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Nº 15, dezembro de 2014 Prof. Dr. José André da Costa Diretor Geral do IFIBE A perspectiva da ação institucional do Instituto Superior de Filosofia Berthier - IFIBE, na sua trajetória histórica, vem demarcando sua práxis político-peda- gógica na tentativa de ser um espaço substancioso de busca permanente do conhecimento como compromisso éti- co. O IFIBE, quando prima pelo apren- der a aprender, busca com esforço teórico-cognitivo a excelência do ensi- no. Ele não concebe o ensino no senti- do de repassar ideias prontas e acaba- das, mas na perspectiva de recriá-las numa atitude crítica, apropriando-se do conhecimento acumulado com res- ponsabilidade cultural e social. O espaço que o IFIBE vem cons- truindo nos 33 anos de sua existên- cia é um espaço de encontro criativo e de gestão intelectual. Neste sentido o exercício acadêmico que vem sen- do implementado no IFIBE mantém a preocupação básica de aprender a fi- losofar, como fundamento e busca do sentido de nossa existência dentro do contexto atual da transitoriedade histórica. A ação institucional realiza- da no IFIBE sempre primou pela com- petência epistêmica e pela atitude ética. O processo de ensino-aprendi- zagem é uma interatividade entre a função social e a função cultural do saber. O exercício do filosofar, o IFIBE compreende como uma ação intera- tiva entre educandos e educadores e os reconhece como sujeitos conduto- res do processo político pedagógico desenvolvido neles. A metodologia e as dinâmicas desen- volvidas no IFIBE não são desempenha- das como uma instrumentalidade de aquisição refinada de novos conheci- mentos. São implementadas, sim, com um olhar de cuidado e de responsabi- lidade pedagógica com sintonia entre o planejado e o executado, em cada atividade implementada. A satisfação teórico-humano-cognitiva pode “ser medida” no aprendizado recíproco entre discentes e docentes, eviden- ciado nas avaliações de cada discipli- na ministrada, no decorrer dos anos acadêmicos. O salto de qualidade é verificado ao longo dos anos nas várias ações realizadas através de ati- vidades como: seminários, trabalhos de pesquisas, debates em salas de aulas, colóquio dos docentes, oficina dos dis- centes, tendo como coroamento deste exercício acadêmico as defesas públicas de monografias, com apresentação e defesa de vários temas filosóficos per- tinentes. Do ponto de vista institucional o IFIBE mantêm suas atividades político- -acadêmicas com um saldo positivo, porque além de ter realizado todas as atividades previstas em seu PDI, realizou outras atividades que não estavam previstas, mas de igual va- lidade cultural e social que só vieram incrementar mais a sua ação político- -pedagógica e institucional. A missão institucional do IFIBE é a formação de sujeitos críticos e compe- tentes. Com este objetivo central o IFI- BE fomenta e acredita nas habilidades técnicas e humanas. Isto significa criar novas ágoras com sujeitos dialogan- tes, descobrindo neles potencialida- des, motivando-os para atuarem na formação de novos sujeitos sociais e culturais para exercerem com respon- sabilidade a ação pedagógica, como um exercício acadêmico que desem- boque na cidadania ativa. Por último, fica o convite a todos/ as: direção, discentes, docentes e fun- cionários que continuemos a tarefa de pensar, prever e revisar os procedimen- tos vindouros do IFIBE, numa postura mais instituinte do que instituída. E aos que concluíram o curso neste ano que possam levar, entre outros aprendiza- dos, o método e a postura crítica de avaliar mais as processualidades do que as eventualidades. IFIBE: abrindo espaço para novos encontros

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Nº 15, dezembro de 2014

Prof. Dr. José André da CostaDiretor Geral do IFIBE

A perspectiva da ação institucional do Instituto Superior de Filosofia Berthier - IFIBE, na sua trajetória histórica, vem demarcando sua práxis político-peda-gógica na tentativa de ser um espaço substancioso de busca permanente do conhecimento como compromisso éti-co. O IFIBE, quando prima pelo apren-der a aprender, busca com esforço teórico-cognitivo a excelência do ensi-no. Ele não concebe o ensino no senti-do de repassar ideias prontas e acaba-das, mas na perspectiva de recriá-las numa atitude crítica, apropriando-se do conhecimento acumulado com res-ponsabilidade cultural e social.

O espaço que o IFIBE vem cons-truindo nos 33 anos de sua existên-cia é um espaço de encontro criativo e de gestão intelectual. Neste sentido o exercício acadêmico que vem sen-do implementado no IFIBE mantém a preocupação básica de aprender a fi-losofar, como fundamento e busca do sentido de nossa existência dentro do contexto atual da transitoriedade histórica. A ação institucional realiza-da no IFIBE sempre primou pela com-petência epistêmica e pela atitude ética. O processo de ensino-aprendi-zagem é uma interatividade entre a

função social e a função cultural do saber. O exercício do filosofar, o IFIBE compreende como uma ação intera-tiva entre educandos e educadores e os reconhece como sujeitos conduto-res do processo político pedagógico desenvolvido neles.

A metodologia e as dinâmicas desen-volvidas no IFIBE não são desempenha-das como uma instrumentalidade de aquisição refinada de novos conheci-mentos. São implementadas, sim, com um olhar de cuidado e de responsabi-lidade pedagógica com sintonia entre o planejado e o executado, em cada atividade implementada. A satisfação teórico-humano-cognitiva pode “ser medida” no aprendizado recíproco entre discentes e docentes, eviden-ciado nas avaliações de cada discipli-na ministrada, no decorrer dos anos acadêmicos. O salto de qualidade é verificado ao longo dos anos nas várias ações realizadas através de ati-vidades como: seminários, trabalhos de pesquisas, debates em salas de aulas, colóquio dos docentes, oficina dos dis-centes, tendo como coroamento deste exercício acadêmico as defesas públicas de monografias, com apresentação e defesa de vários temas filosóficos per-tinentes. Do ponto de vista institucional o IFIBE mantêm suas atividades político--acadêmicas com um saldo positivo,

porque além de ter realizado todas as atividades previstas em seu PDI, realizou outras atividades que não estavam previstas, mas de igual va-lidade cultural e social que só vieram incrementar mais a sua ação político--pedagógica e institucional.

A missão institucional do IFIBE é a formação de sujeitos críticos e compe-tentes. Com este objetivo central o IFI-BE fomenta e acredita nas habilidades técnicas e humanas. Isto significa criar novas ágoras com sujeitos dialogan-tes, descobrindo neles potencialida-des, motivando-os para atuarem na formação de novos sujeitos sociais e culturais para exercerem com respon-sabilidade a ação pedagógica, como um exercício acadêmico que desem-boque na cidadania ativa.

Por último, fica o convite a todos/as: direção, discentes, docentes e fun-cionários que continuemos a tarefa de pensar, prever e revisar os procedimen-tos vindouros do IFIBE, numa postura mais instituinte do que instituída. E aos que concluíram o curso neste ano que possam levar, entre outros aprendiza-dos, o método e a postura crítica de avaliar mais as processualidades do que as eventualidades.

IFIBE: abrindo espaço para novos encontros

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Ensino de Filosofia

Aula inaugural

Formandos 2014

O Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE) realizou dia 17 de fevereiro, a Aula Inaugural do Curso de Graduação em Filosofia sobre o Tema da Campanha da Fraternida-de 2014. Teve como conferencista o

Prof. Dr. Leo Pessini que tematizou a questões da bioética no século XXI estabelecendo as relações com o tema do Tráfico de Pessoas. O even-to acorreu no auditório Enrique Dus-sel e contou com a presença 180

pessoas. Dentre elas os membros da mantenedora do IFIBE, professores e acadêmicos do ITEPA, professores da UPF, diretores, professores e aca-dêmicos do IFIBE, além do arcebispo da arquidiocese de Passo Fundo.

Anair Silva da Rosa Elizeu Lisboa Moreira

Hercules Rodrigues Novaes

João Gilberto Engelmann

Lucas André Stein

Márcio Donizete de Quadros

Moises Geremia Renan Anderson de Oliveira

Wesley Araujo dos Santos

Semfoto

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Produção de Conhecimento

Envelhecimento hu-mano, espiritualidade

e cuidado (box)Iltomar Siviero

Nilva Rosin (Orgs.)

Introdução aos funda-mentos do envelheci-

mento humano Iltomar Siviero

Nilva Rosin (Orgs.)

Dimensões funda-mentais da saúde e

da arte de cuidarIltomar Siviero

Nilva Rosin (Orgs.)

Espiritualidade e MissãoI

ltomar SivieroNilva Rosin (Orgs.)

Estado de exceção: estudo em Giorgio Agambem

Evandro Pontel

Sistema hegeliano como filosofia da

históriaJoão Alberto Wohlfart

Disfunções músculo--esqueléticas

prevenção e reabilitaçãoLia Mara Wibelinger

Como eles são? Concretizando a realidade

silenciosa do analfabetismo no sul do Brasil

Solange Maria LonghiSelina Maria Dal Moro

Política da libertação: história mundial e critica

Enrique Dussel

Conviver, educar e participar

nos palcos da vidaNei Alberto Pies

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Monografias

ANAIR SILVA DA ROSAA liberdade do indivíduo na indústria cultural na Dialética do Esclarecimento de Adorno e HorkheimerDdo. Olmaro Paulo Mass (Or.)Ddo. Ésio Francisco SalvettiDdo. Iltomar Siviero

ELIZEU LISBOA MOREIRAA realização ética do ser latino-americano em Enrique DusselDdo. Iltomar Siviero (Or.)Ddo. Paulo César CarbonariMe. Nilva Rosin

LUCAS ANDRÉ STEINA justificação epistemológica do argumento ontológico do Proslógio de Sto. Anselmo de Cantuária contra a crítica de Immanuel Kant na Crítica da Razão PuraDdo. Paulo César Carbonari (Or.)Dr. João WohlfartMe. Diego Ecker

MOISES GEREMIAAs razões políticas do estado de exceção em Estado de Exceção de G. AgambenDdo. Ésio Francisco Salvetti (Or.)Ddo. Iltomar SivieroMe. Nilva Rosin

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HERCULES RODRIGUES NOVAESAs duas faces da moral e a existência do ideal ético em Henri BergsonDr. José André da Costa (Or.)Ddo. Olmaro Paulo MassDr. João Wohlfart

JOÃO GILBERTO ENGELMANNHegel e a Revolução Francesa de 1789: a superação da vontade particular liberal no Estado éticoDr. João Wohlfart (Or.)Ddo. Paulo César CarbonariMe. Diego Ecker

MÁRCIO DONIZETE DE QUADROSO sentido moral da prudência na Suma Teológica de Tomás de AquinoMe. Nilva Rosin (Or.)Ddo. Olmaro Paulo MassDdo. Maicon Rodrigo Rossetto

RENAN ANDERSON DE OLIVEIRACrítica à moral na formação do homem em Genealogia da Moral de Friedrich NietzscheDdo. Valdevir Both (Or.)Me. Diego EckerDdo. Maicon Rodrigo Rossetto

WESLEY ARAUJO DOS SANTOSO sentido político do bem comum no Contrato Social de J-J. RousseauDdo. Maicon Rodrigo Rossetto (Or.)Ddo. Valdevir BothDdo. Ésio Francisco Salvetti

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Presença na Sociedade

Com dez anos de atuação, o Projeto Filosofia das Comunidades trabalhou neste ano sobre o tema “Reforma política: o Brasil que te-mos e o Brasil que queremos”. O objetivo dessa edição foi de sensibi-lizar a comunidade passo-fundense (e região) sobre a importância e participação no Plebiscito Popular em defesa da proposta de uma cons-tituinte exclusiva e soberana do sis-tema político; conhecer o sistema político atual, demonstrando a sua fragilidade na representação e con-

Filosofia nas comunidades: reforma política

trole social; discutir sobre a forma de financiamento e valores gastos no período eleitoral; e aprofundar a necessidade de compreensão do sistema político de forma democrática e com a participação direta do povo. O tema foi emergente e necessário para avançar na conquista da democracia, da soberania e das necessidades de todos os setores oprimidos. A edição deste ano contou com a parceria do Observatório da Juventude da UPF, Pastoral da Juventude da Arquidio-cese de Passo Fundo e Centro Aca-

dêmico João Berthier. Dez estudan-tes estiveram nos diversos espaços, discutindo com os diversos públicos sobre essa temática.

As oficinas deste ano fizeram parte de um programa de ativida-des para mobilização do Plebisci-to Popular que foi organizado em Passo Fundo, tendo a Comissão de Direitos Humanos como entidade organizadora do Comitê Central, além de outras entidades parceiras desta agenda, estendida em âmbito nacional.

VI Colóquio Nacional de Direitos Humanos

Com o objetivo de debater de forma ampla, aberta e plural sobre a participação como direito humano a fim de sensibilizar comprometer os/as participantes com a luta por sua efetivação no cotidiano de todas e de cada pessoa foi realizado o VI Colóquio Nacional de Direitos Hu-manos. O evento ocorreu no Centro de Eventos Notre Dame, em Passo Fundo, de 22 a 25 de abril de 2014.

A participação, junto com a liber-dade de expressão e a organização são condições fundamentais para que uma sociedade crie as condi-

ções para a afirmação e a vivência dos direitos humanos. Em contex-tos cada vez mais dominados pela lógica do consumo e da competi-ção, abrir condições para a partici-pação se constitui em desafio, visto que é cada vez mais forte a vigência do individualismo que vai desobri-gando da participação e advogan-do relativismos que podem pôr em risco as conquistas de direitos tanto individuais quando coletivas. A fun-cionalização das relações, expressa pela força cada vez mais expressiva da ideia de que “cada um faça a

sua parte” vai minando os compro-missos coletivos e a responsabi-lidade pública com o que é de todos e com o que diz respeito ao comum. Ademais, a participação se associa ao processo de organização em geral e da organização popular, em particular, como mecanismos de luta e de exigibilidade dos direitos, contrastando com crescentes e cada vez mais diversas formas de luta, das mais cotidianas e próximas, aos modelos multitudinários. Isto tam-bém contrasta com processos fortes de desmoralização das causas e das lutas, além da desmoralização e da criminalização dos sujeitos e de suas formas de ação e de orga-nização. Note-se que este conjunto de elementos formam uma situação contraditória na qual a construção dos direitos humanos vem enfren-tando revezes. Assim que, o fortale-cimento da participação e suas mais diversas formas, considerada como um direito humano, se constitui em desafio e em tarefa, teórica e prá-tica.

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Seminário temático: Direitos Humanos, Sujeitos Históricos e Libertação em Enrrique Dussel

O IFIBE realizou de 04 a 06 de novembro o VIII Seminário Temático dedicado ao tema Direitos Huma-nos, Sujeitos Históricos e Libertação em Enrique Dussel. O evento reuniu pesquisadores e interessados com o objetivo de refletir sobre temáticas filosóficas atuais com base no pen-samento de Enrique Dussel, tendo como motivação a celebração dos 80 anos de vida que Dussel com-pletará em 24 de dezembro 2014.

A libertação é uma questão que anima movimentos sociais, organi-zações políticas, processos religiosos e pesquisas acadêmicas há décadas como um projeto de comprometi-mento de sujeitos e de abertura de processos históricos. Na América La-tina se expressou de modo particular também nos vários campos do saber, através da elaboração de várias pers-pectivas libertárias na Psicologia, na Sociologia, na Antropologia, na Teo-logia, na Educação e, também, na Fi-losofia. No caso desta última, abriu--se, nos anos 1970, um movimento continental chamado Filosofia da Libertação. Entre os expoentes máxi-mos deste movimento está o filósofo

argentino-mexicano Enrique Dussel. Seu pensamento filosófico se apre-senta como uma importantíssima contribuição para subsidiar o debate e a reflexão sobre as temáticas pro-postas. Por estas razões entendeu-se justificada a realização do evento.

Os debates contaram com a pre-sença do filósofo do direito, professor da Universidad de San Luis Potosí, México, Alejandro Rosillo Martinez, que no dia 04, fez a conferência de abertura sobre o tema “Fundamen-tação Ético-Filosófica dos Direi-tos Humanos em Enrique Dussel”. Abordou questões fundamentais para mostras as alternativas de fundamentação dos direitos hu-manos como luta das vítimas de violações desde a América Latina, com pensadores primordiais como Bartolomé de Las Casas, e atuais, como Enrique Dussel. No segundo dia houveram comunicações e um painel que reuniu Lucas Machado (UFSC) e Iltomar Siviero (IFIBE) para debater “Sentidos dos Direitos Hu-manos na Luta por Libertação em Enrique Dussel” e a conferência do professor e vice-reitor de extensão

da UFSBC, de São Paulo, Daniel Pansarelli, que abordou o tema “Sujeitos da Ação Política em En-rique Dussel”, mostrando como as alteridades são fundamentais para abrir os sistemas que se fetichizam, para serem sujeitos destas trans-formações. No último dia o evento também teve comunicações segui-das de um painel sobre “Pluralidade de Sujeitos em Luta por Libertação em Enrique Dussel”, que contou com a professora Magali Menezes (UFRGS) e Paulo César Carbonari (IFIBE). O evento foi encerrado com uma Web conferência proferida pelo Dr. Enrique Dussel sobre “Múltiplos atores da ação política”, tendo de-monstrado enfaticamente que os sujeitos da ação são aqueles/as que são vítimas do sistema por não te-rem suas necessidades satisfeitas, ou seja, por não conseguirem pro-duzir e/ou reproduzir sua vida ma-terial e que quando se organizam [nos movimentos sociais] se consti-tuem em agentes de libertação e de afirmação de novos direitos.

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O Instituto Superior de Filosofia Berthier (IFIBE) finalizou no ano de 2014 a Segunda edição do Curso sobre Envelhecimento Humano e Es-piritualidade. O curso é uma inicia-tiva do IFIBE e está organizado em 3 etapas. Em 2011 o IFIBE realizou um seminário sobre o tema e um curso em Brasília em março junto ao Centro Cultural Missionário (CCM), o IFIBE lançou a proposta para Pas-so Fundo e teve uma adesão signi-ficativa de Religiosos e Religiosas, já que a temática visa aprofundar o Envelhecimento Humano no uni-verso da igreja, envolvendo a vida presbiteral e a vida religiosa.

É notório o crescimento po-pulacional de pessoas idosas em nível geral, assim como de iniciati-vas, embora ainda muito lentas e precárias em atenção ao idoso/a. Atualmente temos mais de 12% da população na condição de pessoa idosa. E a vida dos presbíteros e das congregações religiosas não está fora deste cenário. Pelo contrário, a realidade de envelhecimento da vida presbiteral e da vida religiosa é ainda mais assustadora. Há congre-gações que possuem mais de 50% com faixa etária próxima e acima de 60 anos. Adentrar a esta realidade

e aprofundar o significado disso para a vida pessoal e coletiva das congregações é o desafio que se apresenta neste contexto e o IFIBE está disposto e refletir e oportunizar maior aprendizado das pessoas em vista do cuidado de si, garantindo a ressignificação da sua vida ativa e contemplativa, resultando em no-vas formas de pensar e organizar a missão, a ocupação social e o cul-tivo pessoal. Daí o título do curso Envelhecimento Humano e Espiritu-alidade, com objetivo de: Aprofun-dar a relação entre envelhecimento humano e espiritualidade gerando conhecimento maior no tema, ma-turidade pessoal e qualificação téc-nica no cuidado com idosos/as nas casas de longa permanência.

A organização do curso esteve disposta na modalidade de etapas. A primeira teve como foco temá-tico de abordagem “A Histórias e os Fundamentos do Envelheci-mento Humano”. Esta etapa visou aprofundar e discutir elementos de introdução ao tema do enve-lhecimento humano e da condição humana existencial, face as ques-tões que caracterizam a formação do ser humano (físico, psicológico, social ...). A segunda etapa teve

IFIBE realiza Curso sobre Envelhecimento Humano e Espiritualidade

como foco temático “A Ocupação, a Missão do Religioso Idoso”. Esta etapa aprofundou o tema da Espi-ritualidade que se apresenta como perspectiva de missão da pessoa idosa, em especial religiosos/as. Co-nhecer e aprofundar este tema e os grandes místicos da igreja é o que se esperou desta etapa, convocan-do os participantes a abertura para o cultivo pessoal, encontro consi-go mesmo e com Deus. A terceira etapa teve como foco temático a “Educação Gerontológica”. Visou abordar diretamente temas e práti-cas voltadas ao cuidado, tanto para si, quanto para cuidadores/as. Espe-rou-se que as pessoas conheçam e ampliem seu universo de organiza-ção pessoal e coletiva nas casas de religiosos idosos/as.

As inscrições para a Terceira Edi-ção do curso estão abertas até dia 27 de fevereiro de 2015. A primeira eta-pa será realizada em Março de 2015 a segunda e a terceira em Agosto e Outubro de 2015 consecutivamente.

Rua Senador Pinheiro, 350 99070-220 – Passo Fundo - RS

Fone/Fax: (54) 3045-3277 E-mail: [email protected]

www.ifibe.edu.brExpediente

PHILOS é o Boletim Informativodo Instituto Superior de Filosofia Berthier

Conselho Diretor do IFIBEJosé André da Costa - Diretor Geral

Paulo César Carbonari - Diretor PedagógicoValdevir Both - Vice-Diretor PedagógicoIltomar Siviero - Diretor Administrativo

Moacir Filipin - Vice-Diretor Administrativo

Coordenação da EdiçãoÉsio F. Salvetti e Diego Ecker

Editora IFIBEFotos - Arquivo do IFIBETiragem 250 exemplares

Distribuição Gratuíta

www.ifibe.edu.br