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CASA OFICINA ANTÓNIO CARNEIRO 13.06—13.07.2012 AQUI PERMANEÇO, ESPAÇO DE GUERRA HUGO FLORES PAULO MAIAS

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Page 1: HUGO FLORES PAULO MAIAS - residencias.fba.up.ptresidencias.fba.up.pt/files/floresmaias.pdf · permitindo ainda conhecer mais aprofundadamente a obra de uma grande referência nacional,

C A S A O F I C I N A A N T Ó N I O C A R N E I R O

1 3 . 0 6 — 1 3 . 0 7. 2 0 1 2 A Q U I P E R M A N E Ç O ,E S P A Ç O D E G U E R R A

H U G O F L O R E SP A U L O M A I A S

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OLHAR ANTÓNIO CARNEIRO

Uma das possibilidades que os Artistas nos legam, é a capacidade de os podermos olhar e interpretar de tantos modos e de tantas ma-neiras e processos, quanto maior a sua qualidade e capacidade de significação.

Comprometeu-se a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com a Camara Municipal do Porto a quem está entregue este tão importante quanto significativo património que foi oficina e residência de um dos notáveis artistas portugueses do séc. XX, António Carneiro, a dinamizar na que chamamos COAC, Casa Ofic-ina António Carneiro, uma programação de Artistas em Residência e respetivas Exposições, no caso estudantes da Faculdade com es-pecial preparação e forte motivação. Assim, deixaria de ser a visita nostálgica tão só, a um passado que se respeita, mas o olhar inqui-etante e prospetivo que novas gerações propõem a novas gerações de artistas, celebrando sempre o antigo professor desta Faculdade que foi António Carneiro, ao mesmo tempo que renovam o imag-inário que sobre ele se reconstrói.

Sem retirar qualquer valor e dimensão a tão significativa obra no contexto da pintura portuguesa e europeia, pena que os outros europeus não a conheçam, este projeto em boa hora assinado entre as duas instituições, vem mostrar, isso mesmo: o quanto há a fazer para que saibamos quem somos e o que queremos!

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H U G O F L O R E SSe não existe futuro sem memória, também ela por si só de nada serve, sem um presente revigorante e empreendedor tanto de de-sejo, quanto de realizações, como aquelas que hoje testemunhamos através do olhar de duas estudantes da Faculdade: Mariana Moran-duzzo e Ana Oliveira.

Reconhecimento pelo modo como a Autarquia tem colabora-do com a Faculdade nos é devido salientar, na pessoa da Senhora Professora Doutora Guilhermina Rego, assim como à Professora Doutora Graciela Machado, coordenadora deste programa de residências os nossos agradecimentos, extensivos a toda a equipa que torna possível este projeto que abraçamos e que queremos con-tinuar, para prestígio do Artista que nos acolhe em sua casa, e para a divulgação da Cidade e do País, através do seu maior valor: A Arte e a Cultura.

Francisco LaranjoDiretor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

E S P A Ç O D E G U E R R A

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D O M I N G O S L O U R E I R OTutora

A R E S I S T Ê N C I A D O S E R ( A R T I S T A )

«Ser artista em Portugal é um ato de fé» é o nome de uma obra de Carla Cruz de 2003, um postal turístico onde a artista se apresenta a saltar do tabuleiro inferior da Ponte Luiz I, no Porto, arriscando a vida, tal como o fazem as crianças da Ribeira que saltam desse mesmo lugar para o sombrio rio Douro em troca de moedas que os turistas lhes dão. Carla Cruz frequentou a FBAUP e tal como Hugo Flores a sua obra foca-se nos processos identitários da criação artística e na sua relação com a resistência em se ser artista.

A residência artística da Casa Oficina António Carneiro é uma rara oportunidade de estímulo à criação, com forte incentivo ao desenvolvimento de projetos de investigação, sendo um elemento valorizador anexo ao lecionado na licenciatura da FBAUP permitindo ainda conhecer mais aprofundadamente a obra de uma grande referência nacional, o pintor António Carneiro.

Não será visível, num primeiro olhar, a relação entre a obra de António Carneiro e a de Hugo Flores já que este manteve-se fiel ao projeto artístico iniciado no curso de pintura da faculdade mas será possível perceber que essa relação existe como mais tarde se apresenta.

No conjunto de obras são sempre observáveis dois aspetos distintos: a provocação e a autocritica. A primeira tem a

capacidade de interpelar o espectador e a segunda resulta da forma crua como aborda a condição do artista enquanto mártir (designação vulgar na religião católica e na prática militar em situação de guerra). O aspeto auto e exo crítico sobre a condição do artista demonstra o universo consciente de Flores e a utilização de metáforas militares e religiosas na construção das suas obras permitem perceber a amplitude do seu pensamento e remetem não para um interesse religioso da obra de arte, mas para a motivação ideológica de que ser-se artista seja um ato motivado pela fé.

Ao colocar um conjunto de caixas de esmola, comuns em igrejas e espaços de culto, onde o peditório tem como destino o artista surgem as seguintes interpretações: a dificuldade em conseguir fundos para a produção de objetos; a necessidade de continuar a acreditar sem se ver (fé); a interpelação do espectador para que interventivo no processo criativo, financiando, apoiando, participando. Observa-se a importância do público na construção das obras de Hugo Flores pela necessidade da interação. Público que pode recolher uma arma numa outra obra exposta e alvejar o artista, as obras ou a exposição, evidenciando o lado desprotegido em que o artista se apresenta quando expõe, dando o corpo às balas.

Esta vulnerabilidade ao público (ou ao contexto) acaba por ser o principal ponto de tangência com a vida e obra de António Carneiro, já que a proficiência e avanço das ideias de Carneiro acabam por esbarrar num contexto menos preparado para a contemporaneidade dos seus primeiros projetos, tal como em «A Vida: a Esperança, o Amor, a Saudade, 1899-1901», obra de referência do simbolismo nacional só possível de encontrar

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H U G O F L O R E S

Este conjunto de trabalhos são a tradução mais imediata do atual pensamento de um finalista de um curso de Belas Artes, acerca da sua própria identidade enquanto estudante e futuro artista. Sem nunca querer parecer dogmático, apresenta objetos e ações em que a sua natureza é mais reflexiva do que provocatória ou politica.

Seja o trabalho qual for, é sempre um trabalho resultante de uma reflexão do artista, muitas das vezes, mais elaborada que o próprio objeto, objeto esse que quando finalizado é posto à prova nos meios de divulgação, como a galeria de arte, pelos olhares mais ou menos conhecedores do seu sentido e forma, como críticos, o mercado ou o público.

Desta avaliação resultará o comentário indispensável, que vai ditar em certas ocasiões a morte da individualidade criativa, for-çando certos artista ao travestismo do seu trabalho e da sua prá-tica. Num mundo saturado de imagens o artista desenvolve uma estratégia não só em torno do seu trabalho artístico, mas também na sua campanha, às vezes furtivo e perversa de auto-divulgação, mediatizando o seu trabalho e, mais importante do que isso, o seu nome para ascender à categoria de estrela. Andy Warhol, Buren, Philpp Thomas e Sherrie Levine foram algumas das personagens que trabalharam dentro desta própria maneira de pensar o estatu-to de artista.

par nas obras de Puvis de Chavannes, ou nas obras futuras de António Carneiro, em especial as paisagens. Ao projeto ambicioso de Carneiro interpôs-se um contexto burguês e ignorante que leva a que este fique reconhecido pela sua obra de encomenda de teor clássico e retrato. Apenas um espirito resistente e convicto permitiu desenvolver uma obra com a qualidade que Carneiro conseguiu mantendo publicamente uma obra que agradou (e muito) ao contexto nacional, e em paralelo, com resistência granítica realizou uma magistral obra pictórica assente na paisagem, principalmente marinhas, ou em interiores sombrios de igrejas portuenses.

Espera-se que a obra de Hugo Flores não encontre um contexto tão desfavorável, mas percebe-se que a realização de um projeto de investigação pictórico sólido pode desenvolver-se mesmo em condições menos permissíveis. O que será previsível é que Hugo se mantenha resistentemente contra todas as adversidades na defesa dos seus projetos e das suas convicções continuando a dar o corpo às balas e a acreditar estoicamente na arte.

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Este conjunto de peças procura traduzir de alguma forma a maneira como o artista (às vezes, ainda estudante) à espera do reconhecimento, é em certas circunstâncias um alvo altamente moldável e facilmente agredido por todo um sistema da arte no momento em que este divulga o seu trabalho.

E S P A Ç O D E G U E R R A

“Ofertório”instalação60x195x25 cm.

“Alvos”instalação42x215 cm.

“Armeiro”instalação200x100x30 cm.

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H U G O F L O R E S

Hugo Flores, 1989, Paredes. Finalista do curso de Artes Plásticas – Ramo Pintura, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.Participação na Exposição Toca e Foge na Casa da Cultura de Pa-redes, 2007; Projecções 2010 [O Desenho da FBAUP], Lugar do De-senho, Porto, 2010; “MIRAGENS” – Os Novos Criadores no Espaço Juvenil Norte de Portugal – Galiza, 2011.Co-realizador do documentário “Agostinho Santos”, exibido no Fantasporto 2011, Bienal de Cerveira 2011 e Imaginarius 2011.Monitor da Oficina “Ecomundo, 24 por segundo” – Universidade Júnior, Porto, 2011.Monitor da Oficina “Cinema desenhado – oficina de desenho e ilustração” na Biblioteca Almeida Garrett, 2012Residente na residência artística António Carneiro, Porto, 2012Participação na Bienal Internacional de arte jovem de Vila-Verde, 2012.

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P A U L O M A I A S

A Q U I P E R M A N E Ç O

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J O S É V A ZTutor

As pinturas de Paulo Maias devem ser vistas como uma das com-ponentes de um trabalho em desenvolvimento, que presentemente leva a cabo no mestrado de pintura da Faculdade de Belas-Artes.Enquanto imagens pintadas, são o testemunho de um esforço de familiarização com as matérias da pintura (as tintas) e os seus as-petos compositivos.

As pinturas não se esgotam porém nesta função. São também o modo como Paulo Maias entende visualizar ideias consolidadas por uma trajetória anterior dedicada ao estudo profissional da arquitetura e do património, e sobretudo ao da articulação entre espaços públicos e privados, e que o incentivou a assumir a apren-dizagem pictórica em que se encontra presentemente envolvido.

junho 2012

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P A U L O M A I A S

No trabalho desenvolvido no seio desta residência artística, pre-tendi analisar e reinterpretar o modo como a dimensão privada e pública do “self” humano se interagem e se posicionam no mundo em que as fronteiras entre estes domínios se encontram cada vez mais diluídas e são todos os dias questionadas.

Para tal, realizei uma série de obras pictóricas em que o sujeito se encontra simultaneamente num processo privado e introspec-tivo, mas pode ser observado por um eu coletivo e público. Por ve-zes o sujeito não está fisicamente, mas é sugerida a sua presença. O sujeito torna-se então protagonista de um paradoxo: é um Eu Ob-servado, mas também faz parte de um Eu Coletivo que Observa. A possibilidade de escape e resolução é diminuta, pois é deixado um rasto de fragmentos do mundo interior.

O pano de fundo é a paisagem urbana, local que promove a di-luição do individuo numa massa, mas que, devido à sua densidade, é também palco para o voyeurismo inter-individual. Os edifícios e espaços aparecem-nos em processo de degradação e transforma-ção, de modo a testemunharem a passagem de um espectro tempo-ral e refletirem também o dilema daqueles que nele habitam: como me posso posicionar num mundo em que sou simultaneamente singular e coletivo, observador e observado, presença e ausência?

Durante esta residência artística na Casa Oficina António Car-neiro, tendo por base as próprias caraterísticas do espaço, também

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permiti a entrada de sujeitos/personagens que, vivendo nos obje-tos pictóricos, vão demonstrar as possibilidades deste espaço en-quanto refugio privado e palco público. Considero que esta casa é especialmente privilegiada para a exploração desta dialética, pois acolhe simultânemanente o processo criativo do artista, íntimo e privado, como o abre ao coletivo, tornando-o público.

A Q U I P E R M A N E Ç O

“O Atelier”óleo sobre tela200x200 cm “No quarto com Hélio”óleo sobre tela200x200 cm

“Edifício com garagem”óleo sobre tela80x100 cm

“Criança brincando no carro”óleo sobre tela100x120 cm

“Uma senhora na varanda”óleo sobre tela100x200cm

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P A U L O M A I A S

Paulo Maias, concluiu em 1999 a licenciatura em Arquitetura pela FAUP e em 2004 obteve uma pós-graduação em Metodologias de Intervenção no Património Arquitetónico, na mesma instituição.Em 2007, participou no evento “Moradavaga” com o projeto “Loo-ping Archidroids Maps in Moradavaga”, no âmbito de uma inicati-va com Manfred Meccli (Univ. Técnica de Viena) e na “TCS2 – Te-chnology, Creativity and Society” com o projeto “Do archidroids accomodate electric people?”, que decorreu na Letónia e em Es-panha.Em Setembro de 2010 iniciou a frequência do Mestrado em Pin-tura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. No decorrer destes estudos, realizou as seguintes exposições: “Seen From Outside” e “Onze atrás do Mestre”, coletivas dos estudantes dos Mestrados de Pintura e PAC, na FDUP e Biblioteca Municipal de Penafiel (2011), respetivamente e “O Público e o Privado – Obje-to de Pintura”, individual na Casa da Cultura da Trofa (2012).

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Paulo Maias“Uma senhora na varanda”óleo sobre tela42x215 cm.

Hugo Flores“Armeiro”instalação200x100x30 cm.

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Paulo Maias“No quarto com Hélio”óleo sobre tela200x200 cm

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Hugo Flores“Alvos”instalação200x100x30 cm.

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E s t e c a t á l o g o f o i p r o d u z i d o p a r a a a c o m p a n h a r a e x p o s i ç ã o A q u i p e r m a n e ç o , E s p a ç o d e G u e r r a i n a u g u r a d a n o d i a 1 3 d e j u n h o d e 2 0 1 2 , n a C a s a O f i c i n a A n t ó n i o C a r n e i r o , n o f i n a l d o p r o g r a m a d e a r t i s t a e m r e s i d ê n c i a .

F I C H A T É C N I C A

C O O R D E N A Ç Ã OG r a c i e l a M a c h a d o

T U T O R E SJ o s é V a zD o m i n g o s L o u r e i r o

M O N T A G E MH u g o F l o r e sP a u l o M a i a s

T E X T O SF r a n c i s c o L a r a n j oJ o s é V a zD o m i n g o s L o u r e i r oH u g o F l o r e sP a u l o M a i a s

F O T O G R A F I AD e p a r t a m e n t o d e F o t o g r a f i a d a F a c u l d a d e d e B e l a s A r t e s d a U n i v e r s i d a d e d o P o r t o

D E S I G N D E C O M U N I C A Ç Ã OG a b i n e t e d e C o m u n i c a ç ã o d a F a c u l d a d e d e B e l a s A r t e s d a U n i v e r s i d a d e d o P o r t o

P a r a d i v u l g a ç ã o d e s t a e x p o s i ç ã o f o i p r o d u z i d a u m a e d i ç ã o l i m i t a d a d e 1 2 c a r t a z e s e m s e r i g r a f i a , i m p r e s s a n a s o f i c i n a s d a F B A U P.