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IMERSÃO JOCY DE OLIVEIRA

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IMERSÃOJOCY DE OLIVEIRA

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EXPOSIÇÃOINTERVENÇÕES

CINEMAVÍDEO-ÓPERAS

TEATROCONCERTOS

POCKET ÓPERA

NOTURNO DE UM PIANO REVENGE OF MEDEA NENHUMA MULHER CIVILIZADA FARIA ISTO

MÚSICA-TEATRO KSENI, A ESTRANGEIRA AS MALIBRANS INORI À PROSTITUTA SAGRADA ILLUD TEMPUS FATA MORGANA LITURGIA DO ESPAÇO

EXPOSIÇÃO | VÍDEO-INSTALAÇÕESNOTURNO DE UM PIANO A BOLHA CAVALGADA E QUEDA DE UMA DIVA TEATRO PROBABILÍSTICO – 1967/68

INTERVENÇÕESREVENGE OF MEDEA O DEGELO A BOLHA O ACASO

CONCERTO E POCKET ÓPERA CONCERTO RETROSPECTIVO / PROSPECTIVO SOLO – POCKET ÓPERA

MÚSICA-TEATRO

IMERSÃOJOCY DE OLIVEIRA

OI FUTURO apresenta

MÚSICA | VÍDEO | TEATRO | INSTALAÇÕES

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É um privilégio apresentar a inédita retrospectiva da obra de Jocy de Oli-veira, presença singular na história contemporânea na música das Américas - e por que não dizer do mundo ? - que, ainda hoje, surpreende com sua força criativa e arrojada. O projeto, que trata de fases distintas da trajetória da compositora e artista multimídia,, foi montado sob medida para a simultaneidade de espaços e de lingua-gens do Oi Futuro. A extensa programação inclui instalações, concertos e interven-ções sonoras, marcando o lançamento no Brasil da coleção em DVD de suas óperas contemporâneas .

Toda obra de Jocy Oliveira é um convite a abertura dos sentidos. Com impressionante coerência e sempre aberta ao novo, ano após ano, Jocy tem estimulado a cidadãos de várias partes a vivenciar experiências únicas, que misturam características das artes visuais, do teatro, da dança e, lógico, da música. Por isso, foram criados, aqui, espaços que se interligam e interagem, através de performances em tempo real, estruturas sonoras combinatórias , registros de trabalhos, vídeo-objetos e instalações, fazendo com que o visitante/ouvinte mergulhe no universo único de Jocy.

Ao propormos essa retropesctiva, prestamos também uma homenagem a essa artista com carreira tão particular nas artes brasileiras.

Agora, convidamos o público a participar dessa celebração.

Maria Arlete Gonçalves Diretora de Cultura do Oi Futuro

PARA OUVIR DE OLHOS BEM ABERTOS

foto instalação Noturno de um Piano

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Quando recebi o convite do Instituto Oi Futuro para apresentar uma retrospectiva de meu trabalho – ocupando vários espaços de seu Centro Cultural – passei dias conversando com Fernando Mello da Costa que, por 15 anos, tem sido meu parceiro como cenógrafo de minhas óperas e conhece bem minha trajetória. O Fernando disse que, no seu ver, “do caos do Teatro Probabilístico nasceram todas as minhas óperas...”

Isto me guiou na escolha de algumas obras pontuais que ilustrassem o desenvolvimento de meu trabalho durante essas décadas. Elas deveriam traçar um caminho que levasse à minhas óperas passadas e futuras. Minha preocupação na década de 60 e início de 70, era criar um complexo processo no qual intérpretes e público participassem desconhecendo totalmente o resultado. Era vital um completo envolvimento e respeito às regras que regiam este processo, porém sem nenhuma preocupação com o que resultaria. Algumas destas peças mais marcantes foram o Teatro Probabilístico I, II e III, compostas, apresentadas e publicadas no Source Music of the Avant Garde, nos EUA em 67/68. O Teatro Probabilístico é baseado numa análise combinatória de elementos sonoros e visuais. Na época, obviamente, todos os meios eletrônicos utilizados eram analógicos. A partitura de uma cidade imaginária é explorada pelos intérpretes (músicos, atores, bailarinos, iluminadores, vídeo/film-makers,TV, público) de acordo com regras pré-estabelecidas e regidos por um regente de tráfego. Ele representa a autoridade que impõe suas ordens a todos. Porém, ele não se dá conta da imprevisibilidade, do imponderável. Assim, alguns eventos fogem de seu controle e seu poder pode ser abalado.

Nesta versão da peça como uma instalação virtual, imagino um jogo onde o público, de acordo com o seu pisar nesta partitura/mapa, passa a ouvir combinações sonoras construídas em tempo real. Isto lhes oferecerá uma interpretação da partitura, embora não siga as complexas instruções do conceito original. Na época que esta peça foi composta, ela não pôde ser apresentada no

Brasil pelo seu perfil político que questionava o poder totalitário.

Vinte anos depois, em 1987, o embrião de minha ópera Fata Morgana foi a criação de uma bolha, a qual passamos meses em nosso sítio (meu companheiro Fredrik Kirsebom e eu) experimentando uma forma de construí-la.

Fata Morgana tanto pode significar miragem, visões do inconsciente, como a maga druida que se reporta a sabedoria divina, depositária da revelação primitiva. Concebi uma bolha simbolizando o nascer, o renascer, representando o ciclo da vida e dentro da qual uma bailarina se movia como um feto. O conceito de uma bolha de espaço – tempo – nos reporta ao pensamento de Stephen Hawking – “Nosso mundo com seus planetas e galáxias está contido em uma enorme bolha, da qual ocasionalmente escapam outras pequenas bolhas dando origem a novos universos”.

Esta bolha marcou, para mim, o inicio de uma série de peças de música – teatro. Nesta instalação, ela é mostrada com projeções contínuas, sofrendo intervenções ao vivo nos finais de semana.

Para mim, uma retrospectiva precisa ter a dinâmica da prospectiva de uma ópera futura: “Soif”.

Venho a chamar esta música/vídeo/instalação de “Noturno de um piano”. Tomamos o piano como forma emblemática de uma música aristocrata que submerge subvertida pela cultura das massas, pela perda da memória.

Denunciando a situação agonizante da música erudita no mundo contemporâneo e especialmente no Brasil, lançando ao mar um piano Steinway - ícone de uma alta cultura submergindo. Filmamos um piano de cauda (com uma pianista - Gabriela Geluda) flutuando à deriva até naufragar… (como, aliás, previa o experimento).

A música eletroacústica para o vídeo “Noturno de um piano” é baseada em fragmentos de Mozart.

UMA RETRO-PROSPECTIVAJOCY DE OLIVEIRA

foto A Bolha - seguimento da ópera Fata Morgana (1987)

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Construímos um piano de cauda cenográfico (com teclado verdadeiro de um velho piano encontrado num brechó). Tivemos que resolver inúmeros problemas da construção, prevendo as possíveis variáveis (maré, correntes, vento) que viessem afetar o seu desempenho para podermos filmá-lo. Por estas razões, a filmagem (com a colaboração e dedicação de Bernardo Palmeiro e a equipe de produção da FUZO) só podia ser feita durante uma tarde, isto é, em um só registro.

Estas situações imponderáveis que são compatíveis com a teoria do caos, ligam alguns de meus vídeos, peças e instalações, a um elemento do acaso durante o processo criativo ou mesmo da performance.

No mesmo espaço expositivo, projetamos o vídeo /instalação da vertiginosa cavalgada e queda de uma “Diva”, nos reportando a vida intensa e auto destrutiva da legendária soprano do início de 1800 - Maria Malibran. Este vídeo instalação foi concebido como cenário virtual de minha ópera “As Malibrans”.

Seguindo o mesmo conceito do acaso, prevemos uma intervenção no espaço ao ar livre de entrada da Oi, no dia da abertura da exposição. Escolhi o registro da queima de um vestido gigante numa analogia ao evento emblemático que costura as cenas de minha mais recente ópera “Kseni – A Estrangeira”.

O vídeo “Revenge of Medea” foi concebido primeiramente para ser projetado como cenário virtual desta ópera e também como um vídeo-instalação. Representa a vingança de Medea, oferecendo à Glauce o vestido impregnado pela sua magia e poder que leva a morte.

Novamente, o desafio desta filmagem foi registrar, em uma só vez, este momento imprevisível do vestido pegando fogo, pendurado no urdimento de um teatro.

Nossa reconstrução desta instalação no espaço ao ar livre de entrada da Oi Futuro, com a duração temporal de existência

foto Illud Tempus (1995)

limitada ao tempo real da queima de um vestido gigante, dependerá do acaso e somente o público que passar naqueles minutos, poderá vê-la e ouvi-la.

No teatro, apresentaremos “SOLO”, pocket-ópera para uma soprano/atriz personificada por Gabriela Geluda. Este espetáculo é extremamente apropriado para este evento porque compila segmentos de minhas óperas com uma nova leitura e versão.

Sem uma estrutura narrativa linear, com um roteiro que permeia entre personagens míticas (Ofélia, Desdemona, Medea, A Diva), “Solo” recria o imaginário feminino e constrói, através de símbolos, um espetáculo plástico e sonoro onde o figurino se torna um objeto, o objeto se torna matéria sonora, o instrumento musical é, às vezes desmistificado, e a espacialização do som envolve o ouvinte espectador.

As quatro personagens têm em comum o destino de um amor trágico – Ofélia e Desdemona, inspiradas em Shakespeare, cantadas em inglês, tem como ponto de partida uma melodia anônima Elizabetana do Sec XVI, reconstruída numa abordagem contemporânea em busca de um universo atemporal. A figura mítica de Medea (cantada em Grego e falada em português) traz à tona a contemporaneidade desta personagem sob o ponto de vista político. A “Diva” é representada pela cantora lírica que, na ópera italiana convencional, é fadada à vítima ou à morte e no texto em italiano revive uma Diva inspirada num romance de Júlio Verne que, visionariamente, inventa a imagem virtual. Vídeos especialmente criados como cenário virtual compõe e ligam as cenas trazendo num deles a presença marcante de Fernanda Montenegro que interpreta, numa gravação única, a personagem de uma “Diva”.

A mesma Fernanda Montenegro, que criou o papel da “Daniela” em minha peça “Apague meu Spot Light”, com música eletrônica de Luciano Berio (nos Teatros Municipais do Rio e S. Paulo, 1961), volta em “As Malibrans” (2000) como “Diva Virtual”. Na mostra

documental, “Apague meu Spot Light “ não poderia deixar de constar, pois representa a primeira vez que se fez musica eletrônica no Brasil. Pela primeira vez, após 47 anos de sua estréia, um material documental e algumas das gravações com os atores da época (Fernanda Montenegro, Sérgio Brito, Ítalo Rossi), poderão ser ouvidas em meu nov site.

Assim, nesta imersão, peças submersas voltam à tona para construírem e desconstruírem novas peças. Ainda no Teatro, um concerto retrospectivo / prospectivo com peças de 1995 a 2007/2008 com o Ensemble Jocy de Oliveira.

Reservo para meu comentário final o reconhecimento das colaborações e parcerias ao longo de muitos anos de trabalho com artistas sem os quais minha obra estaria incompleta. Incompleta porque não teria recebido este sopro de vida e de imersão do intérprete em suas profundezas.

Devo iniciar citando alguns personagens intérpretes que representaram muito na minha trajetória musical: Ricardo Rodrigues – que tem me acompanhado por 24 anos – um oboísta e artista único, Peter Schuback – um verdadeiro instrumento, assim como o talento e a dedicação de Paulo Passos. São inúmeros os anos que conto com a colaboração de instrumentistas, bailarinos, atrizes / sopranos muito especiais como Helena Varvaki, Leo Fucks, Michel Robin, Marilena Bibas, Doriana Mendes, Joaquim Abreu, Sara Goulart. Assim como a colaboração dos artistas: Renato Machado, Doris Rollemberg, Jefferson Mirando, Marcelo Dantas! Não esqueço os tempos memoráveis com intérpretes: Anna Maria Kieffer, Ayrton Pinto, Martha Herr e Dodô Ferreira: Música no Espaço e Fata Morgana. Não poderia deixar de mencionar meu excelente grupo desses últimos anos: Aloysio Neves, Luciano Corrêa, Eliezer Santos, Siri, Daniel Serale, a assistência da coreógrafa Márcia Moraes e a criatividade dos artistas Jum Nakao e Kiko Araújo. Também quero me lembrar daqueles que estiveram conosco e já não vivem como

JOCY DE OLIVEIRA

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o tenor Ronaldo Victorio (em “As Malibrans”) e o ator/bailarino Paulo Yucata (em “Fata Morgana”)

Mas o que faria sem a parceria insubstítuível de Fernando Mello, a dedicação e talento do film e vídeo maker Bernardo Palmeiro e o envolvimento de minha amiga de uma vida – Cesarina Riso.

E por fim, como descrever a especial dedicação de minha musa – a excepcional soprano Gabriela Geluda – que tem interpretado toda minha obra vocal. Se, pela falta de espaço, muitos não foram mencionados, eles estarão na nossa memória durante a mostra de minhas obras. Esta documentação não teria sido possível ao longo de muitos anos sem o apoio e estímulo das TVE e TV Cultura e a dedicação da equipe de produção restaurando áudio e imagem em nova masterização (Bernardo Palmeiro, Carlos de Andrade, Pedro Palmeiro, Tatiana Terranova, Fernanda Marques, Patrícia Ivie, Leonardo Albuquerque, Ricardo Haikal).

Trabalhar no Instituto Cultural Oi Futuro é extremamente prazeroso e algo bastante único no Brasil, pelo envolvimento de seus curadores que passam a conviver conosco, opinar e sugerir, numa troca enriquecedora.

O meu reconhecimento à todos que me seguem com dedicação por vária veredas desconhecidas de novas peças, me estimulando e se envolvendo com meu trabalho

A todos estes personagens, dedico “Imersão”. Minha obra não seria a mesma sem vocês e sem o olhar e a escuta de meu companheiro e colaborador Fredrik Kirsebom.

Este feedback faz com que nossa relação seja viva e a obra sobreviva.

JOCY DE OLIVEIRA

foto Fernanda Montenegro em As Malibrans (2000)

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PROGRAMAÇÃO

PROGRAMA 1 | DVD1 estréia segunda-feira, dia 7, às 20h30 duração total 155’46”

KSENI DIE FREMDE 58’59” Gravado ao vivo em estréia no Berliner Festspiele, Berlim, 2005. Elenco alemão: Sigune von Osten e Art Point Ensemble

KSENI, A ESTRANGEIRA 71’56” Gravado ao vivo em estréia no Teatro Carlos Gomes, Rio de Janeiro, 2006. Elenco brasileiro: Gabriela Geluda, Marilena Bibas e Ensemble Jocy de Oliveira

Extras Making of KSENI DIE FREMDE Berlim 15’14” Making of KSENI A ESTRANGEIRA Rio de Janeiro 10’32”

DVD1 Sessões às quintas-feiras e sábados às 12h, 14h40 e 17h20.

MOSTRA

PROGRAMA 2 | DVD2 produções da década de 2000 duração total: 122’44”

AS MALIBRANS 84’37” Gravado ao vivo com o Ensemble Jocy de Oliveira, no Teatro Carlos Gomes, Rio de Janeiro, 2000.

Música-vídeo NOTURNO DE UM PIANO 9’30” REVENGE OF MEDEA 6’36” NENHUMA MULHER CIVILIZADA FARIA ISTO 12’10”

Extras Making of AS MALIBRANS 10’31” Gravado no Teatro Avenida, Buenos Aires

DVD2 Sessões às terças-feiras e domingos às 11h15, 13h30 e 15h45 e 18h.

PROGRAMA 3 | DVD3 produções da década de 1990 duração total 130’23”

INORI À PROSTITUTA SAGRADA 83’05” Gravado ao vivo com o Ensemble Jocy de Oliveira no CCBB, Rio de Janeiro, 1993.

ILLUD TEMPUS 41’15” Gravado ao vivo com o Ensemble Jocy de Oliveira no Teatro Paulo Eiro, São Paulo, 2005.

Extras Making of INORI À PROSTITUTA SAGRADA Rio de Janeiro 3’00” Making of ILLUD TEMPUS São Paulo 3’03”

DVD3 Sessões às quartas-feiras - 11h15, 13h30, 15h45 e 18h.

PROGRAMA 4 | DVD4 produções da década de 1980 duração total 122’31”

FATA MORGANA 70’13”

Gravado ao vivo com o Ensemble Jocy de Oliveira no MAM, Rio de Janeiro, 1987

LITURGIA DO ESPAÇO 47’35” Gravado ao vivo com o Ensemble Jocy de Oliveira, ao ar livre, no Estádio de Remo da Lagoa, Rio de Janeiro, 1988.

Extras Making of FATA MORGANA Rio de Janeiro 2’14” Making of LITURGIA DO ESPAÇO Rio de Janeiro 2’29”

DVD4 Sessões às sextas-feiras - 11h15, 13h30, 15h45 e 18h.

5º NÍVEL

Vídeo-óperas de Jocy de Oliveira.Lançamento de 6 produções em DVD.Projeção em telão, com áudio surround 5.1. Diariamente em sessões contínuas e gratuitas.

foto Kseni - A Estrangeira (2006)

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PROGRAMAÇÃO

NOTURNO DE UM PIANOEm direção à uma ópera futura: Soif, 2007/2008

O piano como forma emblemática de uma música aristocrata que

submerge subvertida pela cultura das massas e pela perda da memória.

O vídeo enfoca a imagem real de um piano de cauda Steinway e uma

pianista (Gabriela Geluda) flutuando no mar e que, pouco a pouco,

submergem. O áudio é composto com breves citações de Mozart

processadas são subliminarmente ouvidas. Lançar um piano ao mar e

filmar a cena implica em inúmeras variáveis, situações imponderáveis

compatíveis com a teoria do caos.

Diariamente, das 11h às 20h

EXPOSIÇÃO | VÍDEO INSTALAÇÕES4º NÍVEL

A BOLHAReminiscências da ópera Fata Morgana, 1987

A bolha simboliza o nascer, o renascer é representando pelo ciclo da vida.

Dentro da qual, uma bailarina se move como um feto. O conceito de

uma bolha de espaço – tempo nos reporta ao pensamento de Stephen

Hawking - “Nosso mundo com seus planetas e galáxias está contido em

uma enorme bolha, da qual ocasionalmente escapam outras pequenas

bolhas dando origem a novos universos”.

Diariamente, das 11h às 20h

CAVALGADA E QUEDA DE UMA DIVAVídeo concebido como cenário virtual para a ópera As Malibrans, de 2000

O vídeo nos reporta à vida intensa e auto-estima da lendária soprano do

início do século XIX, Maria Malibran.

Diariamente, das 11h às 20h

TEATRO PROBABILÍSTICO 1967/68Peça multimídia interativa

Tire os sapatos e caminhe pela partitura/mapa desta cidade imaginária.

Sua experiência sonora será mais rica se não estiver só. Na década de 60,

a artista focalizava o processo e não o resultado. Esta peça é baseada

numa análise combinatória de elementos sonoros e visuais criando um

teatro probabilístico.

Diariamente, das 11h às 20h

imagem Partitura Teatro Probabilístico III (1977) de Jocy de Oliveira

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REVENGE OF MEDEALink: KSENI A ESTRANGEIRA, 2006

Uma intervenção no dia da abertura da exposição com a duração

temporal de existência limitada ao tempo real da queima de um vestido

gigante – ícone do mito da Medeia representando sua vingança. O

happening dependerá do acaso e somente o público que passar pelo

espaço naqueles minutos, poderá vivenciá-lo.

Cortejo com a participação de membros do Ensemble Jocy de Oliveira e

do Grupo Taiko da Associação Nikkei do Rio de Janeiro.

7 de abril , segunda-feira, às 19h30

INTERVENÇÃO NAS INSTALAÇÕES4º NÍVEL

O DEGELOEm relação a uma opera futura - “Soif”, o degelo acelerado de nosso

planeta é conceitualmente interpretado por oboés de gelo.

20 de abril, domingo, às 18h30

O ACASOO Teatro Probabilistico transpõe as portas do seu espaço podendo ser

observado no patio do Instituto Oi Futuro.

25 de maio, domingo, às 19h30

A BOLHA

Uma bailarina dentro de uma bolha se move como um feto.

4 de maio, domingo, às 18h30

PRÓXIMAS INTERVENÇÕES

PROGRAMAÇÃO

INTÉRPRETES Paulo Passos clarone

Ricardo Rodrigues e Leonardo Fuks oboé na água e oboés de gelo

Márcia Moraes bailarina na bolha

Gabriela Geluda atriz/soprano

criação de oboés de gelo Leonardo Fuks

foto Kseni - A Estrangeira (2006)

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ABRIL CONCERTO RETROSPECTIVO/PROSPECTIVOENSEMBLE JOCY DE OLIVEIRA

com Gabriela Geluda soprano

Luciano Correa violoncelo

Ricardo Rodrigues oboé

Paulo Passos clarineta e clarone

Aloysio Neves guitarra elétrica

Joaquim Abreu e André Moreno percussão

e Jocy de Oliveira difusão

PROGRAMA Medea Profecia 2005 soprano, clarone, violoncelo, guitarra elétrica, percussão

Medee fu 2004 soprano, clarineta, tambura, violoncello, tabla

Striding through rooms 2001 clarone

Raga no Amazonas 1989 oboé e meios eletroacústicos

Nherana 2007 oboé, clarineta e clarone, violoncelo, guitarra elétrica, percussão e meios eletroacústicos.

Dias 11, 12 e 13 de abril às 19h30

CONCERTOS E POCKET ÓPERA7º NÍVEL

MAIO SOLO pocket óperaConcebido para uma soprano/atriz sem uma estrutura narrativa linear, o roteiro permeia personagens míticas (Ofélia, Desdêmona, Medea, a Diva) recriando o imaginário feminino e construindo, através de símbolos, um espetáculo plástico e sonoro. Os cenários virtuais são compostos por vídeos especialmente realizados e incluem a presença marcante de Fernanda Montenegro, que interpreta, numa gravação única, a personagem de uma “Diva”. As quatro personagens têm em comum o destino de um amor trágico: Ofélia e Desdêmona são inspiradas na obra de Shakespeare. A figura mítica de Medea traz à tona a contemporaneidade desta personagem sob o ponto de vista político. A Diva é representada pela cantora lírica que na ópera italiana convencional é fadada a vitima ou a morte.

O espetáculo é composto de sete segmentos sem interrupção: Ofélia presa nas cordas de um piano, Noturno de um piano, Morte de Desdêmona, Nenhuma mulher civilizada faria isto, Medea solo e Revenge

of Medea, A Diva e Naked Diva.

Jocy de Oliveira música, concepção, vídeo, texto e direção

com Gabriela Geluda soprano/atriz

Fernando Mello da Costa ambientação

Renato Machado criação de luz

Cesarina Riso adaptação de figurinos

Dias 9, 10, 11 e 16, 17 e 18 de maio às 19h30

PROGRAMAÇÃO

foto Inori à Prostituta Sagrada (1993)

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JOCY DE OLIVEIRADesde 1961, Jocy de Oliveira vem desenvolvendo um trabalho multimídia pio-neiro no país, envolvendo música, teatro, instalações, textos e vídeo. Compôs, roteirizou e dirigiu seis óperas apresentadas constantemente no Brasil, EUA e Alemanha.

Entre os prêmios recebidos estão os da Guggenheim Foundation, da Rocke-feller Foundation (1983 e 2007), da Bogliasco Foundation, do CAPS - New York Council on the Arts, da Fundação Vitae e da RioArte . Suas peças têm sido aplaudidas na Bayerischer Rundfunk – Musica Viva, de Munique; World Expo 2000, de Hannover; Berliner Festspiele, Haus der Kulturen der Welt e Hebbel Theater, em Berlim; Staatstheater Darmstadt, Festival Dresdner Tage der Zeitgenössische Musik, Global Ear, em Dresden, Aspekte Festival, de Salzburgo; Fundações Gulbenkian e Gaudeamus; Radio France; Hayden Planetarium; Car-negie Hall e Brooklyn Academy em New York; New Music America e inúmeros festivais nos EUA; Festival Musica Nova – Bellas Artes, no México; Teatro Ave-nida de Buenos Aires, assim como seguidamente em teatros e festivais no Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Vitória, Brasília. Em 2007, o Festival Internacional de Música de Campos do Jordão, em São Paulo, homenageou sua obra, programando várias de suas composições, como ópera, concerto de câmera ao ar livre e uma peça para soprano e orquestra de cordas. Em 2008, o Instituto Cultural Oi Futuro, do Rio de Janeiro, apresenta uma retrospectiva de sua obra em forma de exposição, com música, teatro e vídeo-instalações. Como pianista ou como compositora, gravou 22 discos no Brasil, Inglaterra, EUA, Alemanha e México. Gravou nos EUA e no Brasil a obra pianística do compositor francês Olivier Messiaen, tendo atuado como solista sob a regência de Stravinsky e apresentado diversas primeiras audições de com-positores que dedicaram obras a ela, tais como Iannis Xenakis, Luciano Berio, Claudio Santoro e John Cage.

BIOGRAFIAS

foto Montagem da ópera Kseni - A Estrangeira (2006)

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GABRIELA GELUDA Graduada em canto lírico pela Uni-Rio e bolsista da Capes em pós -graduação cursada na Guildhall School of Music and Drama, de Londres, vêm trabalhan-do continuamente com a compositora Jocy de Oliveira há treze anos. Estreou como soprano solo de sua ópera Illud Tempus apresentada no RJ, SP e na Haus der Kulturen Der Welt, em Berlim, onde foi gravado um CD ao vivo. Desde então, atuou em inúmeras obras em apresentações pelo Brasil e no exterior. Projetos recentes incluem a estréia mundial da peça Who cares if she cries, com a OSB e o maestro Roberto Minczuk e ainda o papel título da ópera Kseni.

ENSEMBLE JOCY DE OLIVEIRAGrupo de músicos e atores dedicado à execução de suas obras, o Ensemble Jocy de Oliveira é uma companhia de repertório dirigida pela compositora. Du-rante estes 20 anos em constante atividade no Brasil e no exterior, o ensemble contou com a participação de 61 artistas brasileiros e estrangeiros. O reper-tório inclui 14 diferentes peças de música-teatro ou óperas assim como peças multimídia de Jocy de Oliveira em cerca de 194 apresentações para um público estimativo de 83.000 pessoas.

BIOGRAFIAS

foto Solo (2007)

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FICHA TÉCNICAJocy de Oliveira concepção, musica, vídeo, direção

Gabriela Geluda soprano / atriz

Paulo Passos clarineta e clarone

Ricardo Rodrigues oboé Leonardo Fuks oboé de gelo Luciano Correa violoncelo Aloysio Neves guitarra elétrica

Joaquim Abreu percussão André Moreno instrumentos étnicos Marcia Moraes direção de movimento e bailarina Grupo Taikô da Associação Nikkei do Rio de Janeiro

Fernando Mello da Costa cenografia Renato Machado criação de luz Cesarina Riso, Mariana Albuquerque e Marieta Spada figurinos Leonardo Fuks criação dos oboés de gelo

Valeria Campos técnica de alexander

Camuflagem Cenografia cenotécnica

Produção dos DVDs Spectra Produções realização Visom Digital e Fuzo Produções co-produção Fernanda Marques coordenação de produção

Restauração e Remasterização de áudio Visom Digital realização Carlos de Andrade coordenação geral Leonardo Alcântra Mixagem e masterização de áudio sistema Surround 5.1

Alessandro Pires programação do DVD Aramis Barros Jr design de menus Daniel Lins coordenação de autoração do DVD

Ricardo Haikal gravação de áudio

Restauração e Reedição de vídeo Fuzo Produções realização Tatiana Casanovas produção Bernardo Palmeiro e Pedro Palmeiro restauração e reedição de vídeo Bernardo Palmeiro coordenação geral

equipamento de difusão de áudio Loudness automação de projeto interativo Fernando Fortes equipamento projeção de vídeo Nova Midia programação visual Roberta de Freitas webdesign Suzane Nahas fotos Calé, Elliot Carvalho, Silvio Pozatto, Fábio Cancela assessoria de imprensa RS Comunicação & Eventos direção de produção Sérgio Saboya e Silvio Batistela

equipe de produção Alex Nunes, Ana Paula Amaral, Marcelo Veloso

administração Patricia Ivie realização Spectra Produções (Kirsebom Produções Artisticas Ltda)

foto Apague meu Spotlight (1961)

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20/05 21/05

13/05 14/05

06/05 07/05

29/04 30/04

22/04 23/04

15/04 16/04 17/04

8/04

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

Segunda Terça Quarta Quinta

7/04

22/05

15/05

08/05

01/05

24/04

9/04 10/04

DVD1 12h, 14h40 e 17h20

DVD1 12h, 14h40 e 17h20

DVD1 12h, 14h40 e 17h20

DVD1 12h, 14h40 e 17h20

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DVD2 11h15, 13h30 e 15h45 e 18h

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REVENGE OF MEDEA 19h30

DVD1 20H30

ABERTURA DA EXPOSIÇÃO

Lançamento da coleção de

DVDs com

6 óperas

de JOCY DE OLIVEIRA

9 DE MAIO

LEGENDA MOSTRA DE VÍDEO 5º NÍVEL

CONCERTO 7º NÍVEL

INTERVENÇÕES 4º NÍVEL

EXPOSIÇÃO 4º NÍVEL

11/05

Sexta Sábado Domingo

23/05 24/05 25/05

16/05 17/05 18/05

09/05 10/05

02/05 03/05 04/05

25/04 26/04 27/04

18/04 19/04 20/04

11/04 12/04 13/04

PRO

GR

AM

AÇÃ

O

DVD1 12h, 14h40 e 17h20

DVD1 12h, 14h40 e 17h20

DVD1 12h, 14h40 e 17h20

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DVD1 12h, 14h40 e 17h20

DVD1 12h, 14h40 e 17h20

DVD2 11h15, 13h30 e 15h45 e 18h

DVD2 11h15, 13h30 e 15h45 e 18h

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DVD2 11h15, 13h30 e 15h45 e 18h

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DVD4 11h15, 13h30, 15h45 e 18h

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DVD4 11h15, 13h30, 15h45 e 18h

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DVD4 11h15, 13h30, 15h45 e 18h

O DEGELO 18h30

A BOLHA 18h30

O ACASO 19h30

CONCERTO 19h30 CONCERTO 19h30 CONCERTO 19h30

SOLO 19h30 SOLO 19h30 SOLO 19h30

SOLO 19h30 SOLO 19h30 SOLO 19h30

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h

das 11h às 20h

das 11h às 20h das 11h às 20h das 11h às 20h

Page 15: IMERSÃO - Jocy de Oliveira · A partitura de uma ... que esta peça foi composta, ela não pôde ser apresentada no ... (cantada em Grego e falada em português) traz

AGRADECIMENTOS Orquestra Sinfônica Brasileira

Rodrigo Cicchelli Dermeval Pereira Fabiana Regianini Flávio Ferreira

Realização

visite o novo site www.jocydeoliveira.com

imagem capa Partitura Polinterações (1969/1970)Jocy de Oliveira

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