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  • 7/28/2019 In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N.1, Costa-Lopes, Semelhana e diferena nas relaes entre grupos sociais

    1/7

    Semelhana e diferena nas

    relaes entre grupos sociais

    Rui Costa-Lopes1

    O discurso cor-rente dos Portugueses

    sobre outros grupos soci-

    ais, nomeadamente sobre

    imigrantes, frequente-

    mente marcado por di-

    nmicas de semelhana e

    diferena. Ora se ouve um

    discurso exaltado sobre

    como, por exemplo, os muulmanos tm uma cultura e

    costumes to diferentes dos nossos, ora se ouve como

    Portugueses e Brasileiros so semelhantes, partilhando

    tanto a lingua como um gosto pela hospitalidade. Que

    estas diferenas e semelhanas existam no to impor-

    tante como o facto de as pessoas pensarem que essas

    existem efectivamente. E estas percepes de semelhan-

    a e diferena entre grupos sociais tm um forte impacto

    nas atitudes (positivas ou negativas) que os grupos tm

    em relao a outros grupos. neste sentido que a literatu-

    ra em psicologia social atribui um papel central a estes

    conceitos. Este artigo pretende, assim, apresentar sucin-

    tamente o que a psicologia social tem mostrado sobre a

    relao entre percepo de semelhana/diferena2 e atitu-

    des face a outros grupos (atitudes intergrupais).

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 1, 1-6 Hag e Garcia-Marques, A criana dentro de ns 22

    1 Instituto de Cincias Sociais, Universidade de Lisboa.

    2 Ver Glossrio para definio de semelhana/diferena.

    In-Mind_Portugus , 2010, Vol.1, N. 1, 22-28 Costa-Lopes, Semelhana e diferena nas relaes entre grupos sociais

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    Os estudos sobre esta relao so bastante con-traditrios. Inquritos realizados na Europa mostraram, por

    um lado, que os grupos imigrantes ou minoritrios que se

    assimilam (i.e. que anulam a diferena) so alvo de atitu-

    des menos preconceituosas (Van Oudenhoven & Eisses,

    1998) mas, por outro lado, que a maioria, frequentemente,

    prefere que as minorias permaneam diferentes (Tha-

    lhammer, Zucha, Enzenhofer, Salfinger & Ogris, 2001).

    Resultados equvocos encontram-se tambm emestudos experimentais1 (Brown, 1984). Na verdade, a in-

    vestigao experimental revelou resultados em direces

    opostas parece existir apoio tanto para a predio de

    que a semelhana intergrupal est associada a atitudes

    positivas (e a diferena associada a atitudes mais negati-

    vas), como para a predio oposta, em que se afirma que

    a semelhana est associada a atitudes mais negativas (e

    a diferena associada a atitudes mais positivas). A maior

    parte da investigao sobre este problema emergiu da

    Teoria da Identidade Social (Tajfel & Turner, 1979), que

    apoia a ltima predio.

    A semelhana intergrupal como antecedente de ati-

    tudes intergrupais negativas

    De acordo com a Teoria da Identidade Social, apertena a grupos sociais um dos aspectos que consti-

    tui a identidade de uma pessoa. Esta identidade social

    constri-se atravs de comparaes com outros grupos

    relevantes, de forma a permitir uma distintividade (positiva)

    do nosso grupo. Ou seja, para uma pessoa se sentir bem

    com a sua identidade, vai preferir pertencer a grupos que

    podem contribuir de forma positiva para a sua distintivida-

    de em relao aos outros. Dado este nfase na procura de

    distintividade, deduz-se que qualquer ameaa distintivi-

    dade do grupo pode gerar atitudes negativas em relao

    fonte dessa ameaa. Assim, a semelhana leva a atitudes

    intergrupais negativas, na medida em que tal semelhana

    pode constituir uma ameaa desejada distintividade do

    endogrupo2.

    Vrios estudos apoiam esta hiptese (e.g.Deschamps & Brown, 1983; Diehl, 1988; Roccas &

    Schwartz, 1993; Jetten, Spears & Mansted, 1997; 2001;

    Lima & Vala, 2002). Num estudo que examinou se a intro-

    duo de objectivos supra-ordenados (i.e. objectivos co-

    muns a ambos os grupos) constitui uma medida eficazpara melhorar as relaes intergrupais, Deschamps e

    Brown (1983) descobriram que tal eficcia se verificava

    apenas quando os grupos gozavam de papis distintos na

    tarefa cooperante para alcanar esses objectivos. Portan-

    to, positivo que os grupos lutem pelo bem comum, mas

    importante que cada grupo tenha a sua contribuio

    distinta para que cada pessoa sinta a importncia do seu

    grupo.

    Num estudo envolvendo grupos nacionais, Hen-derson-King, Henderson-King, Zhermer, Posokhova e

    Chiker (1997) encontraram uma interaco entre a seme-

    lhana do exogrupo e a percepo de ameaa que esse

    grupo instiga. Essa interaco significa que quanto mais

    os indivduos viam o exogrupo como semelhante, mais

    negativas eram as suas atitudes em relao a este, mas tal

    apenas acontecia quando esses mesmos indivduos viam

    o exogrupo como uma ameaa. No entanto, possvel

    encontrar na literatura uma tendncia oposta, ou seja,

    estudos demonstrando que a diferena intergrupal pode

    estar na origem de relaes intergrupais negativas.

    A diferena intergrupal como antecedente de atitu-

    des intergrupais negativas

    A hiptese de que a diferena (e no a seme-lhana) que pode estar na origem de atitudes intergrupais

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 1, 1-6 Hag e Garcia-Marques, A criana dentro de ns 23

    1 Ver Glossrio para definio de estudos experimentais.

    2 Ver Glossrio para definio de endogrupo.

    In-Mind_Portugus , 2010, Vol.1, N. 1, 22-28 Costa-Lopes, Semelhana e diferena nas relaes entre grupos sociais

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    negativas encontra apoio no seio da Teoria da Auto-Cate-

    gorizao (Turner, Hogg, Oakes, Reicher & Wetherell

    1987). A Teoria da Auto-Categorizao foca mais os as-

    pectos cognitivos do comportamento e prope que, em

    momentos diferentes, um indivduo percepciona-se a si

    prprio como nico (auto-conceito) ou como membro de

    um grupo (e.g. Portugueses vs Espanhis). A forma como

    o indivduo se v a dado momento (i.e. como se auto-ca-

    tegoriza) determina as suas percepes, atitudes e com-

    portamentos. Por sua vez, o que determina a forma comoa pessoa se auto-categoriza a salincia contextual dos

    grupos, i.e. se a ideia de grupos distintos se apresenta

    como evidente ou no numa situao. Por exemplo, s

    vezes percepcionamos claramente que existe o grupo dos

    benfiquistas e dos portistas, porque num dado contexto

    cada grupo usa as cores que os distingue. Por outras ve-

    zes quando joga Portugal, o contexto leva a diferena en-

    tre esses grupos a esbater-se. Portanto, a existncia de

    pistas no contexto, como por exemplo, as diferenas per-

    ceptveis entre os grupos que determina se uma pessoa sevai ver mais como benfiquista ou como adepto da Selec-

    o. E essa auto-categorizao que est activa determina

    a forma como a pessoa se sente em relao a um portista.

    Um contexto que salienta as diferenas entre benfiquistas

    e portistas leva a atitudes mais negativas, e um contexto

    que as inibe - por salientar a categoria supra-ordenada (a

    Seleco Portuguesa) - promove relaes mais positivas.

    Assim, de acordo com a Teoria da Auto-Categorizao a

    diferena percebida entre grupos que leva a atitudes in-

    tergrupais mais negativas.

    Alguns estudos experimentais oferecem apoio aesta hiptese (Hensley & Duvall, 1976; Grant, 1993; Jet-

    ten, Spears & Manstead, 1996). Por exemplo, nos estudos

    de Jetten e colegas (1996) manipulou-se semelhana e

    diferena intergrupal, atravs de feedback sobre normas

    do endogrupo e do exogrupo, e verificou-se menores en-

    viesamentos intergrupais quando os grupos eram seme-

    lhantes.

    Jetten, Spears e Postmes (2004) conduziramtambm uma meta-anlise, i.e. um estudo que procurou

    agregar os resultados de todos os estudos sobre esta

    relao. Verificaram inicialmente que no havia um efeito

    claro da semelhana ou da diferena indicando, efectiva-

    mente, que alguns estudos mostravam um padro de

    resultados e outros estudos demonstravam o padro

    oposto.

    Quando se pretende perceber em que condiesocorre um fenmeno e em que condies ocorre o contr-

    rio, diz-se que estamos em busca de um factor modera-dor. Foi isso mesmo que os autores desta meta-anlise

    fizeram e mostraram que o grau deidentificao com o

    nosso grupo de pertena (identificao endogrupal) o

    factor mais relevante. Essa moderao da identificao

    endogrupal significa que as pessoas muito identificadas

    com o seu grupo de pertena (por exemplo, com o seu

    pas) tm atitudes mais negativas face a um exogrupo

    semelhante (por exemplo, um grupo imigrante semelhante)

    do que face a um exogrupo diferente. Isto deve-se ao fac-

    to de a distintividade (que ameaada em caso de seme-

    lhana intergrupal) ser especialmente importante para as

    pessoas muito envolvidas com o seu grupo (i.e. muito

    identificadas). Para as pessoas pouco identificadas a

    diferena que conduz a atitudes negativas, porque, para

    estas pessoas, a existncia de diferenas que d salin-

    cia existncia de grupos distintos e a distino entre

    grupos a condio essencial (e por vezes suficiente) para

    desencadear atitudes intergrupais negativas (Tajfel, Billig,

    Flament & Bundy, 1971).

    Apesar de se ter mostrado que tanto a seme-lhana como a diferena poderiam conduzir a atitudes

    intergrupais negativas e que a identificao endogrupal

    permitia perceber quando se verifica um ou outro meca-

    nismo, constatou-se, no entanto, que, nestes estudos, a

    semelhana ou diferena se referiam a aspectos simbli-

    cos. Por aspectos simblicos, referimo-nos a aspectos

    que no tm consequncias relevantes para a obteno

    de recursos materiais. A nossa prpria pesquisa partiu

    desta constatao e da hiptese avanada por outros de

    que os impactos da semelhana/diferena poderiam de-

    pender dos aspectos a que se refere tal semelhana ou

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    diferena (Zrate, Garcia, Garza & Hitlan, 2004). E, nesse

    sentido, colocmos a questo de quais seriam os efeitos

    de semelhana e diferena quando esta semelhana/dife-

    rena se refere a aspectos dos grupos que determinam a

    obteno de recursos materiais como emprego ou dinhei-

    ro. Tais aspectos podem ser habilitaes acadmicas,

    caractersticas de personalidade que determinam competi-

    tividade, etc.

    Considerando esta distino entre uma dimensosimblica e uma dimenso instrumental, hipotetizmos

    que a diferentes dimenses corresponderiam diferentes

    processos. Isto , dependendo se a diferena ou seme-

    lhana entre os grupos ocorre em termos de uma dimen-

    so instrumental ou de uma dimenso simblica, as reac-

    es e atitudes em relao aos outros grupos sero dife-

    renciadas e afectadas por diferentes factores. Pensou-se

    assim que, provavelmente, o mecanismo apresentado na

    literatura sobre o papel moderador da identificao endo-

    grupal na relao entre diferena/semelhana intergrupal e

    atitudes intergrupais ser mais adequado quando os as-

    pectos remetem para uma dimenso simblica. Quando

    os aspectos segundo os quais se define a diferena/seme-

    lhana remetem para uma dimenso instrumental, ento

    considermos que o papel moderador principal j no

    seria representado pelo nvel de identificao com o endo-

    grupo, mas sim pela percepo de interdependncia, i.e.,

    a percepo de que os grupos em questo convivem num

    clima de cooperao ou de competio (Sherif, 1966).

    Conduzimos uma linha de estudos para testaresta hiptese (Costa-Lopes, 2009; Costa-Lopes & Vala,

    2008) no campo das atitudes face a grupos imigrantes

    onde se observa uma dinmica que envolve tanto os as-

    pectos simblicos como os aspectos instrumentais. Os

    cinco estudos experimentais realizados permitiram, em

    geral, corroborar a hiptese. Assim, quando a semelhan-

    a/diferena se refere a aspectos simblicos, os efeitos

    deste aspecto nas atitudes face a imigrantes dependem

    da identificao endogrupal de tal forma que as pessoas

    muito identificadas com Portugal expressam atitudes mais

    positivas face a imigrantes apresentados como diferentes

    e pessoas pouco identificadas expressam atitudes mais

    positivas face a imigrantes apresentados como semelhan-

    tes. Quando a semelhana/diferena se refere a aspectos

    instrumentais, a interdependncia de objectivos (ou seja,

    o facto de o clima entre Portugueses e imigrantes ser de

    cooperao ou competio) que determina quais os efei-

    tos da semelhana/diferena nas atitudes face aos imi-

    grantes. Assim, numa condio de cooperao, os grupos

    imigrantes apresentados como semelhantes (ou apresen-

    tados como diferentes por superioridade) so vistos maisfavoravelmente porque esto em melhores condies de

    contribuir frutiferamente para o bem comum (de Portugue-

    ses e imigrantes). Numa condio de competio, esses

    mesmos grupos so vistos mais negativamente do que um

    grupo imigrante apresentado como diferente e inferior, j

    que este ltimo, ao contrrio dos outros grupos imigran-

    tes, no configura uma ameaa (na medida em que tem

    uma menor capacidade de roubar recursos materiais ao

    endogrupo).

    Assim, um primeiro estudo que procurou testar ahiptese global mostrou que apesar de a identificao

    moderar os efeitos da forma esperada para os aspectos

    simblicos e de a interdependncia moderar os efeitos

    tambm da forma esperada para os aspectos instrumen-

    tais, havia no entanto alguma interferncia destas mesmas

    variveis na outra dimenso tambm. Ou seja, o meca-

    nismo que se observou para a dimenso instrumental

    (onde a existncia de competio ou cooperao que

    influencia o fenmeno) apenas se verificou para as pesso-

    as muito identificadas e o mecanismo que se observoupara a dimenso simblica (em que a identificao com

    Portugal que toma um papel determinante) s aconteceu

    quando o clima entre Portugueses e imigrantes era apre-

    sentado como sendo de cooperao (e no na condio

    de competio). Realizou-se um novo estudo que mostrou

    que o facto de o mecanismo na dimenso simblica s

    funcionar numa condio de cooperao, se deveu ao

    facto de os materiais que foram usados neste primeiro

    estudo para criar a ideia de que existia um clima de com-

    petio entre portugueses e imigrantes terem interferidocom a manipulao de semelhana e diferena. Ou seja,

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    quando se mencionava que os objectivos destes dois gru-

    pos eram incompatveis (da o clima de competio), isso

    parece ter criado uma imagem de diferena que se con-

    fundia com a informao que j era dada sobre a seme-

    lhana e diferena entre os grupos. Neste novo estudo,

    em que a manipulao experimental da imagem de com-

    petio foi criada de forma a no interferir com a outra

    manipulao de semelhana/diferena, os resultados obti-

    dos revelaram os padres esperados tanto num clima de

    cooperao como de competio.

    Finalmente, realizou-se um outro estudo quepretendeu perceber porque que o mecanismo hipoteti-

    zado para a dimenso instrumental s se verificava para

    os indivduos muito identificados com Portugal. Pensou-se

    que isto seria possivelmente porque a situao retratada

    no estudo no afectava directamente as pessoas envolvi-

    das no estudo e, portanto, s aqueles que estavam muito

    identificados (e preocupados) com o pas em geral, pode-

    riam reagir negativamente a essa situao. Assim, criou-se

    um novo cenrio no estudo em que as questes de seme-

    lhana e diferena entre Portugueses e imigrantes poderi-

    am, hipoteticamente, afectar directamente os responden-

    tes do estudo. Tal foi conseguido pedindo a enfermeiros

    que participassem no estudo e utilizando manipulaes de

    semelhana e diferena entre enfermeiros portugueses e

    enfermeiros imigrantes a trabalhar em Portugal. Desta for-

    ma, foi possvel demonstrar que a percepo de interde-

    pendncia de objectivos afectava o impacto da semelhan-

    a e diferena entre grupos nas atitudes intergrupais, in-

    dependentemente do nvel de identificao de cada indiv-duo.

    Concluses

    As pesquisas em psicologia social que se focamnas relaes intergrupais permitem perceber que as seme-

    lhanas e diferenas entre grupos so aspectos funda-

    mentais da sociedade que tm forte impacto nas atitudes

    face a outros grupos, nomeadamente atitudes face a imi-grantes. A forma como reagimos a outros grupos que so

    semelhantes ou diferentes pode depender do nvel de

    identificao que temos com o grupo (ou grupos) a que

    pertencemos, mas tambm do clima de interdependncia

    que existe entre os grupos envolvidos (se estamos a com-

    petir ou a lutar pelo bem comum). O que determina se a

    identificao ou a percepo de interdependncia que

    marca o processo a dimenso a que se referem os as-

    pectos envolvidos na comparao de semelhanas e dife-

    renas. Se a semelhana ou diferena se referem a aspec-

    tos instrumentais (i.e. que afectam a capacidade dos gru-pos em atingir mais e melhores recursos materiais) ento

    a interdependncia que actua como factor determinante.

    Quando a semelhana ou diferena remetem para aspec-

    tos simblicos ser a identificao com o endogrupo a

    determinar os efeitos. Assim, poder-se- dizer que os efei-

    tos da semelhana e diferena entre grupos nas relaes

    entre grupos esto longe de ser directos e parecem indicar

    que a diferentes dimenses de percepo de semelhana/

    diferena correspondem diferentes processos que deter-

    minam diferentes atitudes.

    Glossrio

    Semelhana/diferena: usamos o termo semelhana/

    diferena como representando um continuum do grau de

    semelhanas e diferenas que existem (ou se per-

    cepcionam como existindo) entre dois grupos. Fao esta

    ressalva porque muitas vezes a palavra diferena acarretaa priorio peso da negatividade e no esse o nosso en-

    tendimento.

    Estudos experimentais: estudos que procuram manipu-

    lar certas condies do contexto para observar o impacto

    que estas variaes tm noutros fenmenos. Por exemplo,

    um estudo experimental pode manipular a temperatura de

    uma sala para observar que efeito isso tem na distncia

    que as pessoas mantm em relao umas s outras.

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 1, 1-6 Hag e Garcia-Marques, A criana dentro de ns 26In-Mind_Portugus , 2010, Vol.1, N. 1, 22-28 Costa-Lopes, Semelhana e diferena nas relaes entre grupos sociais

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    Endogrupos: os endogrupos so os grupos a que a pes-

    soa pertence e os exogrupos so os grupos a que a pes-

    soa no pertence.

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    Autor

    Rui Costa-Lopes,doutorado em

    Psicologia Social pelo ISCTE em

    2009, focando o tema da Seme-

    lhana e Diferena em contextos

    de Imigrao. Actualmente, des-envolve investigao ps-doutoral

    no Instituto de Cincias Sociais da

    Universidade de Lisboa e na

    Radboud University Nijmegen

    (Pases Baixos). Os seus principais

    interesses de investigao actuais relacionam-se com ma-

    nifestaes e consequncias do preconceito racial implci-

    to. [email protected]

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