imperios-coloniais-parte-1(2)

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Montfort Associação Cultural http://www.montfort.org.br Impérios Coloniais, de Marcelo Andrade - Parte 1 O longo e interessantíssimo estudo de nosso colaborador Marcelo Andrade será publicado em partes a partir de hoje. PREFÁCIO – A GUERRA HISTORIOGRÁFICA Entre as várias guerras que a Igreja Católica enfrentou e enfrenta, está a historiográfica. Nesta luta historiográfica, os inimigos da religião se concentram em duas frentes: a da omissão e a da deturpação dos fatos históricos. No primeiro caso temos como exemplo, a Irlanda, que tem uma história quase totalmente desconhecida porque revelaria o ódio protestante inglês contra os católicos irlandeses, que varreu séculos. No segundo caso, temos, como exemplo, a “lenda” das colônias de exploração e de povoamento, cuja refutação é um dos objetivos deste estudo. 1 – INTRODUÇÃO Os impérios coloniais europeus surgiram dentro do contexto das grandes navegações. Portugal foi a primeira nação a se aventurar no mar com objetivo de estabelecer colônias em áreas remotas, processo este iniciado no século XV. E a ele, seguiram-se outras nações, principalmente Espanha, Inglaterra, Holanda e França. O ciclo findou no século XX. É verdade que a ideia de colonização já existia no mundo antigo, várias cidades gregas, por exemplo, fundaram colônias. Mas, somente a partir do século XV foi possível o surgimento de impérios coloniais que varriam grandes extensões de terra sem contiguidade, que continham partes em porções isoladas nos continentes, com as comunicações entre a metrópole e a colônia realizadas por meio de longas navegações, nos mais variados mares. Analisaremos sinteticamente os impérios coloniais da Inglaterra, Holanda, Espanha, Portugal e França, nesta ordem. E as análises dos dois primeiros formam uma “primeira parte” e as dos restantes uma “segunda parte”. 1 / 10

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    Imprios Coloniais, de Marcelo Andrade - Parte 1O longo e interessantssimo estudo de nosso colaborador Marcelo Andrade ser publicado empartes a partir de hoje.

    PREFCIO A GUERRA HISTORIOGRFICA

    Entre as vrias guerras que a Igreja Catlica enfrentou e enfrenta, est a historiogrfica.

    Nesta luta historiogrfica, os inimigos da religio se concentram em duas frentes: a da omissoe a da deturpao dos fatos histricos.

    No primeiro caso temos como exemplo, a Irlanda, que tem uma histria quase totalmentedesconhecida porque revelaria o dio protestante ingls contra os catlicos irlandeses, quevarreu sculos.

    No segundo caso, temos, como exemplo, a lenda das colnias de explorao e depovoamento, cuja refutao um dos objetivos deste estudo.

    1 INTRODUO

    Os imprios coloniais europeus surgiram dentro do contexto das grandes navegaes. Portugalfoi a primeira nao a se aventurar no mar com objetivo de estabelecer colnias em reasremotas, processo este iniciado no sculo XV. E a ele, seguiram-se outras naes,principalmente Espanha, Inglaterra, Holanda e Frana. O ciclo findou no sculo XX.

    verdade que a ideia de colonizao j existia no mundo antigo, vrias cidades gregas, porexemplo, fundaram colnias. Mas, somente a partir do sculo XV foi possvel o surgimento deimprios coloniais que varriam grandes extenses de terra sem contiguidade, que continhampartes em pores isoladas nos continentes, com as comunicaes entre a metrpole e acolnia realizadas por meio de longas navegaes, nos mais variados mares.

    Analisaremos sinteticamente os imprios coloniais da Inglaterra, Holanda, Espanha, Portugal eFrana, nesta ordem. E as anlises dos dois primeiros formam uma primeira parte e as dosrestantes uma segunda parte.

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    2- A LENDA DAS COLNIAS DE EXPLORAO E DEPOVOAMENTO

    Pela lenda das colnias de explorao e de povoamento, os Estados Unidos, Canad etc.teriam sido colnias de povoamento e o Brasil e a Amrica Latina etc. teriam sido deexplorao.

    Esta classificao foi feita por Leroy-Beaulieu no trabalho De La Colonisation Chez les PeuplesModernes, de 1874.

    Tal viso obteve muito sucesso no Brasil e est quase onipresente nos livros escolares. Ohistoriador marxista Caio Prado Junior, por exemplo, foi um dos adeptos e um dos grandesdifusores dela.

    A colonizao de povoamento classicamente conceituada como "o tipo de colonizao ondeos colonizadores povoavam e desenvolviam a terra"[1]

    Segundo Caio Prado Junior, nelas o povoamento e a ocupao esto apartados dos objetivoscomerciais e visavam refazer condies de existncia similares ao Velho Continente. Elasno conheceram o latifndio nem a escravido, eram dominadas por pequenas propriedades eeram voltadas para o mercado interno.

    A colonizao por explorao, por sua vez, um mtodo onde prevaleciam os interessesmercantis, ou seja, a terra era utilizada somente para dar lucros metrpole.[2] Era marcadapor grandes propriedades, trabalho escravo e voltada para a exportao.

    Por esta razo, a Amrica do Norte seria rica e a Amrica do Sul seria pobre.

    Em que pese o sucesso desta viso, esta tese to simplista quanto errada e deve serabandonada por completo.

    Primeiro porque, como veremos, talvez nunca tenha havido nenhuma colnia de povoamentono sentido estrito, ora definido por Caio Prado.

    Segundo porque o conceito aborda as colnias somente sob a tica econmica, ignorandovetores religiosos e civilizacionais. Passa ao largo, tambm, da questo da moralidade doenriquecimento, j que se pode enriquecer tanto por meios ilcitos quanto por meios lcitos.

    Terceiro porque ignora que as colnias possam ter tido uma mistura dos dois elementos. Nose pode explorar sem haver um mnimo de povoamento, por exemplo.

    Quarto porque ignora as relaes dos colonizadores com os povos autctones. Assim, caso

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    uma potncia europeia tenha exterminado um povo local e feito um assentamento europeu,este teria sido de povoamento, o que o tornaria, por esse critrio, bom.

    Quinto porque no prova nenhum liame lgico entre a suposta causa colnias depovoamento efeito naes desenvolvidas e causa colnias de explorao efeito naessubdesenvolvidas. feita apenas uma afirmao.

    Sexto porque esta tese falsa apanha uma fotografia do presente econmico de um pas e fazuma extrapolao ilgica para o passado. Deveria ser feita uma anlise da riqueza na poca dacolonizao e no na poca atual. Ora, as riquezas mudam de mo com velocidade. Hoje aCoria do Sul mais rica que a Argentina, mas h 40 anos era o inverso.

    Esta tese encontrou sucesso primeiro porque vai ao encontro da historiografia marxista(infelizmente predominante), por satisfazer a sua obsesso pelos opressores e oprimidos.

    Segundo porque que esta tese tambm serve aos direitistas liberais e anglfilos, que defendemque a Inglaterra teria fomentado colnias de povoamento e pugnava pelo liberalismoeconmico.

    Terceiro porque atende bem a uma viso anticatlica da Histria. Portugal e Espanha forampotncias catlicas e a Inglaterra protestante. Assim, como as duas primeiras naes teriamgerado colnias pobres e a segunda teria gerado colnias ricas. O catolicismo seria umareligio arcaica e/ou errada e o protestantismo seria uma religio da riqueza e do progresso.

    Quarto porque procura dar uma resposta, ainda que errada, para os mais ingnuos acerca dasrazes pelas quais determinados pases so pobres e outros so ricos.

    Porm, a ordem dos fatos histricos depe fortemente contra esta tese equivocada.

    A Histria contada pelos vencedores e, como a viso protestantizada e marxista do mundovence, da o sucesso de tal tese.

    Mas, como diz um sbio ditado brasileiro: o diabo ajuda a fazer, mas no ajuda a esconder:os fatos demonstraro a verdade.

    Este um tema que desperta muita polmica e alvo de muitos estudos. Normalmente hpreconceito e desconhecimento da Histria. A maioria das pessoas repete chavesdesgastados e bordes marxistides.

    3- TEMAS RELACIONADOS COM OS IMPRIOS COLONIAS

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    Antes de estudar os imprios em espcie, devemos abordar resumidamente alguns temas quese relacionam com as atividades imperiais.

    3.1- ESCRAVIDO NA POCA COLONIAL

    A escravido a prtica social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobreoutro, designado por escravo.[3] Na maioria das vezes, esta condio era obtida por fora, mashouve excees (veremos no decorrer deste trabalho alguns casos).

    A Igreja Catlica sempre lutou contra a escravido, desde a carta de So Paulo a Filmon at osculo XIX, poca na qual terminou formalmente a escravido no Mundo Ocidental[4]. NaIdade Mdia[5], houve condenaes e por causa da atuao da Igreja Catlica, a Europa selivrou deste flagelo.

    Na poca das Grandes Navegaes, porm, a escravido ressurgiu com fora e a IgrejaCatlica a condenou novamente, como por exemplo, nas Bulas: Cum Sicuti (1591) de GregrioXIV, Commissum Nobis(1639) de Urbano VIII e Immensa Pastorum (1741) de Bento XIV.

    A similaridade das palavras inglesas slav (eslavo) e slave (escravo) no coincidncia,pois os muulmanos e judeus faziam trfico de escravos, na Idade Mdia, levando cativos daEuropa oriental para o mundo muulmano, para os califados de Bagd e de Crdoba, porexemplo. Escravos brancos so saqaliba em rabe, o mesmo termo para eslavos (LEWIS,2001, p. 235).

    Os Vikings, tambm, na poca Moderna foram grandes fornecedores de escravos brancospara os muulmanos. Na maioria das vezes, eram escravizados nas Ilhas Britnicas(HOFFMAN, 1993, p. 4).

    Havia muita escravido branca na poca das Grandes Navegaes. Entre 1530 e 1780, ummilho de escravos europeus serviam no norte da frica (GALLAY et al. 2009, p. 11).

    No sculo XVII, havia mais escravos ingleses na frica que africanos escravizados na Amrica(GALLAY et al., 2009, p. 11) e j havia um enorme trfico intracontinental na frica (GALLAY etal., 2009, p. 20) vindo da frica subsaariana para o norte africano.

    Na Amrica, a escravido tambm j existia antes dos europeus chegarem, ndios norte-americanos j a praticavam e astecas tambm (GALLAY et al. 2009, p. 10).

    Na era das Colnias, os africanos, que eram levados forados da frica para a Amrica, j

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    eram, na realidade, escravos ou cativos em sua terra. As guerras entre as tribos africanas eramintensas e terminavam em massacres ou escravido, de modo que as tribos vencedorasdetinham os vencidos e comercializavam-nos com os traficantes de escravos europeus.

    Trocava-se a escravido na frica (ou a morte) por outra na Amrica.

    apenas uma lenda que os africanos viviam num paraso roussoniano em suas terrasnatais.

    No total, aproximadamente dez milhes de escravos africanos foram levados para a Amrica,trs milhes deles transportados em barcos ingleses (FERGUSON, 2003, p. 10).

    Os ingleses tambm levavam ndios escravizados na Amrica do Norte para o Caribe.

    Depois de dominar o trfico negreiro, a Inglaterra patrocinou o fim da escravido no sc. XIX.No lhe interessava mais economicamente, assim, poderia passar demagogicamente comodefensora da liberdade.

    Como substitutivo, ela contava com os coolies, com os blackbirds, com a escravidodisfarada na frica da The Beers e com a mo de obra barata dos indianos (ver tpicosrelativos aos temas).

    Na poca Colonial, o tratamento dispensado aos escravos foi muito irregular. Nos impriosbritnico e holands o trato era muito pior que nos imprios espanhol, portugus e francs.

    Escravos nas colnias espanholas possuam direitos legais que eram negados tanto nascolnias britnicas quanto nas colnias holandesas (GALLLAY et al. 2009,p. 5 ).

    3.2 - O MUNDO FORA DA EUROPA

    O mundo fora da Europa, na poca das Grandes Navegaes e no comeo das construesdos Imprios Coloniais, era selvagem.

    Na Amrica, o canibalismo era regra, assim como o infanticdio, o abandono dos velhos, ossacrifcios humanos, o homossexualismo, as guerras constantes etc.

    Os astecas, por exemplo, foram o povo conhecido que mais praticava sacrifcios humanos emtoda a Histria.

    Na frica subsaariana, o ambiente era similar.

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    Na China, mais civilizada, ainda assim havia prticas abjetas como abandono de velhos paramorrer, sacrifcios humanos em certa poca, infanticdio e homossexualismo.

    Na ndia, havia aberraes como o sati, cerimnia na qual esposas vivas eram obrigadas ase sacrificarem vivas nas fogueiras de piras funerrias de seus esposos mortos[6].

    No Extremo Oriente, Indonsia, Filipinas, Austrlia etc. tambm existiam hbitos repulsivos.

    Entre os muulmanos, por sua vez, na poca moderna, a mulher era mal tratada, havia apoligamia[7], praticavam a escravido e eram muito cruis contra os inimigos. Alis, o Isl tinha(e tem) muito dio da Cristandade, o prottipo e o modelo da jihad a guerra contra aCristandade (LEWIS, 2001, p.65).

    A civilizao, como a conhecemos, com caridade, civilidade, sem abuso dos mais fracos umaconstruo da Igreja Catlica.

    Roma e Grcia antigas, as naes mais civilizados do Mundo Antigo, tambm praticaramsacrifcios humanos, escravido e infanticdio.

    Os Vikings, por exemplo, antes da converso ao catolicismo eram de uma brutalidade mparcontra os povos vencidos. Os germnicos tambm tinham uma verso do sati e sabandonaram sua prtica com a converso ao catolicismo.

    Somente Israel na Antiguidade, apesar da presena da escravido, escapava da selvageria.

    Os povos que tiveram contato com os colonizadores europeus estavam apartados dacivilizao e foram os europeus, em maior ou menor grau, quer por acidente quer por inteno,que levaram a civilidade para toda a gente.

    Ao longo deste trabalho abordaremos alguns dos hbitos dos povos autctones.

    3.3 - PIRATARIA

    Pirataria o ato de se roubar navios nos mares. Os piratas que exerciam esta atividade eramnormalmente violentos e assassinos. Uma atividade correlata era a de saquear cidades a beira-mar.

    A Pirataria sempre existiu e ainda existe hoje em dia e foi muito comum na poca colonial.

    Corsrio era um pirata que, por misso ou carta de corso (ou "de marca") expedida por um governo, era autorizado a pilhar navios de outra nao (guerra de corso), ou seja, era uma

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    pirataria oficializada. Piratas se transformavam em corsrios e vice-versa.

    A Inglaterra foi a rainha da pirataria, sempre se utilizou muito dos corsrios. Essa atividadeera para ela uma grande fonte de renda ( APPLEBY, 2013, p. 40). Havia uma extensivainfraestrutura para apoiar e dar aparncia de operao comercial pirataria (APPLEBY,2013, p. 8).

    Entre 1688 e 1815, 25.000 carta de marca foram expedidas na Inglaterra. (HILLMANN, 2007,p.5)

    Durante certa poca, o principal objetivo militar da Inglaterra era saquear os navios espanhis.De 1585 a 1604, entre 100 e 200 embarcaes foram enviadas para assediar barcosespanhis (FERGUSON, 2003, p. 33)

    Era muito utilizado um tipo de perdo real no qual a Inglaterra anistiava piratas para faz-losservir Coroa, como corsrios, contra os inimigos dela.

    A atividade imperial e colonial inglesa era indistinta da pirataria. Houve heris nacionais,parlamentares, colonizadores, funcionrios das companhias e governadores coloniais queforam piratas.

    Boa parte dos piratas na Histria Moderna, muitos deles famosos, eram ingleses.

    A Inglaterra transformou Francis Drake (1540-1596), pirata, assassino, pilhador e traficante deescravos em heri nacional.

    Igualmente, fez de Lord Cochrane (1775-1860), corsrio e pilhador, um heri. Ele chegou aservir a outras naes, incluindo o Brasil. Certa vez saqueou violentamente So Luis doMaranho.

    Henry Morgan (1635-1688), corsrio, foi governador da Jamaica.

    Thomas Cavendish (1555-1592) participou da fundao da Virgnia e assaltou a costa brasileiravrias vezes.

    James Lancaster (1554-1618) foi diretor da Companhia das ndias Orientais Inglesa. Certa vez,foi to cpido no saque a Recife em 1595 que afundou vrios barcos devido ao excesso depeso do butim.

    Henry Mainwaring (1587-1653) foi membro do Parlamento e da marinha inglesa e seespecializou em assaltar navios portugueses, espanhis e franceses, na costa europia.

    Black Bart (1682-1722) aterrorizou vrios lugares.

    Barba Negra (1680-1718), um dos mais famosos, atuou em New Providence e em outroslugares, servindo a Inglaterra em vrias oportunidades.

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    Calico James (1682-1720) tambm atuou em New Providence.

    Capito Kidd (1645-1701) atuou na costa do Madagascar contra os franceses.

    Port Royal na Jamaica inglesa era um grande centro de bucaneiros (piratas do caribe).

    New Providence em Bahamas era outro centro da pirataria inglesa, local estratgico paraassaltar navios espanhis, pois, situa-se perto da Flrida, que era espanhola.

    As Treze Colnias tambm foram usadas para entrepostos de corsrios, assim como aBermudas.

    Depois da Inglaterra, a Holanda foi a potncia que mais usou os piratas. As Companiasmajestticas holandesas, a WIC e a VOC no deixaram de ser empresas de pirataria.

    Houve tambm piratas famosos holandeses:

    Jan Janz (comeo do sc. XVII) foi presidente de uma curiosa Repblica dos Piratas do BuRegregue na costa norte africana.

    Roc Braziliano (1630-1673) foi um pirata cruel que odiava espanhis e atacava a costabrasileira, da sua alcunha.

    Jacob Wilckens, a servio da Companhia das ndias Ocidentais, invadiu Salvador em 1624.

    A Frana vem em terceiro lugar na relao com piratas, mas se utilizou dos corsrios em umgrau muito menor.

    Jean Ang (sec. XVI), a servio da Frana, aterrorizou o Brasil.

    Jean Bart (1651-1702) atuou na Amrica do Norte.

    Espanha e Portugal fizeram muito pouco uso em toda a sua histria dos corsrios. EmPortugal, os saques a cidades eram proibidos.

    Bartolomeu Portugs (sc. XVII) foi o nico pirata lusitano famoso e escreveu o cdigo dapirataria.

    A pirataria ocorria em vrios locais no mundo inteiro. O Mediterrneo era infestado de piratas,principalmente muulmanos que atacavam embarcaes catlicas.

    Mas, o apogeu da pirataria aconteceu no Caribe e a sua idade de ouro foi entre 1690 e1730, os piratas l eram conhecidos como bucaneiros.

    O tratado de Paris (1856) pos fim aos corsrios. Nesta ocasio, a Inglaterra dominava os marese era a grande potncia do mundo, logo ela s teria a perder com a manuteno do corso, j

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    que seria mais vtima dele do que patrocinadora, por isso, advogou seu fim junto com outraspotncias.

    [1] Wikipedia, verbete colonizao de povoamento.

    [2] Wikipedia, verbete colonizao de explorao.

    [3] Wikipedia, verbete escravido.

    [4] Nos pases islmicos houve escravido no sculo XX.

    [5] O Conclio Regional de Lyon (567-570), por exemplo, proibia a escravido de homens livres.No sculo VII, a rainha da Frana Santa Batilde, que fora escrava ela mesma, proibiu acomercializao de escravos.

    [6] Wikipedia, verbete Sati. Existem relatos de ocorrncias nas ltimas dcadas.

    [7] Ainda h poligamia hoje em alguns pases muulmanos.

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