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Jales - SP, 06 a 08 de outubro de 2016 VIII Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio IMPLANTAÇÃO DAS NORMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM UMA EMPRESA RURAL NO MUNICÍPIO DE PARANAPUÃ-SP: UM ESTUDO DE CASO Carla Eduarda Conde, Faculdade de Tecnologia de Jales, [email protected] Rivelino Rodrigues, Faculdade de Tecnologia de Jales, [email protected] Área Temática: AGROPECUÁRIA, MEIO-AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL RESUMO A cada dia a legislação fica mais rigorosa no sentido de prevenção de acidentes e preservação da saúde ocupacional, forçando, desde as mais singulares empresas a aplicarem recursos em segurança do trabalho. Cada vez mais, as preocupações com o bem estar e com a integridade física dos colaboradores passaram a serem elementos de destaque na gestão de um negócio. Nesse sentido, o presente estudo de caso e pesquisa torna-se importante porque visa levantar as vantagens que uma empresa rural tem ao implantar um sistema de saúde e segurança aos seus funcionários. Contudo, sabe-se que mesmo investindo em prevenção não se está livre de acontecimentos imprevistos. Porém, a consequência deste fato poderá ser com menor gravidade em função da política de saúde e segurança. Sendo assim este trabalho tem como objetivo identificar a empresa rural como sendo uma empresa modelo no seguimento de normas de segurança do trabalho no município de Paranapuã- SP. A pesquisa utilizada foi do tipo exploratória, com a aplicação de um questionário. Desta forma, a realização deste trabalho atendeu aos objetivos propostos, e ficou comprovado que com a implantação da segurança do trabalho nas empresas rurais é possível desempenhar de uma melhor forma as atividades desenvolvidas, com redução dos riscos ambientais, bem como os riscos de acidentes, proporcionando o bem estar e integridade física do trabalhador além de estar cumprindo com a legislação trabalhista. Palavras-Chave: Segurança do trabalho. Saúde. Prevenção. ABSTRACT Legislation has become stricter in order to prevent accidents and preservation of occupational health, forcing, from the most unique companies to implement workplace safety resources. Increasingly, concerns about the well-being and physical integrity of the employees began to be prominent elements in managing a business. In this sense, the present case study and research becomes important because it aims to raise the advantages that a rural company gets when it implements its health and safety system to its employees. However, it is known that even investing in prevention is not free from unforeseen events. But the consequence of this fact may be less severe due to the health and safety policy. Therefore, this study aims to identify the rural company as a model company in the follow-up work safety standards in Paranapuã- SP. The used research was exploratory, with the application of a questionnaire. Thus, this work reached the proposed objectives, and it was proved that with the work safety deployment in rural enterprises it is possible to perform in a better way the developed activities, reducing environmental risks as well as the risk of accidents, providing welfare and worker's physical integrity besides being compliant with labor laws.

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Jales - SP, 06 a 08 de outubro de 2016 VIII Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio

IMPLANTAÇÃO DAS NORMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO EM UMA

EMPRESA RURAL NO MUNICÍPIO DE PARANAPUÃ-SP: UM ESTU DO DE CASO

Carla Eduarda Conde, Faculdade de Tecnologia de Jales, [email protected] Rivelino Rodrigues, Faculdade de Tecnologia de Jales,

[email protected]

Área Temática: AGROPECUÁRIA, MEIO-AMBIENTE E DESENV OLVIMENTO SUSTENTÁVEL

RESUMO

A cada dia a legislação fica mais rigorosa no sentido de prevenção de acidentes e preservação da saúde ocupacional, forçando, desde as mais singulares empresas a aplicarem recursos em segurança do trabalho. Cada vez mais, as preocupações com o bem estar e com a integridade física dos colaboradores passaram a serem elementos de destaque na gestão de um negócio. Nesse sentido, o presente estudo de caso e pesquisa torna-se importante porque visa levantar as vantagens que uma empresa rural tem ao implantar um sistema de saúde e segurança aos seus funcionários. Contudo, sabe-se que mesmo investindo em prevenção não se está livre de acontecimentos imprevistos. Porém, a consequência deste fato poderá ser com menor gravidade em função da política de saúde e segurança. Sendo assim este trabalho tem como objetivo identificar a empresa rural como sendo uma empresa modelo no seguimento de normas de segurança do trabalho no município de Paranapuã- SP. A pesquisa utilizada foi do tipo exploratória, com a aplicação de um questionário. Desta forma, a realização deste trabalho atendeu aos objetivos propostos, e ficou comprovado que com a implantação da segurança do trabalho nas empresas rurais é possível desempenhar de uma melhor forma as atividades desenvolvidas, com redução dos riscos ambientais, bem como os riscos de acidentes, proporcionando o bem estar e integridade física do trabalhador além de estar cumprindo com a legislação trabalhista. Palavras-Chave: Segurança do trabalho. Saúde. Prevenção. ABSTRACT Legislation has become stricter in order to prevent accidents and preservation of occupational health, forcing, from the most unique companies to implement workplace safety resources. Increasingly, concerns about the well-being and physical integrity of the employees began to be prominent elements in managing a business. In this sense, the present case study and research becomes important because it aims to raise the advantages that a rural company gets when it implements its health and safety system to its employees. However, it is known that even investing in prevention is not free from unforeseen events. But the consequence of this fact may be less severe due to the health and safety policy. Therefore, this study aims to identify the rural company as a model company in the follow-up work safety standards in Paranapuã- SP. The used research was exploratory, with the application of a questionnaire. Thus, this work reached the proposed objectives, and it was proved that with the work safety deployment in rural enterprises it is possible to perform in a better way the developed activities, reducing environmental risks as well as the risk of accidents, providing welfare and worker's physical integrity besides being compliant with labor laws.

Jales - SP, 06 a 08 de outubro de 2016 VIII Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio

Key Words: Work Safety. Health. Prevention. 1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, investir em segurança do trabalho nas empresas urbanas e rurais de

diversos segmentos aumenta o grau de conscientização dos empregados, além de ser obrigatoriedade por força de lei. Fazer treinamentos de segurança com os colaboradores da empresa melhora o relacionamento entre eles.

Tomar cuidados com a segurança e o bem estar dos empregados é obrigação do empregador, isso é previsto em vários artigos da legislação trabalhista, cível e previdenciária. A cada dia a legislação fica mais rigorosa no sentido de prevenção de acidentes e preservação da saúde ocupacional, forçando, desde as mais singulares empresas a aplicarem recursos em segurança do trabalho. De acordo com Santos (1978), é preciso orientar os trabalhadores de acordo com as tendências da evolução da empresa, e manter um constante treinamento em função da especialização.

A coisa certa a se fazer é manter a mente aberta, conversar com os colaboradores da empresa e com o pessoal da área de segurança, fazendo com que todos participem do processo. Palestras e seminários, fazer cursos de atualização sobre gerenciamento, qualidade e meio ambiente também podem colaborar bastante. Em muitos desses cursos são ministrados tópicos envolvendo segurança do trabalho, que podem somar-se ao conhecimento necessário para fazer a empresa mais eficiente, segura, organizada e produtiva.

Cada vez mais, as preocupações com o bem estar e com a integridade física dos colaboradores passaram a serem elementos de destaque na gestão de um negócio. Segundo Diniz (2005), trata-se de um entendimento que as pessoas envolvidas no trabalho são o bem mais valioso para uma atividade bem feita, e com isso proporcionando tornar uma organização competitiva e bem sucedida comercial e socialmente.

Nesse sentido, o presente estudo de caso e pesquisa torna-se importante porque visa levantar as vantagens que uma empresa rural tem ao implantar um sistema de saúde e segurança aos seus funcionários. Contudo, sabe-se que mesmo investindo em prevenção não se está livre de acontecimentos imprevistos. Porém, a consequência deste fato poderá ser com menor gravidade em função da política de saúde e segurança.

Sendo assim este trabalho tem como objetivo identificar a empresa rural como sendo uma empresa modelo no seguimento de normas de segurança do trabalho no município de Paranapuã- SP.

2. METODOLOGIA

O presente trabalho é um estudo de caso que também pode ser definido como uma pesquisa de campo que segundo Gil (2009, p. 53) “constitui-se de investigação onde se realiza parte do trabalho pessoalmente, e tende a ser usado técnicas de investigação e observação e ser flexível com mudanças e variações ao longo da pesquisa”. O investigador tem como papel o de observador e explorador, coletando diretamente os dados no local pesquisado. Esta pesquisa foi realizada em uma empresa rural do segmento do agronegócio da região do município de Jales -SP.

A metodologia apresentada em um projeto tem como objetivo principal mostrar os procedimentos e métodos utilizados para elaboração da pesquisa realizada. Para Lakatos

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(1996, p. 15): “A pesquisa pode ser considerada um procedimento formal e um método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer [...]. É um procedimento reflexivo e sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou lei, em qualquer campo de conhecimento.”

A pesquisa utilizada foi do tipo exploratória que, segundo Gil (1993; p. 45), “tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou construir hipóteses”. De acordo com Gil (1998), a pesquisa exploratória, entre outros itens, constitui também de um levantamento bibliográfico que neste trabalho será abordado sob a ótica da legislação e das normas regulamentadoras vigentes neste país.

Magalhães (2007) destaca que os instrumentos utilizados em uma coleta de dados tradicionais são: a observação, entrevista, questionário e o formulário. Será utilizado neste trabalho para realização da pesquisa o questionário.

O estudo foi realizado em uma empresa rural do município de Paranapuã , e o entrevistado foi a técnica de segurança do trabalho responsável pela mesma.

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 CONCEITOS DE TRABALHO RURAL, TRABALHADOR RURAL E

EMPREGADOR RURAL O Trabalho rural se considera toda atividade desempenhada em propriedade rural com

fins lucrativos, ou, em prédio rústico destinado à exploração agrícola, pecuária, extrativa ou agroindustrial, mesmo estando localizado em perímetro urbano, mas com atividade utilizada em agro econômica.

Define-se empregador rural como sendo toda “pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agro econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por meio de prepostos e com auxílios de empregados” (art. 3º da Lei 5.889/73). Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma suas autonomias integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.

Trabalhador rural, segundo a Convenção n.º 141 da Organização Internacional do Trabalho – OIT, em seu artigo 2º, o definiu nos seguintes termos: “Abrange todas as pessoas dedicadas, nas regiões rurais, a tarefas agrícolas ou artesanais ou a ocupações similares ou conexas, tanto se trata de assalariados como, ressalvadas as disposições do parágrafo 2 deste artigo, de pessoas que trabalhem por conta própria, como arrendatários, parceiros e pequenos proprietários.”

De acordo com a lei própria que regula o trabalhador rural, descreve se “toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual o empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário”.

Podemos citar que trabalhador rural é toda aquela pessoa física que lida com atividades de natureza agrícola, retirando daí o seu sustento. É importante salientarmos que, para efeitos deste trabalho, compreende-se como trabalhador rural o texto contido no artigo 2º da Lei 5.889, de 08/06/73.

3.2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL

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O artigo 7° da Constituição da República Federativa do Brasil trata dos direitos dos

trabalhadores urbanos e rurais, que contém alguns incisos demonstrando a preocupação com a saúde e segurança do trabalhador, como: “ XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXVIII – seguro contra acidente de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos.”

A Constituição Federal de 1988 traz, ainda, no seu Artigo n° 196 - que a saúde é direito de todos e dever do estado, garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. A saúde do trabalhador deve ser uma preocupação, tanto do governo quanto das empresas, pois além do que, está previsto na Constituição Federal no seu artigo nº 196, ainda existe a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que garante direitos aos trabalhadores.

3.3 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO Segundo Oliveira (1999), a partir de 1930, o Governo de Getúlio Vargas começa a dar

um espaço e uma maior visão á proteção à saúde do trabalhador. Começava ali, de uma forma tímida, a reestruturação da legislação trabalhista do Brasil.

A legislação social do Brasil começou realmente após essa revolução de 1930. Foi no Governo Provisório que foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e se iniciou a elaboração das Leis Sociais, (Sussekind, 1996).

Para Sussekind (1996), foi na constituição de 1937 que se fixou a melhor norma de procedimentos do trabalho, pois era descrito nessa constituição o preceito básico para: a assistência médica e higiênica; as férias remuneradas; o repouso semanal; o salário mínimo; a indenização por cessação das relações de trabalho, sem que o empregado a ela tenha dado causa; jornada de oito horas; proteção à mulher, ao menor e ao seguro social, entretanto proibia a greve. Em 1943 com o Decreto–Lei n° 5.452 é que foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que não apresentou grandes mudanças no direito. Por isso necessitou de mudanças para atualizar a realidade dos ambientes de trabalho, sendo que se observa os inúmeros decretos, leis e normas editadas posteriormente. Uma das normas aprovadas foram as Normas Regulamentadoras (NR) relativas à Segurança e Medicina do Trabalho através da Portaria n° 3.214/78 que prevê medidas de proteção ao trabalhador.

3.4 NORMA REGULAMENTADORA 31 (NR-31) A Constituição Federal de 1988 após ser promulgado, em seu capítulo II (Dos Direitos

Sociais), artigo 7º, igualou os trabalhadores urbano e rural. No inciso XXII delibera sobre segurança e saúde do trabalhador, dispondo sobre redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança (BRASIL, 1988).

Ao trabalhador rural também se aplica a lei especifica nº 5889/73, segundo a qual o empregado rural é toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a

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empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário, em propriedade rural ou prédio rústico. Empregador rural é a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore a atividade agro econômica em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por meio de prepostos e com auxílio de empregados (BRASIL, 1973).

No Brasil as normas regulamentadoras decorrem da lei nº 6.514/77 que alterou o Capítulo V do Título II da CLT, relativo à segurança e medicina do trabalho. Esta lei determinava que o Ministério do Trabalho e Emprego regulamentasse pautas relativas a esses âmbitos, então foi publicada a Portaria 3.214/78 que constituiu as Normas Regulamentadoras que, por sua vez, dispõem capítulos sobre os temas especificados. Esses capítulos são conhecidos como NRs e versam sobre a segurança e saúde ocupacional.

No trabalho rural em caso específico da lei 5.889/73 que deu origem às Normas Regulamentadoras Rurais (NRRs 1, 2, 3, 4, 5), onde foram aprovadas pela portaria 3.067/88. No ano de 2008, essas NRRs foram revogadas e a regulamentação foi condensada na NR 31.

A NR-31 tem por objetivo “estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho” (BRASIL, 2005).

Ela se aplica a “quaisquer atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura, verificadas as formas de relações de trabalho e emprego e o local das atividades. Esta Norma Regulamentadora também se aplica às atividades de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários” (BRASIL, 2005).

A NR-31 consta de: objetivo, campos de aplicação, disposições Gerais - obrigações e competências - das responsabilidades, comissões permanentes de segurança e saúde no trabalho rural, gestão de segurança, saúde e meio ambiente de trabalho rural, Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Rural (SESTR), Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural (CIPATR), agrotóxicos, adjuvantes e produtos afins, meio ambiente e resíduos, ergonomia, ferramentas manuais, segurança no trabalho em máquinas e implementos agrícolas, secadores, silos, acessos e vias de circulação, transporte de trabalhadores, transporte de cargas, trabalho com animais, fatores climáticos e topográficos, medidas de proteção pessoal, edificações rurais, instalações elétricas, áreas de vivência e anexos (BRASIL, 2005).

No ano de 2010, a NR-12 veio para incorporar a parte relativa a máquinas e equipamentos da NR-31. Esta nova norma dispõe sobre segurança no trabalho em máquinas e equipamentos que se define “referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas as atividades econômicas” (GUIA TRABALHISTA, 2011). A NR-12 aplica-se aos fabricantes de máquinas e equipamentos.

O Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DSST), órgão vinculado à Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), está encarregado da definição, coordenação, orientação e implementação da política nacional em segurança e saúde no trabalho rural. O DSST é também responsável pela coordenação, orientação e supervisão das atividades preventivas desenvolvidas pelas regionais do MTE, além da realização da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural, zelando pela participação do

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trabalhador e implementação do Programa de Alimentação do Trabalhador. Cabe às Delegacias Regionais do Trabalho (DRT), órgão também vinculado ao SIT, executar as atividades determinadas pela DSST (BRASIL, 2005).

3.4.1 ACIDENTE DE TRABALHO RURAL De acordo com a OIT, as mortes por doenças e acidentes de trabalho aumentaram em

todo o mundo entre os anos de 2003 e 2008: saltaram de 2,31 milhões para 2,34 milhões. Segundo esses dados, 6,3 mil trabalhadores morreram diariamente por causas ligadas às suas atividades de trabalho (ANUÁRIO BRASILEIRO DE PROTEÇÃO, 2013).

Segundo a lei nº 8.213, no seu artigo 19 onde dispõe que: “[...] acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária da capacidade de trabalho”.

Junto com toda a modernização que houve na agricultura nas últimas décadas, também houveram significativas mudanças no trabalho e nas relações de trabalho no espaço rural. O trabalho rural que antes era baseado na utilização intensiva de mão de obra braçal cedeu lugar a ocupações intensivas em capital, tal qual a utilização de máquinas e equipamentos e de produtos químicos, de trabalhos antes tipicamente urbanos. De acordo com SILVA (2005) a conformação do “novo rural” leva a aproximação e mesmo a junção do rural e urbano como espaços contíguos.

De acordo com o Sistema Federal de Inspeção do Trabalho (SFIT, 2012) foi realizado, somente no setor da agricultura, em 2012, 11.019 ações fiscais, alcançando 838.417 trabalhadores, 24.966 notificações (concessão, pelo auditor-fiscal do trabalho, de prazo para regularização) 9.889 autuações, 146 embargos/interdições e 100 acidentes analisados.

No ano de 2011, os acidentes de trabalho segundo o SAE (Setor de Atividade Econômica Agricultura) foram responsáveis por 4% do total de acidentes de trabalho no Brasil. O número total de acidentes do SAE sofreu queda em anos recentes: 29.434 em 2009; 28.675 em 2010; 26.305 em 2011 (MTE, 2012).

Devemos citar que isso ocorre em sentido oposto à quantidade de acidentes de trabalho se somadas todas as atividades no Brasil, cujo aumento foi de 0,2% entre 2009 e 2010 (MTE, 2012). Segundo (SILVA, et al. 2005), os números apresentados pelo setor podem estar subestimados, pois o volume de trabalho informal no campo é expressivo e os acidentes que ocorrem nem sempre são comunicados.

3.4.2 USO DE AGROTÓXICOS NO MEIO RURAL Dentre todos os itens de mais importância tratados pela NR-31 devemos uma atenção

especial ao uso de agrotóxicos, devido ao lugar que o Brasil ocupa no mundo como o maior consumidor mundial desses produtos na atualidade. Portanto, podemos citar o envolvimento de grande quantidade de trabalhadores nas operações e nas aplicações do setor agropecuário do país. O Brasil também ocupa um lugar de destaque na segurança no trabalho em máquinas e implementos agrícolas devido ao volume de acidentes que se tem registrado e a própria evolução de seu número em propriedades agrícolas brasileiras (ABRASCO, 2012; IBGE, 2012; SCHOLOSSER et al., 2002; SOARES, 2007).

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Conforme cita (Queiroz et al. 2007), a OIT considera as atividades agropecuárias como uma de maior risco para o trabalhador, equiparando-se à construção civil e à exploração de petróleo. O trabalho agropecuário em si, pode se somar inúmeras possibilidades de uso de produtos químicos e máquinas e equipamentos, aumentando potencialmente os riscos e a gravidade de acidentes de trabalho. A aplicação de agrotóxicos é uma das atividades que apresenta um dos maiores riscos ao qual está exposto o trabalhador.

No ano de 2008, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e assumiu o primeiro lugar no consumo mundial de agrotóxicos, “nos últimos dez anos, o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93%, o mercado brasileiro cresceu 190%” (ABRASCO, 2012, p.14).

O Brasil representou 19% do mercado mundial de agrotóxicos e os Estados Unidos, 17% no ano de 2010. As categorias que detêm parcela importante na comercialização total de produtos agrotóxicos são: herbicidas (45%), fungicidas (14%), inseticidas (12%) e demais categorias (29%) (ANVISA, 2012).

Os vínculos dessa grande expansão brasileira no consumo de agrotóxicos têm a ver com o aumento da produção de soja, cana-de-açúcar, milho, café, citros e algodão. No ano de 2003 essas culturas eram responsáveis por 75% da demanda nacional de agrotóxicos, já no ano de 2008 essa porcentagem passou a ser 90%, principalmente em virtude do aumento de produção de soja e da cana-de-açúcar (HOFMANN et al., 2010).

Segundo a (ANVISA, 2012), o consumo médio de agrotóxicos aumentou de 10,5 litros por hectares em 2002 para 12 litros por hectare em 2011.

3.4.3 O USO DE MÁQUINAS E IMPLEMENTOS NA ATIVIDADE

AGROPECUÁRIA Hoje no Brasil, além do uso de intensivo de agrotóxicos, a utilização da força mecânica

também é uma das principais características da modernização da agricultura. De acordo com (Schlosser et al. 2002), antes do processo de modernização da agricultura brasileira os acidentes de trabalho estavam bem restritos a quedas, ferimentos com algumas ferramentas de trabalho e envenenamento por animais peçonhentos. Todas as novas tecnologias colocadas à disposição do trabalhador na agricultura, a utilização de máquinas e de agrotóxicos ampliou potencialmente os riscos de acidentes de trabalho.

De acordo com estudos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam que a utilização de tratores e equipamentos agrícolas está entre as atividades mais perigosas para o trabalhador rural. Para cada três acidentes ocorridos no meio rural, um parte de maquinários. O autor afirma que estudos envolvendo esse tipo de acidente ainda são escassos no Brasil.

Segundo Márquez (1986) o uso intenso de máquinas agrícolas aumentou significativamente os riscos de acidentes que os trabalhadores rurais estão sujeitos, hoje 60% dos acidentes de trabalho no meio rural são decorrentes da mecanização agrícola. Ainda de acordo com Márquez (1986) e Silva e Furlani (1999) que afirmam que o trator agrícola como sendo a máquina responsável por cerca de 20% dos acidentes de trabalho relacionados a esta atividade.

Field (2000), confirma a gravidade dos acidentes com tratores agrícolas relatando em seu trabalho realizado nos Estados Unidos da América, no Estado de Indiana, onde os resultados mostram que entre 500 e 600 morrem em cada ano no país, e a cada pessoa morta, outras 40 são feridas no mínimo.

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Conforme a pesquisa de Loringer e Myers (2008) realizada nos EUA, entre os anos de 1992 a 2005 ocorreram em média 200 acidentes fatais com tratores por ano, onde em 1.412 casos a causa primordial da morte foi o capotamento do trator.

Segundo Mccullgugh (1973) a falta de comunicação e supervisão, deficiência no planejamento, erros humanos tais como agressão, descuido, distração, fadiga, indisciplina, arrogância ou avareza são fatos que causam a ocorrência dos acidentes.

Ferreira (2012) cita “tratores e implementos agrícolas, quando utilizados sem a observação das normas de segurança, são a principal causa de fatalidades”. Quando vem acontecer a ocorrência de acidentes leves com esses tratores, as principais causas sempre recaem sobre a falta de conhecimento no que se refere às medidas de segurança na operação com o implemento, falta de atenção, equipamento inadequado para a tarefa executada. Já em casos de acidentes graves os mesmos ocorrem devido à falta de treinamento adequado dos operadores, falta de observação de regras básicas de segurança e jornada longa de trabalho (Schlosser et al., 2002).

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O estudo em questão envolveu a segurança no trabalho, voltada para o setor agrícola

que é uma das principais atividades econômica do estado de São Paulo, e pode-se dizer que do país também, sendo que o mesmo é responsável por grande parcela do PIB (Produto Interno Bruto) e geração de empregos no nosso país.

O estudo de caso foi realizado em uma empresa da área rural do município de Paranapuã, é uma empresa rural produtora de citrus, envolvendo a cadeia dos frutos como laranja limão e poncã. A propriedade conta com um espaço físico de 300 hectares de plantio, mais uma área de construção com barracão para o processamento dos frutos e também uma construção da parte onde funcionam os escritórios da empresa. A empresa conta com um total aproximado de 300 colaboradores e por solicitação da mesma, não será divulgada a sua razão social. Será denominada EMPRESA CITRUS.

A empresa citrus conta com uma logística de vendas toda organizada pela empresa, a mesma processa os frutos, faz o transporte com caminhões próprios até o CEASA da cidade de São Paulo, e conta com um box lá onde comercializa seus frutos para vários comércios daquela localidade.

Há quase uma década o proprietário começou a se preocupar com a saúde e segurança de seus funcionários, por isso contratou um engenheiro de segurança do trabalho que elaborou um projeto técnico de acordo com as necessidades da empresa. O processo de implantação de normas de segurança foi demorado, pois exigiram uma série de mudanças a serem realizadas, e muitas dessas mudanças acabam por gerar resistência nas pessoas envolvidas no processo por mudar seus hábitos e rotinas, hoje a empresa conta também com uma técnica de segurança do trabalho, e um médico de segurança do trabalho que vem até a empresa 3 vezes por semana para atendimento aos colaboradores.

Hoje na empresa citrus são aplicadas normas como o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) NR-07, NR-09 obrigatórios para qualquer empresa que admita trabalhadores como empregados, a Norma Regulamentadora 31 que regulamenta a atividade agrícola onde nela estão os EPI’s – Equipamento de Proteção Individual, CIPATR – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural, entre outros.

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Para a aplicação de forma correta de tais normas, a equipe trabalha orientando e fiscalizando se os trabalhos estão sendo feitos da maneira como a Lei prescreve.

São ministradas palestras como: o manuseio de agrotóxicos, aplicação de agrotóxicos, uso correto do EPI, os cuidados com o meio ambiente e orientações gerais a respeito de tais normas.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo que ora se encerra contribuiu para dar inicio a uma reflexão mais constante

sobre a saúde e segurança do trabalho rural, a importância disso para empresa e para o trabalhador.

Sobre a relevância da segurança do trabalho na empresa citrus, observou-se na entrevista com a técnica de segurança do trabalho que após a implantação de normas de segurança, os trabalhadores passaram a se relacionar melhor com os demais, bem como com o empregador, isso devido às palestras ministradas por técnicos e abertura para opiniões dos trabalhadores para ver o que pode ser melhorado na empresa.

Conta também como ponto positivo para a empresa após a implantação de todas as normas de seguranças, o último acidente registrado já tem mais de 2 anos de acontecido, no ocorrido relatado pela investigação feita pelo técnico de segurança do trabalho da empresa, um funcionário caiu de cima de uma carreta de trator, o mesmo não utilizava os EPIs necessários, exigidos pelas normas.

De acordo com a entrevista, foi citado que os funcionários estão mais dispostos e motivados para realizarem suas funções, bem como foram relatados os benefícios que tais medidas podem trazer para os empregados e empregador.

Portanto, nesse sentido pode-se concluir que é válido investir, e de acordo com a pesquisa desenvolvida na organização ficaram explícitos os benefícios advindos com a implantação da segurança do trabalho.

Desta forma, a realização deste trabalho atendeu aos objetivos propostos, e ficou comprovado que com a implantação da segurança do trabalho nas empresas rurais é possível desempenhar de uma melhor forma as atividades desenvolvidas, com redução dos riscos ambientais, bem como os riscos de acidentes, proporcionando o bem estar e integridade física do trabalhador além de estar cumprindo com a legislação trabalhista.

REFERÊNCIAS ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Dossiê Abrasco. Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. Parte 1 – Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Nutricional e Saúde. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: <http://www.abrasco.org.br/UserFiles/Image/_Dossie%20abrasco%20port.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2016. ANUÁRIO BRASILEIRO DE PROTEÇÃO. Mundo. [tabela óbitos e doenças]. 2013. Disponível em: http://www.protecao.com.br/materias/anuario_brasileiro_de_p_r_o_t_e_c_a_o_2013/mundo/J9y4AA. Acesso em: 14 mar. 2016.

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