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Escola Profissional de AveiroAuditório Eng.º Victor Matos5 de Maio de 2010
Ricardo Fonseca
ECO 14 – Serviços e ConsultadoriaAmbiental, Lda.
EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES A RUÍDO E VIBRAÇÕES Riscos e Medidas Preventivas
Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
DOENÇAS PROFISSIONAIS•Decreto Regulamentar n.º 76/2007 (Alteração dos capítulos 3 e 4 do DecretoRegulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio.)
DOENÇAS OU OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (CARACTERIZAÇÃO, PRAZO INDICATIVO)
�Factor de risco – VIBRAÇÕES MECÂNICAS TRANSMITIDAS AO SISTEMAMÃO-BRAÇO
I. Afecções osteoarticulares confirmadas por exames imageológicos:�Artrose do cotovelo com sinais radiológicos de osteofitose (5 anos);�Osteonecrose do semilunar - doença de Kienböck (1 ano);�Osteonecrose do escafóide cárpico - doença de Köhler (1 ano).
II. Alterações provocadas por vasoespasmo da mão (ou alteraçõesangioneuróticas), predominando nos dedos indicador e médio, podendoacompanhar-se de caimbras da mão e de alterações prolongadas dasensibilidade e confirmadas por provas funcionais objectivando o fenómenode Raynaud (1 ano).
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Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
DOENÇAS PROFISSIONAIS•Decreto Regulamentar n.º 76/2007 (Alteração dos capítulos 3 e 4 do DecretoRegulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio.)
DOENÇAS OU OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (CARACTERIZAÇÃO, PRAZO INDICATIVO)
�Factor de risco – VIBRAÇÕES MECÂNICAS TRANSMITIDAS AO SISTEMA MÃO-BRAÇO
Lista exemplificativa dos trabalhos susceptíveis de provocar as doenças:
�Martelos pneumáticos e engenhos similares;�Esmeriladoras;�Rebarbadoras;�Máquinas de aplainar;�Máquinas de rebitar.
Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
DOENÇAS PROFISSIONAIS•Decreto Regulamentar n.º 76/2007 (Alteração dos capítulos 3 e 4 do DecretoRegulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio.)
DOENÇAS OU OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (CARACTERIZAÇÃO, PRAZO INDICATIVO)
�Factor de risco – VIBRAÇÕES MECÂNICAS TRANSMITIDAS AO CORPOINTEIRO
I. Radicalgia por hérnia discal (de L2 a S1) com lesão radicular de topografiaconcordante, pressupondo um período mínimo de exposição de 5 anos (6meses).
Lista exemplificativa dos trabalhos susceptíveis de provocar as doenças:
�Trabalhos expondo a vibrações de baixa e média frequências transmitidas ao corpo inteiro, comopor exemplo trabalhos realizados em transportes terrestres e marítimos.
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Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAVIBRAÇÕESVIBRAÇÕES
ENQUADRAMENTO LEGAL – DL 46/2006
•Transpôs para o ordenamento jurídico interno a Directiva n.º 2002/44/CE, do Parlamento Europeue do Conselho, de 25 de Junho, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes àexposição dos trabalhadores aos riscos devidos a vibrações mecânicas.
•É reconhecido que a exposição a vibrações pode ter efeitos sobre a saúde e a segurança dostrabalhadores , constituindo um factor potenciador de desenvolvimento de perturbações músculo-esqueléticas, neurológicas e vasculares (para além de outras patologias).
•Define um quadro de linhas de orientação e medidas específicas de prevenção dos riscos para asaúde dos trabalhadores.
•Estabelece requisitos (quantitativos) de referência que permitem a valoração objectiva doscenários de exposição.
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EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAVIBRAÇÕESVIBRAÇÕES
TIPOS DE VIBRAÇÕES NOS LOCAIS / ACTIVIDADES DE TRABALHO
�Transmitidas ao corpo (globalmente) através da superfície de sustentação do mesmo –exemplos: empilhadores, escavadoras, tractores, navios.
�Transmitidas localmente aos membros superiores(sistema mão-braço), quando são utilizadas ferramentasou máquinas com acção de percussão.
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Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAVIBRAÇÕESVIBRAÇÕES
DUAS CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS NA DESCRIÇÃO DA VIBRAÇÃO
�Frequência �Amplitude – Aceleração rms (eficaz ou
equivalente)
∫=T
hwhw dttaT
a0
2 )(1
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EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAVIBRAÇÕESVIBRAÇÕES
VAE E VLE
�Valor de acção de exposição (VAE) – o valor da exposição pessoal diária, calculado num períodode referência de oito horas, expresso em m/s2, que, uma vez ultrapassado, implica a tomada demedidas preventivas adequadas.
�Valor limite de exposição (VLE) – o valor da exposição pessoal diária, calculado num período dereferência de oito horas, expresso em m/s2, que, não deve ser ultrapassado.
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RISCOS PARA A SAÚDE
�Lombalgias e doenças da coluna, ombro e pescoço.
�Outras lesões – afecções dos sistemas digestivo circulatório e reprodutor – queixas gastro-
intestinais, úlceras pépticas, gastrites, varizes…
EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAVIBRAÇÕESVIBRAÇÕES
CORPOCORPO INTEIROINTEIRO
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MÁQUINAS E ACTIVIDADES DE RISCO POTENCIAL
�Máquinas e veículos das indústrias de construção, extractiva e mineira, particularmentemáquinas de movimentação de materiais como raspadoras, escavadoras, pás carregadoras,camiões basculantes (dumpers), etc.
�Tractores e outras máquinas das actividades agrícola e florestal, em especial as utilizadaspara transporte, espalhamento, cultivo e ceifa.
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CORPOCORPO INTEIROINTEIRO
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Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
AVALIAÇÃO DO RISCO
�Refere artigo 5.º do DL 46/2006 que nas actividades susceptíveis de apresentar riscos deexposição a vibrações mecânicas, o empregador deve proceder à avaliação dos riscos (..):
�Máquinas ou veículos identificados … elevados níveis de vibrações ;
�Máquinas e veículos…desajustadas à sua função;
�Técnicas operativas desadequadas… condução agressiva e a elevadas velocidades ;
�Durações prolongadas de operações de risco;
�Eventuais tarefas com solavancos;
�Vias de circulação…com pisos irregulares, desgastados, não pavimentados;
�veículos concebidos para a circulação em superfícies regulares…
�Operadores e manobradores que reportam queixas na coluna vertebral.
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CORPOCORPO INTEIROINTEIRO
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AVALIAÇÃO DO RISCO
1. Identificar de situações derisco
2. Avaliar a exposição dastrabalhadores a VCI
3. Comparar os resultados comos VAE e VLE
4. Definir um plano de acçãode medidas de controlo emonitorização do risco
5. Registar a avaliação, asacções desenvolvidas e a
respectiva eficácia
Análise de riscos
Identificação e avaliação desoluções potenciais
(exequibilidade, custo, ...)
Estabelecimento de metasrealísticas
Alocação de prioridades edefinição de um plano de acção
Definição de responsabilidadese disponibilização de recursos
Implementação das medidasdefinidas
Monitorização da sua eficácia
Avaliação do plano
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CONTROLO DO RISCO
�Diminuição do tempo de exposição;
�Alteração de métodos de trabalho;
�Selecção de equipamentos;
�Exigências da “Directiva Máquinas”;
�Concepção e Organização de Actividades deTrabalho;
�Consulta e participação dos trabalhadores;
�Informação e formação dos trabalhadores;
�Vigilância médica.
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CORPOCORPO INTEIROINTEIRO
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POTENCIAIS CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE
EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAVIBRAÇÕESVIBRAÇÕES
SISTEMASISTEMAMÃOMÃO--BRAÇOBRAÇO
�Alterações Vasculares
Trabalhadores que operam regularmente máquinas e ferramentas com acção depercussão podem desenvolver alterações dos tecidos das mãos e dos braços,cujo quadro de sintomas típico é conhecido por síndroma da vibração mão-braço(síndroma de Raynaud).
�Perturbações Neurológicas
Os trabalhadores expostos podem sofrer de formigueiro e dormência dos dedos edas mãos, com consequente redução da sensibilidade ao toque e à temperatura.
�Síndroma do Canal Cárpico
Acções intensas de apreensão com as mãos e posturas inadequadas acentuam aprobabilidade do desenvolvimento do síndroma do canal cárpico (neuropatiacausada pela compressão e pela irritação do nervo mediano no pulso).
v
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MÁQUINAS E ACTIVIDADES DE RISCO POTENCIAL
�Ferramentas ou máquinas de acção de percussão pneumáticas, eléctricas, hidráulicas ou decombustão interna de perfurar, rebarbar, compactar, serrar ou de outras operações que exponhamo sistema mão-braço a “evidentes” fenómenos vibráticos.
EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAVIBRAÇÕESVIBRAÇÕES
SISTEMASISTEMAMÃOMÃO--BRAÇOBRAÇO
CONTROLO DO RISCO
�(…);
�EPI.
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DOENÇAS PROFISSIONAIS•Decreto Regulamentar n.º 76/2007 (Alteração dos capítulos 3 e 4 do DecretoRegulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio.)
DOENÇAS OU OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (CARACTERIZAÇÃO, PRAZO INDICATIVO)
�Factor de risco – RUÍDO.
�Hipoacúsia de percepção bilateral por lesão coclear irreversível (com ousem acufenos), frequentemente simétrica, afectando preferencialmenteas altas frequências, devida a traumatismo (1 ano).
Lista exemplificativa dos trabalhos susceptíveis de provocar a doença…
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DOENÇAS PROFISSIONAIS•Decreto Regulamentar n.º 76/2007 (Alteração dos capítulos 3 e 4 do DecretoRegulamentar n.º 6/2001, de 5 de Maio.)
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EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAO RUÍDORUÍDO
ENQUADRAMENTO LEGAL – DL 182/2006•Transpôs para o ordenamento jurídico interno a Directiva n.º 2003/10/CE, do Parlamento Europeue do Conselho, de 6 de Fevereiro, relativa às prescrições mínimas de segurança e saúderespeitantes à exposição dos trabalhadores aos riscos devidos ao ruído.
•É reconhecido que a exposição ao ruído pode causar diversas perturbações da audição (traumaauditivo súbito, acufenos, perda auditiva temporária, perda permanente).
•A surdez resultante de exposição a níveis sonoros elevados nos locais de trabalho é das doençasprofissionais mais conhecidas e representa actualmente cerca de um terço da totalidade dasdoenças profissionais.
•A avaliação dos riscos, a adopção de medidas destinadas a prevenir ou a controlar os riscos, ainformação, a formação e a participação dos trabalhadores, o acompanhamento regular dos riscose das medidas de controlo e a vigilância adequada da saúde têm uma importância fundamental naprevenção dos riscos para a saúde dos trabalhadores.
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EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAO RUÍDORUÍDO
ENQUADRAMENTO LEGAL – DL 182/2006
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ENQUADRAMENTO LEGAL – DL 182/2006
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EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAO RUÍDORUÍDO
ENQUADRAMENTO LEGAL – DL 182/2006
Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAO RUÍDORUÍDO
VALORES LIMITE DE EXPOSIÇÃO E VALORES DE ACÇÃO
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EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAO RUÍDORUÍDO
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE PROTECÇÃO AO RUÍDO
�Como reduzir a exposição ao ruído? Em que “variáveis” podemos “mexer”?
Níveis de pressão sonora
Tempo de exposição
Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAO RUÍDORUÍDO
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE PROTECÇÃO AO RUÍDO
•Métodos de trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição ao ruído;
•Escolha de equipamentos de trabalho adequados, ergonomicamente bem concebidos e queproduzam o mínimo ruído possível, incluindo a possibilidade de disponibilizar aos trabalhadoresequipamento de trabalho cuja concepção e cujo fabrico respeitem o objectivo ou o efeito dalimitação da exposição ao ruído;
•Concepção, disposição e organização dos locais e dos postos de trabalho;
•Informação e formação adequadas dos trabalhadores para a utilização correcta e segura doequipamento com o objectivo de reduzir ao mínimo a sua exposição ao ruído;
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EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAO RUÍDORUÍDO
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE PROTECÇÃO AO RUÍDO
•Medidas técnicas de redução do ruído, nomeadamente barreiras acústicas, encapsulamento erevestimento com material de absorção sonora para redução do ruído aéreo, e medidas deamortecimento e isolamento para redução do ruído transmitido à estrutura;
•Programas adequados de manutenção do equipamento de trabalho, do local de trabalho e dossistemas aí existentes;
•Organização do trabalho com limitação da duração e da intensidade da exposição;
•Horários de trabalho adequados, incluindo períodos de descanso apropriados.
Exposição dos Trabalhadores a Ruído e Vibrações – Riscos e Medidas PreventivasRicardo Fonseca
EXPOSIÇÃODOSTRABALHADORESAO RUÍDORUÍDO
MEDIDAS PREVENTIVAS E DE PROTECÇÃO AO RUÍDOQuando tudo o resto é inexequível ou insuficiente… PROTECTORES AUDITIVOS;
•Devem ajustar-se ao tipo, magnitude e conteúdo espectral do ruído a que otrabalhador se encontra exposto;
•Na protecção auditiva não funciona a regra do “quanto mais, melhor”;
•Os aspectos de conforto e de “motivação” para o uso são fundamentais – nãoadianta disponibilizar uns excelentes protectores se a predisposição para o seuuso não for boa…
•As acções de sensibilização e formação são muito importantes .
•Nos casos de exposição que superam os VLE, o uso é obrigatório!