identificaÇÃo e desenvolvimento de indicadores … · a ti, senhor, agradeço pelo dom da vida e...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS
FARMACÊUTICAS
IDENTIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE
INDICADORES DE QUALIDADE PARA SERVIÇOS DE
REVISÃO DA FARMACOTERAPIA
Rafaella de Oliveira Santos Silva
SÃO CRISTÓVÃO (SE) 2017
ii
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS
FARMACÊUTICAS
IDENTIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE
INDICADORES DE QUALIDADE PARA SERVIÇOS DE
REVISÃO DA FARMACOTERAPIA
Rafaella de Oliveira Santos Silva
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Sergipe como requisito à obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas.
Orientador: Prof. Dr. Divaldo Pereira de.
Lyra Júnior.
SÃO CRISTÓVÃO (SE) 2017
iii
SS
RAFAELLA DE OLIVEIRA SANTOS SILVA IDENTIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE INDICADORES DE
QUALIDADE PARA SERVIÇOS DE REVISÃO DA FARMACOTERAPIA 2017
v
Rafaella de Oliveira Santos Silva
IDENTIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE
INDICADORES DE QUALIDADE PARA SERVIÇOS DE
REVISÃO DA FARMACOTERAPIA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Sergipe como requisito à obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas.
Aprovada em:__/__/__
___________________________________________
Orientador: Prof. Dr. Divaldo Pereira de Lyra Júnior
____________________________________________
Examinador 1: Prof. Dr. Alfredo Dias de Oliveira Filho
_____________________________________________
Examinador 2: Profa. Dra. Giselle de Carvalho Brito
PARECER ______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
vi
“Dedico este trabalho a Tenisson e
Simone, meus pais e meu porto
seguro. Vocês são meus maiores
incentivadores e minha maior
inspiração pelos exemplos de amor,
dedicação, persistência e sabedoria.”
vii
AGRADECIMENTOS
A Deus
“Dize ao Senhor: sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que eu
confio” (Salmo 90). A Ti, Senhor, agradeço pelo dom da vida e pelas bênçãos
derramadas. Fostes durante toda a minha vida meu refúgio, minha fortaleza.
Durante os momentos turbulentos e de incertezas, confiei em Ti e Tu não me
deixastes abater. Esta vitória não seria possível se Tu não guiasses todos os
meus passos e deste-me forças para seguir em frente. Obrigada, Senhor, por
mais esta conquista!
Aos meus pais e irmãos
Simone e Tenisson, meus pais, agradeço pelo amor incondicional, dedicação,
apoio e incentivo em todos os momentos de minha vida, principalmente nas
horas difíceis. Agradeço ainda por todas as orações, renuncia e sacrifícios.
Vocês nunca economizarem esforços para me proporcionar boa educação.
Faltam palavras para expressar o tamanho do meu amor e minha gratidão.
Obrigada por todas as vezes que me estenderam a mão, repreenderam e
defenderam. Vocês são meus exemplos de vida. Exemplos de amor, gratidão,
dedicação, positividade, persistência, leveza e sabedoria. A vocês, devo a
pessoa que sou hoje. Vocês me ensinaram a ver e viver a vida da melhor forma
possível. A vocês devo a construção dos meus princípios e caráter. Sem vocês
ao meu lado, nada seria possível. Deus não poderia ter me proporcionado
melhores pais. Esta vitória, devo a vocês! Aos meus irmãos, Carolina e Felipe,
agradeço pelo amor, amizade, paciência e compreensão. Tenho muito orgulho
em tê-los como irmãos. Obrigada por torcerem e vibrarem com minhas
conquistas. A companhia, parceria e ajuda de vocês foi e sempre será muito
importante para mim. Vocês estiveram comigo nos momentos de alegria e
principalmente nos dias de angustia. Estamos unidos por laços indestrutíveis
de irmandade. Pais e irmãos, amo vocês!
viii
Aos meus familiares
Aos meus avós maternos, Zaira e Tibúrcio, e avós paternos, Janete e Tenisson
(in memorian) por fazerem o (im) possível pra me ver feliz. Obrigada por todo
amor, afago, orações e incentivo. Rezo para que Deus lhes conceda ainda
muitos anos de vida. Aos meus padrinhos, Jicélia e Antônio, pelo amor e por
sempre acreditarem em mim. Aos meus tios, pelo carinho, energias positivas e
apoio constante. Aos meus primos, especialmente Emanuelle e Virna, pela
amizade, conversas, risadas e boas vibrações.
Aos meus amigos
Na vida, Deus nos coloca diante de jóias raras: os amigos. Nos momentos de
incertezas e medo foram vocês e minha família que me deram conforto e
amparo. Foram vocês (família e amigos) que torceram pelo meu sucesso,
vibram com minhas conquistas, me incentivaram e fizeram com que eu
chegasse até aqui. Eu, que sempre fui uma pessoa fechada para fazer amigos.
Eu, uma pessoa difícil de confiar e me abrir com os outros. Eu, que durante
muitos anos disse que tinha poucos amigos os quais podia contar nos dedos
de uma única mão. Logo eu, vejo-me hoje com tantas pessoas especiais para
agradecer. Pessoas as quais Deus me deu a honra em ter como amigos.
Pessoas em que confio, posso me abrir e contar a qualquer momento. Pessoas
as quais não consigo imaginar minha vida sem a presença. Neste momento,
agradeço aos amigos do Jardins: João, Raísa, Amanda Alves e Kamilla. A vida
nos fez trilhar caminhos diferentes, mas quando nos encontramos parece que o
tempo parou. Parece que apesar dos diferentes caminhos o contato ainda é o
mesmo. O carinho ainda continua o mesmo, a conversa flui e a risada é
garantida. Agradeço a Eduarda, Amanda Batista, Valéria e Danielle, minhas
Farmacoamigas. Amigas que a Farmácia e a universidade me deram e que
foram os maiores presentes que poderia ter recebido. Vocês foram essenciais
durante essa caminhada e sempre serão. Nosso afeto e amizade tornam
qualquer trajetória mais leve. Compartilhamos alegrias, lágrimas e risadas.
Guardo lembranças que jamais irei esquecer. Nas adversidades, nos apoiamos
e isso nos tornou mais fortes. Nossa amizade cresceu e se fortaleceu ainda
ix
mais. Muitas das palavras usadas aos amigos do “Jardins” repito para vocês:
Para nós, o tempo nunca passou. Quando estamos juntas tudo é tão intenso
que parece que o convívio ainda é diário por mais que agora cada uma tenha
novas histórias para contar, e, que a maioria não tenham sido vivenciada junta.
Fico muito feliz em ver o crescimento pessoal e profissional de vocês. A vitória
de cada uma é comemorada como se fosse nossa. Afinal, isso é amizade:
comemorar a vitória do outro como se fosse sua. Amo vocês! E sim, nós somos
para sempre. Um agradecimento especial a Duda, amiga-irmã que conheço há
mais 16 anos, mais da metade dos meus anos já vividos. Uma pessoa que
consegue me entender com apenas um olhar. Um olhar é suficiente para saber
o que eu estou pensando e se estou bem. Compartilhamos um sonho e o
conquistamos juntas: nos formarmamos em Farmácia. Já comentei isso
algumas vezes, mas para mim era impossível pensar em trilhar um caminho
em que você não estaria comigo. Afinal, foram 16 anos juntas entre colégio e
universidade. Ter você ao meu lado sempre foi sinônimo de segurança. Tudo
podia dar errado mas estávamos juntas. Mas quem disse que não estivemos
juntas nesse Mestrado? Não estivemos juntas fisicamente no convívio diário da
universidade mas dada forma como você se faz presente em minha vida foi
como se tudo fosse igual aos últimos 16 anos. Obrigada, por tudo! Agradeço a
Genival Júnior, Carina, Luiza, Thaciana e Francisco, meus Mudinhos. Um
serviço de Revisão da Farmacoterapia e o amor à arte de cuidar fizeram com
que nossos caminhos se cruzassem, nos aproximássemos e uma belíssima
amizade brotasse. Obrigada pela amizade, momentos inesquecíveis, risadas,
apoio e incentivos constantes. Torcemos e vibramos com as vitórias uns dos
outros. É confortante saber que posso contar com vocês para o que precisar.
Mais um agradecimento especial, desta vez para Júnior. Obrigada pela
parceria e ajuda nos momentos necessários. Obrigada por sempre me ouvir,
alcalmar e dar os melhores conselhos. Como já te disse tantas outras vezes,
admiro-te demais como profissional e pessoa. Você é uma das minhas maiores
referências profissionais pela competência, dedicação e amor ao que faz.
Aprendi e aprendo cotidianamente com você. Minha dívida com você é eterna.
Conte comigo sempre! Agradeço a Kérilin, Bárbara, Dyego, Vanessa Alves,
Sabrina e Vanessa Lima, meus mestrandos favoritos, meus M1. Obrigada por
todos os momentos de amparo, consolo, força, palavras e abraços,
x
principalmente nos momentos em que achei que não conseguiria chegar até
aqui. Vocês trouxeram mais alegria aos meus dias na UFS. Na verdade não só
na UFS, mas em minha vida. Estar com vocês é sinômino de bem-estar, alegria
e risada. A amizade de vocês foi um dos maiores presentes que este Mestrado
meu deu.
A todos vocês, meus amigos, muito obrigada! Eu os carregarei para sempre
em meu coração. Amo vocês!
Ao Serviço de Cuidados Farmacêuticos do Hospital Universitário de
Sergipe (SCF/HU/EBSERH/UFS)
Aos veteranos do SCF, Tatiane, Genival, Carina, Luiza, Francisco, Alisson e
Rodrigo, que viveram comigo os meus melhores momentos de ser
farmacêutica. Aprendi muito com vocês. Na verdade, acho que aprendemos
uns com os outros. Juntos, desvendamos a arte do cuidar. O SCF foi a melhor
experiência que tive no cuidado ao paciente. Fui agraciada por trabalhar com
vocês. É uma honra trabalhar com pessoas tão responsáveis, competentes e
dedicadas. Obrigada pela amizade, aprendizado e momentos inesquecíveis.
Minhas manhãs e meus almoços (às 15h da tarde, claro) nunca foram os
mesmos sem vocês. Tenho muito orgulho de ver o crescimento de vocês.
Neste momento, faço um agradeço especial a Tati. Você nos acolheu, ensinou
e incentivou como uma mãe. Quando falo “nos” me refiro a todos os membros
do SCF, principalmente aos desbravadores. Foi você que com toda a
competência; dedicação; brilhos nos olhos pelo amor à arte de cuidar; e,
convicção da importância do trabalho que fazíamos, nos conduziu até aqui.
Além disso, deixou um enorme legado após seu Doutorado para os pacientes:
o SCF. Obrigada por tudo! Agradeço ainda a todos os estagiários; às
farmacêuticas do HU/EBSERH/UFS Izadora, Lucimara, Grace e Celina; e, a
todos os farmacêuticos residentes do Programa de Saúde do Adulto e do Idoso
do HU/ UFS que passaram pelo SCF durante estes cinco anos e que cuidaram
desse Serviço com o mesmo amor daqueles que o desbravou.
xi
Aos Farmacêuticos da Alegria (FAs)
Aos membros dos FAs, pelos sentimentos inexplicáveis e momentos
indescritíveis vividos em cada ação. Não sei o que seria de mim, da profssional
e da pessoa que sou hoje, sem os FAs. Participar deste grupo é algo
imensurável. Após cada ação, o que fica é sensação de dever cumprido,
sensação inigualável de bem-estar. Sensação essa que é tão intensa que
parece ter o poder de perpetuar-se. Já dizia Carl Jung: "Conheça todas as
teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas
outra alma humana.” Mais do que receitas de como agir, precisamos apenas
ser outra alma humana. Isso é o suficiente. A cada dia tenho mais certeza que
fazer o bem é tão ou até mais gratificante para aquele que faz do que para
aquele recebe. Foram muitas lições aprendidas e muitos momentos
eternizados na memória e no coração. Obrigada FAs por me proporcionar tudo
isso. Hoje, não ouso dizer de que açúcar e afeto não podem curar.
Aos pacientes
É para vocês e por vocês que a profissão farmacêutica existe. Obrigada pela
paciência, respeito, amizade e aprendizado. Cada um de vocês foi único e
especial em minha trajetória. Sinto-me honrada por tê-los conhecidos, por me
permitirem adentrar em suas vidas e por compartilhar seus conhecimentos.
Cada sorriso, abraço, bilhete e “muito obrigado” foram importantes para que eu
continuasse seguindo em frente. Vocês fizeram com que eu tivesse a certeza
que estava no lugar certo, na hora certa e fazendo a coisa certa. Vocês
contribuíram para a construção de minha história, da profissional e pessoa que
sou hoje!
À minha pupila
A minha primeira aluna de iniciação científica e eterna pupila, Luana, muito
obrigada! Mais que uma aluna de Mestrado e de iniciação científica, nos
tornamos amigas. Quando te conheci tive a sensação que já éramos amigas há
anos. Assim, a confiança e o carinho brotaram no mesmo instante. Coisa rara
xii
dentre a amizades que já fiz. Logo depois você foi para os Estados Unidos.
Nesse meio-tempo, Divaldo sempre falou de você, dizendo que éramos
parecidas. Eis que depois de sua volta, começamos a trabalhar juntas.
Compartilhamos os melhores e os piores momentos dessa jornada.
Aprendemos e crescemos juntas. Mais que isso, nós nos apoiamos. Desejo
que nossa parceria continue a dar frutos científicos agora você como aluna de
Mestrado e eu de Doutorado. Desejo mais ainda que nossa amizade se
fortaleça cada vez mais. Obrigada não só pela ajuda prática neste trabalho,
mas principalmente por ter me impulsionado com suas palavras, apoio e
incentivo a chegar até aqui.
A turma 2015.1 do Programa de Pós-graduação em Ciências
Farmacêuticas da Universidade Federal de Sergipe (PPGCF/UFS)
A todos os membros da turma 2015.1 do PPGCF/UFS, especialmente a Aline
Góes, pelo convívio intenso nesses dois anos e por compartilhar tantos
momentos dessa jornada. Nós nos conhecemos durante o processo seletivo do
Mestrado e desde então dividimos aflições, alegrias, dúvidas, datas de
Qualificação e por pouco desefa de Mestrado também. Nos momentos mais
turbulentos, nos ajudamos e sempre tentamos acalmar uma a outra com a
célebre frase “Vai dar tudo certo!”. Nesses dois anos, meu carinho e a
admiração por você só cresceram. Torço muito por você e sei que irá
conquistar tudo que almeja. Agora iremos compartilhar mais um desafio: o
Doutorado. Que possamos nos ajudar e compartilhar tantos outros momentos
dessa nova jornada.
Aos membros do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social
(LEPFS)
Vocês são exemplos brilhantes de profissionais e pesquisadores por todo
comprometimento e competência. Assim, me inspiraram a ser uma profissional
e pesquisadora cada vez melhor. Agradeço pelos conhecimentos
compartilhados, aprendizados e apoio nos momentos mais difíceis dessa
jornada. Obrigada a Genival Júnior, Tatiane, Carina, Luiza, Thaciana, Kérilin,
xiii
Dyego, Sabrina, Vanessa Alves, Vanessa Lima, Bárbara, Aline Góes e Luana,
cujos nomes já foram citados nestes agradecimentos. Gostaria de fazer um
agradecimento especial a Thelma, Tâmara, Elisdete e Lincoln. Thelminha,
muito obrigada por todo o apoio nesta reta final e pelas discussões riquíssimas.
Nossas discussões sempre me fizeram refletir sobre meu trabalho. Muitas
destas relexões só tive devido a estas conversas. Além disso, muitas das
soluções para este projeto surgiram dessas discussões. Admiro-te demais pela
pessoa, profissional e pesquisadora que você é. Tâmara, sempre ouvi muitos
elogios à profissional que você é. Quando te conheci, gostei no tempo T0.
Hoje, te admiro ainda mais como pessoa por esse coração enorme que sempre
está sempre disposto a ajudar. Obrigada pela colaboração nesta reta final. Elis,
muito obrigada pelas palavras de apoio e boas energias. Você é um ser
iluminado. Lincoln, você é um ser inigualável. Sua alegria e energia são
capazes de fazer sorrisos brotarem em quaisquer circunstâncias. Você é um
exemplo de aluno, seu futuro será brilhante. Agradeço também aos membros
do LEPFS cujos nomes ainda não foram citados: Marcos, Carla, Aline Dósea,
Gabriela, Edileide, Sheila, Fernando e André. Cada um de vocês, no convívo
diário, contribuiu com um ensinamento, palavra de incentivo, conselho e boas
energias. Um laboratório que mais do que formar profissionais para o cuidado
ao paciente com foco no uso racional de medicamentos, forma profissionais
excelentes, profissionais humanos, seres humanos preocupados com o
próximo. Somos uma família! Muito obrigada a todos!
Aos Mestres
“Ensinar é a profissão que nos aproxima de Deus (...) Ensinar não é uma
profissão, ensinar é uma arte” (Caetano Veloso). Assim, agradeço a todos os
professores e verdadeiros Mestres que cruzaram meus caminhos desde o
Ensino Fundamental até o Mestrado, pela dedicação, ensinamentos, incentivo
e por transmitir ética, respeito e amor à arte de ensinar.
xiv
Aos alunos da disciplina de Atenção Farmacêutica
A todos os alunos que cursaram a disciplina de Atenção Farmacêutica entre os
períodos de 2015.1 e 2016.1, especialmente a turma de 2015.2 (por ser minha
primeira turma como professora voluntária), muitíssimo obrigada! A disciplina
não teria sido a mesma sem a participação de cada um de vocês. Foi lindo ver
o crescimento de vocês ao longo do período. Vocês não tem ideia do quão
gratificante era ver o interesse de vocês ao longo das aulas e ouvir que a
Atenção Farmacêutica era a melhor disciplina do período fazendo até mesmo
com que vocês ficassem em dúvida sobre que área seguir. Obrigada também
por todas as críticas. Elas nos fizeram refletir se realmente estávamos fazendo
as coisas da forma certa, se estávamos atingindo o objetivo que pretendíamos.
Já dizia Paulo Freire: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.” Aproveito a
oportunidade e agradeço também aos melhores parceiros que poderia ter para
compartilhar estes momentos: Thays, Thaciana, Vanessa Alves, Kérilin e
Dyego. Independente do momento o qual nos encontrávamos, todos éramos
alunos seja de graduação, Mestrado ou Doutorado. Assim, estávamos
aprendendo. Durante esses períodos, aprendemos juntos e,
consequementemente, crescemos juntos. Obrigada, de coração!
Ao meu orientador
Prof. Divaldo Lyra, sou grata pela confiança depositada, oportunidades,
incentivo e ensinamentos. Você conseguiu enxegar em mim um potencial que
nem eu sabia que tinha. Em muitos momentos, você acreditou mais em mim do
que eu mesma. Com isso, deu-me oportunidades as quais serei grata para
sempre. Estas oportunidades mudaram minha vida. Fizeram com que eu me
descobrisse como profissional e como pessoa. Que descobrisse o amor à arte
do cuidar. Que conhecesse histórias e tivesse experiências que jamais vou
esquecer. Que meus caminhos se cruzassem com de pessoas as quais a
amizade irei levar para o resto da vida. Diante de toda a confiança depositada e
das oportunidades dadas, você foi uma das pessoas que mais me incentivou a
ser uma profissional cada vez melhor. A cada conversa sempre transmitiu
xv
ensinamentos valiosos. Você me proporcionou emergir no cuidado ao paciente,
no mundo cientifico e na docência. Você foi fundamental para meu
amadurecimento profissional, acadêmico e pessoal. É um prazer inenarrável tê-
lo como professor. Avalie como orientador. Muito obrigada por tudo!
Ao prof. Dr. Roque Pacheco e profa. Dra. Amélia Ribeiro
Obrigada por todos os ensinamentos, solicitude e confiança depositada em
mim e em todos os membros do Serviço de Cuidados Farmacêuticos do
Hospital Universitário de Sergipe (SCF/HU/EBSERH/UFS). Nesses cinco anos
de convívio, vocês nos ensinaram a arte de cuidar e nos impulsionaram a
querer aprender cada vez mais. Vocês são referências de médicos padrão-ouro
pelo brilhante profissionalismo e, acima de tudo, pelo amor no cuidado ao
próximo.
Aos estudantes de Medicina
A todos os estudantes da disciplina de Medicina Interna I que passaram pelo
Serviço de Cuidados Farmacêuticos do Hospital Universitário de Sergipe
(SCF/HU/EBSERH/UFS), muito obrigada pela receptividade! Compartilhamos
conhecimentos e experiências. Somos a prova que médicos e farmacêuticos
podem e devem trabalhar como equipe em prol da saúde do paciente.
À profa. Dra. Patrícia Aguiar
Paty, muito obrigada pela disponibilidade e pela paciência de sempre
responder todas as minhas milhares dúvidas (seja por e-mail, Skype,
Hangouts). Agradeço ainda por todas as contribuições a esta Dissertação. Não
te conhecia pessoalmente mas sempre ouvi muitos elogios a seu respeito por
sua dedicação e competência. Desde esse tempo já te admirava. Hoje, ao
trabalhar com você, compreendo todos os elogios e te admiro ainda mais. Foi
uma honra tê-la como parceira na construção desta Dissertação.
xvi
Aos membros da banca examinadora da qualificação e Defesa
Profa. Giselle Brito e prof. Alfredo Dias, obrigada pela disponibilidade e valiosas
contribuições a esta Dissertação desde a banca de Seminários I e II. Suas
palavras sempre me fazem pensar “fora da caixa”, refletir, enxegar novos
horizontes. Vocês são grandes exemplos de pesquisadores e professores. É
uma honra ter pessoas que tanto admiro como examinadores.
Aos funcionários do ambulatório de Clínica Médica II do Hospital
Universitário de Sergipe (HU/EBSERH/UFS)
Pela recepção e por sempre estarem disponíveis a ajudar todos os membros
do Serviço de Cuidados Farmacêuticos do Hospital Universitário de Sergipe
(SCF/HU/EBSERH/UFS) desde a sua criação.
Ao Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas da
Universidade Federal de Sergipe (PPGCF/UFS)
À coordenadoria e aos funcionários do PPGCF/UFS, especialmente André, por
auxiliar todos os alunos diante das inúmeras dúvidas sempre com boa vontade.
À Universidade Federal de Sergipe (UFS) e à Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Pela concessão da bolsa de Mestrado durante este projeto de Dissertação.
Agradeço ainda a todos aqueles que sempre se fazem presentes em minha
vida e que contribuíram (in) diretamente para este trabalho cujos nomes não
foram citados por deslize dessa que vos escreve.
Se cheguei até aqui foi porque tive pessoas mais-que-especiais ao meu lado.
Essa vitória é nossa.
xvii
O que fica é a sensação de dever cumprido. Tudo valeu a pena. Esse é só o
começo do fim de mais uma grande jornada.
A todos vocês, meu eterno muito obrigada!
E lembrem-se: “No fim, tudo dá certo!”
xviii
“É preciso força pra sonhar e perceber
que a estrada vai além do que se vê.”
(Los Hermanos)
“Todos os nossos sonhos podem se
tornar realidade se tivermos a coragem de
perseguí-los.”
(Walter Elias Disney, 1901-1966)
“O sucesso nasce do querer, da
determinação e persistência em se chegar
a um objetivo. Mesmo não atingindo o
alvo, quem busca e vence obstáculos, no
mínimo fará coisas admiráveis.”
(José Martiniano de Alencar, 1829-1877)
xix
RESUMO
IDENTIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE INDICADORES DE QUALIDADE PARA SERVIÇOS DE REVISÃO DA FARMACOTERAPIA. Rafaella de Oliveira Santos Silva, São Cristóvão, 2017. Introdução. Problemas farmacoterapêuticos são frequentes na prática clínica e estão relacionados ao aumento da morbimortalidade e os custos com serviços de saúde. Nesse contexto, serviços de Revisão da Farmacoterapia (RF) podem ser elementos-chave na melhora do processo de uso dos medicamentos. Entretanto, são escassos estudos sobre implantação, monitorização, avaliação e aprimoramento da qualidade destes serviços. Logo, são necessárias mais pesquisas sobre o tema a fim de definir modelos científicos para estes serviços. Objetivo. Desenvolver indicadores de qualidade para serviços de Revisão da Farmacoterapia. Metodologia. Inicialmente, foi realizada uma overview de revisões sistemáticas nas bases de dados Embase, LILACS, PubMed, Scopus, The Cochrane Library e Web of Science utilizando os descritores “medication review” “pharmacist” e “systematic review”. Posteriormente, foi realizado um estudo de desenvolvimento metodológico em duas etapas subsequentes. Na primeira etapa, variáveis utilizadas para descrever a prática da RF com potencial de constituir indicadores foram identificadas a partir das revisões incluídas na overview. Posteriormente, um painel de especialistas categorizou as variáveis em estrutura, processos e resultados; elegeu as variáveis que poderiam dar subsídio ao desenvolvimento; e, desenvolveu indicadores de qualidade para serviços de RF. Os indicadores foram revisados e classificados por uma avaliadora-sênior quanto à abordagem, fonte e pré-especificação. Resultados. Na overview, 11 revisões sistemáticas preencheram os critérios de inclusão. Observou-se que, a RF é abordada tanto como serviço clínico quanto intervenção farmacêutica adotando dez diferentes terminologias. Independente das terminologias, o principal objetivo da prática da RF é identificar e resolver problemas farmacoterapêuticos. A maioria das revisões apresentaram qualidade metodológica abaixo do ideal. Ademais, nenhuma das revisões tinha foco em avaliação da qualidade da prática da RF. No estudo de desenvolvimento metodológico, 272 variáveis foram extraídas a partir das revisões; 253 variávies foram eleitas para o desenvolvimento dos indicadores; e, 71 indicadores de qualidade para serviços de RF foram desenvolvidos. Destes, quatro foram de estrutura, 45 de processos e 22 de resultados. Além disso, a maioria dos indicadores foi classificada como explícito (n=55), empírico (n=7) e quantitativo (n=61). Conclusões. A heterogeneidade das terminologias, definições e abordagem da RF bem como o baixo rigor metodológico dos estudos limitam a comparação desta prática. Assim, é necessário consensuar internacionalmente o processo da RF e padrões mínimos de qualidade para a prática, o que pode ser feito por meio de indicadores de qualidade. Neste cenário, a combinação entre evidência científica e consenso de especialistas pode auxiliar no desenvolvimento de indicadores para RF. Frente ao exposto, os resultados obtidos em conjunto com indicadores desenvolvidos a partir de outras fontes poderão embasar a construção de modelos científicos para implantar, avaliar, otimizar e comparar a qualidade da RF.
Descritores: Revisão da Farmacoterapia; Pesquisa de implementação em serviços de saúde; Indicador de qualidade; Garantia da Qualidade.
xx
ABSTRACT
IDENTIFICATION AND DEVELOPMENT OF QUALITY INDICATORS FOR MEDICATION REVIEW SERVICES. Rafaella de Oliveira Santos Silva, São Cristóvão, 2017. Introduction. Drug-related problems are frequent in clinical practice and are related to increased morbidity and mortality as well as health care costs. In this context, Medication Review (MR) services may be key elements in improving the use of medicines. However, there are few studies on implementation, monitoring, evaluation and improvement of the quality of such services. Therefore, there is a need for further research with focus on the subject with the aim of defining scientific models for these services. Aim. To develop quality indicators for Medication Review services. Methods. Initially, an overview of systematic reviews was performed in the databases Embase, LILACS, PubMed, Scopus, The Cochrane Library and Web of Science using the key words "medication review", "pharmacist" and "systematic review". Subsequently, a methodological development study was realized in two subsequent steps. In the first step, variables used to describe MR practices with potential to constitute indicators were identified through the reviews included in the overview. In the second step, a panel of experts categorized the variables in structure, processes and outcomes; choosen variables that could give support to the development; and, developed quality indicators for MR services. The quality indicators were reviewed and ranked by a senior-evaluator as the approach, source and pre-specification. Results. In the overview, 11 systematic reviews met the inclusion criteria. It was observed that MR is approached as both clinical service and pharmaceutical intervention adopting ten different terminologies. Regardless of terminologies, the main objective of MR practice is to identify and solve drug-retated problems. Most of the reviews presented methodological quality below ideal. In addition, none of the reviews focused on quality assessment of the MR practice. In the methodological development study, 272 variables were extracted from the reviews; 253 variables were chosen for the development of indicators; and, 71 quality indicators for MR services were developed. Of these, four were of structure, 45 of processes and 22 of outcomes. In addition, most indicators were classified as explicit (n = 55), empirical (n = 7) and quantitative (n = 61). Conclusion. Heterogeneity of terminologies, definitions and approach of MR as well as the low methodological rigor of the studies limit the comparison of this practice. Thus, it is necessary an international agreement on the MR process and to stablish minimum quality standards for the MR practice, which can be done through quality indicators. In this scenario, the combination of scientific evidence and a panel of experts may assist in the development of indicators for MR services. Given the above, the results obtained in conjunction with indicators developed from other sources could support the construction of scientific models to implement, assess, optimize and compare quality of MR practices.
Keywords: Medication Review; Implementation research in health services; Quality indicator; Quality assurance.
xxi
LISTA DE TABELAS
Capítulo I
Table 1.
Table 2.
Table 3.
Description of the systematic reviews’ aim, primary
studies countries, practice setting, study design and
population………….........................................................
Number of studies included in the systematic reviews,
number of studies included in the meta-analysis, number
of studies included in the overview, AMSTAR score for
quality assessment of systematic reviews followed or not
by meta-analyzes, assessed outcomes and main
results...............................................................................
Definition, terminology, approach of Medication Review
(service or intervention) and interprofessional
collaboration.....................................................................
46
50
56
Capítulo 2
Tabela 1. Indicadores de estrutura para Serviços de Revisão da
Farmacoterapia.................................................................
118
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da
Farmacoterapia.................................................................
119
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da
Farmacoterapia.................................................................
130
xxii
LISTA DE SUPLEMENTOS
CAPÍTULO 1
S1 Table
S2 Table
Search strategy in databases..................................
List of excluded studies and reasons for
exclusion..................................................................
79
87
xxiii
LISTA DE FIGURAS
Fundamentação Teórica
Figura 1. Framework geral de implementação................................. 12
Figura 2. Modelo baseado em sistemas para avaliação de
cuidados em saúde...........................................................
16
Capítulo I
Fig 1. Study selection flowchart through literature
search...............................................................................
77
Fig 2. Percentage of systematic reviews that appropriately
address each “A MeaSurement Tool to Assess
systematic Reviews” (AMSTAR) item……………………..
78
Capítulo 2
Figura 1. Fluxograma das etapas do desenvolvimento de
indicadores de qualidade para serviços de Revisão da
Farmacoterapia.................................................................
114
xxiv
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CFF – Conselho Federal de Farmácia
CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
EBSERH/UFS – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares da Universidade
Federal de Sergipe
FIP – International Pharmaceutical Federation
HU/EBSERH/UFS – Hospital Universitário da Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares da Universidade Federal de Sergipe
HU/UFS – Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe
IC – Intervalo de Confiança
JCAHO – Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations
LDL – Lipoproteína de baixa densidade
LEPFS – Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social
MG – Minas Gerais
MS – Ministério da Saúde
OMS – Organização Mundial da Saúde
OR – Odds Ratio
PDCA – Plan-Do-Check-Adjust
PE – Pernambuco
PFTs – Problemas Farmacoterapêuticos
PR – Paraná
Qualifar – Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica
RAMs – Reações Adversas a Medicamentos
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
RF – Revisão da Farmacoterapia
xxv
SCF – Serviço de Cuidados Farmacêuticos
SF-36 – Short Form-36
SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde
UFS – Universidade Federal de Sergipe
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
xxvi
SUMÁRIO
1.
1.1
INTRODUÇÃO......................................................................................
Estrutura da Dissertação.......................................................................
2
6
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................ 9
2.1 Pesquisas de implementação em serviços de saúde............................ 9
2.2
2.3
2.4
2.5
2.6
Qualidade em serviços de saúde.........................................................
Serviços clínicos farmacêuticos..........................................................
Serviços de Revisão da Farmacoterapia...............................................
Técnicas de consenso para desenvolvimento de indicadores para
Serviços de Revisão da Farmacoterapia...............................................
Histórico da Dissertação........................................................................
14
18
22
27
30
3. OBJETIVOS.......................................................................................... 36
3.1 Objetivo geral........................................................................................ 36
3.2 Objetivos específicos............................................................................. 36
4. RESULTADOS...................................................................................... 39
4.1 Capítulo I: Pharmacist-led Medication Review in different practice
settings: service or intervention? An overview of systematic
reviews..................................................................................................
39
4.2 Capítulo II: Desenvolvimento de indicadores de qualidade para
serviços de Revisão da Farmacoterapia..............................................
105
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 162
5.1 Conclusão geral..................................................................................... 162
5.2 Perspectivas........................................................................................ 162
6. REFERÊNCIAS..................................................................................... 165
7. ANEXOS .............................................................................................. 184
7.1
7.2
Anexo A – Normas do periódico “PLOS ONE”......................................
Anexo B – Normas do periódico “Implementation Science”..................
184
189
2
1. INTRODUÇÃO
Mundialmente, o uso de medicamentos é considerado a intervenção de
saúde mais comum na prática clínica a fim de diagnosticar, tratar e prevenir
doenças (Gyllensten et al., 2012; Morrow et al., 2015). Nesse contexto, o uso
de subdoses, sobredoses ou administração inadequada dos medicamentos
podem provocar desde inefetividade terapêutica até reações adversas a
medicamentos (RAMs). Assim, medicamentos proporcionam benefícios
terapêuticos, como cura, controle da evolução bem como ou alivio dos
sintomas de doenças, mas seu uso não é isento de riscos (Curtin; Schulz,
2011). Em decorrência disso, a morbimortalidade relacionada à farmacoterapia
é um problema de saúde pública em vários países do mundo (Manasse Júnior;
Thompson, 2005; Galato et al., 2010; Campbell et al., 2014; Gyllensten, 2014;
Ohta et al., 2014; Bouvy et al., 2015).
Nos Estados Unidos ocorrem 100 mil mortes por ano em decorrência de
eventos adversos relacionados a medicamentos. Tal fato representa um gasto
anual de US$ 290 bilhões de dólares para os sistemas de saúde (Isetts et al.,
2012). Na Alemanha, a prevalência de RAMs na atenção primária à saúde e
comunidade é 5,7% (Lewinski et al., 2010). Neste país, os custos decorrentes
da morbimortalidade relacionada a medicamentos foram estimados em € 816
milhões de euros (Stark et al., 2011). Na Austrália, 5,7-18,8% das admissões
hospitalares são decorrentes de RAMs (Howard et al. 2007).
No Brasil, uma revisão sistemática de 45 estudos observacionais
evidenciou prevalência entre 15,6% e 34,1% de eventos adversos a
medicamentos em hospitais entre pacientes adultos e idosos. Em outros
ambientes, como creches e serviços de emergência, 19,9% das crianças e
25% dos adultos ou idosos apresentam alguma reação adversa e dano
relacionado à falha terapêutica, respectivamente. Estes resultados demonstram
que, no Brasil, a prevalência decorrente da morbimortalidade relacionada à
farmacoterapia é superior a países como os Estados Unidos e Alemanha.
Consequentemente, estima-se que no Brasil os custos relativos aos danos
causados por medicamentos sejam maiores do que nos países supracitados
(Souza et al., 2014).
3
Neste cenário, o farmacêutico em conjunto com a equipe multidisciplinar
pode promover o uso racional de medicamentos com foco na garantia da
indicação, efetividade, segurança e conveniência da farmacoterapia dos
pacientes por meio dos serviços clínicos farmacêuticos (Peter et al., 2013;
Touchette et al., 2014; Bajorek et al. 2015, Cavanaugh et al., 2015). Estudos
sobre estes serviços mostram que o aumento nos atendimentos farmacêuticos
como a dispensação, conciliação de medicamentos e Revisão da
Farmacoterapia (RF) representam a oportunidade de otimizar os resultados em
saúde dos pacientes (Blee et al., 2015; Christensen; Lundh, 2016; Phatak et al.,
2016.
A RF foi definida como a avaliação crítica e estruturada dos
medicamentos do paciente com o objetivo de alcançar comum acordo sobre
sua farmacoterapia, otimizando o tratamento, diminuindo os problemas
farmacoterapêuticos (PFTs) e os gastos dos sistemas de saúde (Shaw et al.,
2002; NHS Management Team, 2013). Este serviço otimiza os resultados
clínicos, econômicos e humanísticos dos pacientes em diversos países. Entre
os benefícios relatados destacam-se o controle de comorbidades (como
Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus), redução dos custos com
hospitalizações e melhora da qualidade de vida dos pacientes (Lenander et al.,
2014; Adams et al., 2015; Jódar-Sánchez et al., 2015; Chau et al., 2016). Em
países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e Reino Unido,
os farmacêuticos são remunerados por estes serviços (Hatah et al., 2014).
Os resultados em saúde dos pacientes obtidos por atendimentos
farmacêuticos são decorrentes da expansão gradual dos papéis tradicionais
destes profissionais bem como do surgimento de programas de serviços
clínicos farmacêuticos (World Health Organization, 2006). Chan et al. (2008),
em revisão sistemática, identificaram 28 programas remuneração por serviços
clínicos farmacêuticos n o mundo. O governo era o principal financiador e a RF
com resolução de PTFs o serviço remunerado mais frequente. A remuneração
para tal serviço variou de US$ 27 a 170 dólares, dependendo do número de
PFTs resolvidos e do tempo gasto, entre outros fatores. A implementação do
programa “MedsCheck” no Canadá e “Medicare Part D Medication Therapy
Management Program” nos Estados Unidos são exemplos de programas
4
governamentais em que farmacêuticos são remunerados por serviços clínicos
(Houle et al., 2014).
Em decorrência dos fatos apresentados, o número de estudos sobre
implantação de serviços clínicos farmacêuticos têm-se expandido (Mekonnen
et al., 2013; Brazinha; Fernandez-Llimos, 2014; Kempen et al., 2014; Sin et al.,
2015; Hohner et al., 2016; Khalil et al., 2016). Além disso, com a preocupação
crescente de que os serviços de saúde devem ser prestados com qualidade e a
um custo reduzido, estudos sobre a avaliação da qualidade de serviços clínicos
farmacêuticos também têm ganhado importância (Morris et al., 2002; Mainz,
2003; McBane et al., 2011; Hillen et al., 2015). Estudos científicos centrados
na implementação da qualidade dos serviços de saúde têm despertado maior
interesse, visto que reduz custos desnecessários, aperfeiçoa os recursos
humanos e materiais disponíveis e otimizam o cuidado ao paciente (Geurts et
al., 2012; Leikola, 2012; Surur et al., 2015).
Avedis Donabedian foi um dos primeiros autores a estudar a avaliação
da qualidade dos serviços de saúde (1966). De acordo com o mesmo, a
qualidade em saúde pode ser avaliada sob tríade estrutura, processos e
resultados. A estrutura está relacionada às características do local onde o
cuidado é prestado. Os processos envolve a interação entre o usuário e o
prestador de cuidado. Os resultados são o efeito do cuidado prestado
(Donabedian, 1988). Este modelo é o mais conhecido e utilizado na literatura
para o desenvolvimento de padrões de qualidade e avaliação da qualidade em
saúde (El-haj et al., 2013; Surur et al., 2015).
O futuro dos serviços de saúde é exigir o mais alto grau de qualidade
com os melhores resultados e ao menor custo possível (Nau, 2009; Shiyanbola
et al., 2016). O emprego de indicadores é uma das ferramentas destinadas a
monitorar a qualidade de um serviço visando o acesso à efetividade, eficácia,
confiabilidade e completude dos processos de trabalho, constituindo-se em
política para avaliação da qualidade em saúde (Rubin et al., 2001). Além disso,
o objetivo dos indicadores é padronizar, avançar e comparar (internamente e
externamente) a prática da Farmácia. Ao desenvolver estratégias de
comparação, pode-se compartilhar e aprender as melhores práticas avançando
na profissão farmacêutica e, consequentemente, na qualidade do atendimento
ao paciente. Farmacêuticos e gestores podem usar estas ferramentas para
5
apoiar a manutenção ou expansão de serviços clínicos farmacêuticos a fim de
fornecer cuidados baseados em evidências. Indicadores podem ser úteis
também para informar contribuintes e partes interessadas externas sobre o
valor dos farmacêuticos para o atendimento ao paciente (Lo et al., 2016).
Nesse cenário, a International Pharmaceutical Federation (FIP) propõe
padrões gerais de qualidade para serviços clínicos farmacêuticos a fim de
melhorar o acesso a esses serviços, promover a saúde e o uso racional de
medicamentos. Para cada padrão de qualidade, há atividades necessárias para
que o farmacêutico alcance os padrões estabelecidos. Todavia, os serviços
variam em cada local de prática e, consequentemente, devem ser feitos ajustes
os quais não devem prejudicar a prática farmacêutica (World Health
Organization; International Pharmaceutical Federation, 2011). Logo, a
modelagem de serviços clínicos farmacêuticos é importante a fim de padronizar
e garantir a qualidade do cuidado prestado (Correr et al., 2013; Santos Júnior,
2013; Conselho Federal de Farmácia, 2014). A modelização com nível de
detalhamento adequado auxilia ainda no entendimento comum entre todos os
envolvidos na intervenção a respeito de uma determinada questão, dos
objetivos e das perspectivas, promovendo a identificação de lacunas e
resultados fora da realidade ou incoerente (Bezerra et al., 2010).
Embora desde 1970 sejam utilizados modelos para a avaliação da
qualidade, estudos com foco no desenvolvimento de indicadores bem como
planejamento, monitorização e avaliação da qualidade de serviços clínicos
farmacêuticos, como a RF, ainda são escassos (Mikael et al., 1975; Horowitz;
Lamnin, 1980; Farris; Kirking, 1993; Nau, 2009; Miranda et al., 2013; Santos
Júnior, 2013; Sartor; Freitas, 2014; Santos-Júnior et al., 2015). Ademais, a
maioria dos estudos sobre implantação de serviços clínicos farmacêuticos
demonstram o impacto dos serviços, não apresentando, assim, modelos de
implantação definidos ou sustentabilidade do processo de implementação
(American College of Clinical Pharmacy et al., 2008; Lenz; Monaghan et al.,
2011; Kaae; Christensen, 2012; Lloyd; Evans, 2012; Brandt et al., 2014;
Patwardhan et al., 2014; Brito, 2015). Na literatura nacional, por sua vez, são
escassos os estudos de implantação, indicadores e avaliação da qualidade
bem como modelagem de serviços clínicos farmacêuticos, como a RF, que
garantam a promoção do uso racional de medicamentos e otimização dos
6
resultados em saúde dos pacientes (Junges, 2009; Brito, 2012; Aguiar et al.,
2013; Santos Júnior, 2013; Brito, 2015).
Frente ao exposto, é relevante que novos estudos venham a explorar
modelos de estruturação e processos de trabalho, estratégias de implantação
bem como avaliação e aprimoramento da qualidade de serviços clínicos
farmacêuticos a fim de aperfeiçoar recursos humanos e materiais disponíveis,
reduzir custos desnecessários e otimizar o cuidado ao paciente. Logo, é
necessário desenvolver indicadores de estrutura, processos e resultados, os
quais poderão auxiliar no desenvolvimento de modelos científicos para
implementação e avaliação da qualidade de serviços clínicos farmacêuticos,
como a RF, garantindo a sustentabilidade e prestação de serviços de qualidade
com impacto positivo na saúde de pacientes, família e comunidade.
1.1 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
Esta Dissertação foi estruturada em:
CAPÍTULO 1: elaborado na forma de manuscrito intitulado como:
”PHARMACIST-LED MEDICATION REVIEW IN DIFFERENT PRACTICE
SETTINGS: SERVICE OR INTERVENTION? AN OVERVIEW OF
SYSTEMATIC REVIEWS”, que será submetido para publicação no periódico
científico “PLOS ONE”. Neste manuscrito foram avaliadas revisões
sistemáticas sobre a Revisão da Farmacoterapia conduzida pelo farmacêutico
em diferentes cenários de prática.
CAPÍTULO 2: dsenvolvido no formato de manuscrito com o seguinte
título: ”DESENVOLVIMENTO DE INDICADORES DE QUALIDADE PARA
SERVIÇOS DE REVISÃO DA FARMACOTERAPIA”, que será submetido para
publicação no periódico científico “Implementation Science”. Neste manuscrito
foram identificadas variáveis utilizadas para avaliar a Revisão da
Farmacoterapia com potencial de constituir indicadores de qualidade para este
serviço; eleitas variáveis para subsidiar o desenvolvimento de indicadores de
qualidade para serviços de Revisão da Farmacoterapia; e, desenvolvidos
9
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 PESQUISAS DE IMPLEMENTAÇÃO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Atualmente, um dos principais problemas que impedem a melhora na
saúde pública é a disparidade entre os conhecimentos existentes que podem
otimizar a vida das pessoas e como realmente estes conhecimentos são
implementados na prática (Meissner et al. 2013). Assim, surgiu a ciência de
implementação (Implementation Science) com o objetivo de preencher a
lacuna entre a pesquisa e sua aplicação na prática (Ezeanolue, 2014; Lobb;
Colditz, 2014). Entre as aplicações desta ciência, está a capacidade de
identificar lacunas na qualidade em nível de provedor, clínico ou sistema de
saúde. Para tanto, requer equipes transdisciplinares que incluem
pesquisadores de serviços de saúde, economistas, sociólogos, antropólogos e
cientistas organizacionais (Bauer et al., 2015).
A ciência da implementação pode ser definida como “o estudo científico
de métodos que promovem a aceitação sistemática dos resultados de
investigação e outras práticas baseadas em evidências, e, consequentemente,
melhoram a qualidade e a efetividade de serviços de saúde” (Eccles; Mittman,
2006). Dessa forma, em muitos países, esta ciência vem sendo usada para
avaliar a qualidade assistencial em saúde e gerar informações que sirvam para
melhorar seus resultados (Krumholz, 2008). Tal fato tem impulsionado o
aumento do financiamento da ciência de implementação por órgãos
fomentadores de pesquisa, sistemas de saúde e organizações interessadas
em melhorar a saúde da população (Green et al., 2009). Na prática, o processo
de aperfeiçoamento da qualidade pode envolver melhora ou revisão de
elementos e processos existentes, bem como a introdução de novos
elementos e processos que são necessários para atender demandas
relacionadas à qualidade (Knapp; Anaya, 2012).
Nesta perspectiva, as pesquisas em implementação de serviços de
saúde têm se expandido tanto em países desenvolvidos quanto em países em
desenvolvimento como Sudão e China (Ibrahim; Scott, 2013; Penm et al.
2015). Tais pesquisas têm sido utilizadas nas últimas décadas, como
10
estratégia para decisões sobre políticas públicas e desenvolvimento de
programas mais efetivos (Peters et al., 2013). Além disso, os sistemas de
saúde estão cada vez mais atentos a questões referentes à implementação
com o objetivo de otimizar os seus recursos em saúde (Berwick et al., 2008).
Pesquisa com foco em estratégias de implementação são definidas
como "métodos ou técnicas utilizadas para melhorar a adoção, implementação
e sustentabilidade de um programa clínico ou prática" (Proctor et al., 2013).
Estas englobam três pilares principais: 1) pesquisa aplicada; 2) avaliação do
impacto da implementação desses serviços; e, 3) monitoramento e avaliação
da sustentabilidade dos serviços implementados (Peters et al., 2013). Tais
pilares dão sustentação para as discussões sobre organização, padronização
e qualidade em serviços de saúde (Peters et al., 2013; Powell et al., 2015;
Moullin et al., 2015). Portanto, o uso de indicadores de qualidade tanto pode
auxiliar na avaliação do impacto da implementação dos serviços em saúde
como no monitoramento e avaliação da sustentabilidade dos mesmos.
Parte da missão da ciência de implementação é desenvolver
conhecimento generalizável, ou seja, capaz de ser aplicado além do local de
estudo (Bauer et al., 2015). Tal fato torna-se ainda mais importante no contexto
em que esta ciência é aplicada em pesquisas sobre serviços e sistemas de
saúde pública, uma vez que estas fornecem a base da evidência científica para
aumentar a compreensão do sistema público de saúde, apoiar a melhora e
fazer avançar o campo da prática de saúde pública (Thomas et al., 2015).
Roberts et al. (2006) estabeleceram facilitadores potenciais (individuais
e organizacionais), os quais podem nortear os pontos a serem priorizados na
implantação dos serviços clínicos farmacêuticos. Quanto aos facilitadores
individuais destacam-se: atitudes, autonomia, competência, motivação,
confiança dos farmacêuticos de fornecer os serviços clínicos, educação e
formação para os farmacêuticos com ênfase nos cuidados ao paciente,
habilidades de comunicação e de liderança e satisfação dos profissionais. Os
facilitadores organizacionais, por sua vez, estão relacionados ao ambiente
físico (espaço adequado/privacidade e fluxo de trabalho),
remuneração/incentivos, recursos humanos (pessoal suficiente e qualificado),
delegação de tarefas, orientação prática inovadora, demanda de pacientes,
relacionamento com os médicos, equipamentos e tecnologia (computadores),
11
acesso às informações do paciente (registros) e sistema de documentação
(prontuários).
A partir do modelo de implementação practice-based research e dos
facilitadores apresentados, Brito (2015) propôs a implementação de serviços
clínicos farmacêuticos em unidades do Programa Farmácia Popular do Brasil
do Estado de Sergipe. Segundo metodologia proposta, a implementação de
serviços clínicos farmacêuticos pode ser realizada em três estágios:
implantação, implementação e consolidação. O primeiro estágio consiste das
seguintes etapas: avaliação da estrutura (recursos humanos e estrutura física),
treinamento da equipe (farmacêuticos e técnicos), definição de serviços e
processos de trabalho (desenvolvimento de procedimentos operacionais
padrão e fluxos de trabalho), seleção de indicadores para avaliação da
qualidade (identificação ou construção de instrumentos validados), implantação
de fluxos de trabalho (por meio de visitas de Coaching e Coaching online) e
avaliação da performance.
No segundo é realizado a avaliação da estrutura, treinamento da equipe,
elaboração de planejamento estratégico (análise da situação e
desenvolvimento de plano de ação), intervenções de marketing (institucional,
científica e externa), implementação de fluxos de trabalho e avaliação da
performance. O último, por sua vez, consiste da avaliação da estrutura,
treinamento da equipe, elaboração de planejamento estratégico, intervenções
de marketing, consolidação de fluxos de trabalho e avaliação da performance.
O desenvolvimento deste modelo foi baseado no ciclo PDCA (Plan-Do-Check-
Adjust) (Brito, 2015).
O PDCA é um ciclo contínuo que identifica um problema, define e coleta
os dados necessários para avaliar o problema, adota decisões para resolver o
problema, examina se a intervenção foi efetiva para resolver o problema e
ajusta o plano conforme necessário para permitir melhoras (Radawski, 1999).
Este ciclo é amplamente utilizado na gestão da qualidade com o objetivo de
garantir a melhora contínua do cuidado prestado (Redick, 1999). Logo, pode-
se observar que a implementação de serviços clínicos com foco na qualidade é
um processo contínuo em que muitas das etapas desenvolvidas repetem-se
nos estágios da implementação.
12
Embora existam modelos de implementação como o proposto por Brito
(2015), Landsverk et al. (2011) ressaltam que não há consenso sobre as
abordagens metodológicas para o estudo dos processos e testes de
estratégias de implementação. A despeito disto, é importante para
pesquisadores, formuladores de políticas, administradores de saúde e
profissionais ter conhecimento sobre os componentes básicos necessários
para implementação. Assim, Moullin et al. (2015) desenvolveu uma proposta
genérica de implementação para descrever os conceitos básicos deste
processo a qual é apresentada na figura a seguir (Figura 1).
Figura 1- Framework geral de implementação. Fonte: Moullin et al. (2015).
13
Segundo o autor, a principal forma de implementação é a natureza não
linear e recursiva do processo representado pelas setas duplas e círculos
sobrepostos. Tal processo pode ser dividido em etapas: a fase de pré-
implementação do "desenvolvimento" (criação de inovação, aperfeiçoamento e
avaliação de impacto) da translação de conhecimentos; a inovação a ser
aplicada (no centro); o contexto em que irá ocorrer (dividida em domínios
sendo representada ao longo da inovação); os processos (estágios e etapas
que ocorrem ao longo da implementação); fatores (barreiras, facilitadores e
determinantes da prática) que irão influenciar o curso da implementação;
estratégias; avaliações contínuas dos processos; e, a fase de pós-
implementação da "sustentabilidade” (Moullin et al., 2015).
No que se refere ao processo de implementação de serviços, como os
serviços clínicos farmacêuticos, pode ser realizado por meio da avaliação do
cuidado prestado, utilizando indicadores de qualidade. Tal premissa tem sido
motivada pela FIP desde a década de 1990. Em 1992, a FIP desenvolveu
normas para serviços clínicos farmacêuticos sob o título “Good pharmacy
practice in community and hospital pharmacy settings”. A partir do Congresso
da FIP, realizado em 1993 na cidade de Tóquio, estas normas foram adotadas
no contexto da Declaração de Tóquio a qual aponta a necessidade de
estabelecer padrões de qualidade para os serviços clínicos farmacêuticos
(International Pharmaceutical Federation, 1993; World Health Organization,
1999).
Em 2011, a FIP em colaboração com a Organização Mundial da Saúde
(OMS) publicaram “Good pharmacy practice: standards for quality of pharmacy
services” com orientações sobre boas práticas em farmácias com padrões de
qualidade para os diferentes serviços clínicos farmacêuticos (World Health
Organization; International Pharmaceutical Federation, 2011). As diretrizes
recomendam que sejam estabelecidas normas nacionais para: a promoção da
saúde, fornecimento de medicamentos, autocuidado do paciente e melhora da
prescrição e uso de medicamentos pelas atividades dos farmacêuticos.
Ademais, a FIP estimula organizações farmacêuticas (internacionais e
nacionais) e governos a trabalharem em colaboração a fim de introduzir
normas adequadas ou, caso existam normas nacionais, que as mesmas sejam
14
revisadas de acordo com as orientações estabelecidas garantindo, assim, a
qualidade dos serviços prestados (World Health Organization, 1999).
Neste cenário, indicadores de qualidade são importantes no
planejamento, tomada de decisão dos farmacêuticos e gestores dos serviços
de clínicos farmacêuticos, como a RF, para o aprimoramento da estrutura e
dos processos e, consequentemente, melhora dos resultados dos pacientes.
Entretanto, são escassos estudos sobre indicadores de qualidade com foco em
estratégias para implementar, monitorar, avaliar e aprimorar a qualidade
destes serviços.
2.2 QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE
O objetivo de uma instituição de saúde é proteger e promover a saúde
dos usuários com a mais alta qualidade técnica e fornecer a satisfação dos
usuários com o menor custo (Serpelloni; Simeoni, 2002). Desta forma, a
medida da qualidade é fundamental para a melhora dos sistemas de saúde
(Buruchet et al., 2016). Os programas de acreditação, por exemplo,
representam a oportunidade de melhorar a estrutura e o processo de
atendimento e consequentemente os resultados clínicos dos pacientes
(Alkhenizan; Shaw, 2011). O ciclo pela busca da qualidade é um processo
sistêmico e contínuo que inclui a avaliação da qualidade do atendimento,
identificação de problemas ou deficiências na prestação dos cuidados, assim
como projetar atividades para superar essas deficiências e monitorar a
efetividade das medidas corretivas (World Health Organization, 2004).
Qualidade é um termo cuja definição é difícil de ser dada devido a sua
natureza subjetiva e características intangíveis. Além disso, as definições de
qualidade variam dependendo da perspectiva que é utilizada bem como do
contexto que é considerado. Assim, definir e medir qualidade de serviços de
saúde pode ser ainda mais difícil do que em outros setores (Busari, 2012;
Forster; van Walraven, 2012; Mosadeghrad, 2014; Saver et al., 2015).
Diferentes definições de qualidade em saúde têm sido utilizadas ao longo dos
anos. Uma definição frequentemente citada é a de Donabedian (1988), no qual
a qualidade é descrita "como o grau de concordância entre o cuidado que é
efetivamente prestado e critérios ou exigências indicadas". De acordo com
15
Institute of Medicine (1990) dos Estados Unidos, a qualidade em saúde pode
ser definida como “o grau em que os serviços sanitários para indivíduos e
populações aumentam a probabilidade de resultados desejados e são
consistentes com o conhecimento profissional atual”.
Diante desses conceitos pode-se observar que a definição adotada por
Donabedian (1988) está relacionada ao fato de uma organização atender as
demandas ou critérios formais. Por outro lado, a definição do Institute of
Medicine (1990) se refere à medida em que os resultados desejados são
alcançados. Recentemente, a Agency for Healthcare Research and Quality
(2013) dos Estados Unidos definiu qualidade como “estar fazendo a coisa
certa, no momento certo, da maneira certa, para a pessoa certa e alcançar os
melhores resultados possíveis”. Portanto, definições mais antigas de qualidade
em saúde tendem a concentrar-se principalmente sobre os aspectos técnicos
do cuidado, enquanto as novas tendem às perspectivas do paciente e da
sociedade (Busari, 2012).
Além da evolução no conceito, a busca pela qualidade em saúde tem se
expandido. Neste cenário, alguns conceitos devem ser diferenciados: garantia,
melhora e gestão da qualidade. A garantia da qualidade envolve planejamento
da qualidade, desenvolvimento de objetivos e metas de qualidade,
estabelecimento de padrões de qualidade, comunicação de normas aos
usuários, desenvolvimento de indicadores, estabelecimento de limites e coleta
de dados para monitorização. A melhora da qualidade está relacionada ao
aprimoramento de processos para controlar os resultados a fim de alcançar
melhores resultados para os clientes da organização. A gestão da qualidade,
por sua vez, envolve a seleção de profissionais de saúde qualificados, a
alocação de outros recursos, acompanhamento e avaliação dos planos para
melhora da qualidade (World Health Organization, 2004).
O surgimento da garantia da qualidade em serviços de saúde está ligado
à necessidade de conter o aumento dos custos de cuidados de saúde em face
de recursos limitados e de garantir o atendimento ao paciente de alta
qualidade. Assim, quando o serviço que está sendo fornecido cumpre os
requisitos especificados há aumento da confiança do paciente, credibilidade do
serviço e efetividade nos processos de trabalho, permitindo que as instituições
possam competir umas com as outras (Busari, 2012).
16
O modelo proposto por Donabedian (1966, 1988) é um dos referenciais
mais utilizados para avaliação da qualidade dos serviços de saúde porque
fornece uma maneira conceitual para analisar e priorizar medidas de qualidade
de saúde (Seibert et al., 2015). Segundo Donabedian (1966,1988), estrutura,
processos e resultados são domínios essenciais para a avaliação da qualidade.
De acordo o modelo proposto, o aprimoramento na estrutura do atendimento
deve levar ao aperfeiçoamento nos processos clínicos que deve, por sua vez,
melhorar os resultados obtidos (Moore et al., 2015).
Para Campbell (2000) é necessário diferenciar a estrutura dos cuidados
de saúde, o cuidado real dado (processos) e as consequências da interação
entre os indivíduos e o sistema de saúde (resultados). Assim propõe que
estrutura e resultados não sejam um componente do cuidado, mas
consequência e conduta através da qual o cuidado é entregue e recebido,
respectivamente. Os domínios-chave da estrutura, processos e resultados
recebidos pelos pacientes de um sistema de saúde é apresentada na figura a
seguir (Figura 2).
Figura 2 – Um modelo baseado em sistemas para avaliação de cuidados
em saúde. Fonte: Campbell et al. (2000).
O eixo estrutura compreende aos fatores organizacionais do sistema de
saúde onde o serviço é prestado. Neste eixo estão incluídos recursos físicos
(instalações e equipamentos), humanos (número e qualificação do pessoal) e
17
estrutura organizacional (organização, métodos de avaliação e modalidades de
reembolso) (Donabedian, 1988). Ao avaliar a estrutura deve-se analisar quais
recursos estão disponíveis e como os mesmos estão organizados (Campbell et
al., 2000). Portanto, estrutura pode ser compreendida como a característica de
uma organização de saúde relacionada com sua capacidade de prestar
serviços de alta qualidade (National Quality Measures Clearinghouse, 2015).
Os processos, por sua vez, são definidos como as interações e
procedimentos envolvendo profissionais de saúde e pacientes (Donabedian,
1988). Logo, refere-se à aplicação dos conhecimentos científicos e da
medicina baseada em evidências na resolução de um problema de saúde bem
como elementos que compõe a interação entre os profissionais de saúde e os
usuários incluindo habilidades como comunicação com o paciente (Campbell et
al., 2000). Desse modo, os processos são atividades relacionadas à saúde
realizada para, em nome de, ou por um paciente. Além disso, processos, por
definição, são realizados por um profissional da saúde ou paciente ou é uma
atividade no sistema de cuidados de saúde (National Quality Measures
Clearinghouse, 2015).
Por fim, os resultados são as consequencias do cuidado que envolve a
alteração no estado de saúde (Donabedian, 1988). Para Donabedian, o grau de
satisfação do paciente com o cuidado, por exemplo, está incluído em uma
definição ampla do estado de saúde. Logo, os resultados dos pacientes podem
ser analisados sob a perspectiva clínica, econômica e humanística (Kozma et
al., 1993; Gunter, 1999; Cheng et al., 2013).
O modelo proposto por Donabedian também possui limitações
destacadas pelo próprio autor: i) a validade da abordagem depende da relação
causal entre os domínios da tríade; ii) avaliação separada de qualquer eixo
gera dados inconsistentes, assim, é necessário utilizar indicadores
representativos dos três domínios do modelo; iii) há reunião de indicadores
com características diferentes em um mesmo domínio como recursos físicos,
humanos e materiais no eixo Estrutura; iv) a interrelação entre estrutura,
processos e resultados nem sempre é presente na prática clínica, ou seja, a
estrutura pode não influir nos processos os quais podem não estar
relacionados aos resultados; e, v) a avaliação multidimensional dos cuidados
em saúde pode ser uma tarefa cara e difícil (Donabedian, 1992; 2003; 2005).
18
Embora haja limitações, o modelo proposto por Donabedian, que avalia
o ambiente do cuidado, a maneira em que os cuidados são prestados e os
efeitos dos cuidados, tornou-se o principal pilar em programas de avaliação e
de melhora da qualidade inclusive em serviços clínicos farmacêuticos (Santos
Júnior, 2013; Marques, 2015, Ibrahim; Scott, 2013). Compreender os aspectos
da avaliação de qualidade dos serviços clínicos farmacêuticos, de acordo com
este modelo, pode preparar os farmacêuticos para mudanças no mercado bem
como mensurar o impacto dos seus serviços clínicos (Mullins et al., 1996).
2.3 SERVIÇOS CLÍNICOS FARMACÊUTICOS
Os serviços clínicos farmacêuticos são atividades em que o profissional
utiliza seus conhecimentos, habilidades e atitudes para tomada de decisão
clínica, melhora da farmacoterapia e gestão de doenças do paciente por meio
da interação com o paciente ou com outro profissional de saúde e, por
consequência, provoca mudanças no desfecho de sua condição clínica (Cipolle
et al., 2012; Roberts et al., 2003; Benrimoj et al., 2010). Assim, estes serviços
são desenvolvidos para atender as necessidades dos pacientes e devem dar
ênfase a ações voltadas para indivíduos, família e comunidade, tais como
acompanhamento farmacoterapêutico e educação em saúde tendo como o
foco os resultados terapêuticos individuais e coletivos (Pan American Health
Organization, 2011; World Health Organization, 2011).
Nestes serviços, as intervenções do farmacêutico variam de menos
complexas, como fornecer orientações sobre medicamentos, a mais
complexas, como avaliar prescrições e melhorar adesão à farmacoterapia
(Benrimoj et al., 2010). Neste cenário, Correr et al. (2013) analisaram 49
revisões sistemáticas publicadas entre os anos de 2000 e 2010, com o objetivo
de descrever os diferentes serviços clínicos farmacêuticos. Ao final do estudo,
foram identificadas oito categorias de serviços clínicos, agrupadas segundo o
seu objetivo principal: programas de rastreio, informação e suporte a equipe,
orientação ao paciente, adesão ao tratamento, prescrição independente,
conciliação de medicamentos, Revisão da Farmacoterapia e acompanhamento
da farmacoterapia.
19
Nesta mesma perspectiva, o Conselho Federal de Farmácia (CFF)
(2014) propôs o alinhamento dos conceitos relacionados à prática clínica dos
farmacêuticos por meio de uma consulta pública finalizada em novembro de
2014. Destacam-se os seguintes serviços neste documento:
Rastreamento em saúde: serviço em que o farmacêutico tem a
possibilidade de identificar provável doença ou condição de saúde
do paciente por meio de procedimentos que possam ser
realizados rapidamente, como aplicação de testes ou realização
de exames, seguido de orientação e encaminhamento para outro
profissional ou serviço de saúde visando estabelecer o
diagnóstico e tratamento;
Educação em saúde: serviço em que farmacêutico contribui para
aumentar conhecimentos, desenvolver habilidades e atitudes
sobre os problemas de saúde e seus tratamentos,
compreendendo as estratégias educativas que integram o saber
popular e científico visando à autonomia dos pacientes e
comprometimento de todos (pacientes, profissionais, gestores,
cuidadores) pela qualidade de vida;
Manejo de problema de saúde autolimitado: serviço em que
farmacêutico atende a uma solicitação relacionada a problema de
saúde autolimitado por meio da prescrição de medidas não-
farmacológicas, medicamentos e outros produtos com finalidade
terapêutica, cuja dispensação não requer prescrição médica
devendo encaminhar o paciente a outro serviço ou profissional da
saúde, quando necessário;
Dispensação de Medicamentos: serviço em que o farmacêutico
entrega medicamentos, geralmente devido à apresentação de
uma receita feita por um profissional autorizado, com orientação
sobre o seu uso adequado e outras intervenções;
Conciliação Medicamentosa: serviço realizado pelo
farmacêutico quando o paciente transita por diferentes níveis de
atenção ou serviços de saúde, visando à redução das
20
discrepâncias não intencionais por meio da elaboração de uma
lista precisa e com todas as informações (nome ou formulação,
concentração/dinamização, forma farmacêutica, dose, via e
horários de administração, duração do tratamento) de todos os
medicamentos utilizados pelo paciente, comparando as
informações com as diferentes fontes (prontuário, prescrição,
relato do paciente, de cuidadores, entre outras);
Revisão da Farmacoterapia: serviço em que o farmacêutico
analisa de forma estruturada e crítica os medicamentos usados
pelo paciente visando à redução da ocorrência de problemas
farmacoterapêuticos, melhora da adesão à farmacoterapia e os
resultados terapêuticos, além da redução do desperdício de
recursos;
Seguimento da Farmacoterapia: serviço em que o farmacêutico
identifica e resolve de problemas farmacoterapêuticos garantindo
que as metas terapêuticas estabelecidas sejam alcançadas.
Dessa forma, dadas às particularidades de cada serviço, são
encontradas diversas denominações para os mesmos. A despeito das muitas
denominações dos serviços clínicos farmacêuticos existentes serem
semelhantes ou agrupáveis, determinadas características (próprias em cada
delineamento) fazem com que alguns destes sejam únicos e personalizados
para determinadas populações ou cenários de atuação, o que dificulta a
padronização destes serviços entre farmacêuticos (Correr et al., 2013; Santos
Júnior, 2013; Conselho Federal de Farmácia, 2014). Isso pode estar
relacionado ao fato de que, embora os serviços definam os processos de
cuidados de saúde fundamentais em que estão envolvidos, são influenciados
por processos internos (recursos humanos disponíveis, gestão de informação,
financeira e qualidade) que dependem das condições locais (Pan American
Health Organization, 2013). Logo, estes serviços clínicos farmacêuticos têm
objetivos semelhantes com ênfase, definições, rótulos e ferramentas diferentes
(Benrimoj et al. 2010).
Independente da nomenclatura utilizada, os serviços clínicos
farmacêuticos vêm trazendo diversos resultados positivos aos pacientes uma
21
vez que tem como objetivo a melhora da qualidade do uso dos medicamentos
e dos resultados terapêuticos (Benrimoj et al. 2010; Adams et al., 2015; Meid
et al., 2015; Philbrick et al., 2015). O impacto clínico desses serviços deve ser
analisado, a fim de tomar decisões associadas à otimização dos recursos de
saúde disponíveis e identificar as direções para futuras pesquisas (Sáez-Benito
et al., 2013). Assim, a validação de indicadores para avaliação da qualidade de
serviços de saúde pode auxiliar a mensurar o impacto desses serviços e
propor estratégias para otimizar os mesmos.
No Brasil, houve aumento de iniciativas visando à expansão de serviços
clínicos farmacêuticos com a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC) 44/2009 (estabelece critérios e condições mínimas para prestação de
serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias), Resolução CFF Nº 585/13
(regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico) e a Resolução CFF Nº
86/2013 (regula a prescrição Farmacêutica), Lei 13021/2014 (dispõe sobre o
exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas) (Brasil, 2009;
Conselho Federal de Farmácia, 2013a, 2013b; Brasil, 2014a). Entre essas
iniciativas destaca-se o Programa Nacional de Qualificação da Assistência
Farmacêutica (Qualifar) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) do
Ministério da Saúde. O Qualifar-SUS tem como objetivo contribuir no
aprimoramento, implementação e de integração sistêmica das atividades da
Assistência Farmacêutica nas ações e nos serviços de saúde visando uma
atenção contínua, integral, segura, responsável e humanizada. Este Programa
é dividido em quatro eixos: Estrutura, Educação, Informação e Cuidado (Brasil,
2012).
O Eixo Estrutura contribui para a estruturação dos serviços
farmacêuticos no SUS considerando os recursos físicos, humanos e materiais.
O Eixo Educação promove a educação permanente e a capacitação dos
profissionais de saúde envolvidos no contexto das Redes de Atenção à Saúde.
O Eixo Informação produz documentos e informações que possibilitam
acompanhar, monitorar e a avaliar ações e serviços da Assistência
Farmacêutica. O Eixo Cuidado, por sua vez, tem por objetivo inserir a
assistência farmacêutica nas práticas clínicas, visando à resolutividade das
ações em saúde, otimizando os benefícios e minimizando os riscos
relacionados à farmacoterapia (Brasil, 2012).
22
A partir do Eixo Cuidado, o Ministério da Saúde desenvolveu um projeto
piloto para implementação de serviços clínicos farmacêuticos de referência na
atenção básica nas cidades de Betim (MG), Curitiba (PR), Recife (PE) e Lagoa
Santa (MG) (Brasil 2014b, 2014c 2014d, 2015). Apesar da expansão dos
serviços clínicos farmacêuticos, como a RF, os farmacêuticos brasileiros não
estabeleceram os mesmos como uma prática rotineira (Reis et al., 2012;
Santos Júnior, 2013; Zanella et al., 2015).
2.4 SERVIÇOS DE REVISÃO DA FARMACOTERAPIA
O objetivo geral da RF é melhorar a qualidade do uso de medicamentos.
A RF é um termo abrangente que engloba várias intervenções que podem ser
realizadas por diferentes profissionais prescritores (como médicos,
farmacêuticos, enfermeiros) ou que realizam recomendações a estes
profissionais (revisão independente, geralmente realizada por farmacêutico)
(Blenkinsopp et al., 2012). Para médicos e enfermeiros a RF é realizada como
componente da prática (Mannheimer et al., 2006; Bergqvist et al., 2009;
Gallagher et al., 2011; Dalleur et al, 2014). Quanto aos farmacêuticos, a RF
pode constituir tanto um componente de prática quanto um serviço clínico
(Conselho Federal de Farmácia, 2014; Brito et al., 2015; Marques, 2015; Rigoni
et al., 2015; Rose et al. 2015; Casserlie; Mager, 2016; Karani et al., 2016;
Dolovich et al., 2016; Messerli et al. 2016).
A RF como serviço clínico farmacêutico, além da análise técnica sobre a
farmacoterapia do paciente (indicação, posologia, interações medicamentosas,
reações adversas, efetividade, etc) podem ser realizadas atividades como
elaboração o plano de cuidados, educação em saúde (orientações sobre
farmacoterapia e comorbidades) e intervenções a fim de melhorar a adesão à
farmacoterapia (Pharmaceutical Society of Australia, 2011a; Hatah et al., 2014;
Brito et al., 2015; Marques, 2015).
Outro ponto importante quanto às diferenças entre a RF realizada pelos
profissionais de saúde diz respeito às informações disponíveis na literatura
sobre o processo de trabalho. Não há informações consistentes, por exemplo,
sobre como a RF conduzida por médicos deve ser realizado e como a mesma
é integrada às consultas. Ademais, os profissionais têm opiniões diferentes
23
sobre o objetivo da RF, o que pode resultar em diferentes processos de
trabalho (Tarn et al., 2009). Quanto aos farmacêuticos, há documentos em
diversos países como Austrália, Reino Unido e Espanha sobre o processo de
trabalho da RF (Pharmaceutical Society of Australia, 2011a; 2011b; 2012;
National Health System, 2013; Sistema Sanitario Publico Andaluz, 2013).
Na RF, o farmacêutico tem como objetivo otimizar o uso de
medicamentos, melhorar os resultados em saúde dos pacientes, identificar
problemas farmacoterapêuticos e realizar intervenções aos pacientes e
profissionais de saúde (Pharmaceutical Care Network Europe, 2016).
Dependendo do objetivo, da presença do paciente, do acesso a informações e
aos medicamentos e/ou condições clínicas do paciente, a RF pode ser
classificada em Prescription Review (Tipo 1), Concordance and Compliance
Review (Tipo 2), e Clinical Medication Review (Tipo 3) (Clyne et al., 2008).
O Tipo 1 tem o objetivo de fornecer questões técnicas relacionadas à
prescrição que possam melhorar a relação custo-efetividade e a segurança do
paciente, sem a presença do paciente como também de todos os
medicamentos em uso (prescritos ou não, isentos de prescrição, fitoterápicos,
automedicação, etc). O Tipo 2 visa explorar as questões que podem influenciar
na administração de medicamentos, sem obrigatoriedade da participação do
paciente e acesso a todos os medicamentos em uso. O Tipo 3, por sua vez,
aborda questões relativas à farmacoterapia no contexto das condições clínicas,
há presença do paciente e acesso ao prontuário, laudos médicos, exames
laboratoriais e todos os medicamentos em uso (Clyne et al., 2008).
Em países como Austrália (Pharmaceutical Society of Australia, 2011a),
Espanha (Consejería de Sanidad y Consumo, 2014) e Reino Unido (National
Health System, 2013) este serviço é realizado com respaldo dos sistemas de
saúde. O fator chave para motivar os pacientes a participar destes serviços é a
preocupação em ter problemas farmacoterapêuticos (Carter et al., 2012). White
et al. (2012) relatam as barreiras e os facilitadores para os pacientes
participarem deste serviço. Entre as barreiras destacam-se falta de confiança
em um farmacêutico desconhecido bem como a falta de informação sobre o
serviço. Por outro lado, a aquisição de conhecimentos sobre medicamentos e a
valorização dos pacientes são facilitadores para a participação dos mesmos
neste serviço.
24
Assim como outros serviços clínicos farmacêuticos, de acordo com a
complexidade dos pacientes e características específicas do local onde é
realizado, são encontradas diferentes denominações na literatura para o
mesmo serviço. Entre as denominações mais conhecidas estão: Home
Medicines Review, na Austrália; Revisión sistemática de la medicación, na
Espanha e Comprehensive Medication Review, na Finlândia. O Conselho
Federal de Farmácia (2014) aponta ainda outras denominações relacionadas a
este serviço: brown bag review, drug regimen review, medication therapy
review, medication management review, residencial medication management
review, revision del uso de la medicación e revisión de la medicación.
Independente da nomenclatura utilizada, a literatura mostra que estes serviços
vêm trazendo impacto positivo sobre a saúde dos pacientes e indicadores de
qualidade do processo de uso de medicamentos (Gheewala et al., 2014,
Kempen et al., 2014; Wouters et al. 2014).
O impacto da RF pode ser discutido sobre vários aspectos: pacientes,
prestador de cuidado e sociedade. O impacto sobre os pacientes pode ser
medido sobre a gestão da terapia individual, problemas farmacoterapêuticos e
compreensão da farmacoterapia. Para o prestador de cuidado, sob o
compartilhamento de responsabilidades sobre a farmacoterapia, colaboração
entre diferentes provedores de cuidado, oportunidades de aconselhamento e
intervenções aceitas. Por fim, para a sociedade, este impacto pode ser medido
pelo custo-efetividade, custo-utilidade e custo-benefício bem como pelas taxas
de morbimortalidade e rehospitalização (Messerli, 2015).
O impacto da RF nos resultados clínicos, taxas de hospitalização e
mortalidade dos pacientes são analisados por Hatah et al. (2014) em revisão
sistemática com metanálise. Resultados significativos foram encontrados para
a pressão arterial (Odds Ratio - OR 3,50, 95% de Intervalo de Confiança - IC
1,58-7,75, p=0,002) e lipoproteína de baixa densidade (LDL) (OR 2,35, IC 95%
1,17-4,72, p=0,02) quando comparado grupo intervenção e grupo controle. Os
resultados sobre a hospitalização (OR 0,69, IC 95% 0,39, 1,21, p=0,19) e
mortalidade (OR 1,50, IC 95% 0,65-3,46, p=0,34) não revelaram diferenças
estatísticas significativas entre os grupos.
O impacto da implementação de um serviço de RF nos resultados
clínicos, econômicos e humanísticos dos pacientes é avaliado por Ocampo et
25
al. (2015). No que se refere aos resultados clínicos, foram identificados 408
problemas farmacoterapêuticos dos quais 393 foram resolvidos. Entre os
resultados econômicos, foi observada a redução da porcentagem de pacientes
com polifarmácia (de 68,9% para 28%), do número de internamentos (de 9,1%
para 3,0%), da ida a serviços de emergência (de 12,9% para 2,3%) além de
diminuir o número médio de medicamentos utilizados pelos pacientes (de 6,1
para 3,3). Quanto aos resultados humanísticos, houve aumento da qualidade
de vida, representado pelo aumento em todos os domínios do instrumento
Short Form 36 Health Survey (SF-36). As escalas de saúde física e mental, por
exemplo, passaram de 65,8 e 66,2 para 82,7 e 81,1 respectivamente.
Um estudo retrospectivo observacional realizado por Ong et al. (2016)
reportou redução significativa no redução do número, custo e duração de
internações de um grupo de idosos em Cingapura após seis meses de
atendimento em um serviço de RF. O risco de internações hospitalares reduziu
41% (OR 0,59, 95% CI 0,47-0,73, p<0,001). A média do custo de internações
foi de US$ 16.118,35 dólares antes da RF para US$12.773,40 dólares
(p<0,001). A média do tempo de internamento, por sua vez, diminuiu de 22,4
dias para 17,8 dias (p=0,010). Além disso, foram identificados 525 problemas
farmacoterapêuticos dos quais 34 (6,7%) e 174 (34,1%) foram resolvidos com e
sem o envolvimento do médico, respectivamente.
Jokanovic et al. (2016a), em overview de 35 revisões sistemáticas,
evidenciam resultados positivos da RF no controle do diabetes (78% dos
estudos), pressão arterial (74% dos estudos) e colesterol (63% dos estudos),
bem como na adesão à farmacoterapia (56% dos estudos) e nos custos de
medicamentos e/ou de saúde (35% dos estudos). Além disso, nas 12 revisões
sistemáticas em que foi realizada meta-análise, foi observado impacto
significativamente positivo (p<0,05) na hemoglobina glicosilada, pressão
arterial e colesterol.
Estudos qualitativos sobre a perspectiva dos médicos e pacientes sobre
a RF também reportam o impacto deste serviço clínico farmacêutico. Ahn et al.
(2015) analisaram a compreensão, benefícios e dificuldades do Home
Medicines Review sob a perspectiva dos pacientes. Neste estudo, a maioria
dos pacientes relatou resultados positivos de sua experiência no serviço de RF
como o aumento do conhecimento sobre sua farmacoterapia, interesse em
26
aumentar a literacidade em saúde, melhora do regime terapêutico, avaliação
holística de sua farmacoterapia bem como interesse em incentivar outras
pessoas a procurar o serviço.
Na perspectiva dos médicos, a RF traz benefícios tanto para os
pacientes quanto para estes profissionais. No que se refere aos pacientes,
destacam-se a melhora no cumprimento do regime terapêutico (ao educar os
mesmos sobre o uso correto de medicamentos), auxílio na monitorização dos
efeitos colaterais, redução da polifarmácia (ao evitar medicamentos
desnecessários) e redução de custos com medicamentos. Quanto aos
médicos, este serviço auxilia os mesmos a tomar melhores decisões
terapêuticas e aumenta o conhecimento sobre farmacoterapia (Dhillon et al.,
2015).
Na literatura são poucos os estudos que referem à avaliação de um
serviço de RF no Brasil (Galato, 2010; Santos Júnior, 2013; Brito, 2015;
Marques, 2015; Reis et al., 2015; Rigoni et al., 2015; Santos-Júnior, 2015). A
escassez de estudos pode estar relacionada à falta de padronização de termos
e conceitos, por estes serviços serem incipientes ou pelas diferentes propostas
de processos de trabalho para o mesmo serviço (Santos Júnior, 2013;
Conselho Federal de Farmácia, 2014). Estes fatos comprometem o avanço da
RF e a qualidade do atendimento ao paciente. Neste cenário faz-se necessário
a criação de modelos científicos a fim padronizar e comparar serviços de RF
(International Pharmaceutical Federation, 1993; World Health Organization,
1999; World Health Organization; International Pharmaceutical Federation,
2011; Kötter et al., 2012; Santos Júnior, 2013; Conselho Federal de Farmácia,
2014; Marques et al., 2015; Lo et al., 2016).
A modelagem de serviços de saúde pode fornecer uma estrutura para
compreender o funcionamento do sistema constituindo-se como uma valiosa
ferramenta para avaliar mudanças nos serviços prestados. Além disso, pode
ser utilizada a fim de demonstrar o impacto dos serviços ao prover limites
teóricos sobre o desempenho dos mesmos. O aumento da utilização de
modelagem é necessário a fim de disponibilizar dados para decisões sobre o
modelo e funcionamento de serviços de saúde. Logo, os métodos de
modelagem desempenham um importante papel na avaliação e melhora na
prestação de serviços de saúde como também na compreensão dos processos
27
de decisão e mudança organizacional (Utley, 2014). Nesta perspectiva, a
modelagem de serviços de clínicos farmacêuticos, como a RF, pode ser
realizada por meio do desenvolvimento de indicadores de qualidade a partir de
técnicas de consenso.
2.5 TÉCNICAS DE CONSENSO PARA DESENVOLVIMENTO DE
INDICADORES PARA SERVIÇOS DE REVISÃO DA FARMACOTERAPIA
Indicadores são parâmetros que servem para detalhar se os objetivos de
uma proposta foram bem conduzidos ou alcançados (Minayo, 2009). Os
indicadores de qualidade, por sua vez, são definidos como “elemento
mensurável de desempenho, para o qual existe evidência ou consenso, de que
pode ser usado para avaliar a qualidade e, portanto, modificar a qualidade dos
cuidados prestados” (Lawrence; Olesen, 1997). Além da classificação quanto
ao modelo proposto por Donabedian (1988), os indicadores de qualidade
podem ser classificados quanto a: i) abordagem, em quantitativos (expressos
numericamente) ou qualitativos (expressos com ‘sim’ ou ‘não’); ii) fonte, em
normativos (baseados em fontes autorizadas) ou empíricos (fundamentados na
prática); e, iii) pré-especificação, em explícitos (pré-determinados,
apresentando menos variabilidade interpessoal) ou implícitos (baseados no
julgamento do profissional que os aplica (Joint Commission on Accreditation of
Healthcare Organizations, 1989). Segundo Mainz (2003) um indicador ideal
deve: i) ter recomendações claras e bem descritas; ii) ser específico e sensível;
iii) ser confiável; iv) ser bem discriminado; vi) permitir comparações; vi) ser
baseado em evidência.
No desenvolvimento de indicadores, os pesquisadores precisam de
informação sobre a estrutura, processos ou resultados que podem ser obtidos
a partir de métodos não sistemáticos e sistemáticos. No primeiro, os
indicadores desenvolvidos baseiam-se na disponibilidade de dados e
incidentes críticos da vida real. Assim, não são baseados em evidências de um
aspecto dos cuidados de saúde, mas são úteis na avaliação/melhora da
qualidade. No segundo, os indicadores são baseados em evidências científicas
e são identificados por meio de busca na literatura. Estes indicadores devem
ser usados sempre que possível, uma vez que quanto melhor a evidência
28
científica mais forte os benefícios da sua aplicação na redução da
morbimortalidade e melhora da qualidade do cuidado (Campbell et al., 2002).
Entretanto, a base de evidências científicas pode ser limitada, inexistente ou
até mesmo contraditória em muitas áreas da saúde. Dessa forma, é necessário
desenvolver indicadores de qualidade, utilizando não só as evidências
científicas disponíveis como a opinião de especialistas (Bourrée et al., 2008).
No que se refere à RF, por exemplo, estudos com foco em indicadores
ou avaliação da qualidade são escassos (Santos Júnior, 2013; Marques, 2015;
Santos-Júnior et al., 2015). Os estudos que analisam algum aspecto da
estrutura, processos e resultados da RF usam variáveis, por vezes, já
consolidadas na literatura como indicadores de qualidade para serviços clínicos
farmacêuticos ou outras áreas da saúde, por exemplo, capacitação do
farmacêutico, problemas farmacoterapêuticos e mortalidade (Farquhar et al.,
2008; Fernandes et al., 2015; Hohl et al., 2015; World Organization, 2015;
Geurts et al., 2016; Jokanovic et al., 2016b; Malet-Larrea et al., 2016; Teichert
et al., 2016). Outros estudos usam variáveis com potencial de constituir
indicadores de qualidade para estes serviços (Graabaek; Kjeldsen, 2013; Kwint
et al., 2013; Hadi et al., 2014; Ong et al., 2016). Entretanto, não usam
terminologias como medidas ou indicadores de qualidade para as variáveis
como também não denominam a análise como avaliação da qualidade.
Dada a escassez de indicadores, estas variáveis podem dar subsídio ao
desenvolvimento de indicadores de qualidade para RF. Dentre as diferentes
metodologias existentes, a identificação dessas variáveis pode constituir uma
etapa do desenvolvimento de indicadores de qualidade. Nestas, a identificação
de variáveis, denominadas ”indicadores potenciais” ou “candidatos a
indicadores” é sucedida da utilização de técnicas de consenso de especialistas.
Estas técnicas são necessárias a fim de garantir indicadores de qualidade
claros, específicos, sensíveis, confiáveis, bem descritos e discriminados no
processo de desenvolvimento de indicadores a partir de variáveis (Campbell et
al., 2002; 78. Organisation for Economic Co-operation and Development, 2006;
World Health Organization, 2006; Agency Health Reserarch Quality, 2011).
Assim, dentre outros fatores, a disponibilidade de dados pode determinar a
escolha pelo método não sistemático ou sistemático como também
combinação de um destes métodos com técnicas de consenso para o
29
desenvolvimento de indicadores de qualidade para serviços clínicos
farmacêuticos como a RF.
As técnicas de consenso são técnicas estruturadas e sistemáticas que
exploram a concordância entre um grupo de especialistas que sintetizam suas
opiniões para resolver inconsistências na informação científica (Tammela,
2013, Raine et al., 2014). Estes métodos permitem a inclusão de ampla gama
de conhecimentos e experiências; interação entre especialistas; estimulam o
debate construtivo; e, previnem o comportamento influente de uma opinião na
formulação de sugestões sobre uma questão em que não há evidências
suficientes (Nair et al., 2011).
Na prática, existem diversas técnicas para obter consenso entre
especialistas, entre estas se destacam: técnica de Grupo Nominal, técnica
Delphi e o método RAND/UCLA (Nair et al., 2011; Agency for Healthcare
Research and Quality, 2013; Tammela, 2013; Raine et al., 2014). A técnica de
Grupo Nominal permite a troca de informações efetivas entre os especialistas,
o que é importante quando estes oferecem pontos de vista únicos (por
exemplo, diferentes especialidades clínicas, tipos de prática) (Davies et al.,
2011). No Grupo Nominal, os especialistas respondem a questões colocadas
por um moderador de forma independente, reúnem-se para discutir cada uma
das ideias geradas e, em seguida, individualmente, classificam as mesmas em
ordem de preferência (Raine et al., 2014).
A técnica Delphi utiliza múltiplas rodadas de avaliações independentes.
O painel de especialistas classifica os indicadores independentemente e as
avaliações são então compiladas, resumidas, e distribuídas para revisão antes
de uma nova rodada de avaliações. Este processo repete-se até que se
obtenha o consenso nas classificações. Esta técnica permite um grande painel,
minimizando a influência de membros individuais. Não há número mínimo ou
máximo de membros para o painel uma vez que tal número está sujeito a
senso comum e limites práticos. Como a troca de opiniões e de informações
ocorre por meio de documentação escrita, não há oportunidade para a
discussão interativa (Davies et al., 2011; Morris, 2013; Fernandes et al., 2015;
Thoma et al., 2015).
O método RAND/UCLA, por sua vez, associa aspectos da técnica Delphi
e da técnica de Grupo Nominal (Campbell et al., 2002). Este método envolve
30
uma etapa de classificação e uma segunda etapa face-a-face. Na primeira
etapa, ocorre o envio de uma revisão da literatura e lista de possíveis
indicadores para os participantes, que classificam independentemente cada
item. Após esta etapa, os especialistas reúnem-se em uma segunda rodada
para discutir os pontos de discordância, com o auxílio de um questionário que
mostra tanto a sua própria classificação inicial quanto a distribuição de todas as
primeiras classificações da primeira rodada e com a participação de um
moderador. Por fim, os especialistas reavaliam os itens individualmente (Nair et
al., 2011; Basger et al., 2012; Raine et al., 2014).
Boas medidas de qualidade devem informar consumidores, prestadores
de serviços, agências reguladoras e outras instituições sobre a qualidade dos
cuidados prestados em determinado ambiente. Logo, as principais
preocupações relacionadas às boas medidas são a validade do conteúdo e o
impacto na saúde (Saver et al., 2015). Outras questões importantes devem ser
consideradas no desenvolvimento de indicadores: i) qual(is) a(s) perspectiva(s)
das partes interessadas os indicadores irão refletir; e, ii) que aspectos dos
cuidados devem ser avaliados (estrutura, processos ou resultados) (Campbell
et al., 2002).
Diante do exposto, são necessárias mais pesquisas com foco no
desenvolvimento de indicadores de qualidade com o objetivo de definir
modelos científicos para implantação, monitoração, avaliação e aprimoramento
de serviços de RF. O desenvolvimento desses indicadores pode ser
considerada parte da ciência de implementação uma vez que preenche a
lacuna entre a pesquisa e sua aplicação na prática, pode auxiliar em
estratégias para promover a melhora da qualidade do serviço prestado em
nível de provedor, clínico ou sistema de saúde além de ter a capacidade de ser
aplicado além do local de estudo. Ademais, representam uma oportunidade de
otimizar a qualidade do sistema público de saúde.
2.6. HISTÓRICO DA DISSERTAÇÃO
O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS) da
Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi criado em 2007 com o objetivo de
31
desenvolver atividades relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão além de
formar profissionais para a execução de estudos na área da Farmácia Social. A
missão do LEPFS é inovar e formar para o cuidado ao paciente e promoção do
uso racional dos medicamentos.
Desde 2007, o LEPFS realiza pesquisas com o objetivo de mensurar o
impacto de serviços clínicos em cenários como hospital, unidade básica de
saúde e instituição de longa permanência para idosos (Aguiar et al., 2008; Brito
et al., 2009; Andrade et al., 2011). Além de pesquisas sobre o impacto dos
serviços clínicos farmacêuticos, vêm realizando estudos de avaliação de
indicadores de qualidade (estrutura e processos) para diferentes serviços
(Aguiar et al.,, 2013; Rios et al., 2013). Entre os anos de 2008 e 2015 foram
realizadas dissertações de Mestrado e tese de Doutorado em unidades da
Farmácia Popular do Brasil do estado de Sergipe com o objetivo de implantar
diferentes serviços clínicos farmacêuticos (Aguiar et al., 2012; Brito, 2012;
Balisa-Rocha et al., 2014; Brito, 2015). Outro cenário de pesquisa do LEPFS e
de implantação de serviço clínico farmacêutico é o Serviço de Cuidados
Farmacêuticos (SCF) do Hospital Universitário da Universidade Federal de
Sergipe (HU/UFS).
O SCF surgiu a partir da solicitação de dois médicos do Departamento
de Medicina da UFS. A experiência prévia dos professores médicos, aliada à
percepção sobre as necessidades relacionadas à farmacoterapia de seus
pacientes e alunos, culminou com o convite ao Prof. Dr. Divaldo Pereira de
Lyra Júnior, no final de 2010, para que, juntos, pudessem viabilizar trabalhos
de colaboração entre Medicina e Farmácia.
No início de 2011, uma parceria entre integrantes do LEPFS (três pós-
graduandos e três graduandos em Farmácia) permitiu a formação da equipe
que trabalharia junto com a Medicina, criando o SCF. No Ambulatório
Alexandre Mendes (HU/UFS), local onde são realizadas as aulas práticas da
disciplina de Medicina Interna I, foi disponibilizada uma sala para os
atendimentos farmacêuticos em horários simultâneos aos dos atendimentos
médicos. Assim, em agosto de 2011, os farmacêuticos e acadêmicos de
Farmácia começaram a interagir com os médicos e acadêmicos de Medicina.
Os atendimentos farmacêuticos ocorriam após os pacientes passarem
pelas consultas médicas. Desde então, o processo de trabalho passou por
32
diversas etapas evolutivas. Nesse contexto, os primeiros meses de trabalho em
equipe foram relevantes para definição do tipo de serviço farmacêutico que
seria prestado. A observação e a vivência da prática mediante a participação
na rotina do ambulatório apontou as reais necessidades dos pacientes,
médicos e estudantes de Medicina. Com isso, o serviço farmacêutico escolhido
foi a RF, visto que esta era a prática mais adequada à rotina do ambulatório, às
expectativas e à disponibilidade dos usuários.
Por meio da RF e estreita relação colaborativa nas discussões de casos
clínicos com os médicos e acadêmicos de Medicina, o SCF otimiza o
tratamento do paciente, identifica, previne e resolve problemas
farmacoterapêuticos. Além de participar das discussões multidisciplinares, no
qual são abordados temas como fisiopatologia das doenças, diagnóstico e
farmacoterapia dos pacientes, os farmacêuticos e estudantes de Farmácia
auxiliam os médicos e estudantes de Medicina na seleção da farmacoterapia
baseada nos conceitos de uso racional de medicamentos; e, na elaboração da
prescrição médica.
A partir de 2012, o SCF passou a receber estudantes de iniciação
científica além de tornar-se cenário de prática para o Estágio Supervisionado III
e elaboração de trabalhos de conclusão de curso de estudantes de Farmácia.
Cabe ressaltar que estes, bem como os demais estagiários, passam por 20
horas de treinamento teórico (4h simulação de atendimento, 4h busca de fontes
de informação, 4h aspectos legais da prescrição, 4h documentação, 4h
diagnóstico farmacêutico) e 32 horas de treinamento prático (observação da
prática e atendimentos supervisionados pelos farmacêuticos-cuidadores). Em
2013, o SCF é inscrito no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
(CNES) e todas as consultas realizadas pelos farmacêuticos passam a ser
faturadas, a partir da tabela de procedimentos do Sistema de Informações
Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS).
Durante os anos de 2011 e 2015, a Dissertação de Mestrado de Genival
Araújo dos Santos Júnior intitulada “Avaliação de indicadores de estrutura e de
processo em um serviço de Revisão da Farmacoterapia” (Santos Júnior, 2013)
e da Tese de Doutorado de Tatiane Cristine Marques intitulada “Indicadores de
estrutura e processo na implementação de um serviço de Revisão da
Farmacoterapia em ambulatório” (Marques, 2015) vinculadas ao Programa de
33
Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e ao Programa de Pós-Graduação
em Ciências da Saúde, da Universidade Federal de Sergipe, respectivamente,
foram realizadas no referido Serviço.
Na Dissertação de Mestrado e na Tese de Doutorado foram reunidos 28
indicadores de estrutura divididos em cinco domínios (área física, recursos
humanos, recursos materiais, documentação e financiamento) e 54 indicadores
de processos divididos em duas categorias (técnico-gerencial e técnico-
assistencial) a partir de guias e estudos nacionais e internacionais de serviços
clínicos farmacêuticos. A reunião desses indicadores possibilitou o
planejamento da implantação bem como a avaliação do SCF. Ainda que
existam indicadores reunidos nos estudos de Santos Júnior (2013) e Marques
(2015), os mesmos não foram validados.
Desde 2011, já foram realizados 752 atendimentos no SCF abrangendo
418 pacientes sendo realizadas 3.840 orientações juntos aos pacientes e 300
junto aos médicos e estudantes de Medicina. Como resultado dos projetos de
Mestrado e Doutorado, em dezembro de 2014, o SCF foi institucionalizado e
incorporado ao organograma do HU/UFS sob administração da Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Houve ainda, neste mesmo
período, a alocação de um farmacêutico da Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares da Universidade Federal de Sergipe (EBSERH/UFS) em horário
não integral para o Serviço. Por fim, em 2015, o SCF passou a ser cenário de
prática dos farmacêuticos da residência multiprofissional. Dessa forma, o SCF
constitui uma parceria entre Ensino e Serviço havendo a integração entre
estagiários, pós-graduandos e residentes.
Atualmente o SCF atende pacientes do Prof. Dr. Roque Pacheco e Prof.
Dra. Amélia Ribeiro com Diabetes, Dislipidemia e Hipertensão bem como
pacientes com Hepatite Crônica C e doenças reumatológicas. O serviço possui
sala privativa (de uso não exclusivo) com ar condicionado, mobiliário adequado
e acesso a fontes de informações sobre medicamentos. Quanto a recursos
humanos, possui duas farmacêuticas da EBSERH (em horário não integral),
dois estagiários e um farmacêutico residente do Programa Saúde do Adulto e
do Idoso.
Apesar dos avanços, tem-se como perspectivas a implementação e
consolidação do SCF por meio da ampliação dos atendimentos farmacêuticos
34
para pacientes de outras especialidades médicas, contratação de um
farmacêutico (EBSERH/UFS) em horário integral para o SCF, investimentos em
infraestrutura de um consultório farmacêutico de uso exclusivo, fortalecimento
da integração com a residência multiprofissional e definição dos processos de
trabalho. Assim, é necessária a validação de indicadores de estrutura,
processos e resultados a fim de analisar o SCF e propor intervenções para o
aprimoramento dos indicadores de qualidade. Além disso, a validação de tais
indicadores poderão ser utilizados na implementação, monitorização, avaliação
e aprimoramento da qualidade desse e de outros serviços farmacêuticos
ambulatoriais, otimizando a qualidade dos serviços prestados e os resultados
em saúde dos pacientes.
No que se refere à aluna, enquanto graduanda em Farmácia participou
do SCF de dezembro de 2011 a outubro de 2014 desenvolvendo atividades de
ensino-aprendizagem e estágio bem como auxiliando os pós-graduandos no
desenvolvimento de suas pesquisas. Enquanto estudante de Mestrado, atuou
no SCF como farmacêutica de junho de 2015 a junho de 2016 desenvolvendo
atividades de ensino.
36
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Desenvolver indicadores de qualidade para serviços de Revisão da
Farmacoterapia.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar revisões sistemáticas sobre a Revisão da Farmacoterapia
conduzida por farmacêuticos em diferentes cenários de prática;
Identificar variáveis utilizadas para avaliar a Revisão da
Farmacoterapia com potencial de constituir indicadores de
qualidade;
Eleger variáveis para subsidiar o desenvolvimento de indicadores
de qualidade para serviços de Revisão da Farmacoterapia;
Desenvolver indicadores de estrutura, processos e resultados
para serviços de Revisão da Farmacoterapia.
39
4. RESUKTADOS
4.1 CAPÍTULO 1: PHARMACIST-LED MEDICATION REVIEW IN
DIFFERENT PRACTICE SETTINGS: SERVICE OR INTERVENTION? AN
OVERVIEW OF SYSTEMATIC REVIEWS
Rafaella de Oliveira Santos Silva1¶, Luana Andrade Macêdo1¶, Genival Araújo
dos Santos-Júnior1¶, Patrícia Melo Aguiar 2¶, Divaldo Pereira de Lyra Jr1¶*
1 Laboratory of Teaching and Research in Social Pharmacy (LEPFS),
Department of Pharmacy, Federal University of Sergipe, São Cristóvão,
Sergipe, Brazil.
2 Department of Pharmacy, Faculty of Pharmaceutical Sciences, University of
São Paulo, São Paulo, Brazil.
* Corresponding author:
E-mails: [email protected] (DPLJ)
¶ These authors contributed equally to this work.
40
Abstract
INTRODUCTION. Medication review (MR) is a Pharmacy practice conducted in
different settings that has a positive impact on patient health outcomes. In this
context, studies on MR have restricted the assessment of this practice using
criteria such as methodological quality, practice settings and patient outcomes.
Therefore, expanding research on this subject is necessary to facilitate the
understanding of the effectiveness of MR and the comparison of its results.
AIM. To examine the panorama of systematic reviews on pharmacist-led
medication review in different practice settings. METHODS. A literature search
was undertaken in Embase, LILACS, PubMed, Scopus, The Cochrane Library
and Web of Science databases through May 2016 using keywords for
"medication review", "systematic review" and "pharmacist". Two independents
investigators screened titles, abstracts, full texts; assessed methodological
quality; and, extracted data from the included reviews. RESULTS. Eleven
systematic reviews were included, of which six presented low to moderate
methodological quality. Most of reviews were conducted in Europe (n = 5),
included controlled studies (n = 11), elderly patients (n = 4) and long-stay
institutions (n = 4). Seven reviews (63.64%) addressed MR as a clinical
pharmacy service whose main collaborator is the physician (n = 8; 72.72%). In
addition, ten terminologies for MR were used and the main objective was to
identify and solve drug-related problems and/or optimize the drug use (n = 8,
72.72%). CONCLUSION. Heterogeneity of practice settings, population,
definitions, terminologies and approach of MR as well as the poor description of
patient care process limits the comparison of results. Furthermore,
methodological quality of most systematic reviews was below ideal. Thus,
international agreement on the MR process is necessary to assess, compare
and optimize the quality of care provided.
Keywords: Medication Review; Pharmacist; Systematic Review; Overview.
41
Introduction
Medication Review (MR) has been defined as structured assessment of
patients’ pharmacotherapy whose objective is to optimise drug use and to
improve health outcomes [1]. Therefore, the pharmacist plays a role in the
detection and resolution of drug-related problems (DRPs) with patients and
healthcare professionals. Despite that concept, MR is used as generic term and
its practice can be performed by other professionals, such as physicians and
nurses, causing confusion regarding the characterization of the service as well
as its effectiveness [2].
Studies show that pharmacist-led MR has positive impact on patients in
practice settings such as community pharmacies [3, 4], long-term care facilities
[5, 6], outpatient clinic [7], home care [8, 9] and hospitals [10, 11]. Among the
benefits, identification and resolutions of DRPs [12-16], increase in quality of life
[17], decrease of hospitalization and costs with healthcare [18, 19] can be
highlighted. In order to achieve such results, the MR implementation demands
changes in pharmacists’ professional and social behaviour [9].
Although a previous overview of systematic reviews has corroborated with
the importance of the MR, it restricted relevant aspects such as methodological
quality, practice settings and assessed outcomes [20]. So, the investigation of
concepts and terminologies used, MR approach (as service or intervention), as
well as professionals involved in this practice is necessary to facilitate the
understanding of MR effectiveness and the comparison of its results.
Taking this into consideration, the present overview aimed to examine: 1)
the panorama of systematic reviews on MR conducted by pharmacists in
different practice scenarios; 2) methodological quality of systematic reviews in
this overview; 3) the concepts, terminologies and MR approach as well as the
interprofessional collaboration in MR.
Methods
This overview of systematic reviews was performed according to the tool
“A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews” (AMSTAR) [21].
42
Definitions
It was adopted the following concepts in this study:
- Systematic review: studies should: (i) present a clear research question
and criteria of eligibility used to select studies; (ii) describe all sources of
information in the search and the keywords used; (iii) present the number of
studies found in the sources of information and included in the final sample of
systematic review.
- Medication Review: critical and structured assessment of patients’ drugs
with the objective of coming to an agreement of their pharmacotherapy,
improving treatment, decreasing DRPs and costs with healthcare systems [22].
MR can be classified in Prescription Review (Type 1), Concordance and
Compliance Review (Type 2), and Clinical Medication Review (Type 3) [23],
depending on their objective, patient’s presence, access to information and
drugs and/or patient’s clinical conditions.
Bibliographic research
A broad literature search was conducted on the following databases:
Embase, LILACS, PubMed, Scopus, The Cochrane Library and Web of Science
for systematic reviews with or without meta-analysis published until 12 May
2016. To that end, Medical Subject Headings (MESH) vocabulary [24] and non-
standard terms (text words) were used. Full search strategy can be seen in S1
Table. This systematic review has not been registered on PROSPERO
International prospective register of systematic reviews.
Study selection
Studies were selected in three stages: 1) exclusion of repeated articles; 2)
screening of titles, abstracts and full texts; e, 3) manual screening of references
of systematic reviews included after reading full articles. Studies were
independently selected by two investigators (R.O.S.S. and L.A.M.) and
divergences were solved by a third investigator (G.A.S.J.). If articles were not
43
available in full, authors were contacted via ResearchGate
(www.researchgate.net) and e-mail.
The included studies attended the following criteria: (i) they were published in
English, Portuguese or Spanish; (ii) they were systematic reviews followed or
not by meta-analysis; (iii) they examined MR (focused on MR or included
different pharmaceutical services/interventions, but the results were presented
by type of service/intervention); (iv) they adopted MR terminology used in the
search strategy; and (vi) MR was conducted by a pharmacist. Systematic
reviews which did not present MR definition were included only if the
interventions described in primary studies were in accordance with the MR
concept adopted.
In this review were excluded other systematic reviews: i) unavailable in full text;
(iii) in which MR was performed in collaboration with healthcare professionals
and it was not possible distinguish the pharmacist’s roles.
Data extraction
Two investigators (R.O.S.S. and L.A.M.) extracted independently the
following data: authors, publication year, main author’s country; aim; primary
studies’ countries, study design, practice setting and population; number of
primary studies included in the systematic review, meta-analysis; number of
primary studies related to MR; assessed outcomes, related to the drug use
process, and economic, clinical and human outcomes (ECHO model) [25]; main
results; concepts, terminologies and approach (service or intervention) of MR;
interprofessional collaboration; structure, processes and outcomes variables
[26, 27] described in the studies as well as limitations or biases. Except for the
number of studies included in the systematic reviews and meta-analysis, all
data were extracted only from studies on MR. In case of absence of data or
clear pieces of information, it was considered that authors did not report such
variable. Discrepancies among investigators were solved by consensus.
Study design, setting and population were determined according to the
authors of studies. Regarding terminologies of MR, the words used in the
studies’ search strategy were not considered. If the review presented different
44
MR definitions, it was adopted the concept presented in the methodology.
Moreover, in the absence of a clear definition, it was extracted components or
objectives of MR. Interprofessional collaboration was considered present if at
least one primary study reported it.
Quality Assessment
Two investigators (R.O.S.S. and L.A.M.) analyzed independently the
methodological quality and discrepancies were solved by consensus. To
achieve that, it was used the AMSTAR tool [21], which is composed by 11
criteria, each one judged as “yes,” “no,” “cannot answer,” or “not applicable”.
Total score was obtained by the attribution of one point to “yes” answers and
zero to other answers, varying score from 0 to 11. The score was ranged
according to Mikton and Butchart (2009) [28]: i) score 0-4, low quality; ii) 5-8,
moderate quality; and, iii) 9-11, high quality.
Agreement between investigators
Cohen’s Kappa index (k) was used to measure degree of agreement
between the two investigators (R.O.S.S. and L.A.M.) in the titles, abstracts and
full texts screening as well as in the assessment of methodological quality.
Degree of agreement was stratified: i) k < 0.10, no agreement; ii) k < 0.40, weak
agreement; iii) 0.40 < k < 0.75, good agreement; and, iv) k > 0.75, excellent
agreement [29].
Results
Study selection
Literature search identified 2,481 articles, from which 2,333 were excluded
mainly because of: i) simultaneous indexation in two or more database; ii)
language; iii) they were not a systematic review; and/or, iv) they did not
examine MR. Thus, 148 articles were selected to full text screening, from which
11 reviews attended to the inclusion criteria. Their references were revised
manually, and 59 were identified as potentially relevant. From these, none
45
attended to the inclusion criteria. Excluded full texts and their reasons for
exclusion are summarized in S2 Table.
From 11 articles included, seven have focus on MR [30-36] and four
include other pharmaceutical services/interventions besides MR [37-40]. Fig 1
illustrates the selection process.
Fig 1. Study selection flowchart through literature search
Degree of agreement between the two investigators (R.O.S.S. and L.A.M.)
was excellent for titles screening (k1 = 0.862), good for abstracts (k2 = 0.705)
and good for articles assessed in full (k3 = 0.743).
Characteristics of studies
Characteristics of systematic reviews are described in Table 1. All reviews
were published in English between 2005 and 2016. The main authors of the
included studies were from four continents: America, Asia, Europe and
Oceania. Most of reviews had their main authors from Europe (five studies;
45.45%) [30-33, 40] and Oceania (four studies; 36.36%) [34, 36, 38, 39],
especially Australia (three studies; 36.36%) [36, 37, 39]. No studies were found
in Latin America. Primary studies were performed in 20 different countries, and
Australia (n = 9) [30-32, 34, 36, 38-40], the United Kingdom (n = 8) [30, 31, 34,
36-40] and the United States (n = 7) [30, 31, 33, 34, 36, 38-40] were the most
frequent countries.
46
Table 1. Description of the systematic reviews’ aim, primary studies countries, practice setting, study design and
population
Abbreviations: *Does not report the country of all primary studies; GP – General practitioner; NR - Not reported.
Reference Aim Primary studies countries Practice setting Study design Population
Hatah et al., 2014
To examine the impact of fee-for-service pharmacist-led
medication review on patient outcomes and quantify this
according to the type of review undertaken
Australia, Belgium, Canada, Chile, Denmark, Germany,
Netherlands, United Kingdom and United States
Pharmacy, patients' home, general practice
clinic/surgery and community health
centre
Randomized and non-randomized controlled
trials Adult patients
Chan et al., 2008
To provide descriptions of existing remuneration models for pharmacist clinical care services and to summarize the existing
evaluations of economic, clinical, and humanistic outcome studies
of the remuneration models
Australia NR
Multistep assessment interviews, focus
research group and mail survey
Stakeholders, pharmacists,
consumers and facilitators
Jokanovic et al., 2016
To systematically review the processes and outcomes of clinical medication review in
community-settings in Australia
Australia Community setting
Controlled trials, observational studies, uncontrolled studies,
qualitative studies and survey studies
NR
Bell et al., 2005
To specifically evaluate the impact of pharmacist
delivered community-based services to optimize the use
of medications for mental illness
Australia, Sweden, United Kingdom and United States
Domiciliary and residential aged
care setting
Controlled trials, randomized controlled
trials, cluster randomized controlled
trials
Patients with mental illness
Holland et al., 2007
To evaluate systematically and to quantify the effects of
medication review by pharmacists on substantive
clinical and qualitative outcomes for older people
across all care settings
Australia, Canada, Europe, Northern Ireland, Singapore, United Kingdom and United
States
Hospital, primary care or clinic,
pharmacy, patient’s home and nursing
home
Randomized controlled trials
Older patients (mean age > 60
years) with a range of diseases (more than one
diagnostic category)
47
Table 1. Description of the systematic reviews’ aim, primary studies countries, practice setting, study design and
population (continued)
Abbreviations: *Does not report the country of all primary studies; GP – General practitioner; NR - Not reported.
Reference Aim Primary studies countries Practice setting Study design Population
Forsetlund et al., 2011
To identify, assess and summarize available
scientific evidence about the effect of interventions that could be used to reduce
potentially inappropriate use of drugs in nursing homes
Australia, Sweden and United Kingdom *
Nursing home Randomized controlled
trials Elderly patients
Hadi et al., 2014
To evaluate the effectiveness of pharmacist-led medication
review in chronic pain management
Canada, Germany, United Kingdom and United States
University pain clinic, general practice and community pharmacy
Randomized controlled trials and cluster
randomized controlled trials
Adult patients with chronic pain
Graabaek; Kjeldsen, 2013
To identify, assess and summarize the literature investigating the effect of
pharmacist-led medication reviews in hospitalized patients
Australia, Belgium, Canada, Denmark, India, Iran, Israel,
Jordan, Northern Ireland, Norway, Oman, Spain,
Sweden, United Kingdom and United States
Hospital setting Descriptive studies and
controlled studies Hospitalized patients
Nishtala et al., 2008
To evaluate the evidence pertaining to the impact of medication reviews and/or
educational interventions on psychotropic drug use in long-
term care facilities
Australia, Sweden, United Kingdom and United States
Long-term care facility
Randomized and non-randomized controlled
trials
Elderly residents (≥ 65 years) who use
antipsychotic or hypnotic drugs
48
Table 1. Description of the systematic reviews’ aim, primary studies countries, practice setting, study design and
population (continued)
Abbreviations: *Does not report the country of all primary studies; GP – General practitioner; NR - Not reported.
Reference Aim Primary studies countries Practice setting Study design Population
Hohl et al., 2015
To summarize the available evidence on the effect of
pharmacist-led medication review initiated early within a
patient’s hospital course on the length of hospital stay, and on 3-
month mortality, hospital readmissions and emergency department revisits based on
observed data
Belgium, Canada, Denmark, Northern Ireland and Sweden
Hospital ward Randomized controlled
trials and controlled clinical trials
Adult patients (>18 years) who
presented to an acute care hospital for an unexpected
illness
Kwint et al., 2013
To investigate how the extent of collaboration between the GP and the pharmacist impacts on
the implementation of recommendations arising from
medication review
Australia, Canada, Netherlands, New Zealand, United States
and United Kingdom
Community pharmacy,
interdisciplinary health clinic, health centre ambulatory clinic, university, general practice,
dispensing general practice and family
practice
Randomized clinical trials
Home-dwelling patients (≥ 70 years) in primary care that
was not recently discharged (<1
month)
49
Most reviews included controlled studies [30-37, 39, 40]. Three reviews
included only controlled randomized trials [30, 32, 40] and three reviews
included studies of different design as observational, descriptive, qualitative,
surveys and controlled study [31, 36, 38]. Regarding population, most reviews
included elderly patients [30, 32, 39, 40].
Most frequent study settings were long-term care facilities [30, 37, 39, 40],
pharmacies [30, 32, 33, 34], primary care or clinics [30, 32, 33, 34], hospitals
[30, 31, 35], and patient’s home [30, 34, 37].
Number of studies in the systematic reviews, meta-
analysis and related to MR, assessed outcomes, main
results and structure, processes and outcomes
variables
Number of studies in the systematic reviews, meta-analysis and related to
MR as well as assessed outcomes and main results are presented in Table 2.
Number of studies included in the reviews varied from 5 to 63 [33, 39]. The
minimum and maximum number of studies related to MR was 4 and 63,
respectively [36, 39]. Only five of these reviews performed meta-analysis [30,
33, 34, 37, 39], in which the number of studies varied from 3 to 25 [30, 33].
50
Table 2. Number of studies included in the systematic reviews, number of studies included in the meta-analysis, number
of studies included in the overview, AMSTAR score for quality assessment of systematic reviews followed or not by meta-
analyzes, assessed outcomes and main results
Abbreviations: AMSTAR – A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews; CMR - Clinical Medication Review; CI – Confidence interval; DRPs – Drug-related problems; HRM - Home Medication Review; MR – Medication review; MRPs – Medication-related problems; N – No; NDP - Numbers of drugs prescribed; OR – Odds ratio; QALYs - Quality-adjusted life years; RR – Relative risk; RT 1 – Results type 1 (results from meta-analyzes of primary studies on MR); RT 2 – Results type 2 (result of the systematic review on MR); RT 3 – Results type 3 (results of the primary studies on MR); SMD - Standardized mean difference; SR – Systematic review; WMD - Weighted mean difference; Y – Yes.
Reference Number of
studies in the SR
Number of studies in the meta-analysis
Number of studies
related to MR
AMSTAR score
Assessed outcomes Main results
Hatah et al., 2014
36 Y (21) 36 4
Primary outcomes: mortality, hospitalization and clinical
biomarkers or marker of disease progress. Secondary outcomes: medication adherence, economic
outcomes and quality of life
RT 1- Blood pressure (OR 3.50, 95% CI 1.58 to 7.75, p = 0.002), low density lipoprotein (OR 2.35, 95% CI 1.17 to 4.72, p = 0.02), hospitalization (OR 0.69, 95% CI 0.39, 1.21, p = 0.19), mortality (OR 1.50, 95% CI 0.65 to
3.46, p = 0.34)
Chan et al., 2008
49 N (0) 6 3 Economic outcomes: cost-effectiveness and QALYs
RT 2 – Increase of cost-effectiveness and QALYs gains in the future are presented as the main economic
results. In Australia, 13% of pharmacists are accredited. The main motivations for this are: professional
development and satisfaction in having a more active role in patient care.
Among the main barriers reported by pharmacists regarding the HMR
program are: initial accreditation costs, rural locations, insufficient
remuneration for the workload, lack of consumer awareness, reduced referral
of patients by general practitioners, time to complete HMR (3 hours, 6
minutes)
51
Table 2. Number of studies included in the systematic reviews, number of studies included in the meta-analysis, number
of studies included in the overview, AMSTAR score for quality assessment of systematic reviews followed or not by meta-
analyzes, assessed outcomes and main results (continued)
Abbreviations: AMSTAR – A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews; CMR - Clinical Medication Review; CI – Confidence interval; DRPs – Drug-related problems; HRM - Home Medication Review; MR – Medication review; MRPs – Medication-related problems; N – No; NDP - Numbers of drugs prescribed; OR – Odds ratio; QALYs - Quality-adjusted life years; RR – Relative risk; RT 1 – Results type 1 (results from meta-analyzes of primary studies on MR); RT 2 – Results type 2 (result of the systematic review on MR); RT 3 – Results type 3 (results of the primary studies on MR); SMD - Standardized mean difference; SR – Systematic review; WMD - Weighted mean difference; Y – Yes.
Reference Number of
studies in the SR
Number of studies in the meta-analysis
Number of studies
related to MR
AMSTAR score
Assessed outcomes Main results
Jokanovic et al., 2016
63 N (0) 63 6
Processes (eligibility, referral and procedure) and clinical (e.g.
MRPs), humanistic (e.g. adherence) or economic outcomes (e.g. cost and
effectiveness)
RT 2- Identification of MRPs (mean 3.6 MRPs per CMR) and improved
adherence. Reductions in numbers of medications prescribed
hospitalizations, potentially
inappropriate prescribing and costs. Qualitative research identified low awareness of CMR among eligible non-recipients, while benefits were perceived to outweigh barriers to
implementation.
Bell et al., 2005
22 N (0) 7 4 NR
RT 3 - Reductions in the number and cost of medications prescribed;
decrease in the use of antipsychotics, hypnotics, anticholinergic
antidepressants, benzodiazepines, psycholeptics, psychotropics, antidepressants, potentially
inappropriate medications; decrease in urinary incontinence, cognitive decline,
depression scores and behavioral disorders
52
Table 2. Number of studies included in the systematic reviews, number of studies included in the meta-analysis, number
of studies included in the overview, AMSTAR score for quality assessment of systematic reviews followed or not by meta-
analyzes, assessed outcomes and main results (continued)
Abbreviations: AMSTAR – A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews; CMR - Clinical Medication Review; CI – Confidence interval; DRPs – Drug-related problems; HRM - Home Medication Review; MR – Medication review; MRPs – Medication-related problems; N – No; NDP - Numbers of drugs prescribed; OR – Odds ratio; QALYs - Quality-adjusted life years; RR – Relative risk; RT 1 – Results type 1 (results from meta-analyzes of primary studies on MR); RT 2 – Results type 2 (result of the systematic review on MR); RT 3 – Results type 3 (results of the primary studies on MR); SMD - Standardized mean difference; SR – Systematic review; WMD - Weighted mean difference; Y – Yes.
Reference Number of
studies in the SR
Number of studies in the meta-analysis
Number of studies
related to MR
AMSTAR score
Assessed outcomes Main results
Holland et al., 2007
32 Y (25) 32 4
Primary: proportion of patients with one or more hospital emergency admission (all-
cause). Secondary: all-cause mortality and mean drugs
prescribed
RT 1- All-cause admission (RR 0.99, 95% CI 0.87 to 1.14, p = 0.92);
mortality, (RR 0.96, 95% CI 0.82 to 1.13, p = 0.62); and numbers of drugs
prescribed (NDP = -0.48, 95% CI -0.89 to -0.07)
Forsetlund et al., 2011
20 N (0) 7 5
Primary: use or prescribing of drugs. Secondary: health-related
outcomes falls, physical limitation, hospitalization and
mortality
RT 2 – No statistically significant effect was found on drug use outcomes. No statistically significant effect was found
on number of falls, patients who fell, hospitalization and mortality.
Statistically significant reduction of falls per resident.
Hadi et al., 2014
5 Y (3) 5 6 Pain intensity, physical
functioning, patient satisfaction, quality of life and adverse effects
RT 1 – A 0.8-point reduction in pain intensity on a 0 to 10 numerical rating scale at 3 months (95% CI, -1.28
to -0.36) and a 0.7-point reduction (95% CI, -1.19 to -0.20) at 6 months; a 4.84-point (95% CI, -7.38 to -2.29) and
-3.82-point (95% CI, -6.49 to -1.14) improvement in physical functioning on a 0- to 68-point function subscale of at
3 and 6 months, respectively; and a significant improvement in patient
satisfaction in 3 months with WMD -0.39 (95% CI, -0.688 to - 0.36)
53
Table 2. Number of studies included in the systematic reviews, number of studies included in the meta-analysis, number
of studies included in the overview, AMSTAR score for quality assessment of systematic reviews followed or not by meta-
analyzes, assessed outcomes and main results (continued)
Abbreviations: AMSTAR – A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews; CMR - Clinical Medication Review; CI – Confidence interval; DRPs – Drug-related problems; HRM - Home Medication Review; MR – Medication review; MRPs – Medication-related problems; N – No; NDP - Numbers of drugs prescribed; OR – Odds ratio; QALYs - Quality-adjusted life years; RR – Relative risk; RT 1 – Results type 1 (results from meta-analyzes of primary studies on MR); RT 2 – Results type 2 (result of the systematic review on MR); RT 3 – Results type 3 (results of the primary studies on MR); SMD - Standardized mean difference; SR – Systematic review; WMD - Weighted mean difference; Y – Yes.
Reference Number of
studies in the SR
Number of studies in the meta-analysis
Number of studies
related to MR
AMSTAR score
Assessed outcomes Main results
Graabaek; Kjeldsen,
2013 31 N (0) 31 8
Data on process and implementation of the
pharmaceutical service (number of interventions, acceptance rate
and percentage of recommendations implemented
by physicians), presence of elements of medication review process and patient outcomes
(e.g. health-related quality of life)
RT 2- The number of MRPs varied from 81 to 5122. The proportion of MRPs varied from 0.13 to 10.6 per
patient. The acceptance rate of recommendations varied from 39% to
100%. The positive effects were: better quality of prescribing, satisfaction with
the pharmacist’s service among patients or personnel; decrease of
visits to the emergency department, drug-related readmissions, all-causes
readmissions, length of in-hospital stay and costs. The single negative result
was on length of in-hospital stay, while health-related quality of life and overall
survival only showed overall non-significant results
Nishtala et al., 2008
11 Y (6) 4 3 Proportion of residents using one
or more psychotropics
RT 3 – Reduction of the mean number of psychotropics administered per
resident in the intervention group. A significantly greater proportion (19.0%) of residents in the intervention group
ceased antipsychotic drugs and nonrecommended hypnotics. A lower
proportion of residents were prescribed nonrecommended hypnotics
54
Table 2. Number of studies included in the systematic reviews, number of studies included in the meta-analysis, number
of studies included in the overview, AMSTAR score for quality assessment of systematic reviews followed or not by meta-
analyzes, assessed outcomes and main results (continued)
Abbreviations: AMSTAR – A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews; CMR - Clinical Medication Review; CI – Confidence interval; DRPs – Drug-related problems; HRM - Home Medication Review; MR – Medication review; MRPs – Medication-related problems; N – No; NDP - Numbers of drugs prescribed; OR – Odds ratio; QALYs - Quality-adjusted life years; RR – Relative risk; RT 1 – Results type 1 (results from meta-analyzes of primary studies on MR); RT 2 – Results type 2 (result of the systematic review on MR); RT 3 – Results type 3 (results of the primary studies on MR); SMD - Standardized mean difference; SR – Systematic review; WMD - Weighted mean difference; Y – Yes.
Reference Number of
studies in the SR
Number of studies in the meta-analysis
Number of studies
related to MR
AMSTAR score
Assessed outcomes Main results
Hohl et al., 2015
7 Y (5) 7 9 Length of hospital stay, mortality,
hospital readmissions and emergency department revisits
RT 1- Length of hospital stay (WMD =
–0.04 days, 95% CI –1.63 to 1.55);
mortality (OR 1.09, 95% CI 0.69 to
1.72), readmissions (OR 1.15, 95% CI
0.81 to 1.63) and emergency
department revisits in 3 months (OR
0.60, 95% CI 0.27 to 1.32)
Kwint et al., 2013
12 N (0) 12 5
Number of key elements that reflects collaborative aspects
between a GP and a pharmacist, implementation rate of
recommendations following DRPs identified during
medication review
RT 2- The mean number of key elements within the intervention was
5.2 (range 1–8). The mean implementation rate of
recommendations was 50% (range 17–86). The association between the
number of key elements present in the intervention and the implementation
rate of recommendations was significant: β = 0.085 (95% CI 0.052 to
0.128; p < 0.0001)
55
Primary and secondary outcomes more assessed were: mortality [30, 34,
35, 40], hospital visits (admissions, readmissions, hospitalizations and
emergency department visits) [30, 34, 35, 40], drug use [30, 34, 39] and quality
of life [30, 33]. Regarding the assessment of impact of MR in the meta-
analyses, significant impact was not shown in any study of mortality [30, 34, 35],
hospitalizations [30, 34], length of hospital stay [35] and revisits to emergency
department [35]. MR presented significantly positive impact (p<0.05) on the
number of drugs prescribed [30], intensity of pain [33], physical functioning [33],
patients’ satisfaction [33], blood pressure [34] and low density lipoprotein [34].
Regarding Structure variables described in the studies, the most frequent
were “pharmacists qualified to provide MR” [32, 33, 35, 36, 38], “access to
medical records” [30-31, 33, 35], “remuneration system” [34, 36, 38] and
“number of pharmacists” [30, 32, 35]. Concerning the Process variables,
“number of drugs used” [30-32, 36, 37, 39, 40], “number of interventions” [31-
33, 36] and “accepted interventions” [31, 33, 36] were the most commom. The
most recurrent Outcomes variables, in turn, were “mortality” [31, 32, 34-37, 39,
40], “quality of life” [31, 32, 34-37, 39, 40], “patients’ satisfaction” [30, 31, 33, 36,
37], “economy of costs related to drugs” [30, 31, 34, 36, 37] and “number of
hospitalizations” [31, 37].
Definitions, terminologies, MR approach and
interprofessional collaboration
Definitions of MR had the objective of identifying and solving DRPs
and/or optimizing the drug use (Table 3) [30-32, 34-36, 38, 39]. Four studies
presented components of MR, in which the most cited were: obtention of drug
use history, review of patient’s medications and health education [34, 35, 37].
56
Table 3. Definition, terminology, approach of Medication Review (service or intervention) and interprofessional collaboration
Abbreviations: DT 1 – Definition type 1 (concept); DT 2 – Definition type 2 (components); DT 3 - Definition type 3 (objectives); NR – Not reported.
Reference Definition of MR Main terminologies for MR MR approach
Was there interaction between other health professionals in the
MR?
(What professionals?)
Hatah et al., 2014
DP 2 - To include at least two of the following activities: reviewing patient's medications for
medication related issues; taking and documenting medication history; educating and counselling patients about medication
and/or disease; providing a medication action plan; reaching an agreement with the patient
about their medication treatment plan; monitoring drug treatment for effectiveness or
adverse event; optimizing medication effectiveness and minimizing problems related
to medication usage.
Clinical Medication Review, Medication Review, Medicines Use Review and Prescription
Review
Service NR
Chan et al., 2008
DP 3 – To resolve any drug-related problems to optimize drug use.
Home Medicine Review, Medication Review and Medicines Use Review
Service NR
Jokanovic et al., 2016
DP 1 - Systematic assessment of a consumer’s medications and the management
of those medications, with the aim of optimizing consumer health outcomes and
identifying potential medication-related issues within the framework of the quality use of
medicines
Clinical Medication Review, Home Medicine Review e
Medication Review Service
Yes (General practitioners, nurse e multidisciplinar
teams)
Bell et al., 2005
DP 2 - comprehensive medication history taking, patient home interviews, medication
regimen review, and patient education
Home Medicines Review, Medication Regimen Review,
Medication Review e Residential Medication Management Review
Service
Yes (Physicians, nurses,
nurses’ assistants and multidisciplinary teams)
57
Table 3. Definition, terminology, approach of Medication Review (service or intervention) and interprofessional collaboration (continued)
Abbreviations: DT 1 – Definition type 1 (concept); DT 2 – Definition type 2 (components); DT 3 - Definition type 3 (objectives); NR – Not reported.
Reference Definition of MR Main terminologies for MR MR approach
Was there interaction between other health professionals in the
MR?
(What professionals?)
Holland et al., 2007
DP 1 - structured evaluation of a patient’s medicines, aimed at reaching agreement with the patient about drug therapy, optimizing the
impact of medicines, and minimizing the number of medication related problems
Medication Review Intervention Yes
(general practicioners and physicians)
Forsetlund et al., 2011
NR Medication Review Intervention
Yes (General practitioners,
physicians, nurses, assistant nurses, health care professionals in a multidisciplinary team)
Hadi et al., 2014
NR Medication Review Intervention
Yes (General practitioner and multidisciplinary
team)
Graabaek; Kjeldsen,
2013
DP 3 - To identify medication-related problems and recommending changes to
optimize the medical treatment
Clinical Medication Review, Medication Management
Review, Medication Review e Prescription Review
Service Yes
(Physician)
Nishtala et al., 2008
DP 1 - Collaborative service provided by health care professionals with expertise in geriatric
pharmacotherapy (usually pharmacists), designed to detect and prevent drug-related
problems and hence optimize use of medicines.
Medication Review, Clinical Medication Review, Residential
Medication Management Review and Medication Chart
Reviews
Service Yes
(Physicians, nurses and nursing assistants)
58
Table 3. Definition, terminology, approach of Medication Review (service or intervention) and interprofessional collaboration (continued)
Abbreviations: DT 1 – Definition type 1 (concept); DT 2 – Definition type 2 (components); DT 3 - Definition type 3 (objectives); NR – Not reported.
Reference Definition of MR Main terminologies for MR MR approach
Was there interaction between other health professionals in the
MR?
(What professionals?)
Hohl et al., 2015
DP 2 - The best-possible medication history, and a review of a patient’s medications to optimize medication use and identify and
resolve medication-related problems including adverse drug events
Medication Review Intervention
Yes (General practitioners,
physicians and healthcare teams)
Kwint et al., 2013
DP 1- A structured, critical examination of a patient’s medicines with the objective of
reaching an agreement with the patient about treatment, optimizing the impact of medicines, minimizing the number of medication-related
problems and reducing waste
Clinical Medication Review, Concordance or Compliance
Review, Home Medicines Review, Medication Review and
Prescription Review and Treatment Review
Service Yes
(General practitioners and nurses)
59
The terminology “Medication Review” was used in all reviews (Table 3).
Five studies used “Clinical Medication Review” [31, 32, 34, 36, 39] and four
studies, “Home Medicine Review” [32, 36-38]. Moreover, 63,64% (n=7) of
systematic reviews considered MR as service [31, 32, 34, 36-39], whilst 36,36%
(n=4) considered it as intervention [30, 33, 34, 40]. All studies that used only
one terminology considered MR as intervention [30, 33, 35, 36].
Systematic reviews that reported interprofessional collaboration (Table 3)
presented different collaborative models. Collaboration and communication
occurred through direct and/or indirect contact, such as letters, fax,
standardized forms. The most cited healthcare professionals were the
physicians [30-33, 35-37, 39] and nurses [32, 36, 37, 39, 40].
Limitations declared by systematic reviews
Main limitations described were: absence of search in gray literature [30,
32, 34, 40]; possibility of loss and exclusion of studies during search and
screening processes [32, 33, 40]; number of studies [32, 35, 39]; design of
included studies [30, 36]; impossibility of performing meta-analysis or limited
meta-analysis due to heterogeneity of studies [35, 36]; and restriction of
language in the selection of studies [31, 33].
Quality assessment
Scores of methodological quality after consensus are presented in Table
2. The percentage of reviews that attended each item of AMSTAR is presented
in Fig 2. Score varied from 2 to 9, presenting average 5.18±1.94. Degree of
agreement between the two investigators (R.O.S.S. and L.A.M.) was moderate
(k = 0.69). Among the 11 reviews, six were categorized as low quality [31, 32,
34, 37-39]; four as moderate quality [42, 44, 47, 51]; and one study presented
high quality [35]. Four articles that presented from moderate to high quality were
published from 2013 to 2016 [31, 33, 35, 36].
Fig 2. Percentage of systematic reviews that appropriately address each
“A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews” (AMSTAR) item
60
Item six (characteristics about participants, interventions and results) was
presented by all reviews [30-40]. Most of reviews performed search in at least
two databases and supplementary search (item 3) [30, 31, 35-39]; performed
the quality assessment of studies (item 7) [30, 31, 33-36, 40] and declared
conflict of interest (item 11) [30, 32, 34-37]. On the other hand, only two reviews
registered the protocol for systematic review (item 1) [33, 35]; and selected
studies and extracted data in duplicate (item 2) [31, 35]. Furthermore, only one
review presented the assessment of publication bias (item 10) [34].
Five reviews with meta-analysis presented AMSTAR score between 3-9
[30, 33, 34, 35, 39]. Only two studies presented and justified the model used
(fixed or random); used I2 or Cochran’s Q to determine the heterogeneity; and
determined accepted values (item 9) [33, 35].
Discussion
Most reviews had main authors and primary studies from Australia, which
includes research with elderly people in community pharmacies, long-term care
facilities and hospitals. Australia is one of the first countries to incorporate MR in
primary outpatient care and has remuneration programs to accredited
pharmacists who offer such service [41-44]. Furthermore, elderly people are
some of priority patients of this practice according to international guidelines as
well as children and pregnant women [42-47]. Regarding practice settings,
Bulajeva et al. (2014) [41] corroborate our results when reported that in Europe,
MR has been performed in community environments, hospitals and long-term
care facilities.
Terminologies for MR are not standardized in literature. Among the most
well-known are: Home Medicines Review, Medication Use Review and
Residential Medication Management Review, in Australia [48-50]; Revisión de
la medicación and Revisión sistemática de la medicación, in Spain [51, 52];
Medication Review and Comprehenisve Medication Review, in the United
States [53, 54]; Comprehensive Medication Review, in Finland [55, 56]; and
Medicines Use Review in the United Kingdom [57, 58]. These terminologies
result from the differences in patient complexity and characteristics of each
country and practice setting where MR is performed [59-61].
61
In Pharmacy there is no consensus among concepts and terminologies of
clinical practice [62-66]. Linguistic and cultural questions as well as the
overlapping between “what we do” and “how we do” can be causes of these
divergences. Consequently, lack of standardization of definitions and
terminologies can confuse researchers and professionals who aim to compare
results and to confirm the practice effectiveness [62, 65]. Thus, definitions and
terminologies internationally standardized can benefit the assessment of impact
of MR [66]. Moreover, modelling of clinical pharmacy services should be used
since it facilitates the standardization and comparison of MR and provides a
holistic approach to the decision-making process and organizational change
[68-72]. Therefore, establishing minimum quality standards for MR is important
for comparison of the practice as well as for the optimization of the care
provided and, consequently, of the patients' health outcomes.
Regardless the terminology adopted in studies, the objective of MR, both
as service as well as intervention, is to identify and solve DRPs, implement
changes in patients’ pharmacotherapy and improve health outcomes. This
objective agreed with guidelines of the countries where this practice is more
frequent. In this regard, interprofessional collaboration is necessary to reach this
objective [42-47, 73, 74]. Collaborations among healthcare professionals
declared in the studies can be seen as a positive factor to achieve better
clinical, economic and humanistic outcomes.
Interprofessional collaboration can be encouraged through specializations,
since they motivate information sharing and communication between healthcare
professionals. Furthermore, appropriate training of these professionals, such as
pharmacists, is essential to develop abilities to the clinical practice, for example,
critical thinking and collaborative interpersonal practice [75]. In Australia, only
pharmacists who are trained and go through assessments are accredited and
can provide MR [76]. In the United States, post-graduate pharmacist residency
training, as well as physician residency training, has become a requirement for
entry-level health-system pharmacy practice [77]. Thus, literature supports our
finding of "pharmacists qualified to provide MR" as a frequently described
structure variable.
In this context, MR can be conducted by physicians, nurses and
pharmacists. Despite using the same terminology, for physicians and nurses,
62
MR is usually a component of clinical practice whose process has not been well
described in literature [85, 86]. In Pharmacy, studies and guidelines of different
countries described MR as clinical pharmacy service or intervention [4, 7, 78-
84]. In this study, studies who presented practice components of MR (e.g.
obtention of drug use history, health education, and review of patient’s
medications) addressed it as service or intervention. However, it is noticeable
the discrepancy between the MR approach as intervention and the concept of
intervention present in the literature.
According to the Society of Hospital Pharmacists of Australia,
“intervention” is “any action performed by a clinical pharmacist that directly
results in the change of patient management or therapy” [87]. Suggett and
Marriott (2016) [88], in turn, define “intervention” as a process in which the
pharmacist identifies and makes recommendations in an attempt to prevent or
resolve DRPs. The authors emphasize that the definition of “intervention” does
not include MR without recommendations for changes in treatment.
In Brazil, “intervention” is a “professional action planned, documented
and performed by the pharmacist for the purpose of optimization of
pharmacotherapy, promotion, protection and recovery of health, prevention of
diseases and other health problems” [78]. Thus, we understand "pharmacist
intervention" as an action whose goal is to improve patient health outcomes and
that may result in changes in pharmacotherapy. In addition, "intervention" is a
result of the patient's situational analysis and is part of the care plan, steps of
the patient care process.
Considering the process of patient care, three stages are recommended
in various health professions, including pharmacists: initial assessment, care
plan and assessment of outcomes. The first stage is a situational analysis in
which the pharmacist gathers, analyzes and interprets information about
patient's clinical conditions and pharmacotherapy, aiming to evaluate his or her
drug-related needs. The second stage is the care plan whose purpose is to
agree with the patient the actions necessary to manage his or her clinical
conditions successfully with pharmacotherapy. The care plan includes goals of
therapy, interventions (e.g. inclusion of new drug therapy, patient education and
referrals to other health professionals), and a schedule for assessment of
63
outcomes. In the third stage, patient outcomes are assessed, documented, and
compared to the goals of therapy [89].
From the presented patient care process, the most appropriate MR
approaches are as "service" or "practice component". As a service, MR should
include all steps of the patient care process. As a practice component, MR is
part of other health services, such as medication reconciliation, and consists of
the situational analysis of the patient's pharmacotherapy. Hence, future studies
need to describe if MR is clinical pharmacy service or practice component. Only
then, it will be possible to compare the impact of its results and assure the
robustness of this practice.
Regardless the MR approach, access to medical records is important for
the clinical practice. Literature has reported that pharmacists should rely on
medical records and technical drug information to make decisions based on
evidences and provide the best possible patient care [90, 91]. Guidelines
highlight the need to obtain patient information from different sources, such as
interview with patient and caregiver, clinical laboratory tests and medical
records, considering that they are complementary [42-47]. Therefore, describing
access to medical records as a structure variable is relevant, since the limitation
of access to any sources of information can result in the restriction of clinical
activities of pharmacists.
Although there is no standardization for terminologies and approach of
MR, there are variables related to the care process that are commonly used in
this practice, such as: “number of drugs” and “number of interventions”.
Considering the objective of MR, literature confirms that the analysis of the
number of drugs is necessary to the assessment of impact of MR, especially
because it can involve vulnerable patients which present polypharmacy,
therapeutic duplication, drug interactions, and contraindications [42-47]. Thus,
Cipolle et al. (2012) highlight that interventions related to the resolution of
DRPs, usually in interprofessional collaboration, may result in the reduction of
the number of drugs [89].
Despite Jokanovic et al. (2016) [20] mentioning the positive impact of MR
in primary studies performed in community environments (e.g. blood pressure
control, quality of life and healthcare costs), some reviews included in our study
show that MR results were contradictory, little significant or inconclusive. A
64
systematic review conducted by Huiskes et al. (2017) [92] showed positive and
negative effects for some outcomes variables described in our overview.
According to the authors, the different results found may be a reflection of
factors such: 1) selection of patients, which may not fit the objective of MR; 2)
how MR is performed in the clinical practice, since there is heterogeneity in the
work processes and there is no gold standard on how it should be performed;
and 3) outcomes and time of follow-up used to assess the impact of MR,
variables that should be chosen according to the objective of MR and being
more specific to diseases and drugs. Thus, heterogeneity of processes can
affect the method of data analysis as well as the sensitivity and specificity of
results, such as mortality, economy of drugs costs, hospital readmissions,
quality of life and patients’ satisfaction.
Another factor that influences the MR impact analysis is the
methodological quality of the studies. Although systematic reviews are
considered a key element used to the practices of patient care, little use of
these results and low quality of studies have limited processes of decision
making and performance of healthcare systems. Our findings were corroborated
by literature that has reported low methodological quality of systematic reviews
on clinical pharmacy practice. Melchiors et al. (2012) [93] assessed the quality
of 31 systematic reviews, in which 24 presented low and moderate quality. In
overview of seven systematic reviews, Aguiar et al. (2014) [94] noticed that
71.4% of studies had low and moderate quality. Rotta et al. (2015) [95], in turn,
found in overview of 49 systematic reviews that no study attended all AMSTAR
criteria. Therefore, future studies should value high methodological quality to
result in more reliable evidences of real impact of clinical services.
Strenghts and limitations
Strengths of this study include: research in six different databases as well
as manual search in references of the included systematic reviews; use of
MESH terms and text words for the search; use of 15 different terminologies to
MR in the literature search; titles, abstract and full texts screening as well as
quality assessment performed by two independent investigators. Moreover,
systematic reviews were not excluded based on methodological quality, study
65
design, practice setting and population. Thus, our study presents a panorama of
systematic reviews about MR conducted by pharmacists. This overview
comprised variables little explored in overviews of systematic reviews on MR,
such as definitions and terminologies of MR; interprofessional collaboration; MR
approach as well as structure, processes and outcomes variables described in
the studies.
This study also presents limitations. Search in the gray literature was not
performed. As most systematic reviews are found in databases, the inclusion of
only indexed studies may not have influenced the final sample. Many included
reviews did not provide clear information or presented few details on study
design, population, practice setting, definitions of MR and impact of MR, this
might have compromised data extraction. Moreover, AMSTAR limitations, such
as the subjectivity of items “no” and “cannot answer” and the dependence of
quality of reports [96, 97], could have influenced the assessment of
methodological quality of systematic reviews included in this study.
Conclusion
In this study it was evidenced the heterogeneity of studies about MR,
especially regarding practice setting, population, MR approach and terminology.
“Medication Review” was the most used terminology, whose main objective is
the identification and resolution of DRPs to optimize the drug use. Description of
patient care process is not clear in some studies, limiting the comparison of
results. Practice of MR is mostly comprehended as clinical pharmacy service,
and its main collaborator is the physician. Moreover, methodological quality of
most systematic reviews was lower than ideal. In the light of what was
mentioned, it is necessary to come to an international agreement regarding the
MR work process, as a clinical service or practice component, benefiting the
assessment, comparison and optimization of care quality given to patients.
Acknowledgments
Special thanks to the researchers of the Laboratory of Teaching and
Research in Social Pharmacy (LEPFS) for their contribution to this manuscript.
66
References
1. Pharmaceutical Care Network Europe [Internet]. Medication review definition
approved. Europe: PCNE, 2016 [cited 2016 March 10]. Available from:
http://www.pcne.org/news/35/medication-review-definition-approved.
2. Blenkinsopp A, Bond C, Raynor DK. Medication reviews. Br J Clin
Pharmacol. 2012;74(4):573-80.
3. Chau SH, Jansen AP, van de Ven PM, Hoogland P, Elders PJ, Hugtenburg
JG. Clinical medication reviews in elderly patients with polypharmacy: a cross-
sectional study on drug-related problems in the Netherlands. Int J Clin Pharm.
2016;38(1):46-53.
4. Messerli M, Blozik E, Vriends N, Hersberger KE. Impact of a community
pharmacist-led medication review on medicines use in patients on
polypharmacy - a prospective randomised controlled trial.BMC Health Serv Res.
2016;16(1):145.
5. Costa FA, Silvestre L, Periquito C, Carneiro C, Oliveira P, Fernandes AI, et
al. Drug-Related Problems Identified in a Sample of Portuguese
Institutionalised Elderly Patients and Pharmacists’ Interventions to Improve
Safety and Effectiveness of Medicines. Drugs Real World Outcomes. 2016;
3(1):89–97.
6. Tang MM, Wollsen MG, Aagaard L. Pain monitoring and medication
assessment in elderly nursing home residents with dementia. J Res Pharm
Pract. 2016;5(2):126-31.
7. Rose O, Mennemann H, John C, Lautenschläger M, Mertens-Keller D,
Richling K, et al. Priority Setting and Influential Factors on Acceptance of
Pharmaceutical Recommendations in Collaborative Medication Reviews in an
Ambulatory Care Setting - Analysis of a Cluster Randomized Controlled Trial
(WestGem-Study). PLoS One. 2016;11(6):e0156304.
67
8. Basheti IA, Al-Qudah RA, Obeidat NM, Bulatova NR. Home medication
management review in outpatients with chronic diseases in Jordan: a
randomized control trial. Int J Clin Pharm. 2016;38(2):404-13.
9. Chen TF. Pharmacist-Led Home Medicines Review and Residential
Medication Management Review: The Australian Model. Drugs Aging.
2016;33(3):199-204.
10. Gallagher J, O'Sullivan D, McCarthy S, Gillespie P, Woods N, O'Mahony D,
et al. Structured Pharmacist Review of Medication in Older Hospitalised
Patients: A Cost-Effectiveness Analysis. Drugs Aging. 2016;33(4):285-94.
11. McKean M, Pillans P, Scott IA. A medication review and deprescribing
method for hospitalised older patients receiving multiple medications. Intern
Med J. 2016;46(1):35-42.
12. Geurts MME, Stewart, RE, Brouwers JRBJ, Graeff PA, Gier JJ. Implications
of a clinical medication review and a pharmaceutical care plan of polypharmacy
patients with a cardiovascular disorder. Int J Clin Pharm. 2016;38:808–15.
13. Ong KY, Cheen MH, Cheng JS, Chen LL, Ng SM, Lim SH, et al.
Effectiveness of a multidisciplinary home-based medication review program in
reducing healthcare utilization among older adult Singaporeans. Geriatr
Gerontol Int. 2017;17(2):302-307.
14. OCampo CC, Garcia-Cardenas V, Martinez-Martinez F, Benrimoj SI,
Amariles P, Gastelurrutia MA. Implementation of medication review with follow-
up in a Spanish community pharmacy and its achieved outcomes. Int J Clin
Pharm. 2015;37(5):931-40.
15. Aguiar PM, da Silva CHP, Chiann C, Dórea EL, Lyra JR, DP, Storpirtis S.
Pharmacist–physician collaborative care model for patients with uncontrolled
type 2 diabetes in Brazil: results from a randomized controlled trial. J Eval Clin
Pract. 2016. Epub. 2016.
16. Nishtala PS, Castelino RL, Peterson GM, Hannan PJ, Salahudeen MS.
Residential medication management reviews of antithrombotic therapy in aged
68
care residents with atrial fibrillation: assessment of stroke and bleeding risk. J
Clin Pharm Ther. 2016;41(3):279-84.
17. Adams RP, Barton G, Bhattacharya D, Grassby PF, Holland R, Howe A, et
al. Supervised pharmacy student-led medication review in primary care for
patients with type 2 diabetes: a randomised controlled pilot study. BMJ Open.
2015;5(11):e009246.
18. Hanna M, Larmour I, Wilson S, O'Leary K. The impact of a hospital outreach
medication review service on hospital readmission and emergency department
attendances J Pharm Pract Res. 2016;46(2):112–21.
19. Malet-Larrea A, Goyenechea E, García-Cárdenas V, Calvo B, Arteche JM,
Aranegui P, et al. The impact of a Medication Review with Follow-up service on
hospital admissions in aged polypharmacy patients.Br J Clin Pharmacol.
2016;82(3):831–8.
20. Jokanovic N, Tan EC, Sudhakaran S, Kirkpatrick CM, Dooley MJ, Ryan-
Atwood TE, Bell JS. Pharmacist-led medication review in community settings:
An overview of systematic reviews. Res Social Adm Pharm. 2017;13(4):661-
685.
21. Shea BJ, Grimshaw JM, Wells GA, Boers M, Andersson N, Hamel C, et al.
Development of AMSTAR: a measurement tool to assess the methodological
quality of systematic reviews. BMC Med Res Methodol. 2007;7:10.
22. Shaw J, Seal R, Pilling M. Task force on medicines partnership and the
national collaborative medicines management services programme. Room for
review - a guide to medication review: the agenda for patients, practitioners and
managers. London: Medicines partnership, 2002.
23. Clyne W, Blenkinsopp A, Seal R. A guide to medication review. London:
National Prescribing Centre (NHS), 2008.
24. National Center for Biotechnology Information [Internet]. MeSH (Medical
Subject Headings). Bethesda: U.S. National Library of Medicine, 2016 [cited
2016 Apr 28]. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh.
69
25. Kozma CM, Reeder CE, Schulz RM. Economic, clinical, and humanistic
outcomes: a planning model for pharmacoeconomic research. Clin Ther.
1993;15(6):1121-32.
26. Donabedian A. Evaluating the quality of medical care. Milbank Mem Fund
Q. 1966; 44: 166–206.
27. Donabedian A. The quality of care. How can it be assessed? JAMA.
1988;260(12):1743–8.
28. Mikton C, Butchart A. Child maltreatment prevention: a systematic review of
reviews. Bull World Health Organ. 2009;87(5):353-61.
29. Hosmer DW, Lameshow S. Applied logistic regression. New York; Wiley,
1989.
30. Holland R, Desborough J, Goodyer L, Hall S, Wright D, Loke YK. Does
pharmacist-led medication review help to reduce hospital admissions and
deaths in older people? A systematic review and meta-analysis. Br J Clin
Pharmacol. 2008;65(3):303-16.
31. Graabaek T, Kjeldsen LJ. Medication reviews by clinical pharmacists at
hospitals lead to improved patient outcomes: a systematic review. Basic Clin
Pharmacol Toxicol. 2013;112(6):359-73.
32. Kwint HF, Bermingham L, Faber A, Gussekloo J, Bouvy ML. The
relationship between the extent of collaboration of general practitioners and
pharmacists and the implementation of recommendations arising from
medication review: a systematic review. Drugs Aging. 2013;30(2):91-102.
33. Hadi MA, Alldred DP, Briggs M, Munyombwe T, Closs SJ. Effectiveness of
pharmacist-led medication review in chronic pain management: systematic
review and meta-analysis. Clin J Pain. 2014;30(11):1006-14.
34. Hatah E, Braund R, Tordoff J, Duffull SB. A systematic review and meta-
analysis of pharmacist-led fee-for-services medication review. Br J Clin
Pharmacol. 2014;77(1):102-15.
70
35. Hohl CM, Wickham ME, Sobolev B, Perry JJ, Sivilotti ML, Garrison S, et al.
The effect of early in-hospital medication review on health outcomes: a
systematic review. Br J Clin Pharmacol. 2015;80(1):51-61.
36. Jokanovic N, Tan EC, van den Bosch D, Kirkpatrick CM, Dooley MJ, Bell
JS. Clinical medication review in Australia: A systematic review. Res Social
Adm Pharm. 2016;12(3):384-418.
37. Bell S, McLachlan AJ, Aslani P, Whitehead P, Chen TF. Community
pharmacy services to optimise the use of medications for mental illness: a
systematic review. Aust New Zealand Health Policy. 2005; 2:29.
38. Chan P, Grindrod KA, Bougher D, Pasutto FM, Wilgosh C, Eberhart G,
Tsuyuki R. A systematic review of remuneration systems for clinical pharmacy
care services. Can Pharm J (Ott). 2008;141(2):102-12.
39. Nishtala PS, McLachlan AJ, Bell JS, Chen TF. Psychotropic prescribing in
long-term care facilities: impact of medication reviews and educational
interventions. Am J Geriatr Psychiatry. 2008;16(8):621-32.
40. Forsetlund L, Gjerberg E, Vist GE. Effect of interventions to reduce
potentially inappropriate use of drugs in nursing homes: a systematic review of
randomised controlled trials. BMC Geriatrics. 2011;11:16.
41. Bulajeva A, Labberton L, Leikola S, Pohjanoksa-Mäntylä M, Geurts MM, de
Gier JJ, Airaksinen M. Medication review practices in European countries. Res
Social Adm Pharm. 2014;10(5):731-40.
42. Pharmaceutical Society of Australia. Guidelines for pharmacists providing
Home Medicines Review (HMR) services. Deakin West: PSA, 2011a.
43. Pharmaceutical Society of Australia. Guidelines for pharmacists providing
Residential Medication Management Review (RMMR) and Quality Use of
Medicines (QUM) services. Deakin West:PSA, 2011b.
44. Pharmaceutical Society of Australia. Guidelines for pharmacists providing
medicines use review (MedsCheck) and diabetes medication management
(Diabetes MedsCheck) services. Deakin West: PSA, 2012.
71
45. Sistema Sanitario Publico Andaluz (Spain). Guía de trabajo para la revisión
sistemática de medicación en pacientes polimedicados en Atención Primaria.
Andaluz: SSPA, 2013.
46. National Health System (United Kingdom). Guidance on the medicines use
review service. Pharmaceutical Services Negotiating Committee. United
Kingdom: NHS Employers, 2013.
47. Health and Social Care Board (United Kingdom). Medication Review
Guidance. United Kingdom: HSC, 2016.
48- Stewart K, George J, Mc Namara KP, Jackson SL, Peterson GM, Bereznicki
LR, et al. A multifaceted pharmacist intervention to improve antihypertensive
adherence: a cluster-randomized, controlled trial (HAPPy trial). J Clin Pharm
Ther. 2014;39(5):527-34.
49. Bereznicki LR, van Tienen EC, Stafford A. Home medicines reviews in
Australian war veterans taking warfarin do not influence international
normalised ratio control. Intern Med J. 2016;46(3):288-94.
50. Palagyi A, Keay L, Harper J, Potter J, Lindley RI. Barricades and brickwalls
– a qualitative study exploring perceptions of medication use and deprescribing
in long-term care. BMC Geriatr. 2016;16:15.
51. López TM, Camacho JCD, Morgado DP, Camacho MLC, Serna JCM, Rubio
SL. A review of the medication in polymedicated elderly with vascular risk: a
randomised controlled trial. Aten Primaria. 2012;44(8):453-60.
52. Blundell DB. Revisión de medicación según criterios STOPP/START en
pacientes mayores del servicio de sistema personalizado de dosificación de
medicamentos de una farmacia comunitária. Farm. comunitarios 2015;7(2):31-
6.
53. Patel CH, Zimmerman KM, Fonda JR, Linsky A. Medication Complexity,
Medication Number, and Their Relationships to Medication Discrepancies. Ann
Pharmacother. 2016;50(7):534-40.
72
54. Wang J, Shih YCT, Qin Y, Young T, Thomas Z, Spivey CA, et al. Trends in
Medicare Part D Medication Therapy Management Eligibility Criteria. Am Health
Drug Benefits. 2015;8(5):247–55.
55. Leikola SN, Tuomainen L, Peura S, Laurikainen A, Lyles A, Savela E, et al.
Comprehensive medication review: development of a collaborative procedure.
Int J Clin Pharm. 2012a;34(4):510-4.
56. Koskela, T, Sandström S, Mäkinen J, Liira H. User perspectives on an
electronic decision-support tool performing comprehensive medication reviews -
a focus group study with physicians and nurses. BMC Med Inform Decis Mak.
2016;166:6.
57. Ramsbottom HF, Fitzpatrick R, Rutter P. Post discharge medicines use
review service for older patients: recruitment issues in a feasibility study. Int J
Clin Pharm. 2016;38(2):208-12.
58. Rodgers RM, Gammie SM, Loo RL, Corlett SA, Krska J. Comparison of
pharmacist and public views and experiences of community pharmacy
medicines-related services in England. Patient Prefer Adherence. 2016;10:
1749–58.
59. Benrimoj SI, Feletto E, Gastelurrutia MA, Martinez MF, Faus MJ. Un
enfoque holístico e integrado de la implantación de los servicios farmacéutico
cognitivos. Ars Pharmaceutica. 2010; 51(2):69-87.
60. Correr CJ, Rotta I, Salgado TM, Fernandez-Llimos F. Tipos de serviços
farmacêuticos Clínicos: o que dizem as revisões sistemáticas? Lat Am J
Pharm. 2013;1(2): 23-42.
61. Pan American Health Organization. Primary Health Care based
Pharmaceutical Services: PAHO/WHO position paper. Washington: PAHO,
2013.
62. Franklin BD, van Mil J. Defining clinical pharmacy and pharmaceutical care
[letter]. Pharm World Sci. 2005;27(3):137.
73
63. Rodis J, Pruchnicki MC, Casper KA, Bennett MS, Mehta BH. The
Importance of Terminology in the Profession of Pharmacy [letter]. Am J Pharm
Educ. 2009;73(4):74.
64. Ahmed SI, Hasan SS. Clinical Pharmacy and Pharmaceutical Care: A Need
to Homogenize the Concepts [letter]. Am J Pharm Educ. 2010;74(10):193g.
65. Scahill SL, Atif M, Babar ZU. Defining pharmacy and its practice: a
conceptual model for an international audience. Integr Pharm Res Pract.
2017;6:121-9.
66. van Mil JW, Henman M. Terminology, the importance of defining. Int J Clin
Pharm. 2016;38(3):709-13.
67. Pintor-Ma´rmol A, Baena MI, Fajardo PC, Sabater-Herna´ndez D, Sa´ez-
Benito L, Garcı´a-Ca´rdenas MV, et al. Terms used in patient safety related to
medication: a literature review. Pharmacoepidemiol Drug Saf. 2012;21(8):799–
809.
68. International Pharmaceutical Federation. The Tokyo Declaration: Standards
for quality of pharmacy services. Federation Internationale Pharmaceutique.
Tokyo: FIP, 1993.
69. World Health Organization. WHO Expert Committee on Specifications for
Pharmaceutical Preparations - WHO Technical Report Series, no. 885 - Thirty-
fifth Report. Annex 7: Good Manufacturing Practices: Supplementary Guidelines
for the Manufacture of Pharmaceutical Excipients. Geneva: WHO, 1999.
70. World Health Organization; International Pharmaceutical Federation. WHO
Expert Committee on Specifications for Pharmaceutical Preparations - WHO
Technical Report Series, no. 961 - Fortieth-fifth Report. Annex 8: Good
pharmacy practice: standards for quality of pharmacy services (joint FIP/WHO).
Switzerland: WHO, 2011.
71. Kötter T, Blozik E, Scherer M. Methods for the guideline-based development
of quality indicators--a systematic review. Implement Sci. 2012;7:21.
74
72. Santos Júnior GA. Avaliação de Indicadores de Estrutura e de Processo em
um Serviço de Revisão da Farmacoterapia [thesis]. São Cristóvão (Brazil):
Federal University of Sergipe, 2013.
73. Weiss BD, Brega AG, LeBlanc WG, Mabachi NM, Barnard J, Albright K, et
al. Improving the Effectiveness of Medication Review: Guidance from the Health
Literacy Universal Precautions Toolkit. J Am Board Fam Med. 2016;29(1):18-
23.
74. Leikola SN, Virolainen J, Tuomainen L, Tuominen RK, Airaksinen MS.
Comprehensive medication reviews for elderly patients: findings and
recommendations to physicians. J Am Pharm Assoc (2003). 2012a;52(5):630-3.
75. Vouri SM, Stranges PM, Burke JM, Micek S, Pitlick MK, Wenger P. The
importance of research during pharmacy residency training.Curr Pharm Teach
Learn. 2015;7(6):892-8.
76. Moles RJ, Stehlik P. Pharmacy practice in Australia. Can J Hosp Pharm
2015;68(5):218-26.
77. Knoer SJ, Eck AR, Lucas AJ. A review of American pharmacy: education,
training, technology, and practice. J Pharm Health Care Sci. 2016;2:32.
78. Federal Council of Pharmacy (Brazil). Pharmaceutical Prescription and the
Clinical Attributions of the Pharmacist. Brazil: CFF, 2016.
79. Brito GC. Serviços clínicos farmacêuticos em unidades do programa
Farmácia Popular do Brasil do estado de Sergipe: implantação, implementação
e consolidação. São Cristóvão [dissertation]. Aracaju (Brazil):
Federal University of Sergipe, 2015.
80. Marques TC. Avaliação de indicadores de estrutura e processo na
implementação de um serviço de Revisão da Farmacoterapia [dissertation].
São Cristóvão (Brazil):
Federal University of Sergipe, 2015.
75
81. Rigoni CC, Brito ES, Alano GM, Galato D. Pharmacotherapy review: a
proposal to improve medication adherence among hypertensive patients. Braz J
Pharm Sci. 2015;51(4):763–73.
82. Casserlie LM, Mager NAP. Pharmacists’ perceptions of advancing public
health priorities through medication therapy management. Pharm Pract
(Granada). 2016; 14(3):792. Epub. 2016.
83. Dolovich L, Consiglio G, MacKeigan L, Abrahamyan L, Pechlivanoglou P,
Rac VE, et al. Uptake of the MedsCheck annual medication review service in
Ontario community pharmacies between 2007 and 2013. Can Pharm J (Ott).
2016; 149(5): 293–302.
84. Karani MV, Haddad Y, Lee R. The Role of Pharmacists in Preventing Falls
among America’s Older Adults. Front Public Health. 2016;4:250.
85. Tarn DM, Paterniti DA, Kravitz RL, Fein S, Wenger NS. How Do Physicians
Conduct Medication Reviews? J Gen Intern Med. 2009; 24(12):1296–302.
86- Griffiths R, Johnson M, Piper M, Langdon R. A nursing intervention for the
quality use of medicines by elderly community clients. Int J Nurs
Pract.;10(4):166-76.
87- SHPA Commitee of Specialty Practice in Clinical Pharmacy. SHPA
Standards of Practice for Clinical Pharmacy Services. J Pharm Pract Res.
2005;35(2):122-46.
88- Suggett E, Marriott J. Risk Factors Associated with the Requirement for
Pharmaceutical Intervention in the Hospital Setting: A Systematic Review of the
Literature. Drugs Real World Outcomes. 2016; 3(3): 241–63.
89- Cipolle RJ, Strand LM, Morley PC. Pharmaceutical care practice. 3rd ed.
New York: McGraw-Hill; 2012.
90. Jorgenson D, Dalton D, Farrell B, Tsuyuki RT, Dolovich L. Guidelines for
pharmacists integrating into primary care teams. Can Pharm J (Ott). 2013;
146(6):342–52.
76
91. Kelly DV, Young S, Phillips L, Clark D. Patient attitudes regarding the role of
the pharmacist and interest in expanded pharmacist services. Can Pharm J
(Ott). 2014;147(4): 239–247.
92- Huiskes VJB, Burger DM, van den Ende CMH, van den Bemt BJF.
Effectiveness of medication review: a systematic review and meta-analysis of
randomized controlled trials. BMC Fam Pract. 2017;18:5.
93- Melchiors AC, Correr CJ, Venson R, Pontarolo R. An analysis of quality of
systematic reviews on pharmacist health interventions. Int J Clin Pharm.
2012;34(1):32-42.
94- Aguiar PM, Brito GD, Correr CJ, Lyra Júnior DP, Storpirtis S. Exploring the
Quality of Systematic Reviews on Pharmacist Interventions in Patients With
Diabetes: An Overview. Ann Pharmacother. 2014;48(7):887-96.
95- Rotta I, Salgado TM, Silva ML, Correr CJ, Fernandez-Llimos F.
Effectiveness of clinical pharmacy services: an overview of systematic reviews
(2000-2010). Int J Clin Pharm. 2015;37(5):687-97.
96. Wegewitz U, Weikert B, Fishta A, Jacobs A, Pieper D. Resuming the
discussion of AMSTAR: What can (should) be made better? BMC Med Res
Methodol. 2016;16(1):111.
97. Burda BU, Holmer HK, Norris SL. Limitations of A Measurement Tool to
Assess Systematic Reviews (AMSTAR) and suggestions for improvement. Syst
Rev. 2016;5:58.
Supporting information
S1 Table - Search strategy in databases
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion. Abbreviation:
MR – Medication Review.
77
Abbreviation: MR – Medication Review.
Fig 1. Study selection flowchart through literature search
Records identified through
references of full-text reviews
assessed for eligibility
(n = 0)
Records identified through
databases search
SCOPUS (1877)
EMBASE (270) PUBMED (219)
THE COCHRANE LIBRARY (57)
WEB OF SCIENCE (32)
LILACS (26)
Records after duplicates
removed
(n = 274)
Records excluded [language;
not a systematic review; not
focused on MR]
(n =1.776)
Records screened on titles
(n=2.207)
(n =)
Records excluded [language;
not a systematic review; not
focused on MR]
(n = 283)
Records screened on abstracts
(n=431)
Systematic reviews included
(n = 11)
Full-text reviews assessed for
eligibility
(n=148)
Full-text reviews excluded,
with reasons:
- Full-text not available (n=1)
- MR was not led by a
pharmacist (n=6)
-Language (n=7)
- Focused on other
pharmaceutical service
(n=13)
- MR was not evaluated
(n=30)
- Not a systematic review
(n=34)
- Results did not separate
MR from other
pharmaceutical services /
interventions (n= 46)
(n=137)
78
Fig 2. Percentage of systematic reviews that appropriately address each
“A MeaSurement Tool to Assess systematic Reviews” (AMSTAR) item
79
S1 Table - Search strategy in databases
Embase
#1 'pharmacist' OR 'pharmacists' OR 'clinical pharmacists' OR 'clinical pharmacist' OR
'pharmacist, clinical' OR 'pharmacists, clinical'
#2 'systematic review' OR 'systematic reviews' OR 'meta-analysis' OR 'systematic literature
review' OR 'systematic literature reviews'
#3
'drug utilization review' OR 'evaluation, drug utilization' OR 'drug-use review' OR 'drug use review' OR 'drug-use reviews' OR 'reviews, drug-use' OR 'review, drug utilization' OR
'drug utilization reviews' OR 'reviews, drug utilization' OR 'utilization reviews, drug' OR 'utilization review, drug' OR 'drug utilization evaluation' OR 'drug utilization evaluations'
OR 'evaluations, drug utilization' OR 'utilization evaluation, drug' OR 'utilization evaluations, drug' OR 'review, drug-use' OR 'review, drug use' OR 'medication review' OR
'medication reviews' OR 'home medicines review' OR 'home medicines reviews' OR 'medicines use review' OR 'medicines use reviews' OR 'medication use review' OR
'medication use reviews' OR 'residential medication management review' OR 'residential medication management reviews' OR 'prescription review' OR 'prescription reviews' OR
'treatment review' OR 'treatment reviews' OR 'clinical medication review' OR 'clinical medication reviews' OR 'concordance and compliance review' OR 'concordance and compliance reviews' OR 'medication chart review' OR 'medication chart reviews' OR 'medication therapy review' OR 'medication therapy reviews' OR 'medication regimen
review' OR 'medication regimen reviews' OR 'brown bag review' OR 'brown bag reviews'
#4 #1 AND # 2 AND #3
LILACS #1
(tw:(((MH:"Drug Utilization Review") OR "Drug Utilization Review" OR "Evaluation, Drug Utilization" OR "Drug-Use Review" OR "Drug Use Review" OR "Drug-Use Reviews" OR "Reviews, Drug-Use" OR "Review, Drug Utilization" OR "Drug Utilization Reviews" OR
"Reviews, Drug Utilization" OR "Utilization Reviews, Drug" OR "Utilization Review, Drug" OR "Drug Utilization Evaluation" OR "Drug Utilization Evaluations" OR "Evaluations, Drug
Utilization" OR "Utilization Evaluation, Drug" OR "Utilization Evaluations, Drug" OR "Review, Drug-Use" OR "Review, Drug Use" OR "Medication Review" OR "Medication
Reviews" OR "Home Medicines Review" OR "Home Medicines Reviews" OR "Medicines Use Review" OR "Medicines Use Reviews" OR "Medication Use Review" OR "Medication
Use Reviews" OR "Residential Medication Management Review" OR "Residential
80
S1 Table - Search strategy in databases (continued)
Medication Management Reviews" OR "Prescription Review" OR "Prescription Reviews" OR "Treatment Review" OR "Treatment Reviews" OR "Clinical Medication Review" OR
"Clinical Medication Reviews" OR "Concordance and Compliance Review" OR "Concordance and Compliance Reviews" OR "Medication Chart Review" OR "Medication Chart Reviews" OR "Medication Therapy Review" OR "Medication Therapy Reviews" OR
"Medication Regimen Review" OR "Medication Regimen Reviews" OR "Brown bag review" OR "Brown bag reviews"))) AND (tw:(((MH:"Pharmacists") OR "Pharmacist" OR
"Pharmacists" OR "Clinical Pharmacist" OR "Clinical Pharmacists" OR "Pharmacist, Clinical" OR "Pharmacists, Clinical") )) AND (tw:(("Systematic Review" OR "Systematic
Reviews" OR "Meta-analysis" OR "Systematic Literature Review" OR "Systematic Literature Reviews")))
PubMed
#1 Search "Drug Utilization Review"[Mesh]
#2
Search (((((((((((((((((("Drug Utilization Review") OR "Drug Utilization Reviews") OR "Evaluation, Drug Utilization") OR "Drug-Use Review") OR "Drug Use Review") OR
"Drug-Use Reviews") OR "Reviews, Drug-Use") OR "Review, Drug Utilization") OR "Drug Utilization Reviews") OR "Reviews, Drug Utilization") OR "Utilization Reviews, Drug") OR
"Utilization Review, Drug") OR "Drug Utilization Evaluation") OR "Drug Utilization Evaluations") OR "Evaluations, Drug Utilization") OR "Utilization Evaluation, Drug") OR
"Utilization Evaluations, Drug") OR "Review, Drug-Use") OR "Review, Drug Use"
#3
Search ((((((((((((((((((((((((("Medication Review") OR "Medication Reviews") OR "Home Medicines Review") OR "Home Medicines Reviews") OR "Medicines Use Review") OR
"Medicines Use Reviews") OR "Medication Use Review") OR "Medication Use Reviews") OR "Residential Medication Management Review") OR "Residential Medication
Management Reviews") OR "Prescription Review") OR "Prescription Reviews") OR "Treatment Review") OR "Treatment Reviews") OR "Clinical Medication Review") OR
"Clinical Medication Reviews") OR "Concordance and Compliance Review") OR "Concordance and Compliance Reviews") OR "Medication Chart Review") OR
"Medication Chart Reviews") OR "Medication Therapy Review") OR "Medication Therapy Reviews") OR "Medication Regimen Review") OR "Medication Regimen Reviews") OR
81
S1 Table - Search strategy in databases (continued)
"Brown Bag Review") OR "Brown Bag Reviews"
#4 Search "Pharmacists"[Mesh]
#5 ((((("Pharmacist") OR "Pharmacists") OR "Clinical Pharmacist") OR "Clinical
Pharmacists") OR "Pharmacist, Clinical") OR "Pharmacists, Clinical"
#6 Search (((("Systematic Review") OR "Systematic Reviews") OR "Meta-analysis") OR
"Systematic Literature Review") OR "Systematic Literature Reviews"
#7
(("Drug Utilization Review"[Mesh]) OR ((((((((((((((((((("Drug Utilization Review") OR "Drug Utilization Reviews") OR "Evaluation, Drug Utilization") OR "Drug-Use Review") OR
"Drug Use Review") OR "Drug-Use Reviews") OR "Reviews, Drug-Use") OR "Review, Drug Utilization") OR "Drug Utilization Reviews") OR "Reviews, Drug Utilization") OR
"Utilization Reviews, Drug") OR "Utilization Review, Drug") OR "Drug Utilization Evaluation") OR "Drug Utilization Evaluations") OR "Evaluations, Drug Utilization") OR "Utilization Evaluation, Drug") OR "Utilization Evaluations, Drug") OR "Review, Drug-
Use") OR "Review, Drug Use")) OR (((((((((((((((((((((((((("Medication Review") OR "Medication Reviews") OR "Home Medicines Review") OR "Home Medicines Reviews")
OR "Medicines Use Review") OR "Medicines Use Reviews") OR "Medication Use Review") OR "Medication Use Reviews") OR "Residential Medication Management
Review") OR "Residential Medication Management Reviews") OR "Prescription Review") OR "Prescription Reviews") OR "Treatment Review") OR "Treatment Reviews") OR
"Clinical Medication Review") OR "Clinical Medication Reviews") OR "Concordance and Compliance Review") OR "Concordance and Compliance Reviews") OR "Medication
Chart Review") OR "Medication Chart Reviews") OR "Medication Therapy Review") OR "Medication Therapy Reviews") OR "Medication Regimen Review") OR "Medication
Regimen Reviews") OR "Brown Bag Review") OR "Brown Bag Reviews")
#8 ("Pharmacists"[Mesh]) OR (((((("Pharmacist") OR "Pharmacists") OR "Clinical
Pharmacist") OR "Clinical Pharmacists") OR "Pharmacist, Clinical") OR "Pharmacists, Clinical")
#9 Search ((((("Drug Utilization Review"[Mesh]) OR ((((((((((((((((((("Drug Utilization Review")
OR "Drug Utilization Reviews") OR "Evaluation, Drug Utilization") OR "Drug-Use Review") OR "Drug Use Review") OR "Drug-Use Reviews") OR "Reviews, Drug-Use")
82
S1 Table - Search strategy in databases (continued)
OR "Review, Drug Utilization") OR "Drug Utilization Reviews") OR "Reviews, Drug Utilization") OR "Utilization Reviews, Drug") OR "Utilization Review, Drug") OR "Drug
Utilization Evaluation") OR "Drug Utilization Evaluations") OR "Evaluations, Drug Utilization") OR "Utilization Evaluation, Drug") OR "Utilization Evaluations, Drug") OR "Review, Drug-Use") OR "Review, Drug Use")) OR (((((((((((((((((((((((((("Medication
Review") OR "Medication Reviews") OR "Home Medicines Review") OR "Home Medicines Reviews") OR "Medicines Use Review") OR "Medicines Use Reviews") OR "Medication Use Review") OR "Medication Use Reviews") OR "Residential Medication
Management Review") OR "Residential Medication Management Reviews") OR "Prescription Review") OR "Prescription Reviews") OR "Treatment Review") OR "Treatment Reviews") OR "Clinical Medication Review") OR "Clinical Medication Reviews") OR "Concordance and Compliance Review") OR "Concordance and
Compliance Reviews") OR "Medication Chart Review") OR "Medication Chart Reviews") OR "Medication Therapy Review") OR "Medication Therapy Reviews") OR "Medication Regimen Review") OR "Medication Regimen Reviews") OR "Brown Bag Review") OR
"Brown Bag Reviews"))) AND (("Pharmacists"[Mesh]) OR (((((("Pharmacist") OR "Pharmacists") OR "Clinical Pharmacist") OR "Clinical Pharmacists") OR "Pharmacist, Clinical") OR "Pharmacists, Clinical"))) AND ((((("Systematic Review") OR "Systematic Reviews") OR "Meta-analysis") OR "Systematic Literature Review") OR "Systematic
Literature Reviews")
Scopus
#1 "Pharmacist" OR "Pharmacists" OR "Clinical Pharmacists" OR "Clinical Pharmacist"
OR "Pharmacist, Clinical" OR "Pharmacists, Clinical"
#2 "Systematic Review" OR "Systematic Reviews" OR "Meta-analysis" OR "Systematic
Literature Review" OR "Systematic Literature Reviews"
#3
"Drug Utilization Review" OR "Drug Utilization Review" OR "Evaluation, Drug Utilization" OR "Drug-Use Review" OR "Drug Use Review" OR "Drug-Use Reviews"
OR "Reviews, Drug-Use" OR "Review, Drug Utilization" OR "Drug Utilization Reviews" OR "Reviews, Drug Utilization" OR "Utilization Reviews, Drug" OR "Utilization Review,
Drug" OR "Drug Utilization Evaluation" OR "Drug Utilization Evaluations" OR "Evaluations, Drug Utilization" OR "Utilization Evaluation, Drug" OR "Utilization
83
S1 Table - Search strategy in databases (continued)
Evaluations, Drug" OR "Review, Drug-Use" OR "Review, Drug Use" OR "Medication Review" OR "Medication Reviews" OR "Home Medicines Review" OR "Home
Medicines Reviews" OR "Medicines Use Review" OR "Medicines Use Reviews" OR "Medication Use Review" OR "Medication Use Reviews" OR "Residential Medication
Management Review" OR "Residential Medication Management Reviews" OR "Prescription Review" OR "Prescription Reviews" OR "Treatment Review" OR "Treatment Reviews" OR "Clinical Medication Review" OR "Clinical Medication Reviews" OR "Concordance and Compliance Review" OR "Concordance and
Compliance Reviews" OR "Medication Chart Review" OR "Medication Chart Reviews" OR "Medication Therapy Review" OR "Medication Therapy Reviews" OR "Medication Regimen Review" OR "Medication Regimen Reviews" OR "Brown Bag Review" OR
"Brown Bag Reviews"
#4 #1 AND #2 AND #3
#5
( "Pharmacist" OR "Pharmacists" OR "Clinical Pharmacists" OR "Clinical Pharmacist" OR "Pharmacist, Clinical" OR "Pharmacists, Clinical" ) AND ("Systematic Review" OR
"Systematic Reviews" OR "Meta-analysis" OR "Systematic Literature Review" OR "Systematic Literature Reviews" ) AND ("Drug Utilization Review" OR "Drug Utilization
Review" OR "Evaluation, Drug Utilization" OR "Drug-Use Review" OR "Drug Use Review" OR "Drug-Use Reviews" OR "Reviews, Drug-Use" OR "Review, Drug Utilization" OR "Drug Utilization Reviews" OR "Reviews, Drug Utilization" OR "Utilization Reviews, Drug" OR "Utilization Review, Drug" OR "Drug Utilization
Evaluation" OR "Drug Utilization Evaluations" OR "Evaluations, Drug Utilization" OR "Utilization Evaluation, Drug" OR "Utilization Evaluations, Drug" OR "Review, Drug-
Use" OR "Review, Drug Use" OR "Medication Review" OR "Medication Reviews" OR "Home Medicines Review" OR "Home Medicines Reviews" OR "Medicines Use
Review" OR "Medicines Use Reviews" OR "Medication Use Review" OR "Medication Use Reviews" OR "Residential Medication Management Review" OR "Residential
Medication Management Reviews" OR "Prescription Review" OR "Prescription Reviews" OR "Treatment Review" OR "Treatment Reviews" OR "Clinical Medication
Review" OR "Clinical Medication Reviews" OR "Concordance and Compliance
84
S1 Table - Search strategy in databases (continued)
Review" OR "Concordance and Compliance Reviews" OR "Medication Chart Review" OR "Medication Chart Reviews" OR "Medication Therapy Review" OR "Medication
Therapy Reviews" OR "Medication Regimen Review" OR "Medication Regimen Reviews" OR "Brown Bag Review" OR "Brown Bag Reviews" )
The Cochrane Library
#1 MeSH descriptor: [Pharmacists] explode all trees
#2 "Pharmacist" or "Pharmacists" or "Clinical Pharmacists" or "Clinical Pharmacist" or
"Pharmacist, Clinical" or "Pharmacists, Clinical"
#3 "Systematic Review" or "Systematic Reviews" or "Meta-analysis" or "Systematic
Literature Review" or "Systematic Literature Reviews"
#4 MeSH descriptor: [Drug Utilization Review] explode all trees
#5
"Drug Utilization Review" or "Drug Utilization Review" or "Evaluation, Drug Utilization" or "Drug-Use Review" or "Drug Use Review" or "Drug-Use Reviews" or "Reviews, Drug-
Use" or "Review, Drug Utilization" or "Drug Utilization Reviews" or "Reviews, Drug Utilization" or "Utilization Reviews, Drug" or "Utilization Review, Drug" or "Drug Utilization
Evaluation" or "Drug Utilization Evaluations" or "Evaluations, Drug Utilization" or "Utilization Evaluation, Drug" or "Utilization Evaluations, Drug" or "Review, Drug-Use" or
"Review, Drug Use" or "Medication Review" or "Medication Reviews" or "Home Medicines Review" or "Home Medicines Reviews" or "Medicines Use Review" or "Medicines Use
Reviews" or "Medication Use Review" or "Medication Use Reviews" or "Residential Medication Management Review" or "Residential Medication Management Reviews" or "Prescription Review" or "Prescription Reviews" or "Treatment Review" or "Treatment
Reviews" or "Clinical Medication Review" or "Clinical Medication Reviews" or "Concordance and Compliance Review" or "Concordance and Compliance Reviews" or
"Medication Chart Review" or "Medication Chart Reviews" or "Medication Therapy Review" or "Medication Therapy Reviews" or "Medication Regimen Review" or
"Medication Regimen Reviews" or "Brown Bag Review" or "Brown Bag Reviews"
#6 #1 or #2
#7 #4 or #5
#8 #3 and #6 and #7
Web of Science #1 Tópico: ("Pharmacists") OR Tópico: ("Pharmacist") OR Tópico: ("Clinical Pharmacist")
85
S1 Table - Search strategy in databases (continued)
OR Tópico: ("Clinical Pharmacists") OR Tópico: ("Pharmacist, Clinical") OR Tópico: ("Pharmacists, Clinical")
Índices=SCI-EXPANDED, SSCI, A&HCI, CPCI-S, CPCI-SSH, ESCI Tempo estipulado=Todos os anos
#2
Tópico: ("Systematic Review") OR Tópico: ("Systematic Reviews") OR Tópico: ("Meta-analysis") OR Tópico:("Systematic Literature Review") OR Tópico: ("Systematic
Literature Reviews") Índices=SCI-EXPANDED, SSCI, A&HCI, CPCI-S, CPCI-SSH, ESCI Tempo
estipulado=Todos os anos
#3
Tópico: ("Drug Utilization Review") OR Tópico: ("Drug Utilization Reviews") OR Tópico: ("Evaluation, Drug Utilization") OR Tópico: ("Drug-Use Review") OR Tópico: ("Drug Use
Review") OR Tópico: ("Drug-Use Reviews") OR Tópico: ("Reviews, Drug-Use") OR Tópico: ("Review, Drug Utilization") OR Tópico: ("Drug Utilization Reviews") OR Tópico:
("Reviews, Drug Utilization") OR Tópico: ("Utilization Reviews, Drug") OR Tópico: ("Utilization Review, Drug") OR Tópico: ("Drug Utilization Evaluation") OR Tópico: ("Drug
Utilization Evaluations") OR Tópico: ("Evaluations, Drug Utilization") OR Tópico: ("Utilization Evaluation, Drug") OR Tópico: ("Utilization Evaluations, Drug") OR Tópico:
("Review, Drug-Use") OR Tópico: ("Review, Drug Use") OR Tópico: ("Medication Review") OR Tópico: ("Medication Reviews") OR Tópico: ("Home Medicines Review") OR Tópico: ("Home Medicines Reviews") OR Tópico: ("Medicines Use Review") OR Tópico:
("Medicines Use Reviews") Índices=SCI-EXPANDED, SSCI, A&HCI, CPCI-S, CPCI-SSH, ESCI Tempo
estipulado=Todos os anos
#4
Tópico: ("Medication Use Review") OR Tópico: ("Medication Use Reviews") OR Tópico: ("Residential Medication Management Review") OR Tópico: ("Residential Medication Management Reviews") OR Tópico: ("Prescription Review")OR Tópico: ("Prescription
Reviews") OR Tópico: ("treatment review") OR Tópico: ("treatment reviews") OR Tópico: ("Clinical Medication Review") OR Tópico: ("Clinical Medication Reviews") OR Tópico:
("concordance and compliance review")OR Tópico: ("concordance and compliance reviews") OR Tópico: ("Medication Chart Review") OR Tópico: ("Medication Chart
86
S1 Table - Search strategy in databases (continued)
Reviews") OR Tópico: ("Medication Therapy Review") OR Tópico: ("Medication Therapy Reviews") OR Tópico:("Medication Regimen Review") OR Tópico: ("Medication Regimen
Reviews") OR Tópico: ("Brown Bag Review") OR Tópico: ("Brown Bag Reviews") Índices=SCI-EXPANDED, SSCI, A&HCI, CPCI-S, CPCI-SSH, ESCI Tempo
estipulado=Todos os anos
#5 #4 OR #3
Índices=SCI-EXPANDED, SSCI, A&HCI, CPCI-S, CPCI-SSH, ESCI Tempo estipulado=Todos os anos
#6 #5 AND #2 AND #1
Índices=SCI-EXPANDED, SSCI, A&HCI, CPCI-S, CPCI-SSH, ESCI Tempo estipulado=Todos os anos
87
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
De Smet et al., 2007 A composite screening tool for
medication reviews of outpatients: General issues with specific examples
Drugs Aging.; 24(9):733-60
Not a systematic review
Geurts et al., 2012
Medication review andreconciliation with cooperation betweenpharmacist and
general practitioner and the benefitfor the
patient: a systematicreview
Br J Clin Pharmacol.; 74(1):16-33
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Richardson et al, 2014
A comprehensive review of the impact of clinical pharmacy services on patient
outcomes in mental health
Int J Clin Pharm.; 36(2):222-32
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Chinthammit et al., 2012
A cost-effectiveness evaluation of hospital discharge counseling by
pharmacists
J Pharm Pract.; 25(2):201-8
MR was not evaluated
Edgell et al.,1999 A framework for drug utilization
evaluation in depression: Insights from outcomes research
Med Care.; 37 (4 Suppl Lilly):AS67-76
Not a systematic review
Freisinger et al., 2014
A gyógyszeres terápia egyeztetésének gyakorlata Magyarországon-bevezetési
lehetoségek
Orv. Hetil.; 155(35), 1395-405.
Language
Smith e Ferreri, 2016
A model to inform community pharmacy's collaboration in outpatient
care
Res Social Adm Pharm.; 12(3):529-34
Not a systematic review
George et al, 2008 A systematic review of interventions to
improve medication taking in elderly patients prescribed multiple medications
Drugs Aging.; 25(4):307-24.
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
88
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Altowaijri et al., 2013
A systematic review of the clinical and economic effectiveness of clinical
pharmacist intervention in secondary prevention of cardiovascular disease.
J Manag Care Pharm.; 19(5):408-16
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Higgins e Regan, 2004
A systematic review of the effectiveness of interventions to help older people
adhere to medication regimes
Age Ageing.; 33(3):224-9
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Ogedegbe e Schoenthaler, 2006
A systematic review of the effects of home blood pressure monitoring on
medication adherence
J Clin Hypertens (Greenwich); 8(3):174-
80
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Nazar et al., 2015
A systematic review of the role of community pharmacies in improving the
transition from secondary to primary care
Br J Clin Pharmacol; 80(5):936-48
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Entezari-Maleki et al., 2016
A systematic review on comparing 2 common models for management of
warfarin therapy; Pharmacist-led service versus usual medical care
J Clin Pharmacol.; 56(1):24-38
Focused on other pharmaceutical service
Li, 2003
An overview of community pharmacist interventions: Assessing cost-
effectiveness and patients' willingness to pay
Dis Manag Health Outcome; 11(95):95-
110 Not a systematic review
Pickard e Hung, 2006
An update on evidence of clinical pharmacy services' impact on health-
related quality of life
Ann Pharmacother.; 40(9):1623-34.
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
89
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Da Silva et al., 2010
Analysis of research quality regarding pharmaceutical intervention in elderly residents of long-term care facilities: A
systematic review
Am Soc Geriatr; 58 (7): 1404-6
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Spinewine et al., 2013
Approaches for improving continuity of care in medication management: A
systematic review
Int J Qual Health Care.; 25(4):403-17
MR was not led by a pharmacist
Okumura et al., 2014
Assessment of pharmacist-led patient counseling in randomized controlled
trials: a systematic review
Int J Clin Pharm.; 36(5):882-91
MR was not evaluated
Hanlon et al., 2004
Can clinical pharmacy services have a positive impact on drug-related
problems and health outcomes in community-based older adults?
Am J Geriatr Pharmacother.; 2(1):3-
13
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Kaboli et al., 2006 Clinical pharmacists and inpatient medical care: a systematic review
Arch Intern Med.; 166(9):955-64
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Stemer, G. e Lemmens-
Gruber,2011
Clinical pharmacy activities in chronic kidney disease and end-stage renal
disease patients: a systematic literature review
BMC Nephrol.; 12:35 Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Carter e Foppe Van Mil, 2010
Comparative effectiveness research: Evaluating pharmacist interventions and
strategies to improve medication adherence
Am J Hypertens.; 23(9):949-55
Not a systematic review
Sadowski et al., 2010
Contributions of home-based medication reviews in the elderly: A systematic
review
J Am Geriatr Soc; 58: S52-S53
Not a systematic review
90
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Michot et al., 2013 Coopération entre médecins
généralistes et pharmaciens: une revue systématique de la littérature
Sante Publique (Bucur); 25(3):331-41
Language
Evans et al., 2011 Diabetes and cardiovascular disease
interventions by community pharmacists: a systematic review.
Ann Pharmacother; 45(5):615-28
MR was not evaluated
Babinec et al., 2010
Do researchers use pharmacists' communication as an outcome measure? A scoping review of
pharmacist involvement in diabetes care
Int J Pharm Pract.; 18(4):183-93
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Hopkins et al., 1988 Drug Therapy: The Impact of Managed
Care Adv Pharmacol.; 44:1-
32 Not a systematic review
Lau e Dolovich, 2005
Drug-related problems in elderly general practice patients receiving
pharmaceutical care
Int J Pharm Pract.; 13(3):165-77
MR was not evaluated
Chisholm-Burns et al., 2010
Economic effects of pharmacists on health outcomes in the United States: A
systematic review
Am J Health Syst Pharm.; 67(19):1624-
34
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Touchette et al., 2010
Economic evaluations of clinical pharmacy services: 2006-2010.
Am J Health Syst Pharm.; 67(19):1624-
34
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Fahey et al., 2014
Educational and organisational interventions used to improve the
management of hypertension in primary care: a systematic review
Pharmacotherapy. 2014; 34(8):771-93
MR was not evaluated
91
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Matalová, 2014
Efekt revizi farmakoterapie na mortalitu a hospitalizace u klientu domu s pecovatelskou sluzbou: Vysledky
metaanalyzy
lin Farmakol Farm. 2014; 28(4):158-9
Language
Cohen et al., 2005 Effect of clinical pharmacists on care in
the emergency department: a systematic review
Br J Gen Pract.; 55(520): 875–882
MR was not evaluated
Wang et al., 2015
Effect of critical care pharmacist's intervention on medication errors: A
systematic review and meta-analysis of observational studies
J Crit Care.; 30(5):1101-6
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Nkansah et al., 2010 Effect of outpatient pharmacists' non-dispensing roles on patient outcomes
and prescribing patterns
Cochrane Database Syst Rev.;
(7):CD000336
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Van Wijk et al., 2005
Effectiveness of interventions by community pharmacists to improve
patient adherence to chronic medication: a systematic review
Ann Pharmacother.; 39(2):319-28
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Hall et al., 2010 Effectiveness of interventions designed
to promote patient involvement to enhance safety: A systematic review
Qual Saf Health Care.; 19(5):e10
MR was not evaluated
Rubio-Valera et al., 2011
Effectiveness of pharmacist care in the improvement of adherence to
antidepressants: a systematic review and meta-analysis
Ann Pharmacother.; 45(1):39-48
MR was not evaluated
92
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Mekonnen et al., 2016
Effectiveness of pharmacist-led medication reconciliation programmes
on clinical outcomes at hospital transitions: A systematic review and
meta-analysis
BMJ Open; 6(2):e010003
Focused on other pharmaceutical service
Wubben e Vivian, 2008
Effects of pharmacist outpatient interventions on adults with diabetes
mellitus: A systematic review
Pharmacotherapy.; 28(4):421-36
MR was not evaluated
Finley et al., 2003 Evaluating the impact of pharmacists in
mental health: a systematic review Pharmacotherapy.;
23(12):1634-44. Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Zhong et al., 2014
Evaluation of pharmacist care for patients with chronic obstructive
pulmonary disease: a systematic review and meta-analysis
Int J Clin Pharm.; 36(6):1230-40
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Sáez-Benito et al., 2013
Evidence of the clinical effectiveness of cognitive pharmaceutical services for
aged patients
Age Ageing.; 42(4):442-9
Not a systematic review
Topinková et al., 2012
Evidence-based strategies for the optimization of pharmacotherapy in
older people
Drugs Aging.; 29(6):477-94.
Not a systematic review
Andersonet al., 2004
Feedback from community pharmacy users on the contribution of community
pharmacy to improving the public's health: A systematic review of the peer
reviewed and non-peer reviewed literature 1990-2002
Health Expect.; 7(3):191-202
MR was not evaluated
93
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Lee, et al., 2013 Geriatric patient care by U.S.
pharmacists in healthcare teams: Systematic review and meta-analyses
J Am Geriatr Soc.; 61(7):1119-27
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Rigby, 2005 HMRs and heart failure Int J Pharm Pract.;
13(3):165-77 Not a systematic review
Mueller et al., 2012 Hospital-based medication reconciliation
practices: A systematic review Arch Intern Med.; 172(14):1057-69
Focused on other pharmaceutical service
Carter et al., 2003 How pharmacists can assist physicians
with controlling blood pressure J Clin Hypertens
(Greenwich; 5(1):31-7 Not a systematic review
Ensing et al., 2015 Identifying the optimal role for
pharmacists in care transitions: A systematic review
J Manag Care Spec Pharm.; 21(8):614-36.
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Lehnbom et al., 2014
Impact of Medication Reconciliation and Review on Clinical Outcomes
Ann Pharmacother.; 48(10):1298-312.
MR was not led by a pharmacist
Santschi et al., 2011
Impact of pharmacist care in the management of cardiovascular disease
risk factors: a systematic review and meta-analysis of randomized trials
Arch Intern Med.; 171(16):1441-53
MR was not evaluated
Al-Jumah e Qureshi, 2012
Impact of pharmacist interventions on patients' adherence to antidepressants
and patient-reported outcomes: a systematic review
Patient Prefer Adherence.; 6:87-100
MR was not evaluated
Tully e Seston, 2000
Impact of pharmacists providing a prescription review and monitoring
service in ambulatory care or community practice
Ann Pharmacother.; 34(11):1320-31
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
94
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Santschi et al., 2014
Improving blood pressure control through pharmacist interventions: a
meta-analysis of randomized controlled trials
J Am Heart Assoc.; 3:e000718
MR was not evaluated
Kalisch et al., 2010 Improving heart failure outcomes with
pharmacist-physician collaboration: How close are we?
Future Cardiol.; 6(2):255-68
Not a systematic review
Sinnott et al.,
Improving medication management in multimorbidity: development of the
MultimorbiditY COllaborative Medication Review And DEcision Making (MY COMRADE) intervention using the
Behaviour Change Wheel
Implement Sci. 2015 Sep 24;10:132
Not a systematic review
Antoine et al., 2014
Improving the adherence of type 2 diabetes mellitus patients with pharmacy care: a systematic review of randomized
controlled trials
BMC Endocr Disord.;14:53
MR was not evaluated
Walsh et al., 2016
Improving the appropriateness of prescribing in older patients: a
systematic review and meta-analysis of pharmacists' interventions in secondary
care
Age Ageing; 45(2):201-9
MR was not evaluated
Kucukarslan et al., 2011
Integrating medication therapy management in the primary care
medical home: A review of randomized controlled trials
Am J Health Syst Pharm.; 68(4):335-45
Focused on other pharmaceutical service
95
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Frost et al., 2012 Interventions in community settings that prevent or delay disablement in later life:
An overview of the evidence
Qual Ageing.; 13(3):212-30
Not a systematic review
Royal et al., 2006
Interventions in primary care to reduce medication related adverse events and hospital admissions: systematic review
and meta-analysis
Qual Saf Health Care.; 15(1):23-31.
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Sanghera et al., 2006
Interventions of hospital pharmacists in improving drug therapy in children: a
systematic literature review
Drug Saf.; 29(11):1031-47
MR was not evaluated
Kaur et al., 2009 Interventions that can reduce
inappropriate prescribing in the elderly: a systematic review
Drugs Aging.; 26(12):1013-28
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Bayoumi et al., 2009 Interventions to improve medication
reconciliation in primary care Ann Pharmacother. ;
43(10):1667-75 Focused on other pharmaceutical
service
Patterson et al., 2012
Interventions to improve the appropriate use of polypharmacy for older people
Cochrane Database Syst Rev.;
(5):CD008165
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Patterson et al., 2014
Interventions to improve the appropriate use of polypharmacy for older people
Cochrane Database Syst Rev.;
(10):CD008165
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Cooper et al., 2015 Interventions to improve the appropriate use of polypharmacy in older people: A
Cochrane systematic review BMJ Open; 5:e009235
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Lamantia et al., 2010
Interventions to improve transitional care between nursing homes and hospitals: A
systematic review
J Am Geriatr Soc.; 58(4):777-82
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
96
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Manias et al., 2012 Interventions to reduce medication
errors in adult intensive care: A systematic review
Br J Clin Pharmacol. ; 74(3):411-23
MR was not evaluated
Manias et al., 2014 Interventions to reduce medication
errors in pediatric intensive care Ann Pharmacother;
48(10):1313-31. MR was not evaluated
Glynn et al., 2010 Interventions used to improve control of
blood pressure in patients with hypertension
Cochrane Database Syst Rev.
17;(3):CD005182 MR was not evaluated
Krähenbühl et al., 2004
L'analyse de médication: Une réévaluation multidisciplinaire de la
thérapie d'un patient individuel
Med Hyg (Geneve); 62 (2501):2074-9
Language
Thomaes et al., 2015
Medicatiebeoordeling bij ouderen: Identificatie van een nieuwe risicogroep
Ned Tijdschr Geneeskd.;
159(22):A8929 Language
Hodgkinson, 2010 Medication management in older adults:
What a systematic review tells us -
(Book chapter) Not a systematic review
Maidment et al., 2012
Medication management-the missing link in dementia interventions
Int J Geriatr Psychiatry.; 27(5):439-
42 Not a systematic review
Pai et al., 2013
Medication reconciliation and therapy management in dialysis-dependent
patients: Need for a systematic approach
Clin J Am Soc Nephrol.; 8(11):1988-
99 Not a systematic review
Chhabra et al., 2012 Medication reconciliation during the transition to and from long-term care
settings: A systematic review
Res Social Adm Pharm.; 8(1):60-75
Focused on other pharmaceutical service
97
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Kwan et al., 2013 Medication Reconciliation During
Transitions of Care as a Patient Safety Strategy A Systematic Review
Ann Intern Med.; 158(5 Pt 2):397-403
Focused on other pharmaceutical service
Holland e Wright, 2009
Medication review for older adults Geriatr Aging.
;9(3):203-9 Not a systematic review
Banning, 2007 Medication review for the older person Rev Clin Gerontol.
;17(1): 25-32 Not a systematic review
Christensen eLundh, 2013
Medication review in hospitalised patients to reduce morbidity and
mortality
Cochrane Database Syst Rev.;
(2):CD008986.
MR was not led by a pharmacist
Christensen e Lundh, 2016
Medication review in hospitalised patients to reduce morbidity and
mortality
Cochrane Database Syst Rev.;
20:CD008986
MR was not led by a pharmacist
Blenkinsopp et al., 2012
Medication reviews Br J Clin Pharmacol.;
74(4): 573–580. Not a systematic review
Wallerstedt et al., 2014
Medication reviews for nursing home residents to reduce mortality and
hospitalization: systematic review and meta-analysis.
Br J Clin Pharmacol.; 78(3): 488–497
MR was not led by a pharmacist
Viswanathan et al., 2015
Medication therapy management interventions in outpatient settings: A systematic review and meta-analysis
JAMA Intern Med.; 175(1):76-87
Focused on other pharmaceutical service
Ai et al., 2014 Medication therapy management programs: Promises and pitfalls
J Manag Care Spec Pharm.; 20(12):1162-
82
Focused on other pharmaceutical service
Pellegrino et al., Medication therapy management
services: Definitions and outcomes Drugs.; 69(4):393-406 Not a systematic review
Rigby, 2011 MMRs and mental health AJP ;92(193): 32-4 Not a systematic review
98
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Cutrona et al., 2010 Modes of delivery for interventions to improve cardiovascular medication
adherence
Am J Manag Care.; 16(12):929-42
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Leveque et al., 2014 New anticancer agents: Role of clinical
pharmacy services Anticancer Res.;
34(4):1573-8 Not a systematic review
St. Peter et al., 2013
New models of chronic kidney disease care including pharmacists: Improving
medication reconciliation and medication management
Curr Opin Nephrol Hypertens.; 22(6):656-
62 Not a systematic review
Chakraborty et al., 2010
Occurrence, complications and interventions of polypharmacy- A review
Int J Pharm Sci Rev Res.;5(2):115-23
Not a systematic review
Willeboordse et al., 2014
Patient participation in medication reviews is desirable but not evidence-based: a systematic literature review
Br J Clin Pharmacol.; 78(6):1201-16
MR was not led by a pharmacist
Omerza and Pinto, 2013
Patient perceptions of the value of pharmacy-based clinical services: A
systematic review
J Am Pharm Assoc; 53(2):e74
Not a systematic review
Kuntz et al., 2014
Patient-centered interventions to improve medication management and
adherence: A qualitative review of research findings
Patient Educ Couns.; 97(3): 310-26
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Aguiar et al., 2012 Pharmaceutical care in hypertensive
patients: A systematic literature review Res Social Adm
Pharm.; 8(5):383-96 MR was not evaluated
Roughead et al., 2005
Pharmaceutical care services: A systematic review of published studies, 1990 to 2003, examining effectiveness
in improving patient outcomes
Int J Pharm Pract.; 13(1): 53-70
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
99
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Strom e Hennessy, 2002
Pharmacist care and clinical outcomes for patients with reactive airways
disease JAMA.; 288(13):1642-3 Not a systematic review
Cai et al., 2013 Pharmacist care and the management of coronary heart disease: a systematic review of randomized controlled trials
BMC Health Serv Res; 13:461
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Morgado et al., 2011
Pharmacist interventions to enhance blood pressure control and adherence to
antihypertensive therapy: Review and meta-analysis
Am J Health Syst Pharm.; 68(3):241-53
MR was not evaluated
Santschi et al., 2012
Pharmacist interventions to improve cardiovascular disease risk factors in
diabetes: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials
Diabetes Care.; 35(12):2706-17
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Tan et al., 2014 Pharmacist services provided in general practice clinics: a systematic review and
meta-analysis
Res Social Adm Pharm.; 10(4):608-22
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Kang et al., 2016
Pharmacist-involved care for patients with heart failure and acute coronary syndrome: A systematic review with
qualitative and quantitative meta-analysis
J Clin Pharm Ther. ; 41(2):145-57
MR was not evaluated
Greer et al., 2016
Pharmacist-led Chronic Disease Management: A Systematic Review of Effectiveness and Harms Compared
With Usual Care
Ann Intern Med.; [e-pub]
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
100
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Thomas et al., 2014
Pharmacist-led interventions to reduce unplanned admissions for older people: A systematic review and meta-analysis
of randomised controlled trials
Age Ageing.; 43(2):174-87
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Desborough e Twigg,2014
Pharmacist-led medication reviews in primary care
Scand J Prim Health Care.; 32(4): 180–186
Not a systematic review
Verrue et al., 2009 Pharmacists' interventions for
optimization of medication use in nursing homes: a systematic review
Drugs Aging.; 26(1):37-49
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Salgado et al., 2012 Pharmacists' interventions in the
management of patients with chronic kidney disease: A systematic review
Nephrol Dial Transplant.; 27(1):276-
92
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Ponniah et al., 2007 Pharmacists' role in the post-discharge
management of patients with heart failure: A literature review
J Clin Pharm Ther.; 32(4):343-52
MR was not evaluated
Mekonnen et al., 2016
Pharmacy-led medication reconciliation programmes at hospital transitions: A systematic review and meta-analysis
J Clin Pharm Ther.; 41(2):128-44
Focused on other pharmaceutical service
Fish et al., 2002 Practice-based pharmaceutical services:
A systematic review Int J Pharm Pract.;
10(4): 225-33 Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Rollason e Vogt, 2003
Reduction of polypharmacy in the elderly: a systematic review of the role
of the pharmacist
Drugs Aging.; 20(11):817-32
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Oladapo e Rascati, 2012
Review of survey articles regarding medication therapy management (MTM) services/programs in the United States
J Pharm Pract.;25(4):457-70
Focused on other pharmaceutical service
De Toledo, 2012 La revisión de medicación a examen Pharm Care Esp.;
14(1):33-2 Not a systematic review
101
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
St. Peter et al., 2011
Role of collaborative care models including pharmacists in improving blood pressure management in chronic kidney
disease patients
Curr Opin Nephrol Hypertens.; 20(5):498-
503 Not a systematic review
Machado et al., 2007
Sensitivity of patient outcomes to pharmacist interventions. Part II:
Systematic review and meta-analysis in hypertension management
Ann Pharmacother.; 41(11):1770-81
MR was not evaluated
Machado et al., 2008
Sensitivity of patient outcomes to pharmacist interventions. Part III:
systematic review and meta-analysis in hyperlipidemia management
Ann Pharmacother.; 42(9):1195-207
MR was not evaluated
Machado et al., 2007
Sensitivity of patient outcomes to pharmacist interventions. Part I:
systematic review and meta-analysis in diabetes management
Ann Pharmacother.; 41(10):1569-82
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Bečan e Kos, 2012 Sistematični pregled raziskav
vrednotenja korist klinične farmacije in farmacevtske skrbi: diplomska naloga
Farm Vestn.; 63(4):225-31.
Language
Martín-Calero et al., 2004
Structural process and implementation programs of pharmaceutical care in
different countries
Curr Pharm Des.; 10(31):3969-85
Not a systematic review
Hadi et al., 2014 Systematic review of pharmacist-led
medication review in chronic pain management: Preliminary findings
Clin J Pain.; 30(11):1006-14
Not a systematic review
102
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Silva-Castro et al., 2010
Systematic review of the implementation and evaluation of Pharmaceutical Care in hospitalised patients(Pharmaceutical
Care implementation in hospitalised patients.Systematic review)
Farm Hosp.; 34(3):106-24
Focused on other pharmaceutical service
Luque et al., 2014 Revisión sistemática de los estudios
españoles sobre atención farmacéutica comunitaria en hipertensión arterial
Pharm Care Esp.; 16(5): 193-202
MR was not evaluated
Pande et al., 2013
The effect of pharmacist-provided non-dispensing services on patient outcomes
, health service utilisation and costs in low- and middle-income countries
Cochrane Database Syst Rev.
28;(2):CD010398 MR was not evaluated
Cameli et al., 2013
The effectiveness of medication reconciliation strategies to reduce
medication errors in community dwelling older adults: A systematic review
JBI Database System Rev Implement Rep; 11(7): 1-57
Focused on other pharmaceutical service
Adunlin e Mahdavian, 2012
The Effectiveness of Pharmacist Interventions on Asthma Management:
A Systematic Review
J Asthma Allergy Educ; 3(6): 264-73
MR was not evaluated
Cheema et al., 2014
The impact of interventions by pharmacists in community pharmacies
on control of hypertension: a systematic review and meta-analysis of randomized
controlled trials
Br J Clin Pharmacol; 78(6):1238-47
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Meid et al., 2015
The impact of pharmaceutical care interventions for medication underuse in older people: a systematic review and
meta-analysis
Br J Clin Pharmacol.; 80(4):768-76
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
103
S2 Table – List of excluded studies and reasons for exclusion (continued)
Abbreviation: MR – Medication Review.
Authors, year Title Reference Reason for exclusion
Aljumah e Donyai,
The impact of pharmacist intervention on patients' adherence to
antidepressant medication and patient-reported outcomes
Patient Prefer Adherence.; 6:87-100
Not a systematic review
Smith, 2009 The quality of private pharmacy services
in low and middle-income countries: a systematic review
Pharm World Sci.; 31(3):351-61.
MR was not evaluated
Spinewine et al., 2012
The role of the pharmacist in optimizing pharmacotherapy in older people
Drugs Aging.; 29(6):495-510
Not a systematic review
Dent et al., 2007 Tobacco interventions delivered by
pharmacists: a summary and systematic review
Pharmacotherapy.; 27(7):1040-51
MR was not evaluated
Vedel e Khanassov, 2015
Transitional care for patients with congestive heart failure: A systematic
review and meta-analysis
Ann Fam Med.; 13(6):562-71
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Chisholm-Burns et al., 2010
US pharmacists' effect as team members on patient care: systematic
review and meta-analyses
Med Care.; 48(10):923-33
Results did not separate MR from other pharmaceutical services / interventions
Richelsen et al., 2014
Usikker evidens for effekt af medicingennemgang hos
hospitaliserede ældre patienter-en gennemgang af et Cochranereview
Ugeskr. Laeg..; 176(3):248-250
Language
Jenkins, 2013 Will medicines use reviews improve
patients' use and knowledge of drugs? BMC Fam Pract.; 14:
57 Full-text not available
105
4.2 CAPÍTULO 2: DESENVOLVIMENTO DE INDICADORES DE QUALIDADE
PARA SERVIÇOS DE REVISÃO DA FARMACOTERAPIA
Rafaella de Oliveira Santos Silva [1], Luana Andrade Macêdo [2], Genival Araújo
dos Santos-Júnior [3], Patrícia Melo Aguiar [4], Tatiane Cristina Marques [5],
Divaldo Pereira de Lyra Júnior [6]
[1] Rafaella de Oliveira Santos Silva
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de
Farmácia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil.
Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim Rosa Elze,
São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil.
E-mail: [email protected]
[2] Luana Andrade Macêdo
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de
Farmácia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil.
Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim Rosa Elze,
São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil.
E-mail: [email protected]
[3] Genival Araújo dos Santos Júnior
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de
Farmácia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil.
Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim Rosa Elze,
São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil.
E-mail: [email protected]
106
[4] Patrícia Melo Aguiar
Departamento de Farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade
de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Endereço: Av. Prof. Lineu Prestes, 580, Conjunto das Químicas, Bloco 13, Cidade
Universitária Butantã, São Paulo, São Paulo, Brasil.
E-mail: [email protected]
[5] Tatiane Cristina Marques
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de
Farmácia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil.
Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim Rosa Elze,
São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil.
E-mail: [email protected]
[6] Divaldo Pereira de Lyra Júnior
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de
Farmácia, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE, Brasil.
Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim Rosa Elze,
São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil.
E-mail: [email protected] / [email protected]
Autor correspondente: DP Lyra Jr. Laboratório de Ensino e Pesquisa em
Farmácia Social (LEPFS), Departamento de Farmácia, Universidade Federal de
Sergipe. Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim
Rosa Elze, São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil. Telefone/Fax:
+557921056319.E-mail: [email protected].
107
RESUMO
Introdução. Indicadores de qualidade são importantes para farmacêuticos e
gestores no planejamento, tomada de decisão, aprimoramento de processos e
melhora dos resultados de serviços de Revisão da Farmacoterapia (RF).
Entretanto, são escassos estudos de RF com foco em indicadores ou avalição da
qualidade. Objetivo. Desenvolver indicadores de qualidade para serviços de
Revisão da Farmacoterapia. Metodologia. Foi realizado um estudo de
desenvolvimento metodológico em duas etapas. Na primeira etapa foram
identificadas variáveis utilizadas para avaliar a RF com potencial de constituir
indicadores de qualidade por meio de uma overview de revisões sistemáticas
previamente realizada. Para cada variável foi extraída a denominação, descrição,
forma de apresentação, instrumento utilizado, evidência da relação com outra
variável (p≤0,05) e impacto da RF sobre a variável (meta-análise com p≤0,05). Na
segunda etapa, as variáveis extraídas foram categorizadas de acordo com o
modelo estrutura, processos e resultado proposto por Donabedian. Em seguida,
um painel de especialistas desenvolveu denominação, descrição e método de
cálculo para indicadores de qualidade para serviços de RF. Por fim, os
indicadores foram classificados por uma avaliadora-sênior quanto à abordagem,
fonte e pré-especificação. Resultados. Na primeira etapa foram identificadas 273
variáveis a partir de 11 revisões. Destas, nenhuma tinha foco em indicador ou
avaliação da qualidade. Na segunda etapa, o painel de especialistas desenvolveu
71 indicadores dos quais quatro foram de estrutura, 45 de processos e 22 de
resultados. Ademais, a maioria foi classificada como explícito (55 indicadores),
empírico (71 indicadores) e quantitativo (61 indicadores). Das 11 revisões
sistemáticas, seis apresentaram pelo menos um instrumento utilizado pelos
estudos primários para medir oito indicadores. Apenas duas revisões sistemáticas
apresentaram testes estatísticos para relacionar indicadores. Em ambos os casos,
houve associação significativa. Para oito indicadores de qualidade foi realizada
meta-análise. Destes, houve resultado significativo da RF para estado de saúde
especifico e satisfação do paciente. Conclusão. Um conjunto de indicadores de
qualidade para serviços de RF foi desenvolvido a partir de evidências da literatura
108
e consenso de especialistas. A literatura dá pouca ênfase ao eixo estrutura em
detrimento dos eixos processos e resultados na avaliação da qualidade da RF.
Estes fatos podem ser consequências de fatores como transição da profissão
farmacêutica; ideia de que o eixo processos é o mais adequado para avaliação e
melhora na qualidade; e, a validade raramente questionada do eixo resultado.
Neste contexto, os indicadores desenvolvidos devem ser utilizados para
implantação, monitorização, avaliação e aprimoramento da qualidade da RF com
a finalidade de alcançar a prestação de serviço com impacto positivo na saúde
dos paciente.
Palavras-chave: Revisão da Farmacoterapia; Pesquisa de implementação em
serviços de saúde; Indicador de qualidade; Garantia da Qualidade; Painel de
especialistas.
109
INTRODUÇÃO
A Revisão da Farmacoterapia (RF) é definida como avaliação crítica e
estruturada dos medicamentos do paciente com o objetivo de alcançar comum
acordo sobre sua farmacoterapia, otimizando o tratamento, diminuindo os
problemas farmacoterapêuticos e os gastos dos sistemas de saúde [1,2]. Na
última década, vários estudos relatam resultados positivos desse serviço clínico
farmacêutico no controle de morbidades, melhora da adesão, otimização da
farmacoterapia e qualidade de vida dos pacientes, bem como economia de
recursos financeiros [3-8]. Nesse contexto, a avaliação da qualidade é essencial
para melhorar sistematicamente o desempenho dos serviços de RF e garantir a
qualidade do cuidado prestado [9, 10].
A avaliação da qualidade de serviços em saúde, como a RF, é parte
fundamental no planejamento e na gestão em saúde. Este processo possibilita a
reordenação das práticas assistenciais, de forma a contemplar as necessidades
dos usuários com maior racionalidade no uso dos recursos disponíveis [11-15]. A
monitorização contínua dos serviços apresenta efeito benéfico a fim de manter um
alto nível de qualidade e aprimorar as práticas assistenciais [16]. Para tanto, é
necessário estabelecer métodos de avaliação que, segundo Donabedian (1988)
[17], poderiam ser divididos em três eixos construídos com base na teoria de
sistemas: estrutura, processos e resultados. Este modelo tornou-se o principal
pilar em programas de avaliação da qualidade inclusive em serviços clínicos
farmacêuticos [15, 18, 19, 20].
O ciclo pela busca da qualidade é um processo sistêmico e contínuo nos
cuidados em saúde que inclui a avaliação da qualidade, identificação de
problemas ou deficiências, projeção de atividades para superar as deficiências e
monitorização das medidas corretivas [21]. Este processo pode ser realizado por
meio de indicadores de qualidade os quais demonstram a farmacêuticos e
gestores a evolução dos parâmetros ao longo do tempo, permitem comparação
com referenciais internos e externos e identificam se processos e resultados
organizacionais atendem às necessidades e expectativas dos usuários [9, 13, 22,
23, 24]. Na Holanda, por exemplo, o uso de indicadores em farmácias
110
comunitárias proporcionou a melhora da assistência farmacêutica e visão ampla
sobre a qualidade dos cuidados prestados em todo país, respectivamente, aos
pacientes e gestores [25].
Frente o exposto, indicadores de qualidade são importantes no
planejamento e na tomada de decisão dos gestores e farmacêuticos dos serviços
de RF para o aprimoramento de processos e melhora dos resultados da
assistência. Entretanto, estudos sobre RF com foco em indicadores ou avaliação
da qualidade são escassos [19, 26, 27]. Assim, o presente estudo tem como
objetivo desenvolver indicadores de qualidade para serviços de Revisão da
Farmacoterapia com a finalidade de alcançar a prestação de serviços com
impacto positivo na saúde de pacientes, família e comunidade.
MÉTODO
Foi realizado um estudo de desenvolvimento metodológico que
compreendeu duas etapas subsequentes. Na primeira etapa, foram identificadas
variáveis utilizadas para avaliar a RF com potencial de constituir indicadores de
qualidade para serviços de RF por meio de uma overview de revisões
sistemáticas. Na segunda etapa, as variáveis identificadas foram categorizadas
em estrutura, processos e resultados; elegidas as variáveis que poderiam dar
subsídio ao desenvolvimento de indicadores de qualidade; e, por fim,
desenvolvidos os indicadores de qualidade para serviços de RF.
1a Etapa – Identificação de variáveis potenciais para desenvolvimento de
indicadores de qualidade para Revisão da Farmacoterapia
Variáveis utilizadas para avaliar a RF com potencial de constituir
indicadores de qualidade para estes serviços foram identificadas a partir de uma
overview de revisões sistemáticas previamente realizada sobre a RF conduzida
por farmacêuticos em diferentes cenários de prática. As bases de dados Embase,
LILACS, PubMed, Scopus, The Cochrane Library e Web of Science foram
pesquisadas até maio de 2016. Na busca foram utilizados termos Medical Subject
111
Headings (MESH) e palavras textos para “farmacêutico”, “Revisão da
Farmacoterapia” e “revisão sistemática”. As revisões poderiam ter foco em RF ou
incluir diferentes serviços/intervenções farmacêuticos além da RF, mas deveriam
apresentar os resultados separados por tipo de serviço/intervenção.
Para a identificação das variáveis foi adotado o seguinte conceito para
indicadores de qualidade: “elemento mensurável de desempenho da prática, para
o qual existe evidência ou consenso, de que pode ser usado para avaliar a
qualidade e, portanto, modificar a qualidade dos cuidados prestados” [28]. As
variáveis foram extraídas considerando as seguintes características:
denominação (elemento principal), descrição, forma de apresentação e
instrumento utilizado para medir a variável bem como evidência da relação entre
variáveis (utilizando teste estatístico e apresentando p≤0,05) e do impacto da RF
sobre a variável (por meio de meta-análise apresentando p≤0,05). A extração das
variáveis foi realizada por dois avaliadores de forma independente (R.O.S.S. e
L.A.M.) e discrepâncias resolvidas por consenso.
2a Etapa – Desenvolvimento de indicadores de qualidade para Revisão da
Farmacoterapia
A fase inicial do desenvolvimento dos indicadores de qualidade para
serviços de RF envolveu a categorização das variáveis identificadas a partir da
overview em estrutura, processos e resultados segundo o referencial de
Donabedian (1988) [17]. De acordo com o referido autor, esses três domínios são
essenciais para a avaliação da qualidade. O eixo estrutura compreende os fatores
organizacionais do sistema de saúde onde o serviço é prestado, portanto inclui
recursos físicos (instalações e equipamentos), humanos (número e qualificação
do pessoal) e estrutura organizacional (organização, métodos de avaliação e
modalidades de reembolso). Os processos, por sua vez, são definidos como as
interações e procedimentos envolvendo profissionais de saúde e pacientes. Por
fim, os resultados são as consequências do cuidado que envolve a alteração no
estado de saúde dos pacientes.
112
A categorização foi realizada por dois avaliadores de forma independente
(R.O.S.S. e G.A.S.J.) Posteriormente, uma avaliadora sênior (P.M.A) julgou as
discrepâncias entre os avaliadores, propôs alterações nas categorias e excluiu
variáveis. No segundo momento foi formado um painel composto por cinco
especialistas com experiência em ensino, pesquisa e/ou extensão em serviços
clínicos farmacêuticos com o objetivo de eleger as variáveis que poderiam dar
subsídio ao desenvolvimento de indicadores de qualidade; avaliar quais variáveis
categorizadas (estrutura, processos ou resultados) poderiam ser reunidas para
desenvolver os indicadores; sugerir denominação, descrição e método de cálculo
para os indicadores desenvolvidos; e, sugerir mudança de categoria, divisão e/ou
exclusão da variável, caso julgassem necessário.
O painel de especialistas teve acesso a todas as revisões sistemáticas
incluídas na overview bem como a planilha original com a extração das variáveis.
Os materiais foram enviados por e-mail e foi solicitado que os especialistas
realizassem as análises de forma independente. Posteriormente, foram realizadas
sete reuniões presenciais nas quais os especialistas apresentaram suas
propostas e desenvolveram coletivamente os indicadores de qualidade. A
mudança de categoria, divisão e exclusão das variáveis ocorreram se houvesse
concordância de todos os especialistas.
Todas as atividades realizadas pelo painel foram embasadas no conceito
de indicador de qualidade [28] e nos atributos para um ideal indicador [29, 30].
São estes atributos: i) ter definições claras e descritas; ii) ser detalhado; iii) ser
identificável por pacientes e organizações; iv) permitir comparações; v) refletir
uma dimensão importante do desempenho; vi) ser mensurável em termos
quantitativos ou qualitativos de acordo com dados disponíveis e de qualidade; e,
vii) ser confiável ao longo do tempo e com diferentes observadores.
Por fim, a avaliadora sênior (P.M.A) revisou as denominações, descrições e
métodos de cálculo dos indicadores desenvolvidos e classificou os mesmos de
acordo com os seguintes critérios de Donabedian (1989) [31]: i) abordagem, em
quantitativos (expressos numericamente) ou qualitativos (expressos com ‘sim’ ou
‘não’); ii) fonte, em normativos (baseados em fontes autorizadas) ou empíricos
(fundamentados na prática); e, iii) pré-especificação, em explícitos (pré-
113
determinados, apresentando menos variabilidade interpessoal) ou implícitos
(baseados no julgamento do profissional que os aplica).
Análise estatística
O índice Kappa de Cohen foi utilizado para avaliar a concordância entre os
avaliadores (R.O.S.S e G.A.S.J.) na classificação das variáveis em estrutura,
processos e resultados (Donabedian, 1988). O grau de concordância foi
estratificado em: k<0,10, nenhum acordo; k<0,40, concordância fraca; 0,40 <k<
0,75, concordância boa; k>0,75, concordância excelente [32].
RESULTADOS
1a Etapa – Identificação de variáveis potenciais para desenvolvimento de
indicadores de qualidade para Revisão da Farmacoterapia
O estudo prévio incluiu onze revisões sistemáticas seguidas ou não de
metanálise [33-43]. A partir destas revisões foram identificadas 273 variáveis
utilizadas para avaliar a RF com potencial de constituir indicadores de qualidade
para estes serviços. O número mínimo e máximo de variáveis extraídas por
revisão foi, respectivamente, 11 e 50 [35, 38].
2a Etapa – Desenvolvimento de indicadores de qualidade para RF
As 273 variáveis foram classificadas em estrutura, processos e resultados
e, após revisão da avaliadora sênior, duas variáveis foram excluídas. Dentre as
271 variáveis restantes, 20 foram classificadas como estrutura, 151 processos e
100 resultados.
Na etapa seguinte, o painel de especialistas sugeriu a mudança na
categoria de duas variáveis (de estrutura para processos), divisão de dez (sete de
processos e três de resultados) e exclusão de 34 variáveis (uma de estrutura e 33
de processos). Após realizar estas alterações, o painel desenvolveu quatro
114
indicadores de estrutura, 45 de processos e 22 de resultados. O fluxograma das
etapas do desenvolvimento de indicadores de qualidade para serviços de RF está
descrito na Figura 1.
Extração das variáveis a partir das Revisões Sistemáticas
273 variáveis
Classificação das variáveis (modelo SPO)
Revisão pela avaliadora sênior
20 estrutura
151 processos
100 resultado
Grupo Nominal com o Painel de Especialista
4 estrutura
45 processos
22 resultado
Figura 1. Fluxograma das etapas do desenvolvimento de indicadores de
qualidade para serviços de Revisão da Farmacoterapia
2 variáveis excluídas [variável não atende aos conceitos adotados para
indicador de qualidade e atributos para um bom indicador; falta de
informações sobre a variável para o desenvolvimento do indicador
segundo atributos para um bom indicador]
2 variáveis mudaram de categoria → de estrutura para processos
1 variável dividida em 2 (7 vezes)→ 14 novas variáveis 1 variável divididas em 3 (3 vezes) → 9 novas variáveis
34 variáveis excluídas [variável não atende aos conceitos adotados para indicador de qualidade e atributos para um
bom indicador; falta de informações sobre a variável para o desenvolvimento do indicador segundo atributos para um bom
indicador] ↓
250 variáveis ↓
25 variáveis não agrupadas → 25 novos indicadores
2 variáveis agrupadas 14 vezes → 14 novos indicadores
3 variáveis agrupadas 8 vezes → 8 novos indicadores
4 variáveis agrupadas 10 vezes → 10 novos indicadores
5 variáveis agrupadas 3 vezes → 3 novos indicadores
6 variáveis agrupadas 3 vezes → 3 novos indicadores
7 variáveis agrupadas 1 vez → 1 novo indicador
8 variáveis agrupadas 2 vezes → 2 novos indicadores
10 variáveis agrupadas 2 vezes → 2 novos indicadores 15 variáveis agrupadas 1 vez – 1 novo indicador 18 variáveis agrupadas 1 vez – 1 novo indicador 24 variáveis agrupadas 1 vez – 1 novo indicador
28 variáveis com classificações divergentes
115
Os 71 indicadores foram classificados de acordo com os critérios de
Donabedian (1989) [31] pela avaliadora sênior (P.M.A). Destes, a maioria foi
classificado como explícito (55 indicadores), empírico (71 indicadores) e
quantitativo (61 indicadores), respectivamente quanto à pré-especificação, fonte e
abordagem. Dos 71 indicadores, cinco indicadores foram classificados ao mesmo
tempo como explícitos e implícitos.
Instrumentos de avaliação, relação entre dois ou mais indicadores e
evidência do impacto da RF sobre o indicador
No estudo prévio, seis revisões sistemáticas apresentaram pelo menos um
instrumento utilizado pelos estudos primários para medir oito indicadores (quatro
de processos e quatro de resultados) [37-43]. Foram utilizados para avaliação
instrumentos gerais, instrumentos específicos (para condições clínicas e/ou tipos
de pacientes específicos), documentos oficiais (guidelines, manuais, diretrizes e
padrões de prática) e outros tipos (instrumentos não validados como escalas
numéricas, questionários com perguntas dicotômicas ou escala Likert).
Os instrumentos mais frequentes foram: Medication Appropriateness Index
(MAI) em quatro revisões sistemáticas para avaliar a apropriação da
farmacoterapia [37-39, 42], EuroQoL EQ-5D (EuroQoL) em duas revisões para
avaliar qualidade de vida [41, 43], Short Form-36 (SF-36) em duas para qualidade
de vida e estado de saúde específico (funcionamento físico por meio da sub-
escala) [39, 40] e Western Ontario and McMaster University Osteoarthritis Index
(WOMAC) em uma revisão para avaliar estado de saúde específico (intensidade
da dor e funcionamento físico por meio de sub-escala) e qualidade de vida [39].
Apenas duas revisões sistemáticas apresentaram testes estatísticos para
relacionar dois ou mais indicadores desenvolvidos [40, 43]. Na revisão de Kwint et
al., (2013) [40] foi verificada relação entre as taxas de implementação das
intervenções farmacêuticas e oito elementos-chaves para a RF. São estes
elementos: (1) capacitação de farmacêuticos, (2) farmacêutico do estudo ser o
farmacêutico regular do paciente, (3) acesso a prontuários médicos, (4)
comunicação face-a-face com o paciente, (5) encaminhamento para o SRF, (6)
116
reuniões multidisciplinares para discutir a RF, (7) plano de ação e (8) seguimento.
A associação entre o número de elementos-chave e a taxa de implementação das
intervenções farmacêuticas foi positiva. O aumento do número de elementos-
chave foi relacionado com o aumento da taxa de implementação apresentando β=
0,085 (IC 95% 0,052-0,128, p <0,0001). Destes elementos, somente a variável
referente ao elemento dois não foi utilizada para o desenvolvimento de indicador
sendo excluída pelo painel de especialistas. Na revisão de Jokanovic et al. (2016)
[43] um estudo primário verificou a relação entre custo-efetividade e capacitação
do farmacêutico. Neste estudo, a análise de 60 serviços de RF demonstrou que
os farmacêuticos dos serviços mais custo-efetivos tiveram mais horas de
educação continuada no ano anterior ao estudo quando comparado aos
farmacêuticos dos serviços menos custo-efetivos (99 vs 50 h, p< 0.006).
No estudo prévio, cinco revisões realizaram meta-análise [34, 36, 39, 41,
42]. Destas, quatro incluíram somente estudos de RF e foram incluídas na análise
deste estudo [34, 39, 41, 42]. Assim, foi realizada meta-análise para oito
indicadores de qualidade desenvolvidos, dos quais todos eram de resultados.
As meta-análises apresentaram resultado significativo (p<0,05) da RF em
dois indicadores: estado de saúde especifico referente a função física [39],
intensidade da dor [39], lipoproteína de baixa densidade (LDL) [41], pressão
arterial [43]; e satisfação do paciente [39]. Para os indicadores, mortalidade [34,
41, 42], readmissão hospitalar [42], revisitas a departamentos de emergência [42]
e tempo de internação hospitalar [42], as meta-análises não apresentaram
resultados significativos (p>0.05).
Para o indicador taxa de hospitalização, o estudo de Holland et al., (2008)
[33] não observaram resultado significativo (p>0,05). Hatah et al. (2014) [41]
encontraram resultados divergentes para a análise realizada para todos os tipos
de RF e por sub-grupos. Na análise geral (incluindo todos os tipos de RF) não foi
encontrada evidência do impacto da RF (p>0,05). Entretanto, quando a análise foi
realizada por sub-grupo, o tipo de RF “Clinical Medication Review” demostrou
impacto positivo sobre a hospitalização (p<0,05).
Nas tabelas 1, 2 e 3 estão apresentados, respectivamente, os indicadores de
estrutura, processos e resultado desenvolvidos ao lado das suas denominações,
118
Tabela 1. Indicadores de estrutura para Serviços de Revisão da Farmacoterapia
Abreviações: N-Não; S- Sim; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Acesso a
prontuários
médicos
O farmacêutico do SRF tem acesso
completo e em tempo real aos prontuários
médicos do paciente (incluindo notas
clínicas, notas/resumos de alta hospitalar,
dados sobre doenças e parâmetros
clínicos)
S/N Empírico, explícito,
qualitativo [34, 40, 41, 43]
Número de
farmacêuticos
Média do número de farmacêuticos do
SRF por paciente do SRF em
determinado período de tempo
Número de farmacêuticos do SRF /
número total de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [34, 40, 42]
Capacitação de
farmacêuticos
Proporção de farmacêuticos do SRF que
são treinados, acreditados, com pós-
graduação ou experiência clínica em
serviços clínicos farmacêuticos em
determinado período de tempo
(Número de farmacêuticos
capacitados / número total de
farmacêuticos em determinado
período de tempo) x 100
Empírico, explícito,
quantitativo [35, 39, 40, 42, 43]
Remuneração
Há um sistema de remuneração para o
SRF (farmacêuticos são remunerados
pelo paciente ou governo ou SRF é
financiado pelo país, agências
governamentais, universidades ou
agências de saúde)
S/N Empírico, explícito,
qualitativo [35, 41, 43]
119
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Adesão
Avaliação da adesão à
farmacoterapia dos pacientes
atendidos pelo SRF em determinado
período de tempo. Contagem de
comprimidos, escalas, instrumentos
ou registro de retirada de
medicamentos na farmácia poderão
ser usados para a medida
Contagem de comprimidos:
Número de comprimidos usados
em determinado período de tempo
/ número total de comprimidos
recebidos que deveria ter sido
utilizado nesse intervalo de tempo
Empírico,
explícito/implícito
(depende do método
de avaliação),
quantitativo
[33, 34, 41, 43]
Escala: resposta mais frequente
em determinado período de tempo
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos
pacientes do SRF / número total
de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Registro de retirada de
medicamentos na farmácia:
Intervalo real da retirada de
medicamentos (em dias) x 100 /
intervalo estimado, segundo
prescrição, da retirada de
medicamentos (em dias)
Apropriação da
farmacoterapia
Avaliação da apropriação da
farmacoterapia dos pacientes do
SRF em determinado período de
tempo por meio de instrumentos
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos
pacientes do SRF / número total
de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [38, 40, 42]
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 120
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Proporção de pacientes atendidos
pelo SRF em que há apropriação da
farmacoterapia em um período
específico
(Número de pacientes do SRF em
que há apropriação da
farmacoterapia / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo) x 100
Conciliação de
medicamentos
O farmacêutico realiza a conciliação
de medicamentos dos pacientes
atendidos pelo SRF (no início dos
atendimentos e/ou em situações de
transição de cuidado)
S/N Empírico, explícito,
qualitativo [38]
Confiança nos
medicamentos
Avaliação da confiança nos seus
medicamentos entre pacientes
atendidos pelo SRF em determinado
período de tempo. Escalas ou
instrumentos poderão ser usados
para a medida
Escala: resposta mais frequente
em determinado período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [43]
Depende do instrumento/escala*
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos
pacientes do SRF / número total
de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Conhecimento sobre
medicamentos
Avaliação do conhecimento sobre
seus medicamentos entre os
pacientes atendidos pelo SRF em
determinado período de tempo.
Escalas ou instrumentos poderão ser
usados para a medida
Escala: resposta mais frequente
em determinado período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [40, 43]
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos
pacientes do SRF / número total
de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 121
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Contato com profissionais
de saúde
Média do número de contatos do
farmacêutico do SRF com outros
profissionais da saúde (tais como
carta, telefone, face-a-face, etc) por
paciente do SRF por paciente em
determinado período de tempo
Somatório do número de contatos
do farmacêutico do SRF com
outros profissionais da saúde /
número total de pacientes do SRF
em determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [34, 38. 42]
Comunicação face-a-face
O atendimento farmacêutico no SRF
é realizado face-a-face com o
paciente
S/N Empírico, explícito,
qualitativo [40, 42]
Discrepâncias na história
de uso dos medicamentos
Média de discrepâncias na história
de uso dos medicamentos entre os
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Somatório do número de
discrepâncias na história de uso
dos medicamentos / número total
de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [38]
Encaminhamento para o
SRF
Proporção de pacientes do SRF
encaminhados por profissionais de
saúde em determinado período de
tempo
(Número de pacientes do SRF
encaminhados por profissionais de
saúde / número total de pacientes
do SRF em determinado período
de tempo) x 100
Empírico, explícito,
quantitativo [35, 40, 43]
Erros de medicação
Média dos erros de medicação entre
os pacientes do SRF em
determinado período de tempo (tais
como, erros, omissões, problemas na
prescrição, etc)
Somatório do número de erros de
medicação / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [38]
Evento adverso
relacionado a
medicamentos
Média dos eventos adversos
relacionados a medicamentos entre
os pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Somatório do número de eventos
adversos relacionados a
medicamentos / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Empírico,
explícito/implícito
(depende do evento
adverso), quantitativo
[36, 39, 43]
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 122
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Historia do uso de
medicamentos
O farmacêutico obtém a história de
uso dos medicamentos dos pacientes
do SRF
S/N Empírico, explícito,
quantitativo [38]
Integração do
farmacêutico na equipe
multidisciplinar
Avaliação da capacidade da
integração do farmacêutico na equipe
multidisciplinar em determinado
período de tempo. Escalas ou
instrumentos poderão ser usados
para a medida
Escala: resposta mais frequente
em determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [42]
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore / número
total de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Intervenções
farmacêuticas aceitas
Proporção de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s) do
SRF aceitas (por profissionais da
saúde e pacientes) em determinado
período de tempo
(Número de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s)
do SRF aceitas pelos médicos /
número total de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s)
do SRF em determinado período
de tempo) x 100
Empírico, explícito,
quantitativo [34, 38, 39, 42, 43]
Intervenções com
mudança na
farmacoterapia
Proporção de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s) do
SRF com mudança na
farmacoterapia em determinado
período de tempo
(Número intervenções realizadas
pelo(s) farmacêutico(s) do SRF
com mudança na farmacoterapia /
número total de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s)
do SRF em determinado período
de tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [38]
Média de intervenções realizadas
pelo(s) farmacêutico(s) do SRF com
mudança na farmacoterapia
determinado por pacientes do SRF
período de tempo
Somatório do número de
intervenções realizadas pelo(s)
farmacêutico(s) do SRF com
mudança na farmacoterapia /
número total de pacientes do SRF
em determinado período de tempo
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 123
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Intervenções
farmacêuticas
Média do número de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s) do
SRF por pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Somatório do número de
intervenções realizadas pelo(s)
farmacêutico (s) do SRF / número
total de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [38, 39, 40, 43]
Intervenções
implementadas
Proporção de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s) do
SRF implementadas por profissionais
da saúde em determinado período de
tempo. A implementação é definida
como intervenções total ou
parcialmente implementadas. A
implementação parcial das
intervenções significa que uma ação
diferente da proposta originalmente
pelo farmacêutico foi implementada.
(Número de ntervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico (s)
do SRF implementadas pelos
médicos / número total de
intervenções realizadas pelo(s)
farmacêutico(s) do SRF em
determinado período de tempo) x
100
Empírico, explícito,
quantitativo [38, 40, 43]
Intervenções rejeitadas
Proporção de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s) do
SRF rejeitadas pelos médicos em
determinado período de tempo
(Número de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s)
do SRF rejeitadas pelos médicos /
número total de intervenções
realizadas pelo(s) farmacêutico(s)
do SRF em determinado período
de tempo) x 100
Empírico, explícito,
quantitativo [38]
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 124
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Intervenções relacionadas
a medicamentos
Proporção de intervenções
relacionadas a medicamentos
realizadas pelo(s) farmacêutico(s) do
SRF em determinado período de
tempo
(Número de intervenções
relacionadas a medicamentos
realizadas pelo(s) farmacêutico(s)
do SRF / número total de
intervenções realizadas pelo(s)
farmacêutico(s) do SRF em
determinado período de tempo) x
100
Empírico, explícito,
quantitativo [38, 39]
Medicamentos de alto
risco
Média do número de medicamentos
de alto risco utilizados pelos
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Somatório do número de
medicamentos de alto risco
utilizados pelos pacientes /
número total de pacientes do SRF
em determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [33]
Medicamentos de classes
terapêuticas específicas
interrompidas
Média do número de medicamentos
de classes terapêuticas específicas
interrompidas entre os pacientes do
SRF em determinado período de
tempo (tais como antipsicóticos,
ansiolíticos, benzodiazepínicos, etc)
Somatório do número de
medicamentos de classes
terapêuticas específicas
interrompidos / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [36]
Medicamentos
desnecessários
interrompidos
Média do número de medicamentos
desnecessários interrompidos entre
os pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Somatório do número de
medicamentos desnecessários
interrompidos / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [34]
Medicamentos iniciados
Média do número de medicamentos
iniciados pelos pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Somatório do número de
medicamentos iniciados / número
total de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [43]
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 125
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Medicamentos
interrompidos
Média do número de medicamentos
interrompidos entre os pacientes do
SRF em determinado período de
tempo
Somatório do número de
medicamentos interrompidos /
número total de pacientes do SRF
em determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [43]
Medicamentos
potencialmente
inapropriados
Alteração na média do número de
medicamentos potencialmente
inapropriados entre os pacientes do
SRF em determinado período de
tempo
Número de medicamentos
potencialmente inapropriados
entre os pacientes do SRF após
intervenções / número total de
medicamentos potencialmente
inapropriados entre pacientes do
SRF antes das intervenções em
determinado período de tempo Empírico,
explícito/implícito
(depende do método
de avaliação),
quantitativo
[36, 37- 40, 42, 43] Proporção de pacientes atendidos
pelo SRF que usam medicamentos
potencialmente inadequados em um
período específico
(Número de pacientes do SRF que
usam medicamentos
potencialmente inadequados /
número total de pacientes do SRF
em determinado período de
tempo) x 100
Média do número de medicamentos
potencialmente inapropriados
utilizados pelos pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Somatório do número de
medicamentos potencialmente
inapropriados utilizados pelos
pacientes / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Mudanças na
farmacoterapia
relacionada a
intervenções
Média de mudanças na
farmacoterapia dos pacientes do
SRF relacionada a intervenções em
determinado período de tempo
Somatório do número de
mudanças na farmacoterapia
relacionada a intervenções /
número total de pacientes do SRF
em determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [40]
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 126
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Número de consultas
farmacêuticas
Média do número de consultas
farmacêuticas entre os pacientes do
SRF em determinado período de
tempo
Somatório do número de consultas
farmacêuticas do SRF / número
total de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [34, 39]
Pacientes atendidos pelo
SRF
Média do número de pacientes
atendidos pelo SRF em determinado
período de tempo (dia, semana, mês,
ano)
Somatório do número de
pacientes atendidos pelo SRF /
período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [35, 37]
PFTs identificados
Média de PFTs identificados pelo(s)
farmacêutico(s) do SRF entre os
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Somatório do número de PFTs
identificados / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [34, 38, 40-43]
PFTs potenciais
Média de PFTs potenciais
identificados pelo(s) farmacêutico(s)
do SRF entre os pacientes do SRF
em determinado período de tempo
Somatório do número de PFTs
potenciais / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [38]
PFTs relevantes
Média de PFTs relevantes
identificados pelo(s) farmacêutico(s)
do SRF entre os pacientes do SRF
em determinado período de tempo
Somatório do número de PFTs
relevantes / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [38]
PFTs resolvidos
Média de PFTs resolvidos pelo(s)
farmacêutico(s)entre os pacientes do
SRF em determinado período de
tempo
Somatório do número de PFTs
resolvidos / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [40]
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 127
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Plano de ação
As intervenções aceitas são
realizadas pelo farmacêutico do SRF
como um plano de ação no qual
existem as pessoas designadas
como responsáveis pelas
intervenções
S/N Empírico, explícito,
qualitativo [40]
Qualidade da prescrição
Avaliação da qualidade da prescrição
(polifarmácia, medicamentos
inapropriados, duplicidade
terapêutica ou outros critérios) dos
pacientes do SRF em determinado
período de tempo. Escalas ou
instrumentos poderão ser usados
para a medida
Escala: resposta mais frequente
em determinado período de tempo Empírico,
explícito/implícito
(depende do método
de avaliação),
quantitativo
[37, 43]
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos
pacientes do SRF / número total
de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Relatório de
medicamentos ao médico
O farmacêutico do SRF encaminha
ao medico um relatório sobre os
medicamentos dos pacientes
atendidos
S/N Empírico, explícito,
qualitativo [38]
Reuniões com equipe
multidisciplinar para
discutir RF
O farmacêutico participa de reuniões
com equipe multidisciplinar com
médico, equipe de enfermagem e
outros especialistas depois da RF
para discutir problemas
farmacoterapêuticos e intervenções
S/N Empírico, explícito,
qualitativo [37, 42, 43]
Reuniões regulares com
equipe multidisciplinar
O farmacêutico participa de reuniões
com equipe multidisciplinar com
médico, equipe de enfermagem e
outros especialistas em intervalos
regulares
S/N Empírico, explícito,
qualitativo [33, 37]
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 128
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
RF após alta hospitalar
Proporção de pacientes atendidos
pelo SRF após alta hospitalar entre
os pacientes do SRF com alta em
determinado período de tempo
(Número de pacientes atendidos
pelo SRF após alta hospitalar /
número total de pacientes do SRF
com alta hospitalar em
determinado período de tempo) x
100
Empírico, explícito,
quantitativo [43]
Satisfação dos
profissionais de saúde
Avaliação da satisfação dos
profissionais de saúde com o SRF
em determinado período de tempo.
Escalas ou instrumentos poderão ser
usados para a medida
Escala: resposta mais frequente
em determinado período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [38, 42, 43]
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos
pacientes do SRF / número total
de pacientes do SRF em
determinado período de tempo
Seguimento
O farmacêutico do SRF realiza
seguimento a fim de avaliar se as
intervenções propostas foram
implementadas e a experiência do
paciente com estas intervenções
S/N Empírico, explícito,
qualitativo [40, 42]
Seguimento domiciliar O farmacêutico do SRF realiza
seguimento domiciliar S/N
Empírico, explícito,
qualitativo [38]
Tempo da consulta
farmacêutica
Média do tempo gasto pelo
farmacêutico em uma consulta no
SRF (min) em determinado período
de tempo
Somatório do tempo gasto pelo
farmacêutico nas consulta (min) /
número total de consultas do SRF
em determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [39]
Tabela 2. Indicadores de processos para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 129
Abreviações: N-Não; S- Sim; PFTs- problemas farmacoterapêuticos; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
pré-especificação e
abordagem)
Referência
Tempo para contatar o
médico
Média do tempo gasto pelo
farmacêutico para contatar o médico
(dias) em determinado período de
tempo
Somatório tempo gasto pelo
farmacêutico para contatar o
médico (dias) / número total
contatos do farmacêutico do SRF
para o médico em determinado
período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [42]
Unidades diárias usadas
de medicamentos
Média de unidades diárias usadas de
medicamentos pelos pacientes do
SRF em determinado período de
tempo
Somatório do número de unidades
diárias usadas de medicamentos /
número total de pacientes do SRF
em determinado período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [40]
Uso de medicamentos de
classe terapêutica
específica
Proporção de pacientes do SRF que
usam classe terapêutica específica
em determinado período de tempo
(tais como antipsicóticos, ansiolíticos,
benzodiazepínicos, etc)
Número de pacientes do SRF que
usam classe terapêutica
específica / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo Empírico, explícito,
quantitativo [33, 36, 37, 40, 43] Proporção de medicamentos de
classe terapêutica específica entre os
pacientes do SRF em determinado
período de tempo (tais como
antipsicóticos, ansiolíticos,
benzodiazepínicos, etc)
Somatório do número de
medicamentos de classe
terapêutica específica / número
total de medicamentos dos
pacientes do SRF em determinado
período de tempo
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia 130
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
Admissão
hospitalar não
planejada
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que foram admitidos de forma não
planejada no hospital em determinado
período de tempo
(Número de pacientes do SRF
admitidos de forma não planejada no
hospital / número total de pacientes
do SRF em determinado período de
tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [43]
Media de admissões hospitalares não
planejadas entre os pacientes do SRF
que foram admitidos de forma não
planejada no hospital em determinado
período de tempo
Somatório do número de admissões
hospitalares não planejadas / número
total de pacientes do SRF admitidos
de forma não planejada no hospital
em determinado período de tempo
Admissão
hospitalar
relacionada a
medicamento
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que foram admitidos por
medicamentos no hospital em
determinado período de tempo
(Número de pacientes do SRF
admitidos por medicamentos no
hospital / número total de pacientes
do SRF em determinado período de
tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [40]
Média de admissões hospitalares
relacionadas a medicamentos entre os
pacientes do SRF que foram admitidos
por essa causa em determinado período
de tempo
Somatório do número admissões
hospitalares relacionadas a
medicamentos / número total de
pacientes do SRF admitidos por
medicamentos no hospital em
determinado período de tempo
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 131
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
Custo-
efetividade
Avaliação de custo-efetividade (CE) do
SRF em determinado período de tempo
(sobre a adequação da prescrição,
efeitos adversos a medicamentos,
problemas farmacoterapêuticos, etc). A
análise CE envolve a razão dos custos
médios sobre cada uma das efetividades
analisadas. A razão de custo efetividade
incremental (RCEI) é obtida pelo custo
médio do grupo intervenção subtraída
pelo custo médio do grupo controle,
divididos pela efetividade do grupo
intervenção subtraído pela efetividade do
grupo controle. Os custos são definidos
pelo somatório dos custos diretos e
indiretos. A efetividade é determinada a
partir da probabilidade de sucesso, dada
pela a quantidade de pacientes que
atingiram a meta para evento dividido
pelo total de pacientes do SRF em que o
evento foi avaliado
RCEI= _Custo A – Custo B_
Efetividade A – Efetividade B
Empírico, explícito,
quantitativo [34, 35, 43]
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 132
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
Custo-utilidade
Avaliação de custo-utilidade do SRF por
meio Quality Adjusted Life Years
(QALYs) em determinado período de
tempo. A análise custo-utilidade envolve
a razão dos custos médios sobre cada
uma das QALYs analisadas. A razão de
custo utilidade incremental (RCUI) é
obtida pelo custo médio do grupo
intervenção subtraída pelo custo médio
do grupo controle, divididos pela QALYs
do grupo intervenção subtraído pela
QALYs do grupo controle. Os custos são
definidos pelo somatório dos custos
diretos e indiretos. Para QALYs, deve ser
considerada a idade média dos
pacientes, os óbitos ocorridos durante
um período específico e a média de
idade de morte dos pacientes. A média
da idade de morte subtraída pela idade
média dos pacientes de cada grupo
determina QALYs
RCUI= Custo A – Custo B_
QALYs A – QUALYs B
Empírico, explícito,
quantitativo [34, 35, 43]
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 133
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
Custos diretos
Avaliação dos custos diretos
relacionados à saúde em determinado
período de tempo (tais como, uso de
serviços de saúde, médicos totais,
medicamentos, admissão hospitalar e
custo da intervenção). Os custos diretos
serão apresentados pela média dos
custos por pacientes do SRF
Somatório de custos diretos com a
saúde dos pacientes atendidos pelo
SRF ($) / número de pacientes
atendidos pelos SRF
Empírico, explícito,
quantitativo [33, 34, 38, 41, 43]
Custos totais
Avaliação dos custos totais relacionados
à saúde em determinado período de
tempo (somatório dos custos diretos e
indiretos). Os custos totais serão
apresentados pela média dos custos por
pacientes do SRF
Somatório dos custos totais com
saúde dos pacientes atendidos pelo
SRF ($) / número de pacientes
atendidos pelos SRF em determinado
período de tempo
Empírico, explícito,
quantitativo [35, 38]
Estado de saúde
específico
Avaliação do estado de saúde específico
dos pacientes do SRF em determinado
período de tempo (tais como função
física, estado mental, sintomas mentais,
função cognitiva, afetiva, distúrbios
comportamentais, severidade da doença,
incontinência urinária, infecção
Escala: resposta mais frequente em
determinado período de tempo Empírico,
explícito/implícito
(depende do método
de avaliação),
quantitativo
[33, 36, 37, 39- 41, 43] Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos pacientes
do SRF / número total de pacientes
do SRF em determinado período de
tempo
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 134
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
oportunista, controle da asma,
intensidade da dor, eventos
hemorrágicos, colesterol, pressão
arterial, restrição física, queda, etc).
Escalas, instrumentos, proporção de
pacientes que atingiram meta
terapêutica, média de eventos
relacionados à saúde ou média dos
resultados de parâmetros clínicos
poderão ser usados para a medida
Proporção de pacientes que atingiram
meta terapêutica: (Número de
pacientes que atingiram a meta
terapêutica estabelecida/ número de
pacientes com a condição clínica em
determinado período de tempo) x 100
Média de eventos relacionados à
saúde: Somatório do número de
eventos / número total de pacientes
atendidos pelo SRF com a condição
clínica em determinado período de
tempo
Média dos resultados de parâmetros
clínicos por paciente: Somatório de
determinado parâmetro clinico dos
pacientes do SRF com a condição
clínica referente ao parâmetro /
número de pacientes do SRF com a
condição clínica referente ao
parâmetro em determinado período
de tempo
Estado de saúde
geral
Avaliação do estado de saúde geral dos
pacientes do SRF em determinado
período de tempo. Escalas ou
instrumentos poderão ser usados para a
medida
Escala: resposta mais frequente em
determinado período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [33]
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 135
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos pacientes
do SRF / número total de pacientes
do SRF em determinado período de
tempo
Hospitalização
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que foram hospitalizados em
determinado período de tempo
(Número de pacientes do SRF
hospitalizados / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [36- 38, 40, 41, 43]
Média de hospitalizações entre os
pacientes do SRF que foram
hospitalizados em determinado período
de tempo
Somatório do número de
hospitalizações / número total de
pacientes do SRF hospitalizados em
determinado período de tempo
Hospitalização
por causas
clínicas
específicas
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que foram hospitalizados por
causas clínicas específicas em
determinado período de tempo (tais
como, insuficiência cardíaca,
sangramentos, etc)
(Número de pacientes do SRF
hospitalizados por causas clínicas
específicas / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [41, 43]
Média de hospitalizações por causas
específicas entre os pacientes do SRF
que foram hospitalizados pelas mesmas
causas em determinado período de
tempo (tais como, insuficiência cardíaca,
sangramentos, etc)
Somatório do número de
hospitalizações por causas clínicas
específicas / número total de
pacientes do SRF hospitalizados por
causas clínicas específicas em
determinado período de tempo
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 136
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
Qualidade de
vida
Avaliação da qualidade de vida de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo. Escalas ou
instrumentos poderão ser usados para a
medida
Escala: resposta mais frequente em
determinado período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [34, 39-41, 43]
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos pacientes
do SRF / número total de pacientes
do SRF em determinado período de
tempo
Qualidade de
vida relacionada
à condição
clinica específica
Avaliação da qualidade de vida
relacionada à condição clinica específica
dos pacientes do SRF em determinado
período de tempo. Escalas ou
instrumentos poderão ser usados para a
medida
Escala: resposta mais frequente em
determinado período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [38, 42]
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos pacientes
do SRF / número total de pacientes
do SRF em determinado período de
tempo
Readmissão
hospitalar
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que foram readmitidos no hospital
em determinado período de tempo após
a alta destes pacientes
(Número de pacientes do SRF
readmitidos no hospital / número total
de pacientes do SRF em determinado
período de tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [38, 42]
Média de readmissões hospitalares entre
os pacientes do SRF que foram
hospitalizados pelas mesmas causas em
determinado período de tempo
Somatório do número de readmissões
hospitalares / número total de
pacientes do SRF que foram
readmitidos no hospital em
determinado período de tempo
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 137
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
Readmissão
hospitalar por
causas clínicas
específicas
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que foram readmitidos por causas
clínicas específicas no hospital em
determinado período de tempo após a
alta (tais como insuficiência cardíaca,
sangramentos, etc)
(Número de pacientes do SRF
readmitidos no hospital por causas
clínicas específicas / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [38]
Média de readmissões hospitalares por
causas clinicas específicas entre os
pacientes do SRF que foram readmitidos
por estas em determinado período de
tempo (tais como insuficiência cardíaca,
sangramentos, etc)
Somatório do número de readmissões
no hospital por causas específicas /
número total de pacientes do SRF
readmitidos por causas clínicas
específicas no hospital em
determinado período de tempo
Readmissão
hospitalar
relacionada a
medicamento
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que foram readmitidos no hospital
por causa de medicamentos em
determinado período de tempo após a
alta destes pacientes
(Número de pacientes do SRF
readmitidos no hospital por causa de
medicamentos / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [38, 42]
Média de readmissões hospitalares
relacionadas a medicamentos entre os
pacientes do SRF readmitidos por esta
causa em determinado período de
tempo após a alta deste paciente
Somatório do número de readmissões
hospitalares relacionadas a
medicamentos / número total de
pacientes do SRF readmitidos no
hospital por medicamentos em
determinado período de tempo
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 138
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
Revisitas a
departamentos
de emergência
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que revisitaram departamentos de
emergência em determinado período de
tempo após a alta
(Número de pacientes do SRF que
revisitaram departamentos de
emergência / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [42]
Média de revisitas a departamentos de
emergência entre os pacientes do SRF
que revisitaram departamentos de
emergência em determinado período de
tempo após a alta
Somatório do número de revisitas a
departamentos de emergência /
número total de pacientes do SRF
que revisitaram departamentos de
emergência em determinado período
de tempo
Satisfação dos
pacientes
Avaliação da satisfação dos pacientes do
SRF em determinado período de tempo.
Escalas ou instrumentos poderão ser
usados para a medida
Escala: resposta mais frequente em
determinado período de tempo
Empírico, implícito,
quantitativo [33, 34, 38, 39, 43]
Instrumento que fornece escore:
Somatório do escore dos pacientes
do SRF / número total de pacientes
do SRF em determinado período de
tempo
Mortalidade
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que morreram em determinado
período de tempo
(Número de pacientes do SRF que
morreram/número total de pacientes
do SRF em determinado período de
tempo) x 100
Empírico, explícito,
quantitativo
[33, 36- 38, 40- 43]
Tempo de
internação
hospitalar
Tempo médio de internação hospitalar
dos pacientes hospitalizados atendidos
pelo SRF (em dias)
Somatório do tempo de internação em
dias dos pacientes do SRF
hospitalizados / número de pacientes
do SRF hospitalizados
Empírico, explícito,
quantitativo [38, 42]
Tabela 3. Indicadores de resultados para Serviços de Revisão da Farmacoterapia (continuação) 139
Abreviações: CE - Custo-efetividade; QALYs - Quality Adjusted Life Years; RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental; RCUI - Razão de Custo
Utilidade Incremental; SRF- Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
Denominação Descrição Método de Cálculo
Classificação (fonte,
preespecificação e
abordagem)
Referência
Tempo para
readmissão
hospitalar
Tempo médio para readmissão hospitalar
dos pacientes atendidos pelo SRF (em
dias) readmitidos no hospital em um
período específico de tempo após a alta
deste paciente
Somatório do tempo para readmissão
hospitalar dos pacientes readmitidos
no hospital / número total de
pacientes do SRF
Empírico, explícito,
quantitativo [38, 42]
Uso de serviços
de saúde
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que usaram serviços de saúde em
um período específico
(Número de pacientes do SRF que
usaram serviços de saúde / número
total de pacientes do SRF em
determinado período de tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [33, 40, 43]
Média de uso de serviços de saúde entre
os pacientes do SRF que usaram
serviços de saúde em um período
específico
Somatório do número de idas a
serviços de saúde dos pacientes do
SRF / número total de pacientes do
SRF que usaram serviços de saúde
em determinado período de tempo
Visitas a
departamentos
de emergência
Proporção de pacientes atendidos pelo
SRF que visitaram departamentos de
emergência em determinado período de
tempo
(Número de pacientes do SRF que
visitaram departamentos de
emergência / número total de
pacientes do SRF em determinado
período de tempo) x 100 Empírico, explícito,
quantitativo [38]
Média de visitas a departamentos de
emergência entre os pacientes do SRF
que visitaram departamentos de
emergência em determinado período de
tempo
Somatório do número de visitas a
departamentos de emergência /
número total de pacientes do SRF
que visitaram departamentos de
emergência em determinado período
de tempo
140
Análise estatística
O grau de concordância entre os avaliadores (R.O.S.S. e G.A.S.J.) foi
excelente (k=0,897) para classificação das variáveis segundo modelo proposto
por Donabedian (1988) [17].
DISCUSSÃO
Os serviços clínicos desenvolvidos por farmacêuticos têm crescido
mundialmente com a oportunidade de esses profissionais atuarem no manejo
da farmacoterapia e no cuidado aos pacientes [21, 44-47]. Apesar de muitos
estudos abordarem o impacto de serviços clínicos, como a RF, no processo de
uso dos medicamentos bem como nos resultados clínicos, econômicos e
humanísticos dos pacientes, poucos focalizam estratégias para implementar,
monitorar, avaliar e aprimorar a qualidade dos mesmos [6, 12, 15, 19, 46, 48,
49] . Logo, nenhuma das revisões do estudo prévio tinha foco em indicadores
ou avaliação da qualidade.
A implementação de inovações em serviços envolve a avaliação que é
um processo técnico, administrativo e político de julgamento do valor ou mérito
de algo, para subsidiar a tomada de decisão no cotidiano, o que significa
produzir informações capazes de apoiar uma intervenção [50, 51]. Isto significa
que a avaliação deve ser compreendida como uma ferramenta da gestão para
enfrentar e resolver um problema do serviço ou do programa de saúde, ou seja,
tem por finalidade propiciar um processo de decisão oportuna, com
confiabilidade e abrangência de informações [52, 53].
A avaliação da qualidade é fundamental para a melhora sistemática dos
sistemas de saúde [11]. Mundialmente, o setor farmacêutico tem
experimentado mudanças regulatórias que exigem melhoria contínua da
qualidade, com relatórios e sistemas de remuneração por desempenho para
farmácias alcançarem padrões mais altos de qualidade [54]. Assim, a literatura
tem enfatizado a necessidade contínua de sistemas de garantia da qualidade
nos cuidados prestados pelos profissionais de saúde entre eles os
farmacêuticos [15, 25, 48, 55]. Apesar disso, os farmacêuticos não adotaram
amplamente esse conceito a fim de melhorar a sua prática no campo clínico.
141
Nesse cenário, os indicadores de qualidade devem ser utilizados para
redesenhar a prestação de cuidados, redefinindo assim, o que precisa ser feito,
descobrir se é feito e, posteriormente, usar esses dados para encontrar áreas
que necessitam de melhora [56].
Indicadores de qualidade abordam aspectos mensuráveis dos sistemas,
processos e resultados relevantes fornecendo informações sobre o
desempenho dos prestadores de cuidados. Além disso, permite estabelecer
padrões, metas e prioridades estimulando a melhora contínua do atendimento
ao paciente. Assim, são utilizados por governos e outras organizações-chave
para buscar a melhora na qualidade de serviços de saúde, entre eles os
serviços clínicos farmacêuticos. Para tanto, faz-se necessário o
desenvolvimento de indicadores, pois estes são geralmente específicos para o
cenário onde o cuidado é prestado e, como resultados, nem sempre podem ser
aplicados a outros cenários sem um adequado processo de adaptação [22, 30,
54, 57, 58].
No que se refere à RF, os estudos que analisam algum aspecto da
estrutura, processos e resultado usam variáveis, por vezes, já consolidadas na
literatura como indicadores de qualidade como capacitação do farmacêutico,
problemas farmacoterapêuticos e mortalidade [1, 2, 4, 25, 42, 43, 58, 59].
Outros estudos usam variáveis com potencial de constituir indicadores de
qualidade [7, 60-65]. Entretanto, não são usadas terminologias como medidas
ou indicadores de qualidade para as variáveis e não denominam a análise
como avaliação da qualidade. Isto dificulta a criação de modelos científicos
capazes de padronizar e comparar estes serviços quanto a qualidade do
cuidado prestado [19, 66-69]. Nesse contexto, os indicadores de qualidade
podem ser utilizados para a criação destes modelos científicos.
As informações necessárias para o desenvolvimento de indicadores de
qualidade podem ser obtidas a partir de métodos sistemáticos ou não
sistemáticos. No primeiro, são baseados em evidências científicas e
identificados por meio de busca na literatura. No segundo, os indicadores
desenvolvidos baseiam-se na disponibilidade de dados e incidentes críticos da
vida real [22]. No entanto, muitas áreas de saúde têm evidências limitadas
sendo desenvolvidos métodos sistemáticos que combinam evidências
científicas e opiniões de especialistas por meio das técnicas de consenso [70].
142
As técnicas de consenso são técnicas estruturadas e sistematizadas para
explorar a concordância entre um grupo de especialistas. Assim, estas se
apresentam para resolver inconsistências na informação científica, alcançar um
acordo ou convergência de opinião em torno de um tópico específico, resolver
problemas, gerar ideias ou determinar prioridades [71-73].
Na literatura são apontas diversas técnicas de consenso como Delphi,
RAND/UCLA e Grupo Nominal [74-76]. A escolha da técnica é influenciada por
fatores como a questão de pesquisa, a percepção do consenso requerido e
aspectos práticos associados, tais como tempo e a distância geográfica entre
os especialistas. Dada a escassez de indicadores de qualidade para Serviços
de RF, optou-se no presente estudo pelo método sistemático que combinou
evidência científica obtida por meio de overview de revisões sistemáticas e
opiniões de especialistas. Outro aspecto importante além da escolha entre o
método sistemático, não sistemático e a técnica de consenso é a adoção do
modelo conceitual de qualidade [77-81].
O modelo estrutura, processos e resultados proposto por Donabedian,
que avalia o ambiente do cuidado (estrutura), a maneira em que os cuidados
são prestados (processos) e os efeitos dos cuidados (resultados) tornou-se o
principal pilar em programas de avaliação e de melhora da qualidade inclusive
em serviços clínicos farmacêuticos [15, 17, 18, 82]. De acordo com esse
modelo, o aprimoramento na estrutura do atendimento deve levar ao
aperfeiçoamento nos processos clínicos que deve, por sua vez, melhorar os
resultados obtidos [83]. Apesar disto, na prática as relações entre estrutura,
processos e resultados não são totalmente compreendidas uma vez que a
avaliação multidimensional dos cuidados em saúde ainda não é amplamente
apresentada e explorada pela literatura científica [84-88]. Tal questão pode
justificar o fato de somente duas das onze revisões sistemáticas terem
apresentado relação entre indicadores de diferentes categorias.
Segundo este modelo, a primeira abordagem para avaliar a qualidade é
estudar o ambiente em que o cuidado ocorre. Esta abordagem oferece a
vantagem de lidar, em parte, com informações concretas e acessíveis. A
estrutura é geralmente fácil de observar e medir podendo ser a causa de
problemas identificados nos processos. Porém tem como principal limitação o
143
fato da sua relação com os processos e resultados não ser bem estabelecida
[84, 89-93].
A relação do eixo estrutura com os processos e resultados do cuidado é
abordada em outras áreas da saúde. Embora alguns estudos tentem
estabelecer a relação entre estrutura e processos e estes eixos estejam
relacionados, há muitos fatores envolvidos e interações mal compreendidas
entre os mesmos [84, 85, 94-96]. Estudos realizados em instalações de
enfermagem especializada que abordaram a relação entre estrutura e
resultados observaram associação positiva entre estes eixos. O nível de
pessoal de enfermagem foi associado a melhores resultados dos pacientes
relacionados a úlceras de pressão, uso de cateter urinário, restrição física,
manejo da dor, função cognitiva e número de internações [97-99].
A segunda abordagem do modelo é examinar os processos do cuidado
prestado. Neste caso, não há interesse no poder da estrutura (recursos físicos,
humanos ou materiais) para obter resultados, mas sim em saber se adequados
processos de cuidado tem sido aplicados. As estimativas de qualidade obtidas
a partir desta abordagem são menos estáveis e finais que aquelas decorrentes
de medidas de resultados, no entanto, podem ser mais relevantes para analisar
se o cuidado é devidamente praticado [84]. Na pesquisa em serviços, a
melhora nos processos de cuidado com correspondentes melhoras nos
resultados pode ser difícil de demonstrar. Isso ocorre principalmente porque,
nos estudos, muitas vezes as intervenções para promover melhora na
qualidade precisam ser realizadas em circunstâncias controladas com o
objetivo de isolar o efeito da intervenção estudada. Logo, pode ser difícil recriar
essas condições na prática cotidiana [99-101].
Apesar das dificuldades citadas, Berkowitz et al. (2011) [102] analisou os
resultados de um programa piloto de 6 meses para melhorar a disposição de
alta (alta para a comunidade, transição para instituições de longa permanência,
readmissão hospitalar ou morte) de pacientes admitidos em uma única unidade
de instalação de enfermagem especializada para cuidados pós-agudo. Os
processos para melhorar a disposição incluíram, por exemplo, a conciliação de
medicamentos e protocolos de tratamento padrão para condições clínicas
comuns. Os resultados foram comparados entre o período experimental e uma
144
coorte histórica na mesma unidade. Uma redução de 20% nas readmissões
agudas e aumento de 6% nas altas para a comunidade foi observada.
A última abordagem do modelo para avaliação da qualidade está
relacionada aos resultados. Estes tendem a ser concretos e consequentemente
susceptíveis a medidas mais precisas. Entretanto, algumas considerações
limitam seu uso como medida de qualidade. Primeiramente, muitos fatores
além dos cuidados em saúde (processos) podem influenciar os resultados.
Desse modo, fatores significativos além dos cuidados em saúde devem ser
mantidos constantes a fim de se obter conclusões válidas. Em segundo lugar,
em algumas situações são necessárias longos períodos de tempo antes de
resultados relevantes manifestarem-se. A terceira questão diz respeito ao fato
de que embora resultados como mortalidade sejam fáceis de medir para
outros, como a satisfação dos pacientes, a definição e mensurabilidade podem
ser complexas. Assim, os resultados são indicadores adequados de qualidade,
mas devem ser utilizados com discernimento [84, 95].
No que diz respeito ao modelo proposto por Donabedian (1988) [17], o
número de variáveis extraídas e, consequentemente, indicadores de processos
desenvolvidos no presente estudo foi maior para o eixo processos. Isto pode
ser justificado pelo pressuposto de que não se dá a devida importância ao
poder da estrutura na qualidade do cuidado prestado. Assim, é importante
utilizar outras fontes para obter indicadores deste eixo. Nesta perspectiva,
Santos-Júnior et al. (2015) [19], a partir de guidelines e estudos sobre serviços
clínicos farmacêuticos, reuniram 28 indicadores de estrutura divididos em cinco
domínios (área física, recursos humanos, recursos materiais, documentação e
financiamento) para serem aplicados à RF. Quanto aos resultados, o maior
número destes indicadores quando comparados ao eixo estrutura pode estar
relacionado às vantagens obtidas ao utilizarem-se os mesmos como critério de
qualidade visto que sua validade como uma dimensão da qualidade raramente
é questionada [89, 92, 103].
A ampla utilização de indicadores de processos pode representar
imaturidade da profissão farmacêutica. Em meados da década de 1960, a
Farmácia iniciou a mudança do escopo do medicamento para o paciente [104].
Desde então, o papel do farmacêutico em muitos países expandiu da
preparação e fornecimento de medicamentos para avaliação e gerenciamento
145
das necessidades farmacoterapêuticas dos pacientes [105]. Deste modo, a
profissão encontra-se em um momento de transição onde os processos de
trabalho relacionados aos serviços clínicos farmacêuticos ainda estão sendo
estabelecidos. A RF, por exemplo, é um serviço relativamente recente
desenvolvido como resultado da mudança no escopo da Farmácia e poucos
estudos sobre este serviço foram publicados antes de 2000 [40, 42]. Como
consequência, os indicadores de processos ainda são os mais utilizados para
avaliar a profissão farmacêutica. Somado a este fato, alguns autores defendem
a ideia errônea de que os indicadores de processos são os mais adequados
para avaliar e gerar melhora na qualidade dos serviços farmacêuticos [100,
106].
Além da abordagem quanto a estrutura, processos e resultados, os
indicadores de qualidade podem ser classificados em empíricos e normativos.
Os indicadores empíricos são derivados da prática real e usados geralmente
para comparação entre cenários ou com médias estatísticas e intervalos
obtidos a partir de um maior número de cenários semelhantes. Estes
indicadores e seus padrões de qualidade baseiam-se em níveis de cuidado
atingíveis e, consequentemente, apresentam credibilidade e aceitabilidade.
Para usar indicadores empíricos os cenários comparados precisam ser
semelhantes. Estes indicadores apresentam limitação referente ao fato de que
o cuidado prestado pode parecer adequado quando comparado a outros
cenários e mesmo assim ficar aquém do que é atingível através de indicadores
normativos [84, 95, 107].
Os indicadores normativos, por sua vez, são derivados de fontes que
legitimam o padrão de conhecimento e prática no sistema de cuidado
dominante. Na prática, são estabelecidos por livros-texto, publicações
padronizadas bem como profissionais qualificados que atuam como juízes [84,
95, 107]. Assim, todos os indicadores de qualidade desenvolvidos foram
classificados como empíricos uma vez que não foram definidos padrões de
qualidade para os mesmos. Apesar deste fato, estes indicadores são
importantes uma vez que ao serem selecionados podem ser adaptados a
países, culturas ou cenários específicos, de acordo com os respectivos
padrões de qualidade vigentes [108].
146
A qualidade pode ser avaliada ainda por meio de indicadores explícitos e
implícitos. As medidas de qualidade explícitas são baseadas em critérios e
desenvolvidas antes do processo de avaliação. A avaliação implícita da
qualidade, por sua vez, baseia-se na avaliação subjetiva do avaliador já que
depende do julgamento clinico individual [17, 109]. Nesta perspectiva, alguns
dos indicadores desenvolvidos foram classificados como implícito e explícito ao
mesmo tempo devido ao fato de que foram propostos diferentes métodos para
avaliar um mesmo indicador. Ademais, parte dos indicadores desenvolvidos
pode estar relacionada à medida de diferentes parâmetros. Assim, tanto o
método utilizado para avaliação quanto o parâmetro medido influenciou a
classificação do indicador quanto à pré-especificação.
No que diz respeito à classificação da abordagem, indicadores
quantitativos e qualitativos tem igual valor no processo de avaliação da
qualidade [110]. Os primeiros são associados a uma medida de quantidade ou
valor, ou seja, algo a que significado ou valor é atribuído um número [111].
Consequentemente, os indicadores quantitativos são expressos como valores
numéricos e podem ser medidos por meio de porcentagem, proporção, média
ou outra medida quantificável [112]. Os segundos, por sua vez, são utilizados
para descrições baseadas na observação e não em medidas numéricas exatas
ou valores [111]. Assim, estes indicadores são expressos geralmente por "sim"
ou “não". Entretanto, a fim de quantificar as propriedades qualitativas podem
ser utilizadas pontuações [113].
Pontos fortes e limitações
Este é o primeiro estudo sobre desenvolvimento de indicadores de
estrutura, processo e resultados para Serviços de RF conduzida pelo
farmacêutico. O desenvolvimento de indicadores de qualidade deve ser
preferencialmente baseado em evidências científicas ou diretrizes clínicas.
Logo, o uso de evidência científica e painel de especialista, a partir da extração
de variáveis com potencial de constituir indicadores de qualidade para serviços
de RF e Técnica de Grupo Nominal, no desenvolvimento de indicadores
mostram-se como um ponto forte do presente estudo. Por outro lado, para
utilização na prática, faz-se necessário garantir as validades externa, de
147
conteúdo, de face, concorrente e preditiva bem como viabilidade e
confiabilidade. Tais etapas não foram realizadas, o que representa uma
limitação do presente estudo (Martirosyan et al., 2010; Bruchet et al, 2011).
Implicações para a pesquisa e a prática
Este estudo têm implicações para profissionais farmacêuticos e gestores
que almejem implantar, avaliar, monitorar e aprimorar serviços de RF. Os
indicadores de qualidade desenvolvidos podem auxiliar na construção e
padronização de modelos científicos para implantação da estrutura, fluxos e
processos de trabalho de serviços de RF; avaliação da qualidade e do impacto
dos serviços prestados; monitorização da efetividade das medidas corretivas
para deficiências ou problemas identificados na avaliação da qualidade da RF;
e, aprimoramento de recursos físicos, humanos e materiais disponíveis como
também fluxos e processos de trabalho dos serviços a fim de garantir serviços
de RF de qualidade que otimizem a farmacoterapia e os resultados em saúde
dos seus pacientes. Assim, estes indicadores são ferramentas importantes
para serviços de RF bem como outros serviços clínicos farmacêuticos, países e
sistemas de saúde uma vez que aumenta a conscientização dos profissionais
sobre seu desempenho, melhora a supervisão sobre serviços de saúde e
permite os serviços sejam comparados com base no desempenho.
CONCLUSÕES
Um conjunto de indicadores de qualidade para serviços de RF foi
desenvolvido a partir de evidências da literatura e consenso de especialistas.
Nesse contexto, as variáveis de processos e resultado são as mais utilizadas
para avaliar a RF. Os instrumentos utilizados para avaliação, a relação entre
indicadores e evidência do impacto da RF é abordado por poucos estudos.
Estes fatos podem ser consequências de fatores como: momento de transição
da profissão farmacêutica; ideia errônea de que o eixo processos é o mais
adequado para avaliação e melhora na qualidade; a validade raramente
questionada do eixo resultado; interações mal compreendidas entre os três
148
eixos; e, dificuldade de recriar condições na prática cotidiana para avaliação da
qualidade.
No estudo prévio, nenhuma das revisões sistemáticas apresentava foco
em indicadores ou avaliação da qualidade de serviços RF. Com a finalidade de
alcançar a prestação de serviço com impacto positivo na saúde dos pacientes,
os indicadores desenvolvidos devem ser utilizados para implantação,
monitorização, avaliação e aprimoramento da qualidade da RF. Ademais, é
necessário que mais estudos tenham foco neste tema. Pesquisas futuras
devem complementar os indicadores deste estudo a partir de guidelines,
diretrizes e padrões de prática sobre RF e outros serviços clínicos
farmacêuticos; validar conteúdo, especificidade e sensibilidade dos
indicadores; e, identificar quais deles são os elementos-chave mais importantes
para otimizar os resultados em saúde dos pacientes.
LISTA DE ABREVIAÇÕES
CE - Custo-efetividade
k - Kappa de Cohen
MAI - Medication Appropriateness Index
MESH - Medical Subject Headings
N - Não
PFTs- Problemas farmacoterapêuticos
QALYs - Quality Adjusted Life Years
RCEI - Razão de Custo Efetividade Incremental
RCUI - Razão de Custo Utilidade Incremental
RF - Revisão da Farmacoterapia
S - Sim
SF-36 - Short Form-36 -
SRF - Serviço de Revisão da Farmacoterapia.
WOMAC - Western Ontario and McMaster University Osteoarthritis Index
149
DECLARAÇÕES
Agradecimentos
Os autores agradecem ao painel de especialistas pelo apoio no
desenvolvimento dos indicadores de qualidade.
Contribuição dos autores
R.O.S.S. projetou o estudo; realizou a pesquisa e triagem da literatura;
extraiu e categorizou as variáveis de acordo com o modelo proposto por
Doanbedian (1988); analisou e interpretou os dados; escreveu e revisou o
artigo. L.A.M. realizou a triagem da literatura e extraiu as variáveis. G.A.S.J.
realizou o consenso da triagem da literatura; contribuiu para a ideia inicial e
desenho do estudo; e, categorizou as variáveis de acordo com o modelo
proposto por DOnbedian (1988). P.M.A. como avaliadora-sênior supervisionou
a extração de variáveis; revisou categorização, denominação, descrição e
método de cálculo dos indicadores desenvolvidos; e, classificou os mesmos de
acordo fonte, pré-especificação e abordagem. T.C.M. escreveu e revisou a
escrita do manuscrito. D.P.L.J. participou da conceptualização do desenho do
estudo e revisou a escrita do manuscrito. Todos os autores concordaram com
a versão final do manuscrito
Conflito de interesse
Os autores declaram que não há potenciais conflitos de interesses.
Financiamento
R.O.S.S. e G.A.S.J. receberam apoio financeiro (bolsa de estudo) da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do
Brasil.
150
REFERÊNCIAS
1. Farquhar M. Patient safety and quality: An evidence-based handbook for
nurses. Chapter 45AHRQ Quality Indicators. Rockville, MD: AHRQ,
2008.
2. Geurts MME, Talsma J, Brouwers JRBJ, De Gier JJ. Medication review
and reconciliation with cooperation between pharmacist and general
practitioner and the benefit for the patient: a systematic review. Br J Clin
Pharmacol. 2012;74(1):66–33.
3. Jokanovic N, Tan EC, Sudhakaran S, Kirkpatrick CM, Dooley MJ, Ryan-
Atwood TE, et al. Pharmacist-led medication review in community
settings: An overview of systematic reviews. Res Social Adm Pharm.
2016a. pii: S1551-7411(16)30362-X. [Epub ahead of print]
4. Malet-Larrea A, Goyenechea E, García-Cárdenas V, Calvo B, Arteche
JM, Aranegui P, et al. The impact of a Medication Review with Follow-up
service on hospital admissions in aged polypharmacy patients. Br J Clin
Pharmacol. 2016;82(3):831–8.
5. NHS Cumbria Medicines Management Team (Reino Unido). Clinical
Medication Review. A Practice Guide Overview. [S.l.]: NHS Cumbria,
2013 [acesso 04 jul 2015]. Disponível em:
http://www.cumbria.nhs.uk/ProfessionalZone/MedicinesManagement/Gui
delines/MedicationReview-PracticeGuide2011.pdf.
6. Ocampo CC, Garcia-Cardenas V, Martinez-Martinez F, Benrimoj SI,
Amariles P, Gastelurrutia MA. Implementation of medication review with
follow-up in a Spanish community pharmacy and its achieved outcomes.
Int J Clin Pharm. 2015. [Epub ahead of print].
7. Ong KY, Cheen MH, Chng JS, Chen LL, Ng SM, Lim SH, et al.
Effectiveness of a multidisciplinary home-based medication review
program in reducing healthcare utilization among older adult
Singaporeans. Geriatr Gerontol Int. 2016 [Epub ahead of print].
8. Shaw J, Seal R, Pilling M. Task force on medicines partnership and the
national collaborative medicines management services programme.
Room for review - a guide to medication review: the agenda for patients,
practitioners and managers. London: Medicines partnership, 2002.
9. Thiruchelvam K, Hasan SS, Wong PS, Kairuz T. Residential Aged Care
Medication Review to Improve the Quality of Medication Use: A
Systematic Review. J Am Med Dir Assoc. 2017;18(1):87.e1-87.e14.
151
10. Agency for Healthcare Research and Quality (Estados Unidos). National
Healthcare Quality and Disparities Report. 2014. [S.l.]: AHRQ, 2015
[acesso em 30 jan 2016]. Disponível em:
http://www.ahrq.gov/research/findings/nhqrdr/nhqdr14/2014nhqdr.pdf.
11. Peabody JW, Taguiwalo MM, Robalino DA, Frenk J. Disease Control
Priorities in Developing Countries. Chapter 70 - Improving the Quality of
Care in Developing Countries. New York: Oxford University Press, 2006.
12. Bruchet N, Loewen Burstin H, Leatherman S, Goldmann D. The evolution
of healthcare quality measurement in the United States. J Intern Med.
2016;279(2):154–9.
13. Gabriel CS, Melo MRAC, Rocha FLR, Bernardes A, Miguelaci T, Silva
MLP. Utilização de indicadores de desempenho em serviço de
enfermagem de hospital público. Rev Eletr Enf. 2014;16(4):769–76.
14. Rossaneis MA, Gabriel CS, Haddad MCFL, Melo MRAC, Bernardes A.
Indicadores de qualidade utilizados nos serviços de enfermagem de
hospitais de ensino. Rev. Eletr. Enf. [online]. 2014;16(4):769–76.
15. Surur AS, Teni FS, Girmay G, Moges E, Tesfa M, Abraha M.
Assessment of the structural and process aspects of pharmaceutical care
at a university hospital in Ethiopia. J Pharm Bioall Sci. 2015;7:97–102.
16. van Doorn-Klomberg A, Braspenning J, Wolters R, Bouma MMW. Effect
of accreditation on the quality of chronic disease management: a
comparative observational study. BMC Fam Pract. 2014;4(15):179.
17. Donabedian A. The quality of care. How can it be assessed? JAMA.
1988;260(12):1743–8.
18. El-haj H, Lamrini M, Rais N. Quality of care between Donabedian model
and ISO9001V2008. Int J Qual Res. 2013;7:17–30.
19. Santos-Júnior GA, Marques TC, Silva ROS, Silvestre CC, Lyra Jr DP,
Silva FA. Quality indicators to medication review services: evaluation of
the structure. Lat Am J Pharm. 2015;34(6):1172–9.
20. Shiyanbola OO, Mott DA, Croes KD. Exploring consumer understanding
and preferences for pharmacy quality information. Int J Clin Pharm.
2016;38(1):96–106.
21. World Health Organization. Quality improvement in primary health care: a
practical guide. Cairo: WHO, 2004 [acesso em 16 nov 2016]. Disponível
em: http://applications.emro.who.int/dsaf/dsa231.pdf.
152
22. Campbell SM, Braspenning J, Hutchinson A, Marshall M. Research
methods used in developing and applying quality indicators in primary
care. Qual Saf Health Care 2002;11:358-64.
23. Ettorchi-Tardy A, Levif M, Michel P. Benchmarking: A Method for
Continuous Quality Improvement. Healthc Policy. 2012; 7(4): e101–e119.
24. Lo E, Rainkie D, Semchuk WM, Gorman SK, Toombs K, Slavik RS.
Measurement of Clinical Pharmacy Key Performance Indicators to Focus
and Improve Your Hospital Pharmacy Practice. Can J Hosp Pharm.
2016;69(2):149–55.
25. Teichert M, Schoenmakers T, Kylstra N, Mosk B, Bouvy ML, van de
Vaart F, et al. Quality indicators for pharmaceutical care: a
comprehensive set with national scores for Dutch community
pharmacies. Int J Clin Pharm. 2016; 38:870–9.
26. Santos Júnior GA. Avaliação de Indicadores de Estrutura e de Processo
em um Serviço de Revisão da Farmacoterapia. São Cristóvão.
Dissertação [Mestrado em Ciências Farmacêuticas] - Universidade
Federal de Sergipe; 2013.
27. Marques TC. Avaliação de indicadores de estrutura e processo na
implementação de um serviço de Revisão da Farmacoterapia. São
Cristóvão. Tese [Doutorado em Ciências da Saúde] - Universidade
Federal de Sergipe; 2015.
28. Lawrence M, Olesen F. Indicators of quality health care. Eur J Gen Pract.
1997;3:103–108.
29. Management Sciences for Health (Estados Unidos). Rational
Pharmaceutical Management Project (Estados Unidos). Rapid
pharmaceutical management assessment: an indicator based approach.
Arlington: MSH, 1995.
30. Mainz J. Defining and classifying clinical indicators for quality
improvement. Int J Qual Health Care. 2003;15(6):523–30.
31. Donabedian A. Characteristics of Clinical Indicators. QRB Qual Rev Bull.
1989;15(11):330-9.
32. Hosmer DW, Lameshow S. Applied logistic regression. New York: Wiley,
1989.
33. Bell S, McLachlan AJ, Aslani P, Whitehead P, Chen TF. Community
pharmacy services to optimise the use of medications for mental illness:
a systematic review. Aust New Zealand Health Policy. 2005; 2:29.
153
34. Holland R, Desborough J, Goodyer L, Hall S, Wright D, Loke YK. Does
pharmacist-led medication review help to reduce hospital admissions and
deaths in older people? A systematic review and meta-analysis. Br J Clin
Pharmacol. 2008;65(3):303-16.
35. Chan P, Grindrod KA, Bougher D, Pasutto FM, Wilgosh C, Eberhart G,
Tsuyuki R. A systematic review of remuneration systems for clinical
pharmacy care services. Can Pharm J (Ott). 2008;141(2):102-12.
36. Nishtala PS, McLachlan AJ, Bell JS, Chen TF. Psychotropic prescribing
in long-term care facilities: impact of medication reviews and educational
interventions. Am J Geriatr Psychiatry. 2008;16(8):621-32.
37. Forsetlund L, Gjerberg E, Vist GE. Effect of interventions to reduce
potentially inappropriate use of drugs in nursing homes: a systematic
review of randomised controlled trials. BMC Geriatrics. 2011;11:16.
38. Graabaek T, Kjeldsen LJ. Medication reviews by clinical pharmacists at
hospitals lead to improved patient outcomes: a systematic review. Basic
Clin Pharmacol Toxicol. 2013;112(6):359-73.
39. Hadi MA, Alldred DP, Briggs M, Munyombwe T, Closs SJ. Effectiveness
of pharmacist-led medication review in chronic pain management:
systematic review and meta-analysis. Clin J Pain. 2014;30(11):1006-14.
40. Kwint HF, Bermingham L, Faber A, Gussekloo J, Bouvy ML. The
relationship between the extent of collaboration of general practitioners
and pharmacists and the implementation of recommendations arising
from medication review: a systematic review. Drugs Aging.
2013;30(2):91-102.
41. Hatah E, Braund R, Tordoff J, Duffull SB. A systematic review and meta-
analysis of pharmacist-led fee-for-services medication review. Br J Clin
Pharmacol. 2014;77(1):102-15.
42. Hohl CM, Wickham ME, Sobolev B, Perry JJ, Sivilotti ML, Garrison S, et
al. The effect of early in-hospital medication review on health outcomes:
a systematic review. Br J Clin Pharmacol. 2015;80(1):51-61.
43. Jokanovic N, Tan EC, van den Bosch D, Kirkpatrick CM, Dooley MJ, Bell
JS. Clinical medication review in Australia: A systematic review. Res
Social Adm Pharm. 2016;12(3):384-418.
44. Rao D, Gilbert A, Strand LM, Cipolle RJ. Drug therapy problems found in
ambulatory patient populations in Minnesota and South Australia. Pharm
World Sci. 2007;29(6):647-54.
154
45. Ramalho de Oliveira D, Brummel AR, Miller DB. Medication therapy
management: 10 years of experience in a large integrated health care
system. J Manag Care Pharm. 2010;16(3):185–95.
46. Aguiar PM, Balisa-Rocha BJ, Lyra Júnior DP. Avaliação de indicadores
de estrutura e processo de um serviço de Atenção Farmacêutica na
Farmácia Popular do Brasil : um estudo piloto. Rev Ciênc Farm Básica
Apl. 2013; 34(3): 401–10.
47. Balisa-Rocha BJ, Aguiar PM, Cerqueira KS, Novaes MB, Alcântara TS,
Lyra DP. Evaluation of the effects of long-term of pharmacotherapeutic
follow-up intervention on clinical and humanistic outcomes in diabetes
mellitus patients. Afr. J. Pharm. Pharmacol. 2014;8(14):372–8.
48. Winslade N, Taylor L, Shi S, Schuwirth L, der Vleuten CV, Tamblyn
Robyn R. Monitoring Community Pharmacist's Quality of Care: A
feasibility study of using pharmacy claims data to assess performance.
BMC Health Serv Res. 2011;11:12.
49. Moullin JC, Sabater-Hernández D, Benrimoj SI. Model for the evaluation
of implementation programs and professional pharmacy services. Res
Social Adm Pharm. 2016;12(3):515–22.
50. Moullin JC, Sabater-Hernández D, Fernandez-Llimos F, Benrimoj SI. A
systematic review of implementation frameworks of innovations in
healthcare and resulting generic implementation framework. Health Res
Policy Syst. 2015;13:16.
51. Powell BJ, Waltz TJ, Chinman MJ, Damschroder LJ, Smith JL, Matthieu
MM, et al. A refined compilation of implementation strategies: results
from the Expert Recommendations for Implementing Change (ERIC)
project. Implement Sci. 2015:10(21).
52. Uchimura KL, Bosi MLM. Qualidade e subjetividade na avaliação de
programas e serviços em saúde. Cad Saúde Pública. 2002;18(6):1561–
69.
53. Tanaka OU, Tamaki, EM. O papel da avaliação para a tomada de
decisão na gestão de serviços de saúde. Ciênc saúde coletiva.
2012;17(4):821–8.
54. Nau DP. Measuring pharmacy quality. J Am Pharm Assoc. 2009;49:212–
9.
55. Grey E, Harris M, Rodham K, Weiss MC. Characteristics of good quality
pharmaceutical services common to community pharmacies and
dispensing general practices. Int J Pharm Pract. 2016;24(5):311–8.
155
56. Bruchet N, Loewen Burstin H, Leatherman S, Goldmann D. The evolution
of healthcare quality measurement in the United States. J Intern Med.
2016;279(2):154–9.
57. Marshall MN, Shekelle PG, McGlynn EA, Campbell SM, Brook RH,
Roland MO. Can health care quality indicators be transferred between
countries? Qual Saf Health Care. 2010:12;8–12.
58. Fernandes O, Gorman SK, Slavik RS, Semchuk WM, Shalansky S,
Bussières JF, et al. Development of clinical pharmacy key performance
indicators for hospital pharmacists using a modified Delphi approach.
Ann Pharmacother. 2015;49(6):656–69.
59. Jerome N, Harrison J. Should Key Performance Indicators for Clinical
Services Be Mandatory? Can J Hosp Pharm. 2011; 64(1): 55–7.
60. Basheti IA, Al-Qudah RA, Obeidat NM, Bulatova NR. Home medication
management review in outpatients with chronic diseases in Jordan: a
randomized control trial. Int J Clin Pharm. 2016;38(2):404-13.
61. Chan DC, Chen JH, Wen CJ, Chiu LS, Wu SC. Effectiveness of the
medication safety review clinics for older adults prescribed multiple
medications. J Formos Med Assoc. 2014;113(2):106–13.
62. Chau SH, Jansen AP, van de Ven PM, Hoogland P, Elders PJ,
Hugtenburg JG. Clinical medication reviews in elderly patients with
polypharmacy: a cross-sectional study on drug-related problems in the
Netherlands. Int J Clin Pharm. 2016;38(1):46-53.
63. Hanna M, Larmour I, Wilson S, O'Leary K. The impact of a hospital
outreach medication review service on hospital readmission and
emergency department attendances J Pharm Pract Res.
2016;46(2):112–21.
64. Messerli M, Blozik E, Vriends N, Hersberger KE. Impact of a community
pharmacist-led medication review on medicines use in patients on
polypharmacy - a prospective randomised controlled trial.BMC Health
Serv Res. 2016;16(1):145.
65. Tang MM, Wollsen MG, Aagaard L. Pain monitoring and medication
assessment in elderly nursing home residents with dementia. Journal of
research in pharmacy practice. 2016;5(2):126.
66. International Pharmaceutical Federation. The Tokyo Declaration:
Standards for quality of pharmacy services. Federation Internationale
Pharmaceutique. Tokyo: FIP, 1993.
156
67. World Health Organization. WHO Expert Committee on Specifications for
Pharmaceutical Preparations - WHO Technical Report Series, no. 885 -
Thirty-fifth Report. Annex 7: Good Manufacturing Practices:
Supplementary Guidelines for the Manufacture of Pharmaceutical
Excipients. Geneva: WHO, 1999. [acesso em 06 jan 2017]. Disponível
em: http://apps.who.int/medicinedocs/pdf/h1792e/h1792e.pdf.
68. World Health Organization. Medicines Policy 2020: Towards efficient,
safe, rational and cost-effective use of medicines. Helsink: WHO, 2011
[acesso em 03 fev 2016]. Disponível em:
http://apps.who.int/medicinedocs/documents/s19762en/s19762en.pdf.
69. Kötter T, Blozik E, Scherer M. Methods for the guideline-based
development of quality indicators--a systematic review. Implement
Sci. 2012;7:21.
70. Kavanagh PL, Adams WG, Wang CJ. Quality indicators and quality
assessment in child health. Arch Dis Child. 2009; 94(6): 458–63.
71. Tammela O. Applications of consensus methods in the improvement of
care of paediatric patients: a step forward from a 'good guess'. Acta
Paediatr. 2013;102(2):111–5.
72. Raine R, WallaceI, Bháird CN, Xanthopoulou P, Lanceley A, Clarke A, et
al. Improving the effectiveness of multidisciplinary team meetings for
patients with chronic diseases: a prospective observational study.
Southampton (UK): NIHR Journals Library, 2014.
73. McMillan SS, Kelly F, Sav A, Kendall E, King MA, Whitty JA, et al. Using
the nominal group technique: how to analyse across multiple groups.
Health Serv Outcomes Res Method. 2014;14:92–108.
74. Fakih S, Marriott JL, Hussainy SY. Employing the nominal group
technique to explore the views of pharmacists, pharmacy assistants and
women on community pharmacy weight management services and
educational resources. Int J Pharm Pract. 2016;24(2):86–96.
75. Fried TR, Niehoff K, Tjia J, Redeker N, Goldstein MK. A Delphi process
to address medication appropriateness for older persons with multiple
chronic conditions. BMC Geriatr. 2016;16:67.
76. Shawahna R, Haddad A, Khawaja B, Raie R, Zaneen S, Edais T.
Medication dispensing errors in Palestinian community pharmacy
practice: a formal consensus using the Delphi technique. Int J Clin
Pharm. 2016;38(5):1112–23.
157
77. Arah OA, Klazinga NS, Delnoij DMJ, Asbroek AHAT, Custers T.
Conceptual frameworks for health systems performance: A quest for
effectiveness, quality, and improvement. Int J Qual Health Care.
2003;15(5):377–98.
78. Organisation for Economic Co-operation and Development (Estados
Unidos). Health Care Quality Indicators Project Conceptual Framework
Paper. [s.l.]: OECD, 2006 [acesso em 17 nov 2016]. Disponível em:
https://www.oecd.org/els/health-systems/36262363.pdf.
79. World Health Organization. Quality of care: a process for making
strategic choices in health systems. France: WHO, 2006 [acesso em 17
nov 2016]. Disponível em:
http://www.who.int/management/quality/assurance/QualityCare_B.Def.pd
f?ua=1
80. Agency for Healthcare Research and Quality (Estados Unidos). Quality
Indicator Measure Development, Implementation, Maintenance, and
Retirement. Rockville, MD (USA): AHRQ, 2011 [acesso em 17 nov
2016]. Disponível em:
http://www.qualityindicators.ahrq.gov/Downloads/Resources/Publications
/2011/QI_Measure_Development_Implementation_Maintenance_Retirem
ent_Full_5-3-11.pdf.
81. Nylenna M, BJertnaes O, Saunes IS, Lindahl AK. What is Good Quality
of Health Care? Professions and Professionalism. 2015:5(1).
82. Ibrahim A, Scott J. Community pharmacists in Khartoum State, Sudan:
their current roles and perspectives on pharmaceutical care
implementation. Int J Clin Pharm. 2013;35(2):236-43.
83. Moore L, Lavoie A, Bourgeois G, Lapointe J. Donabedian's structure-
process-outcome quality of care model: Validation in an integrated
trauma system. J Trauma Acute Care Surg. 2015;78(6):1168–75.
84. Donabedian A. Evaluating the quality of medical care. Milbank Mem
Fund Q. 2005;83(4):691–729.
85. Kunkel S, Rosenqvist U, Westerling R. The structure of quality systems
is important to the process and outcome, an empirical study of 386
hospital departments in Sweden. BMC Health Serv Res. 2007; 7:104.
86. Liu SW, Singer SJ, Sun BC, Camargo Jr CA. A Conceptual Model for
Assessing Quality of Care for Patients Boarding in the Emergency
Department: Structure-Process-Outcome.Acad Emerg Med. 2011 ; 18(4):
430–435.
158
87. McMurray DJB. Investigating regional electronic information exchange as
a measure of healthcare system integration: Making the invisible visible.
Waterloo. Tese [PhD em Ciências da Saúde e Gerontologia] - University
of Waterloo; 2013.
88. Nocella JM, Dickson VV, Cleland CM, Melkus GE. Structure, process,
and outcomes of care in a telemonitoring program for patients with type 2
diabetes. Patient Relat Outcome Meas. 2016; 7: 9–28.
89. Donabedian A. An introduction to quality assurance in health care. New
York: Oxford University Press, 2003.
90. Chung KC, Shauver MJ. Measuring quality in healthcare and its
implications for pay-for-performance initiatives. Hand Clin. 2009 ; 25(1):
71–vii.
91. Castle NG, Ferguson JC. What Is Nursing Home Quality and How Is It
Measured? Gerontologist. 2010; 50(4): 426–442.
92. Dalton M. Key performance indicators in Irish hospital libraries:
developing outcome-based metrics to support advocacy and service
delivery. Evid Based Libr Inf Pract. 2012;7(4).
93. Hartgerink JM, Cramm, JM, van Wijngaarden JDH, Bakker TJEM,
Mackenbach JP, Nieboer AP. A framework for understanding outcomes
of integrated care programs for the hospitalised elderly. Int J Integr Care.
2013 ; 13: e047.
94. Hakkarainen TW, Ayoung-Chee P, Alfonso R, Arbabi S, Flum DR.
Structure, process, and outcomes in skilled nursing facilities:
understanding what happens to surgical patients when they cannot go
home: a systematic review. J Surg Res. 2015;193(2): 772–80.
95. Xu X. Identification of nursing-sensitive indicators for nursing quality
monitoring and reporting in an Australian context. Melbourne. Tese [PhD
em Saúde e Biofísica] - College of Health and Biomedicine Victoria
University; 2015.
96. Wranik WD, Hayden JA, Price S, Parker RMN, Haydt SM, Edwards JM,
et al. How best to structure interdisciplinary primary care teams: the
study protocol for a systematic review with narrative framework
synthesis. Syst Rev. 2016; 5:170.
97. Weech-Maldonado R1, Meret-Hanke L, Neff MC, Mor V. Nurse staffing
patterns and quality of care in nursing homes. Health Care Manage Rev.
2004;29(2):107-16.
159
98. Horn BSD, Buerhaus P, Bergstrom N, Smout RJ. RN staffing time and
outcomes of long-stay nursing home residents. Am J Nurs. 2005;105:58.
99. Castle NG, Anderson RA. Caregiver staffing in nursing homes and their
influence on quality of care: using dynamic panel estimation methods.
Med Care. 2011;49:545.
100. Cohn JN, Johnson G, Ziesche S, Cobb F, Francis G, Tristani F, et al. A
comparison of enalapril with hydralazine-isosorbide dinitrate in the
treatment of chronic congestive heart failure. N Engl J Med.
1991;325(5):303–10.
101. Rubin HR, Pronovost P, Diette GB. The advantages and disadvantages
of process-based measures of health care quality. Int J Qual Health
Care. 2001;13(6):469–74.
102. Berkowitz RE, Jones RN, Rieder R, Bryan M, Schreiber R, Verney S, et
al. Improving disposition outcomes for patients in a geriatric skilled
nursing facility. J Am Geriatr Soc. 2011;59(6):1130–6.
103. Brownson RC, Pettiti DB. Applied epidemiology: theory to practice. New
York: Oxford University Press, 2006.
104. Cipolle RJ, Strand LM, Morley PC. Pharmaceutical care practice. New
York: McGraw-Hill, 2012.
105. Schindel TJ, Yuksel N, Breault R, Daniels J, Varnhagen S, Hughes CA.
Perceptions of pharmacists' roles in the era of expanding scopes of
practice. Res Social Adm Pharm. 2017;13(1):148–161.
106. Kirwin J, Canales AE, Bentley ML, Bungay K, Chan T, Dobson E, et al.
Process indicators of quality clinical pharmacy services during transitions
of care. Pharmacotherapy. 2012;32(11):e338-47.
107. Donabedian A. La calidad de la atención médica – definición y métodos
de evaluación. México: La Prensa Mexicana, 1984.
108. Meyer RM, O’Brien-Pallas LL. Nursing Services Delivery Theory: an
open system approach. J Adv Nurs. 2010; 66(12):2828–38.
109. Hillen JB, Vitry A, Caughey GE. Evaluating medication-related quality of
care in residential aged care: a systematic review. Springerplus. 2015;
4:220.
110. Dawson A, Grey N. Human Resources for Health in Maternal, Neonatal
and Reproductive Health at Community Level. [s.l.]: UNSW; BI, , 2010.
[acesso em 02 jan 2017]. Disponível em:
160
https://sphcm.med.unsw.edu.au/sites/default/files/sphcm/Centres_and_U
nits/MNRH_literature_synthesis.pdf
111. Chalmers D. Teaching and Learning Quality Indicators in Australian
Universities. [s.l.]: OECD, 2008. [acesso em 02 jan 2017]. Disponível em:
http://www.oecd.org/site/eduimhe08/41216416.pdf.
112. Keppel K, Pamuk E, Lynch J, Carter-Pokras O, Kim I, Mays V, et al.
Methodological Issues in Measuring Health Disparities. Vital Health Stat
2. 2005; (141):1–16.
113. Chen TF. Pharmacist-Led Home Medicines Review and Residential
Medication Management Review: The Australian Model. Drugs Aging.
2016;33(3):199-204.
162
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5.1 CONCLUSÃO GERAL
A overview de revisões sistemáticas pode dar subsídio quanto às variáveis
mais utlizadas para avaliar a Revisão da Farmacoterapia. Deste modo, subsidiou
o painel de especialistas no desenvolvimento de um conjunto de indicadores de
qualidade para estes serviços. Ademais, a overview foi essencial para
compreender o panorama mundial da prática da Revisão da Farmacoterapia.
Observou-se que há heterogeneidade das terminologias, definições e abordagem
da Revisão da Farmacoterapia bem como baixo rigor metodológico das revisões,
o que limita a comparação desta prática. Quando comparados aos indicadores de
processos, a literatura dá pouca ênfase à estrutura e aos resultados na avaliação
da qualidade da Revisão da Farmacoterapia. A relação entre indicadores de
diferentes dimensões (estrutura, processos e resultados) bem como o impacto
significativo da Revisão da Farmacoterapia nos indicadores de processos e
resultados desenvolvidos também é abordada em poucos estudos.
Nesse contexto, é necessário consensuar internacionalmente o processo da
Revisão da Farmacoterapia e estabelecer padrões mínimos de qualidade para a
prática, o que pode ser feito por meio de indicadores de qualidade. Frente ao
exposto, os resultados obtidos poderão embasar a construção de modelos
científicos para implantar, avaliar, otimizar e comparar a qualidade de serviços de
Revisão da Farmacoterapia.
5.2 PERSPECTIVAS
Espera-se que as iniciativas desta Dissertação sejam ampliadas e possam
fomentar o desenvolvimento de indicadores de qualidade a fim alcançar a
prestação de serviços clínicos farmacêuticos de qualidade com impacto positivo
na saúde de pacientes, família e comunidade.
Dada a ampla utilização dos indicadores de processos para a avaliação da
prática da Revisão da Farmacoterapia nas evidências científicas utilizadas neste
163
estudo, é necessário desenvolver indicadores de qualidade para serviços de
Revisão da Farmacoterapia a partir de outras fontes. Assim, guidelines, diretrizes
e padrões de prática sobre Revisão da Farmacoterapia e outros serviços clínicos
farmacêuticos podem ser utilizadas para desenvolver indicadores de estrutura e
resultados a fim de complementar os indicadores desenvolvidos nesta
Dissertação. Estes indicadores devem ser validados quanto ao conteúdo,
sensibilidade e especificidade.
Os indicadores validados poderão ser utilizados para desenvolvimento de
modelos científicos no que se refere à implantação, monitorização, avaliação e
aprimoramento da qualidade de serviços de Revisão da Farmacoterapia bem
como de outros serviços clínicos farmacêuticos. Ademais, poderão ser utilizados
para padronizar serviços clínicos farmacêuticos; aperfeiçoar recursos humanos e
materiais disponíveis dos serviços; reduzir custos desnecessários; avaliar o
impacto dos serviços; e, comparar (internamente e externamente) os serviços de
modo a garantir a sustentabilidade do processo de implementação.
A avaliação da qualidade do Serviço de Cuidados Farmacêuticos (SCF) do
Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (HU/EBSERH/UFS),
por meio dos indicadores validados, possibilitará realizar um diagnóstico do
Serviço auxiliando na identificação das dificuldades relativas à manutenção e à
ampliação do mesmo. A partir desta avaliação poderão ser propostas
intervenções como investimentos em infraestrutura, capacitação da equipe do
Serviço e definição de fluxos e processos de trabalho a fim de implementar e
consolidar o SCF, aprimorar a qualidade do cuidado prestado e otimizar os
resultados em saúde dos seus pacientes. Ademais, dada a integração entre
estagiários, pós-graduandos e residentes no Serviço de Cuidados Farmacêuticos,
a partir da parceria entre Ensino e Serviço, as intervenções propostas
representam uma oportunidade de formar recursos humanos qualificados em
serviços clínicos farmacêuticos.
165
6. REFERÊNCIAS
Abdo-Rabbo A, Al-Ansari M, Gunn BC, Suleiman BJ. The use of medicines in
Oman: Public knowledge, attitudes and practices. Sultan Qaboos Univ Med J.
2009;9:124–31.
Adams RP, Barton G, Bhattacharya D, Grassby PF, Holland R, Howe A, et al.
Supervised pharmacy student-led medication review in primary care for patients
with type 2 diabetes: a randomised controlled pilot study. BMJ
Open. 2015;5(11):e009246.
Agency for Healthcare Research and Quality (Estados Unidos) (2013) [homepage
na internet]. Testimony on Health Care Quality [acesso em 28 jan 2016].
Disponível em: http://www.ahrq.gov/news/newsroom/speech/index.html.
Agency for Healthcare Research and Quality (Estados Unidos). Quality Indicator
Measure Development, Implementation, Maintenance, and Retirement. Rockville,
MD (USA): AHRQ, 2011 [acesso em 17 nov 2016]. Disponível em:
http://www.qualityindicators.ahrq.gov/Downloads/Resources/Publications/2011/QI
_Measure_Development_Implementation_Maintenance_Retirement_Full_5-3-
11.pdf.
Aguiar PM, Balisa-Rocha BJ, Lyra Júnior DP. Avaliação de indicadores de
estrutura e processo de um serviço de Atenção Farmacêutica na Farmácia
Popular do Brasil : um estudo piloto. Rev Ciênc Farm Básica Apl.2013; 34( 3):
401–10.
Aguiar PM, Balisa-Rocha BJ, Brito GC, Lyra Júnior DP.
Pharmaceutical care program for elderly patients with uncontrolled hypertension. J
Am Pharm Assoc (2003). 2012;52(4):515–8.
Aguiar, PM, Lyra Júnior DP, Silva DT, Marques TC. Avaliação da Farmacoterapia
de Idosos Residentes em Instituições Asilares no Nordeste do Brasil. Lat Am J
Pharm. 2008; 27(3):454–9.
Ahn J, Park JE, Anthony C, Burke M. Understanding, benefits and difficulties
of home medicines review - patients' perspectives. Aust Fam
Physician. 2015;44(4):249–53.
Alkhenizan A, Shaw C. Impact of Accreditation on the Quality of Healthcare
Services: a Systematic Review of the Literature. Ann Saudi Med. 2011;31(4): 407–
416.
American College of Clinical Pharmacy (Estados Unidos), Harris IM, Baker
E, Berry TM, Halloran MA, Lindauer K, et al. Developing a business-practice
166
model for pharmacy services in ambulatory settings.
Pharmacotherapy. 2008;28(2):285.
Andrade, TNG, Jabbur-Lopes MO, Oliveira-Filho AD. Evaluation of
Pharmaceutical Counseling after Hospital Discharge of Post-Surgery Patients. Lat
Am J Pharm. 2011; 30(1); 107–11.
Bajorek B , LeMay K, Gunn , Armour C. The potential role for a pharmacist in a
multidisciplinary general practitioner super clinic Australas Med J. 2015; 8(2):52–
63.
Balisa-Rocha BJ, Aguiar PM, Cerqueira KS, Novaes MB, Alcântara TS, Lyra DP.
Evaluation of the effects of long-term of pharmacotherapeutic follow-up
intervention on clinical and humanistic outcomes in diabetes mellitus patients. Afr
J Pharmacy Pharmacol. 2014;8(14):372–8.
Basger BJ, Chen TF, Moles RJ. Validation of prescribing appropriateness criteria
for older Australians using the RAND/UCLA appropriateness method BMJ Open.
2012;2(5):e001431.
Bauer MS, Damschroder L, Hagedorn H, Smith J, Kilbourne AM. An introduction to
implementation science for the non-specialist BMC Psychol. 2015; 3(1):32.
Benrimoj SI, Feletto E, Gastelurrutia MA, Martinez MF, Faus MJ. Un enfoque
holístico e integrado de la implantación de los servicios farmacéutico cognitivos.
Ars Pharmaceutica, 2010; 51(2): 69–87.
Bergqvist M, Ulfvarson J, Karlsson EA. Nurse-led medication reviews and the
quality of drug treatment of elderly hospitalized patients. Eur J Clin Pharmacol.
2009;65:1089–96.
Berwick DM, Nolan TW, Whittington J. The triple aim: care, health, and
cost. Health Aff (Millwood) 2008;27:759–69.
Bezerra LCA, Cazarin G, Alves CKA. Modelagem de Programas: da teoria à
operacionalização. Rio de Janeiro: Medbook, 2010.
Blee J, Roux RK, Gautreaux S, Sherer JT, Garey KW. Dispensing inhalers to
patients with chronic obstructive pulmonary disease on hospital discharge: Effects
on prescription filling and readmission. Am J Health Syst
Pharm. 2015;72(14):1204–8.
Blenkinsopp A, Bond C, Raynor DK. Medication reviews. Br J Clin Pharmacol.
2012;74(4):573–80.
167
Bouvy JC, de Bruin ML, Koopmanschap MA. Epidemiology of Adverse Drug
Reactions in Europe: A Review of Recent Observational Studies Drug Saf. 2015;
38(5): 437–53.
Brandt M, Hallas J, Graabæk T, Pottegard A. Description of a practice model for
pharmacist medication review in a general practice setting. Pharm Pract
(Granada). 2014;12(3):420.
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada
nº 44 de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o
controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de
produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá
outras providências. Diário Oficial da União 18 ago 2009; Seção 1.
Brasil. Lei nº 13.021 de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a
fiscalização das atividades farmacêuticas. Diário Oficial da União 11 ago 2014a;
Seção 1.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Assistência Farmacêutica e
Insumos Estratégicos. Cuidado farmacêutico na atenção básica. Caderno 3:
Planejamento e implantação de serviços de cuidado farmacêutico na Atenção
Básica à Saúde: a experiência de Curitiba. Brasília: [s.n.]; 2014b.
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Assistência Farmacêutica e
Insumos Estratégicos. Cuidado farmacêutico na atenção básica. Caderno 1:
Serviços farmacêuticos na atenção básica à saúde. Brasília: [s.n.]; 2014c.
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.214, de 13 de junho de 2012. Institui o
Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do
Sistema Único de Saúde (QUALIFAR-SUS). Diário Oficial da União, 14 jun. 2012;
Seção 1.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos. Cuidado farmacêutico na atenção básica .Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Coordenação-Geral
de Assistência Farmacêutica Básica. Implantação da Cuidado Farmacêutico nas
Redes de Atenção à Saúde. [S.l.]: Brasil, 2015 [acesso em 15 nov 2016].
Disponível em: http://www.unifal-
mg.edu.br/atencaofarmaceutica/files/file/Palestra%20Felipe%20e%20Maria%20O
ndina.pdf.
Brasil. Ministério da Saúde; Departamento de Assistência Farmacêutica e
Insumos Estratégicos. Cuidado farmacêutico na atenção básica. Caderno 2:
Capacitação para implantação dos serviços de clínica farmacêutica. Brasília:
[s.n.]; 2014d.
168
Brazinha I, Fernandez-Llimos F. Barriers to the implementation of advanced
clinical pharmacy services at Portuguese hospitals. Int J Clin
Pharm. 2014;36(5):1031–8.
Brito GC, Menezes MS, Mesquita AR, Lyra Júnior DP. Efeito de um programa de
manejo farmacoterapêutico em um grupo de idosos com hipertensão em Aracaju-
Sergipe. Rev Cienc Farm Basica Apl. 2009;30(1):83–9.
Brito GC. Cuidados farmacêuticos em idosos com dislipidemia: uma abordagem
quali-quantitativa. São Cristóvão. Dissertação [Mestrado em Ciências
Farmacêuticas] - Universidade Federal de Sergipe; 2012.
Brito GC. Serviços clínicos farmacêuticos em unidades do programa Farmácia
Popular do Brasil do estado de Sergipe: implantação, implementação e
consolidação. São Cristóvão. Tese [Doutorado em Ciências da Saúde] -
Universidade Federal de Sergipe; 2015.
Bruchet N, Loewen Burstin H, Leatherman S, Goldmann D. The evolution
of healthcare quality measurement in the United States. J Intern
Med. 2016;279(2):154–9.
Busari JO. Comparative analysis of quality assurance in health care delivery and
higher medical education Adv Med Educ Pract. 2012;3:121–7.
Campbell JE, Gossell-Williams M, Lee MG. A Review of Pharmacovigilance.
West Indian Med J. 2014;63(7):771–4.
Campbell SM, Braspenning J, Hutchinson A, Marshall M. Research methods used
in developing and applying quality indicators in primary care. Qual Saf Health Care
2002;11:358-64.
Campbell, SM, Roland MO, Buetow SA. Defining quality of care. Soc Sci Med.
2000;51(11):1611-25.
Carter SR, Moles R, White L, Chen TF. Exploring patients' motivation to participate
in Australia's Home Medicines Review program. Int J Clin Pharm. 2012;34(4):658–
66.
Casserlie LM, Mager NAP. Pharmacists’ perceptions of advancing public health
priorities through medication therapy management. Pharm Pract (Granada). 2016;
14(3):792.
Cavanaugh JJ, Lindsey KN, Shilliday BB, Ratner SP. Pharmacist-coordinated
multidisciplinary hospital follow-up visits improve patient outcomes. J Manag Care
Spec Pharm. 2015;21(3):256–60.
169
Chan P, Grindrod KA, Bougher D, Pasutto FM, Wilgosh C, Eberhart G, et al. A
systematic review of remuneration systems for clinical pharmacy care services.
Can Pharm J (Ott). 2008;141(2):102–12.
Chau SH, Jansen AP, van de Ven PM, Hoogland P, Elders PJ, Hugtenburg JG.
Clinical medication reviews in elderly patients with polypharmacy: a cross-
sectional study on drug-related problems in the Netherlands. Int J Clin
Pharm. 2016;38(1):46–53.
Cheng Y, Raisch DW, Borrego ME, Gupchup GV. Economic, clinical, and
humanistic outcomes (ECHOs) of pharmaceutical care services for minority
patients: a literature review. Res Social Adm Pharm. 2013;9(3):311–29.
Christensen M, Lundh A. Medication review in hospitalised patients to reduce
morbidity and mortality.Cochrane Database Syst Rev. 2016;20;2:CD008986.
Cipolle RJ, Strand LM, Morley PC. Pharmaceutical care practice. New York:
McGraw-Hill, 2012.
Clyne W, Blenkinsopp A, Seal R. A guide to medication review. Londres: National
Prescribing Centre (NHS), 2008.
Consejería de Sanidad y Consumo (Espanha). Programa de Atención al Mayor
Polimedicado - Para la mejora en la utilización de los medicamentos. Madrid:
EDITA, 2014 [acesso em 03 fev 2016]. Disponível em:
http://www.madrid.org/cs/Satellite?blobcol=urldata&blobheader=application%2Fpd
f&blobheadername1=Content-
disposition&blobheadername2=cadena&blobheadervalue1=filename%3DProgram
a.pdf&blobheadervalue2=language%3Des%26site%3DPMAY&blobkey=id&blobta
ble=MungoBlobs&blobwhere=1352811252706&ssbinary=true.
Conselho Federal de Farmácia (Brasil). Resolução CFF nº 585 de 29 de agosto
de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras
providências. Diário Oficial da União 25 set 2013a; Seção 1.
Conselho Federal de Farmácia (Brasil). Serviços Farmacêuticos: contextualização
e arcabouço conceitual. [S.l.]: CFF, 2014 [acesso em 26 nov 2014]. Disponível
em:
http://www.cff.org.br/noticia.php?id=2423&titulo=CFF+abre+Consulta+Pública+no+
02/2014.
Correr CJ, Rotta I, Salgado TM, Fernandez-Llimos F. Tipos de serviços
farmacêuticos Clínicos: o que dizem as revisões sistemáticas? Lat Am J Pharm.
2013;1(2):23–42.
Curtin F, Schulz P. Assessing the benefit: risk ratio of a drug - randomized and
naturalistic evidence. Dialogues Clin Neurosci. 2011;13(2):183–90.
170
Dalleur O, Boland B, Losseau C, Henrard S, Wouters D, Speybroeck N, et al.
Reduction of potentially inappropriate medications using the STOPP criteria in frail
older inpatients: a randomised controlled study. Drugs & Aging 2014;31(4):291–8.
Davies S, Romano PS, Schmidt EM, Schultz E, Geppert JJ, McDonald KM.
Assessment of a Novel Hybrid Delphi and Nominal Groups Technique to Evaluate
Quality Indicators. Health Serv Res. 2011;46(6 Pt 1):2005–18.
Dequito AB, Mol PG, van Doormaal JE, Zaal RJ, van den Bemt PM, Haaijer-
Ruskamp FM. Preventable and Non-Preventable Adverse Drug Events in
Hospitalized Patients a Prospective Chart Review in the Netherlands. Drug
Saf. 2011;34(11):1089–100.
Dhillon AK, Hattingh HL, Stafford A, Hoti K. General practitioners' perceptions on
home medicines reviews: a qualitative analysis. BMC Fam Pract. 2015;16:16.
Dolovich L, Consiglio G, MacKeigan L, Abrahamyan L, Pechlivanoglou P, Rac
VE, et al. Uptake of the MedsCheck annual medication review service in Ontario
community pharmacies between 2007 and 2013. Can Pharm J (Ott). 2016; 149(5):
293–02.
Donabedian A. An introduction to quality assurance in health care. New York:
Oxford University Press, 2003.
Donabedian A. Evaluating the quality of medical care. Milbank Mem Fund Q.
2005;83(4):691–729.
Donabedian A. Evaluating the quality of medical care. Milbank Mem Fund Q.
1966; 44: 166–206.
Donabedian A. The quality of care. How can it be assessed? J Am Med
Assoc. 1988;260(12):1743–8.
Donabedian A. The role of outcomes in quality assessment and assurance. QRB
Qual Rev Bul. 1992;18(11):356–60.
Donabendian A. The definition of quality and approaches to its assessment. Ann
Arbo, MI: Health Administration Press, 1980.
Eccles MP, Mittman BS. Welcome to implementation science. Implementation
Sci. 2006;1:1.
El-haj H, Lamrini M, Rais N. Quality of care between Donabedian model and
ISO9001V2008. Int J Qual Res. 2013;7:17–30.
171
Ezeanolue EE. Implementation Research: A Significant Step in the Right Direction
to Advance Health Outcome in Nigeria. Ann Med Health Sci Res. 2014;4(3):291–
2.
Farquhar M. Patient safety and quality: An evidence-based handbook for nurses.
Chapter 45AHRQ Quality Indicators. Rockville, MD: AHRQ, 2008.
Farris KB, Kirking DM. Assessing the quality of pharmaceutical care. II. Application
of concepts of quality assessment from medical care. Ann
Pharmacother. 1993;27(2):215–23.
Fernandes O, Gorman SK, Slavik RS, Semchuk WM, Shalansky S, Bussières
JF, et al. Development of clinical pharmacy key performance indicators for hospital
pharmacists using a modified Delphi approach. Ann
Pharmacother. 2015;49(6):656–69.
Galato D, da Silva ES, Tiburcio LS. Estudo de utilização de medicamentos em
idosos residentes em uma cidade do sul de Santa Catarina (Brasil): um olhar
sobre a polimedicação. Ciênc saúde colet. 2010;15(6):2899–905.
Gallagher PF, O’Connor MN, O’Mahony D. Prevention of potentially inappropriate
prescribing for elderly patients: a randomized controlled trial using STOPP/START
criteria. Clin Pharmacol Ther. 2011;89(6):845–54.
Geurts MME, Talsma J, Brouwers JRBJ, De Gier JJ. Medication review and
reconciliation with cooperation between pharmacist and general practitioner and
the benefit for the patient: a systematic review. Br J Clin Pharmacol.
2012;74(1):66–33.
Geurts MME, Stewart, RE, Brouwers JRBJ, Graeff PA, Gier JJ. Implications of a
clinical medication review and a pharmaceutical care plan of polypharmacy
patients with a cardiovascular disorder. Int J Clin Pharm. 2016;38:808–15.
Gheewala PA, Peterson GM, Curtain CM, Nishtala PS, Hannan PJ, Castelino RL.
Impact of the pharmacist medication review services on drug-related problems and
potentially inappropriate prescribing of renally cleared medications in residents of
aged care facilities. Drugs Aging. 2014;31(11):825–35.
Green LW, Ottoson JM, Garcia C, Hiatt RA. Diffusion theory knowledge
dissemination utilization integration in public health. Annu Rev Public
Health. 2009;30:151–74.
Gunter MJ. The role of the ECHO model in outcomes research and clinical
practice improvement. Am J Manag Care. 1999;5(4 Suppl):S217–24.
172
Gyllensten H, Hakkarainen KM, Jönsson AK, Sundell KA, Hägg S, Rehnberg C, et
al. Modelling drug-related morbidity in Sweden using an expert panel of
pharmacists’. Int J Clin Pharm. 2012;34:538–46.
Gyllensten H. Economic impact of drug-related morbidity in Sweden. Estimated
using experts’ opinion, medical records and self-report. Gothenburg. Tese [Tese
de Pós-Doutorado] – Universidade de Gothenburg; 2014.
Hatah E, Braund R, Tordoff J, Duffull SB. A systematic review and meta-analysis
of pharmacist-led fee-for-services medication review. Br J Clin
Pharmacol. 2014;77(1):102–15.
Hillen JB, Vitry A, Caughey GE. Evaluating medication-related quality of care in
residential aged care: a systematic review. Springerplus. 2015;4:220.
Hohl CM, Wickham ME, Sobolev B, Perry JJ, Sivilotti ML, Garrison S, et al. The
effect of early in-hospital medication review on health outcomes: a systematic
review. Br J Clin Pharmacol. 2015;80(1):51–61.
Hohner E, Ortmann M, Murtaza U, Chopra S, Ross PA, Swarthout M, et al.
Implementation of an emergency department-based clinical pharmacist transitions-
of-care program. Am J Health Syst Pharm. 2016;73(15):1180–7.
Horowitz KN, Lamnin M. Design and implementation of a quality-assurance
program for pharmaceutical services. Am J Hosp Pharm. 1980;37(1):82–4.
Houle SKD, Grindrod KA, Chatterley T, Tsuyuk RT. Paying pharmacists for patient
care. A systematic review of remunerated pharmacy clinical care services. Can
Pharm J (Ott). 2014;147(4): 209–32.
Howard RL, Avery AJ, Slavenburg S, Royal S, Pipe G, Lucassen P, et al. Which
drugs cause preventable admissions to hospital? A systematic review. Br J Clin
Pharmacol. 2007;63:136–47.
Ibrahim A, Scott J. Community pharmacists in Khartoum State, Sudan: their
current roles and perspectives on pharmaceutical care implementation. Int J Clin
Pharm. 2013;35(2):236-43.
Institute of Medicine (Estados Unidos). Medicare: a strategy for quality
assurance. Washington: National Academy Press, 1990.
International Pharmaceutical Federation. The Tokyo Declaration: Standards for
quality of pharmacy services. Federation Internationale Pharmaceutique. Tokyo:
FIP, 1993.
173
Isetts BJ, Brummel AR, de Oliveira DR, Moen DW. Managing drug-related
morbidity and mortality in the patient-centered medical home. Med Care.
2012;50(11):997–1001.
Jódar-Sánchez F, Malet-Larrea A, Martín JJ, García-Mochón L, López Del Amo
MP, Martínez-Martínez F, et al. Cost-utility analysis of a medication review with
follow-up service for older adults with polypharmacy in community pharmacies in
Spain: the consigue program. Pharmacoeconomics. 2015;33(6):599–610.
Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations, QRB Qual Rev
Bull. 1989;15(11):330-9.
Jokanovic N, Tan EC, van den Bosch D, Kirkpatrick CM, Dooley MJ, Bell JS.
Clinical medication review in Australia: A systematic review. Res Social Adm
Pharm. 2016b;12(3):384–418.
Jokanovic N, Tan EC, Sudhakaran S, Kirkpatrick CM, Dooley MJ, Ryan-Atwood
TE, et al. Pharmacist-led medication review in community settings: An overview of
systematic reviews. Res Social Adm Pharm. 2016a. pii: S1551–7411(16)30362-X.
[Epub ahead of print]
Junges F. Avaliação do Programa Farmácia Popular do Brasil: aspectos
referentes a estrutura e processos. Porto Alegre. Dissertação [Mestrado
Profissional em Gestão de Assistência Farmacêutica] - Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, 2009.
Kaae S, Christensen ST. Exploring long term implementation of cognitive services
in community pharmacies - a qualitative study. Pharm. Pract. (Granada).
2012;10(3):151–8.
Karani MV, Haddad Y, Lee R. The Role of Pharmacists in Preventing Falls among
America’s Older Adults. Front Public Health. 2016;4:250.
Kempen TG, van de Steeg-van Gompel CH, Hoogland P, Liu Y, Bouvy ML. Large
scale implementation of clinical medication reviews in Dutch community
pharmacies: drug-related problems and interventions. Int J Clin
Pharm. 2014;36(3):630–5.
Kenneth FS, Altman, DG, Moher D. CONSORT 2010 Statement: Updated
Guidelines for Reporting Parallel Group Randomized Trials. Ann Intern Med.
2010;152(11):1–7.
Khalil V, de Clifford JM, Lam S, Subramaniam A. Implementation and evaluation of
a collaborative clinical pharmacist's medications reconciliation and charting service
for admitted medical inpatients in a metropolitan hospital. J Clin Pharm
Ther. 2016;41(6):662–6.
174
Kirwin J, Canales AE, Bentley ML, Bungay K, Chan T, Dobson E, et al. Process
indicators of quality clinical pharmacy services during transitions of care.
Pharmacotherapy. 2012;32(11):e338–47.
Knapp H, Anaya HD. Implementation science in the real world: a streamlined
model. J Healthc Qual. 2012;34(6):27–34.
Kötter T, Blozik E, Scherer M. Methods for the guideline-based development of
quality indicators--a systematic review. Implement Sci. 2012;7:21.
Kozma CM, Reeder CE, Schulz RM. Economic, clinical, and humanistic outcomes:
a planning model for pharmacoeconomic research. Clin Ther. 1993;15(6):1121–
32.
Krumholz HM. Outcomes Research: generating evidence for best practice and
policies. Circulation. 2008;118(3):309–18.
Landsverk J, Brown CH, Reutz JR , Palinkas L, Horwitz SM. Design Elements in
Implementation Research: A Structured Review of Child Welfare and Child Mental
Health Studies. Adm Policy Ment Health. 2011;38(1):54–63.
Lawrence M, Olesen F. Indicators of quality health care. Eur J Gen
Pract. 1997;3:103–108.
Leikola S, Virolainen J, Tuomainen L, Tuominen RK, Airaksinen MS.
Comprehensive medication reviews for elderly patients: findings and
recommendations to physicians. J Am Pharm Assoc. 2012;52(5):630–3.
Lemos J. Improving the Quality of Clinical Pharmacy Services: A Process to
Identify and Capture High-Value “Quality Actions”. Can J Hosp Pharm.
2011;64(1):42–47.Lenander C, Elfsson B, Danielsson B, Midlöv P, Hasselström J.
Effects of a pharmacist-led structured medication review in primary care on drug-
related problems and hospital admission rates: a randomized controlled trial.
Scandinavian. Scand J Prim Health Care. 2014;32(4):180–6.
Lenz TL, Monaghan MS. Pay-for-performance model of medication therapy
management in pharmacy practice. J Am Pharm Assoc (2003). 2011;51(3):425–
31.
Lewinski D, Wind S, Belgardt C, Plate V, Behles C, Schweim HG. Prevalence and
safety-relevance of drugrelated problems in German community pharmacies.
Pharmacoepidemiol. Drug Saf. 2010;19(2):141–9.
Lloyd KB, Evans RL. Reimbursement model for pharmacist-directed medication
therapy management. J Am Pharm Assoc. (2003). 2012;52(2):161–9.
175
Lo E, Rainkie D, Semchuk WM, Gorman SK, Toombs K, Slavik RS, Measurement
of Clinical Pharmacy Key Performance Indicators to Focus and Improve Your
Hospital Pharmacy Practice. Can J Hosp Pharm. 2016;69(2):149–55.
Lobb R, Colditz RGA. Implementation Science and its Application to Population
Health. Annu Rev Public Health. 2013; 34: 235–51.
Mainz J. Defining and classifying clinical indicators for quality improvement. Int J
Qual Health Care. 2003;15(6):523–30.
Malet-Larrea A, Goyenechea E, García-Cárdenas V, Calvo B, Arteche JM,
Aranegui P, et al. The impact of a Medication Review with Follow-up service on
hospital admissions in aged polypharmacy patients. Br J Clin Pharmacol.
2016;82(3):831–8.
Manasse Júnior HR, Thompson KK. Medication safety as problem in public policy.
In: Manasse Júnior HR, Thompson KK. Medication safety: a guide for health care
facilities. Bethesda: ASHP, 2005.
Mannheimer B, Ulfvarson J, Eklof S, Bergqvist M, Andersén-Karlsson
E, Pettersson H, et al. Drug-related problems and pharmacotherapeutic advisory
intervention at a medicine clinic. Eur J Clin Pharmacol. 2006;62:1075–81.
Marques TC. Avaliação de indicadores de estrutura e processo na implementação
de um serviço de Revisão da Farmacoterapia. São Cristóvão. Tese [Doutorado
em Ciências da Saúde] - Universidade Federal de Sergipe; 2015.
McBane S, Trewet CB, Havican, SN, Kiser K, Klingel C, Riche DM, et al. Tenets
for developing quality measures for ambulatory clinical pharmacy services.
Pharmacotherapy. 2011;31(7):115e–34e.
Meid AD, Lampert A, Burnett A, Seidling HM, Haefeli WE. The impact of
pharmaceutical care interventions for medication underuse in older people: a
systematic review and meta-analysis. Br J Clin Pharmacol. 2015;80(4):768–76.
Meissner HI, Glasgow RE, Vinson CA, Chambers D, Brownson RC, Green LW, et
al.. The U.S. training institute for dissemination and implementation research in
health. Implement Sci. 2013;24;8:12.
Mekonnen AB, Yesuf EA, Odegard PS, Wega SS. Implementing ward based
clinical pharmacy services in an Ethiopian University Hospital. Pharm Pract
(Granada). 2013;11(1): 51–7.
Messerli M, Blozik E, Vriends N, Hersberger KE. Impact of a community
pharmacist-led medication review on medicines use in patients on polypharmacy -
a prospective randomised controlled trial. BMC Health Serv Res. 2016; 16: 145.
176
Messerli M. The impact of medication review – does it work? Structured discussion
on the effect of medication review in different settings. Mechelen: PCNE, 2015
[acesso em 31 jan 2016]. Disponível em:
http://www.pcne.org/upload/files/91_Messerli_2015.pdf.
Mikeal RL, Brown TR, Lazarus HL, Vinson MC. Quality of pharmaceutical care in
hospitals. Am J Hosp Pharm. 1975;32(6):567–74.
Miller-Keane. Encyclopedia and Dictionary of Medicine, Nursing and Allied Health.
New Jersey: Elsevier, 2003.
Minayo MCS. Construção de indicadores qualitativos para avaliação de
mudanças. Ver bras. Edu Med. 2009; 33:83–91.
Miranda ES, Fitzgerald JF, Osorio-de-Castro CG. A methodological approach for
the evaluation of preparedness of pharmaceutical services. Rev Panam Salud
Publica. 2013;34(5):312–20.
Moore L, Lavoie A, Bourgeois G, Lapointe J. Donabedian's structure-process-
outcome quality of care model: Validation in an integrated trauma system. J
Trauma Acute Care Surg. 2015;78(6):1168–75.
Morris CJ, Cantrill JA, Hepler CD, Noyce PR. Preventing drug-related morbity-
determining valid indicators. Int J Qual Health Care. 2002;14(3):183–98.
Morris S. Health Economics for Nurses: an introduction guide. New York:
Routledege. 2013.
Mosadeghrad AM. Factors influencing healthcare service quality. Int J Health
Policy Manag. 2014;3(2):77–89.
Moullin JC, Sabater-Hernández D, Fernandez-Llimos F, Benrimoj SI. A systematic
review of implementation frameworks of innovations in healthcare and resulting
generic implementation framework. Health Res Policy Syst. 2015;13:16.
Mullins CD, Baldwin R, Perfetto EM. What are outcomes? J Am Pharm Assoc
(Wash). 1996;36(1):39–49.
Nair R, Aggarwal R, Khanna D. Methods of Formal Consensus in
Classification/Diagnostic Criteria and Guideline Development. Semin Arthritis
Rheum. 2011;41(2):95–105.
National Health System (Reino Unido). Guidance on the medicines use review
service. Pharmaceutical Services Negotiating Committee. [S.l.]: NHS Employers,
2013 [acesso em 29 jun 2015]. Disponível em:
http://www.psnc.org.uk/data/files/PharmacyContract/Contract_changes_2011/MU
R_guidance_Sept_2012.pdf.
177
National Quality Measures Clearinghouse (Estados Unidos) (2015) [homepage na
internet]. Domain Framework and Inclusion Criteria [acesso em 27 jan 2016].
Disponível em: http://www.qualitymeasures.ahrq.gov/about/domain-
definitions.aspx.
Nau DP. Measuring pharmacy quality. J Am Pharm Assoc. 2009;49:212–9.
NHS Cumbria Medicines Management Team (Reino Unido). Clinical Medication
Review. A Practice Guide Overview. [S.l.]: NHS Cumbria, 2013 [acesso 04 jul
2015]. Disponível em:
http://www.cumbria.nhs.uk/ProfessionalZone/MedicinesManagement/Guidelines/M
edicationReview-PracticeGuide2011.pdf.
Ocampo CC, Garcia-Cardenas V, Martinez-Martinez F, Benrimoj SI, Amariles P,
Gastelurrutia MA. Implementation of medication review with follow-up in a Spanish
community pharmacy and its achieved outcomes. Int J Clin Pharm. 2015 J. [Epub
ahead of print].
Ohta Y, Sakuma M, Koike K, Bates DW, Morimoto T. Influence of adverse drug
events on morbidity and mortality in intensive care units: the JADE study. Int J
Qual Health Care. 2014;26(6):573–8.
Ong KY, Cheen MH, Chng JS, Chen LL, Ng SM, Lim SH, et al. Effectiveness of a
multidisciplinary home-based medication review program in reducing healthcare
utilization among older adult Singaporeans. Geriatr Gerontol Int. 2016 [Epub
ahead of print].
Organisation for Economic Co-operation and Development (Estados Unidos).
Health Care Quality Indicators Project Conceptual Framework Paper. [s.l.]: OECD,
2006 [acesso em 17 nov 2016]. Disponível em: https://www.oecd.org/els/health-
systems/36262363.pdf.
Organisation for Economic Co-operation and Development (Estados Unidos).
Health Care Quality Indicators Project Conceptual Framework Paper. [s.l.]: OECD,
2006 [acesso em 17 nov 2016]. Disponível em: https://www.oecd.org/els/health-
systems/36262363.pdf.P, Pan American Health Organization. Guidelines for the
Development of Pharmaceutical Services in Primary Health Care. Washington:
PAHO, 2011 [acesso em 02 fev 2016]. Disponível em:
http://www.paho.org/hq/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid
=14678&Itemid.
Pan American Health Organization. Primary Health Care based Pharmaceutical
Services: PAHO/WHO position paper. Washington: PAHO, 2013 [acesso em 02
fev 2016]. Disponível em:
https://cursos.campusvirtualsp.org/pluginfile.php/36532/mod_page/content/20/M20
1_PAHO_2013.pdf.
178
Patwardhan PD, Amin ME, Chewning BA. Intervention research to enhance
community pharmacists’ cognitive services: a systematic review. Res Social Adm
Pharm. 2014;10(3):475–93.
Peter WLSt, Wazny LD, Patel UD. New Models of CKD Care Including
Pharmacists: Improving Medication Reconciliation and Medication Management.
Curr Opin Nephrol Hypertens. 2013;22(6): 656–62.
Pharmaceutical Society of Australia. Guidelines for pharmacists providing
medicines use review (MedsCheck) and diabetes medication management
(Diabetes MedsCheck) services. Deakin West: PSA, 2012 [acesso em 02 fev
2016]. Disponível em:
http://www.psa.org.au/downloads/ent/uploads/filebase/guidelines/3612-
medscheck-guidelines-c.pdf.
Pharmaceutical Society of Australia. Guidelines for pharmacists providing Home
Medicines Review (HMR) services. Deakin West: PSA, 2011a [acesso em 02 fev
2016]. Disponível em: http://www.psa.org.au/downloads/practice-guidelines/home-
medicines-review-services.pdf.
Pharmaceutical Society of Australia. Guidelines for pharmacists providing
Residential Medication Management Review (RMMR) and Quality Use of
Medicines (QUM) services. Deakin West: PSA, 2011b [acesso em 02 fev 2016].
Disponível em: http://www.psa.org.au/downloads/practice-guidelines/rmmr-and-
qum-services.pdf.
Phatak A, Prusi R, Ward B, Hansen LO, Williams MV, Vetter E, et al. Impact of
pharmacist involvement in the transitional care of high-risk patients through
medication reconciliation, medication education, and postdischarge call-backs
(IPITCH Study). J Hosp Med. 2016;11(1):39–44.
Philbrick AM, Harris IM, Schommer JC, Fallert CJ. Medication discrepancies
associated with subsequent pharmacist-performed medication reconciliations in an
ambulatory clinic. J Am Pharm Assoc (2003). 2015;55(1):77–80.
Powell BJ, Waltz TJ, Chinman MJ, Damschroder LJ, Smith JL, Matthieu MM, et
al. A refined compilation of implementation strategies: results from the Expert
Recommendations for Implementing Change (ERIC) project. Implement Sci.
2015:10(21).
Proctor EK, Powell BJ, McMillen JC. Implementation strategies: recommendations
for specifying and reporting. Implement Sci. 2013;8:1–11.
Radawski D. Continuous quality improvement: origins, concepts, problems, and
applications. Perspect Physician Assist Educ. 1999;10(1):12–16.
179
Raine R, WallaceI, Bháird CN, Xanthopoulou P, Lanceley A, Clarke A, et al.
Improving the effectiveness of multidisciplinary team meetings for patients with
chronic diseases: a prospective observational study. Southampton (UK): NIHR
Journals Library, 2014.
Redick EL. Applying FOCUS-PDCA to solve clinical problems. Dimens Crit Care
Nurs. 1999;18:30–4.
Reis WCT. Revisão de prescrições em hospital universitário brasileiro de grande
porte. Curitiba. Dissertação [Mestrado em Ciências Farmacêuticas] -
Universidade Federal do Paraná; 2015.
Rigoni CC, Brito ES, Alano GM, Galato D. Pharmacotherapy review: a proposal to
improve medication adherence among hypertensive patients. Braz J Pharm Sci.
2015;51(4):763–73.
Rios MC, Cruz AD, Balisa-Rocha BJ, Brito GC, Rios SS., Lyra Jr DP. Estruturação
de farmácias comunitárias para implementação dos serviços farmacêuticos. Ver
Bras Farm. 2013;94(1):66–71.
Rubin HR, Pronovost P, Diette GB. The advantages and disadvantages of
process-based measures of health care quality. Int J Qual Health Care.
2001;13(6):469–74.
Sáez-Benito L, Fernandez-Llimos F, Feletto E, Gastelurrutia MA, Martinez-
Martinez F, Benrimoj SI. Evidence of the clinical effectiveness of cognitive
pharmaceutical services for aged patients. Age Ageing. 2013;42(4):442–9.
Santos Júnior GA. Avaliação de Indicadores de Estrutura e de Processo em um
Serviço de Revisão da Farmacoterapia. São Cristóvão. Dissertação [Mestrado em
Ciências Farmacêuticas] - Universidade Federal de Sergipe; 2013.
Santos-Júnior GA, Marques TC, Silva ROS, Silvestre CC, Lyra Jr DP, Silva FA.
Quality indicators to medication review services: evaluation of the structure. Lat.
Am. J. Pharm. 2015;34(6):117–29.
Sartor VB, de Freitas SFT. Model for the evaluation of drug-dispensing services in
primary health care Rev Saude Publica. 2014;48(5): 827–36.
Saver BG, Martin S, Adler RN. Candib LM, Deligiannidis KE , Golding J, et al.
Care that Matters: Quality Measurement and Health Care. PLoS Med.
2015;12(11): e1001902.
Serpelloni G, Simeoni E. Quality Management. Verona, Italy: La Grafica, 2002.
180
Shamseer L, Moher D, Clarke M, Ghersi D, Liberati A, Petticrew M, et al. Preferred
Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analysis Protocols (PRISMA-P)
2015: elaboration and explanation. BMJ. 2015.349:g7647.
Shaw J, Seal R, Pilling M. Task force on medicines partnership and the national
collaborative medicines management services programme. Room for review - a
guide to medication review: the agenda for patients, practitioners and managers.
London: Medicines partnership, 2002.
Shiyanbola OO, Mott DA, Croes KD. Exploring consumer understanding and
preferences for pharmacy quality information. Int J Clin Pharm. 2016;38(1):96–
106.
Sin B, Yee L, Claudio-Saez M, Halim Q, Marshall L, Hayes-Quinn M.
Implementation of a 24-hour pharmacy service with prospective medication review
in the emergency department. Hosp Pharm. 2015;50(2):134–8.
Sistema Sanitario Publico Andaluz (Espanha). Pharmaceutical Society of
Australia. Guía de trabajo para larevisión sistemática de medicaciónen pacientes
polimedicadosenAtención Primaria. Andaluz: SSPA, 2013[acesso em 02 fev
2016]. Disponível em: http://www.cadime.es/es/destacado.cfm?iid=guia-revision-
medicacion-polimedicados#.WBzZ0dIrLMw.
Souza TT, Godoy RR, Rotta I, Pontarolo R, Fernandez-Llimos F, Correr CJ.
Morbidade e mortalidade relacionadas a medicamentos no Brasil: revisão
sistemática de estudos observacionais. Rev Ciênc Farm Básica Apl.
2014;35(4):519–32.
Stark RG, John J, Leidl R. Health care use and costs of adverse drug events
emerging from outpatient treatment in Germany: a modelling approach. BMC
Health Serv Res. 2011;11.
Surur AS, Teni FS, Girmay G, Moges E, Tesfa M, Abraha M. Assessment of the
structural and process aspects of pharmaceutical care at a university hospital in
Ethiopia. J Pharm Bioall Sci. 2015;7:97–102.
Tammela O. Applications of consensus methods in the improvement of care of
paediatric patients: a step forward from a 'good guess'. Acta
Paediatr. 2013;102(2):111–5.
Tarn DM, Paterniti DA, Kravitz RL, Fein S, Wenger NS. How Do Physicians
Conduct Medication Reviews? J Gen Intern Med. 2009; 24(12):1296–302.
Teichert M, Schoenmakers T, Kylstra N, Mosk B, Bouvy ML, van de Vaart F, et al.
Quality indicators for pharmaceutical care: a comprehensive set with national
scores for Dutch community pharmacies. Int J Clin Pharm. 2016; 38:870–79.
181
Thoma B, Poitras J, Penciner R, Sherbino J, Holroyd BR, Woods RA.
Administration and leadership competencies: establishment of a national
consensus for emergency medicine.CJEM. 2015;17(2):107–14.
Thomas CW, Corso L, Monroe JA. The Value of the “System” in Public Health
Services and Systems Research Am J Public Health. 2015;105(Suppl 2):S147–9.
Toombs K, Touchette DR, Doloresco F, Suda KJ, Perez A, Turner S, Jalundhwala
Y, Economic evaluations of clinical pharmacy services: 2006-2010.
Pharmacotherapy. 2014;34(8):771–93.
Utley M. Methods for modelling health service delivery: approaches, shortcomings
and emerging opportunities. [s.l.]: MRC, 2014. [acesso em 02 jan 2016].
Disponível em: https://www.mrc.ac.uk/documents/pdf/utley-health-service-
modelling-vignette/.
White CM, Schlesselmann L. Instructing pharmacy students with interactive
clinical cases. Am J Health Syst Pharm. 2008;65(17):1598–9.
White L, Klinner C, Carter S. Consumer perspectives of the Australian Home
Medicines Review Program: benefits and barriers. Res Social Adm
Pharm. 2012;8(1):4–16.
World Health Organization. 2015 Global Reference List of 100 Core Health
Indicators. [s. l.]: WHO, 2015 [acesso em 03 fev 2016]. Disponível em:
http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/173589/1/WHO_HIS_HSI_2015.3_eng.pdf
?ua=1.
World Health Organization. Medicines Policy 2020: Towards efficient, safe,
rational and cost-effective use of medicines. Helsink: WHO, 2011 [acesso em 03
fev 2016]. Disponível em:
http://apps.who.int/medicinedocs/documents/s19762en/s19762en.pdf.
World Health Organization. Quality improvement in primary health care: a practical
guide. Cairo: WHO, 2004 [acesso em 16 nov 2016]. Disponível em:
http://applications.emro.who.int/dsaf/dsa231.pdf.
World Health Organization. Quality of care: a process for making strategic choices
in health systems. France: WHO, 2006 [acesso em 17 nov 2016]. Disponível em:
http://www.who.int/management/quality/assurance/QualityCare_B.Def.pdf?ua=1
World Health Organization. WHO Expert Committee on Specifications for
Pharmaceutical Preparations - WHO Technical Report Series, no. 885 - Thirty-fifth
Report. Annex 7: Good Manufacturing Practices: Supplementary Guidelines for
the Manufacture of Pharmaceutical Excipients. Geneva: WHO, 1999. [acesso em
06 jan 2017]. Disponível em:
http://apps.who.int/medicinedocs/pdf/h1792e/h1792e.pdf.
182
World Health Organization; International Pharmaceutical Federation. Developing
Pharmacy Practice. A Focus on Patient Care Handbook – 2006 edition.
Geneva/The Hague, The Netherlands: WHO; FIP, 2006.
World Health Organization; International Pharmaceutical Federation. WHO Expert
Committee on Specifications for Pharmaceutical Preparations - WHO Technical
Report Series, no. 961 - Fortieth-fifth Report. Annex 8: Good pharmacy practice:
standards for quality of pharmacy services (joint FIP/WHO). [S.l.]: WHO, 2011.
[acesso em 06 jan 2017]. Disponível em:
http://apps.who.int/medicinedocs/documents/s18676en/s18676en.pdf.
Wouters H, Quik EH, Boersma F, Nygård P, Bosman J, Böttger WM, et al.
Discontinuing inappropriate medication in nursing home residents (DIM-NHR
Study): protocol of a cluster randomised controlled trial. BMJ Open.
2014;4(10):e006082.
Zanella CG, Aguiar PM, Storpirtis S. The role of the pharmacist in dispensing
medication in Adult Psychosocial Care Centers in the city of São Paulo, Capital of
the State of São Paulo, Brazil. Cien Saude Colet. 2015;20(2):325–32.
189
7.2 Anexo B – Normas do periódico “Implementation Science”
Research
Criteria
Research articles are reports of data from original research and should be no longer than 5500 words.
Preparing your manuscript
The information below details the section headings that you should include in your manuscript and what information should be within each section.
Please note that your manuscript must include a 'Declarations' section including all of the subheadings (please see below for more information).
Title page
The title page should:
present a title that includes, if appropriate, the study design e.g.: o "A versus B in the treatment of C: a randomized controlled trial", "X is a risk factor
for Y: a case control study", "What is the impact of factor X on subject Y: A systematic review" o or for non-clinical or non-research studies a description of what the article reports
list the full names, institutional addresses and email addresses for all authors o if a collaboration group should be listed as an author, please list the Group name
as an author. If you would like the names of the individual members of the Group to be searchable through their individual PubMed records, please include this information in the “Acknowledgements” section in accordance with the instructions below
indicate the corresponding author
Abstract
The Abstract should not exceed 350 words. Please minimize the use of abbreviations and do not cite references in the abstract. Reports of randomized controlled trials should follow the CONSORT extension for abstracts. The abstract must include the following separate sections:
Background: the context and purpose of the study
Methods: how the study was performed and statistical tests used
Results: the main findings
Conclusions: brief summary and potential implications
Trial registration: If your article reports the results of a health care intervention on human participants, it must be registered in an appropriate registry and the registration number and date of registration should be in stated in this section. If it was not registered prospectively (before enrollment of the first participant), you should include the words 'retrospectively registered'. See our editorial policies for more information on trial registration
190
Keywords
Three to ten keywords representing the main content of the article.
Background
The Background section should explain the background to the study, its aims, a summary of the existing literature and why this study was necessary or its contribution to the field.
Methods
The methods section should include:
the aim, design and setting of the study
the characteristics of participants or description of materials
a clear description of all processes, interventions and comparisons. Generic drug names should generally be used. When proprietary brands are used in research, include the brand names in parentheses
the type of statistical analysis used, including a power calculation if appropriate
Results
This should include the findings of the study including, if appropriate, results of statistical analysis which must be included either in the text or as tables and figures.
Discussion
This section should discuss the implications of the findings in context of existing research and highlight limitations of the study.
Conclusions
This should state clearly the main conclusions and provide an explanation of the importance and relevance of the study reported.
List of abbreviations
If abbreviations are used in the text they should be defined in the text at first use, and a list of abbreviations should be provided.
191
Declarations
All manuscripts must contain the following sections under the heading 'Declarations':
Ethics approval and consent to participate
Consent for publication
Availability of data and material
Competing interests
Funding
Authors' contributions
Acknowledgements
Authors' information (optional)
Please see below for details on the information to be included in these sections.
If any of the sections are not relevant to your manuscript, please include the heading and write 'Not applicable' for that section.
Ethics approval and consent to participate
Manuscripts reporting studies involving human participants, human data or human tissue must:
include a statement on ethics approval and consent (even where the need for approval was waived)
include the name of the ethics committee that approved the study and the committee’s reference number if appropriate
Studies involving animals must include a statement on ethics approval.
See our editorial policies for more information.
If your manuscript does not report on or involve the use of any animal or human data or tissue, please state “Not applicable” in this section.
Consent for publication
If your manuscript contains any individual person’s data in any form (including individual details, images or videos), consent for publication must be obtained from that person, or in the case of children, their parent or legal guardian. All presentations of case reports must have consent for publication.
You can use your institutional consent form or our consent form if you prefer. You should not send the form to us on submission, but we may request to see a copy at any stage (including after publication).
See our editorial policies for more information on consent for publication.
If your manuscript does not contain data from any individual person, please state “Not applicable” in this section.
Availability of data and materials
All manuscripts must include an ‘Availability of data and materials’ statement. Data availability statements should include information on where data supporting the results reported in the article
192
can be found including, where applicable, hyperlinks to publicly archived datasets analysed or generated during the study. By data we mean the minimal dataset that would be necessary to interpret, replicate and build upon the findings reported in the article. We recognise it is not always possible to share research data publicly, for instance when individual privacy could be compromised, and in such instances data availability should still be stated in the manuscript along with any conditions for access.
Data availability statements can take one of the following forms (or a combination of more than one if required for multiple datasets):
The datasets generated and/or analysed during the current study are available in the [NAME] repository, [PERSISTENT WEB LINK TO DATASETS]
The datasets used and/or analysed during the current study available from the corresponding author on reasonable request.
All data generated or analysed during this study are included in this published article [and its supplementary information files].
The datasets generated and/or analysed during the current study are not publicly available due [REASON WHY DATA ARE NOT PUBLIC] but are available from the corresponding author on reasonable request.
Data sharing is not applicable to this article as no datasets were generated or analysed during the current study.
The data that support the findings of this study are available from [third party name] but restrictions apply to the availability of these data, which were used under license for the current study, and so are not publicly available. Data are however available from the authors upon reasonable request and with permission of [third party name].
Not applicable. If your manuscript does not contain any data, please state 'Not applicable' in this section.
More examples of template data availability statements, which include examples of openly available and restricted access datasets, are available here.
BioMed Central also requires that authors cite any publicly available data on which the conclusions of the paper rely in the manuscript. Data citations should include a persistent identifier (such as a DOI) and should ideally be included in the reference list. Citations of datasets, when they appear in the reference list, should include the minimum information recommended by DataCite and follow journal style. Dataset identifiers including DOIs should be expressed as full URLs. For example:
Hao Z, AghaKouchak A, Nakhjiri N, Farahmand A. Global integrated drought monitoring and prediction system (GIDMaPS) data sets. figshare. 2014. http://dx.doi.org/10.6084/m9.figshare.853801
With the corresponding text in the Availability of data and materials statement:
The datasets generated during and/or analysed during the current study are available in the [NAME] repository, [PERSISTENT WEB LINK TO DATASETS].
[Reference number]
Competing interests
All financial and non-financial competing interests must be declared in this section.
See our editorial policies for a full explanation of competing interests. If you are unsure whether you or any of your co-authors have a competing interest please contact the editorial office.
193
Please use the authors initials to refer to each author's competing interests in this section.
If you do not have any competing interests, please state "The authors declare that they have no competing interests" in this section.
Funding
All sources of funding for the research reported should be declared. The role of the funding body in the design of the study and collection, analysis, and interpretation of data and in writing the manuscript should be declared.
Authors' contributions
The individual contributions of authors to the manuscript should be specified in this section. Guidance and criteria for authorship can be found in our editorial policies.
Please use initials to refer to each author's contribution in this section, for example: "FC analyzed and interpreted the patient data regarding the hematological disease and the transplant. RH performed the histological examination of the kidney, and was a major contributor in writing the manuscript. All authors read and approved the final manuscript."
Acknowledgements
Please acknowledge anyone who contributed towards the article who does not meet the criteria for authorship including anyone who provided professional writing services or materials.
Authors should obtain permission to acknowledge from all those mentioned in the Acknowledgements section.
See our editorial policies for a full explanation of acknowledgements and authorship criteria.
If you do not have anyone to acknowledge, please write "Not applicable" in this section.
Group authorship (for manuscripts involving a collaboration group): if you would like the names of the individual members of a collaboration Group to be searchable through their individual PubMed records, please ensure that the title of the collaboration Group is included on the title page and in the submission system and also include collaborating author names as the last paragraph of the “Acknowledgements” section. Please add authors in the format First Name, Middle initial(s) (optional), Last Name. You can add institution or country information for each author if you wish, but this should be consistent across all authors.
Please note that individual names may not be present in the PubMed record at the time a published article is initially included in PubMed as it takes PubMed additional time to code this information.
Authors' information
This section is optional.
You may choose to use this section to include any relevant information about the author(s) that may aid the reader's interpretation of the article, and understand the standpoint of the author(s). This may include details about the authors' qualifications, current positions they hold at institutions or societies, or any other relevant background information. Please refer to authors using their initials. Note this section should not be used to describe any competing interests.
194
Endnotes
Endnotes should be designated within the text using a superscript lowercase letter and all notes (along with their corresponding letter) should be included in the Endnotes section. Please format this section in a paragraph rather than a list.
References
All references, including URLs, must be numbered consecutively, in square brackets, in the order in which they are cited in the text, followed by any in tables or legends. The reference numbers must be finalized and the reference list fully formatted before submission.
Examples of the BioMed Central reference style are shown below. Please ensure that the reference style is followed precisely.
See our editorial policies for author guidance on good citation practice.
Web links and URLs: All web links and URLs, including links to the authors' own websites, should be given a reference number and included in the reference list rather than within the text of the manuscript. They should be provided in full, including both the title of the site and the URL, as well as the date the site was accessed, in the following format: The Mouse Tumor Biology Database. http://tumor.informatics.jax.org/mtbwi/index.do. Accessed 20 May 2013. If an author or group of authors can clearly be associated with a web link (e.g. for blogs) they should be included in the reference.
Example reference style:
Article within a journal
Smith JJ. The world of science. Am J Sci. 1999;36:234-5.
Article within a journal (no page numbers)
Rohrmann S, Overvad K, Bueno-de-Mesquita HB, Jakobsen MU, Egeberg R, Tjønneland A, et al. Meat consumption and mortality - results from the European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition. BMC Med. 2013;11:63.
Article within a journal by DOI
Slifka MK, Whitton JL. Clinical implications of dysregulated cytokine production. Dig J Mol Med. 2000; doi:10.1007/s801090000086.
Article within a journal supplement
Frumin AM, Nussbaum J, Esposito M. Functional asplenia: demonstration of splenic activity by bone marrow scan. Blood 1979;59 Suppl 1:26-32.
195
Book chapter, or an article within a book
Wyllie AH, Kerr JFR, Currie AR. Cell death: the significance of apoptosis. In: Bourne GH, Danielli JF, Jeon KW, editors. International review of cytology. London: Academic; 1980. p. 251-306.
OnlineFirst chapter in a series (without a volume designation but with a DOI) Saito Y, Hyuga H. Rate equation approaches to amplification of enantiomeric excess and chiral symmetry breaking. Top Curr Chem. 2007. doi:10.1007/128_2006_108.
Complete book, authored
Blenkinsopp A, Paxton P. Symptoms in the pharmacy: a guide to the management of common illness. 3rd ed. Oxford: Blackwell Science; 1998.
Online document
Doe J. Title of subordinate document. In: The dictionary of substances and their effects. Royal Society of Chemistry. 1999. http://www.rsc.org/dose/title of subordinate document. Accessed 15 Jan 1999.
Online database
Healthwise Knowledgebase. US Pharmacopeia, Rockville. 1998. http://www.healthwise.org. Accessed 21 Sept 1998.
Supplementary material/private homepage
Doe J. Title of supplementary material. 2000. http://www.privatehomepage.com. Accessed 22 Feb 2000.
University site
Doe, J: Title of preprint. http://www.uni-heidelberg.de/mydata.html (1999). Accessed 25 Dec 1999.
FTP site
Doe, J: Trivial HTTP, RFC2169. ftp://ftp.isi.edu/in-notes/rfc2169.txt (1999). Accessed 12 Nov 1999.
Organization site
ISSN International Centre: The ISSN register. http://www.issn.org (2006). Accessed 20 Feb 2007.
Dataset with persistent identifier
Zheng L-Y, Guo X-S, He B, Sun L-J, Peng Y, Dong S-S, et al. Genome data from sweet and grain sorghum (Sorghum bicolor). GigaScience Database. 2011. http://dx.doi.org/10.5524/100012.
196
Figures, tables additional files
See General formatting guidelines for information on how to format figures, tables and additional files.
Submit your manuscript in Editorial Manager