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Sábado 21 · de Agosto de 1971 I Sé ri e-Número f 97 DIARIO DO· GOVERNO PREQÓ DESTE NÚMER0-6$40 ia a correndência, quer oficial, quer relativa a anúncios e assinaturas «Diário do verno» e do «Diário das Sessões», deve ser dirigida à Adminis- tração da lmpren.sa Nacional, Rua de O. Francisco Manuel de Melo, 5, Lisboa-1. SSINTS O preço dos anúncios é de 12$ a linha, acrescido do respectivo imto do selo, dependendo a sua publicação do pagamento antecipado a efectuar na Imprensa Nacional, quando se trate de entidade particular, Aa ,rOa série• , • Ano 81 1 Some$tTe • , , . . 41 A 1.• sérte . . . ,, s • . . , . 1808 A V série • • , •· Ŕ6 , . . . . . lI A S,• série . • SI 1 • . . • • 1706 Ap6ndic9S (aTI. t.o, D,o 2, do Oec, n.• SA/10)-auual, J •Dio t Sossh•• e •Actu da OAme Ooorodva•-por c periodo legJslat!To, Ĭ1 Pan o e1tra+gebo e Dlaa1Hr •�re1u o porte •o correio SUMARIO edêna da Repú: Lei n. 0 4í7t: Pron1ul � bew retiv` à lrdade religia. Presidhcia 1 Cse•: Rectcação: Ao Dꝏret-i n. 0 83lí71, que criA em o o ensino sꝏun- dário cagia da prsor extraoicârio. istéo da J+sç1: Declação: De t sio a-utriza & trn�erênc de uma verba dentro do cipíbulo 4. do c,amen do Minisrio. Mistéo du Oh PüUcas: Decreto n. 0 358/71: Auri1a a Direcçlio-Gr.ral doA J!]diffoios e Monumentœ Na- cionais a celebrar contra pan a execução da empreitda de rcmodolação da Hosped+ria-Velha das Ca.ldꜳ de Mon- chiqᵫ (Ctrução o1vil). Declação: De ter eido autorizada & eferên-cia de uma verba dentro do epítulo 4. 0 do oento o Mini-sto. Mistéo do Ull Decreto n.• #9/71: Auri? a provoia de A11gola Jeb com a TAP - Trasportꝏ Aére Portuce, S. A. . L., um ntra . de en,préstiroo de 80 000 contos destinado e ser inte- mont aplicdo uo fi++,vcaento de obras æroportuári. Portaria n. 0 ,7 /1: Reforça urua verba da tabela de despesa ordária do orça- mento gera em vigor ds província de S. Tomé e íncipe. Miléo da Eco+o1: Deão: De t sid� Buizado a trerência uma vba dent do capít u lo 6. 0 do oamen do Miiao. nlstélio das Cooõts • Prnldlaa S: Deo n. 0 Ũ/71: Pulga a egulaent� da Lei n. 0 212 no que rpeit à praçã d iden de trabalho e dœnçM os sionai, PRESIDtNCfA DA REPOBLICA i n.º 4/71 de 21 Ago Em nome d+ Nação, e Ase·mble.ia Nnciona decreta e PU prulgo a lei ,seguinte: I Pr!nelplos fundamens BASE 1 O Estado reconhece e garante a liberdade religiosa das pessoas e assegura àa confissões religios a protecção jurídica equa. BASB Il 1. O Estado não professa qualquer religião e as suas relações com as confissões religiosas assentam no regime de separação. 2. As confissões religiosas têm deito a igual trata- mento, ressalvadas as diferenç$ impostas pela sua di- versa représentatividade. II Conteúdo e exnsão da liberdade rellglosa BASE m lícito às pessoas, em matéria de crenças e de culto relioso: a) Ter ou não ter religião, uda.r de confissão ou abandonar a que tinham, ou não em con- formidade com as prescrições da confissão que pertençam; b) Exprim as suas convicções; e) Difundir, pela palavra, por esc1·ito ou outros meios de comunicação, a doutrina da religião que pro- fessam; d) Pratfoar os actos de oulto, particul ou público, próprios da. religião professa. BASB IV 1. Ninguém será obrigodo a declarar se tem ou não religião, nem qual a religião que professa, a não ser, com carácter oonfidencia, em inquérito estatfatico ordeno<lo por lei.

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Page 1: I Sé ri e-Número f 97 DIARIO DO· GOVERNOhemerotecadigital.cm-lisboa.pt... · 2. Os estabelecimentos refe1·idos no número anterior estão sujeitos à fiscafiza.ção do Esta.do,

Sábado 21 · de Agosto de 1971 I Sé ri e-Número f 97

DIARIO DO· GOVERNO PREQÓ DESTE NÚMER0-6$40

ioda a correspondência, quer oficial, quer relativa a anúncios e a· assinaturas do «Diário do Governo» e do «Diário das Sessões», deve ser dirigida à Adminis­tração da lmpren.sa Nacional, Rua de O. Francisco Manuel de Melo, 5, Lisboa-1.

.ASSIN.AT't1:R.A.S O preço dos anúncios é de 12$ a linha, acrescido do respectivo imposto do selo, dependendo a sua publicação do pagamento antecipado a efectuar na Imprensa Nacional, quando se trate de entidade particular,

Aa ,rOa série• , • Ano 8001 1

Some$tTe • , , . . • 4.501A 1.• sérte . . . ,, stO/j • • . • . , . 1808A V série • • , •· 3406 • , . . . . . ll!OIA S,• série . • • • Si:'>I 1 • • . . • • • 1706Ap6ndic9S (aTI. t.o, D,o 2, do Oec, n.• S65/10)-auual, SOOJ

•Diário dat Sossh•• e •Actu da OAme.ra Oorporo.dva•-porc.1do. periodo legJsla.t!To, 3001

Pan o e1tra11gebo e Dlaa1Hr •�re1u o porte •o correio

SUMARIO

Presidência da Repúlillc:a:

Lei n.0 4í7t: Pron1ulg-� a,s be.aw rekiitiv96 à. liiberdade religioaa.

Presidhcia cl1 Couselh•:

Rectificação: Ao Dooret.o-Lei n.0 83lí71, que criA em todo o ensino sooun­

dá.rio Ili cafieg0tria da pr.oit,isor extraoi:dicârio.

Ministério da J11stlç1:

Declaração: De t.er si<lo a-ut.oriz8'1ia & trn-n�erência de uma verba dentro

do ci.píbulo 4.<o do c,rçamento do Ministério.

Ministério du Ohru PüUcas:

Decreto n.0 358/71: Autori1.a a Direcçlio-Gr.ral doA J!]diffoios e Monumentoe Na­

cionais a celebrar contrato pan a execução da empreit1i.dade rcmodolação da Hosped11ria.-Velha das Ca.ldaa de Mon­chique ( COIJ$trução o1vil).

Declaração:

De ter eido autorizada & traneferên-cia de uma verba dentrodo ea,pítulo 4.0 do orçamento <lo Mini-st.61.io.

Ministério do Ullramar:

Decreto n.• 359/71: Autori?,a, a provínoia. de A11gola. a, ceJebrv com a. TAP -

Tra.nsportoo Aéreos Portuguesce, S. A. :R. L., um contrato . de en,préstiroo de 80 000 contos destinado e. ser integral­mon t.e a.plic.a.do uo fi.1111,vci-a.rnento de obras aeroportuárias.

Portaria n.0 44.7 /'11: Reforça urua verba. da ta.bela de despes.a ordiná.ria. do orça­

mento gera.! em vigor ds. província de S. Tomé e Príncipe.

Minislérlo da Eco11om!1:

Declaração: De te,r sid� Bulmizado. a. trrunsferência. de uma verba dentro

do capítulo 6.0 do orça.mento do Mi.niatério.

Minlstélio das Corpoaçõts • Prnldlatia SocllJ:

Decrelo n.0 360/71:

P.rornulga. a .regula.tnentaç� da Lei n.0 212'7 no que respeit.aà repa,raçã.o dos ecidente.s de tra.balho e doençM pro.fis.­siona.i!il,

PRESIDtNCfA DA REPOBLICA

Lei n.º 4/71 de 21 de Agosto

Em nome d11. Na.ção, e. Ass-e·mble.ia. Nnciona,1 decreta e P.U promulgo a lei ,seguinte:

I

Pr!nelplos fundamentais

BASE 1

O Estado reconhece e garante a liberdade religiosa das pessoas e assegura. àa confissões religiosas a protecção jurídica adequada.

BASB Il

1. O Estado não professa qua.lquer religião e as suasrelações com as confissões religiosas assentam no regime de separação.

2. As confissões religiosas têm direito a igual trata­mento, ressalvadas as diferençll,$ impostas pela sua di­versa. représenta.tividade.

II

Conteúdo e extensão da liberdade rellglosa

BASE m

:e lícito às pessoas, em matéria. de crenças e de culto religioso:

a) Ter ou não ter religião, rnuda.r de confissão ouabandonar a que tinham, agir ou não em con­formidade com as prescrições da confissão 0, que pertençam;

b) Exprimir as suas convicções;e) Difundir, pela. palavra, por esc1·ito ou outros meios

de comunicação, a. doutrina da religião que pro-fessam;

d) Pratfoar os actos de oulto, particular ou público,próprios da.. religião professada.

BASB IV

1. Ninguém será obrigo.do a declarar se tem ou nãoreligião, nem qual a religião que professa, a não ser, com carácter oonfidencia.l, em inquérito est.atfatico ordeno.<lo por lei.

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2. Ninguém pode ser perseguido, nem privado de umdireito ou isento de um do-ver, por causa dna suas convic­ções religiosas; -e nenhum.a discriminação se fará, por mo­tivo delas; no a.cesso aos cargos públicos ou na atribu'çãc de quaisquer honras ou dignidades oficiais.

BAsm v

1. :e lícita a reunião das pessoas para a prática comuni­tário. do culto ou po.ra outros fins específicos du vida religiosa.

2. Não dependem de autorização oficial nem de particí·paçll.o às autoridades civis as reuniões com ns finalidades indicadas no n .0 1 promovidas pela.<! confissões religiosas reconhecidas, desde que se realizem dentro de templos ou lugares a elas especialmente de1-1tinados , bem como a celebração <los ritos próprios dos actos fúnebres dentro dos cemitérios.

BASE VI

1 . A assistência a netos de culto religioso, ' ainda que ce­lebrados f\m unidades militares ou cm estabelecimentos públicos, é facultativa.

2. Podem, todavia, os a.ot,os de culto religioso ser pres­critos com ca.ráctel' obrigatório, em estabelecimentos edu­

cativos ou de formação ou cm instituições penitenciárias ou de reeducuçüo, para os menores cujos pais ou tutores nã" hajam pedido isenção.

:BASB VII

1. O ensino ministrado pelo Estado será orientado pe­los princípios da doutrina e moral cristãs, tradicionais do País.

2. O ensino da religião e moral nos este..belecimentoa de en;;ino será minis l;raclo a.os aluno::; cujos pa.is ou quem suas vezes fizer não tiverem pedido isenção.

3. ·os alunos maiores de 18 anos poderão fazer eles pró·prios o pedido de isenção.

4. Para o efeito, no neto de inscrição em qualquer esta­belecimento em que se Il'.l.inistre o ensino de religião e moral aquele a quem competir declarará. se o quer ou não.

5. A inscrição em estabelecimentos de ensino mantidos por entidades religiosos implico. 0, presunção da aceitfl,ção do e.nsiuo da religiüo e moral da respcetiva confissilo, salvo deola.ra�o pública em contrá.rio dos seus d irigentes.

' BASE VIII

1 . A ninguém será licito invocar a lib.erdude religiosa pora a pró.ticn de ac.t-Os que sejam incompatíveis com a vida, a intcgridudc físicà ou a dignidade du.s pessoas, os bons costumes, os princípios íundamentai1; da ordem cons­t-itucional ou os interesses da soberania portuguesa.

2. Kã.o sã.o consideradas religiosM as actividades rela­cionadn� com os fenómenos meta.psíquicos ou parapsí­quicos.

III

Do regime das confissões religiosas

A) Das confissões religiosas em geral

BASE IX

1. As confissões religiosas podem obter reconhecimentoque envolverá a atribuição de personalidade jurfdic11. à organização corresponderite ao conjunto dos respectivos fiéis.

·-------------···--·· . . ..

I S:&RIE - NúMERO 197

2. O reconhecimento será pedido ao Governo, em re­querimento subscrito por um númei·o não inferior a 500 fiéis, devidamente identifico.dos., maiores e <loroiciliados em território português.

3. O requerimento será instruído com os documentosnecessários à prova da. existência da confissão em territó­tório nacional e dele constarão os princípios essenciais da sua. doutrina, o nome da confie.são, a descrição geral dos �ctos de cult,o, as regras de dü;cipl_iuu e hierarquia da or­gn.nizn.ção, a identidade dos dirigentes e a <luraçuo da sua prátíc-a no País. N';:i, falt3, de indieaç.ões suficicnte,c; , a en­tidade competente .fixará o prazo dentro do quul o reque­rimento haja de ser c.ompletado.

4. Se a organização tive1· estatuto estrangeiro ou de·pender d& outra com estatuto estrangeiro, poderá o Go­verno exigir não só os meios de prova necessários ao pleno conhecimento do regime a que ela fica sujeita, como a subscrição do requerimento por ptu·te das entidades res­ponsáveis.

5. O Governo pode ordenar os inquéritos que julgueindispensáveis à provo., tanto da existência. da confissão como da prática cfcctivn do seu culto em território no.cio· oal, e pode dispensar a prova de qualquer destes requi­sitos quanto às confissões há mais tempo ra.dicadas em território português.

6. O reconheciment.o será recusado:

a ) Se a. doutrino., as normas ou o culto da confissãocontra,riarern o disposto na base vm ;

b) S1:1 <J requerimento nüo obedecer aos requisitosexigidos nef':tn. base ou as suas inilicaç':ies uãoforem verdadeiras.

BASE X

1. O reconhecimento pode ser revogado pelo Governoquando se m<)Stre que a organização á responsável pela violação do disposto na base vm, s.ctua por meios ilícitos ou se dedir,a. a actívídadcs cstranhB.-'l a.os fins próprios das confü;sões religiosm1 .

2. Notificada a tevogação do reconhecimento, cessnrãoimediatamente as o.ctivid ndcs da organi;-:ação, incorrenq.o em crime de desobediência todos os que nela prosfieguí­rem.

BASE XI

l. As confissões religiosas legalmente reconhecido.s po­dem organizar-se de hnrmonia com as suas normas in· ternas.

2. Às confissões reconhecidas é permitido formar, den.tr.o de cada uma delas, associações ou in::;titutos dP.sti­no.dos a o.qseguro.r o exercício do culto ou a prossecut,:ão de outros fins espeeificos da vida religiosn.

BASE XII

1. São consideradas religiosas o.s associações ou insti­tutos constituídos ou fundo.dos com o .6.m princips.l da

sustentaçàÇ> do culto de uma confissão rel igiosa já reco­nhecida ou quo.lqner out,ro. nct.ividade espcclficaroente re­ligiosa, <l.e:,;dc que se constituam de hm·monia com as normas e disciplina da respcctiva confissão.

2. As ·associações ou institutos religiosos adquirem per­sonalidade jurídica mediante o acto de registo da pi:irti­cipação escrita da sua C'-oustitniç.ilo pelo órgão competente da. confissão religiosa rec.onhccida.; o. participa,ção será. apresentada e o regii;to efe.ctuado n<Js termos que em regulamento forem :fixe.dos.

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21 DE AGOSTO DE 1971

S. Em oaso de mooincação ou extin(}ão da associaçãoou instituto, far-se-á. participação e registo nos termos estabelecidos para a sua constituição.

BASE XJU

A revogação do reconhecimento de uma con:6.ssão reli­giosa determina a extinção das respectivas associações ou institutos religiosos, o bem s.ssim das outras pessoas colectivas que dela dependam.

BASE XIV

1. As organizações correspondentes às confissões reli­giosas e as associações e instituto."! religiosos adminis­tram-se livremente, dentro dos limites da lei, sem pre­juízo do regime vigente para as associações religiosas que se proponham também fios de assistência ou de benefi­cência e pe.ra os institutos de assistência ou de benefi­cência fundados, clirigi<los ou sustentados por associações religiosas.

2. As organizações correspondentes às confissões reli­giosas e as associações ou institutos religiosos não podem ser submetidos ao regime de tutela.

BASE XV

1. As pessoas colectivas xeligiosas não oa.recem de au­torização para a aquisição dos bens necessários à rea.li- . zaçíí.o dos seus fins, mesmo que se trate de bens imóveis e a aquisição se íaçQ. a título oneroso, nem para a aliena­ção ou oneração dos bens imóveis a qualquer título.

2. Os bens destinados o. proporcionar rendimento nãosão considero.doa necessários à pl'ossecução dos fins das pes­soas colectívas religiosas e a sua aquisição está sujeita. ao disposto na lei geral.

BAS!i XVl

1. As confüisões religiosas reconhecidas têm o direitode assegurar a formação dos ministros do respectivo culto, podendo criar e gerir os estabelecimentos adequa.dos a esse fim.

2. Os estabelecimentos refe1·idos no número anteriorestão sujeitos à fiscafiza.ção do Esta.do, mas apenas para o efeito de ser garantido o respeito das leis e dos limitesimpostos pelo n.º 1 de. base vm.

8. Os ei:;ta.belecimentos que não se restrinjam a minis­tr&" a formação e ensino religiosos ficnm submetidoa, nessa medida, ao regime previsto para ·os eatabelecimentot1 de ensino particular.

BASE XVII

A construção ou instlllo.ção de templos ou lugares des· tinados à prá.tica do culto só é permitida. quando este seja de confissões religiosas reeouhecidas, mas não depende de autorização especial, estando apenas sujeita às disposições administrativa.a de carácter geral.

B) Do regbno eepeolal da Igreja Ca.t.ólloa

BASE xvm

1. Fice.m saJvagua.rda.da.s todas as disposições (,la legis·lação vigente, nomes.damente as contidas na Concordata de 7 de Maio de 1940, que respeitam à relig.ião e à ]groja Católica.

2. São aplicáveis às pessoas· nolectivas cat.ólicas as dis­posiQões desta lei que nã.o contrariem os preceitos concor­datària.mente estabelecidos.

IV

Do sl{ltlo religioso

BASE XtX

1195

1. Os ministros de qualquer religião ou confissão reli­giosa devem guardar segredo sobre todos os factos que lhestenhom sido confia.dos ou de que tenham tomado conheci­mento em razão e no exercício das suas funções, nllo po­dendo ser inquiridos sobre eles por nenhuma. autoridade.

2. A obrigação do sigilo persiste, mesmo quando o mi­nistro tenha. deixado de exercer -o seu múnus.

3. Consideram-se ministros da. religião ou da confissãoreligiosa aqueles que, de harmonia com a. organiza9ão dela, exerçam sobre os fiéis qualquer espéoie de jurisdição ou curo. de almas.

BASE XX A violação do sigilo religioso é punida. com a pena de

prisão maior de dois a oito anos, quando consista. na reve· lação de factos connden-0iados segundo as práticas da �li­gião ou con.fiss!!.o religiosa, e com a pena. de prisão até seis meses, nos outros casos.

BASJr lll

.Fica o Governo autorizado e. estender ao ultra.mar, com · e..<i necessárias adaptações, o regime da presente lei.

MarceUo Oaetano.

Promulgado. � 9 de Agosto d-e .11971. Pu bliq ue--oo. O Presidooioo da Repúbhea, A:!.lÉRlCO DEUS RODRIGUES

'l'IIOl-fAZ.

PRESID�NCfA DO CONSELHO

Secretaria-Geral

Tendo sido publicado com inexactidüo no Diário do Go·verno, J. ... sé.rie, n.0 182, <l,e 4 de Agosto, pelo Minis,térío da Educaç.'io Nacional, o De<,>reto-l,ci n.0 331/711, <Mter­mino que oo ftu;acr.l ia,!': .!'leguiintes 1-ectifi.cações:

No aa:t.i.go B.<>, onde -se l�: Os pro.6e·ssoi,es, os regentes e os mestr.es dos esta,be-

1ecímentos de e-nsi.no médio, técnico a,gricola, indus­trial e comer"°ial, oom provimento provisório, qoe possuírem M habilitnções académicas exigidas parti. ingre,sso nr,s qua.di'O;; -e houve,:,em pr,emooo doi,s unoo de servi,ç.o ...

d,e·ve le.r..aie: Os profossor-e,s, os .regern.les e os mestre,s dos eSlta,oo­

lecimen tos de ensi:1.10 médio toonieo ,agrícola, indus­trial e oome-rciad, eom pxovimen.to provisório, que possuírem o.s habilitações académicas exigidas para íngre,ss,o n.o.s quadros e houv,erem prestado dois a.nos d•e servi,ç.o consecutivos ...

Presi.<1êncfo. do Coooelbo, O de Agoot,o doe 1071. - O Pre­sidente do Conselho, 11iarcell.o Caetano ..

MfNISTl:RIO DA JUSTIÇA

4. • Repartição da Direcção-Geralda Contabilidade Pública

� h&rmonia. com as dwposições '1.o a.rtigo 7.0 do De­cl'eto-Lei :n.0 2õ 200, de 6 de Mca.io d� ;1;965, &e publica