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RELATÓRIO DE CONTAS 2015 IMORECUPERAÇÃO FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

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RELATÓRIO DE CONTAS 2015

IMORECUPERAÇÃO FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

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IMORECUPERAÇÃO - Fundo de Investimento

Imobiliário

RELATÓRIO DE ACTIVIDADE DE 2015

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

ECONOMIA INTERNACIONAL

A economia mundial, em 2015, desacelerou face ao ano anterior, com um crescimento

previsto apenas marginalmente acima de 3%, o ritmo mais lento desde a Grande

Recessão. À semelhança do ano transato, a desaceleração resultou sobretudo da

deterioração das condições económicas nas economias emergentes, não sem efeitos de

contágio às economias desenvolvidas, em especial as que têm maiores volumes de

comércio mundial com a China, como os EUA e o Japão.

Na zona euro, o PIB acelerou, com um crescimento de 1,6% no conjunto do ano,

ligeiramente acima das expetativas de início do ano, em que terá havido um efeito

positivo da política monetária não-convencional do BCE, em especial ao nível da

confiança económica.

A inflação, contudo, permaneceu claramente abaixo do objetivo do BCE, de “próximo,

mas abaixo de 2,0%”, refletindo o “output gap” gerado durante a crise, o ajustamento

estrutural em curso em alguns países, e os efeitos da descida do preço do petróleo. As

medidas do BCE têm um impacto sobretudo ao nível das expetativas dos agentes

económicos, no combate a expetativas deflacionistas.

ECONOMIA PORTUGUESA

A economia portuguesa, em 2015, consolidou a trajetória de recuperação iniciada em

meados de 2013, com o PIB a crescer 1,5%, acelerando face aos 0,9% registados em

2014, e após a contração acumulada de 6,8% observada entre 2010 e 2013.

No entanto, a dinâmica de crescimento não foi uniforme ao longo do ano, com o

crescimento homólogo de cerca de 1,7% no início do ano e a desacelerar para cerca de

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1,3% no último trimestre do ano, sobretudo devido a um abrandamento do

investimento.

No conjunto do ano, o crescimento económico foi claramente suportado pela procura

interna, em especial pelo consumo privado, já que as exportações líquidas tiveram um

contributo negativo para o crescimento, como já tinha ocorrido em 2014.

O MERCADO IMOBILIÁRIO EM 2015

No ano de 2015 o volume de investimento imobiliário, em Portugal, alcançou um

registo histórico com €1,9 mil milhões, o que representa um crescimento superior a

170% em relação a 2014 (€700 milhões). Esta melhoria da performance deu

continuidade à evolução registada em 2014, com a participação determinante dos

investidores estrangeiros, com 86% do capital investido.

Para 2016, as previsões para o mercado imobiliário em Portugal, apontam para a

manutenção de uma boa performance, embora com números inferiores aos registados

em 2015. Apesar de ainda apresentar uma boa relação qualidade / preço, a crescente

instabilidade – geopolítica, económica e financeira – poderá conduzir ao refrear das

expetativas por parte dos investidores nacionais, mas sobretudo internacionais.

De seguida, apresentaremos uma análise sobre o mercado imobiliário em Portugal por

segmento, uma vez que os diferentes segmentos do mercado apresentaram dinâmicas

distintas.

Mercado Habitacional

Em linha com a restante economia, as vendas de habitação apresentaram um

crescimento relativamente a 2014. Para este crescimento contribuíram os seguintes

factos: i) redução da exigência no acesso ao crédito por parte das instituições

financeiras para poderem “aliviar balanço” e ii) a procura por parte de estrangeiros /

residentes não habituais, especialmente em Lisboa por imóveis reabilitados nas zonas

históricas da cidade. O primeiro fator foi preponderante no crescimento de 70%, sobre

o de 2013.

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As perspetivas do mercado residencial para 2016 mantêm-se positiva, devido à

manutenção da procura interna (facilitada pela crescente redução dos spreads nos

créditos a habitação), a que se adiciona a crescente a procura de ativos residenciais

por parte de investidores privados (nacionais e internacionais).

Em Dezembro de 2015, o valor médio de avaliação bancária de habitação em Portugal

Continental situou-se em €1.050/m2, o que correspondeu a um crescimento de 4,5%

face ao verificado no final de 2014 (€1.005/m²).

Mercado de Retalho

No segmento de retalho, após vários anos de forte deterioração devido à conjuntura

económica, os níveis de atividade, especialmente nos centros comerciais prime e nas

lojas de rua, mantiveram-se elevados devido principalmente ao forte dinamismo

gerado pelo turismo.

A finitude dos espaços provocou que a dinâmica se alastrasse a localizações

secundárias – especialmente no comércio de rua - na cidade de Lisboa e Porto.

Assim, em 2015, reflexo da recuperação sentida no mercado, verificou-se o aumento

generalizado nas rendas praticadas, com enfoque no comércio de rua, tendo-se

mantido inalterados os valores de rendas nos centros comerciais secundários e nos

retail parks

Apesar da crescente procura, em 2015, continuou-se o caminho de modernização do

sector (em oposição ao expansionismo anterior), o que se traduziu na estagnação dos

projetos que se encontravam em pipeline.

Para 2016, espera-se a continuação da atual dinâmica dos espaços comercias, mas

desta vez concentrada nos centros comerciais devido à abertura do Nova Arcada

(âncora Ikea) em Braga com 67.500m² e do Ikea Center Algarve (Loulé) com 42.000 m².

Mercado de Escritórios

A retoma da procura, em linha com a generalidade do mercado imobiliário, já sentida

em 2014 foi reforçada em 2015 (crescimento de 14% em relação a 2014 e 44% em

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relação à média dos últimos 5 anos), o que se traduziu numa absorção de cerca de

145.000m².

Apesar da oferta nova em 2015 se ter mantido em níveis muito reduzidos, o

crescimento da absorção não resultou numa descida da taxa de desocupação –

manteve-se em 11,1% - uma vez que a maioria dos novos arrendamentos ocorreu

devido a relocalizações de empresas (passaram para edifícios com melhores

condições). No entanto, no final de 2015 havia alguns projetos que os promotores

estavam a equacionar retomar, pelo que a oferta futura estimada, até final de 2018,

poderá totalizar cerca de 50.000m².

Assim, fruto da atual escassez de produto e da manutenção de elevados níveis de

absorção, estimamos que para 2016 se assista a uma redução da taxa de desocupação

e uma ligeira recuperação dos valores das rendas.

Mercado Industrial / Logística

Ao contrário dos outros setores do mercado imobiliário, o segmento de logística apenas

apresentou ligeiras melhorias no segundo semestre de 2015, principalmente devido a

aquisição de muitos ativos de rendimento por parte dos maiores fundos / private

equities internacionais.

Apesar do reduzido nível de oferta especulativa (a maioria dos imóveis apenas são

desenvolvidos quando já estão prometidos arrendar), tal como já tinha sucedido nos

últimos anos, o elevado número de espaços usados disponíveis, embora de menor

qualidade e com menos valências, continuou a colocar alguma pressão na

renegociação dos arrendamentos.

Para 2016, tendo em conta a expectável recuperação no consumo privado, o nível de

ocupação deverá ser ligeiramente maior, devendo desaparecer a pressão de

renegociação dos valores das rendas. No entanto, as carências concedidas pelos

proprietários aos arrendatários nos contratos novos deverão manter-se.

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O MERCADO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

Em Portugal, os Fundos Imobiliários Abertos, durante o ano de 2015, apesar do

decréscimo superior a 22% no nível de endividamento (de €474,8 para €368,3), o valor

dos ativos sob gestão desceu 6,3% em relação ao final de 2014, de €4.503 para €4.220

milhões.

No ano de 2015, o valor líquido global dos Fundos Imobiliários geridos pela Santander

Asset Management desceu 2,2% para €478,9 milhões tendo a quota de mercado

subido dos 4,3% para os 4,5%.

Durante o ano de 2015, fruto da melhoria do mercado imobiliário, verificou-se um

elevado número de alienações de ativos por parte dos Fundos Imobiliários nacionais.

Os níveis de rentabilidade dos Fundos Imobiliários continuaram baixos, tendo sido em

muitos casos negativos, principalmente devido às reavaliações dos ativos imobiliários

que compõe as suas carteiras.

Os valores dos imóveis foram particularmente afetados pela redução das rendas ou

aumento do nível de desocupação. Este efeito foi em parte compensado pela descida

das yields de mercado. Perspetivamos para 2016 a continuação do baixo, ou mesmo

negativo, nível de rentabilidade dos Fundos Imobiliários.

ACTIVIDADE DO IMORECUPERAÇÃO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO

EM 2015

O IMORECUPERAÇÃO iniciou a respectiva actividade em 15 de Julho de 2005, data

da respectiva constituição, com um capital inicial de € 25.000.000,00 (vinte e cinco

milhões de euros).

O Fundo foi constituído por um período inicial de 10 anos, podendo esse prazo ser

prorrogado, por deliberação em Assembleia de Participantes, nos termos da lei e do

presente Regulamento de Gestão.

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O prazo de duração inicial de 10 anos terminou em 15 de julho de 2015, tendo sido

convocada a Assembleia de Participantes para 30 de janeiro de 2015, a qual foi

suspensa para 24 de fevereiro de 2015 e 25 de março de 2015, com sessão final a 29

de abril de 2015, tendo sido decidido, prorrogar o Fundo por mais 5 anos, a contar de

15 de julho de 2015. Esta decisão foi aprovada por maioria, correspondente a 76% dos

votos dos participantes, com voto favorável do Fundo Pensões Banco Santander Totta

e com o voto contra da FIDELIDADE - Companhia de Seguros, S.A..

Em consequência desta votação, a FIDELIDADE - Companhia de Seguros, S.A. pode

solicitar o resgate das Unidades de Participação que detinha, tendo a Sociedade

Gestora recebido, em 29 de maio de 2015, um pedido de resgate de 120.000 UP’s.

O valor da unidade de participação, para efeitos de resgate, correspondeu ao valor da

UP do último dia do período inicialmente previsto para a duração do Fundo, ou seja, a

UP do dia a 15 de julho de 2015, no valor de €44,4932, o qual foi confirmada por

parecer do Auditor do Fundo, tendo sido apurado um valor de resgate de

€5.339.186,40.

As Partes acordaram que o valor de resgate seria pago em espécie, por dação em

pagamento de parte dos ativos que compõem a carteira do Fundo, podendo, para fins

de acerto de contas, ser realizado, um pagamento em numerário ou recebidas tornas.

Deste modo, ocorreu, a 5 de agosto de 2015, a escritura de dação em pagamento, com

a entrega de imóveis (3 lojas na Rua da Madalena, 110 a 118, Lisboa e 6 frações

habitacionais sita na Rua da Artilharia Um, Lote 3 e respetivos avos do lote 8) no

montante de €4.292.081,50; de 286.016 unidades de participação do fundo Vision,

pelo valor de €991.874,89 e o restante em numerário no valor de €55.230,01.

Foi igualmente deliberado na Assembleia de Participantes, que não seria aplicada a

comissão de resgate de 1,25%, prevista no regulamento de gestão.

A Sociedade Gestora cumpriu a sua obrigação legal de reavaliar todos os ativos

imobiliários do Fundo de modo a que os mesmos, no final do prazo de duração inicial

do Fundo, tivessem avaliações com uma antiguidade inferior a 6 meses.

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A reavaliação da totalidade dos imóveis teve como consequência a desvalorização de

alguns dos ativos importantes do Fundo, com impacto na rentabilidade e no Valor

Líquido Global do Fundo.

À data de encerramento do exercício encontravam-se emitidas as 380.000 unidades de

participação, representativas da totalidade do capital do fundo.

O volume total de ativos do Fundo diminuiu cerca de 25,4%, apresentando, em 31 de

Dezembro de 2015, ativos sob gestão no montante global de € 18.931.715,61, com a

seguinte estrutura de ativos:

O resultado negativo do exercício de 2015, no montante €253.274,08, é composto por

um valor efetivo positivo de €745.172,04 e por um resultado potencial negativo

adicional de €998.446,12. Este resultado potencial negativo foi devido, na sua

maioria, ao processo de reavaliação de imóveis que compõem o Fundo e consequente

ajustamento do seu valor para a média simples das avaliações efetuadas por 2 peritos

independentes.

A rentabilidade anualizada do Fundo, líquida de impostos e comissões, à data de 31

de dezembro de 2015, foi de -0,30%, sendo a bruta de 0,01%. Em termos de

rendibilidade a 5 anos, a rendibilidade líquida do Fundo encontra-se em -4,59% e a

bruta em -4,24%.

Relativamente aos desinvestimentos, procedeu-se à alienação de (i) 13 frações no

imóvel sito na Rua Artilharia Um, Lote 3, Lisboa e os respetivos 83,86 mil avos

indivisos do Lote 8 na Rua Artilharia Um (área verde privada) associados às fracções

de habitação, no valor global de €8.992.834,00 e (ii) 6 frações no imóvel sito Av. Dr.

ESTRUTURA DO ACTIVO 2015 VALOR %

D / O 8 242 601,34 43,54%D / P 0,00 0,00%TOTAL LIQUIDEZ 8 242 601,34 43,54%APLICAÇÕES - FII 3 083 632,81 16,29%DEVEDORES 299 835,26 1,58%IMÓVEIS 7 300 319,50 38,56%CONTAS DIVERSAS 5 326,70 0,03%

TOTAL DO ACTIVO 18 931 715,61 100,00%

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Moreira de Sousa, 529, Carvalhos, V. N. Gaia, no montante de € 494.000,00,

conforme estratégia delineada para os mesmos.

A composição do património imobiliário, utilizando como critério de valor as funções

do mesmo, era a seguinte, em 31 de Dezembro de 2015:

DISPONIBILIDADES E APLICAÇÕES FINANCEIRAS

As disponibilidades do F.I.I. apresentavam, à data de 31 de Dezembro de 2015, um

saldo de €8.242.601,34, tendo sido auferidos juros no exercício no montante de €2,52,

de acordo com o quadro a seguir reproduzido:

VALOR DA APLICAÇÕES FINANCEIRAS A 31 DEZEMBRO 2015 8.242.601,34 DEPÓSITOS À ORDEM 8.242.601,34 PROVEITOS DE JUROS 2,52 DEPÓSITOS À ORDEM 2,52

Em Março de 2013, o IMORECUPERAÇÃO contraiu um empréstimo de

€10.000.000,00 para concretizar a aquisição das fracções acima mencionadas do

empreendimento Nova Amoreiras. A liquidez obtida por via das vendas de imóveis,

ocorridas ao longo de 2013 e 2014, permitiu regularizar a quase totalidade do

empréstimo, pelo que, a 31 de Dezembro de 2014, o montante em dívida ascende a

€1.700.000,00. Durante o 1º semestre de 2015, foi regularizado o restante valor em

dívida, com a liquidação da última prestação a 23 de junho de 2015.

Os juros associados ao empréstimo acima mencionado ascenderam, no exercício de

2015, ao montante de €35.113,05.

Composição da carteira de activos imobiliários

Armazéns e Logística 4 266 000,00 58%Comércio e Retalho 0,00 0%Habitação 3 032 863,50 42%Outros 1 456,00 0%

7 300 319,50 100%

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PERSPECTIVAS PARA O ANO DE 2016

Relativamente às tendências do mercado imobiliário nacional e às suas expectativas,

poderemos caracterizar as mesmas, em traços gerais, da seguinte forma:

• Manutenção dos elevados níveis de transações imobiliárias registados em

2015, quer ao nível do mercado de investimento institucional, quer no mercado

habitacional em todos os seus segmentos (1ª habitação e turístico);

• Melhoria da absorção de escritórios em relação a 2015, mantendo-se, no

entanto, estáveis os valores de renda;

• Expectável recuperação da atividade na área da logística e armazenagem

devido as crescentes necessidades de terciarização da distribuição por parte

dos produtores de bens e serviços.

No exercício de 2016, a atividade do IMORECUPERAÇÃO manterá o foco na venda dos

imóveis habitacionais adquiridos para revenda.

Lisboa, 25 de Fevereiro de 2016

O Conselho de Administração da Sociedade Gestora

Joaquim António Aires Mateus de Calça e Pina – Presidente

José Manuel Neves – Administrador

Javier Seirul-lo Salas – Administrador

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

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IMORECUPERAÇÃO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO(Ge rido pe la SANTANDER AS SET MANAGEMENT - S oc . Ge st ora de Fundos de Inve stime ntos Mobiliá rios, S . A. )

(Valores em Euros) B A L A N Ç O Data: 31 DEZ 2015

A C T I V O P A S S I V O3 1 DEZ.2 0 14

Código De signa ç ã o Bruto Mv mv/ P Líquido Lí quido Código Designação 3 1 DEZ.2 0 15 3 1 DEZ.2 0 14

ACTIVOS IMOBILIÁRIOS CAPITAL DO FUNDO

31 Terrenos 1 634,38 178,38 1 456,00 13 304,38 61 Unidades de Partic ipação 19 000 000,00 25 000 000,00

32 Construções 11 005 929,81 209 957,80 3 917 024,11 7 298 863,50 20 900 664,00 62 Variações Patrimoniais 660 813,60

34 Adiantamentos por Compra de Imóveis 64 Resultados Transitados - 1 913 960,06 514 388,66

TOTAL DE ACTIVOS IMOBILIÁRIOS 11 007 564,19 209 957,80 3 917 202,49 7 300 319,50 20 913 968,38 65 Resultados distríbuidos

CARTEIRA TÍ TULOS E P ARTICIP AÇÕES 66 Resultados Líquidos do Período - 253 274,08 - 2 428 348,72

22 Partic ipações em Soc. Imobiliárias TOTAL DO CAPITAL DO FUNDO 17 493 579,46 23 086 039,94

24 Unidades de Partic ipação 4 058 374,17 1 219 707,36 2 194 448,72 3 083 632,81 4 202 598,75

TOTAL DA CARTEIRA DE TÍTULOS E PARTIC. 4 058 374,17 1 219 707,36 2 194 448,72 3 083 632,81 4 202 598,75

AJUSTAMENTOS E PROVISÕES

CONTAS DE TERCEIROS 47 Ajustamentos de Dividas a Receber 216 366,94 216 366,94

411 Devedores por Crédito Vencido 48 Provisões Acumuladas

412 Devedores por Rendas Vencidas 299 835,26 299 835,26 266 133,26 TOTAL PROVISÕES ACUMULADAS 216 366,94 216 366,94

413+…+419 Outras Contas de Devedores

424 Estado e Outros Entes públicos 138,00

429 Outras Contas de Credores

TOTAL DOS VALORES A RECEBER 299 835,26 0,00 0,00 299 835,26 266 271,26

CONTAS DE TERCEIROS

DIS PONIBILIDADES 421 Resgates a Pagar a Partic ipantes

11 Caixa 422 Rendimentos a Pagar a Partic ipantes

12 Depósitos à Ordem 8 242 601,34 8 242 601,34 2 392,78 423 Comissões e Outros Encargos a Pagar 5 355,44 14 132,25

13 Depósitos a Prazo e com pré- aviso 424+…+429 Outras Contas de Credores 20 688,18 18 906,03

14 Certificados de Depósito 432 Empréstimos Não Titulados 1 700 000,00

18 Outros Meios Monetários 44 Adiantamentos por venda de Imóveis 1 000 000,00 137 000,00

TOTAL DOS VALORES A PAGAR 1 026 043,62 1 870 038,28

TOTAL DAS DISPONIBILIDADES 8 242 601,34 0,00 0,00 8 242 601,34 2 392,78

ACRÉS CIMOS E DIFERIMENTOS

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 53 Acréscimos de Custos 168 325,59 190 436,58

51 Acréscimos de Proveitos 1,22 56 Receitas com Proveito Diferido 27 400,00 28 110,72

52 Despesas com Custo Diferido 904,70 904,70 904,70 58 Outros Acréscimos e Diferimentos 66,63

58 Outros Acréscimos e Diferimentos 4 422,00 4 422,00 4 922,00 59 Contas Transitórias Passivas

59 Contas Transitórias Activas TOTAL DOS ACRÉSCIMOS E DIFERIM. PASSIVOS 195 725,59 218 613,93

TOTAL DOS ACRÉSCIMOS E DIFERIM. ACTIVOS 5 326,70 0,00 0,00 5 326,70 5 827,92

TOTAL DO ACTIVO 23 613 701,66 1 429 665,16 6 111 651,21 18 931 715,61 25 391 059,09 TOTAL DO PASSIV O 18 931 715,61 25 391 059,09

3 1 DEZ.2 0 15 Pe ríodos

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IMORECUPERAÇÃO - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO(Gerido pela SANT ANDER ASSET MANAGEMENT - Soc. Gest ora de Fundos de Investimento Mobiliários, S.A.)

(Valores em Euros ) D E M O N S T R A Ç Ã O D O S R E S U L T A DO S Data:31-DEZ-2015

CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOSCódigo DESIGNAÇÃO 31 DEZ.2015 31 DEZ.2014 Código DESIGNAÇÃO 31 DEZ.2015 31 DEZ.2014

CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENT ES

JUROS E CUSTOS EQUIPARADOS JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS711+718 De Operações Correntes 35 116,84 330 292,95 812 Da Carteira de Títulos e Participações

719 De Operações Extrapatrimoniais 811+818 Outros, de Operacões Correntes 2,52 29,24

COMISSÕES RENDIMENTO DE TÌTULOS722 Da Carteira de Titulos e Participações 822…825 Da Carteira de Titulos e Participações 189 068,18 0,00723 Em Activos Imobiliários 451 410,00 451 142,73 828 De Outras Operações Correntes

724+...+728 Outras, de Operações Correntes 124 891,58 260 220,92 GANHOS OPER. FINANCEIRAS E ACT. IMOBILIÁRIOS

PERDAS OPER. FINANCEIRAS E ACT. IMOBILIÁRIOS 832 Da Carteira de Títulos e Participações 111 519,12 87 576,15732 Na Carteira de Títulos e Participações 238 610,17 708 210,66 833 Em Activos Imobiliários 3 225 224,11 3 180 275,58733 Em Activos Imobiliários 3 059 957,49 3 995 373,17 831+838 Outros, em Operações Correntes

731+738 Outras, em Operações Correntes

IMPOSTOS REVERSÕES DE AJUSTAMENTOS E DE PROVISÕES7411+7421 Impostos sobre o Rendimento 101 638,38 68 257,21 851 De Ajustamentos de Dividas a Receber 1 342,92 82,527412+7422 Impostos Indirectos 6 702,68 4 417,56 852 De Provisões para Encargos7418+7428 Outros Impostos 42 504,44 54 823,61

PROVISÕES DO EXERCÍCIO 86 RENDIMENTOS DE ACTIVOS IMOBILIÁRIOS 333 866,75 347 779,00751 Ajustamentos de Dividas a Receber 1 342,92 82,52752 Provisões Para Encargos

87 OUTROS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES 25 877,28 3 204,9276 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 184 747,90 144 266,3777 OUTROS CUSTOS E PERDAS CORRENTES 3 731,88 36 122,56

TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) 4 250 654,28 6 053 210,26 TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES (B) 3 886 900,88 3 618 947,41

CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS781 Valores Incobráveis 881 Recuperação de Incobráveis782 Perdas Extraordinárias 882 Ganhos Extraordinários783 Perdas de Exercícios Anteriores 1 204,84 883 Ganhos de Exercícios Anteriores 111 683,63 2 555,46

784...788 Outras Perdas Eventuais 884...888 Outras Ganhos Eventuais 0,53 3 358,67

TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS (C) 1 204,84 0,00 TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) 111 684,16 5 914,13

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 0,00 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 253 274,08 2 428 348 ,72

TOTAL 4 251 859,12 6 053 210,26 TOTAL 4 251 859,12 6 053 210,26

8X2-7X2-7x3 Resultados da Carteira de Titulos 61 977,13 -620 634,51 D-C Resultados Eventuais 110 479,32 5 914,13

8X3+86-7X3-76 Resultados em Activos Imobiliários -26 545,74 -1 060 172,23 B+D- A- C+742 Resultados Antes de Imposto s/o Rendimento -151 635,70 -2 360 091,51

B-A +742 Resultados Correntes -262 115,02 -2 366 005,64 B+D-A-C Resultados Líquidos do Período -253 274,08 -2 428 348,72

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(em euros)

DISCRIMINAÇÃO DOS FLUXOS

OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDO

RECEBIMENTOS: Subscrição de unidades de participação 0,00 0,00

PAGAMENTOS: Resgates de unidades de participação 5 339 186,40 Rendimentos pagos aos participantes Devolução imposto - DL 37/96 5 339 186,40 0,00

Fluxo das operações sobre unidades do fundo -5 339 1 86,40 0,00

OPERAÇÕES COM ACT IVOS IMOBILIÁRIOS

RECEBIMENTOS: Alienação de activos imobiliários 12 755 599,32 11 509 851,51 Rendimento de activos imobiliários 375 078,03 424 595,39 Adiantamentos por conta de venda de activos imobiliários 1 886 316,18 995 495,00 Outros recebimentos de activos imobiliários 15 016 993,53 12 929 941,90

PAGAMENTOS: Aquisição de activos imobiliários 3 650 307,53 Grandes reparações em activos imobiliários Comissões em activos imobiliários 446 367,00 451 142,73 Despesas Correntes (FSE) com activos imobiliários 155 380,67 139 432,09 Adiantamentos por conta de compra de activos imobiliários Despesas com activos imobiliários em curso Outros pagamentos de activos imobiliários 601 747,67 4 240 882,35

Fluxo das operações sobre valores imobiliários 14 41 5 245,86 8 689 059,55

OPERAÇÕES DA CART EIRA DE T ÍT ULOS

RECEBIMENTOS: Resgates de Unidades de Participação 991 874,89 Rendimento de Titulos 189 068,18 0,00 Outros recebimentos relacionados com a carteira 1 180 943,07 0,00

PAGAMENTOS: Subscições de unidades de participação Outros pagamentos relacionados com a carteira 0,00 0,00

Fluxo das operações da carteira de tí tulos 1 180 943 ,07 0,00

OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS

RECEBIMENTOS: Outros recebimentos op. a prazo e de divisasPAGAMENTOS: Outros pagamentos op. a prazo e de divisas

Fluxo das operações a prazo e de divisas

OPERAÇÕES DE GEST ÃO CORRENT E

RECEBIMENTOS: Juros de depósitos bancários 0,49 28,02 Juros de Certificado de depósito Contratação de Empréstimos 1 740 000,00 Outros recebimentos correntes 25 961,79 1 765 962,28 7 010,84 7 038,86

PAGAMENTOS: Comissão de gestão 125 029,64 206 325,07 Comissão de depósito 2 077,65 2 410,10 Juros devedores de depósitos bancários 72 434,25 401 533,54 Compras com acordo de revenda Impostos e taxas 236 036,78 179 355,16 Comissão de supervisão 6 561,10 7 643,85 Reembolso de empréstimos 3 440 000,00 7 800 000,00 Outros pagamentos correntes 11 096,88 3 893 236,30 95 586,08 8 692 853,80

Fluxo das operações de gestão corrente -2 127 274,02 -8 685 814,94

OPERAÇÕES EVENT UAIS

RECEBIMENTOS: Ganhos extraordinários Ganhos imputáveis a exercícios anteriores 111 683,63 3358,67 Recuperação de incobráveis Outros recebimentos de operações eventuais 0,53 111 684,16 3 358,67

PAGAMENTOS: Perdas extraordinárias Perdas imputáveis a exercícios anteriores 1 204,11 Outros pagamentos de operações eventuais 1 204,11 0,00

Fluxo das operações eventuais 110 480,05 3 358,67

Saldo dos fluxos monetários do período ...(A) 8 240 208,56 6 603,28

Disponibilidades no inicio do perí odo ...(B) 2 392,78 -4 210,50

Disponibilidades no f im do perí odo ...(C) = (B) + - (A) 8 242 601,34 2 392,78

PERÍODO 2014PERÍODO 2015

DEM ONSTRAÇÃO DOS FLUXOS M ONETÁRIOS

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015

1 - Introdução

O IMORECUPERAÇÃO - Fundo de Investimento Imobiliário, é um fundo comum de investimentos imobiliários, fechado e cujos valores constituem uma compropriedade pertencente aos detentores das respetivas unidades de participação. A sua atividade encontra-se, atualmente, regulamentada pela Lei nº 16/2015 de 24 de Fevereiro, sobre o Regime Geral dos Organismos Coletivo, revogando o Regulamento da CMVM nº.8/2002, anteriormente em vigor.

O IMORECUPERAÇÃO é administrado desde 15 de Julho de 2005 (altura em que iniciou a sua

actividade) pela SANTANDER GESTÃO ACTIVOS - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. A SANTANDER GESTÃO DE ACTIVOS - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A., alterou a sua denominação para SANTANDER ASSET MANAGEMENT - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A em 29 de Agosto de 2007.

2 - Bases de Apresentação

As demonstrações financeiras do Fundo – Balanço, Demonstração dos Resultados, Demonstração dos Fluxos Monetários e Anexo – reportadas a 31 de Dezembro de 2015 foram elaboradas e apresentadas com base nos registos contabilísticos e de acordo com o Regulamento da CMVM nº 2/2005, emitido em 14 de Abril de 2005.

3 – Políticas Contabilísticas 3.1. Princípios Contabilísticos

O Regulamento que estabelece a “Contabilidade dos Fundos de Investimento Imobiliário” define o Plano Contabilístico dos Fundos de Investimento Imobiliário – PCFII, cujo normativo foi rigorosamente respeitado. As demonstrações financeiras, ora apresentadas, constituindo um todo coerente – conceito de unidade – seguem os princípios contabilísticos adotados no PCFII, designadamente: continuidade, consistência, materialidade, substância sobre a forma, especialização, prudência e independência.

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É respeitado o princípio contabilístico de especialização dos exercícios. Os custos e os proveitos são contabilizados no exercício a que dizem respeito, independentemente da data do seu pagamento ou recebimento.

3.2. Critérios Valorimétricos

Os valores são apresentados em euros, exceto quando expressamente indicado. Os critérios valorimétricos são os que constam do PCFII e que sucintamente se indicam:

- Disponibilidades As disponibilidades à vista estão contabilizadas pelos valores imediatamente realizáveis. As disponibilidades a prazo estão contabilizadas pelos valores de constituição dos depósitos. Os juros devidos são especializados diariamente. - Imóveis Os imóveis que integram a carteira do Fundo são valorados ao valor venal. São avaliados em conformidade com as regras definidas pelos RGOIC e Regulamento da CMVM, devendo os imóveis ser valorizados no intervalo compreendido entre o valor de aquisição e a média aritmética simples dos valores atribuídos pelos dois peritos avaliadores. Os projetos de construção devem ser reavaliados de acordo com o método definido acima ou sempre que o auto de medição da situação da obra, elaborado pela empresa de fiscalização, apresentar uma incorporação de valor superior a 20% relativamente ao anterior, mas com uma periodicidade mínima de 12 meses e sempre que ocorram circunstancias suscetíveis de induzir alterações significativas no valor do imóvel. - Comissão de Gestão A comissão de gestão constitui um encargo do fundo, a título de remuneração dos serviços de gestão, prestados pela Sociedade Gestora. Segundo o regulamento de gestão, esta comissão é calculada diariamente, por aplicação da taxa anual de 0.75% sobre os imóveis do fundo, sendo cobrada mensal e postecipadamente. - Comissão de Depósito A comissão de depósito destina-se a fazer face às despesas do banco depositário relativas aos serviços prestados. Segundo o regulamento de depósito, esta comissão é calculada diariamente, por aplicação da taxa anual de 0.01% sobre o património do fundo, antes do apuramento da comissão de gestão, depósito e da taxa de supervisão, sendo cobrada mensal e postecipadamente.

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- Provisões para Devedores de Cobrança Duvidosa São contabilizadas como rendas vencidas a regularizar, todas aquelas que se encontram em divida, no final do mês da sua emissão. Se no mês seguinte ao da sua emissão, continuarem em divida, são contabilizadas automaticamente como rendas vencidas em contencioso. As rendas vencidas em contencioso são provisionadas integralmente. As dividas vencidas, não relacionadas com rendas, quer sejam condomínios, débito de despesas ou outras, são provisionadas na sua totalidade, pelo fundo, quando atingem uma antiguidade superior a seis meses.

- Unidades de Participação O valor da Unidade de Participação resulta da divisão do valor líquido global do Fundo pelo número de Unidades de Participação em circulação. O valor líquido global do Fundo corresponde ao somatório das rúbricas do capital do Fundo, nomeadamente unidades de participação, variações patrimoniais, resultados transitados, resultados distribuídos e resultado líquido de exercício. - Outros Valores Patrimoniais Estão registados a valores nominais. - Demonstração dos Fluxos Monetários Na demonstração dos fluxos monetários, a rubrica de Caixa e seus equivalentes corresponde ao saldo da rubrica de disponibilidades apresentada no balanço.

As notas indicadas no PCFII, quando vazias de conteúdo, não são apresentadas.

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4 – Anexo às Demonstrações Financeiras

4.1. A diferença entre o valor contabilístico de cada imóvel e a média aritmética simples das avaliações periciais é o que se apresenta no quadro seguinte:

4.2. Movimento das U.P.’s

Em 29 de Maio de 2015, a Fidelidade Companhia de Seguros, S.A., comunicou formalmente a intenção de resgate das suas UP’s (120.000), na sequência do voto desfavorável à prorrogação do prazo de vida do fundo por mais 5 anos. A redução do capital do Fundo, por extinção das UPs resgatadas, ocorreu no dia 15 de Julho de 2015, com o valor total de 5.339.186,40€.

DESCRIÇÃO No Início Subscr. Resgates Dist. Res. Outros Res. Per. No Fim

Valor base 25 000 000.00 6 000 000.00 19 000 000.00

Diferença em subs. e resgates 660 813.60 660 813.60

Resultados distribuídos

Resultados acumulados 514 388.66 -2 428 348.72 -1 913 960.06 Resultados do periodo -2 428 348.72 2 428 348.72 -253 274.08 -253 274.08

SOMA 23 086 039.94 0.00 6 660 813.60 0.00 0.00 -253 274.08 17 493 579.46

Nº de unidades de participação 500 000 120 000 380 000

Valor unidade de participação 46.1721 46.0357

Valor Contabilistico (A)

Média dos Valores das Avaliações (B)

Valia Potencial (B) - (A)

1.1 -Terrenos Urbanizados 1.1.2 Não arrendados

Rua Artilharia Um, Lote 8, Lisboa - 2 Frações 1 456 1 456 0

1.4 - Construções Acabadas 1.4.1 - Arrendadas

OutrosCentro de Negócios Norcentro Bloco 10 - 4 Frações 4 266 000 4 266 000 0

1.4.2 - Não ArrendadasHabitaçãoRua Artilharia Um, Lote 3, Lisboa - 2 Frações 1 743 614 1 743 614 0Rua Dia Mundial da Criança, 375, Parede - 1 Fração 98 000 98 000 0Calçada das Lajes, 21, Lisboa - 2 frações 248 800 248 800 0Carvalhos - Av. Dr. Moreira de Sousa, V.N.Gaia - 11 frações 942 450 942 450 0

Total 7 300 320 7 300 320 0

Imóveis

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4.3. Inventário dos Ativos do Fundo:

4.4. Inventário da Carteira de Títulos

Descrição Quantidade Dívisa Cotação Euros Mais e Menos Valias

Juros Decorridos

Valor Global

Unidades de Participação: Maxirent 169 500 Eur 9,7715 1 656 269,25 Logística e Distribuição 366 677 Eur 3,8927 1 427 363,56

Soma 3 083 632,81

Na sequência da redução de capital detido pela Fidelidade Companhia de Seguros, foi realizada em Agosto de 2015, uma escritura de Dação em Pagamento, registando-se uma saída da carteira de títulos, correspondente às 286.016 Up’s do Fundo Vision Escritórios, ao valor unitário de 3,4679€.

4.5. Valorimetria da Carteira de Títulos

As Unidades de Participação estão registadas ao valor da última cotação conhecida.

País Municipio

1.1 -Terrenos Urbanizados 1.1.2 Não arrendados

Rua Artilharia Um, Lote 8, Lisboa - 2 Frações 46 26-mar-13 1 634 26-mar-15 1 344 16-mar-15 1 568 1 456 Portugal Lisboa

1.4 - Construções Acabadas 1.4.1 - Arrendadas

OutrosCentro de Negócios Norcentro Bloco 10 - 4 Frações 9 375 04-ago-08 7 897 725 15-abr-15 4 460 000 17-abr-15 4 072 000 4 266 000 Portugal V. F. Xira

1.4.2 - Não ArrendadasHabitaçãoRua Artilharia Um, Lote 3, Lisboa - 2 Frações 412 26-mar-13 1 533 656 16-mar-15 1 657 827 26-mar-15 1 829 400 1 743 614 Portugal LisboaRua Dia Mundial da Criança, 375, Parede - 1 Fração 143 28-jul-06 132 132 17-abr-15 96 000 01-abr-15 100 000 98 000 Portugal CascaisCalçada das Lajes, 21, Lisboa - 2 frações 200 15-nov-06 300 526 01-abr-15 227 600 01-abr-15 270 000 248 800 Portugal LisboaCarvalhos - Av. Dr. Moreira de Sousa, V.N.Gaia - 11 frações 1 261 31-out-07 1 141 891 15-abr-15 938 800 13-abr-15 946 100 942 450 Portugal V. N. Gaia

Total 11 437 11 007 564 7 381 571 7 219 068 7 300 320

Data da Avaliação II

Valor da Avaliação II

Valor do Imóvel

LocalizaçãoImóveis Área (m2)Data de

AquisiçãoPreço de Aquisição

Data da Avaliação I

Valor da Avaliação I

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4.7. Liquidez do Fundo

CONTAS Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

Numerário Depósitos à ordem 2.392,78 18.075.583,04 9.835.374,48 8.242.601,34Depósitos a prazo e com pré-aviso Certificados de depósito Outras contas com disponibilidades

TOTAL 2.392.78 18.075.583,04 9.835.374,48 8.242.601,34

4.8. Dívidas de Cobrança Duvidosa

CONTAS Dev. p/Obrig. Vencidas

Dev. p/Juros Vencidos

Dev. p/Rendas Vencidas

Outros Devedores

SOMA

Conta 4122 216.366,94

216.366,94

TOTAL 216.366,94 216.366,94

O único devedor de cobrança duvidosa existente, a 31 de Dezembro de 2015, é a Obriverca -

Construções e Projectos, SA, estando o total da sua dívida totalmente provisionada no montante de 216.366,94€

4.9. Comparabilidade das Demonstrações Financeiras

As Demonstrações Financeiras do exercício são comparáveis com as do exercício anterior.

4.11. Provisões CONTAS Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final

471 – Ajustamentos para Crédito Vencido 216.366,94 1.342,92 1.342,92 216.366,94

482 – Provisões para encargos

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4.12. Impostos

Com a aprovação do Decreto-Lei nº 7/2015 de 13 de Janeiro, procedeu-se à reforma do Regime de Tributação dos Organismos de Investimento Coletivo, alterando-se assim o Estatuto dos Benefícios Fiscais e o Código do Imposto de Selo nas matérias aplicáveis a tais Organismo de Investimento Coletivos. As regras do novo regime de tributação, só foram aplicáveis aos rendimentos obtidos após 1 de Julho de 2015. Assim, até 30 de Junho de 2015, os Organismos de Investimento Coletivo apuraram o respetivo imposto nos termos do artigo 22º do EBF vigente, até aquela data. No caso do fundo Imorecuperação o imposto apurado e pago foi de 70.551,73€. Após 1 de Julho de 2015, é aplicada a taxa de 21% ao lucro tributável dos Organismos de Investimento Coletivo, corresponde ao resultado líquido de exercício expurgado dos rendimentos de prediais, capitais e de mais-valias e dos gastos ligados a esses mesmos rendimentos. O lucro tributável, do fundo Imorecuperação, referente ao 2º semestre de 2015, foi negativo, no entanto há lugar ao pagamento de imposto de mais-valias prediais no valor de 31.086,65€, apurada nos termos do novo regime fiscal, para imóveis adquiridos até 30 Junho de 2015. Ainda de acordo com o novo regime de tributação é criada uma taxa, em sede de Imposto de selo, que incide sobre o valor líquido dos organismos de Investimento Coletivo. O montante total de imposto de selo, calculado à taxa de 0.0125% (base trimestral) suportado pelo fundo Imorecuperação, referente ao 2º Semestre de 2015, foi de 3.471,30€ O património do fundo está ainda sujeito ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis e ao IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões de Imóveis) de acordo com a lei nº 83-C/2013, de 31 de Dezembro. O valor do IMI suportado pelo fundo durante o ano de 2015, foi de 42.504,44€

4.13. Responsabilidades

Tipo de Responsabilidade Montantes No Início No Fim

Operações a prazo de compra – Imóveis Operações a prazo de venda – Imóveis 298.000,00 1.125.000,00

Valores recebidos em garantia 111.142,80 111.142,80 Valores cedidos em garantia

Outras

TOTAL 409.142,80 1.236.142,80

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A rubrica “Operações a prazo de venda – Imóveis” diz respeito a valores a receber de contratos promessa de compra e venda das frações "X" e “AB” Rua Artilharia Um, Lote 3 e Lote 8 em Lisboa.

A Rubrica “Valores Recebidos em Garantias” refere-se a garantias recebidas de arrendatários no âmbito de contratos de arrendamento.

4.14. Outras Informações

– Valor Global do Fundo

31-Dez-14 30-Jun-15 31-Dez-15

23.086.039,94 22.316.401,71 17.493.579,46

– Valor Global do Fundo Por Unidades de Participação

31-Dez-14 30-Jun-15 31-Dez-15

46.1721 44.6328 46.0357

– Informação sobre as remunerações da Sociedade Gestora Santander Asset Management O montante total das remunerações pagas pela SAM no exercício económico findo a 31 de dezembro de 2015, aos seus 30 (trinta) colaboradores, subdivide-se em remunerações fixas e variáveis: i. A título de remunerações fixas a SAM pagou o montante global de €1.218.931,42; e, ii. A título de remunerações variáveis a SAM prevê o pagamento de €462.195,24. O montante agregado da remuneração repartido pelos membros executivos dos órgãos sociais, no exercício findo a 31 de dezembro de 2015, foi de € 184 994 (remuneração fixa) e de € 69 098 (remuneração variável, com a atribuição de dinheiros e 8 785 ações valorizadas à data de 31 de Dezembro de 2015). – Erros de Valorização No exercício económico findo a 31 de dezembro de 2015 não há publicidade de erros na valorização das unidades de participação do organismo de investimento coletivo.

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