importÂncia na dinÂmica da cidade - gestão escolar · identificar, analisar e caracterizar o...
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
MATERIAL DIDÁTICO - OAC
ESPAÇOS VERDES URBANOS – IMPORTÂNCIA NA DINÂMICA DA CIDADE
ÁREA: GEOGRAFIA
NOME DO PROFESSOR PDE: MARIA OLIVETA ALBANO PASQUAL
NOME DO ORIENTADOR: MS MARGARIDA PERES FACHINI
2007/2008
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SUMÁRIO
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO..................................................................03
1. PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO ......................................... 05
2. INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR ......................................................14
3. PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR ............................................. 16
4. CONTEXTUALIZAÇÃO ...................................................................17
5. SÍTOS ............................................................................................. 19
6. SONS E VÍDEOS ............................................................................ 22
7. IMAGENS ........................................................................................24
8. PROPOSTA DE ATIVIDADES ........................................................ 30
9. SUGESTÕES DE LEITURA ........................................................... 36
10.DESTAQUES .................................................................................. 38
11. NOTÍCIAS ........................................................................................39
12.PARANÁ .......................................................................................... 40
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................44
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Secretaria de Estado da Educação – SEEDSuperintendência da Educação - SUED
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPEPrograma de Desenvolvimento Educacional – PDE
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE
Nome do(a) Professor(a) PDE:
MARIA OLIVETA ALBANO PASQUAL
2. Disciplina/Área:
GEOGRAFIA
3. IES:
UEM – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
4. Orientador(a):
MS. MARGARIDA PERES FACHINI
5. Co-Orientador(a) (se houver):
NÃO
6. Caracterização do objeto de estudo:
Trata-se do estudo dos sistemas de espaços livres de construção (praças, parques, áreas verdes, canteiros, etc.) definidos como espaço urbano ao ar livre, onde se encontram áreas verdes urbanas, destinado a todo tipo de utilização que se relacione com caminhadas, descanso, passeios, práticas de esportes, circulação de pedestres e, em geral, à recreação e entretenimento e podem desempenhar, principalmente, funções estética, de lazer e ecológico-ambiental, entre outras.7. Título da Produção Didático-Pedagógica:
ESPAÇOS VERDES URBANOS – IMPORTÂNCIA NA DINÂMICA DA CIDADE
8. Justificativa da Produção:Partimos da necessidade de lançarmos um novo olhar sobre a cidade que nos leve a refletir sobre problemática do crescimento da população e das tendências urbanísticas, em detrimento do verde urbano, que acabarão por dizimar todos os recursos estéticos da paisagem, toda reserva de verde necessária a qualidade de vida dos centros urbanos.Diante desta realidade o que se propõe é procurar analisar, entender e dar
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respostas para alguns questionamentos, tais como: que fenômenos ocorrem com essas paisagens urbanas atualmente? Como estas paisagens tão importantes para a sociedade transformaram-se em uma questão tão problemática? Que processos de ordem econômica, política e cultural ocorreram e ocorrem para que venham perder suas inúmeras funções? Como a sociedade impulsionada pela atual conjuntura econômica tem contribuído para requalificar estes espaços da cidade? Qual a importância das áreas florestais remanescentes e do verde urbano? Quais foram às transformações sócio-ambientais ocorridas nessas paisagens? Quais suas influências no cotidiano da população local? Quais as influências das ações antrópicas na relação cotidiana destes lugares? Quais as implicações positivas e/ou negativas na vida da comunidade? Quais são as novas relações que se desenvolvem e podem se desenvolver nesses espaços?
Procurando responder essas e outras questões relevantes, poderemos compreender a dinâmica ambiental e a importância do verde urbano.
O entendimento dessa dinâmica e dessa importância faz-se necessária uma vez que será capaz de propiciar ao aluno e a comunidade em geral um melhor contato com os atributos naturais e antrópicos modeladores do verde urbano, além de apontar análises relevantes para uma melhor compreensão do real a partir do contexto histórico e da interferência da sociedade na transformação desses espaços.
9. Objetivo geral da Produção:
Identificar, analisar e caracterizar o verde urbano, considerando os atributos florísticos, avaliando o potencial das áreas em questão, ressaltando os atributos naturais e antrópicos modeladores das paisagens para contribuir com o diagnóstico e prognóstico de problemas ambientais desses ecossistemas objetivando a formação de valores ético-ambientais para o exercício da cidadania.
10. Tipo de Produção Didático-Pedagógica:
( ) Folhas ( X ) OAC ( ) Outros
11. Público-alvo:Corpo docente, equipe pedagógica, alunos do Ensino Fundamental.
UMUARAMA (PR), 26 fevereiro de 2008.
MARIA OLIVETA ALBANO PASQUALProfessor PDE
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1. PROBLEMATIZAÇÃO DO CONTEÚDO
Ao olhar a cidade devemos refletir sobre problemática do
crescimento da população e da urbanização em detrimento do verde urbano.
1.1 CARACTERIZAÇÃO DO VERDE URBANO NA PAISAGEM
GEOGRÁFICA
Partimos da necessidade de lançarmos um novo olhar sobre a
cidade que nos leve a refletir sobre problemática do crescimento da
população e das tendências urbanísticas, em detrimento do verde urbano,
que acabarão por dizimar todos os recursos estéticos da paisagem, toda
reserva de verde necessária a qualidade de vida dos centros urbanos.
Diante desta realidade o que se propõe é procurar analisar,
entender e dar respostas para alguns questionamentos, tais como: que
fenômenos ocorrem com essas paisagens urbanas atualmente? Como estas
paisagens tão importantes para a sociedade transformaram-se em uma
questão tão problemática? Que processos de ordem econômica, política e
cultural ocorreram e ocorrem para que venham perder suas inúmeras funções?
Como a sociedade impulsionada pela atual conjuntura econômica tem
contribuído para requalificar estes espaços da cidade? Qual a importância das
áreas florestais remanescentes e do verde urbano? Quais foram às
transformações sócio-ambientais ocorridas nessas paisagens? Quais suas
influências no cotidiano da população local? Quais as influências das ações
antrópicas na relação cotidiana destes lugares? Quais as implicações positivas
e/ou negativas na vida da comunidade? Quais são as novas relações que se
desenvolvem e podem se desenvolver nesses espaços?
Procurando responder essas e outras questões relevantes,
poderemos compreender a dinâmica ambiental e a importância do verde
urbano.
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O entendimento dessa dinâmica e dessa importância faz-se necessária uma
vez que será capaz de propiciar ao aluno e a comunidade em geral um melhor
contato com os atributos naturais e antrópicos modeladores do verde urbano,
além de apontar análises relevantes para uma melhor compreensão do real a
partir do contexto histórico e da interferência da sociedade na transformação
desses espaços.
Nos últimos anos a Ciência Geográfica, juntamente com outras
ciências afins, tem buscado compreender a problemática ambiental de áreas
urbanas. Essa compreensão tem passado tanto pela esfera da legislação
ambiental como dos agentes físicos e/ou antrópicos produtores e/ou
modificadores dos diferentes espaços geográficos. Estudos voltados ao
entendimento da estrutura e do funcionamento da paisagem, compreendido
como Fisiologia da Paisagem, tem considerado importante o entendimento da
relação homem X natureza, a partir da identificação e descrição de
características morfológicas e pedológicas, provocados por processos naturais
e/ou antrópicos de unidades da paisagem. Para esses especialistas esse tipo
de análise ajuda a planejar a ocupação racional dos espaços urbanos e/ou
rurais, proporcionando melhor qualidade de vida à população.
Nessa perspectiva faz-se necessária uma análise das realidades
locais, tendo em vista a necessidade de um estudo geográfico que contemple
esta temática, que requer uma investigação científica mais aprofundada. Para
tanto devemos ter claros alguns conceitos que nos permitirão um melhor
entendimento do assunto.
a) PAISAGEM
Existe uma diversidade de abordagens conceituais de paisagem,
que favorecem ao professor, pois eles têm alternativas na sua prática
pedagógica, podendo abordar um ou outro de acordo com o enfoque que
pretende dar ao conteúdo.
Vejamos algumas das diferentes formas de abordagem do
conceito de paisagem dada por alguns autores, presentes nos livros didáticos.
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Para MOREIRA “O conjunto dos elementos que a visão pode
alcançar.constitui a paisagem geográfica”.
COELHO e TERRA expressam que: “Quando olhamos para um
lugar, estamos vendo a sua paisagem. Portanto, paisagem é tudo o que nós
vemos, tudo o que a nossa percepção alcança”.
VESENTINI, J. W. salienta que:
...podemos dizer que a paisagem natural é um conjunto de todos esses
elementos interligados – clima, estrutura geológica e relevo, solos,
hidrografia, vegetação e fauna originais. Esses elementos se influencia
mutuamente, isto é, um depende do outro; a alteração de um deles
pode mudar todo o conjunto.
Proposta de classificação da paisagem do ponto de vista
sistêmico foi apresentada na França em 1968 por Bertrand em seu trabalho
denominado Paysage et Géographie Phisique Globale. Para Bertrand (1971,
p.2), para ele:
...a paisagem não é a simples adição de elementos geográficos
disparatados. É, numa determinada porção do espaço, o resultado da
combinação dinâmica, portanto instável, de elementos físicos,
biológicos e antrópicos que, reagindo dialeticamente uns sobre os
outros, fazem da paisagem um conjunto único e indissociável, em
perpétua evolução.
Ainda, Monteiro (2000, p.39), em um quadro elaborado em 1974
para fins didáticos, define a paisagem como sendo:
... uma entidade espacial delimitada segundo um nível de resolução do
pesquisador, a partir dos objetivos centrais da análise, [...] resultante da
integração dinâmica, portanto instável, dos elementos de suporte e
cobertura (físicos, biológicos e antrópicos) expressa em partes
delimitáveis infinitamente, mas individualizadas através das relações
entre elas, que organizam um todo complexo (sistema), verdadeiro
conjunto solidário e único, em perpétua evolução.
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Na concepção de Deffontaines (1973), modificada por Tricart
(1982, p.18),
...uma paisagem é uma porção perceptível a um observador onde se
inscreve uma combinação de fatos visíveis e invisíveis e interações, as
quais, num dado momento, não percebemos senão o resultado global.
Na concepção de Sánchez (1991), citada por Sánchez e Cardoso
da Silva (1995, p.50):
... paisagem é uma porção da superfície terrestre, na qual existe um
certo nível de organização de um conjunto de componentes
específicos, sendo que a tipologia, dinâmica e inter-relações da
diversidade biológica, física e cultural desse sistema podem ser
individual ou integradamente mapeadas, com diferentes graus de
abstração, segundo o nível de percepção utilizado em seu estudo.
Paisagem é o sistema geográfico formado pela influência dos
processos naturais e das atividades antrópicas e configurado na escala da
percepção humana.
Segundo Pierre George, 1975: Dictionnaire de la Géographie:
“paisagem é a porção do espaço analisada visualmente"
Paisagem é a porção de espaço da superfície terrestre
apreendida visualmente. Parte da superfície terrestre que em sua imagem
externa e na ação conjunta dos fenômenos que a constituem, apresenta
características homogêneas e uma certa unidade espacial básica.
Paisagem é parte da superfície terrestre abrangendo um complexo de
sistemas caracterizados pela atividade geológica, da água, do ar, de
plantas, de animais e do homem e por suas formas fisionômicas
resultantes, que podem ser reconhecidos como entidades
(Zonneveld, 1979)
Com relação ao assunto, SANTOS, afirma:
...A paisagem tem, pois, um movimento que pode ser mais ou menos
rápido. As formas não nascem apenas das possibilidades técnicas de
uma época, mas dependem, também das condições econômicas,
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políticas, culturais etc. A técnica tem um papel importante, mas não tem
existência fora das relações sociais. A paisagem deve ser pensada
paralelamente às condições políticas, econômicas e também culturais.
b) ESPAÇO
Do entendimento do conceito de paisagem, nasce a necessidade
de se entender o que é espaço do ponto de vista geográfico.
Para Milton Santos a noção do espaço como um conceito híbrido,
em permanente mudança, está na base de sua síntese magistral e de vastas
conseqüências: “o espaço é um conjunto de objetos e um conjunto de ações”.
Portanto, para Ele, o conceito de espaço é indivisível dos seres
humanos que o habitam e que o modificam todos os dias, através de sua
tecnologia.
Em sua concepção, o espaço é ao mesmo tempo forma (como as
estruturas de uma imagem de satélite de nossa cidade) e função (o processo
de ações humanas que constroem a paisagem).
Em síntese afirma:
O espaço resulta do casamento da sociedade com a paisagem. O
espaço contém o movimento. Por isso a paisagem e espaço são um
par dialético. Complementam-se e se opõem. Um esforço analítico
impõe que as separemos com categorias diferentes, se não queremos
correr o risco não reconhecer o movimento da sociedade. (SANTOS,
1988, p. 72).
Para citar ainda uma vez Milton Santos: “A memória olha para o
passado. A nova consciência olha para o futuro. O espaço é um dado
fundamental nesta descoberta.”
c) TERRITÓRIO
Historicamente, a concepção de território associa-se a idéia de
natureza e sociedade configuradas por um limite de extensão do poder.
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Contemporaneamente, fala-se em complexidades territoriais,
entendendo território como campo de forças, ou "teias ou redes de relações
sociais". Segundo Souza (1995), não há hoje possibilidade de conceber "uma
superposição tão absoluta entre espaço concreto com seus atributos materiais
e o território como campo de forças".
Para este autor, "territórios são no fundo relações sociais
projetadas no espaço".
d) LUGAR
Lugar é resgatado na Geografia como conceito fundamental,
passando a ser analisado de forma mais abrangente.
Lugar constitui a dimensão da existência que se manifesta
através "de um cotidiano compartido entre as mais diversas pessoas, firmas,
instituições–cooperação e conflito são a base da vida em comum"(Milton
Santos, 1997).
Trata-se de um conceito que nos remete a reflexão de nossa
relação com o mundo.
Para Milton Santos (1997) resgatando Serres (1990), esta relação
era local-local agora é local-global.
É nesta perspectiva que Milton Santos (1997) se refere ao lugar,
dizendo:
...no lugar, nosso próximo, se superpõe dialeticamente ao eixo das
sucessões, que transmite os tempos externos das escalas superiores e
o eixo dos tempos internos, que é o eixo das coexistências, onde tudo
se funde, enlaçando definitivamente, as noções e as realidades de
espaço e tempo.
Resulta daqui sua visão de mundo vivido local–global. Além dos
conceitos de paisagem, espaço, território e lugar, ainda é importante que
tenhamos claro os conceitos de limite, fronteira, domínio, dentro de suas
diferentes abordagens.
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O Dicionário Michaelis da Língua Portuguesa traz algumas
definições para limite fronteira e domínio, definições essas que nos dão uma
idéia da abrangência e importância de se entender seus significados e
aplicações.
e) LIMITE: sm 1 Linha ou ponto divisório entre determinada
extensão superficial ou terreno e o espaço superficial ou
terreno adjacente; linha de demarcação. 2 Ponto ou linha
terminal além dos quais cessa a continuidade. 3 Fronteira
natural que separa um país de outro. 4 Marco. 5 Extremo, fim,
termo. 6 Mat Grandeza constante, de que uma variável se
pode aproximar indefinidamente, sem atingi-la jamais. 7
Alcance máximo ou mais distante de um esforço. 8 Ponto
máximo que qualquer coisa não pode ou não deve ultrapassar.
f) FRONTEIRA: sf 1 Zona de um país que confina com outra do
país vizinho. 2 Limite ou linha divisória entre dois países, dois
Estados etc. 3 Raia; linde. 4 Marco, baliza. 5 Confins,
extremos. F. artificial: a que não atende aos acidentes
topográficos (geralmente com predomínio das linhas retas). F.
de acumulação: fronteira viva. F. de tensão: fronteira viva. F.
esboçada: tipo de fronteira delineada sobre um mapa, sem
que o seu traçado corresponda a uma gradual adaptação
passiva do homem ao meio, nem a uma adaptação ativa do
Estado, ao qual ela pertence. F. morta: fronteira que passou da
condição de viva à situação de linha tranqüila, cessadas as
causas que originavam tensão. F. natural: a que acompanha
um acidente topográfico, rio, montanha etc. F. viva: tipo de
fronteira que é fruto da paulatina evolução histórica, e fixada
através de choques ou de lutas armadas.
g) DOMÍNIO: sm 1 V dominação. 2 Qualidade de proprietário. 3
Faculdade de dispor de alguma coisa como senhor dela. 4
Propriedade. 5 Autoridade. 6 Espaço ocupado, habitação,
lugar; pertença. 7 Possessão. 8 Território extenso que
pertence a um indivíduo ou Estado. ... 11 Influência
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1.2. VERDE URBANO
Com o objetivo de colaborar com os estudos para a padronização
de conceitos, CAVALHEIRO, 1999, fornece algumas sugestões, que poderiam
ser consideradas como uma possível resposta para se conceituar o verde
urbano:
Primeiramente deve-se entender que a legislação brasileira
estabelece que o município está dividido em zona urbana, de expansão urbana
e zona rural.
A zona urbana estaria constituída por três sistemas:
a) Sistema de espaços com construções (habitação, indústria,
comércio, hospitais, escolas, etc);
b) Sistema de espaços de integração urbana (rede rodo-
ferroviária).
c) Sistema de espaços livres de construção (praças, parques,
águas superficiais, áreas verdes, etc.) definido como espaço
urbano ao ar livre, destinado a todo tipo de utilização que se
relacione com caminhadas, descanso, passeios, práticas de
esportes e, em geral, a recreação e entretenimento e podem
desempenhar, principalmente, funções estética, de lazer e
ecológico-ambiental, entre outras.
Neste sistema, as áreas verdes são um tipo especial de espaços
livres onde o elemento fundamental de composição é a vegetação. Elas devem
satisfazer três objetivos principais: ecológico-ambiental, estético e de lazer.
2. INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR
Quais as funções do verde urbano? Como resolver ou
minimizar os impactos da urbanização sobre o verde urbano?
As áreas verdes urbanas exercem diferentes funções,
proporcionam melhorias no ambiente excessivamente impactado das cidades e
benefícios para os habitantes das mesmas.
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A função ecológica deve-se ao fato da presença da vegetação, do
solo não impermeabilizado e de uma fauna mais diversificada nessas áreas,
promovendo melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar, água e solo.
A função social está intimamente relacionada com a possibilidade
de lazer que essas áreas oferecem à população.
A função estética diz respeito à diversificação da paisagem
construída e o embelezamento da cidade.
A função educativa está relacionada com a possibilidade imensa
que essas áreas oferecem como ambiente para o desenvolvimento de
atividades extra-classe e de programas de educação ambiental.
A função psicológica ocorre, quando as pessoas em contato com
os elementos naturais dessas áreas, relaxam, funcionando como anti-estresse.
Este aspecto está relacionado com o exercício do lazer e da recreação nas
áreas verdes.
No entanto, mesmo exercendo funções importantes os atuais
processos de expansão dos ecossistemas urbanos em detrimento dos
ecossistemas naturais estão resultando em perdas significativas para o homem
e o meio ambiente.
O adensamento populacional das cidades gera poluição de
diversas formas e está comprometendo a saúde física e mental de seus
moradores. Por outro lado, a destruição dos ecossistemas naturais vem
contribuindo para a extinção de várias espécies da flora e da fauna.
A fim de resolver ou minimizar os impactos da urbanização sobre
o verde urbano faz-se necessária uma ampla discussão sobre o tema e a
preocupação com a ecologia. O urbanista, o projetista, a população, o político,
o ecologista, o professor entre outros envolvidos, não devem relegar ao
segundo plano o interesse e o cuidado com o meio-ambiente, considerando os
benefícios e até mesmo os malefícios que esta preocupação ou a sua não
preocupação venha a refletir no resultado ou na vida das cidades.
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A preocupação com a preservação do meio ambiente deve estar
sempre presente em todos os âmbitos da sociedade.
Para tanto imprescindível cuidar para que as áreas verdes não
sejam ocupadas irregularmente, para se garantir a preservação dos terrenos
de interesse ambiental e também que as áreas verdes tenham condições
efetivas de serem utilizadas de forma racional como áreas de lazer e
recreação com incentivos ao uso e a freqüência dos usuários nesses
espaços.
Também são necessários estímulos, para que possam existir
áreas de preservação ambiental, efetivamente preservadas.
Além disso não se deve esquecer que as atividades de Educação
Ambiental possuem uma relação muito próxima com a manutenção, a
conservação e a segurança das áreas verdes
Os cuidados com esses espaços não devem se restringir aos
órgãos públicos, aos gestores dos parques, mas também aos diversos agentes
sociais usuários ou não dos locais.
Logo, a Educação Ambiental, que deve ser efetivada em todos os
setores da sociedade e principalmente na escola, emerge como um
instrumento proeminente, no que tange ao plano de manejo dos parques, à
conservação de seus equipamentos de lazer e de infra-estrutura, bem como à
promoção da segurança do mesmo, através de ações que favoreçam o uso
constante de toda a população.
3. PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR
Para estudar e compreender os fenômenos complexos da vida
humana é necessário elaborar um esquema conceitual e metodológico que
contemple e destaque as interações entre variáveis derivadas de diferentes
áreas de conhecimento (como por exemplo, o meio ambiente físico, a estrutura
sócio-política e histórica).
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E, para conseguir efetivamente estudar esses fenômenos inter-
relacionados, é preciso criar relações e condições para a interação que visem
definir como trabalhar de forma interdisciplinar e como integrar os estudos de
gabinete com o trabalho de campo.
Quando se estuda a questão ambiental todas as áreas do
conhecimento podem dar sua contribuição, tendo em vista que o assunto
possui várias perspectivas que permitem interdisciplinaridade.
Por exemplo, a história pode trabalhar as questões do
desenvolvimento urbano, o crescimento das cidades dentro de um contexto
político, econômico e social, abordando a problemática ambiental e suas
implicações no cenário urbano local e mundial. Pode desenvolver estudos que
levem ao entendimento da dinâmica tempo/espaço dessas paisagens.
A área de ciência pode abordar aspectos pertinentes aos
conteúdos que trabalha como a fauna e a flora, poluição, degradação
ambiental, conservação da vegetação remanescente, qualidade de vida saúde,
verde urbano.
Ainda podem ser contemplados outras áreas do conhecimento
como, por exemplo, a matemática (medidas de comprimento, escalas,
geometria), a língua portuguesa (produção de textos, relatórios, entrevistas), a
educação física (postura, caminhadas, respiração, qualidade de vida), artes
(pinturas, maquetes, desenho) entre outras, cada uma abordando a temática
ambiental urbana respeitando suas peculiaridades.
4. CONTEXTUALIZAÇÃO
“Para voltar a nos sentirmos donos de nós mesmos, sem dúvida
teremos de começar por nos sentirmos donos da paisagem e por reestruturá-la
em seu conjunto”. MUNFORD (1964)
As áreas verdes desempenham, juntamente com a vegetação viária,
importantes funções, como sejam sua contribuição à estabilização
climática, diminuindo as oscilações térmicas, reduzindo localmente as
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temperaturas, resistindo aos ventos, fixando poeiras e oxigenando o ar.
MELLO FILHO (1982)
O verde urbano reflete o grau cultural da sociedade; quando
menciona que a vegetação em oposição ao solo, ar e a água é uma
necessidade do cenário urbano e tem se tornado um artefato de
cultura, uma reflexão dos desejos do homem, ao invés de sua
necessidade. A proteção das plantas diferente de outros recursos
físicos da cidade é olhada por muitos moradores como funções
psicológicas e culturais gratificantes, ao oposto de funções físicas".
MERCANTE (1991) citando Detwyler).
... as pressões exercidas pela concentração da população e de
atividades geradas pela urbanização e industrialização, concorrem para
acentuar as modificações do meio ambiente, com o comprometimento da
qualidade de vida. MONTEIRO (1987).
Ar puro, água potável, certa quantidade de alimento por dia, espaço para
dormir e estar, pessoas para interagir, etc. são necessidades humanas
que não mudam ao longo da vida. ANDREWS (1976).
Porém, ar, água, espaço, energia (alimento e calor), abrigo e
disposição de resíduos, são consideradas como "as novas raridades e em
torno das quais se desenvolve uma intensa luta." LEFEBVRE (1969)
Tendo em vista tais afirmações dos autores citados precisamos
fazer uma defesa forte do uso do espaço urbano considerando, realmente, a
natureza integrada na cidade, que assim se humaniza e caracteriza, pois
percebe-se nitidamente que verde urbano vem se perdendo em função da
constante pressão que os espaços naturais sofrem com o crescimento da
população e da urbanização destas áreas. A vegetação tem um papel
importante nos centros urbanos pelas suas funções ecológicas, econômicas e
sociais, contribuindo com a melhoria das condições ambientais das cidades.
Proteger as áreas verdes, remanescentes, requer, além da
formação e recuperação de espaços, a conservação e preservação dessas
áreas nativas. Aumentar e conservar as áreas verdes é diminuir os efeitos da
poluição do ar e sonora; é amenizar a temperatura; é introduzir vida e beleza;
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é proporcionar lazer e conforto; é socializar espaços e, sobretudo, é resgatar
e assegurar o contato homem-natureza.
Atualmente nota-se um interesse da população, bem como dos
poderes públicos, no sentido de manter e aumentar as áreas verdes urbanas,
em contribuição ao aspecto estético da cidade associado ao lazer da
população.
É relevante a preocupação com as funções estéticas, culturais e
econômicas que as áreas verdes desempenham nas cidades, porém deve
existir uma nova concepção, na utilização dos espaços livres, no sentido de
implementar e expandir as áreas verdes urbanas, visando a preservação e a
conservação da fauna e flora existentes, e a melhoria da qualidade de vida do
homem.
As áreas verdes de florestas urbanas ou periféricas, parques,
jardins e arborização de rua são indispensáveis para um ambiente urbano
minimamente sadio. A preservação do verde urbano não passa pela tentativa
de mantê-lo intocável, mas pelo seu uso e aproveitamento bem organizado e
compatível.
O verde no espaço urbano é de extrema vulnerabilidade e sua
não utilização, como unidade de conservação aberta a um uso regulado e
disciplinado pela população, o expõe à ocupação irregular ou transforma em
vazadouro de lixo e entulho. A existência de um sistema integrado de parques,
corredores verdes, bacias de acumulação de águas pluviais, dotadas de
vegetação compatível, bem como áreas livres de impermeabilização são
importantes para uma qualidade de vida aceitável e para a prevenção de
inundações.
É preciso reflorestar as áreas desmatadas e/ou degradadas,
sempre que possível, através de mecanismos que mobilizem as comunidades,
além de tirar do papel e implantar efetivamente as unidades de conservação
urbanas que devem ser demarcadas, sinalizadas, protegidas e dotadas de
infra-estrutura suscetíveis de serem dedicadas ao lazer e a recreação, ou
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destinados à preservação das potencialidades paisagísticas e ecológicas,
objetivando tornar o ambiente urbano menos artificial e mais humano.
5. SÍTIOS
5.1. Qualidade do espaço verde urbano: uma proposta de
índice de avaliação
DISPONÍVEL EM: http://www.teses.usp.br
ACESSADO: 11/11/2007
COMENTÁRIOS:
Autor: Alvarez, Ivan André
A primeira parte do documento (páginas 23 a 43) apresenta várias
colocações sobre a questão do espaço verde urbano, servido para ampliar
nossos conhecimentos e ajudar a compor uma base conceitual importante que
servirá de subsídio a nossa prática pedagógica.
5.2. Greenpeace
DISPONÍVEL EM: http://www.greenpeace.org/international/ ACESSO:
20/11/2007
COMENTÁRIOS: Site direcionado a defesa do meio ambiente.
Nele você encontra uma série de documentos, comentários, notícias dentre
outros, que abordam a temática ambiental em todos os seus aspectos.
O Greenpeace é uma organização internacional, não
governamental, que se tornou famosa por atitudes ousadas na defesa do meio
ambiente.
As informações do sítio do Greenpeace estão sempre voltadas
para a defesa, a proteção e a busca de soluções para o desenvolvimento
sustentável.
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5.3. Ambiente Brasil
DISPONÍVEL EM: http://www.ambientebrasil.com.br/
ACESSADO: 18/11/12007
COMENTÁRIOS: O sítio aborda temas variados sobre a questão
ambiental. Trata de temas relevantes na atualidade como a inversão térmica,
efeito estufa, aquecimento global, desmatamento, dentre muitos outros, com
destaque para os problemas em âmbito Nacional.
Traz uma gama variada de informações de grande utilidade para
embasar e enriquecer o trabalho com a temática ambiental.
5.4. Organização de pesquisa e educação ambiental
DISPONÍVEL EM: http://tudoverde.org.br
ACESSADO: 18/11/2007
COMENTÁRIOS: O Sítio pertence a uma organização não-
governamental que tem como enfoque a árvore urbana e seus benefícios.
Enfoca a discussão da natureza, da comunidade, e do bem estar de todos.
Segundo o site
“A arborização urbana representa não só o conforto ambiental, a
percepção da natureza, e a estética cidadã que se esta perdendo nas cidades,
mas também a infra-estrutura viva que permite combater as causas e as
conseqüências do Aquecimento Global.”
Muito interessante por colocar em debate a temática ambiental no
espaço urbano tendo a árvore com enfoque
Neste site você encontrará textos interessante sobre o assunto
“verde urbano”, contendo conceitos, informações e comentários relevantes
para a ampliação de seus conhecimentos sobre o tema.
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6. SONS E VÍDEOS
6.1. DEPOIMENTO
Acupuntura Urbana - Jaime Lerner
Vídeo: Bruno Mitih
O ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná Jaime Lerner
conta como funciona a acupuntura urbana, e descreve como Curitiba se tornou
uma cidade verde: "Cidades são os últimos refúgios da solidariedade".
6.2. Documentários
6.2.1. Uma verdade inconveniente
Oscar de Melhor Documentário em 2007, o filme de Al Gore
mostra uma verdade alarmante que não pode ser evitada.
O documentário mostra como e por quais motivos a emissão de
substâncias poluentes e o mau uso dos recursos naturais têm impactado no
aquecimento global e em demais problemas bastante atuais. Nos últimos
minutos do filme, algumas recomendações sobre o que pode ser feito são
mostradas, e servem como um guia imprescindível para a sobrevivência do
mundo como o conhecemos hoje.
Informações:
Paramount
Censura: 12 anos
Diretor: Davis Guggenheim
Elenco: documentário
Nome original: An Inconvenient Truth
Ano: 2006
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País: EUA
Duração: 100 minutos
Site para maiores detalhes: www.climatecrisis.net
6.2.2. A última hora
"A evidência agora está clara. A civilização industrial causou
danos irreparáveis. Nossos líderes políticos e corporativos ignoraram as
evidências científicas. Nosso planeta chegou à última hora. A crise é real. O
perigo é agora. A esperança é você".
Escrito e produzido pelo ator Leonardo DiCaprio, o documentário
aborda a questão climática e apresenta as possíveis soluções tecnológicas e
políticas para os problemas ambientais, como um caminho para transformar
nossa pior hora no melhor e mais decisivo momento da história da
humanidade.
O documentário, produzido e narrado pelo ator, contou com
depoimentos de mais de 70 pesquisadores, dentre eles o matemático Stephen
Hawking, a vencedora do Prêmio Nobel da Paz, Wangari Maathai, os escritores
Nathan Gardels e Thom Hartmann e o ex-primeiro-ministro russo Mikhail
Gorbachev.
Informações:
WARNER INDEPENDENT PICTURES
Censura: Livre
Diretor: Nadia Conners, Leila Conners Petersen
Elenco: documentário
Nome original: The 11th Hour
Ano: 2007
22
País: EUA
Duração: 95 minutos
Site para maiores detalhes: www.br.wornerbros.com
IMAGENS: vistas parciais da cidade de Umuarama - Pr
25
7. PROPOSTA DE ATIVIDADES
7.1. Pesquisa de campo para estudo do meio
Considerando que os ecossistemas urbanos são bancos de
biodiversidade, de populações de inúmeros organismos, vegetais e animais,
entre outros, estes requerem estudos sistemáticos para que se possa realizar
com êxito seu inventário.
A proposta de pesquisa de campo tem por fazer um diagnóstico
sócio-ambiental de um local com levantamentos que contemplem os aspectos
ambientais, socioeconômicos e de produção espacial, procedendo-se a coleta
de dados que serão catalogados formarão de um banco de dados, amostras e
estudos.
Através da observação in loco pode-se fazer a identificação dos
principais problemas ambientais, características naturais e antrópicas
existentes nas áreas através de registros escritos, fotográficos e fílmicos, para
posterior análise e confecção dos materiais.
Para implementar o trabalho de campo, objetivando o estudo do
meio, alguns procedimentos devem ser adotados para que s atinja os objetivos
almejados, pois visita de campo faz parte da vivência e construção do grupo
para o exercício do pensamento sistêmico. Os participantes são colocados
diante de uma situação real para ser observada a partir de um roteiro e seguida
de discussões em que cada participante contribui com seus conhecimentos,
por isso se faz importante:
a) Proceder a visita antecipada do local para conhecer as
possibilidades de estudo;
b) Organizar roteiro de visita com objetivos bem definidos;
c) Possibilitar o acesso a informações sobre o local a ser visitado
(aspectos físicos, históricos, entre outros), através da coleta,
seleção e análise do material bibliográfico e geocartográfico
disponível, análise das cartas topográficas e imagens de satélite
para a obtenção das informações da configuração atual das
26
áreas de estudo, bem como para a delimitação dos seus limites
territoriais, análise da evolução, verificando-se historicamente as
transformações sofridas pelas áreas através da comparação de
suas representações cartográficas ao longo do tempo, coleta de
dados jurídicos, e administrativos, em órgãos governamentais e
empresas privadas;
d) Orientar os envolvidos sobre quais aspectos deverão ser
observados no contato sistemática da área “trabalho de campo”,
para o levantamento de dados que contemplem os aspectos
ambientais, socioeconômicos e de produção espacial, com o
intuito de identificar os principais problemas socioambientais
existentes;
e) Elaborar questionários, com questões socioambientais, e aplicar
junto aos proprietários de imóveis do entorno bem como de
pessoas que utilizam os espaços para desenvolver diferentes
atividades, tais como físicas, comerciais, dentre outras e que
concorrem para a transformação do espaço estudado;
f) Desenvolver atividades que propiciem a oportunidade de
tratamento dos dados e das informações para a sistematização
dos conhecimentos adquiridos, através de registros escritos e
análise dos dados coletados;
g) Proceder o registro das informações e das conclusões através de
relatórios, documentos, tabulação de dados, publicações, entre
outros;
h) - Realizar de atividades com os educadores da escola envolvida
para fornecimento de subsídios teóricos e práticos sobre a
temática ambiental a serem desenvolvidos em sala de aula e de
incentivo para o desenvolvimento de ações efetivas;
Ainda, é de suma importância que:
- Os questionários aplicados para diagnosticar as transformações
e a dinâmica do espaço a ser estudado.
27
- As informações coletadas em todas as fases do trabalho sejam
organizadas a fim de se converter num banco de dados que irá servir como
material de apoio para os professores e alunos.
- Os registros fotográficos e fílmicos passem por edição e
inserção de legendas compondo slides disponíveis aos professores como
subsidio teórico e prático sobre a temática ambiental.
- Ainda, os alunos envolvidos participem da elaboração de
desenhos, textos e outros materiais sobre a temática ambiental das área
estudada.
- Se promova a premiação dos melhores trabalhos que poderão
compor o material a ser elaborado.
- Os dados coletados, analisados e selecionados, juntamente com
a bibliografia consultada, sejam utilizados para compor apostilas com conceitos
ambientais, textos de apoio e sugestão de atividades.
- Expor aberta a comunidade escolar todos os resultados obtidos
com o trabalho.
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SUGESTÃO DE ROTEIRO DE ATIVIDADES
ATIVIDADES/FASES ANO:MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1 LEVANTAMENTO DE DADOSA Coleta de dados históricos sobre o objeto de trabalhoB Seleção e análise do material bibliográfico e
geocartográficoC Analise das cartas topográficas e imagens de satéliteD Elaboração de base cartográfica de apoioE Coleta de dados junto a órgãos governamentais e
empresas privadas2 IMPLEMENTAÇÃO DA PROPOSTA A Organização de reuniões com a equipe pedagógica,
diretores e professoresB Montagem do cronograma de ações com professores
e equipe pedagógica.C Seleção de turmas e alunos participantes.D Organização de cursosD Visitação em salas de aula para orientação.3 DESENVOLVIMENTOA Observação sistemática da área/trabalho de campoB Filmagem e registro fotográfico de aspectos gerais
das áreas.C Formulação e aplicação de questionários.D Tratamento de dados e informações.E Elaboração de relatórios com as informações
coletadasF Preparação do material didático.G Organização e aplicação de aulas programadas de
educação ambiental.
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H Fornecimento de subsídios teóricos e práticos sobre
a temática ambientalI Visitação as salas de aula para orientaçãoJ Reunião para esclarecimento de dúvidas e troca de
experiências.K Encontro com outras escolas.L Confecção de filmes, baners, dvd, fotografias, textos,
slides5 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOSA Divulgação dos resultados da pesquisa.B Exposição dos trabalhos.C Distribuição de material didático.D Elaboração da redação de síntese.E Fechamento dos trabalhos
7.2. AVALIAÇÃO
O procedimento avaliativo deve ser diagnóstico e continuo, a fim
de verificar se os alunos conseguiram, através da pesquisa e do estudo do
meio entender e relacionar os conteúdos estudados, e se foram capazes de
desenvolver o senso de análise crítica, inter-relação e construção de
conhecimentos.
Para tanto se deve elaborar um relatório, que pode ser coletivo ou
individual, sobre as atividades desenvolvidas com os resultados obtidos,
dificuldades enfrentadas, pontos a serem revistos e propostas de
aprofundamento dos estudos.
Os resultados da pesquisa deverão ser divulgados junto à
comunidade escolar e civil através de palestras, exposições, cursos,
excursões, textos, relatórios, documentários, semana cultural, entre outros
recursos;
7.3. MATERIAIS
Para a efetivação da proposta, faz-se necessário o uso de vários
materiais que possibilitarão a coleta de subsídios para o desenvolvimento dos
trabalhos, tais como: planta digital, planta baixa, cartas topográficas do
Município, imagens de satélite, fotografias aéreas, microcomputador e
impressora HP, programas de microcomputador CorelDraw e AutoCad Map
para editoração gráfica, máquina fotográfica digital e/ou filmadora, gravador de
som, notebook; data show, DVDs, entre outros.
No entanto, lembramos que, mesmo não dispondo de recursos
tecnológicos avançados, o professor em parceria com os alunos, pode adaptar
o trabalho à realidade de cada escola, sem que este perca sua objetividade.
8. SUGESTÕES DE LEITURA
8.1. IMPACTOS AMBIENTAIS NAS CIDADES
CATEGORIA: INTERNET
SOBRENOME: MELO
NOME: PABLO
LOCAL DA PUBLICAÇÃO: http://tudoverde.org.br
PÁGINA INICIAL: 01
DISPONÍVEL EM: http://tudoverde.org.br/coluna1.php
DATA DA PUBLICAÇÃO: 2005
COMENTÁRIOS: Apresenta uma série de reflexões e estudos
sobre a problemática socioambiental urbana, bem como para a
gestão das cidades no presente. A abordagem socioambiental das
cidades e seus problemas são evocados e discutidos.
8.2. II ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE
PÓS GRADUAÇÃO E PESQUISA EM AMBIENTE E
SOCIEDADE
CATEGORIA: internet
SOBRENOME Francisco
NOME: José
TÍTULO DO ARTIGO: Meio ambiente cosntruído: pela
desconstrução mínima socialmente engajada
LOCAL DA PUBLICAÇÃO: http://www.anppas.org.br
PÀGINA INICIAL: 1
DISPONÍVEL EM: http://www.anppas.org.br
DATA DA PUBLICAÇÃO: 2006
COMENTÁRIOS: Faz uma análise do espaço existente, seja ele
natural, transformado ou antrópico.
Analisa a ação humana sobre a paisagem-espaço através do
avanço do conhecimento e da técnica.
Defende a sustentabilidade ambiental, principalmente no que diz
respeito as paisagens urbanas, com a desconstrução mínima garantindo a
sobrevivência da paisagem natural
8.3. CONSIDERAÇÕES ACERCA DA PAISAGEM URBANA DA
CIDADE DE MARINGÁ – PARANÁ
CATEGORIA: internet
SOBRENOME: Silva; Loch
NOME: Carlos Alberto Mororó; Dr Carlos
LOCAL DA PUBLICAÇÃO: [email protected] e [email protected]
DISPONÍVEL EM: [email protected] e [email protected]
DATA DA PUBLICAÇÃO: 2005
COMENTÁRIOS
RESUMO : Propõe uma análise da cidade de Maringá, um espaço
urbano representado socialmente como ecológico estabelecendo comparações
entre as paisagens iniciais da cidade – paisagem natural – árvores, parques,
praças – e a paisagem construída – edificações, ruas e as paisagens atuais
enfatizando os problemas.
9. DESTAQUES
Brasil - 09/01/2006
Brasil tem primeira emissão de créditos de carbono emitida
Jornal: Valor Econômico - Seção: Brasil
Conteúdo: Felipe Frisch De São Paulo
Um projeto ambiental de gerenciamento de gás de aterro sanitário
em Salvador foi responsável pela primeira emissão de créditos de carbono para
um projeto brasileiro no âmbito do Protocolo de Quioto. Os certificados de
emissões reduzidas (CERs) foram obtidos pela Bahia Tratamento e
Transferência de Resíduos (Battre, ex-Vega Bahia) no dia 30 de dezembro.
Foram emitidos 45.988 títulos, correspondentes a igual número de
toneladas de dióxido de carbono que deixaram de ir para a atmosfera em 2004
- a redução deve ser comprovada periodicamente.
Essa é apenas a quarta emissão de CERs pela Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em
inglês), braço da ONU que aprova as metodologias e emite os créditos. Os
outros projetos que já obtiveram certificados foram: duas hidroelétricas de
Honduras (La Speranza e Rio Blanco) e um projeto de geração de energia a
partir de resíduos - biomassa - da plantação de mostarda, em Rajasthan, na
Índia. Todos emitidos em outubro do ano passado.
Até a emissão de fato, o processo passa por certificações: de uma
validadora ou verificadora independente; da autoridade nacional designada
(uma comissão interministerial, no caso brasileiro); do Conselho Executivo da
UNFCCC e, por fim, de outra validadora. Antes disso, o que é negociado é o
direito sobre os créditos, portanto com mais risco por não se saber o resultado
do projeto, explica Fabian Gonçalves, gerente de produtos da SGS do
Brasil, verificadora final do projeto brasileiro e que tem mais quatro em fase de
validação.
Os projetos, desde o início, têm comprador para os certificados,
da lista do chamado Anexo I do protocolo, dos países que têm meta de redução
de gases até o período de 2008 a 2012 e vão usar os créditos para alcançá-la.
Dos CERs do projeto brasileiro, os destinos são a Shell do Japão e do Reino
Unido. Para os demais emitidos, os compradores são da Holanda, Itália e
Finlândia.
10.NOTÍCIAS
Terça-Feira, 26 de Fevereiro, 2008
Jornal Umuarama Ilustrado
Arborização urbana terá manejo controlado
Uma situação que já está se tornando corriqueira em Umuarama
voltou a ser registrada na semana passada em Umuarama. A carroceria de um
caminhão que transitava pela Avenida Flórida enroscou no galho de uma das
árvores, que caiu em cima de um veículo estacionado. O Departamento de
Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Umuarama explica que casos como
esses são acidentais e que está atendendo aos casos mais urgentes,
priorizando as árvores doentes ou podres e realizando vistorias
constantes.Devido às condições climáticas registradas nos últimos meses, com
muita chuva, o crescimento de galhos e folhas nas árvores urbanas está
acelerado. Essa situação tem feito a prefeitura trabalhar a todo o vapor.
Responsável pela poda dos galhos excedentes, o Departamento de Meio
Ambiente pede paciência à população. Segundo o diretor do Departamento,
Edson Antônio Rodrigues Junior, as equipes já estão nas ruas, mas o volume
de trabalho está superior aos outros anos. “Felizmente, Umuarama tem uma
arborização muito expressiva. É praticamente uma árvore para cada habitante,
desconsiderando as espécies encontradas nos bosque”, afirmou. O fato é que
tantas árvores espalhadas em diversos bairros da cidade acarretam uma
demanda de manutenção muito grande. Nesse sentido, a prefeitura está
realizando os trabalhos primeiramente na região central e espera que nesse
primeiro semestre, a maioria dos bairros da cidade possa ser atendida.
Plano de Arborização: A prefeitura informou que está estudando
um plano de arborização, que levantará todo o perfil da vegetação urbana de
Umuarama, identificando a idade, a espécie, as condições e, avaliando sua
importância e relevância para a flora do município e para a população. Todos
os dias, uma grande quantidade de reclamações chega até o departamento.
Todavia, 70% delas são indeferidas, ou seja, não são consideradas, justamente
porque os motivos não são suficientes para que algo seja realmente feito.
Conforme Edson Júnior. “Não é por causa da suposta sujeira nas
ruas e calçadas que se deve eliminar uma árvore”, afirma
11. PARANÁ
AEN - AGÊNCIA ESTADUAL DE NOTÌCIAS
O Paraná recebe prêmio nacional por programas de seqüestro de
carbono - 06/11/2007 O projeto paranaense que estimula a recuperação florestal e a
inserção de pequenos produtores no mercado de créditos de carbono -
desenvolvido pelo projeto Paraná Biodiversidade, da Secretaria do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos – será premiado nesta quarta-feira (07) no Rio
de Janeiro pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues o
projeto ter sido escolhido para receber o Prêmio Von Martius de
Sustentabilidade, demonstra que há mercado e apoio no país para implementar
modelos de recuperação ambiental conciliando inclusão social e viabilidade
econômica em pequenas propriedades. “É mais uma alternativa para a
recuperação de florestas no Estado”, acrescentou o secretário Rasca.
Todos os trabalhos premiados serão divulgados em português e alemão na
revista Brasil-Alemanha, publicação oficial da Câmara de Comércio e Indústria
Brasil-Alemanha. Um dos critérios mais importantes avalia a contribuição da
iniciativa pelo seu significado coletivo e resultados, independentemente do
porte, local de realização e recursos investidos.
PROJETO PREMIADO - O Noroeste do Estado foi a região
escolhida para receber a primeira experiência do projeto, que começou no final
do ano passado. Mais de 180 pequenos produtores (propriedades de até 30
hectares) de seis municípios - Querência do Norte, Santa Cruz de Monte
Castelo, Porto Rico, Loanda, São Pedro do Paraná, Santa Isabel do Ivaí - estão
participando, incluindo produtores de três assentamentos localizados em
Querência do Norte
Nestas propriedades, as áreas de Reserva Legal (20% de cada
propriedade) são aproveitadas para o plantio de com espécies de árvores
nativas intercaladas com árvores de eucalipto. Cada hectare recebe 1,2 mil pés
de eucalipto e 400 de espécies nativas
O eucalipto pode ser desbastado para venda da madeira e a
fotossíntese do crescimento da floresta gera créditos de carbono, que também
podem ser comercializados por meio do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL). “A idéia é reduzir o número de árvores de eucaliptos, até chegar
em uma floresta só formada por espécies nativas”, destacou o secretário. No
total, a área destes produtores já cadastrados chega a mais de 300 hectares de
futuras florestas – que até então eram ocupadas principalmente por pastagens
e atividades agrícolas
Os plantios já começaram em mais da metade destas
propriedades. O próximo passo é a realização de cursos de capacitação pra
agricultores visando a formação de cooperativas para venda dos créditos de
carbono. “A cooperativa será responsável pela comercialização dos créditos e
contará com apoio organizacional do governo do Estado, que fará a ‘ponte’
entre produtores e interessados na compra de carbono”, explicou a
coordenadora de Mudanças Climáticas da Secretaria do Meio Ambiente, Manyu
Chang.
O programa Paraná Biodiversidade contribui com os custos de
implantação do projeto (cerca de R$ 1,5 mil por hectare) – para subsidiar a
compra de insumos como cercas, sementes, adubos e formicidas, para o
reflorestamento. “No total, já foram investidos R$ 250 mil nos plantios e
aproximadamente R$ 200 mil com a equipe técnica responsável pela
elaboração da proposta, extensão rural e capacitação dos produtores”,
informou o gerente do Paraná Biodiversidade, Erich Schaitza. “Já os produtores
entraram com a mão-de-obra e com o compromisso de manter por 20 anos
essas florestas em formação – produzindo carbono”, completou.
Segundo Erich Schaitza, o modelo é inovador, pois concilia conservação
ambiental, formando bancos de conservação genética de espécies ameaçadas,
garantindo a sobrevivência das populações locais dessas espécies.
“Garante ainda a produção econômica e a inclusão social, gerando renda com
a floresta e créditos de carbono, atendendo o Protocolo de Kyoto e finalmente
valoriza a ciência, utilizando conceitos avançados de genética de população,
de modelagem florestal e de sensoriamento remoto em sua estrutura”.
SELEÇÃO – Mais de uma centena de projetos foram inscritos e
avaliados por uma comissão julgadora constituída por empresários, lideranças
sociais, especialistas em cultura e sociedade e jornalistas especializados nas
áreas social, cultural e ambiental.
O presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar),
Rafael Greca, realizou na terça-feira (23), em Londrina, palestra sobre
“Reforma Urbana”, para alunos de Arquitetura e Engenharia da Universidade
Estadual de Londrina (UEL). Durante o encontro, Greca apresentou projetos
que estão sendo desenvolvidas pela Cohapar e obras executadas na cidade de
Curitiba durante sua gestão como prefeito entre 1993-96. O evento foi realizado
durante a VII Semana de Arquitetura e Urbanismo da UEL.
Para ilustrar a apresentação, Greca citou exemplos concretos de
arquitetura social implantados na capital paranaense, como o Farol do Saber,
Ruas da Cidadania, e os projetos de reforma urbana que estão sendo
desenvolvidos pela Companhia em todo o Estado, promovendo a inclusão
social e o resgate da cidadania de milhares de famílias. “A mudança na vida
das famílias é o resgate da dívida social e da dignidade de milhares de
pessoas graças à visão humanitária do nosso governador Requião e do
presidente Lula”, destacou.
“Hoje vemos o Governo Federal empenhado em fazer uma
política urbana voltada para uma vida melhor para a população. A criação e a
implantação do Estatuto das Cidades vem traçando um modelo de boa
convivência para todas as cidades, e é nisso que nos baseamos. As obras
precisam contemplar benefícios para toda a população e não para que poucas
pessoas possam usufruí-las. Fazer urbanismo é traçar limites”, afirmou o
presidente da Cohapar.
12.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAS, M. Geografia. Volumes 1, 2, 3 e 4. São Paulo: Moderna (Edição Atualizada).
AGRA FILHO, Severino Soares. Estudos de impactos ambientais no Brasil: uma análise de sua efetividade. Rio de Janeiro: IPEA, 1993.
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SANTOS, M. A Natureza do Espaço. Técnica e Tempo. Razão e Emoção. 2º Edição. São Paulo: Hucitec, l997.
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