icms_rj_legislacao_aluisio_neto_aula 05 - comentarios questoes da aula 04 (1)

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ICMS/RJ PROFESSOR: ALUISIO NETO 1 www.pontodosconcursos.com.br Comentários às questões da Aula 04 – ICMS Olá, caro aluno! Conforme prometido, trago até você os comentários às questões apresentadas junto com a aula 04, quando tratamos da de alguns temas relativos ao ICMS presentes na legislação estadual fluminense. Espero que faça bom proveito da resolução das questões, assimilando ainda mais os conceitos apresentados na aula e memorizando os pontos mais importantes relativos ao ICMS. A resolução de exercícios é de fundamental importância na sua aprovação nesse certame, ainda mais em se tratando do ICMS, o mais importante imposto relativo à sua prova. Só com exercícios e mais exercícios você estará apto a detectar os pontos que o elaborador das questões da sua prova costuma selecionar para tentar arrancar alguns pontos preciosos. Boa sorte! E bons estudos. 01. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas) Nos termos da Lei 2.657/96, não integra(m) a base de cálculo do ICMS: a) o valor do frete, exclusivamente quando for efetuado pelo próprio remetente. b) o montante do próprio imposto. c) o valor do frete, quando for efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem, e seja cobrado em separado. d) o valor correspondente a seguro, juro e qualquer importância paga, recebida ou debitada. e) descontos concedidos sob condição. O artigo 5º da lei estadual nº 2.657/96 possui a seguinte redação quanto aos valores que integram a base de calculo do ICMS:

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  • LEGISLAO TRIBUTRIA ICMS/RJ PROFESSOR: ALUISIO NETO

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    Comentrios s questes da Aula 04 ICMS

    Ol, caro aluno!

    Conforme prometido, trago at voc os comentrios s questes apresentadas junto com a aula 04, quando tratamos da de alguns temas relativos ao ICMS presentes na legislao estadual fluminense.

    Espero que faa bom proveito da resoluo das questes, assimilando ainda mais os conceitos apresentados na aula e memorizando os pontos mais importantes relativos ao ICMS.

    A resoluo de exerccios de fundamental importncia na sua aprovao nesse certame, ainda mais em se tratando do ICMS, o mais importante imposto relativo sua prova. S com exerccios e mais exerccios voc estar apto a detectar os pontos que o elaborador das questes da sua prova costuma selecionar para tentar arrancar alguns pontos preciosos.

    Boa sorte! E bons estudos.

    01. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas) Nos termos da Lei 2.657/96, no integra(m) a base de clculo do ICMS:

    a) o valor do frete, exclusivamente quando for efetuado pelo prprio remetente.

    b) o montante do prprio imposto. c) o valor do frete, quando for efetuado pelo prprio remetente

    ou por sua conta e ordem, e seja cobrado em separado. d) o valor correspondente a seguro, juro e qualquer importncia

    paga, recebida ou debitada. e) descontos concedidos sob condio. O artigo 5 da lei estadual n 2.657/96 possui a seguinte redao quanto aos valores que integram a base de calculo do ICMS:

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    Art. 5. Integra a base do clculo do imposto, inclusive na hiptese do inciso V, do artigo 4.: I - o montante do prprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicao para fins de controle; II - o valor correspondente a: a) seguro, juro e qualquer importncia paga, recebida ou debitada, bem como descontos concedidos sob condio; b) frete, quando o transporte for efetuado pelo prprio remetente ou por sua conta e ordem, e seja cobrado em separado. (Grifo nosso)

    Assim, integram a base de clculo do ICMS tanto o valor do frete efetuado pelo prprio remetente quanto aquele efetuado por sua conta e ordem, sendo cobrado em separado na nota fiscal. o que determina a alnea b do inciso II do artigo 5. Assim, resta incorreta a alternativa a.

    Gabarito: alternativa a.

    02. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas) Nos termos da Lei 2.657/96, o ICMS incide sobre operaes:

    a) com artigo funerrio, quando promovida por empresa do ramo concomitantemente com a prestao de servio funerrio.

    b) que destinem ao exterior mercadorias ou servios. c) que destinem a outro Estado e Distrito Federal energia eltrica

    e petrleo, inclusive lubrificante e combustvel lquido e gasoso dele derivados, quando destinados industrializao ou comercializao.

    d) com livro em branco ou simplesmente pautado, bem como o utilizado para escriturao de qualquer natureza.

    e) com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial.

    Alternativa a) Errada. Trata-se de uma hiptese de no-incidncia, conforme o inciso XVI do artigo 40 da lei estadual n 2.657/96.

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    Alternativa b) Errada. Trata-se de uma hiptese de no-incidncia, conforme o inciso II do artigo 40 da lei estadual n 2.657/96. Essa hiptese tambm uma imunidade expressamente prevista na CF/88.

    Alternativa c) Errada. Trata-se de uma hiptese de no-incidncia, conforme o inciso III do artigo 40 da lei estadual n 2.657/96. Essa hiptese tambm uma imunidade expressamente prevista na CF/88.

    Alternativa d) Certa. Embora a operao se refira circulao de papel, o que poderia ensejar a no-incidncia prevista no inciso I do artigo 40 da lei estadual n 2.657/96, a alnea a do 1 do artigo 40 expressamente exclui das hipteses de no-incidncia a circulao de livro em branco ou simplesmente pautado, bem como o utilizado para escriturao de qualquer natureza. Na circulao desse tipo de mercadoria, incide o ICMS.

    Alternativa e) Errada. Trata-se de uma hiptese de no-incidncia, conforme o inciso IV do artigo 40 da lei estadual n 2.657/96. Essa hiptese tambm uma imunidade expressamente prevista na CF/88.

    03. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas) De acordo com a Lei 2.657/96, a alquota do ICMS :

    a) em operao ou prestao interestadual que destine bem ou servio a consumidor final no-contribuinte: 18%; em operao ou prestao interestadual quando o destinatrio for contribuinte do imposto localizado: a) nas regies Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Esprito Santo: 7%; b) nas demais regies: 10%.

    b) em operao ou prestao interestadual que destine bem ou servio a consumidor final no-contribuinte: 15%; em operao ou prestao interestadual quando o destinatrio for contribuinte do imposto localizado: a) nas regies Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Esprito Santo: 7%; b) nas demais regies: 12%.

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    c) em operao ou prestao interestadual que destine bem ou servi-o a consumidor final no-contribuinte: 17%; em operao ou prestao interestadual quando o destinatrio for contribuinte do imposto localizado: a) nas regies Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Esprito Santo: 7%; b) nas demais re-gies: 12%.

    d) em operao ou prestao interestadual que destine bem ou servio a consumidor final no-contribuinte: 18%; em operao ou prestao interestadual quando o destinatrio for contribuinte do imposto localizado: a) nas regies Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Esprito Santo: 7%; nas demais regies: 11%.

    e) em operao ou prestao interestadual que destine bem ou servi-o a consumidor final no-contribuinte: 18%; em operao ou prestao interestadual quando o destinatrio for contribuinte do imposto localizado: a) nas regies Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Esprito Santo: 7%; b) nas demais re-gies: 12%.

    Essa questo se resolve com o simples conhecimento das alquo-tas principais a serem aplicadas no Estado do Rio de Janeiro. o tipo de questo que se o candidato no souber bem, no acerta por deduo. S no chute. Por isso, importante saber bem as alquotas e situaes aos quais so aplicados cada percentual.

    Conforme os incisos II e III do artigo 14 da lei estadual n 2.657/96, temos que:

    Art. 14. A alquota do imposto : ........... II - em operao ou prestao interestadual que destine bem ou servio a consumidor final no contribuinte: 18% (dezoito por cento); III - em operao ou prestao interestadual quando o destinatrio for contribuinte do imposto localizado: a) nas regies Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Esprito Santo: 7% (sete por cento); b) nas demais regies: l2% (doze por cento);

    Assim, resta correta a alternativa e, gabarito da questo.

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    04. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas) Nos termos do art. 40 da Lei 2.657/96, no configura fato gerador do ICMS a sada de mercadoria do estabelecimento em virtude de:

    a) doao. b) comodato. c) permuta. d) dao em pagamento. e) venda do bem arrendado ao arrendatrio, em operao de

    arrendamento mercantil.

    Segundo comentado em vrias oportunidades nas aulas 03 e 04 do curso, o fato gerador do ICMS caracterizado pela circulao de mercadoria em que h a transferncia jurdica de propriedade do bem. Na doao, na permuta, na dao em pagamento e na venda do bem arrendado ao arrendatrio em operaes de arrendamento mercantil, a transferncia jurdica de propriedade observada. Assim, resta configurada a ocorrncia do fato gerador do tributo estadual de circulao.

    Por sua vez, no comodato, bem como na locao, a caracterstica fundamental para a ocorrncia do fato gerador no observada, uma vez que no h a mudana de proprietrio do bem.

    A previso confirmada tambm pelo inciso XVII do artigo 40 da lei estadual n 2.657/96, que enquadra a operao de comodato envolvendo mercadorias como uma das hipteses de no-incidncia do ICMS fluminense.

    Gabarito: alternativa b.

    05. (FGV/SEFAZ-RJ/2007/Fiscal de Rendas) No podem ser elencados entre os contribuintes do ICMS:

    a) as pessoas fsicas importadoras de mercadorias do exterior. b) as empresas estatais. c) os prestadores de servios de transportes municipais.

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    d) as cooperativas. e) os prestadores de servios de comunicao de mbito

    municipal.

    O conceito bsico que devemos ter ao estudar o ICMS que ele incide sobre as operaes relativas circulao de mercadorias e sobre a prestao de servios de comunicao e de transporte interestadual e intermunicipal.

    Assim, a prestao de servio de transporte no mbito apenas de um Municpio no est entre as hipteses de incidncia do imposto estadual.

    No sendo uma hiptese de incidncia, aqueles que prestam o servio no podem ser elencados como contribuintes do ICMS.

    Ademais, as pessoas presentes nas alternativas a, b, d e e so contribuintes do imposto, conforme determinam os incisos VI, XVI, X e IX do artigo 15 da lei estadual n 2.657/96, respectivamente.

    A dvida que poderia ser suscitada em relao prestao de servio de comunicao de mbito municipal. Entretanto, nem a CF/88 nem a legislao fluminense, por conseqncia, fazem distino quanto ao mbito da prestao do servio, incidindo indistintamente o ICMS sobre a prestao.

    Gabarito: alternativa c.

    06. (FGV/SEFAZ-RJ/2008/Fiscal de Rendas) luz da legislao do ICMS do Estado do Rio de Janeiro, as aquisies de veculo novo por taxista e por portador de deficincia fsica so, respectivamente, hipteses de:

    a) iseno e iseno; b) iseno e no-incidncia; c) suspenso e iseno; d) no-incidncia e iseno; e) no-incidncia e no-incidncia.

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    Conforme consta nos incisos XXII e XXIII do artigo 40 da lei estadual n 2.657/96, as hipteses constantes no enunciado con-figuram hipteses de no-incidncia do imposto. Seus textos so os seguintes:

    Art. 40. O imposto no incide sobre prestao de servio intermu-nicipal de transporte rodovirio de passageiros e o transporte forne-cido pelo empregador com ou sem nus para funcionrios e/ou em-pregados e, ainda, sobre operao e prestao: ........... XXII - de aquisio de veculo novo por taxista, na forma de pessoa fsica ou jurdica que opera no setor, inscrito no rgo municipal competente, para uso especfico como txi, limitado a um veculo por beneficirio, e no equivalente a 1/4 (um quarto) dos veculos registrados pela pessoa jurdica no rgo competente, desde que o mesmo no tenha adquirido veculo com iseno ou no-incidncia do ICMS em prazo inferior a 02 (dois) anos. XXIII - de aquisio de veculo novo por portador de deficincia motora ou por seus responsveis legais, devidamente atestada pelo rgo competente, para seu uso pessoal limitado a um veculo por beneficirio, e desde que o mesmo no tenha adquirido veculo com iseno ou no-incidncia do ICMS em prazo inferior a 02 (dois) anos.

    Gabarito: alternativa e.

    07. (FGV/SEFAZ-RJ/2008/Fiscal de Rendas) Os estabelecimentos da mesma empresa:

    a) respondem pelo pagamento do ICMS apenas se o estabelecimento devedor no tiver condies de saldar o dbito;

    b) respondem subsidiariamente pelo pagamento do ICMS apurado nos demais;

    c) respondem solidariamente pelo pagamento do ICMS apurado nos demais;

    d) respondem solidariamente pelo pagamento do ICMS, no caso de tambm comercializarem mercadorias;

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    e) respondem pelo pagamento do ICMS devido por outro, por fora do princpio da autonomia dos estabelecimentos.

    A responsabilidade quanto ao pagamento do ICMS devido por um dos estabelecimentos da mesma pessoa jurdica solidrio quanto aos demais, conforme determina o inciso III do artigo 19 da lei estadual n 2.657/96. Assim, se um estabelecimento de determinada pessoa jurdica deixar de honrar o pagamento do ICMS devido quanto s suas operaes, o Fisco poder cobrar os valores de quaisquer outros estabelecimentos pertencentes ao mesmo contribuinte, indistintamente.

    Gabarito: alternativa c.

    08. (FGV/SEFAZ-RJ/2008/Fiscal de Rendas) O carro adquirido por Z da Silva com alienao fiduciria em garantia foi retomado pelo credor fiducirio em face do inadimplemento daquele. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

    a) O ICMS s no incide sobre operaes com mercadorias em virtude de alienao fiduciria em garantia, no caso de transmisso do domnio do credor para o devedor, em virtude da extino, pelo pagamento, da garantia.

    b) Tem-se a hiptese de no-incidncia do ICMS, apenas se o credor fiducirio no alienar o veculo.

    c) Tem-se a hiptese de no-incidncia do ICMS. d) Haveria incidncia do ICMS caso tivesse havido simplesmente

    a transmisso de domnio feita pelo devedor fiduciante em favor do credor fiducirio.

    e) Tem-se a hiptese de incidncia do ICMS, pois houve transmisso da propriedade do bem.

    As transmisses em virtude de alienao fiduciria em garantia somente sero tributadas pelo ICMS no momento do fornecimento do bem pela empresa fornecedora ao devedor fiduciante. Nas transmisses realizadas entre o devedor fiduciante e o credor fiducirio no incide o ICMS, conforme a figura apresentada na pgina 22 da aula 04. Nessas situaes,

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    no h previso de qualquer restrio ou condicionamento relativos transmisso entre essas duas pessoas.

    Gabarito: alternativa c.

    09. (FGV/SEFAZ-RJ/2008/Fiscal de Rendas) Empresa carioca presta servio com fornecimento de mercadoria a certa empresa paulista. Considere que tal servio, no constante na lista anexa lei complementar 116/2003, foi prestado no estabelecimento do tomador (So Paulo). A esse respeito, assinale a alternativa que indique o procedimento fiscal correto.

    a) No so devidos nem ICMS nem ISS. b) devido apenas ISS. c) So devidos ISS e ICMS. d) devido apenas ICMS ao Estado do So Paulo. e) devido apenas ICMS ao Estado do Rio de Janeiro. Na prestao de servios no prevista na competncia tributria dos Municpios que envolva o fornecimento de mercadorias dentro do territrio nacional, considera-se local da operao aquele onde esteja situado o estabelecimento do prestador. No exemplo da questo, uma vez que a empresa est situada no Estado do Rio de Janeiro, a este cabe o ICMS devido.

    Gabarito: alternativa e.

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    10. (FGV/SEFAZ-RJ/2008/Fiscal de Rendas) Em 20.01.2008, um estabelecimento comercial efetuou a venda de certa mercadoria, para recebimento do respectivo preo em quatro prestaes. Em 30.01.2008, recebida a 1 prestao; em 10.03.2008, a mercadoria foi remetida ao comprador; em 20.03.2008, recebida a ltima prestao. Assinale a data em que o ICMS passou a ser devido. a) 10.03.2008. b) 30.01.2008. c) 15.03.2008. d) 20.01.2008. e) 20.03.2008. Essa questo exigiu uma certa dose de interpretao do que queria o elaborador, podendo dar margem a mais de uma interpretao, a meu ver.

    Inicialmente, o candidato poderia supor que, com o pagamento da primeira prestao em 30.01.2008, tenha ocorrido a transferncia jurdica do bem e a conseqente ocorrncia do fato gerador decorrente da circulao de mercadoria, ainda que a circulao fsica da mercadoria tenha ocorrido em momento posterior, em 10.03.2008.

    Entretanto, o elaborador adotou como momento da circulao jurdica da mercadoria a data em que esta foi remetida ao adquirente, que tambm o momento da circulao fsica do bem, fato gerador do ICMS.

    Acredito que a ltima data no tenha gerado confuso em ningum, pois apenas se refere concluso do pagamento do bem.

    Assim, considerando que a circulao da mercadoria, com transferncia jurdica da propriedade, ocorreu apenas com a remessa ao adquirente, o fato gerador ocorreu em 10.03.2008.

    Gabarito: alternativa a.

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    11. (FGV/SEFAZ-RJ/2009/Fiscal de Rendas) Assinale a alternativa que indique a hiptese de no-incidncia do ICMS que no definida pela Lei n 2.657/96.

    a) Operao com mercadoria destinada a depsito fechado, do prprio contribuinte, localizado no Estado do Rio de Janeiro, bem assim a operao de retorno, ao estabelecimento depositante.

    b) Aquisio de veculo novo por taxista e por portador de deficincia motora, desde que os mesmos no tenham adquirido veculo com iseno ou no incidncia do ICMS em prazo inferior a 2 (dois) anos.

    c) Operao de arrendamento mercantil, no compreendida a venda do bem arrendado ao arrendatrio.

    d) Operao com mercadoria de terceiro, na sada de estabelecimento de empresa de transporte ou de depsito, por conta e ordem desta.

    e) Operao com bens mveis salvados de sinistro em venda por empresa seguradora.

    O artigo 40 da lei estadual n 2.657/96 trata dos casos de no-incidncia do ICMS fluminense. As situaes presentes nas alternativas a a d encontram-se capituladas nos incisos XII e XIII, XXII, XX e VI do artigo.

    Quanto alternativa e, no h a previso em lei quanto no-incidncia do ICMS nas operaes de venda de bens mveis salvados de sinistro por empresas seguradoras. A previso constante no inciso XXI do artigo trata da no-incidncia relativa transmisso que ocorre do antigo proprietrio para a empresa seguradora, quando o bem sinistrado , por exemplo, encontrado aps ser furtado. Ao vender o bem anteriormente sinistrado, ocorre o fato gerador do imposto, uma vez que houve a circulao de mercadoria, conforme a lei estadual n 2.657/96.

    Essa previso de incidncia do imposto sobre a venda de bens sinistrados pelas empresas seguradoras vai de encontro ao que determinam os Tribunais Superiores (STJ e STF), com o STF recentemente editando Smula Vinculante determinado a no-

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    incidncia do imposto sobre essas operaes. A Smula foi aprovada por votao majoritria na sesso plenria do dia 16/02/2011, e tem o seguinte teor:

    O ICMS (Imposto sobre Operaes relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicao) no incide sobre a alienao de salvados de sinistros pelas seguradoras

    Para a Suprema Corte, o ICMS no incidir na venda de sucata de veculos sinistrados, com perda de mais de 75% de seu valor e indenizada em 100% pelas seguradoras.

    Ento qual posicionamento devo levar para a prova, professor? O que consta na lei ou a deciso dos Tribunais?

    Em se tratando de prova da FGV, considere como regra geral o que dispe a lei estadual, caso a questo tenha a redao semelhante a estudada por ns agora. Caso ela faa meno expressa ao que determina o STF ou o STJ, ai sim, devemos ter em mente o que pensa a banca e desconsiderar o que determina a lei estadual. Muita ateno ao enunciado, caro aluno.

    Gabarito: alternativa e.

    12. (FGV/SEFAZ-RJ/2009/Fiscal de Rendas) Assinale a alternativa que indique a operao comercial em que a alquota do ICMS menor que 7% (sem considerar o adicional destinado ao Fundo de Combate Pobreza e s Desigualdades Sociais).

    a) Operao interna, em hiptese alguma, por expressa norma constitucional proibitiva.

    b) Operao com material ou equipamento especializado para pessoas portadoras de deficincia fsica e medicamentos para os doentes renais crnicos e transplantados.

    c) Operao com arroz e feijo. d) Operao com gs natural veicular (GNV) e leo diesel,

    quando consumidos no transporte de passageiros por nibus

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    urbano, bem como no transporte de passageiros do sistema hidrovirio (aquavirio).

    e) Operao com energia eltrica, at o consumo de 300 quilowatts/hora mensais.

    Alternativa a) Errada. Regra geral, deliberando os Estados e o DF no mbito do CONFAZ, qualquer alquota pode ser adotada para as operaes internas, inclusive menores do que as previstas para as operaes interestaduais, observado sempre o que for fixado pelo Senado Federal.

    Alternativa b) Errada. Nessa operao, a alquota de 7%. Inciso XVI do artigo 14 da lei estadual n 2.657/96

    Alternativa c) Errada. Nessa operao, a alquota de 12%. Inciso X do artigo 14 da lei estadual n 2.657/96.

    Alternativa d) Certa. Nessa operao, a alquota de 6%. Inciso XXV do artigo 14 da lei estadual n 2.657/96.

    Alternativa e) Errada. Nessa operao, a alquota de 18%. Inciso VI, a, do artigo 14 da lei estadual n 2.657/96.

    13. (FGV/SEFAZ-RJ/2009/Fiscal de Rendas) Segundo a Lei 2657/96, o ICMS no incide sobre operao de fornecimento de medicamento e refeio, por hospital,... Assinale a alternativa que complete incorretamente a hiptese de no incidncia indicada no texto acima:

    a) no prprio recinto ou, excepcionalmente, quanto aos medicamentos, no domiclio do paciente.

    b) sob orientao mdica. c) ao paciente, extensivo ao acompanhante. d) desde que seus valores se incluam na respectiva conta de

    prestao de servio. e) casa de sade e de recuperao ou repouso. Essa questo se resolve com o conhecimento apenas do que dispe o inciso XIX do artigo 40 da lei estadual 2.657/96,

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    exigindo do candidato ateno quanto aos detalhes que o seu texto apresente. O texto do inciso o seguinte:

    Art. 40. O imposto no incide sobre prestao de servio intermu-nicipal de transporte rodovirio de passageiros e o transporte forne-cido pelo empregador com ou sem nus para funcionrios e/ou em-pregados e, ainda, sobre operao e prestao: ......... XIX - de fornecimento de medicamento e refeio, em seu prprio recinto, por hospital, sanatrio, casa de sade e de recuperao ou repouso sob orientao mdica, extensivo ao acompanhante, desde que includo seu valor na respectiva conta de prestao de servio; (Grifo nosso)

    Conforme podemos concluir do texto do inciso, apenas o que consta na alternativa a no preenche corretamente o texto apresentado no enunciado da questo.

    Gabarito: alternativa a.

    14. (FGV/SEFAZ-RJ/2009/Fiscal de Rendas) Com relao base de clculo do ICMS, assinale a afirmativa incorreta.

    a) Fornecimento de alimentao e bebida em bares, restaurantes e estabelecimentos similares. Base de clculo = valor total da operao (fornecimento e servios).

    b) Fornecimento de mudas de plantas pelo prestador de servio de florestamento e reflorestamento. Base de clculo = preo corrente da mercadoria fornecida.

    c) Mercadoria constante do estoque final, na data do encerramento da atividade do estabelecimento. Base de clculo = valor do custo de aquisio mais recente, acrescido de 50% (cinqenta por cento).

    d) Importao de mercadorias. Base de clculo = soma das seguintes parcelas: valor das mercadorias + valor do imposto de importao e do IPI + imposto sobre operao de cmbio + quaisquer outros impostos, taxas, contribuies e despesas aduaneiras, assim entendidos os valores pagos ou devidos

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    repartio alfandegria at o momento do desembarao da mercadoria.

    e) Entrada no territrio do estado do Rio de Janeiro de petrleo, inclusive combustveis e lubrificantes, destinado ao consumo pelo comprador, decorrente de operaes interestaduais. Base de clculo = valor da operao de que decorrer a entrada.

    Alternativa a) Certa. o que determina o inciso III do artigo 4 da lei estadual n 2.657/96.

    Alternativa b) Errada. Essa hiptese est prevista expressamente na lei complementar n 116/03, no apresentando ressalva quanto incidncia do ICMS. Sendo assim, fica submetida incidncia apenas do ISS. Sua base de calculo ser o valor total da mercadoria e do servio prestado.

    Alternativa c) Certa. o que determina o inciso XII do artigo 4 da lei estadual n 2.657/96.

    Alternativa d) Certa. o que determina o inciso V do artigo 4 da lei estadual n 2.657/96.

    Alternativa e) Certa. o que determina o inciso XI do artigo 4 da lei estadual n 2.657/96.

    15. (FGV/SEFAZ-RJ/2009/Fiscal de Rendas) No integram a base de clculo do ICMS os valores correspondentes:

    a) ao montante do prprio imposto (ICMS) e tambm do IPI relativo a produto destinado industrializao ou comercializao, em operao que configure fato gerador de ambos os impostos.

    b) a seguro, juro e qualquer importncia paga, recebida ou debitada.

    c) aos descontos concedidos sob condio. d) ao frete, quando o transporte for efetuado pelo prprio

    remetente, ou por sua conta e ordem, e seja cobrado em separado.

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    e) aos encargos financeiros acrescidos ao preo a vista, na venda a crdito e na realizada por sistema de carto de crdito prprio, efetuadas por estabelecimentos varejistas a consumidor final, sem intervenincia de instituio financeira.

    Conforme j visto na questo 01, o artigo 5 da lei estadual n 2.657/96 traz os valores que integram a base de calculo do ICMS:

    Art. 5. Integra a base do clculo do imposto, inclusive na hiptese do inciso V, do artigo 4.: I - o montante do prprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicao para fins de controle; II - o valor correspondente a: a) seguro, juro e qualquer importncia paga, recebida ou debitada, bem como descontos concedidos sob condio; b) frete, quando o transporte for efetuado pelo prprio remetente ou por sua conta e ordem, e seja cobrado em separado.(Grifo nosso)

    Por sua vez, o 1 do artigo 5 do RICMS possui a seguinte redao:

    1. Na venda a crdito e na realizada por sistema de carto de crdito prprio, efetuadas por estabelecimentos varejistas a consumidor final, sem intervenincia de instituio financeira: 1. no se incluem na base de clculo os valores correspondentes aos encargos financeiros acrescidos ao preo a vista.

    Quanto s alternativas b, c e d, basta apenas o conhecimento das alneas a e b do inciso II do artigo 5 da lei estadual para concluir que elas esto incorretas, com os valores nela descritos integrando a base de clculo.

    Quanto alternativa a, apenas a parte inicial verdadeira. Conforme o inciso I do artigo 5, o montante do prprio imposto integra a base de clculo do ICMS. Entretanto, o valor do IPI, relativamente a produto destinado industrializao ou comercializao e em operao que caracteriza fato gerador dos dois impostos, no integra a base de calculo do ICMS. o que dispe o inciso XI do 2 do artigo 155 da CF/88.

    Assim, resta correta a alternativa e, gabarito da questo.

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    16. (FGV/SEFAZ-RJ/2009/Fiscal de Rendas) O ICMS devido ao Estado do Rio de Janeiro, na prestao de servio:

    a) de transporte, iniciado em municpio do Estado de So Paulo e dirigido a municpio do Estado do Rio de Janeiro, de mercadoria destinada comercializao neste Estado.

    b) de comunicao, no caso de servios no medidos, que envolvam localidade de outra unidade da Federao e cujo preo seja cobrado por perodos definidos, cabendo integralmente o imposto ao Estado do Rio de Janeiro.

    c) de comunicao, se onerosa, prestada ou iniciada no exterior e o destinatrio tiver estabelecimento ou domiclio no Estado do Rio de Janeiro.

    d) de comunicao ou na operao que destine ao exterior uma mercadoria ou um servio.

    e) de transporte de mveis pertencentes prpria empresa transportadora, iniciado em municpio do Estado do Rio de Janeiro, com destino a municpio do Estado do Esprito Santo.

    Alternativa a) Errada. No caso de prestao de servio de transporte interestadual, o local da operao para fins de incidncia e recolhimento do imposto o local onde tenha sido iniciado o respectivo servio.

    Alternativa b) Errada. Conforme o 3 do artigo 30 da lei estadual n 2.657/96, nas hipteses de prestao de servios de comunicao, no caso de servios no medidos, que envolvam localidade de outra Unidade da Federao e cujo preo seja cobrado por perodos definidos, o imposto ser recolhido em partes iguais para as Unidades da Federao onde estiverem situados o prestador e o tomador.

    Alternativa c) Certa. No caso de prestao de servios prestados ou iniciados no exterior, o local da operao aquele onde estiver situado o destinatrio, conforme determina o item 3 do inciso II do artigo 30 da lei estadual n 2.657/96.

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    Alternativa d) Errada. Quanto ao servio de comunicao, o ICMS incidir apenas se o servio for prestado de forma onerosa, e no sobre qualquer servio indistintamente. Quanto s operaes para o exterior, essas so imunes por expressa disposio constitucional.

    Alternativa e) Errada. Uma vez que no h a circulao de mercadorias, mas de bens pertencentes ao ativo permanente da empresa, no havendo tambm a circulao jurdica e a conseqente transferncia de propriedade, no h a ocorrncia do fato gerador do ICMS.

    17. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) A alquota do ICMS, aplicvel nas operaes ou prestaes internas, pode ser de 5% (cinco por cento), se prevista:

    a) em resoluo do Senado Federal. b) em convnio interestadual. c) na lei estadual. d) na Constituio Federal. e) na Constituio Estadual. Conforme Resoluo do Senado Federal, as alquotas interestaduais so de 12% e 7%, conforme o Estado destinatrio da mercadoria ou do servio.

    O inciso VI do 2 do artigo 155 da CF/88 determina que as alquotas internas no podero ser inferiores s alquotas interestaduais. Essa previso, entretanto, poder ser excepcionada por deliberao em contrrio dos Estado e do DF, que devem ser celebradas, obrigatoriamente, no mbito do CONFAZ.

    Assim, as alquotas internas podero ser de 5%, desde que previstas em convnio interestadual.

    Gabarito: alternativa b.

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    18. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) Com relao ao fato gerador do ICMS, assinale a afirmativa incorreta.

    a) Na venda ordem ou para entrega futura, considera-se ocorrido o fato gerador na data em que se efetivar a sada da mercadoria.

    b) No caso de o servio de comunicao ser prestado mediante ficha ou carto, o fato gerador do ICMS ocorre quando do fornecimento desses instrumentos ao usurio ou ao intermedirio.

    c) A sada de pneu recauchutado ou regenerado, no fato gerador do ICMS, sempre que efetuada pelo prestador de servio a consumidor final.

    d) No caso de importao, considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no desembarao aduaneiro, inclusive no caso de a entrega da mercadoria importada dar-se antes do ato do despacho aduaneiro.

    e) Nas transferncias de mercadorias para outro estabelecimento da mesma empresa, ocorre o fato gerador na sada das mesmas do estabelecimento remetente.

    Alternativa a) Certa. o teor do 11 do artigo 3 do RICMS.

    Alternativa b) Certa. o teor do 5 do artigo 3 da lei estadual n 2.657/96.

    Alternativa c) Certa. A hiptese descrita na alternativa consta na lista de servios anexa lei complementa federal n 116./03, sendo tributada pelo imposto municipal (ISS).

    Alternativa d) Errada. Nos casos em que a entrega da mercadoria ocorrer antes do desembarao aduaneiro, se considera ocorrido o fato gerador no momento da sada, devendo ser exigida a apresentao do comprovante de pagamento do imposto pelo responsvel pela liberao. o que determinam os 6 e 7 do artigo 3 da lei estadual n 2.657/96.

    Alternativa e) Certa. o teor do inciso I do artigo 3 do RICMS.

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    19. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) Sociedade empresria X importou da Frana uma mquina para seu ativo permanente. O preo constante dos documentos de importao foi de US$ 1.000,00.

    A importadora suportou as seguintes despesas:

    I. US$ 100,00 de imposto de importao, taxa de cmbio de R$ 2,00;

    II. R$ 250,00 de IPI;

    III. R$ 50,00 de despesas aduaneiras diversas;

    IV. R$ 40,00 de frete pelo transporte do porto at seu estabelecimento.

    O pagamento da mquina ao exportador estrangeiro foi feito ao cmbio de R$ 2,10 e a alquota do ICMS aplicvel na importao foi de 18%. Assinale a alternativa que indique corretamente a base de clculo do ICMS.

    a) igual a R$ 2.600,00 b) inferior a R$ 2.500,00 c) igual a R$ 2.540,00 d) igual a R$ 2.500,00 e) superior a R$ 3.000,00 Antes de iniciarmos a resoluo da questo, temos que saber inicialmente o que dispe a lei estadual quanto utilizao da taxa de cmbio nas operaes de importao, presente no artigo 11:

    Art. 11. O preo de importao expresso em moeda estrangeira ser convertido em moeda nacional pela mesma taxa de cmbio utilizada no clculo do imposto de importao, sem qualquer acrscimo ou devoluo posterior se houver variao da taxa de cmbio at o pagamento efetivo do preo. 1. Na hiptese da mercadoria proveniente do exterior estar desonerada do imposto de importao, a converso em moeda nacional se far com base na taxa de cmbio vigente na data do desembarao aduaneiro. 2. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de clculo do imposto de importao, nos termos da lei aplicvel, substituir o preo declarado. (Grifos nosso)

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    Assim, a taxa de cmbio a ser utilizada nos nossos clculos ser de R$2,00/US$, utilizada no clculo do imposto de importao. Logo, teremos os seguintes valores:

    Valor da mercadoria = US$1.000,00 x R$2,00/US$ = R$2.000,00

    Valor do imposto = US$100,00 x R$2,00/US$ = R$200,00

    Por sua vez, o inciso V do artigo 4 da lei estadual nos traz os valores que devem integrar a base de clculo no caso de mercadorias importadas:

    V - no caso do inciso V do artigo 3, a soma das seguintes parcelas: a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importao, observado o disposto no artigo 11; b) imposto de importao; c) imposto sobre produtos industrializados; d) imposto sobre operaes de cmbio; e e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuies e despesas aduaneiras, assim entendidos os valores pagos ou devidos repartio alfandegria at o momento do desembarao da mercadoria, tais como taxas e os decorrentes de diferenas de peso, erro na classificao fiscal ou multa por infrao;

    Quanto alnea a, o valor a soma do valor da mercadoria com o imposto de importao: R$ 2.200,00. A esse valor, ser somados o valor do IPI e das despesas aduaneiras, resultando no valor total de R$2.500,00. Entretanto, como sabemos, o valor do imposto tambm integra a sua prpria base de clculo, sendo a alquota do ICMS sobre a operao de importao no percentual de 18%. Assim, devemos somar aos R$2.500,00 o valor devido a titulo de ICMS, resultando no valor total da base de clculo.

    Para o calculo do valor total (VT) da base de clculo, utilizaremos a seguinte regra de trs:

    R$ 2.500,00 82% VT 100%

    Resolvendo a equao acima, chegamos ao valor para VT de R$3.048,78.

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    Assim, resta como correta a alternativa e, gabarito da questo.

    20. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) Sociedade empresria sediada no Estado do Rio de Janeiro, com atividade industrial, promove as seguintes operaes:

    I. remessa de mercadoria destinada a conserto;

    II. venda de produtos para um pas europeu;

    III. venda de produtos para um estado do Nordeste brasileiro;

    IV. remessa de produtos de sua fabricao para um de seus estabelecimentos localizado no Estado do Rio Grande do Sul.

    Com relao a estas operaes, todas destinadas a contribuintes do ICMS, assinale a alternativa correta.

    a) suspenso / imunidade / incidncia, calculado alquota de 7% / incidncia, calculado sobre o valor de custo da mercadoria produzida.

    b) iseno / imunidade / incidncia, calculado alquota de 12% / incidncia, calculado sobre o preo praticado pela empresa com comprador no considerado interdependente.

    c) no incidncia / iseno / incidncia, calculado alquota de 7% / incidncia, calculado sobre o custo da mercadoria produzida.

    d) suspenso / diferimento / incidncia, calculado alquota de 18% / incidncia, calculado sobre o preo FOB estabelecimento industrial vista.

    e) iseno / iseno / incidncia, calculado alquota de 7% / incidncia, calculado sobre o preo corrente da mercadoria produzida.

    Item I) Suspenso. o que determina o inciso I do artigo 52 do RICMS. Outras hipteses de suspenso so as sadas para reparo e industrializao. Guarde bem as hipteses, caro aluno.

    Item II) Imunidade. o que determina a alnea a do inciso X do 2 do artigo 155 da CF/88.

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    Item III) Incidncia, alquota de 7%. Conforme os incisos I do artigo 2 e III, a do artigo 14. Para a resoluo da questo, deveramos supor que os produtos esto sendo destinados a contribuintes do imposto, pois, caso contrrio, incidiria a alquota interna aplicvel ao produto na operao interestadual.

    Item IV) Incidncia, calculado sobre o valor de custo da mercadoria produzida. o que determina a alnea b do inciso I do artigo 8 da lei estadual n 2.657/96.

    Gabarito: alternativa a.

    21. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) Sociedade empresria industrial, com relao aos produtos que fabrica e vende, sofre incidncia de IPI alquota de 15% e concede desconto de 10% apenas para os clientes que firmarem contrato de financiamento com outra empresa do mesmo grupo. Com relao base de clculo do ICMS, assinale a alternativa que apresenta incorreo referente incidncia de IPI e concesso de desconto.

    a) O valor do IPI no includo na base de clculo do ICMS, no caso de as vendas destinarem-se industrializao por adquirentes contribuintes / O valor correspondente ao desconto inclui-se na base de clculo do ICMS, eis que concedido de maneira condicionada.

    b) O valor do IPI includo na base de clculo do ICMS, no caso de as vendas destinarem-se comercializao por adquirentes contribuintes / O valor correspondente ao desconto no se inclui na base de clculo do ICMS, eis que concedido de maneira condicionada.

    c) O valor do IPI no includo na base de clculo do ICMS, no caso de as vendas destinarem-se a rgo da Administrao Pblica Municipal / O valor correspondente ao desconto inclui-se na base de clculo do ICMS, salvo se concedido de maneira no condicionada.

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    d) O valor do IPI includo na base de clculo do ICMS, no caso de as vendas destinarem-se ao consumo por adquirentes no contribuintes / O valor correspondente ao desconto no se inclui na base de clculo do ICMS, eis que concedido de maneira condicionada.

    e) O valor do IPI no includo na base de clculo do ICMS, no caso de as vendas destinarem-se comercializao ou industrializao por adquirentes contribuintes / O valor correspondente ao desconto inclui-se na base de clculo do ICMS, eis que concedido de maneira condicionada.

    Quanto ao IPI, este integrar a base de clculo no caso de operaes com mercadorias destinadas a no contribuintes do imposto. Quando destinadas comercializao e industrializao, e relativos fatos geradores dos dois impostos, o IPI no integrar a base de clculo do ICMS. o que determina o inciso XI do 2 do artigo 155 da CF/88:

    XI - no compreender, em sua base de clculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operao, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado industrializao ou comercializao, configure fato gerador dos dois impostos;

    Quanto aos descontos concedidos, estes integraro a base de clculo quando forem concedidos sob condio, que o caso apresentado no enunciado da questo.

    Assim, resta incorreta a alternativa d, gabarito da questo.

    22. (FGV/SEFAZ-RJ/2010/Fiscal de Rendas) Sociedade empresria com atividade comercial, vende e transporta as mercadorias que aliena at o domiclio do comprador, cobrando R$ X pela mercadoria e acrescentando R$ Y a ttulo de frete.

    Com relao ao ICMS devido por tal contribuinte, assinale a afirmativa correta.

    a) O ICMS deve ser calculado apenas sobre R$ Y.

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    b) O ICMS deve ser calculado apenas sobre R$ X. c) O ICMS deve ser calculado sobre o resultado da diferena

    entre R$ X e R$ Y. d) O ICMS deve ser calculado sobre o resultado da soma de R$ X

    e R$ Y. e) O ICMS deve ser calculado sobre o resultado da soma de R$ X

    e R$ Y, apenas se este ltimo valor constar da competente nota fiscal.

    O artigo 5 da lei estadual n 2.657/96 possui a seguinte redao quanto aos valores que integram a base de calculo do ICMS:

    Art. 5. Integra a base do clculo do imposto, inclusive na hiptese do inciso V, do artigo 4.: I - o montante do prprio imposto, constituindo o respectivo destaque mera indicao para fins de controle; II - o valor correspondente a: a) seguro, juro e qualquer importncia paga, recebida ou debitada, bem como descontos concedidos sob condio; b) frete, quando o transporte for efetuado pelo prprio remetente ou por sua conta e ordem, e seja cobrado em separado. (Grifo nosso)

    Assim, integram a base de clculo do ICMS tanto o valor do frete efetuado pelo prprio remetente quanto o valor relativo mercadoria. Logo, o ICMS ser calculado sobre o resultado da soma de R$ X com R$ Y.

    Gabarito: alternativa d.

    23. (Questo Indita) Relativamente ao que dispe a lei estadual n 2.657/96, julgue as afirmativas abaixo, e em seguida assinale a alternativa correta. I. Constitui fato gerador do ICMS a operao de extrao de petrleo, ocorrendo o fato gerador no momento e que a mercadoria for destinada a consumidor final, desde que tenha passado por ponto de medio da produo.

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    II. Considera-se entrada no estabelecimento a mercadoria que nele tenha entrado desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidneo ou, ainda, cuja entrada no tenha sido regularmente escriturada. III. As seguintes alquotas incidiro sobre a base de clculo correspondente: 37%, nas operaes internas, interestaduais destinadas a consumidor final no contribuinte e de importao, com armas e munies, embarcaes de recreio e de esporte e artigos de peleteria e suas obras e peleteria artificial; 16%, em operaes com refrigerantes; 12%, no fornecimento de alimentao, j includos os servios prestados; e de 6%, em operaes com energia eltrica utilizada no transporte pblico eletrificado de passageiros. IV. Quando o imvel rural estiver situado na rea de mais de um Municpio, considera-se o contribuinte jurisdicionado naquele em que se encontrar a maior parte do imvel.

    V. Considera-se contribuinte autnomo cada estabelecimento produtor, extrator, gerador, inclusive de energia, industrial, comercial, importador ou prestador de servio de transporte e de comunicao do mesmo contribuinte, ainda que as atividades sejam integradas e desenvolvidas no mesmo local.

    VI. Quando a mercadoria for remetida para armazm geral ou para depsito fechado do prprio contribuinte, no mesmo Estado, a posterior sada considerar-se- ocorrida no estabelecimento do depositrio, salvo se para retornar ao estabelecimento remetente.

    VII. Constituem casos de no-incidncia do imposto, entre outros: a sada de pea, ferramenta, mquina, veculo, equipamento e outros utenslios, integrados ao ativo fixo, desde que devam retornar ao estabelecimento de origem ou a outro do mesmo titular; operaes com impresso personalizado, promovida por estabelecimento da indstria grfica diretamente a contribuinte do imposto; a aquisio de veculo novo por taxista, na forma de pessoa fsica ou jurdica que opera no setor, inscrito no rgo municipal competente, para uso especfico como txi, limitado a um veculo por beneficirio, e no equivalente a 1/4 dos veculos registrados pela pessoa jurdica

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    no rgo competente, desde que o mesmo no tenha adquirido veculo com iseno ou no-incidncia do ICMS em prazo inferior a 02 anos; operao com mercadoria destinada a armazm geral situado neste Estado, para depsito em nome do remetente.

    VIII. Na venda a crdito e na realizada por sistema de carto de crdito prprio, efetuada por estabelecimento varejista a consumidor final, sem intervenincia de instituio financeira, se incluem na base de clculo os valores correspondentes aos encargos financeiros acrescidos ao preo vista, no podendo exceder o valor resultante da aplicao da Taxa Referencial - TR, ou ndice oficial que venha a substitu-la, fixada para o ms da operao, sobre o valor financiado, assim entendido o valor da venda deduzido o da entrada.

    a) Apenas os itens I, III, V e VIII esto corretos. b) Apenas os itens I, II, IV, VI, VII e VIII esto corretos. c) Apenas o item III est correto. d) Apenas os itens III e V esto corretos. e) Apenas os itens I, II, IV, VI e VIII esto incorretos.

    Item I) Incorreto. Nas operaes de extrao de petrleo, o fato gerador ocorre no momento da passagem do bem pelos pontos de medio de produo, e no na sada para consumidor final. o que determina o XVII do artigo 3 da lei estadual n 2.657/96.

    Item II) Incorreto. O 3 do artigo 3 determina o seguinte: 3. Considera-se sada do estabelecimento a mercadoria que nele tenha entrado desacompanhada de documento fiscal ou acompanhada de documento fiscal inidneo ou, ainda, cuja entrada no tenha sido regularmente escriturada.

    Item III) Correto. As alquotas do imposto esto previstas no artigo 14 da lei estadual n 2.657/96. As alquotas previstas na assertiva esto presentes nos incisos VII, XXIII, XII e VI, a, do artigo, respectivamente.

    Item IV) Incorreto. Quando o imvel rural estiver situado na rea de mais de um Municpio, considera-se o contribuinte jurisdicionado naquele em que se encontrar a sede do imvel.

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    Item V) Correto. o teor do artigo 16 da lei estadual n 2.657/96.

    Item VI) Incorreto. Quando a mercadoria for remetida para armazm geral ou para depsito fechado do prprio contribuinte, no mesmo Estado, a posterior sada considerar-se- ocorrida no estabelecimento do depositante, salvo se para retornar ao esta-belecimento remetente. o que determina o 3 do artigo 31 da lei estadual n 2.657/96.

    Item VII) Incorreto. As hipteses previstas na assertiva encon-tram-se nos inciso XIV, XV, XXII e XI, que possuem os seguintes textos:

    Art. 40. O imposto no incide sobre prestao de servio intermu-nicipal de transporte rodovirio de passageiros e o transporte forne-cido pelo empregador com ou sem nus para funcionrios e/ou em-pregados e, ainda, sobre operao e prestao: XI - com mercadoria destinada a armazm geral situado neste Estado, para depsito em nome do remetente; ............. XIV - de sada de pea, ferramenta, mquina, veculo, equipamento e outros utenslios, integrados ao ativo fixo, desde que devam retor-nar ao estabelecimento de origem ou a outro do mesmo titular; XV - com impresso personalizado, promovida por estabelecimento da indstria grfica diretamente a usurio final, pessoa fsica ou jurdica; ......... XXII - de aquisio de veculo novo por taxista, na forma de pessoa fsica ou jurdica que opera no setor, inscrito no rgo municipal competente, para uso especfico como txi, limitado a um veculo por beneficirio, e no equivalente a 1/4 (um quarto) dos veculos registrados pela pessoa jurdica no rgo competente, desde que o mesmo no tenha adquirido veculo com iseno ou no-incidncia do ICMS em prazo inferior a 02 (dois) anos. (Grifo nosso)

    Assim, a sada de impresso personalizado promovida por esta-belecimento da industria grfica somente ser beneficiada com a no-incidncia do ICMS quando a mercadoria for destinada a usurio final, seja pessoa fsica ou jurdica

    , e no a consumidor final.

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    Item VIII) Incorreto. Conforme visto anteriormente na questo 15, o 1 do artigo 5 do RICMS possui a seguinte redao:

    1. Na venda a crdito e na realizada por sistema de carto de crdito prprio, efetuadas por estabelecimentos varejistas a consumidor final, sem intervenincia de instituio financeira: 1. no se incluem na base de clculo os valores correspondentes

    aos encargos financeiros acrescidos ao preo a vista 2. o acrscimo financeiro a ser excludo no poder exceder ao

    valor resultante da aplicao da Taxa Referencial - TR, ou ndice oficial que venha a substitu-la, fixada para o ms da operao, sobre o valor financiado, assim entendido o valor da venda deduzido o da entrada.

    Assim, no se incluem na base de clculo os valores correspondentes aos encargos financeiros acrescidos ao preo vista.

    Gabarito: alternativa d.

    Gabarito

    1 A 13 A 2 D 14 B 3 E 15 E 4 B 16 C 5 C 17 B 6 E 18 D 7 C 19 E 8 C 20 A 9 E 21 B 10 A 22 D 11 E 23 D 12 D