[ieee 2012 xxxviii conferencia latinoamericana en informatica (clei) - medellin, colombia...
TRANSCRIPT
A breef history of the brazilian academic libraries informatization
Paula Maria Abrantes Cotta de Mello
Sistema de Bibliotecas e Informação
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, Brasil
Elisa Amaral
Sistema de Bibliotecas e Informação
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, Brasil
dptdir|@sibi.ufrj.br red
Abstract: The work presents an account of the history
of computerization of the Brazilian academic libraries
under the particular history of the Universidade Federal
do Rio de Janeiro libraries, since
1968 until today. Discusses the systems developed and
used by libraries over the years and their
changes. Recounts the experiences lived by integrated
teams of analysts and librarians, the growing need
for modernization of services and the current status of
computerization of libraries.
Keywords: Libraries, Informatization
I INTRODUÇÃO
A história da informatização das bibliotecas
universitárias brasileiras tem quatro décadas. Nesse período e
no contexto nacional, as bibliotecas da Universidade Federal
do Rio de Janeiro - UFRJ, foram protagonistas do pioneirismo
e da experiência, sendo assim representativas do que
aconteceu na grande maioria das bibliotecas acadêmicas
brasileiras do sistema federal de ensino.
Consulta na internet, reserva de acervo à distância,
consulta às bases de dados remotamente, acervos totalmente
informatizados, recursos da web.2, essa realidade que hoje se
apresenta nas bibliotecas da UFRJ tem uma bela história a
contar.
A UFRJ foi detentora do pioneirismo na
informatização das suas bibliotecas, assim como um
laboratório de experiências na evolução permanente das
iniciativas realizadas para esse segmento. Na época, o diálogo
entre analistas e bibliotecários era muito difícil porque haviam
vocábulos e conceitos semelhantes mas com significado
completamente diferente para as áreas. A construção dessa
integração foi a base para o que viria a ser desenvolvido pelas
equipes.
Em 1968, o Núcleo de Computação Eletrônica, em parceria
com os bibliotecários da Biblioteca do Centro de Tecnologia,
desenvolveu um sistema de catalogação e empréstimo
informatizados, chamado Sub-sistema de Catalogação.
Funcionava no sistema “mainframe” e alimentação de dados
por formulários preenchidos à mão.
FIGURA 1- ILUSTRATIVO DA SALA DOS COMPUTADORES DO
NCE NA DECADA DE 70
O empréstimo fazia uso de cartões perfurados. O sistema
foi desenvolvido com base no Sistema Calco. O Projeto
CALCO foi constituido pela prof.a Alice Principe Barbosa a
qual fez uma adaptação do Formato MARC II, de catalogação,
da Library of Congress/EUA para ser utilizado no Brasil.
Figura 2 –ilustrativo do cartão perfurado
O Sub-sistema da Catalogação, adotava, como
produto/saída as fichas impressas para os catálogos de autor,
título e assunto, fichas topográficas e de registro. Haviam as
listagens de autor, título e assunto, impressas como formulário
contínuo, colocadas sobre as mesas para consulta pelo usuário.
Havia listas para buscas por assunto, título e autor; um volume
absurdo de papel.
978-1-4673-0793-2/12/$31.00 ©2012 IEEE
Figura3-formulários contínuos serviam como listagens de autor, assunto e título
As bibliotecas possuíam catálogos em aço com gaveteiros
para cada tipo de fichas recebidas pelo Sub-sistema. O sistema
gerava fichas topográficas, de autor, título e assunto.
Figura 4- modelo de fichário utilizado à época
Durante os anos 70, o exemplo da Biblioteca do CT
foi seguido por outras bibliotecas como as do Centro de
Ciências da Matemática e da Natureza-CCMN, do Centro de
Ciências da Saúde-CCS e outras de outros centros. Nessa
época houve, em paralelo, um crescimento no número de
bibliotecas na Universidade, em virtude do surgimento e
desenvolvimento da pós-graduação no Brasil, criando
bibliotecas especializadas em diversas áreas, formando um
conjunto de 40 bibliotecas.
Em 1987, foi desenvolvido o módulo de Catalogação
de periódicos, também construído em parceria entre analistas
e bibliotecários, que não chegou a ser implementado. As
bibliotecas atualizavam suas coleções de fascículos no sistema
do IBICT-Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia, chamado Catálogo Coletivo Nacional de Seriados.
Também nessa época, a pedido da Biblioteca da Faculdade de
Letras, foi desenvolvido o Sub-Sistema de Registro
Patrimonial, dedicado a prover um rápido registro das obras
doadas para aquela biblioteca e que representavam um
significativo volume.
Em paralelo ao desenvolvimento e implantação desses
sub-sistemas já se observava a velocidade com que a
tecnologia da informação se desenvolvia e, assim como
aumentava o grau de exigência de tecnologias dos
bibliotecários e dos usuários. Os sistemas desenvolvidos pelo
NCE com grupos de bibliotecários do SiBI - Sistema de
Bibliotecas e Informação da UFRJ, não atendiam plenamente
as crescentes necessidades das bibliotecas. Os módulos não
eram integrados, construídos em DOS, havia poucos
terminais, monitores com “letras verdes “, com acesso lento
aos conteúdos. Quando o usuário fazia uma busca, aparecia
nas telas a mensagem “Aguarde, por favor!”.
Figura 5- modelo de monitor dos terminais utilizados pelas
bibliotecas nas décadas de 70 e 80
A partir de 1987, já com a criação do embrião do
atual Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ, a
informatização se estendeu para todas as bibliotecas. Foram
feitos diversos projetos para incrementar o parque
computacional e melhorar a velocidade da transmissão de
dados na Universidade. As bibliotecas cresceram em número
para 42 e representavam o lugar onde se personificavam as
demandas por modernidade tecnológica. Nessa fase, muitos
analistas que participaram dos primórdios da informatização
das bibliotecas saíram da Universidade e foram para outros
setores. Com equipe mais reduzida, as necessidades
informacionais cresciam, já havia a Bitnet, as consultas às
bases de dados estrangeiras e a demanda por uma solicitação
permanente de rapidez e eficiência.
As pesquisas “on-line” se valiam do que havia; telex,
fax, por exemplo, aparelhos de fax e Telex.
Figura 6- ilustração de aparelho de telex
O SiBI em 1996 e 1997, já com computadores de outra
geração nas bibliotecas, com a internet, com os recursos do
Windows, com as inúmeras bases de dados migrando do
suporte em CD para acesso via internet, procurou, junto com
os analistas do NCE a construção de um novo sistema para as
bibliotecas, que fosse totalmente integrado e que atendesse às
exigências da época.
No entanto, não havia tempo hábil para esperar por até 5
anos por um novo sistema “in house”. Não havia como esperar
mais. A iniciativa foi partir para o mercado de softwares de
gestão de bibliotecas existentes.
Seleção feita, hoje o trabalho das bibliotecas é todo feito
em rede. Alimentação de dados local é enviada em tempo real
para o servidor e imediatamente acessada pelo usuário no
modulo de pesquisa na Web. O software permite a catalogação
de qualquer suporte em que a informação se apresente.
Gerencia os arquivos digitais, ordenando-os para facilitar as
buscas.
Figura 7. imagem ilustrativa do modo de trabalho do atual
bibliotecario
Houve uma mudança na composição dos acervos, hoje
totalmente híbridos, conjugando materiais impressos e
materiais digitais. Os periódicos são eletrônicos desde 2000,
os livros eletrônicos foram introduzidos na UFRJ desde 2007.
As bibliotecas hoje possuem áreas de pesquisa e de consulta
aos catálogos com muitos computadores, internet wifi,
scanners, e-readers, diversos serviços on-line.
Figura 8. Ilustração de um salão de leitura e estudo atual.
Além disso, a informática também evoluiu nos trabalhos
desenvolvidos para capacitação do corpo técnico e dos
usuários. Já se oferecem treinamentos à distância e tutoriais
nos sites das bibliotecas.
Essa é uma história viva, em contínua evolução. Deve ser
registrada para não ser esquecida. Não houve um cuidado em
preservar essa história em documentos e máquinas. Muita
coisa se perdeu com a evolução dos suportes, como dos
disquetes, dos hardwares pela falta de implementação de uma
política de preservação digital.
REFERENCES
[1] MANUAL do usuário: subsistema de catalogação de livros. Rio de
Janeiro: NCE/SIBI/UFRJ, 1994. Não publicado.
[2] BIBLIOTECA Central. Sistema de Bibliotecas e Informação. Projeto de solicitação de recursos à Fundação José Bonifácio “informatização das Bibliotecas da UFRJ”. Rio de Janeiro: SiBI, 1995.
[3] A.R. Cortes. “Automação de bibliotecas e centros de documentação.” C.Inf., Brasilia, v.28, , n. 3, p. 241-256, set./dez. 1999.
[4] http://www.nce.ufrj.br/institucional/historico.asp. Acesso em : 06/12/2012
[5]http://equipe.nce.ufrj.br/gabriel/orgcomp2/Historico.pdf. Acesso em 06/12/2012
[6] A.K.Dutra, M.L.Ohira. Informatização e automação de bibliotecas: uma análise nos trabalhos apresentados nos seminários nacionais de bibliotecas universitárias, (2000,2002 e 2004). Inf.Inf. Londrina, v.9, n.1/2, , jan./dez. 2004.