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AVALIAÇÃO DE ENDO E ECTOPARASITAS EM OVINOS ARTUSO, Dienifer T¹; DACAMPO, Mariele¹; FLORES, Sabrina P¹; PELIZZONI, Eloise F¹; PICCOLI, Vanusa R¹. FLORES, Ricardo²; MAHL, Deise Luiza² OLIVEIRA, Daniela²; PIEROZAN, Morgana Karin²; ROSES, Thiago²; URIO, Elisandra A². E-mail: [email protected] RESUMO:A parasitologia é uma ciência de grande importância, pois a relação do parasita com o hospedeiro determina danos que podem oscilar de pequenos desconfortos até a morte do animal. Nesses termos e diante da importância de prevenção, o estudo apresenta o resultado de uma pesquisa de campo sobre endo e ectoparasitas em ovinos os endo foram avaliados, por meio da realização de exames clínicos de análise de sangue, urina e fezes, onde buscou- se detectar a presença ou não de parasitas em ovinos de quatro propriedades rurais da região Norte do Estado do Rio Grande do Sul, e bem como avaliar as práticas de manejo realizadas nas mesmas. Não foram encontrados ectoparasitas nos animais examinados. Verificou-se resultados dentro dos parâmetros normais nos exames de urina, apenas nos exames de fezes foram registrados a presença de ovos de parasitas causadores, em sua maioria de doenças hepáticas e gastrointestinais, sendo eles: NeoascarisVitulorum; Trichostrongylidoe, Strongyloide, Eimeria e Oocitos. Apesar destes, os hemogramas não atestaram alterações nos eosinófilos e nos demais parâmetros. Concluiu-se, de acordo com a literatura especializada consultada, que o aparecimento desses parasitas parece estar diretamente relacionado a fatores climáticos, como temperatura, umidade, condições de alimentação e manejo específicas de cada propriedade. Palavras-Chave: endoparasitas; ectoparasitas; ovinos; hemogramas. _____________________ ¹ Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária - Faculdade IDEAU/ Getúlio Vargas. ² Professores do Curso de Medicina Veterinária - Faculdade IDEAU/ Getúlio Vargas.

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Page 1: AVALIAÇÃO DE ENDO E ECTOPARASITAS EM OVINOS … · Já os carrapatos são os ectoparasitas menos comum nos ovinos e quase ausentes nos ... (1945) destaca a gastrinteriteverminótica

AVALIAÇÃO DE ENDO E ECTOPARASITAS EM OVINOS

ARTUSO, Dienifer T¹;

DACAMPO, Mariele¹;

FLORES, Sabrina P¹;

PELIZZONI, Eloise F¹;

PICCOLI, Vanusa R¹.

FLORES, Ricardo²;

MAHL, Deise Luiza²

OLIVEIRA, Daniela²;

PIEROZAN, Morgana Karin²;

ROSES, Thiago²;

URIO, Elisandra A².

E-mail: [email protected]

RESUMO:A parasitologia é uma ciência de grande importância, pois a relação do parasita com

o hospedeiro determina danos que podem oscilar de pequenos desconfortos até a morte do animal. Nesses termos e diante da importância de prevenção, o estudo apresenta o resultado de uma pesquisa de campo sobre endo e ectoparasitas em ovinos os endo foram avaliados, por meio da realização de exames clínicos de análise de sangue, urina e fezes, onde buscou-se detectar a presença ou não de parasitas em ovinos de quatro propriedades rurais da região Norte do Estado do Rio Grande do Sul, e bem como avaliar as práticas de manejo realizadas nas mesmas. Não foram encontrados ectoparasitas nos animais examinados. Verificou-se resultados dentro dos parâmetros normais nos exames de urina, apenas nos exames de fezes foram registrados a presença de ovos de parasitas causadores, em sua maioria de doenças hepáticas e gastrointestinais, sendo eles: NeoascarisVitulorum; Trichostrongylidoe, Strongyloide, Eimeria e Oocitos. Apesar destes, os hemogramas não atestaram alterações nos eosinófilos e nos demais parâmetros. Concluiu-se, de acordo com a literatura especializada consultada, que o aparecimento desses parasitas parece estar diretamente relacionado a fatores climáticos, como temperatura, umidade, condições de alimentação e manejo específicas de cada propriedade.

Palavras-Chave: endoparasitas; ectoparasitas; ovinos; hemogramas.

_____________________

¹ Acadêmicos do Curso de Medicina Veterinária - Faculdade IDEAU/ Getúlio Vargas.

² Professores do Curso de Medicina Veterinária - Faculdade IDEAU/ Getúlio Vargas.

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ABSTRACT: Parasitology is a science of great importance , since the relationship of the

parasite with the host determines that damage can range from minor discomfort to death of the

animal. In these terms and considering the importance of prevention, the study presents the

results of a field study on endo -and ectoparasites in sheep endo were evaluated by clinical

examinations of analysis of blood, urine and feces , where we sought detect the presence or

absence of parasites on sheep farms in the four northern state of Rio Grande do Sul , as well as

to evaluate management practices carried out in the same . No ectoparasites were found in the

animals examined . There was within normal parameters results in urine tests , stool tests only

in were recorded eggs of parasites , mostly liver and gastrointestinal diseases , namely:

NeoascarisVitulorum ; Trichostrongylidoe , Strongyloide , and Eimeriaoocysts . Despite these ,

the blood counts do not attested changes in eosinophils and other parameters . It was

concluded , according to the specialized literature , the appearance of these parasites seems to

be directly related to climatic factors such as temperature, humidity , feeding conditions and

specific management of each property .

Keywords: endoparasites; ectoparasites; sheep;hemogram.

1 INTRODUÇÃO

As doenças parasitárias de ovinos têm diversas causas, dentre elas

estão fatores como as condições climáticas da região e as práticas de manejo

da criação, sendo a dieta ou nutrição um fator importante para o parasitismo.

Animais que recebem alimentação de boa qualidade tendem a ser mais hábeis

para enfrentar parasitoses. Além disso, podem apresentar aumento na

resistência, limitando o estabelecimento de larvas infectantes, o

desenvolvimento e a fecundidade dos nematódeos ou, até mesmo, causando a

eliminação dos parasitas já estabelecidos no aparelho digestivo. Ainda, o

alimento pode afetar diretamente os helmintos ao conter compostos

antiparasitários, o que ocorre, por exemplo, com plantas ricas em tanino

condensado (COOP & KYRIAZAKIS, 2001). A propósito da resistência, fatores

etários, raciais, individuais e de condição fisiológica interferem na resposta do

hospedeiro contra os parasitas.

No que se refere aos ectoparasitas, destaca-se a prevalência dos ácaros

causadores da sarna, os piolhos, moscas e os carrapatos. Segundo Brito et. al.

(2005), os ectoparasitas levam a diminuição do apetite e consequentemente

ocasionam diminuição dos índices produtivos. Além disto, denigrem a

qualidade do couro utilizado na indústria, da mesma forma que agressões

físicas como arranhões por arame farpado, espinhos ou falha no processo de

retirada da pele levam a elevadas perdas econômicas. Desta forma, o devido

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conhecimento das ectoparasitoses auxilia o produtor na prevenção destes

prejuízos.

A miíase é um termo utilizado como sinônimo de parasitose ocasionada

por larvas de moscas das mais diferentes espécies, porém, neste radar, vamos

dar uma atenção especial ao tipo mais comum de miíase em caprinos e ovinos,

que é a miíase ocasionada pelas larvas da Cochilyomyiahominivorax. Este tipo

de miíase é também chamado de bicheira e larva da lã entre outras

designações. A Cochilyomyiahominivorax é conhecida popularmente como

mosca varejeira, esta espécie de mosca põe vários ovos no mesmo local,

diferentemente da Dermatobiahominis, causadora do berne que possui como

característica a postura de apenas um ovo.

A sarna é uma ectoparasitose proveniente de ácaros das mais diferentes

espécies. A sarna psoróptica é a mais frequente nos ovinos lanados e é

ocasionada pelo Psoroptes ovis, que vive e se reproduz na pele dos animais,

alimentando-se do extrato córneo e restos celulares. Os animais parasitados

sofrem lesões na pele, que acarretam depleção na qualidade do couro e geram

sinais como prurido, inquietação, movimentos de coçar com as patas,

mordedura das partes afetadas, emagrecimento progressivo e queda de pelo e

lã. O tipo de sarna mais comum em cabras é a causada pelo Psoroptescuniculi.

Quanto aos piolhos, que são os ectoparasitas com maior frequência nos

rebanhos brasileiros, a principal estratégia de controle é a manutenção de uma

população reduzida dos mesmos, tanto nas instalações quanto no rebanho,

através da utilização de vassoura de fogo nos apriscos e pulverizações com

organofosforados ou piretróides, além da administração de antiparasitário do

grupo das avermectinas.(CRESPILHO et. al, 2005).

Já os carrapatos são os ectoparasitas menos comum nos ovinos e

quase ausentes nos caprinos, não possuindo tamanha importância como na

bovinocultura. Geralmente o carrapato que parasita ovinos é

o Boophilusmicroplus, muito frequente nos bovinos. Estes carrapatos parasitam

os ovinos quando há pastagens superinfestadas, condição que ocorre em

propriedades de clima úmido e quando há criação junto a bovinos,

principalmente quando há algum grau de sangue taurino. Os carrapatos

parasitam os ovinos nas regiões do corpo em que a pele é mais fina, ou seja,

face interna da coxa, úbere, escroto, pavilhão auricular e ao redor dos

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batoques. O tratamento e o controle destes ectoparasitas devem seguir o

mesmo protocolo das sarnas (BRITO et. al, 2005).

No que se refere aos endoparasitas, a elevada prevalência, associada à

grande patogenicidade, faz de Haemonchuscontortusum dos principais

parasitas dos ovinos. Esse parasita é hematófago. As infecções pesadas

eventualmente culminam com a morte do animal. Trichostrongyluscolubriformis,

parasita do intestino delgado, é uma espécie muito comum em ovinos. Esses

vermes lesam a mucosa intestinal, provocando exsudação de proteínas séricas

para o intestino, em infecções com grande número de parasitas, os animais

podem apresentar anorexia, diarreia e edema submandibular (REINECK,

1983). Com frequência os animais também são parasitados por

Cooperiaspp.,Strongyloidesspp, e Oesophagostomumspp.

No entanto, as principais endoparasitoses são subclínicas e

compreendem, principalmente, fezes diarreicas de coloração escura e, às

vezes, com presença de muco e sangue, desidratação, perda do apetite,

debilidade orgânica generalizada e perda de peso (HOWARD, 1986). Além

dessas, Torres (1945) destaca a gastrinteriteverminótica. Em todos os casos,

normalmente, o início da sintomatologia clínica coincide com o aparecimento

de oocistos nas fezes (VIEIRA, 2000).

Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi a investigação da presença

ou não de doenças parasitárias em ovinos criados em quatro diferentes

propriedades rurais da região Norte do Rio Grande do Sul, associando a

alterações hematológicas, (fezes, urina, ureia e hemograma)

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 Animais Avaliados

O trabalho de campo compreendeu visitas a quatro propriedades rurais

da região Norte do Rio Grande do Sul, entre os dias 26 de abril e 5 de maio de

2014. Em todas elas, investigou-se a presença ou não de ectoparasitas nos

rebanhos. Para endoparasitas, foram selecionados de dois a quatro ovinos, nos

quais foram realizados exames clínicos de sangue, fezes e urina, além de uma

avaliação clínica. Os hemogramas foram realizados pelo Laboratório Lab Vita

Análise Clínicas, na cidade de Erechim (RS). Já a análise das fezes e urina

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foram realizadas no Laboratório de Análises do Instituto de Desenvolvimento

do Alto Uruguai (Faculdade Ideau), na cidade de Getúlio Vargas (RS). As

quatro propriedades também tiveram as condições de manejo e o controle de

zoonoses avaliados.

A primeira propriedade visitada, em 26 de abril de 2014, localizava-se no

município de Estação (RS). Nela, foram avaliados 11 animais para a presença

de ectoparasitas e três para a avaliação de endoparasitas. O mesmo foi feito

na segunda propriedade, visitada também em 26 de abril de 2014, na cidade

de Getúlio Vargas (RS), onde foram avaliados dois animais para endo e cinco

para ectoparasitas.

A terceira propriedade, localizada em Tapejara (RS), foi visitada em 30

de abril de 2014. Nesta propriedade, coletou-se apenas material para exames

de sangue de três animais, avaliados quanto a endoparasitas. A quarta e última

propriedade, localizada no município de Aratiba (RS), foi visitada em 05 de

maio de 2014. Inicialmente, foram examinadas 37 ovelhas para ectoparasitas.

Quatro delas foram submetidas a exames clínicos e tiveram sangue e fezes

coletados, para a avaliação de endoparasitas.

2.2 Técnicas Utilizadas

Para a coleta de sangue, usou-se seringa EMBRAMAC 10 ml, Lote

1207113, e agulha BD Precision Glide 0,70 x 25mm (22G x 1”). Após ser

coletado pela veia femural, o material foi colocado, imediatamente, no tudo

VACUETTE 4 ml K3E K3 ácido etileno diaminotetracético (EDTA) Lote 1309008

e acondicionado em uma caixa de isopor na temperatura ambiente.

Já para a bioquímica (ureia), utilizou-se tubo 4 ml Labor IMPOT e

ativador de coágulo Lote 20130520, os quais também foram acondicionados

em caixa de isopor, na temperatura ambiente. Em seguida o material para

hemograma foi levado ao laboratório citado anteriormente.

Na realização dos hemogramas, foram usados, como material, sangue

com ácido etileno diaminotetracético (EDTA), e o método utilizado foi o

equipamento automatizado KX 21n – Sysmex. Já para a análise da ureia, fez-

se uso de soro, e do método Cinético U.V.

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A coleta da urina aconteceu de forma natural. O material foi coletado

diretamente em pote apropriado, disponível no laboratório, e também

acondicionado em caixa de isopor, na temperatura ambiente. O mesmo foi feito

com as fezes, que precisaram de estímulos manuais para ser coletadas. Tanto

as fezes quanto a urina foram mantidas sob refrigeração, na geladeira, por dois

dias até as análises. Esse protocolo foi seguido em todas as propriedades

visitadas.

O exame de urina como foi realizado seguindo o método da fita: de pH

onde, colocou-se a urina em um tubo de ensaio, mergulhou-se a fita por 2

minuto. A partir de então, avaliaram-se as cores e os resultados em até 60

segundos, citado por NCCLS (1992).

Para o exame de fezes, utilizou-se a técnica Hoffman, Pons e Janer,

baseado em sedimentação simples, onde colocou-se o béquersobre a balança

zerada e pesou-se 3 mg do material biológico. Em seguida, foram adicionados

30 ml de água destilada e esmagou-se a mistura, com auxílio do bastão de

vidro, até homogenizá-la. Depois de ser coada, dentro de uma Placa de Petry e

reservada por 15 minutos, a mistura teve uma gota retirada da parte superior

com um conta-gotas. Esta foi aplicada sobre uma lâmina e coberta por uma

lamínula. Só então, o material foi levado para a análise microscópica.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na primeira propriedade, não foram encontrados ectoparasitas em

nenhum dos 11 animais examinados. Nela, constatou-se que o manejo e o

controle de doenças do rebanho são realizados de forma correta. Para a

análise de endoparasitas, foram selecionados 03 ovinos: destes, todos

apresentaram mucosa (de olhos e boca) normal, frequência respiratória

também normal, temperatura corporal entre 39ºC e 41ºC e frequência cardíaca

levemente alterada, em função do estresse causado pela aferição. Nenhum

destes animais apresentou edema e todos eles tinham cascos em boas

condições de conservação e sem lesões.

Já na segunda propriedade, o controle de verminoses não se encontrava

atualizado. No entanto, não foram encontrados ectoparasitas no rebanho. Para

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os exames clínicos, selecionaram-se dois ovinos: o primeiro apresentou

parâmetros normais de mucosas, temperatura corporal, frequência cardíaca e

respiratória. Deste, foram coletados sangue e fezes. O segundo apresentou

mucosas (olhos e boca) pálidas e não teve sangue coletado devido à

dificuldade de se encontrar a veia adequada.

Quanto à terceira propriedade, o local apresentou manejo correto e

controle de zoonoses e vacinação em dia. Também não foram encontrados

ectoparasitas. Os exames clínicos, por sua vez, foram realizados em três

animais: dois deles não apresentaram alterações, enquanto a terceira, prenhe,

apresentava mucosas (olhos e boca) levemente pálidas. Nesta propriedade,

coletou-se apenas material para exames de sangue.

Na quarta e última propriedade, constatou-se total conformidade quanto

ao manejo, controle de zoonoses e calendário de vacinação dos animais.

Inicialmente, foram examinadas 37 ovelhas, e nenhuma delas apresentou

ectoparasitas. Quatro delas foram submetidas a exames clínicos e tiveram

sangue e fezes coletados. Destas, todas apresentaram parâmetros normais,

exceto uma, em estado de prenhez, cujas mucosas (olhos e boca)

apresentaram-se levemente pálidas.

A análise dos resultados dos exames clínicos realizados em ovinos das

quatro propriedades visitadas está apresentada na tabela 1.

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Tabela 1 Hemogramas1 de Ovinos da Raça Santa Inês

ANIMAL IDADE AVALIAÇÃO

1 30 dias Normal

2 3 meses Normal

3 6 meses Normal

4 1 ano e 3 meses Normal

5 3 anos Normal

6 3 anos e 5 meses Normal

7 (prenhe de 3 meses e meio)

4 anos Hemácias: baixa VCM: alto HCM: alto

8 (prenhe de 4 meses) 4 anos e 3 meses Hemácias: baixa Leucócitos: alto Plaquetas: baixa

9 5 meses Normal

10 4 anos e meio Normal

11 7 anos Normal

Exame realizado no equipamento automatizado KX 21n – Sysmex Amostra de sangue com Edta. No laboratório Lab Vita Análises Clínicas, em Erechim RS. Fonte: Vanusa Piccoli (2014).

O fato de os exames revelarem anemia (perda de ferro) nas duas

fêmeas prenhezes parece apontar para a toxemia da gestação, que resulta da

inabilidade da fêmea em encontrar glicose requerida por seus múltiplos fetos

nas últimas seis semanas de gestação (SARGISON, 2007; SMITH, 2002a).

Essa condição é causada por um balanço energético negativo resultante do

aumento da demanda energética devido ao rápido crescimento fetal no final da

gestação e insuficiente ingestão (GONZÁLEZ & SILVA, 2006). A propósito, a

toxemia da gestação é uma das principais doenças metabólicas que afetam

ovelhas e cabras, causando perdas econômicas devido à substancial

mortalidade entre esses animais, (ABDUL-AZIZ & AL-MUJALLI 2008). Também

cabe ressaltar fatores como a baixa qualidade de alimentação, o tempo muito

frio, a falta de exercício e o estresse por movimentação, os quais, da mesma

forma, contribuem para o aumento da incidência da patologia em questão

(SCHILD, 2007; SMITH, 2002a).

Nestes mesmos 11 ovinos foram realizados exames de ureia, com soro,

pelo método Cinético U.V., no laboratório Lab Vita Análises Clínicas, em

Erechim (RS). Com exceção do macho de 4 anos e meio, todos os outros

animais apresentaram resultados alterados. Conforme Santos & Greco (2007),

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o fornecimento de dietas ricas em proteína, principalmente com elevada

quantidade de PDR, pode gerar um excesso de amônia no rúmen, que será

detoxificada no fígado, pelo ciclo da ureia, com gasto de energia. Assim, o

excesso de proteína ou de PDR na dieta pode elevar a concentração de N-

ureico no sangue (ELROD et al., 1993).

Na tabela 2, é possível observar que o pH é alcalino, pois os valores do

mesmo podem variar de 5-9. Em relação a proteína, obteve-se resultado falso-

positivo, em função da urina fortemente alcalina (pH 9). No entanto, considera-

se que tal resultado possa estar ligado ao fato de a urina ter permanecido em

temperatura ambiente por mais de duas horas (NCCLS, 1992).

Tabela 2: Análise de bioquímica, pH e leucócitos em ovinos da raça Santa Inês (Animal 5)

COMPONENTE AVALIAÇÃO

Bilirrubinas Negativo

Proteína ++100 (1.0)

Nitrito Negativo

Glicose Negativo

PH 9.0

Densidade 1000

Leucócitos Negativo

Exame de urina realizado no Laboratório da Faculdade Ideau de Getúlio Vargas (RS) Método: Tiras para Urinálises URIQUEST. Tira da Labtest.Fonte: Vanusa Piccoli (2014).

O exame parasitológico de fezes de ruminantes pode estimar a carga

parasitária através da contagem dos ovos dos parasitos presentes numa

quantidade conhecida de fezes. Assim, realiza-se a contagem de ovos por

grama de fezes (OPG). Este exame é realizado principalmente para auxiliar no

controle parasitário de caprinos, ovinos e bezerros. É importante também para

ajudar no diagnóstico da resistência anti-helmíntica.

Na técnica utilizada observou-se a presença de ovos de parasitas em

quatro animais e oocistos em um, sendo que todos hemogramas

apresentaram-se normais. Foram encontrados ovos semelhantes aos:

parasitas NeoascarisVitulorum, Strongyloide, Trichostrongylidae e Oocistos,

como apresentado na tabela 3.

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Tabela3: Avaliação das fezes dos animais

ANIMAL IDADE PROPRIEDADE AVALIAÇÃO

12 2 meses 2ª NeoascarisVitulorum

9 5 meses 2ª Strongyloide

2 3 meses 1ª Família Trichostrongylidae2

5 3 anos 1ª Oocistos

4 1 ano e 3 meses 4ª Oocistos

Exame de fezes realizado no Laboratório da Faculdade Ideau de Getúlio Vargas (RS) Fonte: Vanusa Piccoli (2014).

No primeiro animal citado acima, verificou-se sinais de anemia, mas não

foi realizado hemograma.

O parasita Neoascarisvitulorum é um endoparasita de ampla distribuição

em áreas tropicais que se instala na parte inicial do intestino delgado dos

ruminantes. As fontes de infecção por essa espécie são a ingestão de larva

pelo leite materno (MIA, 1975; STARKE, 1992) ou a infecção

transplacentária(REFUERZO, 1954; CONNAN, 1985).O T. vitulorum pode

causar pneumonia verminosa durante a migração, além de provocar,

eventualmente, perfuração e obstrução intestinal (LEVINE, 1980), e seu índice

de mortalidade varia entre 30% e 50% dos animais infectados (LÁU, 1999). O

ciclo de vida desse parasito ocorre da seguinte forma: em temperaturas de 27 a

30ºC desenvolve-se a larva de 2º estágio no interior do ovo, tornando o mesmo

infectante aos 17 dias (LEVINE, 1980). Temperaturas e umidade inferiores a

27,5ºC e 80% de umidade relativa (UR) são críticas e os ovos morrem antes de

tornarem-se infectantes (ENYNIHI, 1969). A presença de ovos de T. vitulorum

nas fezes pode ser diagnosticada da 2ª a 20ª semana de idade com maior

concentração entre a 3ª e 4ª semanas (CONNAN, 1985). Após os quatro

meses de idade ocorre a expulsão natural destes nematoides e,

consequentemente, a queda brusca na contagem de ovos presentes nas fezes,

o ovo semelhante ao deste parasita está demonstrado na figura 1.

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Foto 1: NeoascariaVitulorum. Fonte: Sabrina Pavan Flores (2014)

O parasita Strongyloidesp, é umendoparasita que age no intestino

delgado, duodeno e jejuno, causando enterite catarral com hemorragias

petequiais no duodeno e jejuno, levando o animal à diarreia e à redução no

ganho de peso, (MORGAN, 1949; VERGOS & PORTER, 1950; VERGORS

1954), citados por Levine (1980); (Griffths, 1974). Segundo Bathia (1992), este

parasita é citado por muitos autores como o de maior prevalência em animais

jovens.

A transmissão transcutânea de Strongyloidesp só ocorre através da

penetração de larvas infectantes na pele através de fissuras, feridas e folículos

pilosos. Ao penetrar no animal, as larvas chegam aos pulmões através de

vasos sanguíneos. Nos pulmões as larvas rompem os alvéolos, migram na

traqueia e passam para o esôfago onde são deglutidas. Os ovos produzidos

pelas fêmeas adultas no intestino são eliminados nas fezes. No ambiente estes

podem dar origem a larvas haploides, diploides ou triploides que originarão

respectivamente adultos machos de vida livre, fêmeas de vida livre e fêmeas

triploides com capacidade de realizar reprodução partogenética no ciclo direto.

Os machos haploides e fêmeas diploides farão o ciclo indireto, se reproduzirão

no ambiente dando origem a ovos triploides (FREITAS, 1976). Após serem

ingeridas, as larvas triploides atingem o intestino delgado e chegam à forma

adulta 120 horas após a infecção. No intestino delgado as fêmeas realizam a

reprodução através de partenogênese (LEVINE, 1980), ondeos ovos

semelhantes aos deste parasita encontrado nas amostras fecais está

demonstrado na figura 2.

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Foto 2: Strongyloides. Fonte: Sabrina Pavan Flores (2014)

A família Trichostrongylidae que são endoparasitas muito comuns em

ruminantes, agridem o organismo do animal parasitado, causam alterações na

área e no número de vilosidades do trato gastrointestinal, redução no número

de glândulas funcionais do intestino e permitem a infiltração de linfócitos e

outros leucócitos na lâmina própria. Ocorre um aumento da permeabilidade

vascular e diminuição da atividade das enzimas digestivas (BENZ, 1985). Estas

lesões são mais frequentes na mucosa do duodeno e na região proximal do

jejuno devido à maior concentração dos trichostrongilídeos nesta região

(SYMONS, 1969). As espécies animais susceptíveis aostrichostrongilídeos,

quando parasitados, manifestam diarreia, anorexia, mucosas e membranas

conjuntivas pálidas, perda de brilho dos pêlos, diminuição da conversão

alimentar com emagrecimento progressivo, debilidade e edema submandibular

(BENZ, 1985; GIBBS, 1986; FREITAS, 1976).

Existem épocas do ano em que as condições de meio ambiente são

favoráveis ao desenvolvimento e à migração de larvas nematoides nas

pastagens em países de clima tropical e temperado. A disseminação

dostrichostrongilídeos entre os ruminantes é facilitada pela umidade durante a

estação chuvosa (FREITAS, 1976; MELO, 1977; WILLIANS, 1986). Os

manejos dos animais e da pastagem utilizados na propriedade também

interferem diretamente na disponibilidade de larvas infectantes e na reinfecção

dos animais.O desenvolvimento e eclosão da larva de primeiro estágio (L1) são

influenciados principalmente pela temperatura e umidade.A água é um

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importante veículo utilizado pelas larvas para a migração nas pastagens e

infecção dos animais. As larvas também podem ser carreadas por tratores,

patas de animais, transporte de esterco tornando-se disponíveis para infectar

outros animais ou reinfectar o hospedeiro precedente(GREEVE, 1985;

WILLIANS, 1986), os ovos encontrados semelhantes aos desta família, estão

demonstrados nas figuras 3 e 4.

Foto 3: Família Trichostronngylidea. Fonte: Sabrina Pavan Flores (2014)

Foto 4: Avaliação de exemplar de família Trichostronngylidea a partir de ovos de ovinos. Fonte:

Sabrina Pavan Flores (2014)

O protozoário Eimeriaé um endoparasita que ataca, sobretudo, ovinos

jovens e causa enterite, embora a seja uma espécie pouco patogênica É

própria de explorações com altas densidades populacionais, falta de higiene e

estresse o contágio se dá pelo contato fecal-oral. O contágio inicial pode

produzir-se nas primeiras semanas de vida, quando o borrego adquire oocistos

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aderentes ao teto da ovelha. A partir da 2ª- 4ª semana os borregos podem

iniciar a eliminação de oocistos, que pode ser aos milhões e logo num período

em que os animais são muito sensíveis à doença. No aleitamento artificial a

contaminação pode advir do período colostral, ou por contaminação fecal do

alimento ou dos utensílios, mas é menos frequente se tomarem medidas

corretas de higiene mais tarde, é possível a infecção a partir de oocistos

sobreviventes do ano anterior, que podem ser muito numerosos nas pastagens,

e são ingeridos pelos borregos que andam com as suas mães, especialmente

se trata de pastoreio melhorado ou de outros cultivos de utilização secundária,

que permitem elevada densidade de pastoreio (CORDERO DEL CAMPILLO &

ROJO VÁZQUEZ, 2002), os oocistos encontrados semelhantes aos de Eimeria

estão demonstrados nas figuras 5, 6 e 7.

Foto 5: Visualização de exemplar de oocisto a partir de ovos de ovinos. Fonte: Sabrina Pavan

Flores (2014)

Foto 6: Idem anterior Oocitos. Fonte: Sabrina Pavan Flores (2014)

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Foto 7: Idem anterior Oocitos. Fonte: Sabrina Pavan Flores (2014)

Convém ressaltar que conforme demonstraram os resultados dos

exames clínicos, animais que apresentaram alterações em seus respectivos

hemogramas não continham parasitas. Já os parasitados apresentaram

hemogramas normais, uma vez que se tratava de parasitismo subclínico, caso

em que os animais não apresentam sintomas da doença, apesar de terem a

sua saúde e produtividade afetadas. Os animais com o sistema de defesas

mais debilitado são os mais susceptíveis as doenças, podendo

apresentar sintomas clínicos (PERRI, 2011).

4 CONCLUSÃO

As análises dos dados apresentam, ao mesmo tempo, a ausência de

ectoparasitas e a presença de um número considerável de endoparasitas

diversos, Neoscariavitulorum,Strongyloides, família Trichostronngylidea,

Eimeriae Oocistos das espécies mais comuns, nos ovinos das propriedades

visitadas. A explicação para tal fato parece estar diretamente relacionada às

práticas de manejo adotadas pelos criadores da região Norte do Estado do Rio

Grande do Sul. Dito de forma mais ampla, observa-se que as condições para o

aparecimento dos parasitas encontrados estão diretamente ligadas aos

cuidados com a higiene e com as condições climáticas a que os rebanhos são

submetidos. Todos esses fatores, por sua vez, pressupõem a intervenção

humana.

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