imunologia clínica parâmetros sorológicos e controle de qualidade nos imunoensaios

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Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

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Page 1: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

Imunologia Clínica

Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos

Imunoensaios

Page 2: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

1.Clínico

2.Epidemiológico

3.Laboratorial

Diagnóstico

Page 3: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

Imunoensaios ou Sorologia

Diagnóstico Laboratorial

• O que são Imunoensaios?

• São testes que se baseiam na detecção de

Imunocomplexos (IC).

Por que fazer um Imunoensaio?

Page 4: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

Diagnóstico de certeza de um processo infeccioso

• Demonstração do patógeno ou de seus produtos nos

tecidos ou fluidos biológicos do hospedeiro.

• Métodos parasitológicos ou microbiológicos.

Dificuldades:

• Ausência do agente infeccioso.

• Falta de sensibilidade dos métodos usados.

• Demora na liberação dos resultados.

Diagnóstico Laboratorial

Page 5: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

Métodos imunológicos - vantagens:

• Rápido

• Simples, com possibilidade de automação.

• Baixo custo operacional.

Diagnóstico Laboratorial

Page 6: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

1. Elucidar processos patológicos com sintomas e sinais clínicos

semelhantes.

Exemplos: Toxoplasmose e rubéola, toxoplasmose e mononucleose,

hepatite B e hepatite C.

ESPECIFICIDADE

Importância da pesquisa de anticorpos no diagnóstico individual

Page 7: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

2. Diferenciar a fase da doença.

• Em algumas patologias (fetopatias) é muito importante a

identificação da fase da infecção.

• IgM: é o primeiro ac a ser formado, presente em processo

agudos. (IgM residual).

3. Diagnosticar infecção congênita.

• IgM - anticorpo pentamérico, que não atravessa a placenta,

sendo sua detecção importante no diagnóstico de infecção

congênita.

• Presença de IgM no sangue do cordão umbilical:

patognomônico da doença.

Page 8: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

•Presença de IgG no sangue do cordão umbilical: pode indicar um

processo infeccioso, mas não é patognomônico da doença.

• Pode estar relacionada com a transmissão materno-fetal da Ig, e

essa permanece na circulação do recém-nascido até o 5o ou 6o mês

de vida.

• O acompanhamento do recém-nascido por vários meses, e a

redução seguida por aumento gradual nos títulos dessa IgG (4 vezes

o título) indicam doença congênita. Entretanto, essa definição tardia

prejudica o tratamento.

4. Selecionar doadores de sangue:

• Triagem clínica, epidemiológica e sorológica.

• Sorologia: Chagas, sífilis, hepatites B e C, HIV, HTLV-I e HTLV-II.

Page 9: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

4. Selecionar doadores de sangue:

• Testes utilizados devem apresentar alta sensibilidade.

• Discussão: Critérios de seleção quando são utilizados testes que

pesquisam IgG (infecções passadas e já tratadas).

5. Selecionar doadores e receptores de órgãos para transplantes.

Page 10: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

6. Avaliar o prognóstico da doença:

• Exemplo: Aparecimento de alguns anticorpos - hepatite B.

7. Avaliar a eficácia e suspensão da terapêutica:

• O sucesso do tratamento pode ser acompanhado de uma queda

gradual nos títulos de anticorpos circulantes.

• VDRL - sífilis- os anticorpos anti-cardiolipina negativam com a

cura.

8. Avaliar a imunidade específica naturalmente adquirida ou

artificialmente induzida.

• Exemplo: Hepatite B.

Page 11: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

• Exemplo: Rubéola - existem sistemas automatizados que

permitem estabelecer os níveis de anticorpos protetores em

unidades internacionais.

• < 20UI/ml - negativo

• entre 20UI/ml e 30UI/ml - Acs presentes, porém não

protetores.

• > 20UI/ml - Acs presentes e protetores.

9. Verificar o agravamento da patologia:

• Presença de IC (imunocomplexos)

• Presença de autoanticorpos.

Page 12: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

1. Estabelecer a prevalência da doença:

• A prevalência de determinada doença pode ser estabelecida pela

presença de anticorpos IgG em amostras de sangue coletadas com

rigoroso critério epidemiológico.

2. Verificar a erradicação da doença:

• A ausência de anticorpos contra um patógeno, em crianças

nascidas no local, expostas às condições ambientais, é forte indício

de erradicação da doença.

• O acompanhamento sorológico dessas crianças por um período de

tempo é necessário para confirmação dos resultados.

Importância da pesquisa de anticorpos em inquéritos soroepidemiológicos

Page 13: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

3. Verificar a reintrodução de novos casos em

áreas consolidadas:

• A presença de IgM ou o aumento nos títulos

de IgG contra determinado microrganismo é

indício de reintrodução da doença em áreas

erradicadas.

Page 14: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

Reagentes não marcados:

• Menor sensibilidade de detecção, sendo necessária a

formação de grandes complexos Ag-Ac.

• Exemplos: Precipitação e Aglutinação.

Imunoensaios

Reagentes marcados:• Ocorre uma amplificação do sinal, aumentando a sensibilidade

de detecção.• Exemplos: Radioativas, enzimáticas, fluorescentes e

quimiofluorescentes.

Page 15: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

Imunoensaios ou Sorologia

Porque sorologia?

• Soro X Plasma.

• Aglutinação:

• Interferente do fibrinogênio – falso positivo.

• Ausência de Ca2+ livre – falso negativo.

Page 16: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

Parâmetros Sorológicos

• O resultado de um teste de laboratório é um resultado

de probabilidade que reflete a situação clínica do

paciente no momento da colheita da amostra, e

quando bem avaliado representa importante

ferramenta de auxílio de que o clínico dispõe para a

tomada de decisão ou para a mudança de hipótese

clínica inicial.

• Para que isso seja verdade, é necessário saber

interpretar os resultados em função dos limites do

teste utilizado.

Page 17: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

1. Sensibilidade

2. Especificidade

3. VPP (Valor preditivo positivo) e VPN (Valor

preditivo negativo).

4. Limiar de reatividade - “cut-off”

Parâmetros Sorológicos

Page 18: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

TESTE DOENÇA - diagnóstico verdadeiro

presente ausente

positivo

negativo

Positivos verdadeiros Positivos falsos

Negativos falsos Negativos verdadeiros

A B

C D

Tabela 1: Resultados prováveis obtidos em um determinado teste e o diagnóstico verdadeiro da doença.

1. Sensibilidade do teste

• Porcentagem de pacientes doentes com teste positivo detectados

em população sabidamente infectada.

• Sensibilidade da técnica: limiar de detecção.

Sensibilidade = A

A + C

Page 19: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

TESTE DOENÇA - diagnóstico verdadeiro

presente ausente

positivo

negativo

Positivos verdadeiros Positivos falsos

Negativos falsos Negativos verdadeiros

A B

C D

Tabela 1: Resultados prováveis obtidos em um determinado teste e o diagnóstico verdadeiro da doença.

2. Especificidade do teste

• Porcentagem de indivíduos “normais” com teste negativo em

população sabidamente não infectada.

Especificidade = D

B + D

Page 20: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

• VPP: Refere-se à probabilidade de doença se o resultado do

teste é positivo. Se o resultado do teste é positivo, qual a

probabilidade de que o indivíduo tenha realmente a doença?

• VPN: Refere-se à probabilidade de não ocorrência de doença

se o resultado do teste é negativo. Se o resultado do teste é negativo, qual a probabilidade de que o indivíduo não tenha realmente a doença?

VPP = A A + B

VPN = D

C + D

3. VPP e VPN

Page 21: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

4. Limiar de reatividade - “cut-off”

• Reações cruzadas: Reações inespecíficas de anticorpos

a diferentes estímulos antigênicos, principalmente

relacionados com epítopos comuns encontrados em

inúmeros microrganismos parasitos da microflora normal,

ou em indivíduos poliparasitados.

• Para a determinação do limiar de reatividade, tem-se

que saber a que se destina o teste.

• Banco de sangue: Teste com máxima sensibilidade -

“cut-off” seria em menor diluição do soro. Este

procedimento aumenta o número de falso +.

Page 22: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

4. Limiar de reatividade - “cut-off”

B = Máxima sensibilidade e especificidade

Não infectado

Infectado

Ponto de Corte Diluição do soro

ba

A = Máxima sensibilidade

c

C = Máxima especificidade

Page 23: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

Pesquisa de anticorpos anti-streptolisina O - látex

• Sensibilidade: 100%

• Especificidade: 94,7%

• VPP: 94,3%

• VPN: 100%

Exemplo:

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• A quantidade de Imunocomplexo formado depende de vários fatores físico-químicos e imunológicos, mas principalmente das concentrações relativas de antígeno e anticorpo.

•Ag + Ac Ag-Ac

• Prozona.• Zona de equivalência.• Pós-zona

Imunoensaios e Efeito prozona

Page 25: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

Efeito prozona

Efeito pós zona

Page 26: Imunologia Clínica Parâmetros Sorológicos e Controle de qualidade nos Imunoensaios

• Ferreira W.A.; Avila S.L.M. Diagnóstico Laboratorial das principais

doenças infecciosas e autoimunes - Guanabara Koogan.

• Vaz J. A.; Takei K.; Bueno C. E. Imunoensaios Fundamentos e Aplicações

- Guanabara Koogan.

Bibliografia