir destas informações iniciais
realizado a análise textual composta por uma lista de palavras positivas, realizada por meio da
utilização de um software que auxilia a análise de dados qualitativos - Computer Aided
Qualitative Data Analysis Software (CAQDAS), foi possível levantar dados qualitativos sobre
incentivos concedidos em apoio às MPEs dos sites de que contém informações, chamados no
Brasil de dados abertos (gov.br) e no Chile foi extraído dos sites vinculados Gobierno del
Chile.
Ademais, foram realizadas buscas em sites dos governos locais de cada país de
instituições governamentais e não governamentais, considerados referência em apoio às
MPEs. Nesta linha, foram coletadas as informações dos incentivos e classificadas em quatro
categorias: incentivos tributários e trabalhistas, informações de ações nas redes sociais,
programas públicos de benefícios assistenciais e promoção de incentivos à legalização. A
tabela 1 apresenta um resumo de sites de informações sobre incentivos dos governos locais no
Brasil e no Chile, que orienta as coletas das informações utilizadas para elaboração deste
estudo comparado.
Tabela 1 : Resumo de sites de informações sobre incentivos dos governos locais no
Brasil e no Chile.
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Brasil Chile
Incentivos
tributários e
trabalhistas
● Secretaria da fazenda
● Receita federal do Brasil.
● Prefeituras Municipais(capitais)
● Tribunal Regional do Trabalho;
● CONAMPE- Confederação Nacional
das micro e Pequenas Empresas e dos
Empreendedores individuais;
● Gobierno del Chile;
● Chileatiende ;
● Gob digital;
● Inov Gov;
● Ministerio de Hacienda de Chile;
● Instituto de Previdência Social (
IPS );
Informações de
ações nas redes
sociais
● SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas;
● Ações Municipais de Apoio às Micro e
Pequenas – Aprece;
● IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada;
● Organização Internacional do Trabalho;
● PYME;
● Gobierno del Chile;
● Ministerio de Economía, Fomento y
Turismo;
● Instituto Nacional de Estadísticas
(INE);
● Fiscalía Nacional Económica (FNE)
Programas de
benefícios
● PRONAMPE- Programa de apoio às
micro e pequenas empresas
● PDF- programa de desenvolvimento de
fornecedor
● Fondo Garantía Pequeño Empresario
(FOGAPE);
● Programa InterPyme (PROCHILE);
● Proyectos de Fomento (PROFO);
● Programa Desarrollo Proveedores
(PDP);
● Fondo Assistência Técnica (FAT)
Incentivos legalização ●Juntas Comerciais do Brasil
● Departamento de Registro e Integração
● Servicio de Impuestos Internos
(conocido también por su sigla SII);
● Tribunales Tribuarios y Aduaneros
(TTA);
Fonte: Elaborado pelos autores (2020).
As informações presentes, na tabela 1, foram catalogadas de 29/04/2020 a 30/01/2021.
As comparações entre os países foram realizadas em duas linhas: primeiro foi avaliado as
categorias individuais de cada país. Na segunda linha foi avaliado como estas informações
estavam dispostas nos sites catalogados no quadro 1.
Estas informações na segunda linha foram avaliados se nos sites tanto brasileiros e
chilenos continham informações sobre: noticiais e diários de mês sobre MPEs; informações
sobre a legislação ou a própria instrução ou link guia; plano de contingência, se constava
planejamento estratégico que continha incentivos a PME; aplicativos, se os governo criaram
aplicativos que permitisse ajudar e trouxesse orientações; combate ao fake new, dado às
constante mensagem falsas nas redes sociais, e por último o conteúdo que é o extrato dos 6(
seis) pontos observáveis, os quais são totalizados no item conteúdo.
Dadas as categorias avaliadas do Brasil e do Chile, e rodados no software Iramuteq.
2.0, para realização do estudo comparado, e consequentemente, identificar semelhança de
ações. Foram realizadas três análises: a análise combinatória fatorial, avaliação clusterizada e
a apresentação da nuvem de palavras.
A escolha pelo Chile como país de comparação foi devido ao país ter realizado
mudanças de estratégias no combate à pandemia, após uma série de questionamentos sobre as
estatísticas de óbitos que levaram à queda do ministro da saúde. Fato este muito parecido
com o Brasil. Foi o país da América do Sul com o maior número de infectados, perdendo para
o Brasil e para o Perú (OMS,2020). Ademais, a escolha do país ocorreu devido ser o segundo
país do mundo no ranking da vacinação contra a COVID19.
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5 Análise e Discussões
5.1 Comparação dos Incentivos Concedido pelo Brasil e pelo Chile as MPE
Este estudo comparado permite uma reflexão sobre as competências dos governos e
das ações desempenhadas, na forma de tomar força para compreender como estes governos
locais estão conseguindo apoiar as MPEs na forma de tentar minimizar os problemas
econômicos.
5.1.1 Incentivos tributários e trabalhistas
No Brasil houve muitos parcelamentos de prorrogação de prazo para todos os
impostos. Destacam-se que os estados de Rondônia, Tocantins, Distrito Federal e Rio Grande
do Sul, mantiveram as concessões com os maiores prazos, prorrogações para a quitação do
débito por noventa dias. Essas medidas podem ser analisadas tanto por parte do governo
estadual, federal e municipal que adota medidas para evitar a inadimplência do pagamento e
maiores custos do Estado para gestão desse crédito não recebido, como no que tange permitir
a reorganização dos contribuintes afetados financeiramente pelos efeitos da pandemia.
No governo do Chile houve a adoção de medidas iguais para todas as províncias,
sendo realizado da instalação da lei de modernização tributária que foi inserida como forma
de incentivar o empreendedorismo e a integração do sistema tributário de empresas marcando:
opção de contabilidade simplificada, regime de transparência tributária opcional, benefícios
para o reinvestimento de lucros e propostas de declaração de imposto.
Além disso, o Fundo de Garantia para Pequenos e Médios Empresários (Fogape)
incorporou uma nova Linha de Crédito Covid-19, com o objetivo de ajudar empresas com
menos tamanho para superar o impacto econômico da pandemia. A operação destes A
supervisão de créditos é feita pela Comissão do Mercado Financeiro – CMF.
No Chile, foi criada a lei nº 21.166/2020, o qual as empresas menores processem,
quando comprovada e no direito forem prejudicadas pelo ato de competição injusto. Esta lei
visa que as MPEs consigam se defender em caso de abuso, e dando a devida punição pela
concorrência desleal.
Uma das ações do Chile que chamou muito atenção foi a lei de pagamento de 30 dias,
que tratou de uma antecipação com entrada em vigor com 30 dias, para que grandes empresas
pagassem as contas das MPEs ( Boletim 13.045-03, 1 de abril de 2020). Ademais, o país
promoveu uma campanha com a intenção de reforçar a ajuda na recuperação do capital de
giro das MPEs. A tabela 2 apresenta as informações que são comunicadas aos cidadãos, tanto
pelo Brasil como pelo Chile.
Tabela 2: Comunicação ao cidadão incentivos tributários e trabalhistas
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Gobierno del Chile; 1 1 1 1 1 1 6
Chileatiende ; 1 1 1 0 0 0 2
Inov Gov; 1 1 1 1 0 0 3
Ministerio de Hacienda
de Chile; 1 1 1 1 0 0 3
Ministerio del
economía, fomento y
turismo
1 1 1 1 1 1 6
Brasil Secretaria da fazenda 1 1 1 1 0 1 5
Receita federal do 1 1 1 1 1 1 6
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Brasil.
Prefeituras
Municipais(capitais) 1 1 1 0 1 1 5
Tribunal Regional do
Trabalho; 1 1 0 1 0 0 3
CONAMPE-
Confederação Nacional
das micro e Pequenas
Empresas e dos
Empreendedores
individuais;
1 0 1 1 0 1 4
Fonte: Elaborados pelos autores (2020).
Todos os portais classificados nos dois países foram avaliados e apresentaram
noticiais sobre os incentivos tributários para MPEs. Entretanto cabe ressaltar que no Chile as
informações estão concentradas no site do Ministério da Economia, Fomento e Turismo,
estando estratificadas em um manual de planejamento contendo todas as informações sobre o
apoio às MPEs, da mesma forma no site do Gobierno del Chile consta link direcionando para
as informações sobre MPEs.
Percebeu-se que no Chile somente o site do Gobierno del Chile que possui informação
sobre fakenews nas plataformas digitais. No Brasil, as informações estão contidas nos sites,
porém espalhadas, precisando que para saber de informações tributárias e trabalhistas tenha
que saber, de qual esfera pertence, para não acessar mais de um site. Nos demais itens
tinham link direcionados para a legislação. Sobre a fakenews em todos os sites visitados
existem campanhas em combate à fakenews.
Cabe ressaltar que boas práticas de comunicação de crises é a informação não somente
sobre prevenção, mas sobre todas cabíveis aquele órgão governamental ou não, e que seja de
fácil acesso (Veil & Husted, 2012), na forma que facilite o entendimento pelos usuários (
Gonçalves et. al. 2020)
De modo geral, por mais que os sites do Brasil tivessem mais informações, elas ficam
listadas e demandam tempo para o usuário encontrar as informações que precisa, enquanto no
Chile por mais que não conste todas as informações em outros sites elas estão centralizadas, e
interligadas aos site do Gobierno del chile, o que facilita a consulta.
5.1.2 Informações Divulgadas nas redes sociais
Nos últimos anos, tanto no Brasil como no Chile a informatização e a utilização de
novas ferramentas digitais, em especial as redes sociais, não foi só uma prerrogativa de
grandes organizações, mas da administração pública como novo canal de comunicação e
medidor da qualidade da oferta de serviços. Esse canal de comunicação foi importante para
que as empresas conseguissem, em tempo, informações sobre medidas que permitissem a
adequação de a um novo normal. Atualmente, em todas as páginas dos países encontrou-se
ícones que sempre direcionam para youtube, facebook, Tumblr e instagram.
Para MPEs isto não foi diferente, com o distanciamento social e com muitas empresas
de comércio e serviço fechando o uso de mecanismo para vendas foi imprescindível ( Sebrae,
2021, PortalPYMES, 2020). Entretanto, entre os aplicativos facebook, instagram, sites
próprios e o what app. Segundo o Sebrae(2021) o what app e a rede social Facebook são as
ferramentas mais usadas pelas MPE na divulgação de produtos e serviços.
No Chile, as redes sociais foram canais informativos e de indicação para coleta de
informações sobre assistência e serviços aos cidadãos. Note que as medidas adotadas foram
sinalizadoras, a ponto de que a população não somente usasse as redes sociais, mas foram
10 www.congressousp.fipecafi.org
difusoras de conhecimento. houve muitos treinamentos a empreendedores que foram
compartilhados pelas redes sociais.
As informações avaliadas nas redes sociais foram: se os governos utilizavam as redes
sociais e apresentavam postagens sobre MPEs, em relação às notícias, legislação, orientações,
aplicativos e fakenews.
Tabela 3: Comunicação ao cidadão das informações nas redes sociais
No
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as
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Es
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Pla
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Co
nte
úd
o
Chile
Info
rmaç
ões
nas
Red
es S
oci
ais
PortalPYME; 1 0 0 1 1 0 3
Gobierno del Chile; 1 1 1 1 1 0 5
Ministerio de Economía, Fomento
y Turismo; 1 1 1 1 0 0 4
Instituto Nacional de
Estadísticas (INE); 1 1 1 1 0 0 4
Fiscalía Nacional
Económica (FNE) 1 1 1 0 0 0 3
Brasil
SEBRAE- Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas
Empresas;
1 1 1 1 0 1 5
Ações Municipais de Apoio às
Micro e Pequenas – Aprece; 1 1 0 1 0 0 3
IPEA- Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada; 1 1 0 1 0 0 3
Organização Internacional do
Trabalho 1 0 0 1 0 0 2
Fonte: Elaborados pelos autores (2020).
Os portais analisados nos dois países apresentaram notícias sobre redes sociais em
apoio às MPEs. Muitas destas notícias definiram treinamentos que seriam aplicados à
sociedade. Entretanto cabe ressaltar que no Chile ofertou diversas ações inclusive
treinamentos para vendas online, reconhecendo que as MPE precisam inovar e buscar novos
mecanismos de vendas para mitigar os efeitos da emergência de saúde, e para isso, é
fundamental começar a fortalecer os canais digitais.
No Brasil o Sebrae foi o órgão que mais desempenhou pesquisa e apoio às micro e
pequenas empresas, buscando estimular o crescimento. Para Cesaroni et al. (2017) destacam o
fator importante da mídia social e da capacidade das MPE em países em desenvolvimento
que usam a mídia social para criar novos negócios e redes de forma muito mais eficaz,
especialmente porque, em muitos países em desenvolvimento, fatores culturais podem
dificultar o empreendedorismo, marginalização e falta de inclusão.
5.1.3 Benefícios atribuídos aos programas de apoio às MPE
Nos países de estudos houve programas que vieram do apoio às MPEs. No Brasil um
dos mais procurados foi o proname é um programa de crédito do governo federal,
regulamentado pela Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do
Ministério da Economia (SEPEC), destinado ao desenvolvimento e ao fortalecimento dos
pequenos negócios optantes ou não do Simples Nacional ( Sebrae, 2021).
O Chile tem instalado diversos programas de apoio às MPEs, dentre os quais; Reativar
11 www.congressousp.fipecafi.org
com Sercotec, Reativar turismo, Reativar associações comerciais, Garantias FOGAIN:, Corfo
MIPYME Credit, Fundó CRECE, Garantías Corfo Comercio Exterior (COBEX): e outros.
Cabe ressaltar que todos os programas buscam desenvolver práticas de aprendizado para os
empreendedores como formas de sustentabilidade empresarial.
A tabela 4 traz os principais programas de benefícios dos países, ressalta-se que não
são somente estes programas, porém foram os escolhidos a serem discutidos, pois ações
semelhantes, desenvolvem políticas de aprendizado e tratam de planos para obtenção de
recursos financeiros.
Tabela 4: Resumo dos principais programas de benefícios
No
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Pla
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Chile
Pri
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enef
icio
s
Fondo Garantía
Pequeño Empresario
(FOGAPE);
1 1 1 1 1 0 5
Programa InterPyme
(PROCHILE); 1 1 1 1 0 0 4
Proyectos de Fomento
(PROFO); 1 1 1 1 0 0 4
Programa Desarrollo
Proveedores (PDP); 1 1 1 1 0 0 4
Brasil
PRONAMPE-
Programa de apoio às
micro e pequenas
empresas
1 1 1 1 1 0 5
PDF Programa
desenvolvimento de
fornecedor
1 0 0 0 0 0 1
Fonte: Fonte: Elaborados pelos autores (2020).
No Chile foi adotado um treinamento geral e especializado, com intuito de orientar,
dar suporte e aconselhamento gratuito para os empresários e MPEs. Além do mais, a oferta de
cursos gratuitos pela web tem como propósito aumentar as habilidades para iniciar um
negócio e melhorar sua gestão e alcançar resultados ideais.
No Brasil, todo o apoio às MPEs foi realizado pelo Sebrae e por instituições de
educação como universidades, que criaram programas e até aplicativos, como forma de ajuda
aos pequenos empresários. Foi comum encontrar entre os estados, nas redes sociais,
campanhas que visavam estimular a compra de produtos de pequeno empresário.
Nos países o fator educação e disponibilidade de aprendizagem estão associados à
capacidade empreendedora, consequentemente, ao status educacional e à experiência de
trabalho ( Minniti e Naudé, 2010 ).De acordo com Lock e Smith (2016) ,a educação vai além
da escolaridade, na gestão de negócios e na gestão de riscos. Segundo Minniti &
Naudé,(2010) países em desenvolvimento, a experiência pode compensar a educação, mas em
atividades inovadoras, a experiência sem educação e uma base de conhecimento específica
pode não ser adequada.
Note que no Chile foi adotado um treinamento geral e especializado, com intuito de
orientar, dar suporte e aconselhamento gratuito para os empresários e MPEs. Além do mais, a
oferta de cursos gratuitos pela web tem como propósito aumentar as habilidades para iniciar
um negócio e melhorar sua gestão e alcançar resultados ideais.
5.1.4 Promoção e incentivos para legalizações
12 www.congressousp.fipecafi.org
As regulamentações, nos dois países, não são favoráveis aos negócios . O processo
de registro é burocrático e estão em constante atualização, o que o torna tedioso e
desmotivador para os empreendedores, com inúmeras normas, regulamentos e procedimentos
a ele associados, isto condiz com a estrutura relata nos estudos de Suhail, (2014), ao avaliar o
processo de registro de empresas nos países palestinos.
Além disso, MPEs neste processo devem ser tratadas de forma semelhante a grandes
empresas, com incentivos sem levar em consideração que suas obrigações regulatórias devem
ser pelo menos reduzidas ou minimizadas (Abuznaid, 2014).
Essas leis e regulamentos desatualizados atuam como um forte desmotivador para
novos estabelecimentos empresariais no Brasil ( Longo & Gomes, 2020, de Carvalho, 2020) e
para Chile ( Colichi et. al 2020, Chalá & Sevilla, 2020). Essas são consideradas uma das
principais barreiras, as quais os empreendedores se deparam. Note que as atividades e o
crescimento de novas empresas vieram em conjunto com as dificuldades de acesso a novas
tecnologias e mercados (Kawasmi e White, 2010).
De acordo com os estudos de Gomes (2021) a administração pública teve que no
momento de crise criar mecanismo de respostas imediatas e consequentemente tiveram que
melhorar seu processo de sistemas, e tornaram uma disrupção dos processos, para conseguir
atender os usuários de serviço público de modo adequado. Esse ponto reflete a ação imediata
em todos os países, note que a questão adaptação às tecnologias foram essenciais, não
somente para obtenção de serviço, mas para se ter informações suficientes e o próprio apoio
dos governos locais.
Neste período houve a criação de novas empresas, com o propósito de suprir
demandas existentes, por exemplo, serviços de home office (aluguel de equipamentos de
ginástica, manicure, cabeleireiros), empresas de desinfecção produtos para condomínios
(utilizado para desinfecção de encomendas e outros.
Na tabela 5 é possível identificar os principais sites informativos de incentivos a
legalização empresas, que possuem ações de atendimento ao usuário.
Tabela 5 : Informações incentivos a legalizações de empresas
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Chile
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ão Servicio de Impuestos
Internos (conocido
también por su sigla SII);
1 1 1 1 1 0 5
Tribunales Tribuarios y
Aduaneros (TTA); 1 1 1 1 0 0 4
Brasil
Juntas comerciais do
Brasil 1 1 1 1 0 1 5
Departamento de Registro
e Integração 1 1 1 1 0 0 4
Fonte: Elaborado pelos autores (2020).
Em uma tendência global era previsto um aumento nos níveis da taxa de desemprego
no mercado de trabalho tanto no Brasil e Chile ( IBGE, 2020, INE, 2020) uma mudança na
preferência pelo empreendedorismo foi clara entre os países, a sociedade e o governo, como
uma solução potencial para resolver alguns problemas na economia( Favarin, et. al. 2020).
Apesar desta tendência, o processo empresarial no Chile é caracterizado por suas
complicações burocráticas que incluem o pagamento de impostos (diretos e indiretos), bem
13 www.congressousp.fipecafi.org
como as taxas de licenciamento, este cenário sem suporte resultou em muitos empresários
preferindo permanecer no setor informal.
No Brasil, este cenário foi parecido no início da pandemia em março de 2020,
entretanto, no início do segundo semestre em agosto os governos começaram a desenvolver
ações que garantisse também a regulação de novos empresários e tentasse criar caminhos de
retomada da economia, Então proporcionou primeiro redução de taxa em até 50 % de atos
constitutivos de empresas, não surtindo muito efeito, na sequência no final setembro surgiram
decretos pelos estados brasileiros, por exemplo, Pará concedeu isenção de taxa de dois meses,
este maior adesão pelos novos empresários.
Conforme estudo de Favarin, et. al. (2020), um grande número de empresários
informais sentiu que não há incentivo para se registrar no setor formal, enquanto 26% não
estão familiarizados com os benefícios da formalização. Em meio a diversas questões que
tomam os incentivos dos governos locais para MPEs como resposta aos Efeitos Econômicos
da COVID-19 são as lições que a Covid-19 pode trazer para finanças públicas.
5.2. Lições da Covid-19 para MPE e para as finanças públicas.
Nesta etapa foram evidenciados os resultados que remetem às lições que podem ser
apreendidas pelos países quanto aos apoios governamentais. Apresenta-se um dendograma,
seguido da análise fatorial de correspondência e da nuvem de palavras.
O ano de 2020 com o início da pandemia do Covid-19 foi um bom momento para
conhecer novas oportunidades, especialmente em relação às questões de responsabilidade que
foram levantadas (Cohen et al., 2020, Gomes, 2021). (esta parte em azul está muito bem
escrita - sugiro repetir no o resumo) Os governos do Brasil e do Chile tiveram que adotar
medidas rápidas e que fossem flexíveis a suas realidades, não somente culturais. Essa rápida
mudança fez com que os países, tivessem que mudar independentemente de um contexto
político vivenciado. Mas conseguisse testar suas capacidades e criasse oportunidades para
testar a eficiência dos seus processos, além de trilhar caminhos para os futuros e melhorá-los.
Observa-se que, tanto no Brasil como no Chile, a digitalização, o uso dos recursos
tecnológicos e espaço para acompanhamento de informações foram incluídos como uma das
principais ações de mudanças. Ações estas foram destacadas na figura 1
14 www.congressousp.fipecafi.org
Figura 1 : Dendograma de palavras respostas à COVID19, um estudo comparado com Brasil
e Chile.
Fonte: Dados da pesquisa, 2020, Iramuteq 2.0
A evidências encontradas no dendograma de palavras demonstram o nível de distância
das cluster formadas das informações do Brasil e do Chile. Permitindo avaliar que neste
processo o Chile apresentou um tempo de resposta mais curto ao enfrentamento do covid-19
do que o Brasil, além de apresentar maiores ações de apoio às MPES.
Cabe ressaltar que a figura 1 demonstra que em ambos os governos locais dos países
estudos apresentam sistemas que necessitam de melhorias, inclusive melhorias nos sistemas
de contabilidade. Provisões de sistemas de contabilidade fornecem boas informações sobre os
efeitos de longo prazo das decisões em termos de finanças públicas e, mais importante,
intergeracional. Sequencialmente, se fez uma avaliação pela análise fatorial
combinatória(Szüster, Szüster, & Szüster, 2005).
Figura 2: Análise fatorial de Correspondência
Fonte: Dados da pesquisa, 2020, Iramuteq 2.0
A Análise Fatorial Correspondência (AFC) presente na figura 2 retoma a frequência e
os valores da correlação Quadrante 2 de cada palavra. Esta análise nos permite identificar a
especificidade dos dados, os quais estão expostas em grupos das variáveis selecionadas.
Na AFC foi realizada a avaliação por quadrante, com o objetivo de agrupar as palavras
e termos coincidentes, que possam confirmar a análise dicotômica realizada. O Quadrante 1
incentivos fiscais, Quadrante 2 divulgações de ações nas redes sociais, Quadrante 5
programas públicos de benefícios assistenciais e Quadrante 4 promoção de incentivos à
legalização de MPE. Note que o Quadrante 4 se distancia muito das demais ações de apoio.
15 www.congressousp.fipecafi.org
Ademais, o Quadrante 3, os quais se agrupam as palavras “ aplicativo”, “sii” -
Servicio de Impuestos Internos e “contribuinte”, estas não coincidem nos dois países -
revelando o não uso de aplicativos pelos governo do Chile e nem programas de apoio para a
legalização de novas empresas, concebendo assim valores negativos.
Figura 2 : Nuvem de palavras.
Fonte: Dados da pesquisa, 2020, Iramuteq 2.0
A evidências encontradas na figura 3, nuvens de palavras, sugerem que os países
trabalham com ações de apoio. Os vocábulos com maior frequência na pesquisa referem-se
aos nomes que mais foram empregados, como “programas”, “empresas”, “créditos”,
“negócios”, “medida”, “tributário”, “contribuinte”, “serviços” e “financiamentos”. Estas
informações dão suporte às discussões realizadas entre os países. Dos resultados confirmados
pela análise, ainda podem surgir outros temas direcionados para a participação do cidadão, a
utilização das informações da administração pública, a comunicação e a transparência, não
abordados neste estudo.
6 Considerações finais
O objetivo deste trabalho é comparar os incentivos concedidos pelos governos locais
(estados e municípios) para micro e pequenas empresas (MPE), no Brasil e no Chile, como
resposta aos efeitos econômicos da pandemia do Coronavírus (COVID19). O estudo revelou
que nos países de estudo a oferta de treinamentos online tanto, por instituições
governamentais e não governamentais, demonstraram que são um bom instrumento
avaliativo para suporte às MPEs.
As lei criadas no Chile e no Brasil vieram como ações práticas inovativas para as
organizações, que permitiram que estas consigam resiliência na forma de trabalho, além de
retomarem a ter recursos econômicos e financeiros, torna-se visível uma redução de incerteza
fornecido pela possibilidade, não somente de retomada, mas de nova forma de alavancagem
de venda, serviços e outros.
16 www.congressousp.fipecafi.org
O Chile neste processo se mostrou mais organizado e com estratégias mais robustas de
apoio, promoveram 11 programas de apoio, criados por leis, que funcionavam com suporte
das grandes empresas em ajuda aos pequenos empreendimentos. No Brasil, os programas de
apoio foram concentrados em instituições não governamentais como o Sebrae, as instituições
de ensino e os governos locais, os quais criaram aplicativos e incluíram informações diárias
nas redes sociais.
O estudo revelou que a orientação para o futuro bastante apoiada nos programas de
desenvolvimento é um fator a ser considerado nas análises, pois contribui na manutenção das
micro e pequenas. Este estudo contribui em mostrar que o Brasil e o Chile, potências da
América do Sul, adotaram medidas de apoio às PMEs, embora o Chile tenha se destacado em
todos os fatores analisados: programas, leis, decretos, boletim de notícias, informativos sobre
planos contingenciais,orientações em cartilhas e outros.
A limitação desta investigação foi em termos de pressupostos teóricos relativos à
temática de incentivos de governos locais em apoio às MPEs em outros países, por exemplo
da América Latina.. Isto posto e sem pretender esgotar a miríade de questões que podem
aproximar do mundo medidas que venham a apoiar os pequenos empreendimentos.
Para pesquisas futuras, seria útil explorar mais sistematicamente, tanto teoricamente
quanto empiricamente, como o contexto institucional e avaliar medidas que permitam
implementar um novo caminho de manutenção de empresas e de aprendizado.
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