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FAAP – FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO 1 METODOLOGIA II – ÁREA COMUM AULAS 2 e 3 I - PROJETO DE PESQUISA a) proposta de trabalho semestral b) roteiro para elaboração (ambos os itens serão discutidos em sala) Elementos para construção de um Projeto de Pesquisa É comum estabelecer uma espécie de roteiro de fases/conjunto de tarefas para se alcançar um objetivo. Parte desse roteiro está perfeitamente integrado às orientações gerais de uma MONOGRAFIA. Outra parte envolve a preparação do trabalho, desde um ponto de vista mais metodológico e teórico, razão pela qual são apresentadas algumas regras básicas. Escolha do Tema: definir o problema e a hipótese de estudo; o objeto da pesquisa, DELIMITANDO-O; Justificativa do Tema: explicar o porquê da escolha do tema e sua importância para a pesquisa; Objetivo: qual é a questão que pesquisa procurará responder ou que hipóteses procurará testar/discutir; Metodologia: qual (is) o(s) caminho(s) a ser (em) seguido(s) para alcançar o resultado esperado, isto é, quais métodos serão utilizados; ao tentar responder a essas questões deve-se, também, ter em mente os autores, suas idéias e os textos escolhidos, relacionando-os; Revisão Bibliográfica: nesse momento busca-se, essencialmente, revelar um domínio razoável sobre o tema, considerado leituras básicas e mais específicas sobre o mesmo;

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Page 1: I - PROJETO DE PESQUISAprograma.faap.br/7AQ107.pdfFAAP – FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO 2 Referências Bibliográficas: para uma boa fundamentação teórica, o Projeto de Pesquisa

FAAP – FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO

1

METODOLOGIA II – ÁREA COMUM

AULAS 2 e 3

I - PROJETO DE PESQUISA

a) proposta de trabalho semestral

b) roteiro para elaboração (ambos os itens serão discutidos em sala)

Elementos para construção de um Projeto de Pesquisa

É comum estabelecer uma espécie de roteiro de fases/conjunto de tarefas para

se alcançar um objetivo. Parte desse roteiro está perfeitamente integrado às

orientações gerais de uma MONOGRAFIA. Outra parte envolve a preparação do

trabalho, desde um ponto de vista mais metodológico e teórico, razão pela qual são

apresentadas algumas regras básicas.

Escolha do Tema: definir o problema e a hipótese de estudo; o objeto da

pesquisa, DELIMITANDO-O;

Justificativa do Tema: explicar o porquê da escolha do tema e sua importância

para a pesquisa;

Objetivo: qual é a questão que pesquisa procurará responder ou que hipóteses

procurará testar/discutir;

Metodologia: qual (is) o(s) caminho(s) a ser (em) seguido(s) para alcançar o

resultado esperado, isto é, quais métodos serão utilizados; ao tentar responder a

essas questões deve-se, também, ter em mente os autores, suas idéias e os

textos escolhidos, relacionando-os;

Revisão Bibliográfica: nesse momento busca-se, essencialmente, revelar um

domínio razoável sobre o tema, considerado leituras básicas e mais específicas

sobre o mesmo;

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Referências Bibliográficas: para uma boa fundamentação teórica, o Projeto de

Pesquisa exigiria, ao menos, dez títulos (livros, manuais, revistas/artigos

especializados) recobrindo o tema escolhido.

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3

AULAS 4 e 5

II - CONCEITO DE PESQUISA

Não se deve (ou não se pode) falar em pesquisa sem falar, ao mesmo tempo,

em métodos de pesquisa. Falar em métodos implica falar em procedimentos,

objetivos, organização etc. E, falar em organização implica um mapeamento de

dados e informações que possam gerar conhecimento. Por isso, se deve aprender a

pesquisar, a investigar, a estudar algum objeto de interesse – científico ou não,

buscando os melhores caminhos para alcançar o alvo.

Costuma-se dizer que em tudo na vida, voluntariamente ou não, agimos com

algum método.

Antes de sair de casa costumamos cumprir uma série de tarefas, já

automatizadas, que supõe algum tipo de ordenação; senão vejamos:

Podemos acordar, levantar e escovar os dentes, não? Podemos, igualmente,

acordar, levantar e tomar um banho. Após, escovar os dentes etc. Mas, também,

podemos acordar, levantar, escovar os dentes, fazer o desjejum e sair sem o banho

(se já o fizemos à noite). Em qualquer uma dessas situações, vemo-nos compelidos

a agir segundo alguns hábitos que, por associação e repetição, fazemos sem muito

pensar.

Conquanto não sejam todos atos conscientes, eles indicam algum tipo de

organização. E, de fato, sem um método e uma (ou mais) técnica não se consegue

alcançar nenhum objetivo. Por isso se diz que o método é a estratégia; a técnica é a

tática. Aquele aponta o caminho, os aspectos importantes, as idéias que serão

valorizadas, os autores que serão estudados e assim por diante. Já esta (a técnica)

aparece como o meio mais adequado para alcançar os objetivos traçados pelo

pesquisador / estudante.

Qualquer investigação deve, inicialmente, definir sua finalidade, seus

objetivos, antes de definir seu percurso, seus procedimentos.

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4

A definição do tema exigirá um esforço importante do pesquisador, evitando –

sempre que possível – o aleatório, o acaso, o excesso de subjetivismo e de

empirismo (superestimar os dados imediatos da experiência). Bem, isso nos

remete ao coração de nossa disciplina, a saber:

O QUE É UMA PESQUISA E PARA QUE ELA SERVE?

Desse ponto em diante, serão discutidos alguns elementos constitutivos de

uma pesquisa, genericamente considerada. Lembre-se, antes, de que:

- Método (Methodos) é uma palavra grega que significa a direção que se

imprime a um processo de natureza reflexiva e ou prática. Tem relação direta com a

palavra THEÔRIA que, por sua vez, evoca a idéia, a concepção de algo, em

contraste com TECHNÉ (o como fazer).

Se a teoria sugere o domínio dos princípios constitutivos, a técnica sugere a

aplicação do conhecimento. Um arquiteto é um teórico; um construtor é um técnico.

II.1 - PESQUISA TEÓRICA E PESQUISA APLICADA

No que concerne a nossa disciplina, à guisa de introdução, deve-se sublinhar

duas linhas mestras de investigação, nas quais se combinam e se articulam Teoria

e Prática, Método e Técnica.

A primeira é a de um ESTUDO AVANÇADO, implicando em teses originais e

conclusivas. Tal estudo supõe algo mais que um ensaio (em que o autor desfila

suas idéias com absoluta liberdade de forma e conteúdo): exige maior rigor,

exatidão, clareza; enfoques menos enviesados e mais imparciais. Vale dizer:

nada se pode afirmar sem algum apoio em fatos e/ou argumentos consistentes.

A segunda é a de um ESTUDO EXPLORATÓRIO/DESCRITIVO cujo traço

essencial é o de levantar, preliminarmente, material para estudo e análise a partir

de um conhecimento reduzido do objeto de investigação.

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5

Repetindo a pergunta: o que é uma PESQUISA? Uma atividade geral e

organizada voltada para a formulação de hipóteses e a solução de problemas,

de interesse científico. Dela pode-se distinguir um levantamento bibliográfico que,

embora seja em atividade igualmente ordenada, não contempla o grau de

sistematização de uma atividade científica. Entre visitar uma biblioteca e listar uma

serie de livros, artigos científicos etc., relativos a algum tema e desenvolver um

trabalho de natureza científica, há uma grande diferença.

Indaga-se: Por que pesquisar? Há razões de cunho intelectual e prático.

De um ponto de vista teórico busca-se conhecer a realidade, em sua multiplicidade,

em sua complexidade; de um ponto de vista prático, é necessário colher dados e

produzir informações não disponíveis e/ou organizar dados aleatórios, espalhados,

dispersos...

Há, basicamente, dois tipos de pesquisa.

TEÓRICA

APLICADA

A primeira versa, principalmente, sobre temas de natureza mais formal,

apoiada no exame, análise e interpretação de documentos escritos, principalmente;

a segunda colhe dados por meio de questionários, entrevistas, análise de

exemplos, comparações de dados etc.

Outro conceito importante é o de trabalho científico original. Ele apresenta

três elementos definidores:

Repetição de procedimentos

Equivalência de resultados

Produção de novos conhecimentos

Retomando o tema de pesquisa científica. Ela pode ser concebida em dois

movimentos: pesquisa pura e pesquisa aplicada. A primeira visa ao

conhecimento em si. É mais reflexiva e não supõe, obrigatoriamente, qualquer

tipo de intervenção na realidade. Em geral, ela aparece como uma PESQUISA

BIBLIOGRÁFICA. A pesquisa aplicada, no entanto, lança o pesquisador rumo à

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aplicabilidade imediata dos resultados alcançados. Tem aspectos eminentemente

práticos visando à solução de problemas de conteúdo real.

Roteiro básico de uma pesquisa aplicada: 1) O que quero descobrir? O que fazer?

- Formulação do problema / definição do objeto

- Formulação de hipóteses

2) quais os objetivos da pesquisa? Para que fazer?

- qual a pergunta a responder

3) qual o valor da pesquisa? Por que fazer?

- contribuição e conseqüências

4) Definição da (s) HIPÓTESE (S) e escolha das variáveis empíricas

5) Exame dos possíveis obstáculos.

- dificuldades teóricas

- dados confidenciais

6) Definição da metodologia e das técnicas / Como fazer?

- questionários, entrevistas;

- estudos comparados, análise histórica etc;

- cronograma físico e financeiro;

- estudo piloto(se/quando for o caso).

7) Coleta de dados

Dados primários são aqueles dados especialmente coletados para a pesquisa. Em

regra são obtidos diretamente pelo pesquisador.

Dados secundários são os dados já disponíveis em publicações anuários,

relatórios, boletins etc. / são mais abrangentes e obtidos em instituições confiáveis

(FIPE, IBGE, SEAD, BANCO MUNDIAL, ONU etc.)

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8) Análise e interpretação dos resultados

- construção de tipos, modelos e esquemas através do uso dos conceitos teóricos,

relação com as variáveis quantificadas e realização de comparações pertinentes

(BARROS, LEHFELD, 2000:95).

Essa fase supõe uma classificação, codificação e tabulação dos dados obtidos.

9) Comunicação dos resultados - Relatório final: representa a reorganização do trabalho realizado, segundo suas

principais etapas, sob a forma de um discurso científico.

População e amostragem

Uma pesquisa procura estabelecer generalizações a partir de observações

em grupos ou conjuntos de indivíduos chamados de população ou universo. Mas, o

que é população?

É o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam, pelo menos,

uma característica em comum. Dado N para definir a população/número de

elementos, tem-se que Xn= Xl; X2, ... Xn

A pesquisa, todavia, é realizada com uma parte/porção/parcela

representativa da população/do universo, convenientemente selecionada; é um

subconjunto. Sendo n o número de elementos da amostra, a mesma pode ser

representada pela letra minúscula x , tal que xn= xl;x2; ... xn em que xn é igual ou

menor que Xn.

Variáveis

Um dos objetivos da pesquisa cientifica, para não dizer da própria ciência, é

o de estudar a freqüência de ocorrência de um ou mais fenômenos e as relações

que se estabelecem entre eles. Tais relações são chamadas de VARIÁVEIS.

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O que são variáveis? Aspectos, propriedades ou fatores reais ou

potencialmente mensuráveis pelo que representam e que são perceptíveis em um

objeto de investigação.

Exemplos: salário, renda, sexo (gênero), profissão, cor, taxa de natalidade, religião

etc. Assim, a noção de variável está associada à noção de "acidente", isto é, uma

quantidade, magnitude; um traço, uma qualidade que se destaca da "substância" e

que, em cada caso estudado/observado, pode variar.

Alguns tipos de variáveis:

independente (X) é o fator, causa ou antecedente que determina a ocorrência de

outro fenômeno, efeito ou conseqüente. Por exemplo: idade e renda

dependente (Y) é a propriedade, fator, efeito ou resultado decorrente da variável

independente. Por exemplo: Aprendizado/Rendimento escolar

interveniente (W) é a que modifica/altera a variável dependente SEM ALTERAR a

independente.

Exemplo: Alunos de Universidades Públicas e Particulares (independente) obtém

notas diferenciadas no Provão (dependente), por fatores psicológicos (insegurança,

nervosismo, desinformação etc.). (interveniente)

Análise e interpretação dos resultados:

Após coletar os dados é preciso classificá-los em categorias. Atente para três

regras bem simples e importantes:

a) Não se deve misturar categorias em um mesmo teste; idade e renda. Por

exemplo.

b) A categoria utilizada não pode deixar nenhum elemento de fora. Por exemplo, a

idade:

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- Menos de 18 anos;

- 18-20 anos;

- Mais de 20 anos.

c) As categorias devem se excluir mutuamente. Exemplo de erro comum:

- 0-3 salários mínimos

- 3-5 salários mínimos

- 5 ou salários mínimos

AULAS 6, 7 e 8

III – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Nenhum trabalho de investigação científica, como já se viu, pode ser bem-

sucedido sem um MÍNIMO DE ORGANIZAÇÃO E RIGOR. Não existe conhecimento

científico sem MÉTODOS E TÉCNICAS ADEQUADOS.

O primeiro passo para iniciar uma investigação científica é, sem dúvida, a

ESCOLHA DO TEMA. Esse passo supõe três condições concomitantes e

relacionadas, a saber:

Interesse científico do objeto de estudo;

Qualificação mínima do pesquisador para enfrentá-lo (o assunto);

Acessibilidade física e intelectual às fontes de pesquisa.

A parte mais importante, talvez, de uma pesquisa ou de um projeto de

pesquisa, melhor dizendo, será a DEFINIÇÃO DO OBJETO DE INVESTIGAÇÃO, A

ESCOLHA DO TEMA/PROBLEMA QUE SERÁ ESTUDADO e, conseqüentemente,

A SUA DELIMITAÇÃO. Para tanto, deve-se formular uma ou mais hipóteses de

trabalho, pois ela(s) representa(m) o FOCO PRINCIPAL do estudo.

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É preciso, porém, tomar cuidado com a extensão do tema. Quanto mais

amplo for o objeto de estudo, mais difícil será pesquisá-lo e entendê-lo. Isto quer

dizer o seguinte: UM TEMA NÃO PODE FALAR DO MUNDO E UM POUCO MAIS...

ELE DEVE SE AFASTAR DE DELÍRIOS JUVENIS E DA ARROGÂNCIA TÍPICA

DOS QUE PENSAM SABER TUDO! ATENTE PARA ISSO!

Em seguida, o pesquisador se defrontará com a tarefa de EXPLICAR AS

RAZÕES DE SUA ESCOLHA, o PORQUÊ DA ESCOLHA e a RELEVÃNCIA DE SE

ESTUDAR AQUELE TEMA, AQUELE OBJETO DE ESTUDO (aquilo pelo qual se

tem interesse). Ou seja, A JUSTIFICATIVA DO TEMA. No entanto, nenhum

estudante, pesquisador ou cientista irá muito longe em seu projeto de trabalho SE

NÃO FOR CAPAZ DE FIXAR SEUS OBJETIVOS DE PESQUISA; normalmente, tais

objetivos são RETIRADOS DO PRÓPRIO OBJETO DE ESTUDO E DO PROBLEMA

e HIPÓTESE que se vai pesquisar. Em suma, qual a questão (ou questões) que a

pesquisa procurará responder ou quais hipóteses procurará testar/verificar ou

rejeitar.

Hipótese é a explicação, condição ou princípio, em forma de proposição

declarativa ser verificado (a), por meio de uma pesquisa. Geralmente é um

ENUNCIADO DECLARATIVO que serve como condição e/ou explicação do

problema. A hipótese orienta a execução da pesquisa em todas as suas fases.

Por isso, as variáveis devem ser bem definidas (para que sejam operacionais),

pois devem explicitar a conexão entre as independentes e as dependentes.

SEM ALGUMA IDÉIA QUE ORIENTE O ESTUDO, NÃO SE PODE SABER

QUAIS FATOS DEVEM SER COLETADOS! Sem algum tipo de idéia

PRECONCEBIDA É IMPOSSÍVEL DESENCADEAR QUALQUER INVESTIGAÇÃO!

Se o pesquisador se limita a uma visão inocente da realidade, não é capaz

de IR ALÉM DOS FATOS e, por isso mesmo, não é capaz de EXPLICÁ-LOS! Características de uma hipótese:

Enunciado claro, objetivo e declarativo;

Deve estabelecer relações entre duas ou mais variáveis;

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Deve ser TESTÁVEL/VERIFICÁVEL, isto é, passível de ser traduzida

em conseqüências empíricas que possam ser submetidas a testes

contrastáveis (que se pode confrontar/comparar) com a realidade.

Exemplo: A habilidade de distinguir as categorias gramaticais aumenta com a

idade cronológica e com o grau educacional, sendo IDADE CRONOLÓGICA E

GRAU EDUCACIONAL as duas primeiras VARIÁVEIS que se relacionam com a

terceira, isto é, A HABILIDADE DE DISTINGUIR AS CATEGORIAS

GRAMATICAIS. Aumentando uma, ou as duas primeiras, aumenta a outra e

vice-versa.

Na redação da hipótese aparecem termos de relação que UNEM AS

VARIÁVEIS. Em geral, esses termos assim se apresentam: “é diretamente

proporcional”, “está inversamente relacionado”, “produz”, “se... então...”, “resulta”,

“há uma relação significativa entre” etc.

A testabilidade / a confrontação empírica é o único meio para atribuir valor de

VERDADE FATUAL/OBJETIVA. O percurso de uma pesquisa científica supõe,

então, CONDIÇÕES DE FALSEABILIDADE, ou seja, se houver uma determinação

precisa da relação entre as variáveis, a busca de evidências empíricas que sejam

incompatíveis com a afirmação.

Segundo Karl POPPER, a definição empírica de uma teoria é correta

quando se consegue encontrar enunciados singulares que a tornem falseável,

ou seja, que ofereçam enunciados básicos que possam ser classificados

como INCOMPATÍVEIS com a teoria – falseadores potenciais -, ou como

COMPATÍVEIS com a teoria – não-falseadores potenciais. A teoria só deverá

levar em consideração a dos falseadores potenciais, pois só poderá afirmar

que uma teoria NÃO É FALSA e nunca que SEJA VERDADEIRA.

Além de uma clara formulação do PROBLEMA e da HIPÓTESE, um projeto

de pesquisa bibliográfica não pode abrir mão de alguma METODOLOGIA. Já vimos

como a questão é polêmica. Existem autores que juram a insuficiência ou a total

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inutilidade do método científico, para não mencionar aqueles que insistem no fato

de que NÃO EXISTE MÉTODO CIENTÍFICO, MAS, SIMPLESMENTE, ESCOLHAS

ALEATÓRIAS OU NÃO.

Todo pesquisador que se dispuser a trabalhar com seriedade e consistência

terá de, PELO MENOS, SABER QUE É PRECISO LANÇAR MÃO DE ALGUMA

ORGANIZAÇÃO e ESTRATÉGIA DE ESTUDO para chegar a qualquer ‘lugar’

(mesmo que esse lugar seja o da dúvida ou da incerteza).

Por essa razão é importante definir qual (is) o(s) caminho(s) a ser (em)

seguido(s) para alcançar o resultado esperado, isto é, quais os métodos e técnicas

serão utilizados. Ao tentar responder essas questões deve-se, também, ter em

mente os autores, suas idéias e os textos escolhidos, buscando relacioná-los.

Se escolhermos uma teoria para explicar tal ou qual fato social, político,

econômico ou cultural, ESTAMOS INDICANDO O ‘NOSSO’ CAMINHO! Ao

escolhermos ESSE OU AQUELE AUTOR, ESTAMOS INDICANDO O ‘NOSSO’

PERCURSO! Se definirmos um procedimento comparativo entre dois momentos

históricos, em vez de periodizar (e diminuir a quantidade de informação), ESTAMOS

INDICANDO uma ESCOLHA METODOLÓGICA.

Outro passo crucial é o seguinte: como se pode demonstrar alguma

familiaridade com o tema a ser estudado? Ora, só há um meio de provar isso: uma

razoável (ainda que provisória) REVISÃO DA LITERATURA. Com ela pode-se

comprovar, a um só tempo (e a exemplo do que se falou sobre a escolha do tema)

que o pesquisador REÚNE OS MEIOS INTELECTUAIS PARA DAR CONTA DA

TAREFA QUE SE COLOCOU: ser capaz de revelar um domínio aceitável sobre o

tema, considerando-se as leituras básicas sobre o mesmo. Segundo o filósofo

Ludwig Wittgenstein, do que não se pode falar, deve-se calar. Essa é a idéia.

O último elemento constitutivo de um projeto de pesquisa (e naturalmente da

própria pesquisa) é a inclusão de uma BIBLIOGRAFIA INICIAL. Ou seja: a reunião

das principais fontes que, de início, parecem servir aos propósitos do estudante. É

comum se exigir, para começo de conversa, um mínimo de DEZ TÍTULOS (livros,

artigos, periódicos não-científicos, relatórios de pesquisa etc.) SOBRE O

TEMA/OBJETO DE ESTUDO. É igualmente comum que essa bibliografia SOFRA

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UMA RAZOÁVEL AMPLIAÇÃO, À MEDIDA QUE O TRABALHO SE DESENVOLVA,

CONTANDO ESPECIALMENTE, COM O AUXÍLIO DO ORIENTADOR DE

PESQUISA. Mas, uma coisa é certa: os autores básicos (e os NOVOS AUTORES

BÁSICOS QUE O ESTUDANTE IGNORAVA...) DEVERÃO SER RIGOROSAMENTE

LIDOS E FICHADOS (o que se verá mais adiante).

d) Construção teórica e seleção do material: marco teórico / definição das fontes

Fontes - trabalhos e documentos originais diretamente ligados ao tema de

pesquisa/estudo/investigação;

Trabalhos - qualquer documento elaborado a partir das fontes.

Seleção de material:

- levantamento bibliográfico - etapa fundamental para a escolha e delimitação

do tema (correspondendo ao interesse, inclinação e capacidade do

pesquisador).

O pesquisador deve iniciar tal levantamento nesta ordem:

I) livros didáticos: manuais introdutórios / com freqüência citam livros e artigos que

tratam mais densamente os assuntos discutidos/explicados;

II) livros especializados: textos que analisam aspectos específicos dirigidos a

acadêmicos ou pesquisadores e especialistas no tema;

III) revistas especializadas: nas revistas especializadas se encontra a fronteira da

ciência. São contribuições muito peculiares/particulares para os temas estudados.

- As três Leis do Pesquisador

Orientação - contribui para a escolha e definição do tema, na organização do

trabalho e na bibliografia básica sobre o tema;

Círculos concêntricos - começar pelas obras básicas e ir se aprofundando;

Lei da árvore - as referências bibliográficas de um texto vão indicando outras

e estas novas referências levam o pesquisador a novas fontes de consulta.

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Marco Teórico:

A base teórica a partir da qual o pesquisador irá construir seu trabalho é um

passo decisivo e fundamental. É o momento em que se buscará definir as

referências teóricas, os modelos de análise e por que não dizer, a própria

metodologia escolhida para alcançar os objetivos da pesquisa. O projeto de

pesquisa deve contemplar as escolhas que serão feitas para desenvolver o tema; a

estratégia para fazer o trabalho.

Após ter cumprido a fase inicial de preparação da pesquisa, o

pesquisador tem de CONSTRUIR AS BASES TEÓRICAS DE SUA INVESTIGAÇÃO

(MARCO TEÓRICO). cujos fundamentos serão os CONCEITOS, TEORIAS,

MÉTODOS E MODELOS DE ANÁLISE AOS QUAIS RECORRERÁ, NOS QUAIS SE

APOIARÁ, PARA CUMPRIR SEU PROPÓSITO.

Essa fase, às vezes, se confunde com o próprio desenvolvimento da

pesquisa, pois o PROJETO É ALGO MUITO DIFERENTE DA PESQUISA

PROPRIAMENTE DITA! Então, normalmente, se apresentam as bases teóricas do

trabalho no corpo da INTRODUÇÃO e se demonstra a sua utilização, por ocasião

do DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO.

Esse passo é constituído por quatro movimentos articulados e necessários:

1º relacionar (se possível) o problema a ser investigado com as raízes do

pensamento dos autores estudados:

2º buscar identificar as idéias mais importantes dos autores lidos; compreender os

conceitos utilizados e saber relacioná-los com o tema de estudo;

3º buscar reconhecer os aspectos positivos e negativos das teorias, idéias, modelos

de análise apresentados e defendidos pelos autores lidos, SEMPRE EM RELAÇÃO

AO TEMA DA PESQUISA; e, por fim,

4º ordenar as idéias, fixando os objetivos da investigação frente às teorias estudas e

com as quais, eventualmente, se discorda ou concorda.

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15

ESSA É A BASE PARA A ANÁLISE CRÍTICA DO MATERIAL ESTUDADO E,

PORTANTO, A CONDIÇÃO NECESSÁRIA PARA INICIAR A REDAÇÃO DO

TRABALHO.

e) estudo do material: tipos de leitura, esquemas, resumos, paráfrases e

fichamentos.

Regras básicas para o estudo de um texto

Pressuposto fundamental para o sucesso (ou o fracasso) de qualquer

atividade, a organização e a disciplina também são exigências básicas para a

realização de um bom estudo. Ler um texto e fichá-lo adequadamente (os dados

referentes à obra lida, as idéias principais e secundárias do autor e a reunião de

passagens importantes e ilustrativas etc.) constitui passo decisivo para alcançar os

objetivos a que se propõe o pesquisador.

Sabe-se que a metodologia recobre, essencialmente, três dimensões do

‘fazer ciência’:

como modo de conhecer o real;

como modo de planejar e agir sobre o real; e

como modo de fazer para alcançar a verdade objetiva e/ou a realização dos

propósitos da pesquisa

Por essa razão, ler / estudar representa um momento crucial na relação entre

o pesquisador (estudante) e o objeto pesquisado (tema/problema a ser

investigado/resolvido). A leitura e o estudo, bem como a acuidade no registro dos

comentários, notas e apontamentos, exigem silêncio, concentração, disciplina,

paciência, repetição e ordenação.

Tipos de leitura:

Pré-leitura: rastreamento à procura de informações interessantes / seleciona

o material e dá uma visão panorâmica do assunto;

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Leitura seletiva: seleção ÚTIL dos autores, segundo critérios objetivos

(delimitação do tema, relação com o tema proposto etc.).

Leitura crítica/analítica: conhecer o pensamento do(s) autor (es) / esforço

em abandonar preconceitos e pré-juízos; evitar conclusões prévias e

apressadas / FASE DE ESTUDO DO TEXTO! / identificar a idéia diretriz e as

secundárias / diferenciar e comparar as idéias defendidas pelos autores e

sua importância para o tema de estudo / buscar compreender os

CONCEITOS.

Leitura interpretativa: julgamento do material lido e estudado / crítica

objetiva aos autores lidos (o que afirma e os argumentos que utiliza) / relação

com os objetivos da pesquisa / critério de verdade: afirmações com provas

lógicas e evidências empíricas ROBUSTAS E CONSISTENTES. Nessa fase

do estudo se espera que o pesquisador seja capaz de construir UMA

SÍNTESE DO QUE FOI LIDO, ESTUDADO e ANALISADO!

Esquema e resumo de leitura:

O resumo é uma condensação do texto trabalhado. Nele se buscam as idéias

principais ou problemas principais. Ele supõe uma leitura analítica, pois representa

uma tentativa de síntese. Uma só leitura não basta para se fazer um bom resumo

O esquema pretende enumerar, por listagem ou através de um quadro

sinóptico os elementos que integram o texto lido.

Paráfrases:

A citação livre é o resultado de uma ação direta do pesquisador sobre o texto

lido. Em geral, constitui uma paráfrase (reconstrução pessoal dos argumentos de

um autor) que é o contrário absoluto de uma citação textual;

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A paráfrase é um recurso ao qual o pesquisador lança mão, no processo de

elaboração de um trabalho teórico, destinado a CAPTAR E NÃO COPIAR AS

IDÉIAS DE UM AUTOR. O QUE SE BUSCA É REESCREVER ALGUMA

PASSAGEM OU ALGUM FRAGMENTO ÚTIL DO QUE ESTIVER SENDO LIDO.

Fichamentos:

A técnica do fichamento, embora pouco cotada nas escolas de ensino

fundamental, constitui-se em ELEMENTO-CHAVE para o trabalho de leitura e

estudo das FONTES. Em geral, é utilizado para registro dos dados e idéias mais

importantes de obras raras ou de difícil acesso. No entanto, recomenda-se o seu

uso SEMPRE QUE POSSÍVEL, INDEPENDENTEMENTE DA MAIOR OU MENOR

DIFICULDADE DE ACESSO AO TEXTO DE INTERESSE.

Um fichamento adequado (completo) poderia ser construído da seguinte

maneira:

Indicação bibliográfica completa [autor, título da obra, edição, local

de publicação, ano da publicação, volume (se for o caso), capítulo (se

for o caso), intervalo de páginas lidas (se for o caso) e tradutor (se for

o caso)];

Índice da obra (não apenas o capítulo lido, MAS todos os capítulos da

obra; isso contribui para melhor situar o que se leu, assim como fazer

– quando necessário – alguma referência à mesma, no decorrer do

trabalho);

Esquema geral da leitura [idéia principal, idéias secundárias,

argumentos utilizados pelo autor; outros registros de interesse (dados

estatísticos, resultados de pesquisas etc.)];

Resumo indicativo da obra (uma síntese objetiva, concisa e geral da

leitura realizada); considere-se algo em torno de 15% do que se leu

(quando se tratar de um texto longo);

Inserção de passagens/citações textuais (utilize à vontade esse

recurso, pois a quantidade de citações se converterá, mais tarde,

numa melhor chance de escolher AS CITAÇÕES MAIS

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APROPRIADAS). Sugere-se que as citações textuais apareçam COM

DESTAQUE na redação do fichamento, INDICANDO-SE a página da

qual foi extraída;

Uma breve conclusão PESSOAL sobre o texto lido (toda a obra,

capítulos ou passagens), RELACIONADA AO TEMA DE PESQUISA.

f) Estrutura do trabalho científico: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Antes de definir o estilo de redação mais apropriado ao trabalho (que, em

geral, deve ser o expositivo ou expositivo-criativo), e após o estudo paciente,

rigoroso e organizado das fontes da pesquisa (esquemas, resumos e fichamentos

dos livros, artigos científicos, artigos de periódicos, relatórios etc.), é necessário

ESTRUTURAR O TRABALHO. Essa tarefa costuma ser facilitada se já se

ESBOÇOU um ÍNDICE PROVISÓRIO quando da fase de preparação da pesquisa.

Como já vimos, esse ÍNDICE é uma provisória organização dos aspectos

mais importantes que seriam desenvolvidos. Ele é importante porque antecipa os

passos da estrutura final.

A estratégia mais adequada para aquela estruturação é a seguinte:

INTRODUÇÃO

Uma introdução apresenta em linguagem simples, direta e concisa o objeto

de pesquisa/investigação/estudo. Não é o momento para qualquer tipo de análise.

Busque falar do tema da pesquisa, de sua delimitação/abrangência / hipóteses e

problemas / das razões de sua escolha / dos objetivos do estudo / da revisão básica

da literatura sobre o tema / das questões precedentes relativas ao objeto de

pesquisa e, principalmente e dos capítulos que dividem o trabalho.

NÃO SE NUMERA A INTRODUÇÃO!

DESENVOLVIMENTO

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Chama-se desenvolvimento de um trabalho o conjunto dos CAPÍTULOS em

que se distribui toda a argumentação, testes, análises e interpretações dos

resultados a que se chegou; se a pesquisa for tipicamente TEÓRICA, O

DESENVOLVIMENTO SE APOIARÁ EM ARGUMENTOS; se, ao contrário, o

trabalho for de natureza APLICADA/EXPERIMENTAL/DE CAMPO, O

DESENVOLVIMENTO SE BASEARÁ NA EXPOSIÇÃO DOS TESTES

EXECUTADOS, EM SUAS QUANTIFICAÇÕES E NA ANÁLISE DOS RESULTADOS

OBTIDOS.

Por meio da divisão de capítulos, o pesquisador trata de construir o NÚCLEO

DE SUA INVESTIGAÇÃO, lançando mão de todas as leituras, estudos,

comparações, testes etc. que seu trabalho exigiu.

Os capítulos podem ser números em algarismos romanos ou arábicos, com

os respectivos subcapítulos e itens, quando for o caso.

CONCLUSÃO

Nessa parte igualmente essencial, o pesquisador deverá apontar a relevância

do estudo realizado, frente aos resultados alcançados. De algum modo, o

pesquisador terá de confirmar aquilo que foi APRESENTADO NA INTRODUÇÃO.

Ao concluir, deve-se demonstrar ter atingido os objetivos propostos, AINDA QUE

EM SENTIDO PROVISÓRIO.

A CONCLUSÃO NÃO É NUMERADA.

APRESENTAÇÃO DO TRABALHO Do ponto de vista formal, isto é, o modo como o trabalho APARECE, é COMUNICADO/APRESENTADO, atenção para a seguinte sucessão:

FOLHA DE ROSTO: em geral, contém os registros da Instituição, Faculdade e

Curso; título do trabalho; nome do pesquisador; natureza do trabalho (monografia,

dissertação de mestrado, tese de doutorado etc.); nome do professor-orientador;

local e ano da publicação.

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LISTA DE ABREVIATURAS (se for o caso)

LISTA DE TABELAS, GRÁFICOS, FIGURAS E QUADROS (se for o caso).

AGRADECIMENTOS (se for o caso)

PREFÁCIO (se for o caso)

ÍNDICE DO TRABALHO: conteúdo desenvolvido na pesquisa, incluindo

INTRODUÇÃO, CONCLUSÃO, BIBLIOGRAFIA, LISTA DE TABELAS, GRÁFICOS,

FIGURAS E QUADROS, ANEXOS e CONTRACAPA.

INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO (Estrutura lógica e cronológica dos CAPÍTULOS,

SUBCAPÍTULOS, SEÇÕES E SUBSEÇÕES)

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

ANEXOS (que devem ser intitulados, de preferência, com uma folha indicativa

e ter suas páginas numeradas).

AULAS 9, 10 e 11

IV - ORGANIZAÇÃO DA BIBLIOGRAFIA

Uso de citações:

Uma citação pode ser textual ou livre. A CITAÇÃO TEXTUAL constitui uma transcrição literal de passagens, fragmentos, excertos do texto lido, que excedam a três linhas. Em regra, com tamanho de fonte menor (10), em itálico, sem aspas e com um recuo da margem esquerda de dois parágrafos;

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A CITAÇÃO LIVRE é o resultado de uma ação direta do pesquisador sobre o texto lido. Em geral, constitui uma paráfrase (reconstrução pessoal dos argumentos de um autor) que é o contrário absoluto de uma citação textual; Por que se deve citar uma fonte? POR DUAS RAZÕES FUNDAMENTAIS.

1ª Numa citação TEXTUAL, a indicação da fonte PERMITE O

CONFRONTO/ COTEJO COM O TEXTO CITADO. É um modo de VERIFICAR A

AUTENTICIDADE E A CORREÇÃO DA TRANSCRIÇÃO;

2ª É uma GARANTIA AO LEITOR/EXAMINADOR de que há

compatibilidade entre os argumentos do pesquisador/orientando e as passagens

selecionadas; é uma garantia de que a escolha não foi aleatória ou

inconsistente.

POR ESSA RAZÃO DEVE-SE EVITAR, SEMPRE QUE POSSÍVEL, O USO DE

CITAÇÕES LIVRES (que não indicam o LUGAR EXATO DE ONDE SE EXTRAIU

ALGUMA PASSAGEM AUTORAL, NEM PRESERVAM A ORIGINALIDADE DAS

IDÉIAS DO AUTOR LIDO).

COMO INDICAR?

1) SISTEMA AUTOR, DATA/AUTOR, OBRA 1 (A lista das obras utilizadas

obedecerá ao critério de ORDEM ALFABÉTICA INDIRETA).

EXEMPLO para citações textuais / diretas:

Desde então o paradigma moral é pendular: da repressão pura e simples dos

prazeres à sua racionalização. A verdade: noção de equilíbrio de forças que regula

as ações humanas. Os adversários – grupos, indivíduos, nações ou classes – desde

1 Esse SISTEMA é chamado AUTOR/DATA ou AUTOR/OBRA. Seu uso permite uma entrada mais direta e econômica. No entanto, o pesquisador pode utilizar (o que em algumas instituições é comum) o sistema NUMÉRICO (na nota de rodapé COMO RECURSO INDICATIVO DE FONTE.). Nesse caso, o critério é o seguinte: o primeiro registro da referência/fonte bibliográfica deverá ser completo e na ordem indireta. Ex: HOBBES, Thomas. Elements of Law. Oxford: Oxford Press University, 1957, p. 34. Cf. QUADRO DE EXPRESSÕES LATINAS!

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que tenham forças equivalentes – firmam contratos entre si. A regra moral:

qualquer costume é melhor do que costume algum. Isso, ainda, é verdadeiro? A

moral torna-se violência. Mas essa violência é boa, virtuosa e digna:

O levante dos escravos na moral começa quando o ressentimento mesmo se torna criador e pare valores: o ressentimento de seres tais, aos quais está vedada a reação propriamente dita, o ato, e que somente por uma vingança imaginária ficam quites. Enquanto toda moral nobre brota de um triunfante dizer-sim a si próprio, a moral de escravos diz não, logo de início, a um ‘fora’, a um ‘outro’, a um ‘não-mesmo’: e esse ‘não’ é seu ato criador. Essa inversão do olhar que põe valores – essa direção necessária para fora, em vez de voltar-se para si próprio pertence, justamente, ao ressentimento: a moral de escravos precisa sempre, para surgir, de um mundo oposto e exterior,precisa, dito fisiologicamente, de estímulos externos para em geral agir – sua ação é, desde o fundamento, por reação (NIETZSCHE, 1982:57).

EXEMPLO para citações livres / indiretas:

Os fundamentos para o desenvolvimento e para a ruptura com o ciclo de

miséria e atraso são conhecidos e universais: pode-se escolher a via implacável ou

a via amigável (SEN, 2000). A primeira preconiza a geração de estabilidade

macroeconômica (política de câmbio previsível; taxas de juros reais; taxas de

inflação baixas; políticas fiscais conseqüentes; baixa capacidade ociosa das

empresas; um consistente balanço em conta corrente e um sistema financeiro

regulado); por sua vez, tais condições favoreceriam o que se chama de eficiência

microeconômica (competitividade das empresas, investimentos em capital

humano, novas formas de gestão etc.) e de abertura da economia para o comércio

internacional. Um processo que deve resistir aos clamores sociais, direitos civis e

políticos, se for o caso (DELFIM NETTO, 1999).

2) SISTEMA NUMÉRICO (Entrada em RODAPÉ; A lista das obras

utilizadas obedecerá ao critério de ENTRADA POR ORDEM NUMÉRICA NO

FINAL DO TRABALHO).

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EXEMPLO para citações textuais / diretas:

O levante dos escravos na moral começa quando o ressentimento mesmo se torna criador e pare valores: o ressentimento de seres tais, aos quais está vedada a reação propriamente dita, o ato, e que somente por uma vingança imaginária ficam quites. Enquanto toda moral nobre brota de um triunfante dizer-sim a si próprio, a moral de escravos diz não, logo de início, a um ‘fora’, a um ‘outro’, a um ‘não-mesmo’: e esse ‘não’ é seu ato criador. Essa inversão do olhar que põe valores – essa direção necessária para fora, em vez de voltar-se para si próprio pertence, justamente, ao ressentimento: a moral de escravos precisa sempre, para surgir, de um mundo oposto e exterior, precisa, dito fisiologicamente, de estímulos externos para em geral agir – sua ação é, desde o fundamento, por reação. '

' NIETSCHE, Friedrich. Para além de bem e mal. 4a. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1980, p. 40.

EXEMPLO para citações livres / indiretas:

Os fundamentos para o desenvolvimento e para a ruptura com o ciclo de miséria e

atraso são conhecidos e universais: pode-se escolher a via implacável ou a via

amigável. ' A primeira preconiza a geração de estabilidade macroeconômica

(política de câmbio previsível; taxas de juros reais; taxas de inflação baixas;

políticas fiscais conseqüentes; baixa capacidade ociosa das empresas; um

consistente balanço em conta corrente e um sistema financeiro regulado); por sua

vez, tais condições favoreceriam o que se chama de eficiência microeconômica

(competitividade das empresas, investimentos em capital humano, novas formas de

gestão etc.) e de abertura da economia para o comércio internacional. Um

processo que deve resistir aos clamores sociais, direitos civis e políticos, se for o

caso. ²

¹ SEN, 2000.

² DELFIM NETTO, 1999.

Quadro 1 – Expressões latinas (só deverá ser utilizado no

SISTEMA NUMÉRICO)

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Abreviatura Utilização Exemplo

Apud (citado por, conforme, segundo)

Única expressão latina que pode ser usada tanto no texto como em notas de rodapé

Atanasiu et al. (1951 apud REIS; NÓBREGA, 1956,

p. 55).

Idem ou Id. (do mesmo

autor)

Usada em substituição ao nome do autor, quando se tratar de citação de diferentes obras de um mesmo autor e/ou a mesma obra.

1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA, 1999.

2 Idem, 2000. 3 SARMENTO, 1978. 4 Id. 1987. 5 Id.

Ibidem ou Ibid. (na mesma

obra)

Usada em substituição aos dados da citação anterior, pois o único dado que varia é a página.

1 ANDRADE, M. M. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação. São Paulo: Atlas, 1999. 2 Ibid., p. 89 3 Ibid., p. 150

Opus citatum ou op. cit.

(obra citada)

Usada no caso de obra citada anteriormente, na mesma página, quando houver outras notas.

1 SALGUEIRO, 1998, p. 19. 2 SMITH, 2000, p. 213. 3 SALGUEIRO, op. cit., p. 40-43. 4 SMITH, op. cit., p. 376.

Passim ou passim

(aqui e ali, em diversas

passagens)

Usada em informação retirada de diversas páginas do documento referenciado.

1 QUEIROZ, 1999, passim. 2 SANCHEZ; COELHO, 2000, passim.

Loco citato ou loc. cit. (no

lugar citado)

Usada para designar a mesma página de uma obra já citada anteriormente, com ou sem intercalação de notas.

1 FIGUEIREDO, 1999, p.19. 2 SANCHEZ; CARAZAS, 2000, p. 2-3. 3 FIGUEIREDO, 1999, loc. cit. 4 SANCHEZ; CARAZAS,

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2000, loc. cit.

Confira ou Cf. (confronte)

Usada como abreviatura para recomendar consulta a um trabalho ou notas.

1 Cf. GOMES, 1999, p. 76-99. 2 Cf. nota 1 deste capítulo.

Sequentia ou et seq.

(seguinte ou que se segue)

Usada em informação seguinte ou que se segue. Usada quando não se quer citar todas as páginas da obra referenciada

1 GOMES, 1999, p. 76 et seq. 2 FOUCAULT, 1994, p. 17 et seq.

ATENÇÃO! O uso EXCESSIVO de CITAÇÕES LIVRES compromete a credibilidade

do trabalho, lançando dúvidas sobre a autenticidade das referências/indicações ou,

até mesmo, sobre a correta ANÁLISE e INTERPRETAÇÃO DO MATERIAL LIDO.

FAÇA-O COM PARCIMÔNIA.

TODAS AS TRANSCRIÇÕES TEXTUAIS SERÃO REDIGIDAS EM PORTUGUÊS.

O PESQUISADOR DEVERÁ SE INCUMBIR DA TRADUÇÃO OU, ENTÃO, INDICAR

AUTOR E OBRA AOS QUAIS RECORREU.

Referências bibliográficas (SISTEMA AUTOR/DATA):

Em linhas gerais, as referências bibliográficas devem aparecer da seguinte

forma:

a) Ordem indireta por AUTOR;

b) Apresentação básica: sobrenome do autor. Título da obra (original entre

parênteses). Edição. Local de publicação: editora, ano de publicação.

c) O sobrenome poderá ser anotado em NEGRITO e MAIÚSCULO; o título da obra

será anotado em ITÁLICO, NEGRITO OU SUBLINHADO;

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d) Para outras obras do mesmo autor não se exige a repetição do nome. Basta

registrar na linha inferior um traço de oito toques e ponto final. Ex: ______.

e) No caso de obras do mesmo autor e diferentes anos de publicação, deve-se

utilizar entre ( ) letras do alfabeto. Ex: 1998 (a), 1998 (b) e assim por diante;

f) Em geral, indica-se o nome do(s) tradutor (es) no fim da referência.

g) Os nomes de dois ou mais autores são separados por ponto e vírgula; mais de

três autores, usar a expressão “e outros” ou a expressão latina et al.

(preferencialmente em itálico);

h) Obras estrangeiras serão registradas/anotadas na língua originária;

i) A referência possui os elementos separados entre si por ponto (.) seguido de

dois espaços (autor, título, edição e local de publicação). Depois, o uso de

vírgula (,) para separar a editora, ano da publicação e na separação do

sobrenome do autor;

j) Uso do hífen (-): para ligar as páginas iniciais e finais de uma parte de livro ou

periódicas; para as datas da publicação pode-se utilizar o hífen ou a barra ( / );

k) Uso da barra (/): para separar os períodos dos fascículos referenciados;

l) Uso do colchete [...]: emprego necessário quando se faz a supressão do título ou

de passagens do texto citado;

m) Os títulos de parte da obra / parte de periódicos etc. são indicados sem qualquer

recurso gráfico.

n) Entrelinhamento na indicação/obra referenciada deve ser SIMPLES;

o) As indicações dos meses (para os periódicos) respeitarão o registro

original. Exemplos:

Inglês (jan, feb. mar. apr etc.).

Francês (jan. fév. mars. avr. etc).

Português (jan. fev. mar. abr. maio etc.).

Espanhol (ene. feb. mar, abr, mayo etc.).

Italiano (gen, feb, mar, apr, mag, giug, giul etc)

Alemão (jan, feb, mar, apr, mai, juni, jule etc).

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Exemplos de referências bibliográficas

Artigo científico

ALMEIDA NOGUEIRA, Sônia Martins de. Estado Nacional, Democracia e Instrução Pública. Ensaio – Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro: Fundação Cesgranrio 1(3), p. 31-39, abr./jun. 1994. LAUGLO, Jon. Crítica às prioridades e estratégias do Banco Mundial para a Educação. (Banking on Education and the uses of research. A critique: World Bank priorities and strategies for education). Cadernos de Pesquisa, nº 100, p. 11-36, mar. 1997.

Artigo em revista científica FINE, Ben; SAAD FILHO, Alfredo. Políticas industriais, finanças e desenvolvimento: uma introdução crítica à literatura recente. In: LIMA, Mario José de (org.). Cadernos PUC - Economia (Crise e Desenvolvimento), v. 8, p. 49-78, jan. 1999.

Artigo em jornal HABERMAS, J. Nos limites do Estado. Folha de S. Paulo, São Paulo, 18 jul. 1999, Caderno Mais!, p. 3.

Documentos oficiais ARGENTINA. Ley Federal de Educación. BOLETIN OFICIAL DE LA REPUBLICA ARGENTINA. Buenos Aires, nº 27.632, 1ª sección, 1993. MEC/INEP/SINED. Boletim de indicadores educacionais – Fontes Estatísticas Educacionais. Brasília, volume 3, 1995. MINISTÉRIO DE CULTURA Y EDUCACIÓN. Protocolos del Mercosur: sector educativo. Buenos Aires, Dirección Nacional de Cooperación e Integración Educativa Internacional, 1991-1999. UNESCO. Statistical Yearbook 1997. Paris: UNESCO e Lanham, Maryland: Bernan Press, 1997.

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WORLD BANK. Educational change in Latin America and the Caribbean – Social and Human Development. Washington: World Bank Press, 2000.

Dois autores

BECCARIA, Luis; LÓPEZ, Néstor . Sin trabajo: las características del desempleo y sus efectos en la sociedad argentina. Buenos Aires: UNICEF/Losada, 1996.

Livro no todo (repetindo o autor) AMIN, Samir. El Capitalismo en la era de la globalización. Barcelona: Paidós Ibérica, 1999. Trad. Rafael Grasa. ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1979. Trad. Celso Lafer. _______. A Condição Humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1981. Trad. Roberto Raposo.

Livro (em parte) ARRUDA, Marcos. ONGs e o Banco Mundial: é possível colaborar criticamente? In: DE TOMMASI, Lívia; WARDE, Miriam Jorge; HADDAD, Sérgio (orgs.). O Banco Mundial e as Políticas Educacionais. São Paulo: Cortez Editora/Ação Educativa/PUC-SP, 1996. BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos; CUNILL GRAU, Nuria. Entre o Estado e o mercado: o público não-estatal. In: BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos, CUNILL GRAU, Nuria (orgs.). O público não-estatal na reforma do Estado. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1999.

Periódico (no todo) CONJUNTURA ECONÔMICA. Volume 54, número 2, fevereiro/2000.

Periódico (em parte) REVISTA REPÚBLICA - Primeira Leitura. A Argentina e o pacto com o diabo. Ano 5, nº 51, janeiro/2001, p. 18-36.

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Seriados ANUARIO SOCIAL Y POLÍTICO DE AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. Cuadernos FLACSO, año 2, 1998.

Teses BARCELOS, M.F. P. Ensaio tecnológico, bioquímico e sensorial de soja e guandu enlatados no estádio verde e maturação de colheita. 1998. 160 p. Tese (Doutorado em Nutrição) – Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

Trabalho apresentado em evento

SOUZA, L.S.; BORGES, A.L.; REZENDE, J.O. Influência da correção e do preparo do solo sobre algumas propriedades químicas do solo cultivado com bananeiras. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 21-7-1994, Petrolina, Anais... Petrolina, PE: EMBRAPA, CPATSA, 1994, p. 3-4.

Para referências eletrônicas consulte material próprio na pasta do PROFESSOR. Em todo o caso, seguem dois exemplos dos mais comuns:

Artigo Publicado em Meio Eletrônico

KELLY, R. Electronic publishing at APS: its not just online journalism. APS News Online, Los Angeles, Nov. 1996. Disponível em: <http://www.aps.org/apsnews/1196/11965.html> . Acesso em: 25 nov. 1998.

Trabalho de Congresso Publicado em Meio Eletrônico SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÌFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: UFPe, 1996. Disponível em: <http://www. propesq. ufpe.br/ anais/anais/educ/ce04..htm> . Acesso em: 21-1-1997.

NOTE BEM: NÃO É PRECISO INDICAR NA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA A

PRIMEIRA EDIÇÃO DA OBRA.

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Obras consultadas: CERVO, Amado Luis; BERVIAN, Pedro. Metodologia científica. São Paulo: Makron Books, 1992. KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica. 7a.ed. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 1982. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Diretrizes para apresentação de dissertações e teses da USP: documento eletrônico e impresso – Parte I (ABNT). 2a. ed. rev. amp. São Paulo: Sistema integrado de Bibliotecas da USP, 2009.