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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA HILTON DEMETRIO PEREIRA DE SOUZA IMPORTÂNCIA DOS ENDO E ECTOPARASITOS NA BOVINOCULTURA DE LEITE NO BRASIL: REVISÃO DE LITERATURA CRUZ DAS ALMAS BAHIA 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, AMBIENTAIS E BIOLÓGICAS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

HILTON DEMETRIO PEREIRA DE SOUZA

IMPORTÂNCIA DOS ENDO E ECTOPARASITOS NA BOVINOCULTURA DE LEITE NO BRASIL: REVISÃO DE LITERATURA

CRUZ DAS ALMAS – BAHIA 2019

HILTON DEMETRIO PEREIRA DE SOUZA

IMPORTÂNCIA DOS ENDO E ECTOPARASITOS NA BOVINOCULTURA DE LEITE NO BRASIL: REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de conclusão de curso submetido ao Colegiado de Graduação de Medicina Veterinária do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia como requisito parcial para obtenção do título de Médico Veterinário Orientador: Prof. Dr. Wendell Marcelo de Souza Perinotto

CRUZ DAS ALMAS – BA

2019

AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado uma esposa tão especial que me

ajudou nesta árdua trajetória.

Agradeço a minha mãe, que mesmo a distância, sempre me incentivou para que eu

pudesse finalizar com sucesso essa grande jornada. Espero que com o término da

graduação, possamos ficar mais tempo juntos para conversarmos e relembrar

histórias do nosso passado.

A minha avó que foi minha segunda mãe, por ter me ensinado o lado bom e as

intempéries que a vida nos prega. Jamais conseguirei retribuir tamanha dedicação

dispensada a mim.

Aos meus tios Adilton e Jurema por me dar apoio em sua residência nos momentos

em que mais precisei. Obrigado por todo apoio e estímulo.

Aos meus amigos discentes que caminharam comigo nessa jornada. Obrigado pelo

apoio, carinho, companheirismo e pelos momentos de descontração.

Em especial, ao Prof. Dr. Wendell Perinotto, por sua dedicação, paciência e

orientação e disponibilidade em me ajudar a consolidar essa etapa. Que Deus

ilumine os seus caminhos e lhe abençoe por toda vida.

A todos os docentes desta universidade que tanto contribuíram para a minha

formação acadêmica. Sem vocês, nada disso teria sentido.

Ao técnico em patologia clínica Roque pelos ensinamentos, apoio, carinho e

paciência. Você é uma pessoa de luz e estando ao seu lado, me senti seguro na

realização das tarefas que a mim foram incumbidas. Felicidades a você e toda a sua

família.

Enfim, agradeço a todos que contribuíram, muito obrigado!

“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada.

Apenas dê o primeiro passo.”

Martin Luther King

RESUMO

Dentre os principais produtos da agropecuária brasileira, o leite se destaca como um dos alimentos mais consumidos pela população. Além de ser fonte de nutrientes e proteína animal, este produto desempenha grande papel na economia nacional gerando empregos diretos e indiretos. A eficiência econômica é fundamental e será sempre considerado um dos principais alicerces de qualquer atividade de produção, industrialização e comércio. Entretanto, no Brasil, bovinos criados em pastagens naturais estão expostos à infecção produzida por endoparasitos, principalmente dos gêneros, Cooperia, Haemonchus, Strongyloides, Trichostrongylus e Oesophagostomum e dos ectoparasitos tais como: Carrapatos Rhipicephalus (Boophilus) microplus, Sarnas (Sarcoptes scabei e Psoroptes), Dípteros (Stomoxys calcitrans, Haematobia irritans, Dermatobia hominis) que causam perdas de eficiência nos animais com efeitos sobre o metabolismo, redução de apetite, má absorção de nutrientes e anemia devido às perdas de sangue principalmente nas categorias mais jovens desencadeando redução nos níveis de produtividade do plantel e acredita-se que não existem rebanhos leiteiros livres desse problema. O controle destes parasitos é um importante fator na produção e o uso excessivo e desordenado das bases terapêuticas, oneram os custos e não atinge o objetivo esperado. A falta de um bom manejo e higiene e a má conservação do produto podem propiciar doenças ao consumidor. Pelo exposto, é de suma importância medidas de controle e prevenção destas parasitoses com o intuito de minimizar os prejuízos no rebanho. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre a incidência dos ectoparasitas e endoparasitos no rebanho leiteiro e os prejuízos causados no produto final. Palavras-chave: Rebanho leiteiro. Parasitoses. Prevalência.

ABSTRACT

Among the main products of Brazilian agriculture, milk stands out as one of the foods most consumed by the population. Besides being a source of nutrients and animal protein, this product plays a large role in the national economy generating direct and indirect jobs. Economic efficiency is fundamental and will always be considered as one of the main foundations of any production, industrialization and trade activity. However, in Brazil, cattle raised on natural pastures are exposed to the infection produced by endoparasites, mainly of the genera Cooperia, Haemonchus, Strongyloides, Trichostrongylus and Oesophagostomum, and of the ectoparasites such as: Ticks (Rhipicephalus Boophilus microplus), Sarnas (Sarcoptes scabei and Psoroptes), Dipterans (Stomoxys calcitrans, Haematobia irritans, Dermatobia hominis) that cause efficiency losses in animals with effects on metabolism, reduced appetite, nutrient malabsorption and anemia due to blood loss mainly in younger categories triggering reduction in levels of plant productivity and it is believed that there are no dairy herds free from this problem. The control of these parasites is an important factor in the production and the excessive and disordered use of the therapeutic bases, they cost the costs and do not reach the expected objective. The lack of good management and hygiene and the poor conservation of the product can cause diseases to the consumer. Therefore, it is of paramount importance measures to control and prevent these parasitoses in order to minimize the losses in the herd. The objective of this work was to perform a literature review on the incidence of ectoparasites and endoparasites in the dairy herd and the losses caused in the final product. Keywords: Dairy herd. Parasites. Prevalence.

LISTA DE ABREVIATURAS

ABIEC Associação Brasileiro das Indústrias Exportadoras de Carne

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura

HUMV Hospital Universitário de Medicina Veterinária

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LPDP Laboratório de Parasitologia e Doenças Parasitárias

L1 Primeiro estágio larval

L2 Segundo estágio larval

L3 Terceiro estágio larval

MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

OPG Ovos por Grama de Fezes

SINDAN Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal

TPB Tristeza Parasitária Bovina

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Ciclo biológico do Rhipicephalus (Boophilus) microplus. - .......................... 23

Figura 2 – Fêmea de Rhipicephalus (Boophilus) microplus em oviposição................. 23 Figura 3 – Sarna Sarcóptica em bovinos. .......................................................................... 26

Figura 4 – Ciclo biológico da mosca-dos-estábulos, Stomoxys calcitrans. .................. 30

Figura 5 – Mosca adulta de Cochliomyia hominivorax. ................................................... 37 Figura 6 – Larvas de Cochliomyia hominivorax. ............................................................... 38

Figura 7 – Animal debilitado em função da tristeza parasitária bovina......................... 39 Figura 8 – Ciclo biológico do Anaplasma marginale. ....................................................... 40

Figura 9 – Ciclo biológico de Babesia spp. ....................................................................... 42

Figura 10 – Anaplasma centrale. ........................................................................................ 43

Figura 11 – Anaplasma marginale. ..................................................................................... 43

Figura 12 – Ciclo evolutivo de helmintos da superfamília Trichostrongyloidea ........... 48

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Produção mundial de leite (mil toneladas). ................................................... 17

Tabela 2 – Perdas econômicas causadas por parasitos de bovinos no Brasil. .......... 19

Tabela 3 – Principais nematódeos gastrintestinais de bovinos pelo Brasil e seu habitat. ..................................................................................................................................... 46

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13 2 OBJETIVO ......................................................................................................... 15 3 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................. 16

3.1 A bovinocultura de leite no Brasil e sua importância econômica ..................... 16 3.2 Impacto econômico das parasitoses na bovinocultura de leite no Brasil...... 17

3.1.1. Prejuízos econômicos ocasionados por parasitoses em bovinos .......... 18 4 ECTOPARASITOS DE IMPORTÂNCIA PARA BOVINOS DE LEITE ................ 19

4.1 O carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus ....................................... 19 4.1.1 Taxonomia ............................................................................................. 20 4.1.2 Ciclo de vida .......................................................................................... 20 4.1.2.1 Fase não parasitária ........................................................................... 21 4.1.2.2 Fase parasitária .................................................................................. 22 4.1.3 Controle de Rhipicephalus (Boophilus) microplus ................................. 23

4.2 Sarna nos bovinos de leite ........................................................................... 25 4.2.1 Sarcoptes scabiei .................................................................................. 25 4.2.1.1 Taxonomia .......................................................................................... 25 4.2.1.2 Ciclo de vida ....................................................................................... 25 4.2.1.3 Sinais clínicos ..................................................................................... 26 4.2.1.4 Controle .............................................................................................. 27 4.2.2 Psoroptes .............................................................................................. 27 4.2.2.1 Taxonomia .......................................................................................... 27 4.2.2.2 Ciclo de vida ....................................................................................... 28 4.2.2.3 Sinais clínicos ..................................................................................... 28 4.2.2.4 Controle .............................................................................................. 28

4.3 Dípteros hematófagos de importância para bovinocultura de leite ............... 29 4.3.1 Stomoxys calcitrans (mosca-dos-estábulos) ......................................... 29 4.3.1.1 Taxonomia .......................................................................................... 29 4.3.1.2 Ciclo de vida ....................................................................................... 29 4.3.1.3 Importância econômica de Stomoxys calcitrans ................................. 30 4.3.1.4 Sinais clínicos ..................................................................................... 31 4.3.1.5 Controle .............................................................................................. 31 4.3.2 Haematobia irritans (mosca-do-chifre) ................................................... 31 4.3.2.1 Taxonomia .......................................................................................... 32 4.3.2.2 Ciclo de vida ....................................................................................... 32 4.3.2.3 Importância econômica de Haematobia irritans ................................. 33 4.3.2.4 Sinais clínicos ..................................................................................... 33 4.3.2.5 Controle .............................................................................................. 33 4.3.3 Dermatobia hominis (Berne) .................................................................. 34 4.3.3.1 Taxonomia .......................................................................................... 34 4.3.3.2 Ciclo de vida ....................................................................................... 34 4.3.3.3 Sinais clínicos ..................................................................................... 35 4.3.3.4 Controle .............................................................................................. 35 4.3.4 Cochlomya hominivorax (miíase) ........................................................... 35 4.3.4.1 Taxonomia .......................................................................................... 36 4.3.4.2 Ciclo de vida ....................................................................................... 36 4.3.4.3 Controle .............................................................................................. 38

5 ENDOPARASITOS DE IMPORTÂNCIA PARA BOVINOS DE LEITE ................ 38 5.1 Tristeza Parasitária Bovina (TPB) ................................................................ 38

5.1.1 Anaplasma marginale ............................................................................ 39 5.1.1.1 Ciclo de vida ....................................................................................... 40 5.1.1.2 Sinais clínicos ..................................................................................... 41 5.1.2 Babesia spp. .......................................................................................... 41 5.1.2.1 Ciclo de vida: Babesia bovis e Babesia bigemina .............................. 41 5.1.2.2 Sinais clínicos ..................................................................................... 42 5.1.2.3 Controle .............................................................................................. 43

5.2 Helmintos gastrointestinais de bovinos ............................................................ 45 5.2.1 Taxonomia ............................................................................................. 47 5.2.2 Ciclo de vida .......................................................................................... 47 5.2.3 Sinais clínicos ........................................................................................ 48 5.2.4 Controle ................................................................................................. 49

5.3 Eimeriose em bovinos de leite ......................................................................... 49 5.3.1 Taxonomia ............................................................................................. 50 5.3.2 Ciclo de vida .......................................................................................... 50 5.3.3 Sinais clínicos ........................................................................................ 52 5.3.4 Controle ................................................................................................. 52

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 54 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 55

13

1 INTRODUÇÃO

De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE, 2018), a pecuária nacional é considerada um dos setores mais

expressivos de nossa economia. Ocupa lugar de destaque no cenário internacional e

possui o maior rebanho comercial do mundo sendo o quarto maior produtor de leite

(FAO, 2019).

O estado de Minas Gerais é o maior produto de leite no país atingindo a

marca de 9.509.423,00 bilhões de litros/ano (IBGE, 2018). Entretanto, segundo

dados do IBGE, a produção de leite vem de um momento de estagnação com

quedas de produção no período compreendido entre 2015 a 2018. De acordo com

Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (SINDAN, 2017), o

gasto com produtos antiparasitários no Brasil em 2009 representou 27,2% do

mercado de produtos veterinários.

Para o ano de 2019, espera-se um crescimento de 2,5%, isto devido a

produção de grãos que deve ultrapassar 230 milhões de toneladas, o que é bem

favorável para a produção leiteira já que a boa safra de milho e soja irá contribuir

com a retratação dos custos da alimentação dos bovinos de leite, culminando na

expansão do setor (IBGE, 2018).

Em ruminantes, as doenças parasitárias são responsáveis por elevadas

perdas econômicas em decorrência de uma menor taxa de crescimento, perda de

peso, redução no consumo de alimentos, queda na produção de leite, baixa

fertilidade e nos casos de infecções maciças, elevadas taxas de mortalidade, além

de custos em seu controle (VIEIRA, 1999).

Os animais jovens em geral, são bem mais susceptíveis ao parasitismo do

que os adultos, podendo estes agir como fonte de contaminação para os animais

mais jovens (URQUHART et al., 1996).

Dentre as parasitoses que acometem o gado leiteiro, podemos destacar os

ectoparasitos, principalmente o carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus,

mosca-dos-chifres (Haematobia irritans), a mosca-dos-estábulos (Stomoxys

calcitrans), a mosca do berne (Dermatobia hominis), a mosca causadora das

bicheiras ou miíases (Cochliomyia hominivorax). Já no grupo dos endoparasitas se

observa diversas espécies de helmintos em bovinos, principalmente os pertencentes

14

à ordem Strongylida, como por exemplo, Haemonchus sp., Cooperia sp.,

Trichostrongylus sp., Oesophagostomum sp., entre outros.

Diante disso, entende-se que os prejuízos impactados causados pela ação

destes parasitos têm dimensões significativas na economia do país que vem a

demandar o incremento de estudos e investimentos em pesquisas de uma equipe

multidisciplinar, envolvendo especialistas na área de Parasitologia Veterinária e

Epidemiologia.

15

2 OBJETIVO

Revisar aspectos importantes sobre os endo e ectoparasitos presentes na

cadeia produtiva da bovinocultura de leite no Brasil, tais como: taxonomia, ciclo de

vida, sinais clínicos e medidas de controle e avaliar os impactos econômicos

decorrentes da incidência desses parasitos neste setor produtivo.

16

3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A bovinocultura de leite no Brasil e sua importância econômica

A bovinocultura leiteira está entre os setores que exerce um significativo papel

no desenvolvimento econômico nacional (MAPA, 2018). Nas últimas décadas, a

atividade leiteira brasileira evoluiu de forma contínua, resultando no crescimento

consistente da produção, que colocou o país como um dos principais do setor no

mundo. De 1974 a 2014, a produção nacional quase quadruplicou, passando de 7,1

bilhões para mais de 35,1 bilhões de litros de leite. Entretanto, a partir de 2015, a

produção caiu por dois anos consecutivos, fato até então inédito desde o início da

série histórica publicada pelo IBGE. Já em 2017, o Brasil voltou a registrar

crescimento em sua produção de leite, superando o período de queda anteriormente

observado (IBGE, 2018).

A produção do leite no Brasil é regulada pelas Instruções Normativas 76 e 77

de novembro de 2018, sendo que muitos produtores, por não possuírem uma

estrutura necessária, apresentam dificuldades de atender as exigências da

normativa, que são “questões que envolvem manejo do gado, alimentação,

condições da ordenha, higiene dos utensílios, estocagem e resfriamento do leite,

transporte, processamento tecnológico, embalagem e comercialização, dentre

outras” (MAPA, 2018).

Caracterizada como de fundamental importância para economia do Brasil, a

atividade leiteira já passou por diversas transformações que a possibilitaram

desenvolver e crescer. No entanto, em comparação com os outros países, o setor

ainda tem como melhorar e ampliar sua produção (EMBRAPA, 2018).

Nesta perspectiva, dê acordo com (IBGE, 2018), o país possui o segundo

maior rebanho leiteiro, porém sua média produtiva por animal é relativamente baixa

se comparada com outros países, por esse motivo a produtividade está abaixo de

sua verdadeira capacidade.

De acordo com o boletim de março de 2019 emitido pela Organização das

Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO, o Brasil ocupa a quarta

colocação como maior produtor de leite do mundo, ficando atrás apenas da Índia,

Estados Unidos e Paquistão (Tabela 1).

17

Tabela 1 – Produção mundial de leite (mil toneladas).

Produção de leite mundial (mil toneladas)

2017 2018 2017 para 2018 (%)

Mundo 824 802 842 989 2.2

Índia 176 272 186 143 5.6

EU 28 165 600 167 256 1.0

Estados Unidos 97 735 98 646 0.9

Paquistão 44 294 45 623 3.0

Brasil 35 257 35 539 0.8

China 31 958 31 592 -1.1

Rússia 31 184 31 527 1.1

Peru 20 700 22 791 10.1

Nova Zelândia 21 341 21 372 0.1

Fonte: FAO, 2019.

No que tange a produção interna, Minas Gerais é o principal estado produtor

de leite no Brasil. Respondeu em 2017 por 8,9 bilhões de litros, ou seja, 25,5% de

um volume total do país de 34,9 bilhões de litros. Sua produção tem como base um

rebanho de 5,8 milhões de vacas, 223 mil produtores e 771 laticínios espalhados por

diferentes regiões. São propriedades e estabelecimentos de todos os tamanhos, que

sustentam a atividade leiteira com a marca da diversidade. (IBGE, 2018).

3.2 Impacto econômico das parasitoses na bovinocultura de leite no Brasil.

Segundo Ribeiro et. al., (2011) um dos problemas que limitam a produção

leiteira além do manejo nutricional incorreto é a incidência de ectoendoparasitose e

de algumas doenças causadas por diferentes patógenos que estão em contato

direto com o animal e que podem provocar diversas doenças, por exemplo, mastite,

pododermatites, doenças reprodutivas e doenças infectocontagiosas, que pela

freqüência com que incidem sobre o rebanho, causam sérios danos a produção

leiteira.

Para (ALVIN et. al., 2005), para combater essas patologias, os produtores

lançam mão de vacinas, exames, tratamentos profiláticos e curativos como

antiparasitários sintéticos, naturais, homeopáticos e fitoterápicos, visando manter a

18

sanidade do rebanho e com isso, obter um produto de qualidade em maior

quantidade, aumentando assim seus lucros.

Dados do SINDAN (2018) enfatizam que a venda de antiparasitários no ano

de 2017 atingiu 27,2% do faturamento evidenciando uma grande problemática na

pecuária nacional. Estes produtos além de serem caros, deixam resíduos e o seu

uso indiscriminado provoca resistência de diferentes ecto e endoparasitos as bases

químicas comerciais existentes.

3.1.1. Prejuízos econômicos ocasionados por parasitoses em bovinos

De acordo com Barros et al., (2010), o impacto econômico de parasitas

externos em bovinos está vinculado a infestações por carrapatos, tais como:

Rhipicephalus (Boophilus) microplus, mosca-dos-chifres (Haematobia irritans), Berne

(Dermatobia hominis), bicheira do Novo Mundo (Cochliomyia hominivorax) e mosca

de estábulo (Stomoxys calcitrans) esta última merece destaque devido ao aumento

significativo nos últimos anos, em razão de casos de surtos associados a resíduos

pós-colheita da indústria canavieira.

Para Rodrigues e Leite (2013), os danos causados à produção de leite por

carrapatos em estudos realizados no estado de Minas Gerais representaram 24,2%

das vacas leiteiras. Após análise, os autores estimaram que os carrapatos

proporcionaram uma redução de 90,24 litros na produção de leite por vaca por

lactação o que caracterizou a nível nacional uma perda de cerca de US $ 922,36

milhões.

No que se refere as infestações por mosca-de-chifres, Jonsson e Mayer

(1999) enfatizam que embora possam reduzir a produção de leite, esse índice foi

baixo, sugere-se que os frequentes tratamentos com carrapaticidas implicam na

diminuição de tais infestações, sugerindo que o impacto das moscas de chifres pode

não ser tão evidente no país.

Considerando-se que existem 4,08 milhões de bovinos em confinamento no

Brasil (ABIEC, 2013), as perdas devidas a S. calcitrans foram estimadas em relação

à produção de leite em US $ 275,97 milhões.

Estudos realizados por Lima e Grisi (1984), avaliaram que o uso do

medicamento albendazol em vacas de leite no período do parto, aumentou 51,90kg

de leite por vaca no período de 90 dias, que correspondeu a 0,58 kg de

19

leite/vaca/dia, quando comparado ao grupo não tratado, observou-se uma perda

média de 0,6 kg de leite/vaca/dia. As perdas potenciais do rebanho de gado leiteiro

devido a parasitos gastrointestinais no Brasil seriam de US$ 1.870,48 milhões

(CHARLIER et. al., 2009).

No Brasil, as perdas anuais foram estimadas por Grisi et al. (2014)

considerando os efeitos negativos do parasitismo sobre a produtividade do gado em

relação as perdas de rendimento em produção de leite e ganho de peso. As perdas

econômicas potenciais anuais devido aos cinco principais ectoparasitos e vermes

gastrointestinais de bovinos no Brasil alcançam o impressionante montante de US $

13,9 bilhões (Tabela2). O estudo elencou ainda os principais parasitas externos que

acometem os ruminantes e suas respectivas perdas econômicas:

Tabela 2 – Perdas econômicas causadas por parasitos de bovinos no Brasil.

Parasito milhões de US$

Nematóides gastrointestinais 7.107,97

Carrapato de gado, Rhipicephalus

(Boophilus) microplus

3.236,35

Mosca do chifre, Haematobia irritans 2.558,32

Bovino, Dermatobia hominis 383,48

Mosca do bicho-da-noz, Cochliomyia

hominivorax

336,62

Mosca estável, Stomoxys calcitrans 335,46

Perda potencial total 13.958,20

Fonte: adaptado de GRISI, L; et al. (2014.)

4 ECTOPARASITOS DE IMPORTÂNCIA PARA BOVINOS DE LEITE

4.1 O carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus

As expedições exploradoras no XVI remontam que o R. microplus teve uma

provável origem no continente asiático, especificamente na Índia e na Ilha de Java.

Nesta época, o fluxo de mercadorias e animais propiciou a proliferação dos

carrapatos a outros locais. Com isso, ocorreu a introdução deste parasito em regiões

20

tropicais e subtropicais do mundo onde originalmente não existiam (NUÑES et al.,

1982).

É um ixodídeo responsável por grandes perdas econômicas para a pecuária

de regiões tropicais e subtropicais. Este carrapato é um ectoparasito hematófago,

cujo principal hospedeiro é o bovino. Sua incidência é maior em grandes rebanhos

da América, África, Ásia e Austrália, sendo considerado o carrapato de maior

impacto em perda econômica nos rebanhos da América do Sul (GONZALES, 1995).

Somente o carrapato R. microplus é responsável por causar mais de três

bilhões de dólares de perdas anuais na cadeia produtiva de bovinos no Brasil (GRISI

et al., 2014), além de ser transmissor dos agentes etiológicos da Tristeza Parasitária

Bovina, doença causada por bactérias do gênero Anaplasma e protozoários do

gênero Babesia (GUGLIELMONE et al., 2006).

4.1.1 Taxonomia

A classificação taxonômica do R. microplus segundo o “National Center for

Biotechnology Information” dos Estados Unidos da América consiste em: Reino:

Metazoa -- Filo: Arthropoda – Classe: Arachnida – Subclasse: Acari – Superordem:

Parasitiformes – Ordem: Ixodida – Sub-Ordem: Metastigmata – Superfamília:

Ixodoidea – Família: Ixodidae – Subfamília: Rhipicephalinae – Gênero:

Rhipicephalus - Subgênero – Boophilus - Espécie: Rhipicephalus (Boophilus)

microplus. (TAYLOR et al., 2009).

4.1.2 Ciclo de vida

Furlong (1998) e Veríssimo (2013) corroboram em afirmar que a fase não

parasitária sofre enorme influência das condições ambientais, sendo que o ciclo

torna-se mais rápido conforme o aumento da temperatura do ambiente. Trata-se de

um carrapato que necessita de um único hospedeiro para completar seu ciclo de

vida (Figura 1)e apresenta predileção em parasitar bovinos, com preferência para

Bos taurus e seus cruzamentos em relação ao Bos indicus (GONZALES et al., 1975)

Em suma, o ciclo de vida do R. microplus pode ser dividido em duas etapas, a

fase parasitária e a fase de vida livre (ou fase não parasitária). A fase parasitária

compreende desde a fixação da larva em um hospedeiro sensível até chegar ao

21

estádio adulto, com consequente desprendimento das teleóginas (fêmeas

ingurgitadas). A partir deste momento dá-se o início da fase de vida livre em que,

após cair ao solo, a teleógina busca local adequado e inicia a ovipostura com

subsequente incubação dos ovos e posterior eclosão das larvas (Figura 2).

4.1.2.1 Fase não parasitária

Como citado anteriormente, a fase não parasitária inicia-se no momento em

que a teleógina se desprende do animal e cai ao solo. Preferencialmente, as

teleóginas se desprendem do hospedeiro no início da manhã e ou final de tarde,

períodos esses com as condições climáticas mais favoráveis à fêmea ingurgitada.

Neste instante ela procura junto ao solo um lugar que seja seguro e protegido, tanto

de inimigos naturais quanto da incidência intensa de luz solar (HITCHCOCK, 1955).

Por um período de 3 a 5 dias após o desprendimento da teleógina, em

condições climáticas adequadas, ocorre o que é denominado de período de pré-

postura, tempo suficiente para que ocorra maturação dos ovários, produção e

maturação dos ovos. Esse tempo pode variar de acordo com as condições

climáticas (LEGG, 1930). Posteriormente a esse período tem início a ovipostura.

Após a ovipostura, a fêmea morre, finalizando assim seu ciclo de vida e

deixando ali seus ovos para incubação. Cada teleógina possui potencial de reverter

em torno de 50% de seu peso corporal em massa de ovos, com capacidade de

realizar ovipostura de aproximadamente 3.000 ovos. Decorrido o tempo necessário

de incubação eclodem as larvas, que apresentam três pares de pernas (hexápodas).

O período de incubação também pode variar de acordo com as condições climáticas

(por exemplo, o frio pode prolongar o período de incubação). Sua coloração quase

translúcida é modificada após a exposição e contato com o ar e assim, a quitina

passa a adquirir uma tonalidade avermelhada. Depois de um curto período de

quiescência as larvas sobem em grupos para as pontas das folhas do capim, onde

permanecem agrupadas à espera do hospedeiro. (EMBRAPA, 2019).

Gauus e Furlong, (2002) corroboram em relatar que as larvas podem

permanecer à espera de um hospedeiro na pastagem por mais de oitenta dias. A

fase não parasitária termina quando as larvas conseguem alcançar e fixar-se no

22

hospedeiro ou quando elas morrem sem encontrar nenhum hospedeiro em

potencial.

4.1.2.2 Fase parasitária

A fase parasitária inicia-se com a fixação da larva em um hospedeiro

susceptível, algumas regiões do corpo do animal são mais desejadas (barbela, entre

as pernas, úbere, região posterior e períneo), seja ela por causa da temperatura e

espessura da pele como também para se proteger da autolimpeza realizada pelos

hospedeiros na tentativa de eliminar esses ectoparasitas (PEREIRA et al., 2008).

No intervalo de 4 a 7 dias após a fixação da larva ocorre a mudança do

estágio larval, passando para ninfa que após um período de 9 a 16 dias novamente

sofre a ecdise transformando-se em adultos. Por sua vez, os adultos realizam cópula

e as fêmeas vão se desprender do hospedeiro entre 18 e 35 dias após a fixação das

larvas (GONZALES, 1975). Apesar da amplitude de tempo de fixação relatados na

literatura (entre 18 e 35 dias) a fase parasitária do R. microplus, desde a fixação da

larva até o desprendimento da teleógina dura em média 21 dias. Os machos

permanecem no hospedeiro por um período maior de tempo em busca de novas

fêmeas para cópula.

Vale lembrar que a fase parasitária não sofre tanto com as condições

climáticas, pelo fato do parasito estar fixo ao hospedeiro que mantém uma

temperatura corporal constante, diferentemente da fase de vida livre, em que o

carrapato está exposto a temperatura e condições do ambiente (PEREIRA et al.,

2008).

Considerando a fase de vida livre e parasitária, pode-se inferir que a

estimativa da duração de um ciclo de vida do carrapato R. microplus é dependente

das condições climáticas e que isso pode variar entre regiões e estações do ano. O

ciclo pode ser completo em dois meses, sob as condições ideais, e se estender a

vários meses quando em condições desfavoráveis.

Vale ressaltar que é de suma importância o conhecimento a respeito da

biologia, tal como comportamento das teleóginas, das larvas, bem como, a dinâmica

populacional desse carrapato no ambiente da pastagem.

23

Figura 1 – Ciclo biológico do Rhipicephalus (Boophilus) microplus. -

Fonte: portal sãofrancisco.com/alfa/carrapato/carrapato-6.ph.

Figura 2 – Fêmea de Rhipicephalus (Boophilus) microplus em oviposição

Fonte: EMBRAPA, (2019).

4.1.3 Controle de Rhipicephalus (Boophilus) microplus

Esta prática consiste na administração de produtos carrapaticidas a longo

prazo em determinada época do ano, a partir do conhecimento biológico do

carrapato R. microplus, de maneira que a população se mantenha em níveis

economicamente aceitáveis durante os outros períodos do ano. Para obter

resultados eficientes nesse método de tratamento, é necessária uma infraestrutura

24

mínima que permita a administração correta e segura dos produtos carrapaticidas. A

escolha do produto a ser utilizado é outro fator a ser levado em consideração, já que

os parasitos têm a capacidade de desenvolver resistência contra os mesmos, o

biocarrapaticidograma é um teste simples de se realizar e auxilia esta decisão

(PEREIRA et al., 2008).

O Tratamento alternativo com o uso da homeopatia tem sido cada vez mais,

utilizado pelos produtores de leite. Desenvolvida no século XVIII pelo médico e

químico alemão Samuel Hahnemann, esta terapia se baseia no princípio da cura

pelo semelhante, e utiliza substâncias extraídas da natureza, diluídas e dinamizadas

(VERÍSSIMO, 2013).

Segundo a ANVISA (2010), os medicamentos bioterápicos são preparações

medicamentosas obtidas a partir de produtos biológicos, elaborados conforme a

farmacotécnica homeopática. A maioria dos produtos homeopáticos indicados para o

gado bovino disponíveis no comércio tem em sua preparação um bioterápico, ou

seja, o próprio carrapato diluído e dinamizado conforme a farmacotécnica

homeopática, e muitos trabalhos científicos têm atestado a eficácia do bioterápico,

associado ou não a medicamentos homeopáticos convencionais, no controle do

carrapato-do-boi.

Quando a introdução da homeopatia é acompanhada por cursos e assistência

técnica, verifica-se elevada satisfação dos produtores, observando-se redução maior

que 90% nos gastos com medicamentos veterinários convencionais, bem como

diminuição do descarte do leite devido a tratamento convencional antiparasitário,

melhoria no estado geral dos animais e, até mesmo, de seu comportamento, ficando

mais calmos e dóceis, comprovando que a homeopatia pode ser introduzida em

propriedades convencionais, desde que haja informação e assistência técnica ao

produtor (MÜLLER e FÜLBER, 2013).

O uso de fitoterápicos em sistemas convencionais de produção como parte da

estratégia de controle de parasitoses, pode estender a vida útil dos produtos

químicos, evitando as resistências dos parasitas (VIEIRA et al., 1999).

Testes desenvolvidos pela Embrapa Gado de Leite com eucaliptol em um

concentrado emulsionável apresentaram eficiência elevada, no entanto, o uso de

extrato botânico aquoso de citronela 50% não apresentou interferência nos

seguintes parâmetros: períodos de pré-postura, postura, incubação de ovos e

25

eclodibilidade larval, ou ação sobre a quantidade de ovos, índices de eficiência

reprodutiva e nutricional em R. microplus (VALE et al., 2007).

Pereira et. al., (2008) afirma que embora não haja estudos no Brasil sobre o

efeito de carrapaticidas aplicados diretamente no pasto infestado pelo carrapato R.

microplus, trabalhos com outras espécies de carrapatos mostraram que alguns

produtos piretróides e organofosforados são altamente eficazes, diminuindo em até

90% a infestação em áreas tratadas.

4.2 Sarna nos bovinos de leite

4.2.1 Sarcoptes scabiei

Espécie descrita, a primeira vez, por De Geer em 1778, a sarna sarcóptica é

causada por diferentes variedades de Sarcoptes scabiei, que recebem a

denominação conforme o hospedeiro que estão parasitando. É uma ectoparasitose

profunda e as fêmeas de S. scabiei encontram-se em galerias na epiderme de

diversos mamíferos domésticos (RIET-CORREA et al., 2007).

A sarna sarcóptica é potencialmente a mais grave das sarnas bovinas,

embora muitos casos sejam moderados (TAYLOR et. al., 2009).

4.2.1.1 Taxonomia

Na sua classificação científica mais recente o gênero é inserido no Reino:

Animalia – Filo: Arthropoda – Classe: Arachnida – Subclasse: Acarina – Ordem:

Acariformes – Subordem: Psoroptidia – Superfamília: Sarcoptoidea – Família:

Sarcoptidae – gênero: Sarcoptes. (TAYLOR et. al., 2009)

4.2.1.2 Ciclo de vida

A postura das fêmeas (ovíparas) é feita em parcelas (enquanto a fêmea

escava seu túnel, vai efetuando a postura dos ovos), abaixo da epiderme do

hospedeiro, com incubação de três a cinco dias. A postura em parcelas e a diferença

26

do período de incubação garantem que numa infestação gere larvas

provenientes de uma mesma fêmea por até dois meses. Após esse período há a

eclosão desses ovos, surgindo às larvas. Com o desenvolvimento das larvas, o

ácaro passa ao estágio de ninfa: protoninfa e tritoninfa. Essa transformação de larva

para ninfa pode ocorrer na galeria (túneis), nos quais os ovos foram depositados, ou

até mesmo na pele, posteriormente, a ninfa passa para o estágio de adulto imaturo

na pele. Com um ciclo de aproximadamente dezessete dias são considerados

adultos, logo após, sua fertilização. O adulto permanece sobre a pele para aumentar

sua capacidade de transmissão. Durante as trocas de fases, os ácaros sofrem

ecdise (muda da pele), possibilitando que esses cresçam. As fêmeas adultas se

ingurgitam a partir da ingestão de linfa (MARKELL et al., 2017).

4.2.1.3 Sinais clínicos

Dentre os sinais clínicos apresentados pelos bovinos acometidos pela sarna

sarcóptica, podemos citar as lesões máculo-papulares esparsas localizadas nas

regiões de pele hirsuta, prurido intenso, escoriação e inflamação da pele (Figura 3).

O não tratamento pode evidenciar a perda de pelo, descamação e formação de

crostas com exsudato (WALTON e CURRIE, 2007).

Figura 3 – Sarna Sarcóptica em bovinos.

Fonte: agroneto.com

27

4.2.1.4 Controle

Os animais infectados devem ser isolados dos sadios até que haja a cura

completa. Além disso, certas precauções devem ser tomadas durante o tratamento,

como o uso de luvas e roupas descartáveis quando houver a manipulação do

animal, assim como a higienização adequada do ambiente em que o animal vive.

Cuidado com a introdução de novos animais, se necessário deve-se empregar o

período de quarentena e até mesmo o tratamento com acaricidas, caso necessário.

Os animais que retornam de feiras e exposições agropecuárias merecem atenção

especial, devido se tratar de uma enfermidade altamente contagiosa, portanto,

preconiza-se o tratamento todos os animais doentes. (TAYLOR et al., 2009).

4.2.2 Psoroptes

Os ácaros do gênero Psoroptes são responsáveis por causar sarna

psoróptica em vários animais, levando a perdas econômicas entre criadores de

bovinos. Residem na superfície da pele e conduto auditivo externo (HENDRIX,

2006). Psoroptes é um acaro não escavador típico, suas características de

identificação mais importantes são as peças bucais pontiagudas que não perfuram a

pele, mas estão, para se alimentar na superfície, onde os ácaros raspam o estrato

córneo (GARY MULLEN et al., 2009; URQUHART et al., 1998).

4.2.2.1 Taxonomia

Descrito por Gervais em 1841, a taxonomia compreende; Reino: Animalia –

Filo: Artrhopoda – Classe: Arachnida – Subclasse: Acari – Ordem: Acariformes –

Subordem: Sarcoptiformes – Família: Psoroptidae – Gênero: Psoroptes - Espécie: P.

ovis. (TAYLOR et. al., 2009).

28

4.2.2.2 Ciclo de vida

De acordo com Sanders et al., (2000), a Psoroptes ovis é ectoparasita

obrigatório de ovinos, caprinos e bovinos. Apresenta cinco estádios em seu ciclo de

vida: ovo, larva (com três pares de patas), dois estádios de ninfa (protoninfa e

tritoninfa) e finalmente machos e fêmeas adultos. As ninfas e os adultos apresentam

quatro pares de patas.

Os parasitas completam todo o ciclo de vida sobre a superfície da pele do

hospedeiro em 10 a 14 dias, e a transmissão se dá por contato. Apesar de constituir

uma única espécie parasita de ruminantes, a transmissão natural entre hospedeiros

de diferentes espécies, dificilmente é registrada em condições normais (LOSSON,

2012).

4.2.2.3 Sinais clínicos

Em bovinos, os ácaros provocam prurido intenso, pápulas, crostas,

escoriação e hiperqueratose. Infecções bacterianas secundárias são comuns em

casos graves, podendo ocorrer morte em bezerros não tratados, perda de peso e

redução na produção de leite. Porém, após o estabelecimento da infestação, ocorre

redução significativa no crescimento da lesão, sugerindo que os produtos dos ácaros

podem induzir imunidade protetora contra P. ovis (TAYLOR et al., 2009; HAMILTON

et al., 2003).

4.2.2.4 Controle

Em bovinos, banho e aplicação tópica de acaricidas não-sistêmicos, como

organofosforados (diazinon, coumafós ou fosmet) e amitraz, banho de cal sufurada,

podem ser eficazes. Deve-se realizar os banhos de forma repetida em intervalos de

2 semanas. O uso tópico de flumetrina também é utilizado, porém, a maioria dos

tratamentos é contraindicada para utilização em bovinos de leite. O uso de

ivermectina e doramectina injetáveis podem ser eficazes ainda que o isolamento de

animais tratados por 2-3 semanas pós tratamento seja necessário para evitar

29

reinfestação. Verificações regulares do rebanho e quarentena de animais

acometidos ajudam a controlar a frequência e a extensão de infestações (TAYLOR

et al., 2009).

4.3 Dípteros hematófagos de importância para bovinocultura de leite

4.3.1 Stomoxys calcitrans (mosca-dos-estábulos)

Stomoxys calcitrans, comumente conhecida como “mosca dos estábulos” ou

“mosca da vinhaça” é, atualmente, responsável por causar prejuízos de grande

impacto econômico nas cadeias produtivas da pecuária bovina em alguns estados

do Brasil, dentre eles Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e

Minas Gerais (OLIVEIRA, J. N., 2009).

A mosca-dos-estábulos tem como hospedeiro a maioria dos animais,

entretanto, os bovinos são os que mais sofrem com a sua presença. A espoliação e

a irritação, provocadas por essas moscas, fazem com que os animais tenham de

15% a 20% de decréscimo no ganho de peso e 40% a 60% de prejuízo na produção

de leite. O total de danos que esse parasito pode provocar irá depender do grau de

infestação do rebanho (GUIMARÃES, 1984).

4.3.1.1 Taxonomia

A classificação taxonômica da mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans)

consiste em: Reino: Animalia – Filo: Arthropoda – Classe: Insecta – Ordem: Diptera

– Subordem: Brachycera – Família: Muscidae – Gênero: Stomoxys – Espécie: S.

calcitrans (TAYLOR et al., 2009)

4.3.1.2 Ciclo de vida

O ciclo de vida ou biológico (Figura 4) apresenta as fases de ovo, larva de 1º

instar (L1), larva de 2o instar (L2), larva de 3o instar (L3), pupa e adulto. Os adultos

realizam um acasalamento único cerca de dois a três dias após sua emergência.

Após o acasalamento, as fêmeas realizam a postura de forma aglomerada (massa

30

de ovos) em grupos de, no mínimo, 20 ovos em matéria orgânica em decomposição.

Cada fêmea pode produzir mais de sete ciclos ovarianos, fazendo postura de cerca

de 500 a 1.000 ovos durante sua vida. A temperatura ideal para o desenvolvimento e

maior sobrevivência da mosca está em torno de 25ºC (AGUIAR-VALGODE;

MILWARD-DE-AZEVEDO, 1992).

Figura 4 – Ciclo biológico da mosca-dos-estábulos, Stomoxys calcitrans.

Fonte:ruralpecuária.com.br

4.3.1.3 Importância econômica de Stomoxys calcitrans

Considerando que existem 5,58 milhões de bovinos em confinamento no

Brasil (ABIEC, 2018), as perdas devidas ao S. calcitrans foram estimadas em US$

59,49 milhões. Em relação a produção de leite, as perdas infligidas ao gado leiteiro

foram estimadas em US$ 275,97 milhões. Além do fato de que as perdas durante os

surtos são muito maiores do que nas infestações regulares, deve-se considerar que

a frequência e a gravidade desses surtos no Brasil estão aumentando

dramaticamente devido à rápida expansão da produção de etanol a partir da cana-

de-açúcar (TAYLOR et al., 2012).

31

4.3.1.4 Sinais clínicos

Dentre os sinais clínicos observam-se lesões de uma dermatite característica

ocasionando alterações comportamentais dos bovinos. As moscas atacam

preferencialmente as patas e flancos, porém, em altas infestações podem atacar

todas as regiões do corpo do hospedeiro. Em alguns casos, devido ao grande

número de picadas, pode ocorrer perda de sangue. O maior problema causado pela

mosca é o estresse, podendo afetar o ganho de peso e a produção de leite

(KETTLE, 1995).

4.3.1.5 Controle

O controle é feito através da redução da fonte onde esse díptero se prolifera,

mantendo assim os abrigos dos animais, por exemplo, os estábulos e os pastos

limpos, removendo fezes frescas, camadas úmidas de palha, feno e resíduos

alimentares. Pode também ser feito o uso de inseticidas à base de piretroides e

organofosforados, na forma de pulverização ao redor dos alojamentos dos animais e

das instalações rurais, ou também o uso de inseticidas aplicados no dorso do animal

(pour-on) (TAYLOR et al., 2009).

O manejo de esterqueiras é prioridade no Programa de Controle Integrado

desse parasito, em virtude da proliferação intensa da mosca no ambiente. Na

exploração leiteira, quando os animais são mantidos em regime de semi ou

confinamento total, é preciso planejar os melhores métodos de tratamento e

aproveitamento desses dejetos (CAMPOS, 2001).

4.3.2 Haematobia irritans (mosca-do-chifre)

Haematobia irritans foi descrita por Linnaeus em 1758 e reconhecida como

parasitose dos bovinos no ano de 1830 na França.

Essas moscas causam redução da produção, estresse e perda de peso, pois

é um parasito hematófago. De acordo com Sa e Sa (2004) um dos problemas

encontrados no controle desse parasito é o uso de mosquicidas

32

indiscriminadamente, que causam resistência aos princípios ativos desses

agroquímicos. O uso desses produtos também interfere no controle biológico desse

inseto, que é feito pelo besouro conhecido como rola bosta (Ontophagous gazela).

4.3.2.1 Taxonomia

De acordo com Zumpt (1973), a classificação taxonômica da mosca-do-chifre

consiste em: Filo: Arthropoda – Classe: Insecta – Ordem: Díptera – Sub-Ordem:

Brachycera – Divisão: Schizophora – Seção: Calyptratae – Super-Família:

Muscoídea – Família: Muscidae – Sub-família: Stomoxyinae – Gênero: Haematobia

– Espécie: H. irritans. (TAYLOR et al., 2009)

4.3.2.2 Ciclo de vida

Haematobia irritans embora tenha um ciclo curto de vida, passa boa parte de

sua vida sobre o hospedeiro, com a finalidade de se alimentar e copular (LIMA et al.,

2010).

Nesta perspectiva, Brito et. al., (2005) afirmam que quando se ingurgitam por

completo de sangue, as fêmeas deixam o animal para realizar a oviposição, os quais

serão depositados ao redor da massa de fezes recém-defecada pelos bovinos e

cada fêmea faz a oviposição em média de 400 ovos. Em temperaturas entre 24º e

26ºC, as larvas eclodem em 24 horas (FORTES, 2004). Porém, o período máximo

para eclosão dos ovos é de 17 dias com a temperatura média de 19,4ºC. Desta

forma, verificam-se menores infestações dessa mosca na época seca e fria e

maiores infestações no início e final do período chuvoso (ALMEIDA et al., 2010).

Após a eclosão, as larvas se alimentam de microrganismos presentes nas

fezes, por 3 a 5 dias, passando por três fases (L1, L2 e L3). Após esse período,

migram para a parte inferior da massa fecal, onde irão se transformar em pupas, em

seis a oito dias. Ao imergirem, as moscas procuram os hospedeiros para se

alimentar, dando continuidade ao ciclo (FORTES, 2004; SIQUEIRA e AMARANTE,

2001). O ciclo de vida se completa em climas quentes, em média entre dez a quinze

dias e em climas frios pode apresentar intervalos maiores de tempo (FORTES,

2004).

33

4.3.2.3 Importância econômica de Haematobia irritans

O incômodo causado por essa mosca aos bovinos provoca perdas

econômicas consideráveis (MACIEL et al., 2015). As perdas por infestação por

mosca-do-chifre foram baseadas nos estudos de Bianchin (2009), que estimaram

perdas de peso anuais médias de 3,25 kg por vaca, 2,00 kg por bezerro e 12,19 kg

por boi (valor também utilizado para novilhas). Considerando as populações em

risco, bem como, os valores atuais de mercado, as perdas totais devidas ao

parasitismo da mosca do chifre no Brasil aproximam-se de US $ 2.558,32 milhões.

Embora infestações por este parasito possa reduzir a produção de leite (JONSSON

e MAYER, 1999), as infestações relativamente baixas geralmente observadas em

vacas leiteiras, provavelmente devido a frequentes tratamentos com carrapatos

sugerem que o impacto de H. irritans pode não ser tão evidente no Brasil.

4.3.2.4 Sinais clínicos

A mosca-do-chifre geralmente ataca a região dos flancos e da garupa,

causando numerosas lesões. Seus danos são mais significativos no desempenho do

animal, visto que, ao consumirem sangue, causam prurido nos animais, obrigando-

os a se movimentarem para reduzir o incômodo, ocasionando o estresse e,

consequentemente, a perda de peso (JACINTO e PEREIRA, 2004). De acordo com

Vechiato (2010) uma infestação de mosca-do-chifre retarda de 10 a 15% o ganho de

peso dos animais.

4.3.2.5 Controle

Os sistemas de controle com compostos químicos auxiliam na redução das

altas infestações. Entretanto, não são eficazes em médio e longo prazo, pois podem

ser selecionados parasitos resistentes ao inseticida utilizado, sendo necessário usar

outros compostos mais eficientes (LOPÉZ et al., 2011).

34

4.3.3 Dermatobia hominis (Berne)

Dermatobia hominis (Díptera: Cuterebridae) é mais uma espécie de mosca

produtora de miíase primária. Suas larvas são parasitas obrigatórios que produzem

miíase furuncular, vulgarmente denominada berne, em uma ampla variedade de

hospedeiros vertebrados, inclusive no homem (COGLEY, 1989)

4.3.3.1 Taxonomia

Reino: Animalia – Filo: Arthropoda – Classe: Insecta – Ordem: Diptera –

Subordem: Brachycera – Infraordem: Muscomorpha – Família: Cuterebridae –

Gênero: Dermatobia – Espécie: Caliptratae. (TAYLOR et al., 2009)

4.3.3.2 Ciclo de vida

A mosca Dermatobia hominis possui coloração azul-metálico, é ovípara e,

após a cópula, deposita seus ovos no corpo de outros dípteros (foréticos),

especialmente moscas ou mosquitos zoófilos. Durante o voo, Dermatobia captura e

imobiliza, com o auxílio das pernas, o inseto forético e então deposita seus ovos, na

extremidade lateroventral do abdome do inseto. Estes permanecem fortemente

aderidos por uma substância cimentante que impede que os ovos sejam removidos

do abdome dos insetos foréticos. Os ovos permanecem incubados no abdome

destes insetos forético e, após aproximadamente sete dias, darão origem a uma

larva de primeiro estádio (L1). Quando o inseto forético pousa sobre um hospedeiro,

a L1, estimulada pelo calor natural emanado pelo corpo do hospedeiro, abandona o

ovo através de uma abertura opercular localizada na região anterior do ovo. A larva

penetra ativamente pela pele do hospedeiro e invade o tecido subcutâneo, onde

permanecerá de 35 a 42 dias, em média, período em que cresce, desenvolve e sofre

duas mudas para larva de segundo e terceiro estádio (L2 e L3). Ao atingir a

maturidade, a L3 abandona o hospedeiro, saindo pelo mesmo orifício por onde

penetrou, cai no solo, enterra--se e transforma-se em pupa, após um período de

pupação que varia de 34 a 78 dias, dependendo das condições climáticas do

35

ambiente, dará origem à mosca, reiniciando o ciclo (GUIMARÃES et al., 1999; HALL,

1995).

4.3.3.3 Sinais clínicos

Os sinais clínicos incluem as tumefações e lesões provocadas pelas larvas.

Os animais parasitados exibem baixo ganho de peso e queda na produção de leite,

devido a irritabilidade na pele e comprometimento do couro, tem-se o aumento das

perdas na produção. (TAYLOR et al., 2009).

4.3.3.4 Controle

Segundo Borges et. al., (2008), o controle de D. hominis é feito pela aplicação

de inseticidas, a fim de eliminar a larva ainda no furúnculo e prevenir a reinfestação.

Entre os antiparasitários mais utilizados e que apresentam alta eficácia para o

controle/prevenção da dermatobiose está a ivermectina associada a abamectina.

4.3.4 Cochlomya hominivorax (miíase)

O termo miíase é derivado da palavra grega “myia”, que significa mosca e

“asis” que significa doença (ZUMPT, 1965), foi descrito pela primeira vez por HOPE

em 1840. Em seu trabalho de síntese "On insects and their larvae occasionally found

in the human body", o reverendo Hope cunhou o termo "myiasis".

Zumpt (1965) definiu que miíase é a infestação de animais vertebrados vivos

por larvas de dípteros que, em alguma fase de seu desenvolvimento, se alimentam

de tecidos vivos ou mortos do hospedeiro. Dê acordo com o autor, a importância

dessa definição é de que as larvas completam pelo menos por certo período o seu

desenvolvimento normal dentro ou sobre o corpo do vertebrado.

Nessa perspectiva, Moya-Borja (2003), comungam do mesmo pensamento de

Zumpt (1965), onde classifica que as larvas de C. hominivorax parasitam

obrigatoriamente tecidos vivos dos mamíferos e são biontófagas, ou seja, se

desenvolvem exclusivamente em tecidos vivos.

36

De acordo com a (FAO, 2019), em grande parte das Américas a C.

hominivorax é considerada como a principal responsável pela miíase dos bovídeos e

a segunda mais importante dentre as doenças causadas por artrópodes. No Brasil

as miíases provocadas por esta espécie ocorrem em 94% dos municípios dos 26

estados, sendo as regiões Sudeste, Centro-oeste e Nordeste as que apresentam

maior número de notificações das ocorrências em bovinos (BRITO et al., 2008).

Segundo Oliveira e Brito (2005), os prejuízos gerados pelo parasitismo por

larvas de C. hominivorax nos rebanhos bovinos brasileiros foram estimados em

cerca de 150 milhões de dólares. Pode-se observar feridas, perda de peso, queda

na produção de leite, danos ao couro, infecções secundárias e mortalidade de

animais. Os medicamentos utilizados no controle e tratamento dos animais afetados

representam os prejuízos mais facilmente calculados. Esses tratamentos além de

representarem grande prejuízo para o produtor contribuem para a presença de

resíduos indesejáveis na carne e no leite bovino.

Embora não exista uma avaliação conclusiva e oficial sobre as perdas

econômicas na produção animal causadas por infestações de ectoparasitas, no

Brasil algumas estimativas podem chegar a US$ 6,9 bilhões anuais (GRISI, et al.,

2014).

4.3.4.3 Taxonomia

A classificação taxonômica da espécie Cochliomyia hominivorax consiste em:

Filo: Arthropoda – Classe: Insecta – Ordem: Diptera – Reino: Animalia – Família:

Calliphoridae – Gênero: Cochliomyia – Espécie: C. hominivorax. (TAYLOR et al.,

2009)

4.3.4.4 Ciclo de vida

Parasito obrigatório e não pode completar seu ciclo de vida em tecidos em

estado de putrefação (TAYLOR et. al., 2009). Em temperaturas médias de 22⁰C este

ciclo ocorre em aproximadamente 24 dias, porém, dependendo das condições

ambientais, pode se estender até 50 dias (GUIMARÃES et. al., 1983). O ciclo de

vida da espécie C. hominivorax tem duração média de três semanas. As fêmeas

37

fecundadas depositam seus ovos na borda de feridas pré-existentes ou em orifícios

corporais, como olhos, ouvidos e narinas, de animais vertebrados de sangue quente.

Após 12 a 24 horas as larvas eclodem e passam a se alimentar dos fluidos corporais

e tecidos vivos do hospedeiro por aproximadamente 4 a 8 dias, passando por três

estágios larvais, e caem no solo para se transformarem em pupas (Figura 6).

O período de pupa dura em média 8 dias, mas pode chegar até dois meses

dependendo da temperatura do ambiente, seguido pela emergência dos adultos.

Após um período de 5 a 10 dias, as fêmeas já estão prontas para serem fecundadas

e realizar a oviposição, fechando o ciclo de vida da espécie (GUIMARÃES;

PAPAVERO, 1999).

Thomas e Mangan (1989) vão além dos autores anteriormente citados e

afirmam que a deposição da massa de ovos é precedida pela movimentação do

abdome, exposição do ovipositor e busca de local adequado para a oviposição. Os

ovos são depositados em uma massa plana irregular, com os ovos orientados para

uma mesma direção, de forma imbricada e não em camadas. Se a ferida já possuía

uma massa de ovos, a fêmea que está para ovipositar deposita a nova massa no

topo ou em contato direto com a massa anterior em 67% dos casos. Terminada a

oviposição, as moscas (Figura 5) geralmente abandonam o animal imediatamente.

Figura 5 – Mosca adulta de Cochliomyia hominivorax.

Fonte: Bugguide.net

38

Figura 6 – Larvas de Cochliomyia hominivorax.

Fonte: www.sciencephoto.com

4.3.4.5 Controle

O controle de infestações causadas por C. hominivorax é feito

majoritariamente com inseticidas da classe dos organofosforados (OP), que são

divididos nos subgrupos dietil-OPs e dimetil-OPs e o principal mecanismo de

resistência do parasito parece ocorrer através de alterações qualitativas no gene da

carboxilesterase E3, denominado ChαE7, através de duas substituições de

aminoácidos (CARVALHO et al., 2010).

5 ENDOPARASITOS DE IMPORTÂNCIA PARA BOVINOS DE LEITE

5.3 Tristeza Parasitária Bovina (TPB)

A TPB é um complexo de doenças causadas principalmente por protozoários

e rickettisias, pertencente aos gêneros Babesia e Anaplasma respectivamente, que

proporcionam grandes prejuízos econômicos à pecuária brasileira. A babesiose é

causada por protozoários intraeritrocitários, e as espécies que acometem os bovinos

no Brasil são a B. bovis e a B. bigemina. A anaplasmose bovina é causada por uma

39

rickettsia intraeritrocitária, e a A. marginale é a principal espécie envolvida no Brasil

(KESSLER e SCHENK, 1998).

A TPB é uma doença conhecida popularmente como “tristeza”, “tristezinha”,

“mal da boca branca”, “amarelão”, “pendura”, ”mal da ponta”, “piroplasmose”, “mal

triste”, dentre outros. As sinonímias descritas anteriormente para a síndrome TPB

aplicam-se tanto parra Babesia quanto para Anaplasma (LOPES e COSTA 2017).

Nesta perspectiva, De Vos (1992), acrescenta que a transmissão pode se dar

também pelo carrapato R. microplus, moscas hematófagas (Stomoxys calcitrans,

tabanídeos, culicídeos), provocando altas taxas de morbidade e mortalidade,

principalmente entre bezerros (Figura 7).

Figura 7 – Animal debilitado em função da tristeza parasitária bovina.

Fonte: EMBRAPA (2019).

5.1.1 Anaplasma marginale

Anaplasma marginale é uma gram-negativa, pertencente a: Ordem:

Rickettsiales – Família: Anaplasmataceae ou Richettsiaceae, de acordo com análise

molecular do parasito e gênero Anaplasma (DUMELER et al., 2001).

Dentro do gênero Anaplasma existem duas espécies: A. centrale, com pouca

importância para a veterinária (Figura 10) e A. marginale (Figura 11), uma rickettisia

que faz multiplicação nas células do epitélio intestinal do carrapato e este pode

infectar-se em qualquer estágio e os machos, por sua maior longevidade e

mobilidade, são considerados mais importantes na transmissão da anaplasmose.

(KESSLER et al, 1998). Em bovinos os casos clínicos estão associados ao A.

marginale (KAHN, 2008).

40

5.1.1.1 Ciclo de vida

Eritrócitos infectados são ingeridos por carrapatos ao se alimentarem de

sangue de um hospedeiro portador. As primeiras células do carrapato a serem

infectadas por A. marginale são as do intestino (Figura 8). Ao se alimentarem pela

segunda vez, muitos outros tecidos são infectados, inclusive as glândulas salivares,

sendo que, a partir delas a rickettsia é transmitida aos bovinos. As formas

reticuladas e densas são encontradas em células de carrapatos. Em primeiro lugar

aparecem as formas reticuladas, que é denominada de fase vegetativa dividindo-se

através de divisão binária. Posteriormente, a forma reticulada muda para a forma

densa, que é infecciosa e pode sobreviver extracelularmente. Ao ser inoculado no

bovino, os corpúsculos iniciais aderem na superfície da hemácia, por invaginação

(rofeocitose) da membrana citoplasmática e invade os eritrócitos replicando-se por

fissão binária dentro do vacúolo parasitóforo, formando um corpo de inclusão

contendo quatro a oito corpúsculos iniciais. Sem rompimento da membrana, através

de rofeocitose reversa, os corpos iniciais saem das hemácias e penetram outros

eritrócitos (KESSLER e SCHENK, 1998; SILVA et al., 2014).

Segundo Kocan et al., (2010), os bovinos persistentemente infectados e os

carrapatos machos se comportam como um reservatório para a transmissão

mecânica e/ou biológica do patógeno.

Figura 8 – Ciclo biológico do Anaplasma marginale.

41

5.1.1.2 Sinais clínicos

Waner et al., (2011) afirmam que os sinais clínicos apresentados pela

anaplasmose são: anemia, icterícia, febre, fraqueza e depressão. A intensidade e

duração da doença são dependentes de diversos fatores, tais como: animais mais

velhos são mais susceptíveis a forma severa da doença; animais com consumo de

energia reduzido apresentam doença clínica menos severa; animais Bos índicus são

mais resistentes aos carrapatos do que Bos taurus.

5.1.2 Babesia spp.

Em 1888, Babes descreveu um parasito em bovinos denominando-os de

Haematococcus bovis, que posteriormente foi classificado como Babesia bovis.

A Babesia é um protozoário pertencente ao: Filo: Apicomplexa – Ordem:

Piroplasmida– Família: Babesidade, Gênero: Babesia. Uma doença intraeritrocitária,

sendo que, as espécies de maior ocorrência em bovinos são a Babesia bigemina e

Babesia bovis (ZAUGG, 2006).

5.1.2.1 Ciclo de vida: Babesia bovis e Babesia bigemina

O carrapato R. microplus enquanto realiza o hematofagismo nos bovinos,

acaba regurgitando para a circulação sanguínea deste hospedeiro, células que não

lhe foram úteis. Neste processo, larvas do carrapato (para B. bovis) e principalmente

ninfas e em menor proporção adultos do carrapato (para B. bigemina), acabam

inoculando na corrente sanguínea dos bovinos a forma infectante das diferentes

espécies de Babesia, denominada de esporozoitos. Hospedeiro vertebrado, os

esporozoítos invadem os eritrócitos e começam a diferenciar-se em uma forma

arredondada chamada de trofozoíto, o qual, por sua vez, multiplica-se

assexuadamente (Merogonia), dando origem a dois merozoítos. (COSTA et al.

2011).

Os merozoítos saem das hemácias provocando lise celular e penetram em

novos eritrócitos, onde repetem o processo de reprodução assexuada dando origem

42

a novos merozoítos. Este processo de reprodução assexuada, com formação de

novos merozoítos, continua até a morte do animal, ou até que ocorra uma relação de

equilíbrio entre o parasito e o hospedeiro, de modo que a carga parasitária diminua a

níveis que o sistema imunológico do hospedeiro vertebrado consiga conviver com o

parasito, sem que este desencadeie danos aos bovinos (Figura 9) (LOPES e

COSTA 2017).

Figura 9 – Ciclo biológico de Babesia spp.

5.1.2.2 Sinais clínicos

Os sinais clínicos apresentados pelos animais acometidos pela babesiose,

geralmente são hiperterrmia (41ºC), anemia, inapetência, queda na produção de

leite, mucosas pálidas ou ictéricas, aborto em animal prenhe, incoordenação,

taquipneia e tremores musculares (KAHN, 2008).

É importante ressaltar que não se deve eliminar todos os carrapatos dos

animais, deve-se mantê-los em quantidade razoável, sendo em torno de 40 fêmeas

em bovinos de raça européia e 20-30 em bovinos zebuínos, pois assim ocorre

estimulação da imunidade dos animais contra a doença (AZEVEDO et al., 2008).

O diagnóstico da babesiose e anaplasmose bovina pode ser realizado com

base nos sinais clínicos e na visualização dos parasitos no interior das hemácias em

esfregaços sanguíneos e para uma melhor realização do exame, deve-se preparar a

43

lâmina a partir de sangue coletado dos capilares periféricos (Figura 10 e 11).

Também devem ser levados em conta os dados epidemiológicos e achados de

necropsia (EMBRAPA, 2016).

Figura 10 – Anaplasma centrale.

Fonte: http://www.infobit.co/anaplasma-centrale.

Figura 11 – Anaplasma marginale.

Fonte: https://www.studyblue.com.

5.1.2.3 Controle

A ocorrência de surtos de TPB tem correlação com falhas no manejo do

rebanho, uso errôneo dos carrapaticidas, introdução de animais de locais livres de

carrapatos em áreas com infestação, além das condições climáticas que auxiliam o

desenvolvimento dos carrapatos por longos períodos (AZEVEDO et al., 2008).

O controle da TPB está intimamente associado ao controle de seu vetor, o

carrapato do boi. Os níveis de infestação dos bovinos por este vetor podem resultar

44

em surtos, quando as infestações são ausentes, muito brandas ou elevadas, ou em

sucesso no controle da TPB (EMBRAPA, 2013).

Vieira et al., (2003) enfatizam que em bovinos criados a campo, deve-se

recomendar o controle do R. microplus de uma propriedade, porém os produtores ou

médicos veterinários não devem ter o conceito de querer “exterminar” essa

população de carrapatos. O controle deve ser realizado de modo que não sejam

visualizadas muitas teleóginas sobre os bovinos, uma vez que é durante esta fase

que ocorre a maior transmissão de Babesia para os carrapatos. Maior atenção deve

ser desprendida ao se implantar um esquema de controle estratégico contra o

carrapato bovino em uma propriedade, pois tal conduta também pode gerar um

quadro de instabilidade enzoótica no rebanho, caso estes bovinos fiquem por um

prolongado período de tempo sem contato com os agentes, via carrapato,

principalmente para babesiose.

Atualmente, a disponibilidade da vacina viva atenuada contra TPB é bastante

limitada. A produção desta vacina é bastante complexa e envolve o uso de animais.

No Brasil, só tem sido feita sob a forma refrigerada e, portanto, apenas sob

encomenda, além disso, a forma refrigerada tem a desvantagem extra de não ter os

lotes testados, pois a validade é muito curta. (LOPES; COSTA 2017).

A vacina contra a TPB surgiu de uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa

Gado de Corte e produzida pelo laboratório Hemopar no RS, estando disponível no

mercado com o nome comercial de EMBRAVAC®-HEMOPAR. Apresentada em três

tubos criogênicos, sendo que cada tubo contém, separadamente, as cepas

atenuadas de B. bovis, B. bigemina e A. centrale e um frasco contendo o diluente. A

vacina é conservada congelada em nitrogênio líquido até o momento do uso

(EMBRAPA, 2013).

Assim, a forma de controle primordial contra este complexo de doenças está

intimamente relacionada ao controle do carrapato. É importante que se saiba que o

controle da TPB depende primordialmente do controle do carrapato, mas não de sua

erradicação. Outras estratégias específicas para o controle da TPB que podem ser

usadas além da vacinação e a pré-imunização e a quimioprofilaxia (EMBRAPA,

2013).

Tanto a pré-imunização quanto a vacinação devem ser realizadas antes dos 9

meses de idade, quando os animais são mais resistentes. Vacas prenhes não

devem ser vacinadas, pois o risco de aborto é alto. (EMBRAPA, 2013).

45

O princípio da quimioprofilaxia é tratar os animais antes da exposição ao

carrapato/patógenos ou da enfermidade instalada. Os animais “naïve”, ou seja,

aqueles que nunca tiveram contato com os agentes causadores da TPB são tratados

e expostos aos carrapatos para que, conforme diminua a concentração da droga, o

animal gradativamente, tenha contato com uma quantidade crescente de vetor

contaminado com Babesia e/ou Anaplasma, desenvolvendo assim sua imunidade.

O quimioterápico elimina completamente os parasitos do bovino na dose de 2mg/Kg

e mantém uma atividade residual em torno de 21 a 28 dias (RADOSTITS, 2010;

ASSIS et. al., 2005).

Este método quimioprofilático consiste na aplicação de imidocarb, na dose de

3 mg/kg (1 mL para cada 40 kg), conforme recomendação do fabricante. O ideal é

ter um acompanhamento veterinário, no qual seja realizado o diagnóstico

parasitológico (esfregaços sanguíneos) para ter certeza de que os animais se

infectaram, pois, sem infecção, não estarão protegidos. (SACCO, 2002).

Embora haja considerável esforço da comunidade científica nacional e

internacional no desenvolvimento de vacinas modernas contra TPB, ainda não se

chegou a uma vacina comercial diferente da clássica vacina viva contendo A.

centrale e cepas atenuadas das Babésias. Diversos fatores contribuem para isso,

inclusive a baixa alocação de recursos de pesquisa para este tema, além das

dificuldades técnicas na obtenção de vacinas contra microrganismos complexos e

intracelulares (diversidade antigênica, pouca conservação entre isolados, sistemas

de evasão bem elaborados) assim como, possíveis alterações existentes na

interação parasito-hospedeiro. Ainda assim, os resultados até aqui acumulados nos

estudos com Anaplasma e Babesia têm fornecido subsídios à perspectiva de

desenvolvimento de novas vacinas. (EMBRAPA, 2013).

5.2 Helmintos gastrointestinais de bovinos

Dentre os agentes etiológicos que acometem bovinos, os helmintos

gastrintestinais têm significativa importância na produção (ALVES et al., 2012).

Em função das condições climáticas brasileiras, a maioria dos bovinos é

parasitada durante todo o ano por helmintos gastrintestinais. As infecções causadas

pelos nematóides são um dos principais elementos que interferem no

desenvolvimento da pecuária bovina, principalmente pela baixa produtividade do

46

rebanho. A infestação gastrintestinal é frequente em todos os sistemas de criação de

bovinos e, geralmente, todos os animais criados em sistema de pastejo estão

parasitados por uma ou mais espécies de helmintos (LIMA, 2004).

Nicolau et al., (2002) ressaltam que os helmintos diminuem a digestibilidade

dos nutrientes, levando a síndrome da má absorção, acarretando baixo ganho de

peso e retardo no desempenho dos animais.

Na maioria das vezes, os bovinos com infecções helmínticas não apresentam

sinais clínicos aparentes, pois apresentam a forma subclínica, nesse caso o

problema se agrava, pois os animais sofrem de um mal imperceptível aos olhos do

produtor, o qual interfere na sua produtividade (VIDOTTO, 2012).

Viveiros (2009) corrobora com os autores acima citados enfatizando que

esses nematódeos se caracterizam por causarem alterações digestórias, bem como

retardo no crescimento e diminuição na produção, além de ocasionalmente observa-

se manifestação de anemia. As infecções parasitárias normalmente são mistas e

compreendem diversas famílias e gêneros (Tabela 3).

As principais espécies de nematódeos gastrintestinais responsáveis por

ruminantes no Brasil pertencem aos gêneros Haemonchus, Cooperia,

Trichostrongylus, Oesophagostomum, Ostertagia (SANTOS et al., ; LOPES et al.,

2010). De todas as espécies de nematódeos, Ostertagia spp. é a capaz de causar

maiores perdas econômicas (SMITH, 2006).

Tabela 3 – Principais nematódeos gastrintestinais de bovinos pelo Brasil e seu habitat.

Habitat Nematódeos

Abomaso Haemoncus spp., Trichostrongylus axei, Ostertagia

spp.

Intestino delgado Cooperia spp., Bunostomum phlebotomum,

Trichostrongylus colubriformis, Strongyloides

papilhosas, toxocara vitulorum, Nematodirus

spathiger.

Intestino grosso Oesophagostomum radiatum, Trichuris spp.

Fonte: Elaborada por Lopes (1987), com dados de Pinheiro et.al. (2000),Bianchin et.al. (1996), Borges et.al (2001), Santos et.al. (2010) e Maciel et.al.(2014).

De acordo com Georgi (1982) maioria dos laboratórios não consegue

distinguir os ovos de Cooperia, Haemonchus, Trichostrongylus, Ostertagia e

47

Oesophagostomum, logo, o diagnóstico aponta apenas a presença de Strongylideos

ou Trichostrongilídeos nas fezes. Os ovos de nematódeos redondos como Trichuris

sp. (com plugues polares), Strongyloides sp. (com larva no interior) ou os muito

grandes como Nematodirus sp. são facilmente reconhecidos.

Souza (2013) enfatiza que alguns indivíduos são mais suscetíveis de acordo

com o sexo, idade, exposição prévia, fase do ciclo reprodutivo, comportamento,

predisposição genética ou sensibilidade a parasitos. Entretanto, devido às diferenças

no que tange a patogenicidade das espécies parasitárias, a carga parasitária

necessária para causar doença varia consideravelmente.

As verminoses podem, ainda, forçar a seleção de animais menos susceptíveis

aos parasitos. O controle destas infecções é, portanto, imprescindível para o

sucesso dos sistemas de produção de ruminantes (CESAR; CATTO e BIANCHIN,

2008).

5.2.1 Taxonomia

Dê acordo com Taylor et. al., (2010), a classificação taxonômica das

Helmintoses consiste em. Reino: Animalia – Filo: Nemathelminthes – Classe:

Nematoda – Ordem: Strongylida – Subordem: Strongylina – Superfamília:

Trichostrongyloidea – Família: Trichostrongylidae – Subfamília: Haemonchinae –

Gênero: Haemonchus – Espécie: H. Contortus (TAYLOR et al., 2009)

5.2.2 Ciclo de vida

O ciclo de vida destes helmintos é direto, porque não necessita da

participação de hospedeiros intermediários (Figura 12). Os ovos são eliminados

junto com as fezes. Dentro de 24 horas o desenvolvimento da L1 dentro do ovo já

está completo. Após a eclosão, esta larva se alimenta, principalmente, de bactérias

presentes no bolo fecal, sofrendo uma primeira muda, transformando-se em L2. Esta

continua a se alimentar, quando então, após uma segunda muda torna-se uma L3.

Este estádio, ainda envolto pela cutícula de L2, já não mais se alimenta.

Normalmente a L3 se desenvolve entre 7a 10 dias, isto em condições de

temperatura e umidade relativa do ar favorável, podendo, entretanto, este período se

estender nos meses mais frios. Em períodos de chuva, a L3 deixa o bolo fecal e

alcançam as hastes das gramíneas. Após serem ingeridas com a pastagem, essas

48

larvas sofrem a perda da cutícula de L2. As L3 penetram de forma superficial na

mucosa do seu habitat natural (abomaso, intestino delgado ou intestino grosso,

dependendo da espécie de helminto conforme descrito no quadro acima), onde

haverá a troca de L3 para L4. Em seguida as L4 atingem a luz do abomaso/intestino

delgado/intestino grosso onde ocorrerá a muda final de L4 para L5, tornando-se

adultos. Em seguida, estes realizam a cópula, dando continuidade ao ciclo de vida

do nematódeo (LOPES e COSTA 2017).

Figura 12 – Ciclo evolutivo de helmintos da superfamília Trichostrongyloidea

Fonte: milkpoint.pt

5.2.3 Sinais clínicos

Para URQUHART et al., (1996) a destruição morfológica e funcional das

glândulas gástricas do abomaso está relacionada a espécies do gênero Ostertagia

causando redução na acidez do fluido abomasal. Os sinais clínicos ocasionados por

Haemonchus spp. é decorrente da hemorragia que surge na mucosa, nos locais

onde o helminto se fixa podendo ocasionar em quadros agudos gastrite hemorrágica

e anemia.

Os gêneros Cooperia e Trichostrongylus, durante a penetração na superfície

epitelial do intestino delgado, podem levar a erosões na mucosa resultando em

perda de proteínas plasmáticas e atrofia das vilosidades, reduzindo a superfície de

49

absorção de nutrientes e líquidos levando a quadros de diarreia, ganho de peso

insuficiente, perda de apetite (TAYLOR et al., 2009).

Espécies do gênero Oesophagostomum migram profundamente na mucosa

do intestino, provocando uma resposta inflamatória com formação de nódulos (de

até 5,0 mm de diâmetro), podendo apresentar quadros de colite ulcerativa em

consequência ao quadro de diarreia esverdeada, perda de peso e inapetência,

levando na fase final da doença ao desenvolvimento de anemia e hipoalbuminemia,

devido à perda proteica e extravasamento de sangue através da mucosa lesada e

edema submandibular (URQUHART et al., 1996; TAYLOR et al., 2009).

5.2.4 Controle

Nas pesquisas de novas alternativas para o controle das helmintoses de

bovinos, destacam-se o desenvolvimento de vacinas, manejo de pastagens, seleção

de animais geneticamente resistentes e o controle biológico, onde antagonistas

naturais atuam na redução de uma população de pragas que causam perdas

econômicas significativas (ARAÚJO; RIBEIRO, 2003).

O tratamento do rebanho com anti-helmínticos efetivos soluciona

momentaneamente o problema. No entanto, o uso supressivo de anti-helmínticos

abrevia a exposição dos animais aos antígenos produzidos pelos parasitos,

dificultando o desenvolvimento de imunidade sólida às futuras infestações e o mais

grave, acelera o processo de resistência dos parasitos aos compostos aplicados. A

utilização exclusiva de anti-helmínticos, nem sempre é a forma mais adequada para

solucionar os quadros de helmintoses (CEZAR et al., 2008; GOMES, 2010).

Um programa de controle e profilaxia deve basear-se sempre em

conhecimentos sobre epidemiologia e ciclo de vida dos helmintos prevalentes na

região e do impacto da doença e valorização dos custos e benefícios que advêm do

seu combate (PEREIRA, 2011).

A medida mais utilizada para identificação de hospedeiros resistentes ainda é

a contagem de OPG (BRICARELLO et al., 2007).

5.3 Eimeriose em bovinos de leite

50

A eimeriose causa uma grande perda económica na pecuária, como resultado

da redução da eficiência da alimentação, baixo ganho de peso e suscetibilidade a

várias doenças (THOMAS, 1994).

Eimeria ssp. é um parasito do epitélio digestivo de artrópodes e vertebrados,

sendo o principal causador da diarreia em bovinos. A diarreia é uma das principais

doenças que acomete os bezerros, ocasionando perdas econômicas (LIMA, 2004).

Alguns fatores são importantes para ocorrência de eimeriose, dentre os quais:

a temperatura, deficiência nutricional, reagrupamento dos animais, desmame

precoce e doenças infecciosas. É uma doença de grande importância em animais

criados em regime de confinamento, sendo frequente em rebanhos leiteiros. A

importância da eimeriose está nas perdas econômicas decorrentes do baixo

desempenho (crescimento/engorda) e morte dos animais (BLANCO, 2015).

No mundo, são conhecidas 21 espécies do género Eimeria que infetam

bovinos, tendo sido reportadas 13 na Europa central (BÜRGER, 1983). Embora nem

todas sejam patogénicas, estas podem criar uma estabilidade enzoótica,

influenciada em fase precoce da vida do animal, na qual intervêm numerosos fatores

em que se destacam a pressão da infecção e o estado imunitário do hospedeiro

(FABER et al., 2002).

Para Koutny et al., (2011) a E. bovis e E. zuernii são as mais patogênicas,

principalmente nos bezerros entre três semanas a 12 meses de idade. Os danos

causados por essa infecção estão intimamente relacionados com o nível de

infecção, a imunidade do hospedeiro, o nível de estresse do animal, bem como,

podem ser agravados pela subnutrição.

5.3.1 Taxonomia

Eimeriose é o termo designado para a enfermidade ocasionada por parasitos

do gênero Eimeria, que são protozoários pertencentes ao Filo: Apicomplexa; Classe:

Sporozoa; Subclasse: Coccidia; Ordem: Eucoccídiida; Subordem: Eimeriina; Família:

Eimeriidae (TAYLOR et al., 2009)

5.3.2 Ciclo de vida

51

A Eimeria spp. São parasitas monóxenos que acometem apenas um

hospedeiro e o seu ciclo de vida se divide em duas etapas que são as fases

endógenas e exógenas. A primeira é caracterizada por divisões que ocorrem no

interior das células intestinais do hospedeiro e a segunda, por sua vez, se manifesta

no meio ambiente com a esporulação dos oocistos que tem como fatores

preponderantes: oxigênio, temperatura e a umidade. A multiplicação é alta no

hospedeiro em razão da ingestão de oocisto e este pode dar origem a

aproximadamente 30 milhões de oocistos eliminados nas fezes (DENIZ, 2015).

A contaminação do hospedeiro ocorre com a ingestão da água ou alimento

contaminado com os oocistos esporulados que sofrem ação das enzimas (bile e

tripsina) ao chegarem ao aparelho digestivo. Desta forma, os esporozoítos são

liberados no intestino ao deixarem os esporocistos, tornam-se arredondados e são

conhecidos como trofozoítos. Os trofozoítos se dividem através de fissão binária e

dá origem aos merontes, uma estrutura constituída de uma grande quantidade de

microorganismos nucleados alongados, conhecidos como merozoítos. Logo que a

divisão está completa e o meronte maduro, a célula hospedeira e o meronte

rompem-se e os merozoítos saem e adentram células adjacentes. Os merozoítos

resultantes da última geração de merontes invadem as células e dão origem a

gametócitos masculinos e femininos. Os macrogametócitos são femininos e

permanecem unicelulares, mas seu tamanho aumenta atingindo praticamente toda a

célula parasitada. Os microgametócitos masculinos passam por divisões seguidas e

dão origem a uma grande quantidade de microgametas flagelados, que se

locomovem. Os microgamentas são liberados por ruptura da célula hospedeira, cada

um deles adentra um macrogameta e após a fusão dos núcleos ocorre a formação

do oocisto não esporulado (URQUHART et al., 1998; DAUGSCHIES;

NAJDROWSKI, 2005).

O estágio exógeno do ciclo de Eimeria spp. é representado pela presença de

oocistos contidos nas fezes do hospedeiro. Possuindo elevada resistência ao

ambiente, permanecem viáveis por cerca de dois a três meses ou até um ano após a

esporulação. Resistem ao congelamento entre –7 e –8°C por dois meses, entretanto

a temperatura de –30°C normalmente é letal.

Temperaturas superiores a 35°C, umidade abaixo de 25% e presença de luz

solar durante quatro horas tornam inviáveis os oocistos de E. zuernii. Os oocistos de

Eimeria necessitam passar por uma fase de esporogonia no ambiente para se

52

tornarem infectantes, dão origem a um oocisto esporulado incluindo quatro

esporocistos, com dois esporozoítos cada. A esporogonia é dependente das

condições ambientais e requer alta umidade, presença de temperatura entre 12 a

32°C e oxigênio (LONG, 1990; MERCK; CO, 2005; LASSEN et al, 2009).

5.3.3 Sinais clínicos

A infecção por Eimeria sp. pode ser sintomática ou não (ANDREWS, 2013),

dependendo da gravidade das espécies envolvidas e da presença ou ausência dos

fatores de predisposição onde o primeiro sinal de que a doença se espalhou no

rebanho é o atraso no desenvolvimento em relação ao esperado, principalmente nos

animais mais jovens (ANDRADE JÚNIOR et. al., 2012).

A coccidiose subclínica é a forma mais comum da doença e, uma vez que não

pode ser prontamente identificada, tem um impacto significativo na saúde e

eficiência de produção do rebanho (SILVA et al., 2011). Os sinais clínicos da

coccidiose podem variar do grau leve ao severo (HASHEMIA et al., 2012).

Para Vieira (2002), quando a doença se manifesta de forma grave, os animais

infectados apresentam fezes diarreicas de coloração escura, desidratação, perda de

apetite, debilidade orgânica generalizada e perda de peso. (SILVA et al., 2011)

acrescenta que em infecções intensas, ocorre destruição de áreas muito extensas

do intestino, com consequente edema local, desprendimento de fragmentos de

mucosa e hemorragias, que podem ser observadas nas fezes.

5.3.4 Controle

No controle da Coccidiose o avanço da infecção está diretamente atrelado

com as informações de suas características. As medidas sanitárias e de manejo

mais importantes no controle da doença são: limpeza e desinfecção das instalações,

comedouros e bebedouros; separação dos animais por idade; evitar pastos úmidos e

grande número de animais em pequenas áreas; evitar estresse aos animais. O uso

de coccidiostáticos tem sido recomendado no tratamento de ruminantes com o

intuito de impedir a evolução do parasito. De acordo com o ciclo, estas drogas agem

53

em suas diversas fases neutralizando o seu desenvolvimento (CHARTIER;

PARAUD, 2012; LIMA, 2004).

Outros fármacos são empregados no controle de Eimeria spp. tais como as

sulfonamidas (sulfanilamidas ou sulfas), o emprego de ionóforos. Sendo usados de

forma profilática ou terapêutica. Deve-se dar preferência ao tratamento individual

dos animais doentes. (TAYLOR et al., 2009).

Atuando principalmente na fase de reprodução assexuada de Eimeria spp. as

sulfonamidas são medicamentos usados em ações terapêuticas, enquanto que os

compostos ionóforos são utilizados de forma profilática. Os ionóforos atuam de

forma eficaz nos trofozoítos e também na primeira geração de merontes impedindo

assim, na diferenciação em merozoítos sendo assim considerados coccidiostáticos.

Além disso, tem atuação no transporte de elétrons e no metabolismo mitocondrial

com diminuindo a eliminação de oocistos (DAUGSCHIES; NAJDROWSKI, 2005 e

MUNDT et. al., 2005) ; (ASSIM;ALI, 2008).

Deve-se enfatizar que na profilaxia e controle usando o tratamento,

recomenda-se o estabelecimento de um tratamento metafilático em dose única de

toltrazuril a 5% (20mg/kg) na fase pré-patente da coccidiose, desde que os animais

sejam transferidos para áreas ausentes de contaminação com oocistos. O propósito

deste tratamento é diminuir a contaminação do ambiente por oocistos eliminados

nas fezes desses animais evitando assim a reinfecção destes (DIAFERIA et. al.,

2013).

A eficiência do controle da coccidiose envolve, além do tratamento profilático

e metafilático, o conhecimento dinâmico das relações parasito-hospedeiro, tendo

como destaque especial os fatores de patogenicidade do agente e os imunológicos

relacionados ao hospedeiro (CHARTIER e PARAUD, 2012).

54

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No Brasil a pecuária baseia-se em sistema intensivo para a bovinocultura

leiteira onde a presença de endo e ectoparasitas provocam grandes perdas

econômicas. Os parasitas têm grande influência na mortalidade e na eficiência

produtiva do rebanho leiteiro e os animais infectados mesmo quando não

apresentam a sintomatologia clínica da doença deixa de produzir

consideravelmente, afetando negativamente o sistema de produção.

Estudos estão sendo realizados com o objetivo de tentar minimizar os

prejuízos econômicos relacionados a estas parasitoses através do desenvolvimento

de métodos alternativos viáveis de tratamento e controle que possam contribuir de

forma eficiente com a redução dessas perdas geradas por estas enfermidades na

pecuária bovina leiteira.

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