icms - ipi e outros - :: netioblivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/ic/rs/conteudo/rs23_10.pdf ·...

17
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 RS 1 Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros Boletim IPI - Venda a varejo no estabelecimento industrial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor 3. Cupom Fiscal 4. Nota Fiscal - Movimento Diário 5. Base de cálculo 6. Escrituração fiscal 7. Estabelecimentos equiparados a industrial 8. Modelo de nota fiscal 1. INTRODUÇÃO No presente texto, focalizaremos os procedimen- tos fiscais a serem observados pelos estabelecimentos industriais que mantêm em suas próprias dependên- cias (internas) seção exclusivamente desti- nada à realização de vendas a consu- midor, com base no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto n o 4.544/2002, no Convênio Sinief s/n o de 15.12.1970, no Convê- nio ECF n o 1/1998 e no Convê- nio ICMS n o 156/1994. (RIPI/2002; Convênio Sinief s/n o de 15.12.1970; Convênio ECF n o 1/1998; Convênio ICMS n o 156/1994) 1.1 Seção de varejo Seção de varejo de estabelecimento industrial é a dependência interna destinada a vendas ao consu- midor, isolada da seção de fabricação, com perfeita distinção e controle dos produtos saídos de cada se- tor de fabricação. (RIPI/2002, art. 334 e art. 518, VI) 1.2 Funcionamento Sob o ponto de vista fiscal, o funcionamento da seção de varejo resume-se no seguinte: a) no ato da operação de venda, o contribuinte deverá emitir Nota Fiscal de Venda a Consu- midor, de subsérie especial, ou Cupom Fiscal, mediante utilização de equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) para acobertar a saída da mercadoria; b) no final de cada dia, emitirá uma única Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para o registro do mo- vimento diário das vendas, cujo documento dará ensejo a lançamento do IPI no livro Re- gistro de Saídas. A adoção desse sistema inclui somente as ope- rações de venda a consumidor cujas mercadorias são por ele próprio retiradas. Caso elas sejam en- tregues aos consumidores fora do estabeleci- mento, não se aplicará esse sistema, hi- pótese em que a operação deverá ser acobertada por Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A. (RIPI/2002, arts. 323, I, 334, 339 e 341, IX) 2. NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR Nos termos do caput do art. 50 do Convênio Sinief s/n o de 15.12.1970, nas operações em que o adquirente seja pessoa natural ou jurídica não con- tribuinte do ICMS, será emitido Cupom Fiscal ou, em vez deste, a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, em ambos os casos, emitidos por equipa- mento ECF. Observe-se, ainda, que no preço de venda a consu- midor já deverá estar incluído o valor do IPI, visto que na Nota Fiscal de Venda a Consumidor não há lançamento desse tributo. Relativamente ao ICMS, não há possibili- dade de destacá-lo no documento fiscal, cujo modelo, Seção de varejo de estabelecimento industrial é a dependência interna destinada a vendas ao consumidor, isolada da seção de fabricação, com perfeita distinção e controle dos produtos saídos de cada setor de fabricação Federal

Upload: hadiep

Post on 06-Feb-2018

221 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 RS 1

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletim

IPI - Venda a varejo no estabelecimento industrial SUMÁRIO 1. Introdução 2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor 3. Cupom Fiscal 4. Nota Fiscal - Movimento Diário 5. Base de cálculo 6. Escrituração fiscal 7. Estabelecimentos equiparados a industrial 8. Modelo de nota fiscal

1. INTRODUÇÃO

No presente texto, focalizaremos os procedimen-tos fiscais a serem observados pelos estabelecimentos industriais que mantêm em suas próprias dependên-cias (internas) seção exclusivamente desti-nada à realização de vendas a consu-midor, com base no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto no 4.544/2002, no Convênio Sinief s/no de 15.12.1970, no Convê-nio ECF no 1/1998 e no Convê-nio ICMS no 156/1994.

(RIPI/2002; Convênio Sinief s/no de 15.12.1970; Convênio ECF no 1/1998; Convênio ICMS no 156/1994)

1.1 Seção de varejo

Seção de varejo de estabelecimento industrial é a dependência interna destinada a vendas ao consu-midor, isolada da seção de fabricação, com perfeita distinção e controle dos produtos saídos de cada se-tor de fabricação.

(RIPI/2002, art. 334 e art. 518, VI)

1.2 Funcionamento

Sob o ponto de vista fiscal, o funcionamento da seção de varejo resume-se no seguinte:

a) no ato da operação de venda, o contribuinte deverá emitir Nota Fiscal de Venda a Consu-midor, de subsérie especial, ou Cupom Fiscal, mediante utilização de equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF) para acobertar a saída da mercadoria;

b) no final de cada dia, emitirá uma única Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para o registro do mo-vimento diário das vendas, cujo documento dará ensejo a lançamento do IPI no livro Re-gistro de Saídas.

A adoção desse sistema inclui somente as ope-rações de venda a consumidor cujas mercadorias são por ele próprio retiradas. Caso elas sejam en-

tregues aos consumidores fora do estabeleci-mento, não se aplicará esse sistema, hi-

pótese em que a operação deverá ser acobertada por Nota Fiscal, modelo

1 ou 1-A.

(RIPI/2002, arts. 323, I, 334, 339 e 341, IX)

2. NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR

Nos termos do caput do art. 50 do Convênio Sinief s/no de 15.12.1970, nas operações em que o adquirente seja pessoa natural ou jurídica não con-tribuinte do ICMS, será emitido Cupom Fiscal ou, em vez deste, a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, em ambos os casos, emitidos por equipa-mento ECF.

Observe-se, ainda, que no preço de venda a consu-midor já deverá estar incluído o valor do IPI, visto que na Nota Fiscal de Venda a Consumidor não há lançamento desse tributo. Relativamente ao ICMS, não há possibili-dade de destacá-lo no documento fiscal, cujo modelo,

Seção de varejo de estabelecimento industrial é

a dependência interna destinada a vendas ao consumidor, isolada da seção de fabricação, com perfeita distinção e controle dos produtos

saídos de cada setor de fabricação

Federal

Page 2: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

2 RS Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

aliás, nem contém espaço próprio para isso, precisa-mente por se tratar de venda a consumidor.

(Convênio Sinief s/no de 15.12.1970, art. 50)

3. CUPOM FISCAL

O Convênio ECF no 1/1998 dispõe sobre a obriga-toriedade de uso de equipamento ECF por estabele-cimento que promova venda a varejo e prestação de serviço.

Assim, os estabelecimentos que exerçam a ati-vidade de venda ou de revenda de mercadorias ou bens, ou de prestação de serviços em que o ad-quirente ou tomador seja pessoa física ou jurídica não contribuinte do ICMS, estão obrigados ao uso de ECF.

Somente será permitida a emissão de do-cumento fiscal por qualquer outro meio, inclusive o manual, por razões de força maior ou caso fortuito, tais como falta de energia elétrica, quebra ou furto do equipamento, e nas condições previstas no Con-vênio Sinief s/no de 15.12.1970, devendo o usuário anotar o motivo no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, mo-delo 6.

A critério de cada Unidade da Federação e na forma que dispuser sua legislação, poderá ser au-torizada a utilização de Cupom Fiscal emitido por equipamento ECF nas vendas a prazo e para en-trega de mercadoria em domicílio, em seu territó-rio, hipótese em que devem ser impressas, pelo próprio equipamento, no respectivo Cupom Fiscal ou Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, sem prejuízo dos demais requisitos, as seguintes informações:

a) a identificação do adquirente, por meio do nú-mero de inscrição no cadastro de contribuin-tes do Ministério da Fazenda;

b) o código previsto na cláusula quadragésima quinta do Convênio ICMS no 156/1994 e a des-crição das mercadorias objeto da operação, ainda que resumida.

No Cupom Fiscal também deverá constar, ainda que no verso, o nome e o endereço do ad-quirente, a data e a hora de saída, e, tratando-se

de venda a prazo, as indicações pertinentes a essa operação.

(Convênio Sinief s/no de 15.12.1970, art. 6o, III, § 2o, e art. 50, §§ 2o, 5o e 6o; Convênio ECF no 1/1998, cláusula primeira; Convênio ICMS no 156/1994, cláusula quadragésima quinta)

4. NOTA FISCAL - MOVIMENTO DIÁRIO

No final de cada dia, o estabelecimento industrial deverá emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, para cada tipo de produto vendido, segundo a sua classificação fiscal.

A Nota Fiscal - Movimento Diário deverá conter todos os requisitos normalmente exigidos e, em espe-cial, as seguintes indicações:

a) a natureza da operação: “Uso interno”;

b) como destinatário: “Resumo do dia”;

c) o Código Fiscal de Operações ou Prestações (CFOP): 5.949;

d) o Código de Situação Tributária (CST): 090 - Outras;

e) a discriminação do produto e a quantidade to-tal vendida no dia;

f) a classificação fiscal do produto;

g) o valor total do produto e o valor total da nota;

h) a alíquota e a importância do ICMS devido so-bre a operação;

i) a alíquota e o valor do IPI;

j) a declaração, no campo “Informações Com-plementares”: “Nota fiscal emitida exclusiva-mente para uso interno”.

(RIPI/2002, art. 320, I, 323, I, 333, I, art. 334, 339, I, “i” e “j”, e VII, “a”, e art. 341, IX)

5. BASE DE CÁLCULO

O valor tributável do IPI pelas vendas efetuadas na seção de varejo é o valor total da operação de que decorrer a saída do produto do estabelecimento in-dustrial ou equiparado a industrial.

(RIPI/2002, art. 131, II)

6. ESCRITURAÇÃO FISCAL

6.1 Cupom Fiscal

O Cupom Fiscal deve, conforme dispuser a legis-lação de cada Unidade da Federação, ser escriturado

Page 3: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 RS 3

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

nas colunas próprias do livro Registro de Saídas, ob-servando-se, quanto à coluna sob o título “Documento Fiscal”, o seguinte:

a) como espécie, a sigla “CF”;

b) como série e subsérie, a sigla “ECF”;

c) como números inicial e final do documento fis-cal, o número do Mapa-Resumo ECF emitido no dia;

d) como data, aquela indicada no respectivo Mapa-Resumo ECF.

O estabelecimento que for dispensado da emis-são do Mapa-Resumo ECF deve, conforme dispuser a legislação da respectiva Unidade da Federação, escriturar o livro Registro de Saídas, consignando as seguintes indicações:

a) na coluna “Documento Fiscal”:

a.1) como espécie, a sigla “CF”;

a.2) como série e subsérie, o número do ECF atribuído pelo estabelecimento;

a.3) como números inicial e final do do-cumento, os números de ordem inicial e final das operações do dia;

b) nas colunas “Valor Contábil” e “Base de Cál-culo” de “Operações com Débito do Impos-to”, o montante das operações realizadas no dia, que deve ser igual à diferença entre o valor acumulado no final do dia e o acumu-lado no final do dia anterior, no Grande To-tal;

c) na coluna “Observações”, o valor do Totaliza-dor Geral e o número do Contador de Redu-ções.

Na hipótese de utilização de Cupom Fiscal pelo contribuinte, o lançamento dos valores relativos ao IPI no livro Registro de Saídas será efetuado com base nos dados da Nota Fiscal - Movimento Diário (veja su-bitem 6.3).

(Convênio ICMS no 156/1994, cláusulas vigésima quinta e vigésima sexta)

6.2 Nota Fiscal de Venda a Consumidor

Este documento fiscal será lançado no livro Re-gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito do Imposto” e “IPI - Valores Fiscais - Operações sem Débito do Imposto”.

O débito do IPI lançado na Nota Fiscal - Resumo Diário (veja subitem 6.3) será registrado na coluna “IPI - Valores Fiscais - Operações com Débito do Impos-to”.

(RIPI/2002, art. 381)

6.3 Nota Fiscal - Movimento Diário

Este documento fiscal será escriturado no livro Registro de Saídas, observando-se o seguinte:

a) na coluna “ICMS - Valores Fiscais - Operações sem Débito do Imposto - Outras”, será lança-do o valor constante na Nota Fiscal - Resumo Diário;

b) na coluna “IPI - Valores Fiscais - Operações com Débito do Imposto”, será escriturado o valor tributável do IPI (veja subitem 6.2).

(RIPI/2002, art. 381)

7. ESTABELECIMENTOS EQUIPARADOS A INDUSTRIAL

Os procedimentos mencionados nos itens an-teriores são inteiramente aplicáveis aos estabele-cimentos equiparados a industrial perante a legis-lação do IPI, conforme já se manifestou a Coorde-nação do Sistema de Tributação pelo Parecer Nor-mativo CST no 30/1970 e Parecer Normativo CST no 158/1971.

(Parecer Normativo CST no 30/1970; Parecer Normativo CST no 158/1971)

7.1 Importadores

A adoção do procedimento descrito nos itens anteriores aplica-se também aos estabelecimentos varejistas do importador que receberem os produtos diretamente da repartição que os liberou.

(RIPI/2002, art. 334)

8. MODELO DE NOTA FISCAL

Admitindo-se que o estabelecimento industrial tenha emitido 10 Notas Fiscais de Venda a Consumi-dor durante o dia, as quais se referem à saída de 12 tapetes de veludo vendidos pelo valor de R$ 440,00 (R$ 400,00 + R$ 40,00 de IPI), a Nota Fiscal - Movi-mento Diário será emitida conforme modelo a seguir reproduzido:

Page 4: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

4 RS Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

NOTA FISCAL Nº 001.710EMITENTE

x SAÍDA ENTRADA

LOGOTIPO

Nome: Indústria de Tapates ITL Ltda.

ENDEREÇO: Rua Brusque, 200

BAIRRO/DISTRITO: Vila Industrial

UF SP

CEP 00000-000

1ª VIA

DESTINATÁRIO/

DESTINATÁRIO/REMETENTE

NOME/RAZÃO SOCIAL

Resumo do dia

CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO

12.05.2010ENDEREÇO BAIRRO/DISTRITO CEP DATA DA

SAÍDA/ENTRADA

MUNICÍPIO FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA

FATURA

DADOS DO PRODUTO

ALÍQUOTAS CÓDIGO

PRODUTODESCRIÇÃO DOS PRODUTOS

CLASSIFICAÇÃO

FISCAL

SITUAÇÃO

TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE

VALOR

UNITÁRIO VALOR TOTAL

ICMS IPI

VALOR

DO IPI

0445-2 Tapetes de veludo 5702.49.00 090 peças 12 400,00 4.800,00 10% 480,00

CÁLCULO DO IMPOSTOBASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS

4.800,00VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI

480,00

VALOR TOTAL DA NOTA

5.280,00

TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF

1. EMITENTE

2. DESTINATÁRIO ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Nota fiscal emitida exclusivamente para uso interno (Notas Fiscais de Venda a Consumidor nºs 051 a 060).

RESERVADO AO FISCO

N° DE CONTROLE DO FORMULÁRIO

001.710

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR

Nº 001.710

CNPJ

11.111.111/0001-11

REMETENTE

NATUREZA DA OPERAÇÃO

Uso interno

CFOP

5.949

INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL

100.200.300.001

DATA-LIMITE PARA EMISSÃO

08.03.2009

Page 5: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 RS 5

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

EstadualICMS - Venda para entrega futura SUMÁRIO 1. Introdução 2. Incidência 3. Base de cálculo 4. Documentos fiscais 5. Escrituração fiscal 6. Variação de alíquota 7. Desfazimento da venda 8. Penalidades 9. Jurisprudência 10. Modelos de notas fiscais

1. INTRODUÇÃO

A venda para entrega futura ocorre quando a mer-cadoria objeto da comercialização não é entregue no momento da venda (faturamento). Essa entrega é feita em momento posterior, de acordo com o convencio-nado entre as partes e com o previsto no contrato de compra e venda.

Essa modalidade de operação também pode ser adotada pelos produtores rurais, hipótese em que o documento a se utilizar é a Nota Fiscal de Produtor.

A disciplina aplicável a essas operações está contida no RICMS-RS/1997, Livro II, art. 59, sobre a qual discorreremos a seguir.

2. INCIDÊNCIA

A operação de venda para entrega futura é tri-butada pelo ICMS, observado o tratamento tributário aplicável ao produto objeto da operação.

Em geral, é vedada a emissão de nota fiscal que não corresponda a uma efetiva saída de mercadoria. Contudo, a legislação possibilita ao contribuinte a fa-culdade de emitir a nota fiscal de faturamento anteci-pado, mesmo não havendo, neste momento, a efetiva saída da mercadoria.

Caso o contribuinte opte pela emissão da nota fiscal de simples faturamento, será vedado o desta-que do imposto, que ocorrerá no momento da efetiva saída da mercadoria, na nota fiscal de remessa para entrega futura.

(RICMS-RS/1997, Livro II, arts. 27 e 59)

3. BASE DE CÁLCULO

Na operação de venda para entrega futura, o im-posto, quando devido, deverá ser computado sobre a base de cálculo atualizada e debitado pelo vendedor por ocasião da efetiva saída total ou parcial da mer-cadoria.

Para fins de atualização da base de cálculo do ICMS, o valor da mercadoria será o vigente na data da sua efetiva saída do estabelecimento.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 59, caput, nota 02, II)

4. DOCUMENTOS FISCAIS

A legislação disciplina a emissão de documen-tos fiscais, sobre a qual discorreremos nos subitens a seguir.

4.1 Opção pela emissão da nota fiscal de simples faturamento

Na hipótese de emissão da nota fiscal de simples faturamento de venda para entrega futu-ra, classificada no Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) 5.922 ou 6.922, esta deverá ser preenchida com todos os requisitos exigidos, po-rém sem o destaque do imposto, com indicação, no campo “Informações Complementares”, da ex-pressão “Vedado o destaque do ICMS, conforme art. 59, caput, do Livro II do RICMS/RS”. A 1a e a 3a vias dessa nota fiscal deverão ser remetidas ao adquirente.

No momento da efetiva saída global ou parcial da mercadoria, o vendedor deverá emitir nota fiscal em nome do adquirente, com destaque do imposto, quando devido, calculado conforme o item 3. Nessa nota fiscal, além dos demais requisitos exigidos, de-verá ser indicada:

a) como natureza da operação, a expressão: “Remessa - Entrega futura”;

b) o CFOP 5.116 ou 6.116 (mercadoria de pro-dução do estabelecimento), ou 5.117 ou 6.117 (venda de mercadoria adquirida de terceiros);

c) no campo “Informações Complementares” do quadro “Dados Adicionais”, se houver

Page 6: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

6 RS Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

sido emitida a nota fiscal relativa ao simples faturamento, a observação: “Remessa refe-rente à venda para entrega futura confor-me nossa Nota Fiscal no ....., no valor de R$ .....”.

Se houver atualização do valor da base de cál-culo mencionada no item 3, essa nota fiscal deverá ser emitida com o valor da mercadoria vigente na data da efetiva saída do estabelecimento.

Na hipótese de emissão de Cupom Fiscal, as indi-cações exigidas serão inseridas no campo das infor-mações suplementares.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 30 e art. 59, II)

4.2 Renúncia à opção de emissão da nota fiscal de simples faturamento

O contribuinte que optar pela emissão da nota fis-cal de simples faturamento emitirá, no ato da saída da mercadoria, a nota fiscal de venda, com destaque do ICMS, se devido, com todos os requisitos legalmen-te exigidos, utilizando o CFOP 5.101/6.101 (venda de produção do estabelecimento) ou 5.102/6.102 (reven-da de mercadoria adquirida de terceiros), conforme se trate de operação interna ou interestadual. Nesse caso, para documentar o recebimento do pagamento, bastará um recibo.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 59, caput)

5. ESCRITURAÇÃO FISCAL

A legislação também disciplina os procedimentos para a escrituração fiscal, os quais serão analisados a seguir.

Ressaltamos que, desde 1o.01.2006, os contri-buintes inscritos no Cadastro Geral de Contribuin-tes de Tributos Estaduais (CGC/TE) enquadrados na categoria geral estão obrigados à escrituração dos livros fiscais, exceto o livro modelo 6, pelo sistema eletrônico de processamento de dados, conforme disposto no RICMS-RS/1997, Livro II, art. 181, § 2o.

5.1 Livro Registro de Saídas

O estabelecimento fornecedor das mercadorias, ao emitir os documentos fiscais relativos a venda para

entrega futura, deverá escriturá-los no livro Registro de Saídas, observando o seguinte:

a) a nota fiscal emitida para simples fatura-mento deverá ser registrada no livro Re-gistro de Saídas, com anotação apenas na coluna “Valor Contábil”, sem indicação dos valores na coluna “ICMS - Valores Fiscais”. Na coluna “Observações”, será menciona-da a seguinte informação: “Venda para en-trega futura”;

b) as notas fiscais emitidas por ocasião da saída global ou parcial das mercadorias deverão ser escrituradas sem indicação na coluna “Valor Contábil”, e com anotação dos valores na co-luna “ICMS - Valores Fiscais”. Na coluna “Ob-servações”, constará a seguinte observação: “Referente à Nota Fiscal no ..... (mencionar o número da nota fiscal emitida para simples fa-turamento), registrada em ...../...../..... (data do registro)”.

O contribuinte que renunciar à faculdade de emitir a nota fiscal de simples faturamento escriturará a nota fiscal de venda de que trata o subitem 4.2 nas colunas próprias do livro Registro de Saídas, na forma prevista no RICMS-RS/1997, Livro II, art. 155.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 155, VI, “a”, § 1o)

5.2 Livro Registro de Entradas

O estabelecimento adquirente das mercado-rias, ao receber os documentos fiscais relativos às compras para recebimento futuro, deverá escriturá-los no livro Registro de Entradas, observando-se o seguinte:

a) a nota fiscal de simples faturamento deverá ser registrada com indicação apenas na colu-na “Valor Contábil”, sem menção dos valores na coluna “ICMS - Valores Fiscais”. Na coluna “Observações”, constará a seguinte anota-ção: “Compra para recebimento futuro”, com o CFOP 1.922 ou 2.922;

b) a nota fiscal relativa à efetiva entrada das mercadorias deverá ser registrada sem in-dicação na coluna “Valor Contábil”, com transcrição dos valores na coluna “ICMS - Valores Fiscais”. A coluna “Observações” conterá a seguinte observação: “Referente à Nota Fiscal no ..... (indicar o número da nota fiscal emitida para simples faturamento), re-

Page 7: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 RS 7

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

gistrada em ...../...../..... (data do registro)”. O CFOP será 1.116/2.116 (compra para in-dustrialização) ou 1.117/2.117 (compra para comercialização).

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 153, VIII, “a”, § 1o)

5.3 Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque

Se a operação de venda (ou compra) para en-trega futura for realizada por estabelecimento in-dustrial, equiparado a industrial ou atacadista, os quais são obrigados a escriturar o livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3, a nota fiscal de simples faturamento deverá ser escri-turada normalmente nesse livro, tanto pelo fornece-dor quanto pelo adquirente da mercadoria, porém não deverá ser utilizada a coluna “Estoque”, cujo saldo não será alterado pela movimentação simbó-lica dos produtos.

Na coluna “Observações”, constará uma das se-guintes observações: “Venda para entrega futura” ou “Compra para entrega futura”.

Por ocasião da entrega dos produtos, deverão ser escrituradas apenas as colunas “Documento”, “Lançamento” e “Estoque”. Nesta última, será atualizado o saldo conforme a quantidade de pro-dutos movimentada. Na coluna “Observações”, será registrada referência à nota fiscal de simples faturamento.

Ressaltamos que o contribuinte pode substituir a escrituração desse livro fiscal por controle quantitativo de mercadorias, observadas as disposições contidas no RICMS-RS/1997, Livro II, art. 164.

(RICMS-RS/1997, Livro II, arts. 160 e 164)

6. VARIAÇÃO DE ALÍQUOTA

Ocorrendo variação de alíquota entre a data da emissão da nota fiscal de simples faturamento e a data da efetiva saída da mercadoria, preva-lecerá a alíquota vigente na data da saída, tendo em vista que o fato gerador do ICMS ocorre no momento da saída física do produto do estabele-cimento.

(Lei no 5.172/1966, art. 144 - CTN; RICMS-RS/1997, Livro I, art. 4o, I)

7. DESFAZIMENTO DA VENDA

Se for provado, em qualquer caso, que a ope-ração de venda para entrega futura foi desfeita antes da saída total ou parcial das mercadorias, os lançamentos nos livros Registro de Saídas e de Entradas tornar-se-ão sem efeito, devendo ser efe-tuada uma simples anotação, na coluna “Obser-vações”, do fato e dos motivos determinantes do desfazimento. Portanto, não é prevista a emissão de nota fiscal simbólica para devolução/desfazi-mento da operação.

8. PENALIDADES

A nota fiscal tem a finalidade, entre outras, de documentar a operação, servindo para acobertar o transporte das mercadorias até o destinatário.

A emissão simbólica de uma nota fiscal só pode ser feita nas hipóteses expressamente previstas na legislação.

A inobservância das exigências previstas na le-gislação, apuradas por meio de procedimento fiscal, implica ao contribuinte, além de outras penalidades que possam ser capituladas pelo agente fiscal, a mul-ta equivalente a 20% do valor das mercadorias cons-tante do documento fiscal emitido, não inferior a 10 UPF-RS, pela emissão de nota fiscal que não corres-ponda a uma efetiva saída de mercadoria, sem am-paro legal.

(Lei no 6.537/1973, art. 7o e art. 11, II, “i”)

9. JURISPRUDÊNCIA

Relativamente ao tema, transcrevemos o Acórdão no 21/2007, que foi extraído do site da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul (Sefaz), cuja utilização, se for o caso, deve ser precedida de busca ao texto original.

RECURSO No 011/07

ACÓRDÃO No 218/07

RECORRENTE: (...)

RECORRIDA: FAZENDA ESTADUAL (Proc. no 01356-14.00/06-9)

PROCEDÊNCIA: CAXIAS DO SUL - RS

Page 8: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

8 RS Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

EMENTA:

INFRAÇÃO TRIBUTÁRIA MATERIAL QUALIFICADA. CO-AUTORIA. RECURSO VOLUNTÁRIO IMPROVIDO.

RECURSO VOLUNTÁRIO contra a Decisão Administrativa de Primeira Instância que julgou procedente Auto de Lan-çamento e manteve integralmente o montante através dele exigido, constituído de parcela autônoma decorrente da aplicação da multa prevista no art. 3o, da Lei no 6.537/73, e alterações, em valor idêntico àquela exigida através do Auto de Lançamento no 0015125998.

Crédito tributário decorrente da constatação de que o sujeito passivo realizou operações de transferência de créditos fiscais de ICMS para a empresa ( ), fazendo consignar nos respectivos documentos fiscais tratar-se de forma de pagamento de “aquisições de mercado-rias”, cujas operações de circulação das mercadorias não restaram comprovadas, conforme demonstrado no item III do Anexo do Auto de Lançamento no 001525998, sob o seguinte título:

“6o Fornecedor: ( ).

Bento Gonçalves/RS

CNPJ: 91.032.383/0001-35 - Inscrição Estadual: 010/0043798”

Nada a reparar da decisão monocrática que bem e adequadamente analisou os aspectos relevantes da autuação e da impugnação, inclusive com referência e transcrição de dispositivos da legislação tributária e de excertos jurisprudenciais atinentes aos fatos sob apre-ciação.

Com efeito, os fatos com infração da legislação tributária encontram-se descritos no Auto de Lançamento de manei-ra transparente e cristalina, com perfeita identificação das operações objeto da exação, inclusive com indicação das datas e do valor dos correspondentes documentos fiscais, de modo que competia ao sujeito passivo demonstrar que indigitadas operações de aquisições de mercadorias efeti-vamente ocorreram segundo consignado em mencionados documentos fiscais, o que sequer em grau de recurso lo-grou comprovar.

Diante da clareza do acusatório fiscal, não há admitir transferir-se para o Fisco o encargo de comprovar a efe-tiva ocorrência das pertinentes aquisições de mercado-rias, mormente como no caso sob apreciação, quando na fase preparatória do lançamento tributário - e não obstante os flagrantes indícios da presença de opera-ções simuladas, visto o veículo indicado no documento fiscal não possuir capacidade suficiente para transportar a carga descrita - o sujeito passivo foi regular e objetiva-mente intimado a comprovar a realização das operações de circulação de mercadorias, havendo-se quedado si-lente, respondendo com evasivas não aceitáveis (...mer-cadorias transportadas por autônomo sem vínculo com a empresa, sem retorno dos comprovantes de entrega dos materiais...), ou, ainda, pretendendo solução na si-tuação legalmente não admitida, como no caso da Nota Fiscal no 222684 cujo negócio afirmou haver sido acor-dado para pronta-entrega e que, a pedido do compra-dor, as mercadorias foram (posteriormente) entregues em cinco etapas (cinco NFs), na medida do surgimento

de espaço nos depósitos de pretenso adquirente, olvi-dando-se, contudo, da existência de expressa vedação à transferência de saldos credores a título de pagamento nas aquisições de mercadorias em operações de ven-da para entrega futura (Regulamento do ICMS - RICMS, aprovado pelo Decreto no 37.699/97: Livro I, art. 59, pa-rágrafo único).

Assinale-se que por mais que o sujeito passivo asse-vere que o Fisco não realizou levantamento (auditoria) do estoque de matérias-primas, ou afirme categorica-mente “diante da expressa informação de que as mer-cadorias estavam - e ainda estão - na sede da impug-nante” (sic), o conjunto probatório existente nos autos não deixa dúvida de tratar-se de operações simuladas, ostentando-se, pois, despropositada a realização de qualquer pesquisa ou levantamento para revelar aqui-lo que os próprios autos com induvidosa clareza de-monstram.

À conta do exposto, acolhendo parecer da Defensoria da Fazenda, negado provimento ao recurso voluntário, confir-mando a Decisão Administrativa de Primeira Instância por seus próprios e jurídicos fundamentos.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDAM os membros da Primeira Câmara do Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais do Rio Grande do Sul, por UNANIMI-DADE DE VOTOS, em negar provimento ao recurso volun-tário.

Participaram do julgamento, ainda, os Juízes Nielon José Meirelles Escouto, Ivori Jorge da Rosa Machado e Antônio José de Mello Widholzer. Presentes os Defensores da Fa-zenda Galdino Bollis e Roberto Camargo da Silva.

Porto Alegre, 11 de abril de 2007.

NELSON RESCHKE - JUIZ RELATOR

EVA REGINA PEREIRA RAMÃO - PRESIDENTE DA CÂMA-RA

10. MODELOS DE NOTAS FISCAIS

A seguir ilustramos como emitir as notas fiscais de venda e de remessa, por ocasião da operação de venda para entrega futura.

Ressaltamos que o contribuinte deve preencher os campos da nota fiscal, no momento de sua emis-são, de acordo com a exigência prevista na legisla-ção.

Nos modelos de escrituração dos documentos fiscais transcritos, alguns campos deixaram de ser preenchidos, tendo em vista tratar-se de exemplos unicamente ilustrativos.

Page 9: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 RS 9

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

NOTA FISCAL Nº 00187EMITENTE

x SAÍDA ENTRADA

LOGOTIPO

Indústria de Móveis Ltda.

Rua do Quinhão, 12

Porto Alegre - RS Tel:

1ª VIA

DESTINATÁRIO/ CNPJ REMETENTE

NATUREZA DA OPERAÇÃO

Venda entrega futura CFOP

5.922INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA-LIMITE PARA

EMISSÃO

DESTINATÁRIO/REMETENTENOME/RAZÃO SOCIAL

Comércio de Móveis Ltda. CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO

30.04.2010ENDEREÇO

Rua da Paz, 77

BAIRRO/DISTRITO

Centro

CEP DATA DA SAÍDA/ENTRADA

MUNICÍPIO

Porto Alegre FONE/FAX UF

RSINSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA

FATURA

DADOS DO PRODUTOALÍQUOTAS

CÓDIGOPRODUTO

DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CLASSIFICAÇÃO

FISCAL

SITUAÇÃO

TRIBUTÁRIA

UNIDADE QUANTID

ADE VALOR

UNITÁRIO

VALOR TOTAL

ICMS IPI

VALOR DO IPI

Jogos estofados de sofá e poltrona

9401.61.00 000 un 20 180,00 3.600,00 10% 360,00

CÁLCULO DO IMPOSTOBASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS

----------------------BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS

3.600,00VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI

360,00VALOR TOTAL DA NOTA

3.960,00TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF

1. EMITENTE

2. DESTINATÁRIO ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

“Nota Fiscal de simples faturamento”

“Sem valor para acompanhar o trânsito da mercadoria”

“Vedado o destaque do ICMS, conf. Art. 59, “caput” do Livro II do RICMS/RS

RESERVADO AO FISCO

N° DE CONTROLE DO FORMULÁRIO

00187

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 00187

00.00.00

Page 10: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

10 RS Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

NOTA FISCAL Nº 00294EMITENTE

x SAÍDA ENTRADA

LOGOTIPO

Indústria de Móveis Ltda.

Rua do Quinhão, 12

Porto Alegre - RS Tel:

1ª VIA

DESTINATÁRIO/ CNPJ REMETENTE

NATUREZA DA OPERAÇÃO

Remessa entrega futura CFOP

5.116INSC. ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA-LIMITE PARA

EMISSÃO

DESTINATÁRIO/REMETENTENOME/RAZÃO SOCIAL

Comércio de Móveis Ltda. CNPJ/CPF DATA DA EMISSÃO

10.05.2010ENDEREÇO

Rua da Paz, 77

BAIRRO/DISTRITO

Centro

CEP DATA DA SAÍDA/ENTRADA

10.05.2010MUNICÍPIO

Porto Alegre FONE/FAX UF

RSINSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA

10h00

FATURA

DADOS DO PRODUTOALÍQUOTAS CÓDIGO

PRODUTODESCRIÇÃO DOS PRODUTOS

CLASSIFICAÇÃOFISCAL

SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA

UNIDADE QUANTIDADE

VALOR UNITÁRIO

VALOR TOTAL

ICMS IPI

VALOR DO IPI

Jogos estofados de sofá e poltrona

9401.61.00 000 un 20 180,00 3.600,00 17%

CÁLCULO DO IMPOSTOBASE DE CÁLCULO DO ICMS

3.600,00 VALOR DO ICMS

612,00BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS

3.600,00VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA

3.960,00TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CNPJ/CPF

1. EMITENTE

2. DESTINATÁRIO ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS ADICIONAIS

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Remessa referente à venda para entrega futura conforme nossa nota fiscal de simples faturamento nº 187, de 30.04.2010, no valor de R$ 3.960,00, na qual foi lançado o IPI devido no valor de R$ 360,00.

RESERVADO AO FISCO

N° DE CONTROLE DO FORMULÁRIO

00294

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 00294

00.00.00

Page 11: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 RS 11

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IOB EntendeFEDERAL

Simples Nacional - ICMS - Crédito fiscal - Requisitos

Consideram-se microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP), para efeitos legais, a socie-dade empresária, a sociedade simples e o empresá-rio a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406/2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

a) no caso das ME, o empresário, a pessoa ju-rídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00;

b) no caso das EPP, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta supe-rior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00.

A receita bruta, para fins de enquadramento, é o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, do preço dos serviços prestados e do resultado nas operações em conta alheia, não in-cluídas as vendas canceladas e os descontos incon-dicionais concedidos.

O Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional) foi instituído pelo art. 12 da Lei Complementar no 123/2006, o qual implica o recolhimento mensal, mediante do-cumento único de arrecadação, de vários impostos e contribuições, dentre os quais o IPI e o ICMS.

Relativamente ao crédito fiscal, as empresas optan-tes pelo Simples Nacional não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou contri-buições abrangidos por esse regime simplificado.

No entanto, as pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo mencionado regime terão direito a crédito corres-pondente ao ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, desde que destinadas a comercialização ou industrialização e observado, como limite, o ICMS

efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Na-cional em relação a essas aquisições.

A alíquota aplicável ao cálculo do crédito deverá ser informada no documento fiscal e corresponderá ao percentual de ICMS previsto nos Anexos I ou II da Lei Complementar no 123/2006 para a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP estiver sujeita no mês an-terior ao da operação.

Na hipótese de a operação ocorrer no mês de iní-cio de atividades da ME ou da EPP, a alíquota aplicá-vel ao cálculo do crédito corresponderá ao percentual de ICMS referente à menor alíquota prevista nos refe-ridos anexos.

O crédito fiscal atribuído ao adquirente na forma antes mencionada não se aplica quando:

a) a ME ou a EPP estiver sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais;

b) a ME ou a EPP não informar a respectiva alí-quota no documento fiscal;

c) houver isenção estabelecida pelo Estado ou pelo Distrito Federal que abranja a faixa de re-ceita bruta a que a ME ou a EPP estiver sujeita no mês da operação;

d) o remetente da operação ou da prestação considerar, por opção, que a alíquota deva incidir sobre a receita recebida no mês (regi-me de caixa).

Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Es-tados e do Distrito Federal, poderá ser concedido às pessoas jurídicas e àquelas a elas equiparadas pela legislação tributária não optantes pelo Simples Nacio-nal crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os insumos utilizados nas mercadorias adquiridas de indústria optante pelo Simples Nacional, sendo vedado o estabelecimento de diferenciação no valor do crédito em razão da procedência dessas mercadorias.

As ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional utilizarão, conforme as operações e prestações que realizarem, os documentos fiscais, inclusive os emiti-dos por meio eletrônico, autorizados pelos entes fede-rativos onde possuírem estabelecimento.

A utilização dos documentos fiscais fica con-dicionada à inutilização dos campos destinados à

Page 12: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

12 RS Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

base de cálculo e ao imposto destacado, de obri-gação própria, constando, no campo destinado às informações complementares ou, em sua falta, no corpo do documento, por qualquer meio gráfico in-delével, as observações:

a) “Documento emitido por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional”; e

b) “Não gera direito a crédito fiscal de IPI”.

Quando a ME ou a EPP revestir-se da condição de responsável, inclusive de substituto tributário, fará a indicação alusiva à base de cálculo e ao im-posto retido no campo próprio ou, em sua falta, no corpo do documento fiscal utilizado na operação ou na prestação.

A ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional que emitir nota fiscal com direito ao crédito estabelecido no § 1o do art. 23 da Lei Complementar no 123/2006 consignará, no campo destinado às informações com-plementares ou excepcionalmente, em caso de insufi-ciência de espaço, no quadro “Dados do Produto”, a observação: “Permite o aproveitamento do crédito de ICMS no valor de R$ ....., correspondente à alíquota de .....%, nos termos do art. 23 da Lei Complementar no 123/2006”.

Essa observação não poderá ser consignada no documento fiscal, ou, caso já o tenha sido, deverá ser inutilizada quando:

a) a ME ou EPP estiver sujeita à tributação do ICMS no Simples Nacional por valores fixos mensais;

b) tratar-se de operação de venda ou de revenda de mercadoria em que o ICMS não é devido pelo Simples Nacional;

c) houver isenção estabelecida pelo Estado ou pelo Distrito Federal nos termos do § 20 do art. 18 da Lei Complementar no 123/2006, que abranja a faixa de receita bruta a que a ME ou EPP estiver sujeita no mês da operação;

d) a operação for imune ao ICMS;

e) a ME ou EPP considerar, por opção, que a base de cálculo sobre a qual serão calculados os valores devidos no Simples Nacional será representada pela receita recebida no mês, na forma da Resolução CGSN no 38/2008 (regime de caixa); e

f) tratar-se de prestação de serviço de comuni-cação, de transporte interestadual ou de trans-porte intermunicipal.

É importante destacar que o adquirente da mer-cadoria não poderá se creditar do ICMS consignado em nota fiscal emitida por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, quando:

a) a alíquota não for informada na nota fiscal;b) a mercadoria adquirida não se destinar a co-

mercialização ou industrialização; ec) a operação enquadrar-se nas situações des-

critas nas letras “a” a “f” anteriores.

Na hipótese de utilização de crédito de forma in-devida ou a maior, o destinatário da operação estor-nará o crédito respectivo em conformidade com o es-tabelecido na legislação de cada ente tributante, sem prejuízo de eventuais sanções ao emitente nos termos da legislação do Simples Nacional.

Após as considerações sobre a vedação e per-missão do crédito fiscal pelo destinatário de merca-doria procedente de ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, surge a questão a respeito da legitimidade da apropriação de crédito por contribuinte adquirente de produtos destinados a utilização como insumo em processo industrial, caso em que não se aplica o regi-me de substituição tributária pela inexistência de ope-rações subsequentes alcançadas por esse regime e que, por desencontro de informações, o remetente, além de reter o imposto (indevidamente), ainda não informa a alíquota e o valor do ICMS no campo próprio da nota fiscal por ele emitida, conforme o disposto no art. 2o-A da Resolução CGSN no 10/2007.

Nessa hipótese, o imposto retido indevidamente pelo remetente optante pelo Simples Nacional deverá, a nosso ver, ser recolhido na forma da legislação da Unidade da Federação de sua localização, cabendo às partes o acerto relativo à parte financeira envolvida na respectiva operação.

No que tange ao crédito, pelo destinatário, este não poderá apropriá-lo por não satisfazer à exigên-cia prevista na legislação, qual seja, a consignação pelo remetente no campo próprio do documento fiscal da observação “Permite o aproveitamento do crédito de ICMS no valor de R$ ....., correspondente à alíquota de .....%, nos termos do art. 23 da Lei Complementar no 123/2006”.

(Lei no 10.406/2002, art. 966; Lei Complementar no 123/2006, art. 3o, caput, § 1o, art. 12, art. 13, caput, art. 18, § 20, art. 23, caput, §§ 1o a 5o, Anexos I e II; Resolução CGSN no 10/2007, art. 2o, §§ 2o e 4o, art. 2o-A, art. 2o-B, art. 2o-C; Resolu-ção CGSN no 38/2008)

Page 13: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jum/2010 - Fascículo 23 RS 13

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

IOB Perguntas e RespostasIPI/Sped - Instituição

1) Quando foi instituído e o que vem a ser o Siste-ma Público de Escrituração Digital (Sped)?

O Sped foi instituído em 22.01.2007. É o instrumen-to que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documen-tos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, computadorizado, de informações.

(Decreto federal no 6.022/2007, art. 2o)

IPI/Zona Franca de Manaus - Tratamento fiscal

2) Qual tratamento fiscal deverá ser aplicado na saída de mercadorias com destino à Zona Franca de Manaus?

A remessa de produtos para a Zona Franca de Manaus será efetuada com a suspensão do imposto até a entrada nessa área incentivada, quando, então, se converterá em isenção na forma do art. 69, III, do RIPI/2002.

Para que sejam aplicados os benefícios fiscais, no entanto, será necessária a formalização do inter-namento da mercadoria, considerando que o destina-tário deve estar cadastrado e devidamente habilita-do na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

(RIPI/2002, arts. 71 e 76)

IPI/EFD - Arquivo digital - Composição do arquivo

3) Quais registros compõem o arquivo da Escritu-ração Fiscal Digital (EFD)?

O leiaute da EFD está organizado em blocos de informações dispostos por tipo de documento, que, por sua vez, estão organizados em registros que con-têm dados.

O arquivo digital será gerado da seguinte forma:

a) registro 0000 - abertura do arquivo;

b) bloco 0 - identificação e referências (registros de tabelas);

c) blocos C, D, E, H - informações fiscais (regis-tros de dados);

d) bloco 1 - informações especiais (registros de dados);

e) bloco 9 - controle e encerramento do arquivo (registros de dados);

f) registro 9999 - encerramento do arquivo.Outra forma é a seguinte:a) registro 0000 - abertura do arquivo;b) registro 0001 - abertura do bloco 0;c) registros 0005 a 0460 - informação dos da-

dos;d) registro 0990 - encerramento do bloco 0;e) registro 9001 - abertura do bloco 9;f) registro 9900 - informação dos dados;g) registro 9990 - encerramento do bloco 9;h) registro 9999 - encerramento do arquivo.

Os registros de dados contidos nos blocos de in-formações do leiaute EFD estão organizados na forma hierárquica (PAI-FILHO):

a) registro 0000 - abertura do arquivo;b) registro 0001 - abertura do bloco 0;c) registros 0005 a 0460 - informação dos dados

(tabelas de referência);d) registro 0990 - encerramento do bloco 0;e) registro C001 - abertura do bloco C;f) registros C100 - dados do documento 001

(registro PAI);g) registros C110 - informação complementar do

documento 001 (registro FILHO);h) registros C111 - processo referenciado na in-

formação complementar do documento 001 (registro FILHO do FILHO);

i) registros C170 - itens do documento 001 (registro FILHO);

j) registros C100 - dados do documento 00N (registro PAI);

k) registros C170 - itens do documento 00N (registro FILHO);

l) registros C170 - itens do documento 00N(registro FILHO);

m) registro C990 - encerramento do bloco C;n) registro D001 - abertura do bloco D;o) registros D100 a D800 - informação dos da-

dos;

Page 14: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

14 RS Manual de Procedimentos - Jun/2010 - Fascículo 23 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

p) registro D990 - encerramento do bloco D;q) registro 9001 - abertura do bloco 9;r) registro 9900 - informação dos dados;s) registro 9990 - encerramento do bloco 9;t) registro 9999 - encerramento do arquivo.

(Convênio ICMS no 143/2006; Ato Cotepe ICMS no 9/2008, Anexo Único)

RS/ICMS - Diferimento - Hipóteses em que não se aplica

4) Em que hipóteses não ocorre o diferimento do pagamento do ICMS nas operações com mercado-rias?

O diferimento do pagamento do ICMS não ocorre-rá nas saídas de mercadorias:

a) a estabelecimento destinatário inscrito na ca-tegoria geral do Cadastro Geral de Contribuin-tes do Estado do Rio Grande do Sul (CGC/TE) e que tenha tratamento especial, ou como contribuinte eventual;

b) submetidas ao regime de substituição tributá-ria nos termos do Título do III do Livro III do RICMS/RS;

c) não acobertadas por documento fiscal idôneo;d) de estabelecimento comercial ou industrial

mantido por produtor e destinadas a terceiros que tenham sido recebidas por transferência de outro estabelecimento do mesmo produ-tor, salvo nos casos em que haja novo diferi-mento;

e) promovidas, desde 1o.01.1998, a produtor para uso ou consumo do estabelecimento recebedor, exceto em relação à saída de sal, com exceção do sal de mesa, destinado a produtor e coope-rativa de produtores para emprego na pecuária.

(RICMS-RS/1997, Livro III, art. 1o, § 2o)

RS/ICMS - Diferimento parcial - Escrituração no livro Registro de Saídas

5) O valor correspondente à parcela diferida nas operações beneficiadas com o diferimento parcial deve ser escriturado na coluna “Outras” do livro Registro de Saídas?

Sim. Na hipótese do diferimento parcial previsto no art. 1o-A do Livro III do RICMS/RS, o valor corres-pondente à parcela diferida deve constar na coluna “Outras” no livro Registro de Saídas.

(RICMS-RS/1997, Livro II, art. 155, V, “b”, nota)

RS/ICMS - Obrigações acessórias - GIA

6) Quais estabelecimentos estão obrigados a apre-sentar a Guia de Informação e Apuração do ICMS (GIA)?

São obrigados a apresentar a GIA os contribuin-tes enquadrados na categoria geral, referente a cada um dos estabelecimentos.

Contudo, ficam dispensados da apresentação da GIA:

a) os contribuintes de que trata o Título I, Capítulo X, 1.3.1, “a” (contribuintes que se dediquem exclusivamente a atividades sujeitas ao Im-posto Sobre Serviços - ISS -, de competência dos municípios, e os que operem apenas com jornais, livros, periódicos e revistas), e 1.3.2 (os depósitos fechados), todos da Instrução Normativa DRP no 45/1998, com tratamento especial no Cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio Grande do Sul (CGC/TE);

b) os contribuintes de que trata a Instrução Norma-tiva DRP no 45/1998, Título I, Capítulo X, 1.3.1, “b” (contribuintes que se dediquem a obras de construção civil), com tratamento especial no CGC/TE, desde que não industrializem nem co-mercializem materiais de construção, apenas os adquirindo de terceiros para exclusiva apli-cação em obras ou serviços a seu encargo;

c) as prefeituras inscritas no CGC/TE com a finalida-de exclusiva de ter acesso a informações disponi-bilizadas pela Secretaria da Fazenda na Internet;

d) os contribuintes de que trata o Título I, Capítulo X, 1.1.2, “b” (os fabricantes ou importadores de equi-pamentos Emissores de Cupom Fiscal - ECF - es-tabelecidos em outra Unidade da Federação), “c” (da administradora de shopping center, de centro comercial ou de empreendimento semelhante), “d” (da administradora de cartões de crédito ou de débito em conta-corrente e demais estabeleci-mentos similares, estabelecidos no Estado do Rio Grande do Sul ou em outra Unidade da Federa-ção), da Instrução Normativa DRP no 45/1998;

e) relativamente ao período entre a data de início de atividade no CGC/TE e a data em que produziu efeitos o deferimento da opção pelo Simples Na-cional, os contribuintes que optarem pelo Simples Nacional no prazo de 30 dias, contado do último deferimento de inscrição, obedecido o disposto na Resolução CGSN no 4/2007, art. 7o, §§ 3o e 6o.

(Instrução Normativa DRP no 45/1998, Título I, Capítulo XIII, item 1.1)

Page 15: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

Informativo - Jun/2010 - No 23 RS 1

ICMS - IPI e Outros

Informativo Eletrônico IOB

ICMS

Substituição tributária - Denúncia dos Protocolos ICMS nos 120 a 133/2009 pelos Estados do Maranhão e de Minas Gerais

O Secretário Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), por meio do Despacho no 376/2010, deu publicidade à denúncia pelos Es-tados do Maranhão e de Minas Gerais dos Protoco-los ICMS nos 120 a 133/2009, com efeitos a partir de 1o.06.2010.

Os citados protocolos dispõem sobre a substitui-ção tributária nas operações com os seguintes pro-dutos:

a) Protocolo ICMS no 120/2009 - produtos alimen-tícios;

b) Protocolo ICMS no 121/2009 - artefatos de uso doméstico;

c) Protocolo ICMS no 122/2009 - bicicletas;

d) Protocolo ICMS no 123/2009 - brinquedos;

e) Protocolo ICMS no 124/2009 - colchoaria;

f) Protocolo ICMS no 125/2009 - cosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e de toucador;

g) Protocolo ICMS no 126/2009 - produtos eletrô-nicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos;

h) Protocolo ICMS no 127/2009 - ferramentas;

i) Protocolo ICMS no 128/2009 - instrumentos musicais;

j) Protocolo ICMS no 129/2009 - máquinas e apa-relhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos;

k) Protocolo ICMS no 130/2009 - materiais de construção, acabamento, bricolagem ou adorno;

l) Protocolo ICMS no 131/2009 - material de lim-peza;

m) Protocolo ICMS no 132/2009 - materiais elétri-cos; e

n) Protocolo ICMS no 133/2009 - artigos de pape-laria.

(Despacho SE/Confaz no 376/2010)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

Substituição tributária - Materiais de construção, cosméticos, perfumaria, artigos de higiene e de toucador - Aplicação a partir de 1o.07.2010 no Estado de Alagoas

O Secretário Executivo do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), por meio do Despacho no 374/2010, informa sobre a aplicação, a partir de 1o.07.2010, no Estado de Alagoas, dos Protocolos ICMS nos104 e 106/2008, a seguir especificados:

a) Protocolo ICMS no 104/2008 - dispõe sobre a substituição tributária nas operações com materiais de construção, acabamento, brico-lagem ou adorno;

b) Protocolo ICMS no 106/2008 - dispõe sobre a substituição tributária nas operações com cos-méticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e de toucador.

(Despacho SE/Confaz no 374/2010)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

IOB Atualiza Federal

Page 16: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

2 RS Informativo - Jun/2010 - No 23

Informativo Eletrônico IOB

ICMS - IPI e Outros

IOB Atualiza Estadual

ICMS

Base de cálculo - Preços de referência (pauta fiscal) para cálculo do ICMS em operações com sucatas em geral

Desde 28.05.2010, os contribuintes devem obser-var os novos valores de referência (pauta fiscal) utili-záveis nas operações com sucatas.

Esses valores servem como base para cálculo do ICMS devido nas saídas das sucatas relacionadas na legislação.

A relação completa com as sucatas e seus res-pectivos valores de referência foi divulgada pela Ins-trução Normativa DRP no 45/1998, Título I, Capítulo III, subitem 2.13.1, ora alterado pelo ato legal em funda-mento.

(Instrução Normativa DRP no 34/2010)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

Incentivos fiscais - Programa Pró-Produtividade Agrícola - Alterações

O governo gaúcho revogou o art. 2o do Decreto no 46.585/2009, que suspendia o recebimento de car-tas-consulta de solicitação para enquadramento no Programa Pró-Produtividade Agrícola.

Esse programa foi criado pela Lei no 9.675/1992 e regulamentado pelo Decreto no 34.600/1992, no qual também está sendo alterado o parágrafo único do art. 11, dispondo que, para a concessão do incen-tivo financeiro a mais de um projeto de um mesmo proponente, deverá transcorrer o prazo mínimo de 12 meses, contado da data da assinatura do protocolo mais recente. Dispõe, ainda, que o proponente, por

ocasião da assinatura do protocolo individual, deverá assinar termo declarando estar ciente das condições para a fruição do benefício estabelecidas no Progra-ma e na legislação tributária, inclusive em relação ao adquirente de sua produção.

(Decreto no 47.250/2010)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

Isenção - Saídas de construções pré-fabricadas para órgãos e entidades da administração pública

As saídas internas de construções pré-fabricadas, classificadas na subposição 9406.00 da Nomenclatu-ra Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado/Nomenclatura Comum do Mercosul (NBM/SH-NCM), foram incluídas pelo Governo gaúcho na isenção do ICMS entre as mercadorias destinadas a órgãos e entidades da administração pública estadual direta, suas fundações e autarquias, e aos Poderes Legisla-tivo e Judiciário.

Os contribuintes podem manter o crédito escritu-rado por ocasião das entradas de mercadorias e in-sumos vinculados à saída dos produtos beneficiados pela citada isenção.

As mercadorias isentas e as condições para fruição desse benefício estão previstas no RICMS-RS/1997, Livro I, art. 9o, CXX, ora alterado pelo ato legal em fundamento.

(Decreto no 47.251/2010)

Para visualizar a íntegra do(s) ato(s) citado(s), acesse o conteúdo da Biblioteca Legislativa IOB, pelo link disponível no Site do Cliente.

Page 17: ICMS - IPI e Outros - :: NETIOBlivepublish.iob.com.br/abr/abr2010.dll/IC/RS/Conteudo/RS23_10.pdf · gistro de Saídas nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Débito

Informativo - Jun/2010 - No 23 RS 3

Informativo Eletrônico IOB

ICMS - IPI e Outros

IOB - Informações Objetivas Publicações Jurídicas Ltda.

Presidente: Gilberto FischelDiretor Editorial e de Produtos: Elton José DonatoDiretor de Vendas e de Marketing: Claudio Della NinaDiretor Administrativo: Ricardo MattosDiretora de Relacionamento: Otávia Fischel

Gerente Editorial: Maria Liliana C. Vieira PolidoGerente da Consultoria: Eliane Beltramini Coordenadora de Produtos: Erika Schneider

Conselho TécnicoÁrea Imposto de Renda/Contábil/Societária: Edino Garcia e Valdir Amorim.Área ICMS/IPI e Outros: Adriana Manni, Cristina Almeida, Elza Lucki, Fernando Soares, Ivo Luiz Kersting, Karin Botelho, Norberto Lednick, Paulo Lauriano, Raphael Werneck e Ricardo Santana.Área Trabalhista/Previdenciária: Glauco Marchezin, Mariza Machado, Milena Sanches, Paulo Pirolla, Silvio Senne e Sonia Aguiar.

Equipe de RedaçãoCoordenadores da Redação: Edino Garcia, Elza Lucki, Fernando Soares, Ivo Luiz Kersting e Milena Sanches.

Áreas Imposto de Renda/Contábil/Societária: Aldenir Rodrigues, Aline Miguel, Cleber Busch, David Soares e William Toda.Área ICMS/IPI e Outros: Adriana Manni (Especialista), Adeilde Antunes, Alex Izumida, Carla Souza Campos, Carolina Oliveira, Clarice Queiroz, Daniel Alves, Denise dos Santos Chagas, Inacio Coca Jr., Karin Botelho, Luciana Lima dos Santos Yoshida, Mariza Ueda Colado, Norberto Lednick, Paulo Lauriano, Paulo Roberto Salgado Caputo, Raphael Werneck, Ricardo Santana e Stenor Santos.Área Trabalhista/Previdenciária: Paulo Pirolla (Especialista), Clarice Saito, Mariza Machado, Rosangela Oliveira, Roseli Amaral, Silvio Senne e Sonia Aguiar.Coordenadores da Consultoria: Antonio Teixeira, Cíntia Gama, Meire Rustiguer e Ydileuse Martins.Site do Cliente: Aldenir Rodrigues

Equipe de Editoração e RevisãoÁrea de Editoração: Marli S. Monson (Coordenadora), Deise Canto de Moraes (Supervisora), Anderson Brusamarelo, André Rodrigues de Carvalho, Flávia Klovan, Guilherme Miranda da Silva, Kamila Souza Neves e Reginaldo Santana Ferreira.Área de Revisão: Marli S. Monson (Coordenadora), Anália Caminha (Supervisora), Aline Zacouteguy Martins, Ana Cláudia Regert Nunes, Bruna Silvestrin, Greice Galvão, Janice Ribeiro de Souza, Jessica Silva Mesquita, Juliana

Thiesen Fuchs, Kátia Michelle Lopes Aires, Letícia Machado, Liane Ferreira Kuamoto, Luciane Alves Branco Martins, Michelle Santos Jeffman e Simone Diefenbach Borges.

ConsultoriaSão Paulo: (11) 2188-8080Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Rio de Janeiro e Porto Alegre: 4004-8080Outras Localidades: acesse o site (www.iob.com.br)

Telefones Úteis IOB São Paulo Outras LocalidadesAtendimento ao Cliente: (11) 2188-7900 0800-724 7900Vendas: (11) 2188-7777 0800-724 7777Renovação: (11) 2188-7900 0800-724 7900Cobrança: (11) 3292-4821 0800-704 8012Cursos Presenciais: (11) 6886-7550 0800-724 7550Livraria: (11) 6886-7560 0800-724 7560

Consulte nosso site www.iob.com.br.

Proibida a reprodução parcial ou total de qualquer matéria sem prévia autorização.Registro na Vara dos Registros Públicos e no 1o Cartório de Títulos e Documentos de São Paulo - Nome e Marca Registrados no INPI.

Expediente