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I. INTRODUÇÃO

Secretários Municipais de SaúdeO Conselho Federal de FISIOTERAPIA e TERAPIA OCUPACIONAL - COFFITO,

tem a honra de apresentar o MANUAL DE INSERÇÃO DO FISIOTERAPEUTA E TERAPEUTA OCUPACIONAL NOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO À SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL. Esse manual é composto pelas normati zações (leis, resoluções, portarias, entre outros) que alicerçam e orientam a proposição de projetos para a captação de recursos e a implantação de Estratégias, conforme o regimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e Sistema Único da Assistência Social (SUAS).

O Sistema Público de SaúdeNesse manual, os programas, estratégias e serviços apontados são

subsidiados pelos princípios e diretrizes do SUS (Sistema Único de Saúde) e SUAS (Sistema Único de Assistência Social), garanti dos pela Consti tuição Brasileira, pela Lei Orgânica da Saúde 8080/90, pela Lei Federal 8142/ 90 e por outras legislações. A Lei 8080/90 dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde; a organização e o funcionamento dos serviços e estabelece os papéis das três esferas do governo. A Lei 8142/90 dispõe sobre a parti cipação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos fi nanceiros na área da saúde, e a Lei Nº 12.435/ 2011, que dispõe sobre a organização da Assistência Social.

Entenda melhor quais são e como são caracterizados os três níveis de atenção à saúde no Brasil no site htt p://portal.saúde.gov.br/portal/sas/mac/default.cfm

II. ESTRATÉGIAS PARA AMPLIAÇÃO E FORTALECIMENTO DO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL / INSERÇÃO PROFISSIONALServiços e Programas do SUS/SUAS, com a presença de � sioterapeutas e/ou terapeutas ocupacionais

1. Atenção Básica em Saúde da Família (ESF) Em acordo com os preceitos do SUS, tem como objeti vos possibilitar acesso universal à saúde, efeti var a integralidade das ações da Atenção Básica (AB), promover o cuidado integral e contí nuo ao usuário (família e comunidade), esti mular o controle social e a parti cipação popular, contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira, e ampliar o acesso à Atenção Básica. A Estratégia Saúde da Família recebe o apoio de estratégias da rede de serviços, com sua abrangência ampliada e maior resoluti vidade.

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Implantação Estratégia Saúde da Família (ESF)Segundo fl uxo para implantação e credenciamento das equipes de AB,

defi nido pela Portaria GM/MS nº 2.887/2012, as diretrizes gerais da Políti ca de Atenção Básica por meio do Plano de Saúde deverão estar aprovados pelo respecti vo Conselho Municipal de Saúde.

Saiba mais em: htt p://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/passo_a_passo_dab.pdf

2. Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Nessa estratégia há a possibilidade de inserção de fi sioterapeuta e terapeuta ocupacional. São equipes compostas por profi ssionais de diferentes áreas de conhecimento, atuam em parceria com os profi ssionais das Equipes Saúde da Família - eSF com o objeti vo de ampliar a abrangência das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da Estratégia de Saúde da Família na rede de serviços e o processo de territorialização e regionalização a parti r da atenção básica. Portaria-MS nº 154, 2008 e Portaria-MS nº 2.488, 2011.

Implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) As prefeituras devem criar esses núcleos enviando uma solicitação à

Secretaria Estadual de Saúde. O município escolhe cinco diferentes profi ssionais da área da saúde para auxiliar no atendimento à população. O objeti vo é ampliar a assistência e a qualifi cação do Sistema Único de Saúde (SUS). Os fi sioterapeutas e os terapeutas ocupacionais são fundamentais nesse trabalho. Portaria-MS nº 2.887, de 20 de dezembro de 2012.

Para efeito de repasse de recurso federal, poderão compor os NASF: profi ssional/professor de educação fí sica, nutricionista, fi sioterapeuta, terapeuta ocupacional, farmacêuti co, assistente social, psicólogo, fonoaudiólogo, médico psiquiatra, médico ginecologista, médico pediatra, médico acupunturista, médico homeopata, médico ginecologista/obstetra, médico geriatra, médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, profi ssional com formação em arte e educação (arte educador) e profi ssional de saúde sanitarista. São competências das Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal: identi fi car a necessidade e promover a arti culação entre os Municípios, esti mulando, quando necessário, a criação de consórcios intermunicipais para implantação de NASF 1 entre os Municípios que não ati njam as proporções esti puladas. Saiba como implantar em dab.saude.gov.br/portaldab/nasf_perguntas_frequentes.php

3. Programa Academia da Saúde Possibilita a inclusão de fi sioterapeuta e terapeuta ocupacional, que atuam com a promoção do cuidado integral, fortalecimento de ações de promoção da saúde e produção do cuidado por meio da uti lização de pólos do Programa Academia da Saúde, Portaria-MS nº 1.707, de 23 de setembro de 2016.

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4. Programa Consultório na Rua Esse programa possibilita a inclusão do terapeuta ocupacional que nesse programa trabalha com Atenção integral à saúde para população de rua em condições de vulnerabilidade - Portaria-MS nº 1.029, 2014.

5. Programa Saúde na Escola o terapeuta ocupacional atua na inclusão escolar e na acessibilidade, integração da saúde e educação para o desenvolvimento da cidadania e da qualifi cação das políti cas públicas.

6. Práticas Integrativas e Complementares do SUS Essas práti cas envolvem a inserção do fi sioterapeuta e terapia ocupacional. Os profi ssionais uti lizam recursos terapêuti cos que esti mulam mecanismos naturais de prevenção e recuperação da saúde. Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Fitoterapia, Termalismo Social/Crenoterapia, Biodança/Dança Circular, entre outras, fazem parte dessas práti cas. Portaria-MS nº 145, de 11 de janeiro de 2017.

7. Serviço de Atenção Domiciliar (Melhor em Casa) Serviço complementar aos cuidados da Atenção Primária à Saúde ou urgência, substi tuti vo ou complementar à internação hospitalar. O fi sioterapeuta ou terapeuta ocupacional atua em Equipes Multi profi ssionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multi profi ssionais de Apoio (EMAP). Portaria-MS nº 825, de 25 de Abril de 2016.

8. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional Nessa Políti ca de Saúde temos o Serviço de avaliação e acompanhamento de medidas terapêuti cas aplicáveis à pessoa com transtorno mental. O serviço, deve ser consti tuído por equipe interdisciplinar com cinco profi ssionais, sendo o terapeuta ocupacional um deles, preferencialmente. Portaria-MS nº 94, de 14 de janeiro de 2014.c

9. SUAS (Sistema Único de Assistência Social) - Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Serviço desti nado à arti culação da rede socioassistencial no território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. Nesse serviço, o terapeuta ocupacional atua preferencialmente na Gestão do SUAS e/ou nas Equipes de Referência, prevenção de ruptura de vínculo familiar, amplia a rede de suporte social, constrói ati vidades de parti cipação comunitária. Lei nº 12.435, 20 - NOB-RH, 2009 e Resolução CNAS nº 17, de 20 de junho de 2011.Saiba mais em www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/portal.php/assistencia_enti dades_sociais

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10. Centro de Atenção Psicossocial Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I, CAPS II e CAPS III atendem pessoas de todas as faixas etárias que apresentem, prioritariamente, intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoati vas. CAPS AD e CAPS AD III atendem pessoas de todas as faixas etárias que apresentem, prioritariamente, intenso sofrimento psíquico decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas. CAPS AD III funciona 24h. CAPS i atende crianças e adolescentes nas mesmas condições descritas no CAPS I, II ou III. Os repasses federais da Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade serão realizados mediante transferência pelo Fundo Nacional de Saúde para os respecti vos fundos de saúde e para estabelecimentos de saúde cadastrados no SCNES. O instrumento de registro dos procedimentos a ser uti lizado será o RAAS (Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde) da Atenção Psicossocial.* Implantação do Centro de Atenção Psicossocial - CAPS

Saiba mais em htt p://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2015/outubro/20/12-edicao-do-Saude-Mental-em-Dados.pdf

11. O� cina Ortopédica Consti tui-se em serviço de dispensação, de confecção, de adaptação e de manutenção de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (OPM). Fisioterapeuta e terapeuta ocupacional trabalham com tecnologia assisti va, acessibilidade, inclusão social. Portaria-MS nº 835, 2012. Possibilidade de inclusão. Média complexidade SUAS - (Proteção Social Especial).

12. Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) Prestação de serviços em risco pessoal ou social, quando há violação de direitos ou conti ngência. NOB-RH, 2009 e Resolução CNAS nº 17, de 20 de junho de 2011. Os terapeutas ocupacionais atuam na gestão do SUAS e/ou equipe de referência, organização do coti diano, parti cularizar promoção de direitos, prevenir a ruptura de vínculos, favorecer o acesso a oportunidades, fortalecer a função proteti va. Lei nº 12.435, 2011.

13. Unidade de Terapia Intensiva Adulto e Pediátrico O fi sioterapeuta é responsável técnico, plantonista, membro da equipe multi profi ssional. O terapeuta ocupacional pode ser inserido. De acordo com a Resolução-RDC nº 7, de 24 de fevereiro de 2010 (UTI) - Fisioterapeuta: 1 para cada 10 leitos, nos três períodos (18 horas), 1 plantonista em tempo integral. Segundo o Art. 18: o terapeuta ocupacional deve ser garanti do à beira do leito e no Art. 21: Todo paciente internado em UTI deve receber assistência integral e interdisciplinar.

5*PORTARIA Nº 3088, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011 (REPUBLICADA EM 21 DE MAIO DE 2013), PORTARIA Nº 854, DE 22 DE AGOSTO DE 2012 E PORTARIA Nº 3.089, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011.**PORTARIA Nº 130, DE 26 DE JANEIRO DE 2012

14. Centro Especializado em Reabilitação (CER) Nesse serviço, a habilitação e reabilitação visam garanti r o desenvolvimento de habilidades funcionais das pessoas com defi ciência para promover sua autonomia e independência. O Plano Viver sem Limite iniciou a implantação de Centros Especializados em Reabilitação - CER para ampliar o acesso e a qualidade desses serviços no âmbito do SUS. A implantação desses centros pode se dar por meio de novas construções ou por qualifi cação mediante reforma, ampliação, aquisição de equipamentos e reforço de pessoal. O serviço compõe o Plano Viver sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Defi ciência, insti tuído pelo Decreto 7.612/2011 que ressalta o compromisso do Brasil com a Convenção da ONU para os Direitos das Pessoas com Defi ciência.

Implantação do Centro Especializado em Reabilitação - CERO Ministério da Saúde disponibiliza uma série de recursos de investi mento para a construção dos CER, bem como recursos de custeio mensais para a manutenção dos serviços de reabilitação habilitados pelo Ministério da Saúde e contratação dos profi ssionais que compõem a equipe multi profi ssional de reabilitação.As propostas de Estados e Municípios, referentes à implementação de Centros Especializados em Reabilitação, deverão constar nos Planos de Ação Regional e Estadual da Rede de Cuidados à Pessoa com Defi ciência, que são elaborados e pactuados pelos gestores de saúde estaduais e municipais. Os Planos de Ação serão encaminhados à Coordenação Geral de Saúde da Pessoa com Defi ciência, do Ministério da Saúde, para análise e devidas providências para implementação, fi nanciamento, monitoramento e avaliação da Rede nos territórios.

Ministério da Saúde - Nome: Coordenação - Geral de Saúde da Pessoa com Defi ciência Tel. (61) 3315-6238 - E-mail: pessoacomdefi [email protected]

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15. Redes Estaduais – Cardiovascular O profi ssional fi sioterapeuta e terapeuta ocupacional atuam na prestação de assistência em procedimentos mais complexos nas Unidades de Assistência e nos Centros de Referência. Portaria-MS nº 210, 2004 - (Políti ca Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade).

16. Atenção à Pessoa com Doença Neurológica O profi ssional fi sioterapeuta esta inserido na equipe básica nas Unidades de Assistência em Neurocirurgia e nos Centros de Referência em Neurologia Portaria SAS/MS nº 756, de 27 de dezembro de 2005 (Políti ca Nacional de Atenção ao Portador de Doença Neurológica).

17. Traumato-Ortopedia Unidades de Assistência em Neurocirurgia Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais atuam no Apoio Multi profi ssional dos Centros de Referência em Neurologia. Portaria-MS nº 90, 2009 (Políti ca Nacional de Atenção de Alta Complexidade em Traumato-Ortopedia)

18. Linha de Cuidado ao Trauma Atenção Hospitalar Estratégia onde o fi sioterapeuta atua nas Unidades de Atenção Especializada, Serviços de Reabilitação Ambulatorial e Hospitalar e pelos Hospitais com habilitação em Centro de Trauma (CT) Tipo I, Tipo II e Tipo III. Portaria-MS nº 2.395, 2011 Manual Instruti vo da Atenção ao Trauma.

19. Alta Complexidade SUAS (Proteção Social Especial) Atuação nos Serviços de acolhimento insti tucional, Abrigo, Casa Lar, Casa de Passagem, Residência Inclusiva, acolhimento em república, acolhimento em Família Acolhedora, proteção em situações de calamidade pública e de emergência. Lei nº 12.435, 2011. A terapia ocupacional trabalha na gestão do SUAS e/ou equipe de referência, escuta ati va, signifi cação do coti diano, empodera, promove o respeito e exercício de direitos e deveres, favorece condições de inclusão no social, promove a auto-valorização, apoia e provê projetos de vida. NOB-RH, 2009 e Resolução-CNAS nº 17, de 20 de junho de 2011.

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