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CianMagentaAmareloPreto Porto Alegre, 1.º a 15 de outubro de 2008 Ano XIV - Edição N o 523 - R$ 1,50 Votar em NEDEL é a segurança da continuação de um trabalho intenso por temas importantes para você: Princípios e valores cristãos Defesa da família Promoção da saúde Promoção da segurança Promoção do desenvolvimento Promoção do turismo Presença nas comunidades Muito trabalho pela cidade A FORÇA DAS NOVAS IDÉIAS Comitê: Rua Luciana de Abreu 272 – M.Vento – Fone 3264.9137 - Site: .www.nedel.com.br APEDIDO APEDIDO APEDIDO Jovem tem vez Lucas Vieira da Cunha (à esquer- da) é o destaque desta edição. Suas opiniões estão na página 2 APEDIDO Muito mais do que o significado literal de que o mundo está enfu- maçado pela poluição do ar, o consumismo e imediatismo estão redu- zindo, de dois a três por cento ao ano, a capacida- de de auto-recuperação dos recursos naturais do Planeta. Empurrado por um mercado alucinante que visa à maximização dos lucros a menor cus- to possível e no curto prazo, o modo de viver do homem do século 21 está tornando a Terra al- tamente insustentável em todos os seus itens mais básicos. Páginas centrais O analfabeto político O pior analfabeto é o analfabeto po- lítico. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, preço do feijão, do peixe, da farinha, da renda de casa, dos sapatos, dos remédios dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e enche o peito de ar dizendo que odeia a política. Não sabe, o idiota, que da sua igno- rância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, aldrabão, o cor- rupto e lacaio dos exploradores do povo. Bertolt Brecht - dramaturgo e poeta alemão (1898 - 1956) Dicas de como viver bem o casamento Página 3 O prestígio pessoal de Dom Vicente e a Santa Casa Contracapa

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CianMagentaAmareloPreto

Porto Alegre, 1.º a 15 de outubro de 2008 Ano XIV - Edição No 523 - R$ 1,50

Votar em NEDEL é a segurança da continuação de um trabalho intenso por

temas importantes para você:

Princípios e valores cristãos Defesa da família Promoção da saúde Promoção da segurança Promoção do desenvolvimento Promoção do turismo Presença nas comunidades Muito trabalho pela cidade

A FORÇA DAS NOVAS IDÉIAS

Comitê: Rua Luciana de Abreu 272 – M.Vento – Fone 3264.9137 - Site: .www.nedel.com.br

APEDIDOAPEDIDO

APEDIDO APEDIDO

Jovem tem vezLucas Vieira da Cunha (à esquer-da) é o destaque desta edição. Suas opiniões estão na página 2

APEDIDO

Muito mais do que o significado literal de que o mundo está enfu-maçado pela poluição do ar, o consumismo e imediatismo estão redu-

zindo, de dois a três por cento ao ano, a capacida-de de auto-recuperação dos recursos naturais do Planeta. Empurrado por um mercado alucinante

que visa à maximização dos lucros a menor cus-to possível e no curto prazo, o modo de viver do homem do século 21 está tornando a Terra al-tamente insustentável em todos os seus itens mais básicos.

Páginas centrais

O analfabeto políticoO pior analfabeto é o analfabeto po-

lítico.Ele não ouve, não fala, nem participa

dos acontecimentos políticos.Ele não sabe que o custo de vida, preço

do feijão, do peixe, da farinha, da renda de casa, dos sapatos, dos remédios dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e enche o peito de ar dizendo que odeia a política.

Não sabe, o idiota, que da sua igno-rância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, aldrabão, o cor-rupto e lacaio dos exploradores do povo.

Bertolt Brecht - dramaturgo e poeta alemão (1898 - 1956)

Dicas de como viverbem o casamento

Página 3

O prestígio pessoal de Dom Vicente e a Santa Casa

Contracapa

cidadania 2 1.º a 15 de outubro de 2008

Editorial

Fundação Pro Deo de Comunicação

Conselho DeliberativoPresidente: Dom Dadeus Grings

Vice-presidente: José Ernesto Flesch Chaves

Voluntários Diretoria Executiva

Diretor Executivo: Jorge La Rosa Vice-Diretor: Martha d’Azevedo

Diretores Adjuntos: Carmelita Marroni Abruzzi

e José Edson KnobSecretário: Elói Luiz ClaroTesoureiro: Décio Abruzzi

Assistente Eclesiástico: Pe.Attílio Hartmann sj

Diretor-Editor Attílio Hartmann - Reg. 8608 DRT/RS

Editora Adjunta Martha d’Azevedo

Revisão Nicolau Waquil, Ronald Forster

e Pedro M. Schneider (voluntários)Administração

Paulo Oliveira da Rosa, Ir. Erinida Gheller (vo-luntários), Elisabete Lopes de Souza e Davi Eli

RedaçãoJorn. Luiz Carlos Vaz - Reg. 2255 DRT/RS

Jorn. Adriano Eli - Reg. 3355 DRT/RSImpressão: Gazeta do Sul

Rua Duque de Caxias, 805 – Centro – CEP 90010-282 – Porto Alegre/RSFone: (51) 3221.5041 – E-mail: [email protected]

Ano XIV – Nº 523 – 1.º a 15/10/08

attí[email protected]

ConsCiênCia eCológiCa

Chegou

LIVRO DA FAMÍLIA 2009

Livraria Editora Padre ReusCaixa Postal, 285 - Duque de Caxias, 805 - Cep 90001-970

Porto Alegre/RS - Fone: (51)3224.0250 - Fax: (51)3228.1880E-mail: [email protected]

Site: http://www.livrariareus.com.br

Livraria Padre Reus está oferecendo a edição doLivro da Família/2009. Adquira seu exemplar ou façaseu pedido no endereço abaixo, que teremos a maior

alegria em atendê-lo. Também o Familien-Kalendar/2009está disponível.

Lembrando: a Livraria Padre Reus é representante dasEdições Loyola para o sul do Brasil.

tem vezJovem LUCAS OPITZ VIEIRA DA CUNHA

Entrevista com Lucas Opitz Vieira da Cunha que opina sobre seu futuro, família, religião e Deus. E envia uma importante mensagem aos jovens.

1. Fala um pouco de ti. Meu nome é Lucas Opitz Vieira da

Cunha, tenho 16 anos, moro em Porto Ale-gre, no bairro Chácara das Pedras. Estudo no colégio Santa Inês, no 2o ano do Ensino Médio. No momento, não estou trabalhando, mas participo do grupo de voluntariado do colégio. Tenho apenas um irmão, chamado Arthur, somos uma família colorada. Jogo futebol e baseball, duas das minhas maio-res diversões são jogar baseball e assistir a filmes.

2. O que pensas fazer no futuro? Não tenho muitos planos pro futuro, ape-

nas quero passar na faculdade de informática e conseguir um bom emprego. Várias vezes pensei em formar uma família, mas só após conseguir um bom trabalho. Gostaria de mo-rar na Europa, mas em 2010 vou viajar para Europa atrás de culturas novas e estudos.

3. O que é que tu gostas em teus pais?

Gosto deles por me entenderem e me compreenderem, além, é claro, de todo o afeto que recebo de ambos.

4. O que é que não gostas em teus pais?

O que não gosto neles é que são muito protetores, minha mãe em especial.

5.Quais são os assuntos que mais con-versas com teus/tuas amigos(as?

Conversamos sobre futebol, festas, as-suntos do colégio, filmes, jogos de vídeo games.

6. Fala de tua religião.

Sou católico, não gosto dos escândalos que vêm acontecendo em relação à pedofi-lia.

7. O que pensas de Deus? Considero Deus um grande amigo, pois

na hora em que mais necessitamos, ele nos ajuda.

8. Diga uma mensagem aos jovens.Não usem drogas, e se dirigirem, não

bebam.(Atenção: Os jovens que quiserem ser en-

trevistados enviem seu e-mail para [email protected]

Lembramos que estarão ajudando a di-fundir a Cultura Jovem no Solidário e a se co-municar com outros jovens, dando assim, um sopro de juventude em nossas páginas.)

SOS, planeta Terra chamando! O tema é recorrente, mas nunca é demais voltar a ele: ou todos assumimos nosso planeta Terra como a casa comum de todos,

ou nosso planeta tem os anos contados, literalmente. Não é chantagem emocional, não é terrorismo ecológico, não é apocalipsisimo barato ou interesseiro; é, isso sim, contribui-ção para a criação de uma consciência ecológica objetiva e honesta para salvar nossa casa do colapso final. Se não houver uma mudança de atitude por parte de todos... se a ecologia não entrar como matéria obrigatória nas escolas desde o primeiro ano do ensino fundamental... se os meios de comunicação não contribuírem com programas e cadernos especiais e baterem exaustivamente na tecla da consciên-cia ecológica, não passarão as atuais gerações sem que o colapso aconteça. Dizem os especialistas que em 20 anos teremos sérios problemas com a água e que, em 50 anos, se continuarem os atuais níveis de poluição e de exploração da Terra, a vida humana irá se extinguindo rapidamente.

O Solidário, consciente de sua missão de bem informar, de maneira ética e responsável, traz este tema nas páginas centrais desta edição e aponta para as causas que levam a este alerta geral.

Ao contrário do que muitos pensam ou acreditam, o tema da reta e responsável consciência ecológica não é novo nem recente. A matéria refere este alerta com dez preceitos eco-lógicos de um profeta, recentemente reabilitado pela Igreja, e que, para o povo do Nordeste sempre foi tido e havido como santo: Padre Cícero. Seus dez preceitos de conteúdo ecológico associam singeleza, praticidade, conhecimento de causa e terminam com um alerta que, infelizmente, vai se tornando realidade, não apenas no Nordeste, mas em todo o Brasil: “Se (o povo) não obedecer, dentro de pouco tempo, o sertão todo vai virar um deserto só”.

Além da reflexão sobre algumas das principais causas do sistemático assassinato do nosso planeta, o Solidário traz o testemunho do professor Paulo Brack, catedrático da UFRGS, um homem de esperança que alia a reflexão acadêmica com a práxis ecológica (páginas centrais).

Os destaques da contracapa são: o falecimento de Marcello Zaffari, presidente da Cia Zaffari, parceira de primeira hora do projeto do jornal Solidário; a homenagem da Câmara Municipal de Porto Alegre para dois ilustres católicos – Norberto Bozzetti e Irmão Antônio Cecchin – e para o Mensageiro da Caridade; a manifestação de José Sperb Sanseverino sobre o poder do prestígio e a probidade de Dom Vicente Scherer para o caminho da salvação da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre; e o testemu-nho do matrimônio feliz e duradouro de Marcello e Maria Marta Bidart da Silva.

família e sociedade3

1.º a 15 de outubro de 2008

Dona Pete“E aí, como está a vida de casada?” Pois é, quase um ano de casamento e ainda escuto demais essa pergunta. Família,

amigos, nem tão amigos assim, conhecidos, toda a sorte de pessoas fazem essa pergunta pra vc, principalmente qdo vc ainda não tem um ano de casamento. Devo dizer, a quem interessar possa, que a vida de casada vai muito bem, obrigada. Aliás, está saindo melhor que a encomenda e, se eu pudesse dar um conselho a quem ainda duvida da instituição “casamento”, seria: CASEM. Casem sem medo, casem com a pessoa que seu coração avisar. É verdade, ele avisa, minha gente. Ele apita como aquelas chaleiras de ferver água. Ao longo da nossa vida, temos a impressão de ouvir vários apitos assim. Confesso que me enganei várias ve-zes tb, é lógico. Eu sou humana. Eu me enganei, vcs já se enganaram, qualquer um se enganou já. O problema é qdo vc, por conveniência ou falta de esperança, resolve permanecer no erro. Assim não dá! Olha, se a chaleira não apitou e seu cabelo não arrepiou, nêga, sai fora. Sai fora pq vai melar.

“Ah, mas só com um ano de casada já sabe dis-so? Tá na lua-de-mel ainda.” Engano seu, minha flor. Lua-de-mel só dura nos últimos 30 segundos de filme de romance, qdo ainda está tocando a música e os créditos ainda não subiram. Mas engana-se quem pensa que eu vou fazer - ainda mais do que já fazem - a caveira do casamen-to. O problema é que nós mulheres temos a mania de idealizar demais a coisa. Esquecemos que tem o ou-tro lado - o marido - que é uma pessoa com suas ma-nias, seus defeitos, suas habilidades e todo aquele jeitinho meigo que nos fez apaixonar. Seu marido vai ser aquele que te faz carinho e te leva pra comer naquele restaurante que vc mais gosta, mas ele nem tanto. Vai ser aquele que vai segurar sua mão qdo vc tiver medo, vai te confor-tar qdo vc chorar, vai agüentar seus beliscões na hora do filme de terror e seus ataques histéricos na TPM. Vai ser aquele que vai fazer contas com vc, que vai planejar seu carro/casa/viagem/filhos, vai ser aquele que vai te defender de tudo e de todos, vai comprar sua briga, vai matar ratos/baratas/pernilongos às 3h da madrugada. Vai ser aquele que vai dizer que vc está linda, mesmo estando descabelada cozinhando pra ele.

Mas seu marido também vai ser aquele que vai te trazer de volta à realidade qdo vc se esquecer de que não pode comprar carro, casa, fazer 50 viagens e trazer pra casa aquela coleção liiiiinda (e que ele concorda que ficaria espetacular em vc) do shopping, tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Vai

Eu gosto de estar casadaO depoimento abaixo, de uma jovem desconhecida e publicado em um blog, vale a pena ser lido, pois testemu-

nha que o casamento é bom e dá dicas de como vivê-lo bem.

ser aquele que vai acordar descabelado, que vai ter insônia, que vai perder a hora pro trabalho e vai se estressar, vai ficar do-ente e só vai ter vc pra cuidar. Vai ser aquele que vai ficar carente tb (e pq não?) e vai pedir

colo. Vai sentir dor de barriga, vai deixar a tampa

do vaso levantada às vezes, não vai trocar o rolo de papel higiênico e

nem a pasta de dentes usada na grande maioria das vezes. Mas ainda assim, florzinha, ele continuará sendo aquele que te estende a mão, que te entende, que te aconselha, que abre mão das vontades dele pra te ver dar um sorriso. Ele vai continuar sendo aquele que te AMA.

Essa é a experiência que EU tenho pra passar. Daqui a poucos meses eu completo 1 ano de ca-sada. E, durante esse pouco tempo, passamos por um susto de uma quase-gravidez num momento delicado, onde eu me desesperei e ele se manteve calmo - e até um pouco feliz - na maioria das vezes. Passei por crises absurdas de síndrome do pânico, noites em claro, choros e medicamentos. E ele ali, fiel ao meu lado. Abrindo mão de horas preciosas de sono só pra me confortar, sem lembrar que precisaria estar de pé no dia seguinte pra trabalhar. Abriu mão de férias, preferiu vendê-las, pq assim poderia me proporcionar ainda mais conforto,

como se o que me proporciona dia após dia não fosse suficiente...

Contas temos várias. E elas chegam todos os meses, religiosamente. E são pagas, graças a Deus, religiosamente tb, antecipadas. Somos jovens, mas temos a noção de responsabilidade. Graças a Deus, fomos criados com esse conceito: honrar TODOS os compromissos.

E assim estamos seguindo com nossa vida de gente grande. Não damos um passo sem consul-tar o outro. A importância da opinião é algo vital aqui. Ele não compra nada sem me perguntar, não compro nada sem saber a opinião dele. Vejam bem, não é satisfação. É dividir as coisas. Agora somos um só, não só na parte romântica, mas na parte financeira, pq só nos filmes as contas não existem, o dinheiro é coadjuvante. Enfim, eu tentei fazer um post resumido, mas é um assunto delicado e amplo, com vários nichos.

Moral da história: Casem, meninas. Permi-tam-se construir uma família, degrau a degrau, junto com alguém que seu coração escolheu. Um conselho sábio que recebi e coloco aqui: “um bom filho, será um bom marido e um bom pai.” Pode parecer bobagem, mas comprovei NA PRÁTICA que aquele que trata sua (dele) mãe bem, tb te tra-tará bem. Prestem atenção nisso. Prestem atenção na forma como ele a trata, olhem nos olhos deles qdo começarem a falar de filhos/casamento. Vc saberá SIM se é verdadeiro ou se é lábia. E não esqueçam: ouviram o apito da chaleira, invistam. Invistam de verdade, sonhem, planejem e CASEM. O casamento é sim uma bênção de Deus.

opinião4

Solicitamos que os artigos para publicação nesta página sejam enviados com 2.400 caracteres ou 35 linhas de 60 espaços

1.º a 15 de outubro de 2008

Caminhos da missão em moçambique

Por que somos diferentes? ElEiçõEs municipaisProduzir Pensadores e

neCessidade de ser sério

Homero Ferrugem MartinsAdvogado

É evidente que estamos, todos – candidatos e eleitores - em pleno regime de eleições municipais, enquanto a egrégia Justiça

eleitoral se esforça para conscientizar es eleitores - precipuamente os numerosos indecisos – a fim de que sufraguem seu voto com rigoroso acerto. Os candidatos, em geral, empregando toda e energia e força para conseguir a preferência do eleitor e, lamentavelmente, um que outro, apenas para galgar uma colocação remunerada, em dissonância com o devido e acentuado espírito cívico e o firme e altruístico propósito de servir sua comunidade, a cidade e, quiçá, a própria nação.

Permitimo-nos, pois, alvitrar uma importante reflexão, mormente aos denodados candidatos e candidatas, assaz preocupados em elaborar seus discursos, que se dignem ler (e cumprir) o disposto no Livro da Sabedoria (Antigo Testamento) e do qual transcrevemos somente alguns cânones, “in verbis” :

1.1”A Sabedoria é um atributo de Deus que di-rige as obras exteriores, como a criação. Dela Deus comunica um reflexo ao homem, o qual se deve guiar por ela até a salvação”. “Amai a justiça, vós que governais a terra, e procurai-a na simplicidade do coração”. 7.1. Doutrina de Salomão: “Eu mes-mo não passo de um mortal como todos os outros”. 7.7 “Assim implorei e a inteligência me foi dada, supliquei e o espírito da sabedoria veio a mim”. 7.15: “A honra e a glória acompanham os discursos do homem sensato; mas a língua do imprudente é a sua ruína.” Nº 18: “Faze igualmente justiça aos pequenos e grandes”.

10: “0 juiz sábio fará justiça ao seu povo, e o gover-no do homem sensato será estável”. 20: “Há homem que estando calado é tido por sábio, e há homem que se faz odioso por ser descomedido no falar”.

Atento leitor e estimados candidatos e can-didatas, permitam-se, sempre que possível, ler atentamente todo o Livro da Sabedoria, que, como a boa leitura, far-lhe-á bem à mente: este é o amis-toso alvitre deste vetusto eleitor, ex-secretário de administraço da Prefeitura local e ex-vereador de Porto Alegre.

Ademais, pareceu-nos oportuno mencionar um trecho da entrevista do sociólogo Wagner Matheus (Vida Moderna da Revista da “Fundação ANFIP” (Ano XV, N 96, julho 2008, pág 10): “...Uma exigência num mundo onde, segundo observa, é necessário saber “produzir pensadores”. Por isso mesmo, ele aplaude a decisão recente do governo de reintroduzir nas escolas o ensino de disciplinas como Filosofia e Sociologia, uma vez que “o Brasil, achando que a busca acelerada por um desenvolvi-mento tecnológico seria o melhor caminho, fez com que a técnica e a matéria massificassem o nosso povo”. E finaliza Wagner: “Seus direitos, deveres, seus valores e princípios, sua ética foram coloca-dos em segundo plano. Estamos hoje colhendo os resultados.

Refira-se, ainda, “A necessidade de ser sério”. Diz o editorial da mesma Revista: “O Brasil não agüenta mais esperar pela seriedade, pois sem ela estaremos condenados eternamente ao atraso, o que leva à absoluta impossibilidade de o país se inserir no cenário das grandes nações.”

Apraza a Deus para que tenhamos eleições pa-cíficas e que os caros eleitores votem com acerto, visando ao bem comum, para gáudio e felicidade da família barasileira.

Pe.Maurício da Silva Jardim Missionário em Moçambique

Um mês já se passou na mis-são em nossa Igreja irmã de Moçambique. Escrever em

meio a tantas experiências é fácil e complexo. Fácil porque tenho necessidade de relatar tantas novi-dades, complexo porque é arriscado em tão pouco tempo traduzir em palavras o que vejo, ouço e sinto. Fico também imaginando no que pensarão os leitores destas cartas. Quais seriam suas dúvidas? O que diriam se estivessem aqui?

Na conversa com o arcebispo de Nampula, Dom Tomé, fiquei impressionado com o cenário de atendimento às paróquias. Das quarenta e duas, quinze estão sem padre, algumas há mais de dez anos. Aqui as paróquias são realmente grandes em número de comunida-des e distâncias. Claro que o cenário é outro e também os desafios pasto-rais são distintos dos nossos no sul do Brasil.

Eu e o padre Fabiano, atende-mos duas paróquias com cento e quarenta comunidades. Gostaria de apresentar alguns dados para compreenderem esta realidade. Só na paróquia de Micane que atende-mos, existem quatorze mil cristãos, o que representa seis por cento da população. Os demais são prati-camente todos mulçumanos e de outras igrejas evangélicas. O nome

Antônio AllgayerAdvogado

Viktor Emil Frankl, autor da Logoterapia, em seu livro ”Psicoperatia para Todos”, faz refe-rência a gêmeos univitelinos, dos quais um se

tornou criminalista e o outro criminoso. E, comentan-do tal fato, o insigne protagonista da terceira escola de Psicologia de Viena, após Freud e Adler, afirma que o homem normal é responsável por seus atos.

Somos diferentes. Ninguém é cópia de outrem. Também os santos são irrepetíveis. Teresa de Ávila é diferente de Teresa de Calcutá. Entre os apóstolos a diversidade é de causar assombro. Atente-se para Simão Cananita, o qual integrara o aguerrido bando dos zelotas, “zeloso” por libertar Israel da dominação romana. Compare-se esse guerrilheiro com Mateus, publicano a serviço do erário de Roma, exercente da inglória função de extorquir do povo da Aliança tributos escorchantes. Convertidos ambos e perten-centes, por escolha de Jesus, ao colégio apostólico, certamente eram personalidades distintas.

Entre pais e filhos as diferenças podem assumir proporções alarmantes. Considere-se a diferença entre São Francisco de Assis, despojado dos bens ter-renos e pobre por opção, e seu pai Pedro Bernardone, rico mercador de sedas e de púrpuras. .

Diversidade não é isolamento ou solidão. Antes de a Física Quântica sugerir que integramos a ecos-fera, ambientalistas nos fizeram ver que “tudo está ligado a tudo”. São Francisco intuiu a interconectivi-dade criacional em pleno século treze. Desvendou a democracia cósmica, proclamando-se irmão da água, dos vermes, da cinza, do fogo e da própria morte.

Compôs, em meio à luxuriante paisagem da Úmbria, o Cântico do Irmão Sol, dando louvores ao Criador pelas maravilhas da natureza. Recomendou ao irmão lenhador evitasse a mutilação das árvores e deixasse medrar as flores agrestes. Amava contemplar o céu faiscante de estrelas e ouvir o trinado das aves ca-noras. Não é por menos que o consideram padroeiro dos ecologistas.

Li em algum lugar que entre incontáveis alter-nativas possíveis, criamos a nossa própria realidade. Aprendi de velhas tradições romanas que “cada qual forja o seu próprio destino” (Suae quisque fortunae faber est). Com perdão do latinório...

Diversidade e coexistência de características existenciais estabelecem a nossa vinculação com as demais criaturas. Os humanos somos a realidade pensante do universo.A Bíblia nos ensina que todo gesto de bondade praticado pelo último dos últimos dos seres humanos está inscrito no Livro da Vida.

Falando em ação salvífica, ocorreu-me acres-centar a estas mal traçadas uma obviedade: Paulo, em sua atividade missionária, utilizava os meios de divulgação disponíveis em sua época. Não restringia o seu apostolado a mera pregação da palavra de Deus. Em nossos dias certamente estaria prestigiando um dos mais poderosos veículos de evangelização, que é o jornal de boa orientação. Há quem admite que, se vivesse dentro da nossa realidade, seria comunicador social como o Padre Atílio Hartmann, teólogo e jor-nalista. Suas epístolas endereçadas a povos da Ásia e da Europa dão suporte a tal suposição. Divulgar o “Solidário” é forma eficaz de evangelização. Disso possuímos provas que nos vieram de leitores sem vínculos com a Igreja institucional.

cristão aqui significa e se identifica com o batismo e participação na comunidade através dos ministérios e partilha no dízimo. Todos os cris-tãos são dizimistas e participantes das celebrações. Aqui não há o termo católico não praticante, todos católicos praticam a sua fé. Nesta paróquia só nestes últimos oito meses o Pe. Fabiano realizou mil batismos. Sendo setenta por cento de adultos néo convertidos que par-ticiparam quatro anos da catequese de iniciação cristã. No distrito de Moma onde residimos a média de cristãos cai para dois e meio por cento. Há mesquitas em toda parte, havendo boa convivência entre as religiões.

Na sombra das mangueiras, celebramos os sacramentos e temos momentos de intensa convivência. São visitas preparadas e esperadas há longo tempo. Na chegada da equipe missionária, a comunidade entoa: “Chegou o dia prometido”. Preparam tudo em clima de festa. Oferecem o que tem de melhor. As famílias trazem seus alimentos para serem preparados e partilhados. É bonito de ver a partilha acontecen-do. Ao redor do mesmo prato de karacata preparado à de mandioca seca, estão crianças, jovens e adul-tos. A chegada dos missionários é sempre na véspera dos sacramentos. Há pouco tempo para conviver, contudo muito intenso. Quando saímos, não sabemos quando será

a próxima visita. Talvez depois de um ano ou mais.

Nestas visitas me marca de forma particular a maneira com que somos esperados e visados. Todos os olhos, de a crianças a idosos, estão fixos em nós. É uma espécie de fato que se torna acontecimento. Qualquer gesto, palavra ou mesmo fotografia que registramos, tornam-se evento único que desperta naquela multidão um mistura de curiosidade e alegria pela visita tão diferente. Algumas crianças correm de medo e choram pela presença de um bran-co na comunidade, mucunha como costumam chamar. Dedico muito tempo em inventar brincadeiras e tentar qualquer tipo de comunicação com eles, já que não falo a língua Makua. Ao se verem nas fotos fi-cam perplexos. É algo inexplicável a repercussão de nossas visitas. Sentem-se reconhecidos pela nossa simples presença. Lá não chegam autoridades civis, enfermeiros ou médicos. Nas curtas estradas que cortam as roças costuma só passar o carro da equipe missionária.

Daqui de nossa pobre Igreja irmã, dirijo meu apelo à Igreja do Rio Grande do Sul que pense, neste tempo de despertar da cons-ciência missionária, no envio de novos missionários e missionárias, leigos(as), religiosos (as) de modo particular presbíteros que ousam percorrer caminhos da radicalidade evangélica.

educação e psicologia51.º a 15 de outubro de 2008

Foto: Divulgação

Produção convergenteA inteligência é ativa, ela realiza operações ou

atividades com a informação. Assim, quando o professor pergunta pela capital do Brasil, ninguém tem dúvidas quanto à resposta a ser dada; quando indaga pela área de um triângulo retângulo no qual se conhecem a base e a altura, a resposta correta será uma e não outra, e que resultará da base x altu-ra, dividido por dois. Quando se pergunta pela raiz quadrada de 144, a reposta será 12, outra resposta será considerada incorreta, o maior osso do corpo humano é o fêmur, a fórmula do ácido sulfúrico é H2SO4,... Há, assim, uma infinidade de proble-mas ou questões nas quais a resposta considerada correta é uma, e não outra. Grande parte das dis-ciplinas estudadas pelos alunos de diversos níveis trabalha com essas questões: são os problemas a partir dos quais a inteligência deve produzir uma única resposta (informação). Esse tipo de ativida-de/operação da inteligência se chama convergente, ou seja, as respostas convergem para uma única, que é a correta. São questões objetivas.

Produção divergenteObservemos, agora, outros tipos de questões.

Quando o professor pede para os 40 alunos da 2ª série da Escola Média escreverem uma redação sobre a primavera, virão 40 redações diferentes, nas quais a organização das frases, a seqüência das idéias, os vocábulos utilizados poderão ser diferentes, e nem por isso serão consideradas incorretos. Ou quando o professor de desenho so-licita aos alunos que desenhem um vaso de flores, os vasos poderão ter diversos tamanhos e ser de diversos materiais, assim como as flores poderão ser diferentes e diferentes as formas de arranjo. E

O que pais e professores precisam saber

ATIVIDADES DA INTELIGÊNCIA

Produção convergente e divergente divergente

A informação é a matéria prima com a qual a inteligência trabalha, e ela pode ser apresentada de diversas formas. Uma pintura nos proporciona informação visual, uma sonata se apresenta na forma auditiva, um poema ou romance traz informação na forma semântica, na qual as palavras são portadoras de signifi-

cado; a matemática, por outro lado, traz informações através de sinais que tem significa-dos, assim como as notas musicais são símbolos de sons a serem emitidos; e uma garga-lhada nos diz que alguém está feliz tanto quanto um choro convulsivo informa a respeito

do sofrimento da pessoa. É a informação sob a forma de comportamento.

todos poderão ser avaliados muito positivamente. O que ocorreu? A informação proporcionada pelo professor foi a mesma para todos, mas as respostas foram diferentes e consideradas adequadas. Esse tipo de operação pela qual a inteligência a partir de uma só informação produz diferentes respostas, e todas podem ser corretas, chama-se produção divergente.

A produção divergente está associada à cria-tividade, a produção convergente se conecta com objetividade e lógica. Seria interessante realizar uma análise das disciplinas estudadas nas escolas fundamental e média e verificar os tipos de pro-dução intelectual ensejadas pelas diversas áreas de estudo. Interessante também uma avaliação dos cursos universitários onde algumas áreas são chamadas de ciências exatas e outra de ciências humanas: as primeiras, ao parecer, trabalham fundamentalmente com produção convergente, e as últimas com produção divergente.

Personalidade, produção convergente e divergente

Outro aspecto interessante também seria tentar ensaiar algumas relações entre persona-lidade e o desenvolvimento dos tipos de ati-vidade convergente e divergente. Indiscutível que, na vida, há situações em que a resposta deverá ser uma e não outra, mas outras, por seu turno, serão melhores resolvidas através de múltiplas respostas. A existência, assim, postula certa flexibilidade por parte do sujeito diante das múltiplas circunstâncias com as quais se depara. As pessoas cujo campo pro-fissional se inscreve basicamente no âmbito da produção convergente terão essa flexibilidade?

E aqueles que operam fundamentalmente com respostas múltiplas e divergentes terão condi-ções de serem convergentes quando a situação assim o interpela?

O fanatismo, o fundamentalismo, a intolerân-cia, a discriminação, o racismo, o dogmatismo parecem-me ter como pano de fundo uma inte-ligência terrivelmente condicionada pela produ-ção convergente, em que a resposta considerada correta é uma só. E não admitem concorrentes.

Uma personalidade saudável, por outro lado, se nutre também do desenvolvimento da ativida-de intelectual divergente, em que a compreensão de que muitas questões em nossas vidas poderão ter diferentes respostas, é acolhida. Assim, esti-mular a produção divergente é favorecer a saúde do ser humano.

Jorge La RosaProfessor universitário. Doutor em Psicologia

6 7tema em foco1.º a 15 de outubro de 2008

O alerta é do biólogo, doutor em Ecologia e professor da UFRGS, Paulo Brack. Ele não concorda com alarmismos, muitas vezes infundados, e nutre esperança. Acredita numa possível reversão do quadro desde que a sociedade, como um todo, tome atitudes objetivas. “Estabeleça debates fran-cos, cada segmento destituído de defesa de seus interesses e apegos. Percebe-se um medo de encarar o grave problema. O mundo científico e intelectual está de costas. Fala em ino-vação tecnológica. Mas a universidade, até mesmo a públi-ca, é dependente do dinheiro privado. As empresas injetam recursos e acabam determinando em grande parte a linha de pesquisas. Um ciclo vicioso está instalado dentro da própria universidade e prospera a lógica desse cassino econômico do consumo e imediatismo, uma lógica doente, tal como um viciado no jogo que não consegue sair.”

Brack também atua na linha da educação ambiental, en-volvendo nova geração de ambientalistas no Estado, jovens estudantes de segundo grau e acadêmicos recém-formados (ver matéria abaixo).

“A humanidade está fumando a terra”

Paulo Brack defende a descentralização da produção e soluções com nível local. “Nosso modelo de desenvolvimento deixa a terra um grande e pesadíssimo Ti-tanic. Tudo é grande e feito no macro. Pensam e defendem que a nave tem que

ser mais pesada para romper os icebergs que surgem. Sustento que não é por aí. Essa nave tem que ser desfeita urgentemente e transformada em pequenas embarcações, isto é, soluções para demandas localizadas. Assim, as prefeituras deveriam exigir para cada condomínio a energia solar, captação da água da chuva e pré-tratamento de esgoto, e assim por diante”.

Aceno positivo Além de professor e orientador de trabalhos de conclusão, o ecologista Paulo

Brack integra diversas ONGs de defesa do meio ambiente e se dedica a educação ambiental em escola pública próxima ao Campus do Vale da UFRGS. É o Grupo Viveiros Comunitários (GVC), criado há dez anos por estudantes e professores do Instituto de Biociências na Escola Anita Garibaldi, na vila Santa Isabel, Viamão. “O projeto propicia a troca de saberes científicos e locais, estimulando o resgate destes, fortalecendo, assim, a abordagem de temas que fazem parte do contexto ao qual estamos inseridos: o Campus do Vale, o Morro Santana e a comunidade periurbana da Vila Santa Isabel. Um dos ingredientes básicos, para isso, é o fortalecimento da Auto-Estima Ecológica e Comunitária, considerada pelo grupo como uma condição elementar para a construção, sem retornos, de padrões aceitáveis de qualidade de vida e convívio com a natureza local”, defende Brack

Participam do projeto dez estudantes do Instituto de Biociências da UFRGS e outros estudantes de outros setores de dentro e de fora da Universidade. As atividades desenvolvidas têm como eixo central a produção de mudas nativas do RS. A partir da sensibilização para a prática do viveirismo ecológico, são trabalhadas questões relacionadas à presença da vida, como solo, água, luz, a integração de fatores, e a importância das plantas para a qualidade ambiental. Assim, abriu-se a possibilidades de conexão com diferentes alunos/as, em que o corpo é a própria experiência. “Olhar, não apenas para um quadro, mas para a realidade; sentir o cheiro, a consistência, a localização, a cor do solo; o convívio com diferentes plantas, paisagens, problemas

“O consumismo e imediatismo esgotam o Planeta. A terra não agüenta mais porque, a cada ano que passa, estamos consumindo de dois a três por cento da capacidade de sua auto-recuperação. Estamos gastando mais que a terra pode reproduzir. A natureza dá o troco e com sinergia: a instabilidade ambiental está incontrolável; o clima está ficando incontrolável; há invasão biológica de plantas exóticas

até em beira de estrada é visível; a natureza não mais consegue se auto-regular”.

Exportação equivocada Brack defende a plantação de eucalipto de modo racional

e sustentável. “Não digo que a soja seja ruim, o eucalipto seja ruim.

Precisamos de papel, sim. Mas que esse papel seja feito aqui no Brasil e que a soja engorde as vacas do Brasil. Que o mi-nério de ferro produzido com gasto energético baseado em hidroelétricas seja transformado aqui. Enquanto isso, estamos exportando pasta de celulose sem valor agregado. O que sig-nifica que teremos que plantar mais de um milhão de hectares de eucalipto e pinus em monoculturas e plantas geneticamente idênticas. E isso está tornando a terra altamente insustentável em todos os seus itens mais básicos: água e ar poluídos, a biodiversidade destruída e o esgotamento rápido dos recursos naturais, porque o mercado é alucinante. Semana passada deu a quebra em alguns bancos de investimento americanos. Hoje, nós somos reféns desse mercado, desse cassino de grandes investidores e que traz como conseqüência uma agricultura em grande parte dependente dessa bolsa de mercados. Mais de 50 por cento do que hoje exportamos está baseado em com-modities, isto é, produtos in natura. Os grãos vão engordar as vacas na Europa, as pastas de celulose feitas com o eucalipto são transformados em papel em outros países. Nós ficamos com o prejuízo ambiental e muita poluição industrial para a produção dessa pasta. Essa sede de crescimento rápido de-precia a verdadeira sustentabilidade de maneira irreversível. No curto prazo estamos fritos e ficamos reféns desse louco cassino mundial”.

Colapso ecológicoSegundo o ecologista, existem dados científicos insuspeitos

que a terra está entrando em processo de colapso ecológico global. “Essa é a grande questão. Poucos estão vendo isso. Os governos estão cegos e fazem de conta que não vêem, pois de-pendem do dinheiro das empresas. A economia age com fome do lucro acima de qualquer outro interesse. E a sociedade está apática diante de todo esse quadro. Percebe, mas se sente mpo-tente e não consegue reagir. E acaba fazendo de conta que está tudo bem. E isso provoca um grande abalo interno individual. Comparo a situação com a do fumante inveterado que, mesmo alertado e no seu íntimo convicto que está lhe fazendo mal, continua fumando. E a terra está sendo fumada pela sociedade. As pessoas não querem saber de mudar, porque isso implica mudança de atitude e de hábitos, desacomodação o que cria instabilidade e insegurança”.

Os governantes não têm tempo para pensar e fazer. Só quando houver a grande catástrofe. Mas aí pode ser tarde ou adiantar pou-co. O caminho que estamos levando é suicida e autofágico”.

BiopiratariaPaulo Brack aponta mais um agravante na exploração de pa-

trimônio natural no Brasil: a biopirataria. “Temos a maior biodi-versidade da Terra e não a usamos adequadamente. Pelo contrário, outros países patenteiam produtos a partir de testes de nossa flora e parte da fauna. Veja-se, por exemplo, a cobra jararaca, que to-dos os gaúchos conhecem. Seu veneno é utilizado para doença do coração e para baixar pressão sanguínea. O grama do veneno da jararaca vale 20 vezes o grama de ouro. No entanto, quem explora é um laboratório estrangeiro. O mesmo estão fazendo com a nossa cangorosa (espinheira-santa) patenteada por uma empresa japonesa do ramo farmacêutico. Isto envolve interesses de multinacionais de bilhões de dólares. E o Brasil não tem pesquisa voltada para isso. E baseia seus desenvolvimento em monocultura de plantas exóticas.

Alimentação e espécies nativasLevantamentos feitos ainda em meados do século passado pelo je-

suíta Balduíno Rambo indicavam 55 mil espécies de plantas no Brasil, das quais cinco mil no RS. “Estudo recente indica que de 10 a 20 por cento da flora de cada região do mundo inteiro teria potencial utili-zação para alimentação humana. Frederic Hoehne foi pioneiro nesse estudo. Só de frutas nativas o Brasil teria de 1.500 a 2.500 espécies. O mesmo Hohne, um biólogo que atuou no Jardim Botânico de S. Paulo, há mais de meio século, já destacava que erros graves estariam sendo cometidos pelos que menosprezam o que é da terra. Dizia ‘devemos considerar que é na policultura que reside mais encanto e mais alegria, porque em cada mês surgem coisas diferentes e no mesmo dia aparece maior variedade. A monotonia que tanto desalenta, fica destituída das cogitações daquele que se entrega à policultura”.

Soluções locaisO Pe. Cícero Romão Batista, um dos ícones religiosos do povo do Nor-

deste do Brasil, elaborou, no início do século XX, os seguintes dez preceitos de conteúdo ecológico:

“Não derrube o mato nem mesmo um só pé de pau. -Não toque fogo no roçado nem na caatinga. -Não cace mais e deixe os bichos viverem. -Não crie o boi nem o bode soltos: faça cercados e deixe o pasto descansar

para que possa se refazer. -Não plante serra acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé; deixe

o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e para que não se perca a sua riqueza.

-Faça uma cisterna no canto de sua casa para guardar a água da chu-va.

-Represe os riachos de cem em cem metros ainda que seja com pedra solta.

-Plante cada dia pelo menos um pé de árvore até que o sertão seja uma mata só.

-Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga. Se o sertanejo obedecer a esses preceitos, a seca vai se acabando, o gado

melhorando e o povo terá o que comer. Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo, o sertão todo vai virar

um deserto só”.

sócio-ambientais, todos inter-relacionados. As fronteiras da escola foram ultra-passadas, por meio de expedições no entorno escolar, verificando-se aspectos do bairro, a relação com seus moradores, a ocupação do espaço, a presença de plantas e os usos das mesmas. O Morro Santana teve papel de destaque, considerando-se, principalmente, que abriga nascentes de arroios e diversos seres vivos e as relações que se estabelecem entre esse meio e a comunidade”, diz o professor.

FamiliarizaçãoA faixa escolar contemplada foi a de 6ª e 7ª séries. Ocorrem encontros sema-

nais. A idéia é colocada pelo grupo aos alunos que manifestam sua vontade em participar. Já houve 6 encontros temáticos, onde ocorreram atividades de estudo do ambiente natural e cultural da comunidade com saídas de campo: expedições didá-tico–científicas, abordando-se diversos campos do conhecimento, através de coleta de materiais do meio, atividades práticas de viveirismo, e seminários abertos sobre temas de hortas e educação ambiental.

No curso que integra o projeto há abordagens sobre a vegetação nativa, biologia da semente, práticas viveirísticas, botânicas e de coletas no bairro; conhecimento do solo: formação, sucessão, manejo, compostagem, substrato, erosão, incluindo visita ao viveiro, ocupações verdes, coletas, análise de solos e confecção de sementeiras; observação da água: mata ciliar, nascentes, bacia do Arroio Dilúvio, diagnóstico de um arroio do bairro e repique de mudas no viveiro; observação da fauna, flora e a urbanização na subida ao Morro Santana. O curso teve pequena duração, mas já se verificam mudanças importantes de comportamentos, como intervenções no pátio escolar (composteiras, horta e espiral de ervas) e uma campanha de conscientização ambiental na escola, iniciando com a questão do lixo e construção de uma horta escolar.

“É uma tentativa de formação de consciência ecológica em crianças, com espe-rança de redução do uso de insumos, redução das monoculturas e a semente de uma esperança para a sustentabilidade no Brasil e no planeta. Pensamos que é possível uma outra vida, com uma filosofia baseada na biodiversidade e com aplicabilidade em pequenas comunidades.“

PRECEITOS ECOLÓGICOS

Escola Anita Garibaldi

Paulo Brack

8 saber viverFoto: Divulgação

1.º a 15 de outubro de 2008

Das Universidades Harvard e Cambridge A única maneira de conservar a saúde é comer o que não se quer,

beber o que não se gosta e fazer o que se preferiria não fazer. Em muitos casos, a frase de Mark Twain soa verdadeira. No entanto, as universidades de Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual. Aqui vão alguns:

1) Um copo de suco de laranja diariamente para aumentar o

ferro e repor a vitamina C. 2) Salpicar canela no café (mantém

baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).

3) Trocar o pãozinho tradicional pelo

pão integral que tem quase 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro que contém o pão branco.

4) Mastigar os vegetais por mais

tempo . Isto aumenta a quantidade de químicos anticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina, e quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.

5) Adotar a regra dos 80%: servir-se menos 20% da comida

que ia ingerir. Evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração. O futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.

6) Fazer refeições coloridas como o arco-íris. Comer uma

variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.

CONSELHOS PARA VIVER MELHOR I

Segundo a conselheira vitalícia da Associação Brasileira de Psico-pedagogia, a resposta é: “frequentemente não, mesmo que na infância e adolescência as pessoas tenham recebido diagnóstico e acompanhamento médico e psicopedagogico”.

Estudos de neuro-imagem cerebral, realizados nos maiores e mais respeitados centros médicos do mundo, explicam a base orgânica desse transtorno, que se observa inclusive em algumas diferenças anatômicas cerebrais. Isso explica a razão pela qual o TDAH não desaparece com a idade ou se apresenta de forma residual em pelo menos metade dos casos diagnosticados.

As diferentes manifestações desse transtorno situa-se na faixa dos 3 a 7% das crianças na idade escolar, sendo três vezes mais freqüente nos meninos do que nas meninas, apesar de que alguns estudiosos têm apontado para o fato de que nestas últimas, o transtorno tem sido sub-diagnosticado, por se manifestar de forma menos exuberante no que tange à hiperatividade e impulsividade. Meninas com TDAH geralmente apresentam mais evidentemente, perturbações relacionadas ao humor, ansiedade e desatenção.

Em 2007, Murphy e Barkeley descreveram uma série de sintomas que, segundo suas pesquisas, podem delinear o perfil do adulto com TDAH, desde que este apresente ao menos seis dentre esses nove comportamentos, em pelo menos dois entornos diferentes (casa e escola ou casa e trabalho, por exemplo):

1. Se distrai facilmente com a presença de estímulos externos;2. Freqüentemente toma decisões impulsivas;3. Freqüentemente apresenta dificuldade em deixar de praticar determi-

nadas atividades ou modificar seu comportamento como seria esperado;4. Freqüentemente inicia atividades sem ler as instruções com cui-

dado;5. Freqüentemente apresenta dificuldade em cumprir compromissos

assumidos ou promessas feitas;6. Freqüentemente tem dificuldade em trabalhar ordenadamente;7. Freqüentemente é um motorista que conduz seu veículo com velo-

cidade acima do permitido;8. Freqüentemente apresenta dificuldade em manter sua atenção em

tarefas ou etapas de uma atividade de jogo;9. Freqüentemente tem dificuldade em organizar uma tarefa ou ati-

vidade.Deve-se levar em conta que alguns desses sintomas devem estar pre-

sentes antes dos 7 ou 12 anos e serem motivo de problemas impactantes na vida do jovem ou do adulto.

Crianças com Transtorno de Déficit de Atenção serão

adultos sem esses problemas?

A dificuldade em encontrar doadores de sangue está hoje sendo contornada pelo amadurecimento de uma técnica para retirada de baço em pacientes portadores de uma doença rara, que se caracteriza pela formação de anticorpos que agem contra os próprios tecidos do organismo. A doença faz com que o sangue não coagule por falta de plaquetas, abrindo uma janela para hemorragias e infecções, podendo estar associada ao lúpus e HIV. A pesquisa, desenvolvida por um grupo de especialistas do Departa-mento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da PUCRS, coordenada pelo professor e médico do Hospital São Lucas da PUCRS, Plínio Car-los Baú, aplicou o método denomi-nado embolização, procedimento que bloqueia o fluxo sangüíneo da artéria esplênica (que irriga o baço), evitando assim, a necessidade de transfusão de sangue antes e depois da cirurgia de retirada do órgão.

Os especialistas conquistaram o primeiro lugar nacional, na cate-goria especial, entre os 342 traba-lhos que concorreram no Congresso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica.

O primeiro caso realizado com sucesso foi o de uma paciente em final de gestação de alto risco que não poderia passar por uma cirurgia e nem receber transfusão. Os mé-dicos optaram pela embolização, introduzindo um cateter na artéria esplênica, que irriga o baço.Doença auto-imune

A cada 10 mil pessoas, uma sofre desta doença rara, cujo nome científico é Púrpura Trombocito-pênia Imune (PTI), causada por mecanismos ainda desconhecidos de auto-imunidade, o que possibi-lita a diminuição da contagem de plaquetas e sangramentos, na maio-ria das vezes, com manifestações hemorrágicas leves ou moderadas na pele (manchas arrocheadas) e na mucosa. O diagnóstico é feito através de hemograma e verificação de plaquetas.

O tratamento clínico inclui o uso de corticóides e cerca de 70% dos pacientes necessitam da cirurgia e transfusão de sangue. Em aproximadamente 80% dos casos de PTI aguda, principalmente em crianças, há o relato de infecção virótica no período que antecede o início das manifestações clínicas, como a rubéola, sarampo, caxumba e varicela.

O baço é um órgão que tem importante função imunológica de produção de anti-agressores e lin-fócitos, e a sua retirada determina a capacidade reduzida na defesa contra alguns tipos de infecções.

O procedimento também está sendo aplicado em alguns tipos de patologia, como nos casos de metástase.

Médicos gaúchos desenvolvem nova técnica cirúrgica

espaço aberto9

Martha Alves D´AzevedoComissão Comunicação Sem Fronteiras

4.ª Frota

Notas

1.º a 15 de outubro de 2008

Sem fronteiras

Visa e Mastercard

S i c a - N a I g r e j a d a Reconci l iação (Senhor dos Passos, 202), dia 11 de outubro, às 15 horas, a SICA estará promovendo o Chá da Alegria e para tanto está convidandop todos os admiradores de sua obra.Amor-Exigente - A Febrae promoverá nos dias 31 de outubro, 1º e 2 de novembro o curso Prevenção Universal e Vida em Sobriedade com Amor-Exigente., tendo como local o Centro Mariápolis Arnold (Av. Teodomiro Porto da Fonseca, 3555, São Leopoldo) . Se rão palestrantes o Pe. Haroldo J. Rahm, presidente de honra da Febrae e fundador do Amor-Exigente; Mara Silvia Carvalho de Menezes, p res iden te da Febrae ; Rozinez Lourenço, diretora da Febract e Leando Loppez da Silva, responsável técnico da Casa Marta e Maria. Mais informações fones (51) 3458.3883 e 3588.2783.Recebemos - Da Unisinos: Ba l anço Soc i a l 2007 , enviado pelo reitor Marcelo Fernandes de Aquino, cujos dados e números “traduzem a r e s p o n s a b i l i d a d e e c o m p r o m i s s o d a i n s t i t u i ç ã o c o m a inclusão, desenvolvendo e t r a n s f o r m a n d o a sociedade”.Da Irmandade do Arcanjo São Miguel e Almas: Convite para a festividade religiosa em honra de seu padroeiro, em 28 de setembro com missa na Catedral Metropolitana às 10 horas.Festa de S. Geraldo - O Conselho Pastoral Paroquial e o pároco Mons. Liro V. Meurer estão convidando para o Tríduo e Festa de São Geraldo no dia 16 de outubro, data do padroeiro, quando haverá missa às 19h30min e, logo após, procissão luminosa pelas ruas do bairro. Antes porém, nos dias 13, 14 e 15, haverá um tríduo em preparação à fes ta com missas às 19h30min. Finalmente, dia 19, domingo, missas às 10 e 18 horas com galeto ao meio-dia.Camal - Informa a Camal que o curso sobre “Sacramento do Matrimônio”, com a assessora Maria Cristina Padilha, que seria realizado no dia 4 de outubro, nas Pias Discípulas (Apostolado Litúrgico) foi cancelado em virtude da proximidade das eleições.

Jesus e o bom ladrão H. Didonet

Jornalista

Desde a juventude, há mais de 70 anos, me impressiono sempre com as palavras de Jesus a um dos “colegas” de crucifixão: “Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”

(Lucas, 23,42).Estas palavras de Jesus foram registradas pelo evangelista

Lucas, que provavelmente obteve esta informação da mãe de Jesus, presente à crucifixão. Não consta que Lucas estivesse presente no Calvário.

Por que Jesus ofereceu a um ladrão condenado à morte o insigne presente da vida eterna feliz, após a morte iminente?

Foi porque o ladrão, sofrendo os tormentos da crucifixão, estando convencido de que Jesus era inocente, sentindo que Jesus era seu amigo, e percebendo que Jesus era um ser pode-roso e bom, que era o Messias, fundador do Reino de Deus, lhe fez um pedido, quase ao pé do ouvido:

“Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Rei-no.”

Disse isso, depois de ter repreendido o outro malfeitor, que estava ali, também agonizando e zombando de Jesus: “Nem sequer temes a Deus?

Quanto a nós, é de justiça. Estamos pagando pelos nossos atos. Mas Ele não fez mal algum.” O bom ladrão virou advo-gado de Jesus.

Cabe aqui ligeira reflexão sobre esta promessa de Jesus ao bom ladrão.

1) Se Jesus prometeu o Paraíso ao “colega” de crucifixão, o céu, recompensa eterna para os justos, após a morte, é por-que o céu existe. A não ser que se prove que Jesus não passou além de um reles impostor. Mas esta prova eu não tenho, não conheço. Tenho até prova que não é.

2) Se Jesus ofereceu ao bom ladrão o céu com Ele (estarás comigo) foi porque a alma do bom ladrão estava limpa. Es-tava limpa, porque havia se arrependido do mal feito. Estava limpa, porque Jesus havia perdoado toda a culpa, sem que ali fosse preciso que o convertido fosse contar a algum sacerdote, para autenticação do perdão divino. Perdão completo, direto, instantâneo e irrevogável. Coisa de arrepiar.

3) Se Jesus prometeu ao “colega-irmão” o céu na sua com-panhia (estarás comigo) é porque o céu nada mais é do que um banho de luz, ou a própria Luz que é Jesus. Ele não afirmou: “Eu sou a luz do mundo”?

O Hospital Divina Providência, em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, inaugurou mais uma unidade de atendimento do Programa de Saúde da Família (PSF) Nossa Senhora do Belém, localizado na rua João do Couto, 294, no centro do bairro Belém Velho. A ampliação do Programa já existente no bairro Rincão foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, durante reunião realizada no dia 4 de setembro. O novo PSF, que também será mantido pelo Hospital, conta com uma Equipe de Saúde da Família e uma de Saúde Bucal. A coordenadora dos Projetos Sociais do Hospital, Nelci Tolotti, explica que a ampliação do atendimento é uma demanda da comunidade da Região Sul. “A exemplo do que já fazemos no Programa de Saúde da Família (PSF) Rincão, vamos oferecer um atendimento preventivo com qualidade e humanizado para cerca de 700 famílias, o que dá em torno de 2.500 pessoas.”

Conforme a coordenadora, após o cadastramento dos usuários, será feita a confecção do cartão SUS, que possibilitará o atendi-mento dos pacientes em qualquer unidade de saúde. O PSF Nossa Senhora do Belém funciona de segunda à sexta-feira, das 8 às 17 horas.

As equipes, integradas por profissionais do Divina, são forma-das pelo médico da família Zenóbio do Nascimento Soares, uma enfermeira, quatro agentes comunitários de Saúde, dois técnicos de Enfermagem, um supervisor administrativo, um recepcionista e um auxiliar de higienização. Nelci ressalta ainda que a estrutura do gabinete dentário está concluído, mas a contratação do cirurgião-dentista e um assistente de consultório dentário será feita após a conclusão do cadastramento das famílias. Mais informações: www.divinaprovidencia.org.br

A marinha dos Estados Unidos mantém, espalhadas pelos oceanos, sete frotas cobrindo todos os con-tinentes, frotas de navios encarregados de manter

a segurança dos mares.A 4ª Frota foi criada em 1943, com a função de

escoltar navios mercantes no Atlântico Sul, depois que seis deles foram afundados por submarinos alemães. Sete anos depois, em 1950, a 4ª Frota foi absorvida pela 2ª Frota, com atuação no Atlântico Norte. Agora, em julho, dia 12, a 4ª Frota foi recriada com 120 militares, com seu comando e sede na base naval de Mayport, na Flórida, sul dos EUA.

Várias alegações tentam justificar a presença os-tensiva desta 4ª Frota no Atlântico Sul. Justificativa de segurança: terrorismo e tráfico de drogas. Justificativas políticas: o avanço de líderes esquerdistas em países sul-americanos e a criação de um conselho de defesa regional. As justificativas econômicas: o aumento da presença mercantil chinesa e iraniana na região - e a segurança para produtos estratégicos, especialmente o petróleo, que promete jorrar mais e mais das jazidas brasileiras, a partir de novas descobertas.

O Brasil, representando os países do continente, pe-diu explicações aos Estados Unidos, até porque a criação de um Conselho Regional de Defesa, o UNASUL, foi liderada pelo Brasil, na pessoa do nosso Ministro da Defesa, Nelson Jobim, que afirmou que o UNASUL não teria caráter bélico, a não ser o da defesa. A secretária de Estado dos EUA, Condoleeza Rice, telefonou ao mi-nistro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, procurando tranqüilizá-lo ao afirmar que a recriação da 4ª Frota seria uma mudança administrativa, burocrática, sem ampliação das atuais atividades militares ameri-canas. Sugeriu que o restabelecimento da frota está de alguma maneira relacionado com descobertas recentes de petróleo. O embaixador dos EUA no Brasil, Clifford Sobel, acrescentou: “É importante deixar bastante claro: não é o caso”.

O sociólogo e cientista político argentino Atílio Bo-rón, ex-secretário executivo do Conselho Latino-Ame-ricano de Ciências Sociais(CLACSO), declarou que esta e outras medidas são consideradas por ele uma reação ao crescimento da esquerda no continente e a perdas de espaço como a base aérea de Manta (Equador), em 2009 (o presidente equatoriano Rafael Correa, já anunciou, que não haverá renovação da cedência).De acordo com Borón, o ponto crucial da questão é a posse, dia 15 de agosto, do ex-bispo católico, Fernando Lugo, como presidente do Paraguai. Com a posse de Lugo cai por terra a intenção americana de instalar a base Mariscal Estigarribia, com capacidade para abrigar 20 mil solda-dos, perto da região da Tríplice Fronteira- a 200 Km. da Argentina, e a 300Km. do território brasileiro, o coração da América do Sul.

Hospital Divina Providência inaugura PSF em Belém Velho

igreja e comunidade 10

Voz do PastorCatequese solidária

Dom Dadeus GringsArcebispo Metropolitano de P. Alegre

1.º a 15 de outubro de 2008

A eficáciA dA pAlAvrA de deus

sobre ArcAnjosComo trabalhar o tema Jesus Cristo, na Catequese ?

Deonira L. Viganó La RosaMestre em Psicologia

Ser cristão consiste, fundamentalmente, em reconhecer que Jesus é o Filho de Deus, e, juntamente com este ato de fé, ‘seguir’ este Jesus, tornando-se assim seu

discípulo no cotidiano.É possível que tenhamos passado pela catequese estudan-

do muito catecismo, mas tenhamos dado pouca ênfase sobre quem é Jesus Cristo e em que consiste o seguimento de Jesus. Muitos, ainda hoje, pensam que ser cristão praticante consiste apenas em ir à Missa e cumprir os ritos da Igreja.

Quem é Jesus Cristo?

Muito bom é trabalhar através de perguntas, que ajudam a pensar, e sempre esperar as respostas do grupo, escrevendo no quadro e aceitando tudo o que dizem, mesmo que pareça absurdo. Então, pode-se perguntar:

Quem é Jesus Cristo? .... (anotar as respostas do gru-po).

Prosseguir: Jesus Cristo são dois nomes de Jesus? Como, por exemplo, João Carlos, Luís Felipe, Maria Luísa? .....

Que quer dizer “Jesus” ? ... E que quer dizer “Cristo”? ......

Jesus fez esta mesma pergunta aos apóstolos: E vós quem dizeis que eu sou?

Qual foi a resposta de Pedro? ...Ler Mt 16, 13-17. Destacar a confissão de Pedro: “Tu és

o Cristo, o Filho de Deus vivo”, disse Pedro.Vejam que entre a palavra “Jesus” e a palavra “Cristo”, está

o verbo ser, “É” : Jesus é Cristo (escrever em um cartaz). Então, ‘Jesus’ é o nome que deram ao menino na

circuncisão (como hoje se dá o nome no Batismo) e ‘Cristo’ é uma palavra grega que quer dizer “Messias” = O Salvador = O Filho de Deus. Com o passar do tempo, se eliminou o verbo, a palavra “é”, e permaneceu somente “Jesus Cristo”, entretanto, não se pode perder o sentido destes termos.

Concluímos: “Jesus Cristo” quer dizer que aquele homem histórico se chama ‘Jesus’, e que ele é o nosso ‘Messias’ (ele é nosso Salvador, é o Filho de Deus).

Outra pergunta importante:

O que é, então, ser cristão hoje? ...Que diferença há entre um muçulmano, um budista e um

cristão? ... (Um acredita que o profeta é Jesus, o outro que é Maomé,

e o outro que é Buda).Depois disso, reafirmar ao grupo, com ênfase: “O ato

de fé fundamental do cristão consiste em afirmar: Jesus é o Salvador. Jesus é o Filho de Deus”. (Acentuar o é).

Mas, isso não basta para ser cristão. É preciso ‘seguir’ Jesus.

O grupo de pessoas que acredita que Jesus é o Salvador e ‘segue’ seus ensinamentos constitui a comunidade cristã hoje, isto é, constitui a Igreja. Somos nós.

Em que consiste “seguir” Jesus ? ...Perguntar: Qual é o maior mandamento de Jesus? .... (Es-

perar)Ler Jo 15,12 “Este é o meu mandamento: Amai-vos uns

aos outros como eu vos amei”.Então, seguir Jesus consiste essencialmente em ‘viver o amor

ao próximo’. Isto é, consiste, em tratar bem e ajudar a todos, também aqueles de quem eu não gosto, e, principalmente os mais pobres e desamparados, não em palavras, mas em ações concretas.

No final, ler a parábola do bom Samaritano (Lc 10, 25-37) que bem traduz o que é ser cristão. E perguntar: ‘Como posso ser samaritano hoje?’ ... Criar maneiras concretas de ser samari-tano na sociedade, na família, no trabalho, no colégio.(Cartazes, desenhos)

Este tema dá para trabalhar em mais de um encontro de catequese.

Antônio Mesquita GalvãoTeólogo leigo e biblista

A sabedoria popular diz que não se ama aquilo que não se conhece. Algumas pessoas conhecem assuntos diversos,

mas ignoram o conteúdo da Palavra de Deus. Talvez por causa disto que o profeta denunciou: “Meu povo se perde por falta de conhecimento” (cf. Os 4,6).

Hoje, essa Palavra perde espaços para as novelas da tevê, para o futebol, o repouso e até certas atividades eclesiais como reuniões de atividade paroquial, desta ou daquela pastoral ou do “movimento” A ou B. Minha experiên-cia na docência bíblica tem me mostrado uma falta de persistência de alguns, que têm pre-guiça para o estudo bíblico, ou acham que não precisam dessa atividade, pois já sabem tudo. As atividades não passam de uma palestra de meia-hora no mês de setembro. Quem precisa não comparece, e quem poderia ficar em casa, esses vão diligentemente ao estudo da Palavra de Deus. Lamentavelmente, para muitos de nossos irmãos católicos, o estudo da Bíblia não é visto como uma prioridade. São raríssimas as comunidades que têm um círculo regular de estudo bíblico. Devemos ser executores da Palavra e não meros ouvintes. Falando a seus amigos, o apóstolo Paulo afirma que “toda a Escritura é inspirada por Deus, e é útil para ensinar, corrigir, refutar e educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, apto para toda a boa obra” (cf. 2Tm 3,16s).

A Missa dominical dedica à reflexão da

Palavra um tempo insuficiente. Em geral, são quatro textos para refletir em cerca de dez mi-nutos. É muito pouco. É lamentável dizer que dentre os cristãos, de uma forma geral, os cató-licos são os que menos sabem Bíblia. E quem não conhece tem dificuldade de perfilar-se às suas exigências. Ouvir a Palavra e colocá-la em prática é como construir uma casa sobre o fundamento de uma rocha (cf. Mt 7,24s). Do contrário, o desastre é iminente.

Um homem reclamou que era cristão há mais de vinte anos, e que achava que não devia mais ir à igreja, pois havia escutado cerca de dois mil sermões e homilias, e não recordava de nenhum deles, achando que não só ele, mas também padres, pastores e pregadores haviam perdido seu tempo. Um amigo que escutou o desabafo dissentiu, dizendo que era casado há mais de vinte anos, e que nesse período sua esposa lhe fizera milhares de refeições, cujo cardápio ele não recordava, mas tinha certeza de que, sem aquela comida ele não teria se mantido vivo. Todas as refeições feitas carinhosamente pela esposa o haviam nutrido e dado a força que ele precisava para viver. Na Igreja, a palavra de Deus alimenta nossa fome espiritual. Hoje, eu estaria morto espiritualmente se não fosse ela. A fé vê o invisível, espera o impossível e recebe o inacreditável. A eficácia da Palavra está no fato de ser como a chuva; ela nunca deixa de cumprir sua missão.

Quem persiste no conhecimento e na prática da Palavra de Deus, esse descobre em sua vida a eficácia da graça e o poder dos dons de Deus.

A angeologia, ciência que trata dos anjos, apresenta nossa emblemática concep-ção do bem comum. Sua elaboração

se baseia na Sagrada Escritura. Anjo, como se sabe, não indica natureza, mas missão. Refere os mensageiros de Deus. Aponta, por isso, para a presença divina em nossa vida e na consecução do bem comum. Sem essa atuação, a humanidade não caminha nem consegue se realizar. Algo de bom acontece em torno de nós e em nós mesmos, que transcende nossas limitações. Além da multidão dos anjos, que-rubins e serafins, cujo coro se apresenta em diversas oportunidades na história sagrada, conhecemos três arcanjos. Destacam os três valores sociais mais prementes entre nós. A Igreja os celebra no dia 29 de setembro. No arcanjo Miguel personifica-se a segurança, como defesa e garantia contra a violência. É representado com a espada em punho, defen-

sor contra o maligno. O arcanjo Rafael retrata a saúde. Seu nome significa que Deus cura. Proporciona a medicina para a recuperação da saúde. O arcanjo Gabriel, com o anúncio da boa nova da Salvação, tanto a Zacarias como a Maria, representa o empenho pela educação. Traz a melhor boa nova que conhecemos como o evangelho de Jesus Cristo.

Em outras palavras, a fé nos arcanjos quer incutir em nós, respectivamente, pensamentos de paz e segurança, pela devoção a Miguel ar-canjo; cuidado pela vida, com a promoção da saúde, pelo recurso a São Rafael; e empenho pela educação, com a transmissão dos valores mais elevados da salvação, acolhida da mensa-gem do arcanjo Gabriel. Queremos ver os anjos na inocência e alegria das crianças; o arcanjo Miguel na solícita atuação de nossa polícia; o arcanjo Rafael na carinhosa presença de nossos enfermeiros e médicos junto aos doentes e o arcanjo Gabriel na dedicação carismática de nossos sacerdotes e professores. A eles nossa homenagem pelo dia dos arcanjos!

comunidade e igreja11

MENSAGEM DA EQUIPE VOCACIONAL

Edgar L. Bernal - 02/10Terezinha A. Costa - 04/10

5 de outubro – 27o domingo do tempo Comum (verde)

1a leitura: Livro do Profeta Isaias (Is) 5,1-7Salmo (Sl) 79(80), 9 e 12.13-14.15-16.19-20 (R./ Is 5,7a)2a leitura: Carta de Paulo Apóstolo aos Filipenses (Fl) 4,6-9Evangelho: Mateus (Mt) 21,33-43Comentário: O Evangelho de hoje nos fala de um senhor que possuía um terreno e plantou uma vinha, contratando operários para fazerem aquela vinha produzir frutos. Assim como aqueles operários não eram os donos daquelas terras nem da vinha, mas dela podiam tirar o seu sustento, assim nós também não somos donos do planeta Terra e, sim, usuários, inquilinos, administradores. Para nós, brasileiros ou que vivemos neste país, Deus nos concedeu, em regime de comodato, esta parte da Terra chamada Brasil para que aqui vivêssemos todos com dignidade e felizes. O Brasil é a casa comum de todos os brasileiros e brasileiras e ninguém pode dizer-se dono ou proprietário desta parte da Terra. Como habitantes deste país, todos temos responsabilidades individuais na boa gestão do que nos toca – atividade profissional, relações familiares e sociais, participação comunitária - e delegamos a outros brasileiros a gestão do que chamamos “a coisa pública”. Neste domingo, somos convocados a definir e a votar em outros brasileiros e brasileiras para que, em nosso nome, administrem a “coisa pública” com honestidade, transparência, competência, justiça, equidade e dedicação. Cada um de nós é responsável pela gestão pessoal e pela gestão pública. E nosso voto, consciente, digno, honesto, é nossa responsável contribuição pessoal para que o Brasil seja a terra e a pátria de todos os brasileiros. Não votar é uma covardia e uma irresponsabilidade. Quem não vota ou anula seu voto, o que é anda mais indigno e irresponsável, porque é uma mentira, estando habilitado e tendo condições de fazê-lo, comete um grave pecado de omissão. Um cristão é alguém que, a partir da sua fé no Senhor Jesus, contribui para o bem-estar dos outros cidadãos, irmãos e irmãs que vivem no mesmo país. O Brasil é parte da imensa vinha chamada “Terra” e nosso voto vai fazer com que este Brasil seja, sempre mais, um Brasil de todos os brasileiros.

12 de outubro – 28o domingo do tempo Comum (branCa)

Festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida1a leitura: Livro de Ester (Est) 5,1b-2;72b-3Salmo (Sl) 44(45), 11-12a.12b-13.14-15a; 15b-16 (R./ 11 e 12a)2a leitura: Livro do Apocalipse (AP) 12,1.5.13a.15-16Evangelho: João (Jo) 2,1-11Comentário: Maria, a mulher certa nas horas incertas. Maria é a mãe que não se omite nem se acovarda nunca e sempre está junto dos filhos quando eles mais necessitam. Desde o Gênesis, onde ela aparece como a mulher que vai combater o mal, simbolizado na serpente mentirosa e enganadora, até o Apocalipse, onde ela é a esperança última da redenção do gênero humano, ao combater novamente o mal, agora simbolizado no dragão devorador. Desde a hora incerta do mistério da encarnação, que a leva a dizer um “sim” que mudou a história da humanidade, até a hora ainda mais incerta e misteriosa junto à cruz, onde seu filho, vítima inocente, agoniza e morre, abandonado por tantos, menos por ela, a mulher certa nas horas incertas. Neste domingo, lembramos e celebramos Maria, a mulher que apareceu nas águas do rio Paraíba do Sul a uns pobres pescadores, vivendo horas incertas na dura luta diária pelo sustento dos seus. E milhões de brasileiros, a cada ano, que vivem horas incertas no seu trabalho, nas suas relações familiares e sociais, na sua fé, na sua luta pela vida, buscam o amparo e a proteção da mulher e mãe Maria no seu Santuário em Aparecida do Norte. Há dois mil anos, Maria, a mulher certa nas horas incertas, fazia um pedido e dava uma ordem: Filho, eles não têm mais vinho! (2,3). Ouvindo a resposta esquiva de Jesus – minha hora ainda não chegou (2,4) – ela apenas dá uma ordem: Fazei tudo o que ele vos disser (2,5). Diante da angústia dos responsáveis por aquela festa de casamento em Caná da Galiléia, Maria, com sensibilidade de mulher e mãe, não se omitiu nem se acovardou e levou seu divino Filho a realizar o milagre da transformação da água em vinho, iniciando, assim, sua vida pública numa festa eminentemente humana. Ao lado da mulher certa nas horas incertas, Jesus aprendeu a dimensão humano/divina de olhar a gente com os olhos do coração. Como Maria, sua mãe.

Itamar de Jesus Rodrigues FilhoSeminarista

Cristo Ressuscitado confirma e amplia a dimensão evangelizadora com esse mandato: “Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho a toda a criatura”

(Mc 16, 15).A Arquidiocese de Porto Alegre tem um trabalho

missionário muito bonito com a Igreja Irmã do Xingu. Coloca à disposição de sua Igreja Irmã padres para ajudar no trabalho evangelizador missionário no norte do País no Estado do Pará. Vários Padres já passaram por lá, hoje temos dois que estão prestando serviço à Prelazia do Xingu.

Neste ano de 2008, a nossa Igreja Irmã de Porto Ale-gre quis fazer algo a mais para a Igreja do Xingu, e com o gesto de preocupação com o futuro clero do Xingu, o arcebispo Dom Dadeus Grings assumiu a formação de quatro seminaristas de sua Igreja irmã, onde três estão fazendo o 2.° semestre de Filosofia em Viamão, e um o curso do propedêutico em Gravataí.

Tanto Dom Dadeus, quanto os formadores e se-minaristas da Arquidiocese, nos receberam muito bem, demonstrando uma consciência missionária muito valo-rosa que a Igreja particular de Porto Alegre tem. E nós estamos muito gratos, por isso queremos agradecer este acolhimento e também essa assistência formativa.

Consideramos este gesto muito bonito, onde cria um vínculo missionário do Sul com o Norte, isso é algo tão plausível na visão evangelizadora que deve servir como exemplo para as outras dioceses.

Nós, seminaristas do Xingu, que fomos acolhidos pela a nossa Igreja Irmã, queremos agradecer ao arcebispo metropolitano de Porto Alegre e a todos os padres que demonstram um carinho muito especial por nós; e isso que Arquidiocese está fazendo é algo que tem um pouco de aparência com o objetivo geral da Prelazia do Xingu, que é: “comprometer-se com a evangelização inculturada, enfrentando os desafios da realidade e participando da construção de uma sociedade justa e solidária a caminho do Reino de Deus”.

Prelazia do Xingu

Solidário Litúrgico

[email protected]

1.º a 15 de outubro de 2008

CianMagentaAmareloPreto

Porto Alegre, 1.º a 16 de outubro de 2008

Casamento feliz e duradouro

Norberto Bozzetti, Antônio Cecchin e o Men-sageiro da Caridade são os mais recentes donos de troféus da Câmara Municipal de

Porto Alegre. O arquiteto e designer Norberto José Pinheiro

Bozzetti foi homenageado dia 9 de setembro. Forma-do pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e diretor da Bozzetti Design, junto com sua esposa, Maria de Lourdes Bozzetti, atua há quatro décadas com produtos e marcas nacionais muitas das quais acompanhou a criação e o crescimento. “Lamento ver muitas dessas marcas sendo adquiridas por grupos de fora”, disse Bozzetti ao agradecer a homenagem.

O irmão marista Antonio Cecchin, 81 anos recebeu o Troféu Câmara Municipal em sessão so-lene de 19 de setembro. Conhecido como defensor dos excluídos, Cecchin foi o mentor da criação do primeiro galpão de reciclagem em Porto Alegre. Dedicou grande parte de sua vida aos carrinheiros, carroceiros e catadores. Tem forte atuação na luta ambiental e da reforma urbana. Faz um grande trabalho nas Ilhas que circundam Porto Alegre. Ao agradecer, Cecchin disse que “os homens são conhecidos pelas relações que estabelecem durante a vida. Embora tenha nascido em Santa Maria, com a cerimônia de hoje passo a conviver com a con-

Marcello e Maria Marta Bidart da Silva (foto) construíram uma família modelo. Ele médico, ela advogada, educaram os filhos – 11 filhos, 18 netos e sete bisnetos - nos princípios cristãos e após 62 anos de casados continuam a ter uma participação importante no Movimento Familiar Cristão. Casaram em 12 de dezembro de 1946, na Igreja São José, em Porto Alegre.

“FELICIDADE CONJUGAL - Consultei o dicionário para saber a definição de felicidade e encontrei o seguinte: estado de perfeita satisfa-ção íntima. Logo me ocorreu que esse estado não é contínuo, tem altos e baixos, ondula como as ondas do mar. Há momentos felizes e outros infelizes e isso depende, como consta na definição, do íntimo de cada um. Há pessoas que se sentem infelizes o tempo todo, outras cultivam o otimismo e superam facilmente as dificuldades e os percalços da vida. Existe uma variedade infinita de situações e por isso não há receita que sirva para todos. Cada um de nós tem uma experiência diferente, o que faz lembrar a expressão usada pelos médicos: não existem doenças, mas doentes. Não existe infelicidade, mas infelizes. Cada pessoa é diferente das outras e deve ser considerada errada a expressão: parecem irmãos. Em famílias numerosas nota-se mais facilmente como os irmãos são diferentes. No casamento, de modo especial, a felicidade depende de fatores múltiplos e complexos. Cada cônjuge tem uma experiência de vida diferente, hábitos diferentes, até a linguagem pode ser diferente. Costuma-se dizer que o amor consiste em buscar a felicidade do outro. Essa busca inclui a compreensão do outro, inclusive de seus defeitos. O conhecimento recíproco, a boa vontade, a paciência, são ingredientes que não podem faltar antes e depois do casamento. A convivência de duas pessoas pode ser difícil, mas o desejo de acertar deve estar sempre presente para que a relação seja durável e prazenteira. Porto Alegre, 17 de setembro de 2008 - Marcelo Bidart da Silva” ([email protected])

Parceiro de primeira hora do projeto do jornal Solidário, Mar-cello Zaffari (foto) tinha 68 anos e faleceu no sábado, 13 de setembro, em São Paulo. A cremação de seus restos mortais ocorreu em Porto Alegre, no domingo. Era um dos 12 filhos do fundador do grupo, Fran-cisco José Zaffari, e de Santina de Carli Zaffari. Marcello estava no comando da companhia há 12 anos.

Morre o presidente do Grupo Zaffari

O prestígiO pessOal de dOm Vicente e a santa casa

José Sperb SanseverinoProvedor da Santa Casa de Misericórdia

No início dos anos 80 do século pas-sado, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre passou, talvez,

pela maior crise de sua história. Nessa oportunidade, a Irmandade da Santa Casa elegeu para seu Provedor, o Cardeal Dom Vicente Scherer, que acabara de deixar, por ter atingido a idade limite, a direção do Ar-cebispado Metropolitano de Porto Alegre. Coube-lhe assim, por desígnio providencial de Deus, a incumbência ingente de restau-rar, com uma reforma administrativa de base e com uma recuperação econômica admirável, o prestígio desta Instituição para que pudesse continuar prestando, como sempre, seus serviços assistenciais, médicos

e hospitalares à gente rio-grandense.Para tanto contou com a cooperação dos

poderes públicos, dos meios empresariais e da comunidade, que acorreram com seu concurso para o êxito dessa difícil missão.

O que pesou fundamentalmente para a vitória desse trabalho, foi, sem sombra de dúvida, o prestígio pessoal do Provedor Dom Vicente Scherer. Todos conheciam e reconheciam a inteireza do seu caráter, a força de suas determinações e a idoneidade dos seus propósitos. Foram esses fatores que, no seu conjunto, inspiraram a confiança irrestrita depositada no Cardeal Dom Vicente Scherer.

Dessa forma, o Rio Grande assistiu o milagre da ressurreição da Santa Casa, para o bem de todos.

Troféus para católicos ilustres na Câmara de P. Alegre

vicção de que Porto Alegre é fruto das relações que conquistei entre amigos e colaboradores.”

A entrega do troféu Câmara de Porto Alegre ao Mensageiro da Caridade, dia 16 de setembro, teve a presença do superintendente executivo do Secretariado de Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre, Ivo Guizzardi e do Arcebispo Dom Dadeus Grings. O Secretariado da Ação Social (Cáritas é órgão da Igreja responsável por projetos como o Mensageiro da Caridade. O Mensageiro conta com 192 mil doadores cadastrados. A en-tidade também distribui mensalmente arroz para 6,5 mil famílias.

Norberto Bozzetti

Foto: Camila Domingues/CMPA

Foto: Pedro Revillion/CMPA

Foto: Camila Domingues/CMPA

Irmão Antônio Cecchin

Ivo Guizzardi, da Caritas

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