Iara nasceu no rio,E gostava de espiarPela manhã, o rocio,
Que vinha as flores molhar...
Depois, mergulhava fundo,E tornava a aparecer...Era assim o seu mundo,Seu doce e terno viver...
Olhando o sol se pôr,Sentia um aperto no peito,
Pois era um incêndio de cor,Derramando no seu leito...
Um dia, viu um rapaz,Adormecido na relva...
Com ele foi sua paz,Perdida por toda a selva...
Mas certa noite, acordada,Pensava no seu amor,
Quando se viu agarrada,Por um cruel mercador...
Ele levou-a a um castelo,Para então usufruir,
Daquele ser raro e belo,Que pretendia exibir...
Por sorte, o moço que amava,Trafegava por ali,
E ouviu quando ela chorava,No aquário, em torno de si...
Fugiu, com ela nos braços,Até um lago esquecido,
Trocando beijos, abraços,Num romance proibido...
-” Poderia um mortal,Se casar com uma sereia”?Pensava na dor do Sol,Quando via a Lua cheia...
Tanto imploraram os amantes,Que um anjo ouviu a oração,E uniu, em breves instantes,Os dois, num só coração...
Assim, juntos e sem mágoas, Teriam a eternidade,
E a doce bênção das águas,Para um amor de verdade...
Texto e Formatação: Maria Inês Aroeira BragaImagens: recebidas por e-mail.
Música: Ek Verlang Na Jou – Jim Reeveswww.jim-reeves.com
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