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III Fórum Turismo 2015 Turismo Cultural – que aposta? Isabel Soares de Albergaria Universidade dos Açores /CHAM-A (Centro de História d´Aquém e d´Além Mar – FCSH- UNL/Uac) Royal Garden Hotel 12 de Novembro de 2015

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III Fórum Turismo 2015

Turismo Cultural – que aposta?

Isabel Soares de AlbergariaUniversidade dos Açores /CHAM-A (Centro de História

d´Aquém e d´Além Mar – FCSH-UNL/Uac)

Royal Garden Hotel 12 de Novembro de 2015

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• A Organização Mundial de Turismo indica que o turismo cultural corresponde atualmente a cerca de 37% do turismo global e aponta para uma média de crescimento annual de 15% (embora esses números nem sempre sejam acompanhados de dados empíricos)

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• Nos Açores, são as paisagens e não os centros históricos, os museus, teatros, palácios ou igrejas que sempre compuseram os cartazes turísticos

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Desenho de Ponta Delgada (ilha das Flores), anónimo, s. XIX. BN Rio de Janeiro

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1. A paisagem em si também é cultura, qualquer paisagem, pela forma como é percecionada, estudada, vivida e representada é cultural. A paisagem açoriana, especialmente a paisagem rural, é fortemente antropizada.

É dessa paisagem antrópica que se desprende a nota de bucolismo tão vincada nas nossas paisagens.

Por outro lado, a maioria dos stakeholders não estabelece nenhuma relação entre as opções quanto aos usos do solo e a qualidade da paisagem, o que do ponto de vista de recurso turístico, pode constituir uma forte ameaça para a sustentabilidade futura da paisagem.

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2. os recursos culturais relacionados com o património edificado, material e imaterial, potencialmente transformados em produtos turísticos não constituem o core business do turismo nos Açores; são complementares; ajudarão a diversificar e a introduzir sofisticação ao destino mas não pretendem substituir-se aos produtos âncora já definidos

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• Há uma perceção geral de que o Turismo Cultural é “bom turismo”, atraindo visitantes de elevados recursos e alto nivel cultural, amigo do ambiente e da cultura local, para cujo sustento, contribui fortemente.

Cf. Richards, G. (2003) What is Cultural Tourism? In van Maaren, A. (ed.), Nationaal Contact Monumenten

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• Não podemos descurar o potencial existente nesse domínio que está quase completamente por explorar

1. Por um lado, assite-se a uma crescente culturalização da sociedade, pela apetência relativamente ao “consumo cultural”, o esbatimento entre cultura erudita e popular, a profusão de signos visuais que misturam a arte nas operações simples da vida quotidiana;

2. Por outro lado a culturalização das práticas turísticas, com o crescimento do turismo cultural em si mesmo, e, além disso, com a progressiva associação de signos culturais na produção dos sítios turisticos (a marca! com o envolvimento das industrias criativas)

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• Equipamentos culturais e científicos – rede de museus, bibliotecas, teatros, centros culturais, centros de interpretação, de divulgação de ciência, etc.

• Património devidamente conservado e valorizado – a existência de um património cultural imóvel e móvel devidamente preservado e submetido a operações de valorização é outro aspeto absolutamente crucial para a aposta no turismo cultural;edificação nova.pptx

• Informação adequada e disponível – a existência de dispositivos de comunicação adequados aos diversos públicos-alvo, em diversos suportes e línguas, e em articulação com os diversos canais de comunicação;

questões de marketing, de sociologia da informação e de design gráfico e de comunicação

• Qualificação dos recursos humanos – o principal recurso turístico são as pessoas. É necessário elevar o nível educacional da nossa população e garantir a profissionalização dos setores diretamente ligados à atividade turística

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• É forçoso articular as políticas setoriais da Cultura, do Ambiente e do Turismo

• Apostar nos centros de produção e reprodução do saber, ou seja, nas funções da investigação (fundamental e aplicada) e da formação (teórica e prática)

• Pós-Graduação em Turismo Cultural

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• The desire for meaning on the part of the consumer is met increasingly by the creation of themed environments. Such theming is designed to appeal to an extremely wide audience, containing sufficient ’cultural cues’ so that every visitor can recognise something that links with their own cultural needs. The basis of competition between commercial suppliers, and implicitly between cultural organizations as well, has therefore become symbolic differentiation and thematic distinction.

Gottdiener (1997). The Theming of America: Dreams, Visions, and Commercial Spaces. Westview Press, Boulder Co.

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Muito obrigada pela vossa atenção!