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Crimes Contra a Paz Pública Art. 286 a 288 do Código Penal I Sujeito Ativo, Passivo e Bem Jurídico Tutelado a) Sujeito Ativo: qualquer pessoa b) Sujeito Passivo: a coletividade(crime vago) c) Bem Jurídico: a paz, a tranqüilidade pública.

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Page 1: I Sujeito Ativo, Passivo e Bem Jurídico Tutelado · PDF fileconsumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem: § 1º - Se do fato resulta naufrágio, submersão

Crimes Contra a Paz Pública

Art. 286 a 288 do Código Penal

I – Sujeito Ativo, Passivo e Bem Jurídico Tutelado

a) Sujeito Ativo: qualquer pessoa

b) Sujeito Passivo: a coletividade(crime vago)

c) Bem Jurídico: a paz, a tranqüilidade pública.

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II – Tipos Penais:

1) Incitação ao Crime

Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:

Obs.1: Art. 122 e 228 do CP – Suicídio e Prostituição.

Obs.2: Pode figurar como partícipe do crime praticado na modalidade de

induzir, caso seja superada a situação de perigo.

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2) Apologia de Crime ou Criminoso

Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor

de crime:

Obs.1: Induzimento implícito.

Liberdades fundamentais e “Marcha da Maconha” - 4

Apontou-se, ademais, que as minorias também titularizariam o direito de

reunião. Observou-se que isso evidenciaria a função contra-majoritária do

STF no Estado Democrático de Direito. Frisou-se, nessa contextura, que os

grupos majoritários não poderiam submeter, à hegemonia de sua vontade, a

eficácia de direitos fundamentais, especialmente tendo em conta uma

concepção material de democracia constitucional. Mencionou-se que a

controvérsia em questão seria motivada pelo conteúdo polissêmico do art.

287 do CP, cuja interpretação deveria ser realizada em harmonia com as

liberdades fundamentais de reunião, de expressão e de petição.

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Relativamente a esta última, asseverou-se que o seu exercício estaria

sendo inviabilizado, pelo Poder Público, sob o equivocado entendimento de

que manifestações públicas, como a “Marcha da Maconha”, configurariam a

prática do ilícito penal aludido — o qual prevê a apologia de fato criminoso

—, não obstante essas estivessem destinadas a veicular idéias, transmitir

opiniões, formular protestos e expor reivindicações — direito de petição —,

com a finalidade de sensibilizar a comunidade e as autoridades

governamentais, notadamente o Legislativo, para o tema referente à

descriminalização do uso de drogas ou de qualquer substância

entorpecente específica. Evidenciou-se que o sistema constitucional

brasileiro conferiria legitimidade ativa aos cidadãos para apresentar, por

iniciativa popular, projeto de lei com o escopo de descriminalizar qualquer

conduta hoje penalmente punida. Daí a relação de instrumentalidade entre

a liberdade de reunião e o direito de petição.

ADPF 187/DF, rel. Min. Celso de Mello, 15.6.2011. (ADPF-187)

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Quadrilha ou Bando

Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando,

para o fim de cometer crimes:

Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando é

armado.

Obs.: Desnecessidade de organização complexa(STF).

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Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso e Respeito aos Mortos

Art. 208 a 212 do CP

I – Fundamento Constitucional:

Art. 5º VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo

assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma

da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes

o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de

dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de

interesse público;

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II – Disposições Gerais

1) Sujeito Ativo: qualquer pessoa – crime comum;

2) Sujeito Passivo: pode ser qualquer pessoa ou grupo de pessoas;

3) Bem Jurídico: O sentimento religioso e de respeito aos mortos;

4) Elemento Subjetivo: Dolo.

III– Tipos Penais

Ultraje a Culto e Impedimento ou Perturbação de Ato a Ele Relativo

Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função

religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso;

vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso:

Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço,

sem prejuízo da correspondente à violência.

Obs.: Escarnecer x Art. 140 § 3º do CP

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Impedimento ou Perturbação de Cerimônia Funerária

Art. 209 - Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária:

Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um

terço, sem prejuízo da correspondente à violência.

Violação de Sepultura

Art. 210 - Violar ou profanar sepultura ou urna funerária:

Destruição, Subtração ou Ocultação de Cadáver

Art. 211 - Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele:

Vilipêndio a Cadáver

Art. 212 - Vilipendiar cadáver ou suas cinzas:

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Crimes Contra a Propriedade Imaterial.

I – Constituição:

Art. 5

XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou

reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei

fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução

da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que

criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas

representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário

para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade

das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em

vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;

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II – Lei 9.610/98:

Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação

os direitos de autor e os que lhes são conexos.

Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.

Obs.: Norma Penal em Branco.

Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra

literária, artística ou científica.

Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra,

por quaisquer modalidades, tais como:

I - a reprodução parcial ou integral;

II - a edição;

III - a adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras transformações;

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IV - a tradução para qualquer idioma;

V - a inclusão em fonograma ou produção audiovisual;

VI - a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pelo autor com

terceiros para uso ou exploração da obra;

VII - a distribuição para oferta de obras ou produções mediante cabo, fibra ótica,

satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção

da obra ou produção para percebê-la em um tempo e lugar previamente

determinados por quem formula a demanda, e nos casos em que o acesso às

obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo

usuário;

VIII - a utilização, direta ou indireta, da obra literária, artística ou científica,

mediante:

a) representação, recitação ou declamação;

b) execução musical;

c) emprego de alto-falante ou de sistemas análogos;

d) radiodifusão sonora ou televisiva;

e) captação de transmissão de radiodifusão em locais de freqüência coletiva;

f) sonorização ambiental;

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g) a exibição audiovisual, cinematográfica ou por processo assemelhado;

h) emprego de satélites artificiais;

i) emprego de sistemas óticos, fios telefônicos ou não, cabos de qualquer tipo

e meios de comunicação similares que venham a ser adotados;

j) exposição de obras de artes plásticas e figurativas;

IX - a inclusão em base de dados, o armazenamento em computador, a

microfilmagem e as demais formas de arquivamento do gênero;

X - quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que venham a

ser inventadas.

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III – Crimes:

Violação de Direito Autoral

Art. 184 - Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:

*FORMAS QUALIFICADAS*

§ 1º - Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de

lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual,

interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor,

do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem

os represente:

§ 2º - Na mesma pena do § 1º incorre quem, com o intuito de lucro direto ou

indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire,

oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma

reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou

executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original

ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos

titulares dos direitos ou de quem os represente

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§ 3º - Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo,

fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário

realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar

previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de

lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do

autor, do artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de

quem os represente:

*EXCLUSÃO DE CRIME*

§ 4º O disposto nos §§ 1º, 2º e 3º não se aplica quando se tratar de

exceção ou limitação ao direito de autor ou os que lhe são conexos, em

conformidade com o previsto na Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998,

nem a cópia de obra intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso

privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto.

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IV – Ação Penal:

Art. 186 - Procede-se mediante: (Alterado pela L-010.695-2003)

I – queixa, nos crimes previstos no caput do art. 184;

II – ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos nos §§ 1º e 2º

do art. 184;

III – ação penal pública incondicionada, nos crimes cometidos em desfavor de

entidades de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de

economia mista ou fundação instituída pelo Poder Público;

IV – ação penal pública condicionada à representação, nos crimes previstos

no § 3º do art. 184.

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Dos Crimes Contra a Segurança dos Meios de Comunicação e Transporte e

Outros Serviços Públicos

1) Perigo de Desastre Ferroviário

Art. 260 - Impedir ou perturbar serviço de estrada de ferro:

Obs.: § 3º - Para os efeitos deste artigo, entende-se por estrada de ferro

qualquer via de comunicação em que circulem veículos de tração mecânica,

em trilhos ou por meio de cabo aéreo.

I - destruindo, danificando ou desarranjando, total ou parcialmente, linha férrea,

material rodante ou de tração, obra-de-arte ou instalação;

II - colocando obstáculo na linha;

III - transmitindo falso aviso acerca do movimento dos veículos ou

interrompendo ou embaraçando o funcionamento de telégrafo, telefone ou

radiotelegrafia;

IV - praticando outro ato de que possa resultar desastre:

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§ 1º - Se do fato resulta desastre:

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos e multa.

§ 2º - No caso de culpa, ocorrendo desastre:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.

Obs.1: Art. 263 - Se de qualquer dos crimes previstos nos arts. 260 a 262, no

caso de desastre ou sinistro, resulta lesão corporal ou morte, aplica-se o

disposto no Art. 258.

Obs.2: Art. 258 - Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de

natureza grave, a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se

resulta morte, é aplicada em dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão

corporal, a pena aumenta-se de metade; se resulta morte, aplica-se a pena

cominada ao homicídio culposo, aumentada de um terço.

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2) Atentado Contra a Segurança de Transporte Marítimo, Fluvial ou Aéreo

Art. 261 - Expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou praticar

qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea:

Obs.: Art. 39 da lei 11.343/06. Conduzir embarcação ou aeronave após o

consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:

§ 1º - Se do fato resulta naufrágio, submersão ou encalhe de embarcação ou a

queda ou destruição de aeronave:

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

§ 2º - Aplica-se, também, a pena de multa, se o agente pratica o crime com intuito

de obter vantagem econômica, para si ou para outrem.

§ 3º - No caso de culpa, se ocorre o sinistro:

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3) Atentado Contra a Segurança de Outro Meio de Transporte

Art. 262 - Expor a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou

dificultar-lhe o funcionamento:

Obs.: ônibus, táxi, van etc.

§ 1º - Se do fato resulta desastre, a pena é de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco)

anos.

§ 2º - No caso de culpa, se ocorre desastre:

4) Arremesso de Projétil

Art. 264 - Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao

transporte público por terra, por água ou pelo ar:

Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal, a pena é de detenção, de 6

(seis) meses a 2 (dois) anos; se resulta morte, a pena é a do Art. 121, § 3º,

aumentada de um terço.

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5) Atentado Contra a Segurança de Serviço de Utilidade Pública

Art. 265 - Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água,

luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública:

Parágrafo único - Aumentar-se-á a pena de um terço até a metade, se o dano

ocorrer em virtude de subtração de material essencial ao funcionamento dos

serviços.

Obs.: Art. 155 do CP.

6) Interrupção ou Perturbação de Serviço Telegráfico ou Telefônico

Art. 266 - Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou

telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento:

Parágrafo único - Aplicam-se as penas em dobro, se o crime é cometido por

ocasião de calamidade pública.

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Crimes Contra a Família

Crimes contra o Casamento:

I – Constituição:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração.

§ 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre

o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua

conversão em casamento.

§ 4º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por

qualquer dos pais e seus descendentes.

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela

Emenda Constitucional nº 66, de 2010)

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1) Bigamia

Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

§ 1º - Aquele que, não sendo casado, contrai casamento com pessoa casada,

conhecendo essa circunstância, é punido com reclusão ou detenção, de 1 (um) a

3 (três) anos.

§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro casamento, ou o outro por

motivo que não a bigamia, considera-se inexistente o crime.

2) Induzimento a Erro Essencial e Ocultação de Impedimento

Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou

ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.

Obs.: Art. 1521 e 1557 do Código Civil

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Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e

não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença

que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento.

3) Conhecimento Prévio de Impedimento

Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento

que lhe cause a nulidade absoluta:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Obs.: Art. 1.521 do Código Civil

4) Simulação de Autoridade para Celebração de Casamento

Art. 238 - Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, se o fato não constitui crime mais

grave.

Obs.: Art. 1.550, VI do Código Civil; Art. 1.554(Convalidação)

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• Dos Crimes Contra a Dignidade Sexual:

• OBs.: Denominação após a lei 12.015/2009.

I – Liberdade Sexual

Estupro

a) Forma Simples:

Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter

conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato

libidinoso:

1) Conjunção Carnal – Sexos Opostos

2) Ato Libidinoso – independente do sexo

b) Formas Qualificadas:

§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é

menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:

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§ 2º Se da conduta resulta morte:

Art. 214 – Revogado pela lei 12.015/2009.

Inicialmente, a Turma, por maioria, vencido o Min. Marco Aurélio, não

conheceu do writ, ao fundamento de que a apreciação da matéria sob o

enfoque da nova lei acarretaria indevida supressão de instância. Salientou-

se, no entanto, a existência de precedentes desta Corte segundo os quais

não configuraria bis in idem a aludida aplicação da causa especial de

aumento de pena. Ademais, observaram-se recentes posicionamentos das

Turmas no sentido de que, ante a nova redação do art. 213 do CP, teria

desaparecido o óbice que impediria o reconhecimento da regra do crime

continuado entre os antigos delitos de estupro e atentado violento ao pudor.

Por fim, determinou-se que o juízo da execução enquadre a situação dos

autos ao atual cenário jurídico, nos termos do Enunciado 611 da Súmula do

STF (“Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das

execuções a aplicação de lei mais benigna”). Alguns precedentes citados: HC

102355/SP (DJe de 28.5.2010); HC 94636/SP (DJe de 24.9.2010). HC

103404/SP, rel. Min. Dias Toffoli, 14.12.2010. (HC-103404)

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Violação Sexual Mediante Fraude (Alterado pela L-012.015-2009)

Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém,

mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de

vontade da vítima:

Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem

econômica, aplica-se também multa.

Obs.: fraude que não pode reduzir a vítima a incapacidade de reistência.

Assédio Sexual

Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou

favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior

hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.

§ 2º A pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 (dezoito)

anos.

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* Ação Penal*

Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se

mediante ação penal pública condicionada à representação

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública

incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa

vulnerável.

Obs.: ADI 4301 - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

Embasamento: princípios da dignidade da pessoa humana e da proibição

da proteção deficiente por parte do Estado

Art. 101 do CP - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias

do tipo legal fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação

pública em relação àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se

deva proceder por iniciativa do Ministério Público.

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Dos Crimes Sexuais Contra Vulnerável

Estupro de Vulnerável

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de

14 (catorze) anos:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com

alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário

discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não

pode oferecer resistência.

§ 2º A pena é aumentada da metade se há concurso de quem tenha o dever

de cuidado, proteção ou vigilância.

§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave:

Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.

§ 4º Se da conduta resulta morte:

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.

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Corrupção de Menores

Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia

de outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.

Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos,

ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de

satisfazer lascívia própria ou de outrem:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.

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Favorecimento da Prostituição ou Outra Forma de Exploração Sexual de

Vulnerável

Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de

exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por

enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para

a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:

Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.

§ 1º Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-

se também multa.

§ 2º Incorre nas mesmas penas:

I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor

de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput

deste artigo;

II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem

as práticas referidas no caput deste artigo.

§ 3º Na hipótese do inciso II do § 2º, constitui efeito obrigatório da

condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do

estabelecimento.”

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Ação Penal

Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se

mediante ação penal pública condicionada à representação.

Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública

incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa

vulnerável.

Aumento de Pena

Art. 226 - A pena é aumentada:

I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais

pessoas;

II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão,

cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou

por qualquer outro título tem autoridade sobre ela;

III – Revogado pela lei 11.106/2005.

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Do Lenocínio e do Tráfico de Pessoa para Fim de Prostituição ou Outra

Forma de Exploração Sexual

1) Mediação para Servir a Lascívia de Outrem

2) Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:

Obs.: Sujeito Ativo – Lenão.

1.1) Formas qualificadas

§ 1º - Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, ou se o

agente é seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor

ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de

tratamento ou de guarda:

Obs.: Art. 241 do ECA.

§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à

violência.

§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

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2) Favorecimento da Prostituição ou Outra Forma de Exploração Sexual

Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração

sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone:

2.1) Formas Qualificadas

§ 1º Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge,

companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu,

por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:

§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:

§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

Obs.: Art.218 -B

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3) Casa de Prostituição

Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra

exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário

ou gerente:

Obs.: HC 104467/RS – STF – 8.2.2011.

HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. CASA DE

PROSTITUIÇÃO. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA FRAGMENTARIEDADE E

DA ADEQUAÇÃO SOCIAL: IMPOSSIBILIDADE. CONDUTA TÍPICA.

CONSTRANGIMENTO NÃO CONFIGURADO.

1. No crime de manter casa de prostituição, imputado aos Pacientes, os bens

jurídicos protegidos são a moralidade sexual e os bons costumes, valores de

elevada importância social a serem resguardados pelo Direito Penal, não havendo

que se falar em aplicação do princípio da fragmentariedade.

2. Quanto à aplicação do princípio da adequação social, esse, por si só, não tem

o condão de revogar tipos penais. Nos termos do art. 2º da Lei de Introdução às

Normas do Direito Brasileiro (com alteração da Lei n. 12.376/2010), "não se

destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou

revogue".

3. Mesmo que a conduta imputada aos Pacientes fizesse parte dos costumes ou

fosse socialmente aceita, isso não seria suficiente para revogar a lei penal em

vigor.

4. Habeas corpus denegado.

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4) Rufianismo

Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros

ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:

4.1) Formas Qualificadas.

§ 1º Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é

cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro,

tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou

outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:

§ 2º Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio

que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima:

Obs.: É possível concurso material com o crime do Art. 229.

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5) Tráfico Internacional de Pessoa para Fim de Exploração Sexual

Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele

venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de

alguém que vá exercê-la no estrangeiro.

5.1) Figura Equiparada.

§ 1º Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa

traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la,

transferi-la ou alojá-la.

5.2) Forma Majorada.

§ 2º A pena é aumentada da metade se:

I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos;

II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário

discernimento para a prática do ato;

III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge,

companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se

assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou

IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude.

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5.3) Forma Qualificada

§ 3º Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se

também multa.

6) Tráfico Interno de Pessoa para Fim de Exploração Sexual

Art. 231-A. Promover ou facilitar o deslocamento de alguém dentro do território

nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de exploração sexual:

6.1) Figura Equiparada.

§ 1º Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar, vender ou comprar a

pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la,

transferi-la ou alojá-la.

6.2) Forma Majorada.

§ 2º A pena é aumentada da metade se:

I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos;

II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário

discernimento para a prática do ato;

III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge,

companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu,

por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou

IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude.

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6.3) Forma Qualificada

§ 3º Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se

também multa.