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    Introduo ao Estudo do Direito IProfessor Alexandre Veronese1 sem / 2008 noiteManuela Martins de Sousa

    BOBBIO, Norberto. Teoria Geral do Direito. So Paulo: Martins Fontes, 2007.

    CAPTULO I:O direito como regra de conduta.

    No primeiro captulo de sua obra Teoria Geral do Direito, o pensador italiano

    Norberto Bobbio afirma, primeiramente, que para este estudo adotou o ponto de

    vista normativo, ou seja, partindo do princpio de que a experincia jurdica

    uma experincia normativa constri suas argumentaes.

    De forma didtica o autor expe a variedade e a multiplicidade das normas.

    Destarte, apesar de dedicar sua ateno as normas jurdicas, fala tambm das

    normas sociais, dos preceitos religiosos, das regras morais e assim por diante.

    De acordo com Bobbio existem, ao menos, duas teorias que diferem da

    teoria normativa, so elas: a teoria do direito como instituio e a teoria do direito

    como relao. Para explicar a primeira teoria, usou o pensamento do tambm

    italiano Santi Romano, para o qual os elementos constitutivos do direito so trs: a

    sociedade, a ordem e a organizao. Dessa forma, em sntese, podemos dizer

    que o direito existe quando h uma sociedade ordenada por meio de uma

    organizao. O direito nasce no momento em que um grupo social passa de uma

    fase inorgnica (no organizada) para uma fase orgnica (organizada). O

    fenmeno de passagem de uma fase para outra tambm chamado de

    INSTITUCIONALIZAO. Em resumo, a sociedade ordenada e organizada queRomano chama de INSTITUIO.

    Para Norberto Bobbio h uma contradio, ainda que marginal, na teoria de

    Romano: se for verdade que a organizao o principal elemento caracterstico

    da sociedade jurdica, e se tambm for verdade que existem sociedades no

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    organizadas, pode-se perfeitamente admitir que o direito pressupe a sociedade,

    mas no se pode admitir que toda sociedade jurdica.

    Para falar de pluralismo jurdico, nosso autor contrape a teoria do direito

    como instituio com a teoria estatista do direito. Esta, por sua vez, produto

    histrico da formao dos grandes Estados modernos, considera direito somente o

    direito estatal e identifica o mbito do direito com o mbito do Estado. Em

    oposio, para a teoria da instituio at uma associao para delinqir, uma vez

    organizada com o objetivo de estabelecer a ordem entre os seus membros, um

    ordenamento jurdico. Nesse sentido, o problema sobre o qual se insiste na

    polmica entre pluralistas e monistas, de saber se o direito somente produzido

    pelo Estado ou tambm produzido por grupos sociais diferentes do estado, principalmente uma questo de palavras: quem afirma que direito apenas o

    direto estatal usa a palavra direito em sentido restrito. Quem considera, seguindo

    os institucionalistas, que direito tambm aquele de uma associao para

    delinqir, usa o termo direito em sentido mais amplo.

    Sobre o valor cientfico da teoria da instituio, Bobbio prope duas

    observaes crticas:

    1. A teoria da instituio confunde a teoria normativa com a teoria estatista.

    Esta apenas uma teoria normativa restrita, pois restringe a palavra

    norma s normas do Estado. Portanto, a teoria normativa pode sim ser

    compatvel com o pluralismo jurdico a partir do momento em que no h

    motivo para restringir a palavra norma.

    2. Para Romano antes de ser norma o direito seria organizao. Contudo, a

    organizao e a disciplina s podem ser realizadas mediante regras de

    conduta, ento as normas vm antes da organizao. Conseqentemente,

    a teoria da instituio no exclui, antes inclui, a teoria normativa do direito,

    que no sai derrotada da polmica, e sim fortalecida.

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    Segundo Bobbio, o grande mrito da teoria da instituio o de ressaltar que

    s se pode falar em direito quando existe um conjunto de normas formadoras de

    um ordenamento e que, portanto, o direito no norma, mas um conjunto de

    normas. Graas tambm teoria da instituio, a teoria geral do direito evoluiu

    cada vez mais de teoria das normas jurdicas para a teoria do ordenamento

    jurdico.

    A teoria do direito como relao, ou melhor, a teoria do direito como relao

    intersubjetiva (individual) analisada inicialmente em oposio teoria do direito

    como instituio. Para Bobbio, esta ltima critica no s a teoria normativa, mas

    tambm a teoria da relao intersubjetiva. De acordo com os institucionalistas

    (principalmente os franceses), uma pura e simples relao entre dois sujeitos nopode constituir direito, este s nasceria quando essa relao estiver inserida numa

    srie mais ampla, complexa e estvel de relaes constituintes, isto , a

    instituio. Os institucionalistas, em geral, consideram a doutrina da relao

    inspirada por uma concepo individualista do direito.

    O iluminista jurdico Immanuel Kant um dos representantes da teoria do

    direito como relao jurdica. Para Kant h quatro tipos possveis de relao de

    um sujeito com outros sujeitos. Dessas quatro, s a ltima poderia ser

    considerada uma relao jurdica:

    1. Sujeito (c/ direitos e deveres) e sujeito (c/ direito e sem deveres: Deus).

    2. Sujeito (c/ direitos e deveres) e sujeito (c/ deveres e sem direitos: escravo).

    3. Sujeito (c/ direitos e deveres) e sujeito (sem direito e deveres: coisa ou

    animal).

    4. Sujeito (c/ direitos e deveres) e sujeito (c/ direitos e deveres: outro homem).

    A teoria mais recente do direito como relao jurdica exposta por Alessandro

    Levi. Por relao jurdica Levi entende, no sentido tradicional da palavra, uma

    relao intersubjetiva, ou melhor, a relao entre dois sujeitos, sendo um titular de

    uma obrigao e o outro de um direito. E esta relao jurdica seria o conceito

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    fundamental compreenso do direito como fenmeno, ai est a crtica de

    Bobbio, pois para ele o conceito de norma jurdica que desempenha este papel.

    Assim, mais uma vez, Norberto Bobbio considera que a teria do direito como

    relao intersubjetiva no elimina a teoria normativa. Seguindo sua linha de

    pensamento, a relao jurdica enquanto relao direito-dever, refere-se sempre a

    duas regras de conduta, sendo que a primeira atribui um poder, a outra atribui um

    dever. a norma que, ao qualificar a relao, a transforma em uma relao

    jurdica e no o oposto.

    CAPTULO II:Justia, validade e eficcia.

    Neste segundo captulo o pensador italiano Norberto Bobbio apresenta trs

    critrios distintos de valorao de uma norma jurdica: o critrio de justia, o

    critrio de validade e o critrio de eficcia.

    O critrio de justia: Norma justa aquilo que deve ser; norma injusta aquilo que

    no deveria ser. Corresponde ao problema entre o que real e o que ideal, quer

    dizer, para julgar a justia de uma norma preciso compar-la a um valor ideal.

    Por isso costuma-se chamar o problema da justia de problema deontolgicodo

    direito.

    O critrio da validade: Para decidir se uma norma vlida preciso, geralmente,

    realizar trs operaes:

    1. Verificar se a autoridade que a emanou tinha o poder legitimo de enunciar

    normas jurdicas.

    2. Verificar se no h uma outra norma sucessiva que a ab-rogou

    expressamente ou regulou a mesma matria.

    3. verificar se no incompatvel com outra norma do sistema (ab-rogao

    implcita).

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    O problema da validade jurdica pressupe que se tenha respondido pergunta: o

    que se entende por direito?

    O critrio da eficcia: Pressupe saber se essa norma ou no seguida pelas

    pessoas quem se destina. O fato de uma norma existir enquanto norma jurdica

    no implica que ela tambm seja constantemente seguida.

    Bobbio deixa claro que os trs critrios so independentes: a justia no

    depende nem da validade nem da eficcia, e a eficcia no depende nem da

    justia nem da validade.

    O autor lembra ainda que estes trs critrios so exatamente os problemasfundamentais que se ocupou e se ocupa a filosofia do direito. Do problema da

    justia nasce a filosofia da justia, do problema da validade nasce a teoria geral do

    direito e por fim, do problema da eficcia nasce a sociologia jurdica.

    Correspondendo assim, em parte, distino das trs tarefas da filosofia do

    direito: deontolgica, ontolgicae fenomenolgica.

    Norberto Bobbio considera no ser possvel aceitar outras teorias que no

    realizam a distino entre estes trs critrios, considerando-as reducionistas. O

    autor expe trs teorias reducionistas: a que reduz a validade justia (uma

    norma s vlida se justa. Ex: doutrina do direito natural), a que reduz a justia

    validade (uma norma justa simplesmente por ser vlida. Ex: concepo

    positivista) e a que reduz a validade eficcia (a validade depende da eficcia.

    Ex: correntes realistas da jurisprudncia americana).

    O direito natural: (Tem uma concepo ideal do direito.) Corrente de pensamento

    jurdico segundo a qual uma lei, para ser lei, deve ser conforme a justia. H

    vrias divergncias entre os jusnaturalistas sobre o que deve ser considerado

    justo ou injusto, esta variedade de opinies decorria de duas razes fundamentais:

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    1. O termo natureza um termo genrico que adquire diferentes significados

    dependendo da maneira como usado.

    2. Ainda que seu significado fosse unvoco a constatao de que uma

    tendncia natural no permite deduzir se essa tendncia boa ou m,

    uma vez que no permite deduzir um juzo de valor de um juzo de fato.

    O positivismo jurdico: (tem uma concepo formal do direito.)Para Bobbio para

    encontrar uma teoria completa e coerente do positivismo, temos de remontar

    doutrina poltica de Thomas Hobbes. Segundo Hobbes, efetivamente no existe

    outro critrio de justo ou injusto fora da lei positiva, vale dizer, fora do comando do

    soberano. No estado de natureza no existe o justo e o injusto, pois no existem

    convenes vlidas. No estado civil o justo e o injusto repousam no comumacordo dos indivduos de atribuir ao soberano o poder de decidir o que justo e o

    que injusto. Tal teoria a justificativa mais coerente do poder absoluto, mas

    Bobbio no entra no mrito deste assunto.

    O realismo jurdico: Do ponto de vista desta corrente, os jusnaturalistas pecam

    porque confundem o direito real com as aspiraes justia, os positivistas

    porque o confundem com as regras impostas e formalmente vlidas. Consideram

    apenas o direito efetivamente aplicado como o nico objeto possvel de pesquisa

    por parte dos juristas. No ltimo sculo h, pelo menos, trs momentos em que tal

    modo de conceber o direito surgiu:

    1. O primeiro momento representado pela escola histrica do direito, que a

    expresso mais genuna do romantismo jurdico.

    2. O segundo momento marcado pela concepo sociolgica do direito;

    surge por efeito da confuso que se foi criando entre a lei escrita nos

    cdigos (o direito vlido) e a realidade social em decorrncia da Revoluo

    Industrial (direito eficaz).

    3. A terceira a concepo realista do direito que teve xito nestas ltimas

    dcadas nos Estados Unidos.

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    Por fim, o autor termina este captulo fazendo algumas consideraes sobre as

    correntes sociolgicas do direito. Por exemplo, de acordo com ele devemos

    considerar que a crtica a estas correntes resumiu-se em geral numa reviso das

    fontes do direito, vale dizer, numa crtica ao monoplio da lei e na reavaliao de

    duas outras fontes diversas da lei, o direito consuetudinrioe o direito judicirio(o

    juiz legislador).

    CAPTULO III:As proposies prescritivas.

    No captulo 3 de sua obra Teoria Geral do Direito, Norberto Bobbio diante do

    conjunto de normas jurdicas procura abordar que tipo de proposies so elas.

    Primeiramente adverte que pretende evitar que se confunda o estudo formal da

    norma jurdica com um dos muitos formalismos. Por formalismo jurdico entende-

    se uma considerao exclusiva do direito como forma. Contudo, sob o nome

    genrico de formalismo jurdico hoje se submetem, ao menos, trs teorias

    diversas:

    1. Formalismo tico: Diz respeito ao modo de definir justia. justo o que

    conforme a lei. O que justia?

    2. Formalismo jurdico: Diz respeito ao modo de definir o direito. A

    caracterstica do direito no de prescrever o que cada um deve fazer,

    mas simplesmente o modo como cada um deve agir se quiserem

    alcanar os prprios objetivos. O que o direito?

    3. Formalismo cientfico: Diz respeito ao modo de conceber a cincia

    jurdica e o trabalho do jurista. Como deve comportar-se a cincia

    jurdica?

    Bobbio lembra que seu ponto de vista formal no est relacionado com

    nenhum desses trs formalismos. Dessa forma, deste seu ponto de vista formal,

    uma norma igual a uma proposio, e estas, especificamente, so conjuntos de

    palavras que possuem significado no seu todo.

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    Podemos distinguir os vrios tipos de proposies com base em dois

    critrios:

    QUANTO FORMA GRAMATICAL QUANTO FUNO

    Declarativas Asseres

    Interrogativa Perguntas

    Imperativas Comandos

    Exclamativas Exclamao

    Os comandos, particularmente nos interessam mais. Eles podem ser

    expressos de duas formas: a mais comum a imperativa e a outra a

    declarativa.

    O autor demonstra ainda trs tipos de funes fundamentais da linguagem

    que do origem a trs tipos de linguagensbem diferenciados (ainda que nunca se

    encontrem em estado puro na realidade):

    Funo DESCRITIVA Linguagem CIENT FICA

    Funo EXPRESSIVA Linguagem POTICA

    Funo PRESCRITIVA Linguagem NORMATIVA

    Caractersticas das proposies prescritivas: Nosso autor trabalha com a oposio

    entre proposies prescritivas e descritivas. As duas tm como caractersticas

    diferenciais:

    1. Quanto FUNO:

    Descrio: Visamos informar os outros;

    Prescrio: Visamos modificar seu comportamento.

    2. Quanto ao comportamento do DESTINATRIO:

    Descritiva: o destinatrio crque a proposio seja verdadeira;

    Prescritiva: o destinatrio a executa.

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    3. Quanto ao critrio de VALORAO:

    Descritiva: pode ser verdadeiraou falsa;

    Prescritiva: pode serjustaou injustaou vlida ou invlida.

    Depois de praticamente esgotar suas consideraes sobre a especificidade

    da categoria das proposies prescritivas em comparao com as outras duas

    categorias, Bobbio passa a explicar trs critrios fundamentais de distino dos

    tipos de prescrio:

    1. Quanto ao sujeito ativo /passivo:

    IMPERATIVOS AUTNOMOS: Aqueles em que quem estabelece a norma e

    quem a executa so a mesma pessoa.

    IMPERATIVOS HETERNOMOS: Aqueles que quem estabelece a norma e quema executa so duas pessoas diferentes.

    Para Kant apenas os imperativos morais so autnomos. Pois a moral

    consistiria naqueles comandos que o homem, como ser racional, d a si mesmo.

    Este teve a inspirao da seguinte frase de Rousseau: A liberdade consiste na

    obedincia lei que cada um prescreveu para si.

    De acordo com Norberto Bobbio, a distino entre imperativos autnomos e

    heternomos importante para o estudo do direito porque pretende sugerir que,

    quando nos comportamos moralmente, obedecemos apenas a ns mesmos; em

    contrapartida, quando agimos juridicamente, obedecemos a leis que nos so

    impostas por outros.

    2. Quanto forma como o comando expresso: (tambm remonta a Kant)

    IMPERATIVOS CATEGRICOS: Prescrevem uma ao boa em si mesma. Ex:

    Voc no deve mentir.

    IMPERATIVOS HIPOTTICOS: Prescrevem uma ao boa para alcanar um fim.

    Que pode ser possvel ou impossvel. O exemplo do primeiro fim est nas regras

    de habilidade ou normas tcnicas: Se voc que aprender ingls, deve fazer

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    exerccios de traduo do portugus par o ingls. O exemplo do segundo fim est

    nas regras de prudncia ou normas pragmticas: Se voc quer ser feliz, deve

    dominar suas paixes.

    Vemos que para Kant podem-se distinguir com base na forma trs tipos de

    norma:

    a. As normas ticas: voc deve X;

    b. As normas tcnicas: se voc que Y, deve X;

    c. As normas pragmticas: uma vez que voc deve Y, tambm deve X

    3. Quanto fora obrigatria:

    COMANDOS x CONSELHOS: Enquanto sou obrigado a seguir um comando,tenho a faculdade de seguir um conselho. Ou seja, caso eu no execute o

    comando, aquele que o estabeleceu no fica indiferente s conseqncias dele

    decorrentes; caso eu no siga um conselho, o conselheiro fica indiferente as

    conseqncias (Ex: Se no quiser fazer o que lhe digo, pior para voc.)

    Nem todas as prescries com que nos deparamos quando estudamos um

    ordenamento jurdico so comandos. Basta pensar que, em todo ordenamento

    jurdico, ao lado dos rgos deliberativos, existem os rgos consultivos, cuja

    tarefa precisamente no dar ordens, mas conselhos.

    Hobbes chama de exortao o mau conselho, que dado por

    conselheiros corruptos. Contudo, para Bobbio o conselho uma combinao de

    elementos prescritivos e descritivos, ao passo que, com a exortao, tende-se a

    obter o mesmo efeito suscitando sentimentos (Ex: O mdico aconselha a criana a

    tomar certo remdio, a me a exorta a faz-lo).

    COMANDOS x PEDIDOS: Os pedidos se distinguem dos comandos por uma

    menor fora vinculante. Quer dizer, so aquelas proposies com as quais

    visamos fazer com que o outro faa algo em nosso favor, embora sem vincul-lo.

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    CONSELHOS x PEDIDOS: Enquanto o poder de dar conselhos geralmente

    atribudo a rgos pblicos, o poder de promover pedidos (o poder de petio)

    geralmente atribudo aos indivduos. No conselho o que est ausente sobre tudo

    o dever, no pedido o poder. No conselho o que chama ateno, em relao ao

    comando, a ausncia da obrigao de segui-lo; no pedido o que chama ateno,

    sempre em relao ao comando, a ausncia do direito de obter o que se pede.

    Em sntese:

    Comandos / Imperativos Obrigatrios

    Conselhos / Recomendaes No-obrigatrios

    Pedidos / Exortaes No-obrigatrios