iii- (7ª aula-tema)annales

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    ESCOLA DOS ANNALES

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    Lucien Febvre (1878 - 1956)

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    Marc Lopold Benjamim Bloch ( 1886

    Junho1944)

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    Fernand Braudel ( 1902 1985)

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    Georges Duby ( 1919 -1996)

    Jacques Le Goff(1924)

    Pierre Nora ( 1931)

    Marc Ferro ( 1924)

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    I ANTECEDENTES E CONJUNTURA DAS ORIGENS DOSANNALES

    1.1. A corrente historiogrfica Os annales se originou em1929, com a fundao da revista Les annales dHistoireconomique et Sociale.

    1.2. Entretanto, o sentimento, as idias, preocupaes epostulados conceituais e metodolgicos que seusfundadores defendem e praticam j vinham sendogeminados, isoladamente, por alguns pensadores ehistoriadores e ganharam corpo e se tornaram temas dereflexes entre grupos de pesquisadores nos comeos dosculo XX.

    1.3. Nesse sentido, os annales vo se inspirar em autores

    como Paul Lacombe Henry Beer, editores da Revista desntese histrica, peridico que promoveu um rico debatesobre a necessidade de novos rumos para as cinciassociais e, nesse contexto, para a elaborao de novosenfoques da histria.

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    1.4. Remotamente, buscam seus tericos idias, inspirao eexemplos parciais em autores como:

    - Voltaire: idia de uma histria que ultrapasse os fatos evejam as transformaes econmicas, as instituies dassociedades e os costumes e modos de vida dos povos

    - Chateaubriand: concebia a histria como um conjunto dasatividades humanas, incluindo desde as tcnicas at aspectoscomo leis, hbitos e costumes culturais, tendo a filosofia comoguia ou fundamento explicativo.

    - Guizot: pensava que a histria deveria se ocupar dascivilizaes, abarcando, portanto, tudo que fosse duradouro ecaracterstico de uma sociedade.

    - J. Michelet: defendia uma concepo de histriaenvolvendo tanto a vida material quanto a espiritual. Enfatizouem seus estudos a histria da Frana e revoluo francesa(

    povo); Augustin Thierry: A luta entre nobreza e burguesia (o povo) - Jean Jaurs: viso das classes populares e dos

    trabalhadores; - Jacob Burckhardt: histria da cultura do renascimento;

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    II- INFLU NCIAS E CONVIV NCIAS. 2.1. A sociologia francesa, sobretudo por meio dos

    seguidores de Durkeim, como : - FRANOIS SIMIAND, tambm estudioso de

    economia, que critica os postulados positivista: 1) dacronologia; 2) do estudo de fatos isolados,irrepetveis, nicos; 3) da nfase ao poltico.

    - MAURICE HALBWACHS, com seus estudos sobre

    memria social e coletiva e as estruturas sociais; 2.2. A antropologia, com os estudos de Lucien Lvy-

    Bruhl sobre os povos primitivos e o pensamento pr-lgico e mtico;

    2.3. A Geografia humana de Vidal de La Blache ( emoposio a Ratzel), que concebe o espao enquantorelaes sociais, com caractersticas histricas eregionais construdas pelas aes humanas.

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    2.5. Historiadores independentes da matrizpositivista e abertos a novas reflexes, como PaulLacombe, Henri Beer (RSH), Georges Lfebvre, Henri

    Pirenne. 2.6. A ambio dos Annales combater o positivismo

    em todos os seus fundamentos: - conceito de histria, - objeto da histria, - funo do historiador - e procedimentos metodolgicos. 2.7. Com isso, afirmam, tambm, novos horizontes

    para o saber histrico, que deve se abrir para odilogo e convivncia com as demais disciplinas das

    cincias humanas ou sociais

    O O G CO CO C O

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    III- FUNDAMENTOS EPISTEMOLGICOS. CONCEITO EOBJETO DA HISTRIA.

    3.1. Para os fundadores dos Annales , o modelo, paradigma,positivista estava se enfraquecendo e perdendo a hegemonia

    nos meios cientficos em decorrncia dos prprios avanos dascincias naturais e exatas, que contrariavam as proposiesabsolutizadoras das pretensas verdades cientficas. No dizerde BLOCH, os postulados das geraes CONTINIANAS,imediatamente anteriores dele, das ltimas dcadas do

    sculo XIX e dos primeiros do Sc. XX, que experimentaram,como que alucinadas, a procura por uma imagem muitorgida, uma imagem verdadeiramente exata do mundo nofaziam mais sentido. Isto porque a prpria evoluo dossaberes das cincias exatas, como a mecnica e a fsica,

    alargou os espritos, modificou a atmosfera mental, admitindoa idia de conhecimentos mais flexveis. Nesse contexto ocerto, o infinitivamente provvel, tornou-se relativo. Assim,arremata BLOCH, pode-se construir, sistematicamente,cientificamente, um conjunto de conhecimentos,

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    ainda que no seja susceptvel dedemonstraes euclidianas ou de imutveisleis de repetio. Aceitamos muito mais

    facilmente fazer da certeza e do universalismouma questo de grau. No sentimos j aobrigao de procurar impor a todos os objetosdo saber um modelo intelectual uniforme,

    haurido nas cincias da natureza fsica; poisque at nesse domnio tal modelo deixou deser inteiramente aplicado. Ainda no sabemosbem o que viro um dia a ser as cincias do

    homem. Sabemos que para existirem -continuando claro a obedecer s regrasfundamentais da razo - no tero derenunciar sua originalidade, nemenvergonhar-se dela". (Marc Bloch, Introduo Histria, pp.21-22).

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    3.2. Nessa mesma linha de pensamento, LUCIENFEBVRE afirma que

    falar de Cincias antes de tudo evocar a idiade uma soma de resultados, de um tesouro, sequiserem, mais ou menos recheado de moedas,umas preciosas, outras no; no acentuar o

    que a fora motora do sbio, isto , aInquietao, o repor em causa no perptuo emanaco, mas pensado e metdico, dasverdades tradicionaisa necessidade derecomear, de refazer, de repensar quando preciso e desde que seja preciso, os resultadosadquiridos, para os readaptar s concepes e,por a, s novas condies de existncia que oshomens no deixam de forjar no quadro dotempo.

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    3.3. Assim, a histria seria um o estudo,cientificamente conduzido, das diversasatividades e das diversas criaes dos homens

    de outrora, tomados na sua data, no quadro desociedades extremamente variadas e contudocomparveis umas com as outras(...), com asquais encheram a superfcie da terra e a

    sucesso das pocas. 3.4. Os homens, nicos objetos da histria. Vivos emortos.

    - As aes humanas, no tempo, mas um tempo

    solidrio com as pocas. - Tudo que for humano objeto da histria. - Onde houver vestgios do homem h objetos da

    histria.

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    3.5. Para Febvre, essa histria no se interessa por no sei

    que homem abstrato, eterno, de fundo imutvel, eperpetuamente idntico a si mesmo, mas pelos homenssempre tomados no quadro das sociedades de que somembros, pelos homens membros dessas sociedades numapoca bem determinada do seu desenvolvimento, peloshomens dotados de funes mltiplas, de atividadesdiversas, de preocupaes e aptides variadas, que semesclam todas, se chocam, se contrariam, e acabam porconcluir entre si uma paz de compromisso, um modusvivendi que se chama a Vida.

    3.6. Seria, portanto, no entender de BLOCH, um saber,uma cincia em movimento, em construo, que estudaria

    as mudanas perptuas das sociedades humanas, de seuperptuo reajustamento s novas condies de existnciamaterial, poltica, moral, etc.

    3.7. A histria a compreenso da prpria vida doshomens do passado. Vida plena, integral, em sua

    continuidade, totalidade e profundidade.

    OS G OS O G COS

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    IV - FUNDAMENTOS GNOSIOLGICOS. (A HISTRIA FILHA DE SEU TEMPO)

    4.1. O passado no existe de forma dada,inerte, objetiva, acabada, plasmado em fatos e

    episdios significativos, em documentospreviamente definidos ( documentos escritos),a espera do historiador.

    4.2. O historiador no um mero compiladorde documentos e narrador de acontecimentosINSCRITOS nas ESCRITAS do tempo.

    4 3 O f t hi t i i t i i El

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    4.3. Os fatos histricos no existem a priori. Elesso construdos pelo PRESENTE, PELO TEMPOPRESENTE, PELOS HOMENS PRESENTES.

    4.4. O presente condiciona o resgate do passado. Ainteligibilidade da histria est na dialtica dostempos: PRESENTE-PASSADO-PRESENTE.

    4.5. O TEMPO PRESENTE COLOCA PROBLEMAS QUEO HISTORIADOR PROCURA RESPONDEREXAMINANDO O PASSADO.

    4.6. Por isso esse conhecimento exige um papel ativo

    do investigador. Embora conduzidasistematicamente, cientificamente, a investigaohistrica carrega um alto grau de subjetividade dopesquisador.

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    V. PRESSUPOSTOS METODOLGICOS

    5. 1. A histria filha do presente umahistria Problema. uma histria construda pararesponder perguntas social e culturalmentesignificativas.

    5.2. A investigao histrica deve ter como objetivobuscar o desconhecido, o que no est dado. Noh o que se pesquisar a priori.

    5.3. O Historiador um questionador do passado,levantando hipteses e todos os procedimentosmediadores para descobrir, compreender e explicara realidade que pretende estudar.

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    5.4. Para tanto a histria no pode se isolar dasoutras cincias humanas.

    5.5. O historiador deve adotar um postura, umaperspectiva INTERDISCIPLINAR, buscando convivercom outros pesquisadores e saberes para melhor

    desvendar os fenmenos histricos e a trajetriadas sociedades. 5.6. Na busca para a compreenso do passado o

    historiador deve se instrumentalizar de todas as

    ferramentas ao seu alcance, conceituais eempricas, descobrindo, selecionando e explorandotodos os tipos de vestgios do passado.

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    A INCOMPREENS O DO PRESENTE NASCE

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    A INCOMPREENS O DO PRESENTE NASCEFATALMENTE DA IGNORNCIA DOPASSADO(42)

    INTIL COPREENDER O PASSADO SE NADASABEMOS DO PRESENTE(42)

    O PRESENTE, AS EXPERINCIAS COTIDIANAS, OSPROBLEMAS DO HOMEM ATUAL, QUE IMPULSIONA

    A NECESSIDADE E A VONTADE DE CONHECIMENTODO PASSADO (44).

    O Historiador deve estar atento ao que ocorre em

    volta de si, para os homens, para as coisas, para osacontecimentos, caso contrrio no merecer estettulo(44)

    Marc BLOCH