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CIPÓ-MIL-HOMENS NOME CIENTÍFICO Aristolachia triangularis Cham. et Schl. FAMÍLIA BOTÂNICA Aristolochiaceae. SINONÍMIA Angelicó, aristoláquia, aristoloquia-mil- homens, calungo, capa-homem, capa-homens, cassaiú, cassaú, cipó-mata-cobras, cipó- milongue, culhão-de-maroto, jarra, jarrinha, jarro, mil-homens, mil-homens- do-rio-grande, papo-de-galo, papo-de-peru, sapato-de-judeu, ypé-mi, ypê-mirim HABITAT Espécie autóctone, nativa das mata Atlântica e encontrada em roças abandonadas. FITOLOGIA Planta sarmentosa, amarga, aromática, volúvel, perene, autóctone, volúvel, trepadeira, glabra. Caule glabro, com casca grossa, estriada e rugosa. Folhas pecioladas, alternas, deltóide- triangulares, agudas ou obtusas, com ângulos inferiores laterais arredondado- obtusos, sub-cordadas na base, glabras, palmatinervadas tamanho variável, até 11cm de comprimento e 8cm de largura, algo rígidas, subcoriáceas, levemente violáceas dorsalmente. Inflorescência axilar, solitária, uniflora. Flores pequenas,

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Nome Científico – Família Botânica – Sinonímia – Habitat – Fitologia – Clima – Solo – Agrologia – Partes Utilizadas – Fitoquímica - Propriedades Etnoterapêuticas – Indicações – Atividade Biológica - Formas de Usos – Toxicologia - Outras Propriedades

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CIPÓ-MIL-HOMENS

NOME CIENTÍFICOAristolachia triangularis Cham. et Schl.

FAMÍLIA BOTÂNICAAristolochiaceae.

SINONÍMIAAngelicó, aristoláquia, aristoloquia-mil-homens, calungo, capa-homem, capa-homens, cassaiú, cassaú, cipó-mata-cobras, cipó-milongue, culhão-de-maroto, jarra, jarrinha, jarro, mil-homens, mil-homens-do-rio-grande, papo-de-galo, papo-de-peru, sapato-de-judeu, ypé-mi, ypê-mirim

HABITATEspécie autóctone, nativa das mata Atlântica e encontrada em roças abandonadas.

FITOLOGIAPlanta sarmentosa, amarga, aromática, volúvel, perene, autóctone, volúvel, trepadeira, glabra. Caule glabro, com casca grossa, estriada e rugosa. Folhas pecioladas, alternas, deltóide-triangulares, agudas ou obtusas, com ângulos inferiores laterais arredondado-obtusos, sub-cordadas na base, glabras, palmatinervadas tamanho variável, até 11cm de comprimento e 8cm de largura, algo rígidas, subcoriáceas, levemente violáceas dorsalmente. Inflorescência axilar, solitária, uniflora. Flores pequenas, glabras, hermafroditas, amarelo-avermelhadas, mais escuras interiormente, ciliadas, perigônio em forma de jarra com até 3cm de extensão, reticulado e manchado, tendo na base do lábio superior uma mancha orbicular alaranjada. Fruto capsular, subgloboso e elíptico, com sementes escuras achatadas. A raiz é escabrosa externamente, dura e amarela internamente. Exala um aroma forte e de sabor amargo, pouco agradável.

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CLIMAEspécie tropical, esciófita. É muito suceptível à geadas.

SOLOÚmidos, drenados, leves, ricos em húmus e quase alcalinos.

AGROLOGIA Espaçamento: 0,7 x 0,5m. Propagação: sementes e estacas do caule e

ramos lenhosos. As sementes devem ser postas a germinar em bandejas de isopor contendo substrato organo-mineral, que também serve para as estacas caulinares.

Plantio: outono (sementes) e primavera-verão (estacas).

Adubação: 5kg/m2 de húmus de minhoca. Mulching: para que não ocorra adensamento do

solo, incidência de plantas daninhas e seja mantida a umidade e a temperatura estável no solo, recomenda-se que sejam colocadas palhadas, cascas de arroz ou outra cobertura morta inerte e leve sobre o solo, num raio de 50cm em torno de cada planta.

Tutoramento: a planta deve ser tutorada em caramanchões, latadas baixas, ou telas de nylon, para se evitar o pisoteio e melhorar a qualidade do produto colhido.

Irrigação: deve ser feita diariamente durante 10 dias após o plantio. Fazer irrigação sempre que ocorrer um período superior a 3 dias sem chuvas.

Florescimento: dezembro. Colheita: inicia cerca de 10 a 12 meses após o

plantio.

PARTES UTILIZADASRaízes e caule.

FITOQUÍMICA

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Alcalóides: alantoína; lignanos: galbacina, cubebina, hinokinina; diterpenos: kaur; sesquiterpenos: nerolidol, -ylangeno, -copaeno e -elemeno; esteróides: ácidos aristolóquico (179), aristidínico, cimbífero e aristínico; cimbiferina, aristoloquina, cassaunina, matérias resinosas e taninos (341).

PROPRIEDADES ETNOTERAPÊUTICASAnti-helmíntica, antiespasmódica, anti-histérica, sedativa, emenagoga, antipirética (via oral), antiinflamatória, antisséptica, (179), anestésica (341), antinevrálgica sudorífica, estimulante, emenagoga, febrífuga, diurética, anti-reumática, aperiente, tônica, estomáquica, depurativa do sangue, antiofídica e antiaracnídica (169).

INDICAÇÕESIndicada para doenças venéreas, gota (169), cloroses, amenorréia, malária, cistite, anorexia, convulsões, flatulência, estimulante dos rins, do fígado e do coração (257), febres de malária (128), testículos inflamados (215), ciática (271), epilepsia, amenorréia, atonia uterina, formigamento do corpo, braços adormecidos, frieiras, hidropisia, afecções cutâneas, eczema seco e orquite. Acredita-se que o aroma da planta afaste serpentes (341).

FARMACOLOGIAO extrato aquoso do córtex apresenta atividade antimicótica de células vegetais (381). O extrato das raízes inibe o crescimento de Staphylococcus aureus, asseverando o uso popular em feridas e inflamações da pele (179). O extrato aquoso do lenho apresenta ainda atividade antiviral contra o vírus da Herpes simplex (155).

FORMAS DE USO Infuso ou decôcto: 2,5%; 50 a 200ml/dia

(internamente); 5% (externamente). Pó: 1 a 5g/dia.

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Vinho, xarope e elixir: 20 a 100ml/dia. Extrato alcoólico: segmentos do caule contusos e

macerados em álcool para aplicação tópica em mordida de serpentes.

Tintura: 5 a 25ml/dia (341).

TOXICOLOGIAA planta é abortiva (169). Existem indícios sobre o efeito carcinogênico do ácido aristolóquico em animais e humanos (Pharmazeutische Zeitung, apud 179).

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