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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável Tema: A legislação ambiental brasileira Prof. Me. Angelo Valles de Sá

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável

Tema: A legislação ambiental brasileira

Prof. Me. Angelo Valles de Sá

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Bem-vindo a esta aula!

Antes de iniciar seus estudos, assista ao vídeo a seguir para saber quais

os temas que serão trabalhados.

Introdução

Hoje, falaremos sobre o meio ambiente a partir da discussão da

legislação ambiental brasileira, apresentando resumos das principais leis e o

processo de licenciamento ambiental.

Boa aula!

A Legislação Ambiental Brasileira

O desenvolvimento das atividades produtivas pode trazer consequências

de degradação ambiental. Essa condição provocada pelo homem causa danos

humanos, materiais ou ambientais, com consequentes prejuízos econômicos e

sociais. Por essa razão, decorre a necessidade de atuação ambiental do poder

público na orientação, na correção, na fiscalização e no monitoramento

ambiental, de acordo com as diretrizes administrativas e as leis em vigor.

Na relação entre o setor produtivo e o meio ambiente, haverá princípios,

normas e regras que se entrelaçarão e que deverão ser observados, por

exemplo: o estudo do impacto ambiental, que é um dos instrumentos mais

importantes de atuação administrativa, na defesa do meio ambiente. Isso

porque se trata de um verdadeiro mecanismo de planejamento, bem como o

seu resultado, que reflete diretamente na instalação de atividades

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intensamente poluidoras, já que, muitas vezes, funciona na prática como

barreira no exercício dessas atividades para as quais são requeridos o Estudo

de Impacto Ambiental (EIA).

Conheça mais sobre o EIA assistindo a este vídeo.

O EIA possui um caráter eminentemente preventivo de danos ao meio

ambiente e insere a obrigação de levá-lo em consideração antes da realização

de atividades que possam ter forte repercussão negativa sobre a qualidade

ambiental. Isto é, o EIA destina-se a analisar e a entender as consequências

não só da implantação de um projeto de produção, mas, também, da

idealização, por meio de métodos de análise de impacto ambiental e técnicas

de previsão desse impacto, propondo, assim, uma inibição de determinadas

atividades com base em diagnósticos ambientais, caso necessário.

Ressalta-se que tal questão apresenta importância significativa na esfera

ambiental, uma vez que a própria Lei Federal n. 6.938/81 a coloca como um

dos principais instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.

A não realização do EIA nas atividades poluidoras pode levar eventos

danosos à qualidade de vida e ao bem-estar da coletividade. Assim, o

legislador e o constituinte optaram por uma atitude de segurança e prudência à

rapidez da implementação de um projeto para instalação de um

empreendimento qualquer, por exigir uma série de adequações e medidas.

Recomendamos a leitura de uma das principais leis ambientais

brasileiras: a Lei n. 6.838.

Acesse: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm>

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 4

No Brasil, o EIA teve sua primeira previsão na Lei n. 6.803, a qual dispôs

sobre as diretrizes básicas para zoneamento industrial em áreas críticas,

porém, foi com a Lei n. 6.938/81 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente)

que o EIA passou a integrar a legislação protetiva do meio ambiente no país.

Essa lei foi regulamentada pelo Decreto n. 88.351/83, determinando o

Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) como responsável pela

fixação dos critérios básicos de estudo do impacto ambiental.

Antes de continuar sua leitura, que tal definirmos o que é Conama?

Conama é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto n. 99.274/90. O Conama é composto por plenário, Cipam, grupos assessores, câmaras técnicas e grupos de trabalho. O Conselho é presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva é exercida pelo Secretário Executivo do MMA (MMA, 2012).

Fiel a tal regulamento, o Conama, em 1986, editou a Resolução n. 001/86,

que trata a matéria de maneira minuciosa, com linguagem objetiva e direta, e,

mais tarde, em 1988, o EIA adquire status de matéria constitucional. A maioria

das doutrinas defende a compatibilidade da Resolução n. 001/86, do Conama,

com a nova ordem constitucional, a partir de 1988.

Art. 1º – [...] considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades que, direta ou indiretamente, afetam:

I – a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II – as atividades sociais e econômicas;

III – a biota;

IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V – a qualidade dos recursos ambientais.

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 5

Este vídeo fala sobre os aspectos e impactos ambientais.

Continuando nessa linha de raciocínio, há determinadas atividades que

são submetidas a certas condições para poderem existir. Dessa forma, faz-se

necessária a comprovação de processos de licenciamento que atesta a

conformidade com os requisitos ambientais, podendo ser direcionada à

empresa ou ao produto, conferindo selos ambientais e tendo como base o EIA.

Esse processo de licenciamento pode ser considerado como práticas

ambientais sustentáveis, as quais buscam evitar alterações capazes de gerar

uma degradação significativa no meio ambiente. Cabe ressaltar ainda que esse

processo de avaliação abrange não apenas aspectos ecológicos, mas,

também, aspectos sociais e econômicos.

O EIA é exigido como condição para o licenciamento, integrando, assim,

o processo de licenciamento ambiental, mas nem todas as atividades estão

sujeitas a isso e, consequentemente, não estarão sujeitas também ao EIA, que

é solicitado somente para aqueles impactos causadores de significativa

degradação ambiental.

Segundo a Constituição Federal, o estudo do impacto ambiental deve

anteceder o início das atividades produtivas quando associadas a situações

potencialmente causadoras de degradação do meio ambiente.

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 6

O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo que se

desenvolve em três fases:

1. O estudo de viabilidade do projeto (licença prévia), em que se tem a

exigência, a elaboração e a aprovação do EIA antes da expedição da

licença prévia;

2. A elaboração de um projeto mais detalhado (licença de instalação);

3. A vistoria da atividade (licença de operação).

Somente após a terceira etapa é que se autorizará o funcionamento do

empreendimento.

O artigo 2º, da Resolução n. 001/86, traz um rol exemplificativo de

atividades potencialmente causadoras de significativa degradação ao meio

ambiente. Nesse contexto, assume especial importância o conceito de

degradação ambiental, por se tratar de um conceito impreciso, indefinido, que

deve ser determinado pelo órgão público no início do processo de

licenciamento. Não há discricionariedade da administração na aplicação de tal

conceito, devendo emitir juízo estrito de legalidade pela aplicação do direito.

Portanto, cabe ao judiciário, sempre que provocado para isso, pronunciar-se

sobre a aplicação do conceito indeterminado em questão. De tal forma, o órgão

público pode exigir que esse aspecto ambiental seja considerado no estudo,

caso a empresa ou o empreendedor o tenha desconsiderado em sua avaliação

inicial.

Conforme previsto nos artigos 5º e 6º, da Resolução n. 001/86, do

Conama, o estudo de impacto ambiental deve realizar uma série de análises e

avaliações, entre elas: a descrição da situação ambiental da área atingida,

antes da implantação do empreendimento (aspectos ecológicos e

Havendo qualquer irregularidade nesse procedimento, a atividade em

questão será ilegal e poderá ser impugnada ou embargada.

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socioeconômicos); a análise dos impactos ambientais do projeto (magnitude;

positivo, negativo; direito, indireto; imediato, em médio prazo, em longo prazo;

temporários, permanentes; grau de reversibilidade); as eventuais alternativas

para o empreendimento (inclusive alternativa de não execução); a constatação

de impactos negativos; a definição de medidas mitigadoras; e a elaboração de

programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos a ser efetivada

depois da implantação do empreendimento.

Geralmente, cabe ao Órgão Ambiental Estadual analisar e aprovar o

estudo de impacto e seu relatório, porém, a Comissão Nacional de Energia

Nuclear se encarrega dessa tarefa quando se trata de atividades nucleares.

Algumas vezes, há conflito entre o meio ambiente e o setor produtivo,

atribuindo-se direitos ou garantias tanto para um quanto para o outro, por

exemplo, a concordância de práticas e a harmonização, de forma a coordenar

e combinar a conservação e a manutenção do meio ambiente, com interesses

no desenvolvimento econômico, evitando, assim, o sacrifício total de um em

relação ao outro e realizando uma redução proporcional do âmbito de alcance

de cada um deles, sempre em busca do verdadeiro significado das dimensões

da sustentabilidade.

O abuso de um interesse necessita de uma avaliação da circunstância,

ou seja, da composição e da conciliação entre diversos interesses, porém a

realidade mostra um avanço considerável na conscientização da supremacia

do interesse ambiental diante do econômico.

Para que possamos ter uma compreensão clara dos nossos diretos e

deveres, assim como um efetivo exercício profissional, tanto no campo

ambiental quanto em outros, é de suma importância um entendimento da nossa

legislação. Portanto, leia e analise algumas das principais leis ambientais.

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Quais são os órgãos brasileiros responsáveis pelo licenciamento?

Bom, quando falamos no âmbito dos Estados, têm-se os Órgãos

Estaduais de Meio Ambiente, e no âmbito federal, o Ibama, por meio da

Diretoria de Licenciamento Ambiental que age, especialmente, em projetos de

infraestrutura que atinjam mais de um Estado, assim como em atividades de

petróleo e gás, e na plataforma continental.

A Lei n. 6.938/81, as Resoluções do Conama n. 001/86 e n. 237/97, e o

Parecer n. 312, que trata da competência estadual e federal para o

licenciamento a partir da abrangência do impacto, são as leis que gerem tal

licenciamento. Por meio das Audiências Públicas – durante as quais o

conteúdo do estudo e do relatório de impacto ambiental é apresentado às

comunidades que vivem nos locais que serão atingidos pelo empreendimento,

esclarecendo dúvidas e acolhendo sugestões – a participação social no

processo de licenciamento é garantida. Essas audiências são realizadas por

solicitação do Ibama ou de entidade civil, do Ministério Público ou por um grupo

de no mínimo 50 cidadãos, e seu edital deve ser publicado no Diário Oficial e

nos meios de comunicação locais, com indicação de data, hora e lugar do

evento, devendo a localidade ser de fácil acesso à comunidade daquele

ambiente.

Assista ao vídeo a seguir que fala sobre a legislação ambiental

brasileira.

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 9

Principais Leis Ambientais Brasileiras

Dando continuidade a sua leitura, conheça agora algumas das principais

leis ambientais brasileiras:

Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938, de 17/01/1981) – uma

das mais importantes leis ambientais, a qual define que o poluidor é

obrigado a indenizar os danos ambientais que causar, independentemente

de culpa. O Ministério Público (promotor público) pode propor ações de

responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a

obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados. Esta lei também

criou os Estudos e respectivos Relatórios de Impacto Ambiental (EIA/Rima),

regulamentados em 1986 pela Resolução n. 001/86, do Conselho Nacional

do Meio Ambiente (Conama);

Ibama (Lei n. 7.735, de 22/02/1989) – lei que criou o Instituto Brasileiro do

Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), incorporando

a Secretaria Especial do Meio Ambiente (que era subordinada ao Ministério

do Interior) e as agências federais na área de pesca, desenvolvimento

florestal e borracha;

Lei de Crimes Ambientais (Lei n. 9.605, de 12/02/1998) – esta lei reordena

a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições,

pois, a partir dela, a pessoa jurídica, autora ou coautora da infração

ambiental, pode ser penalizada, chegando-se à liquidação da empresa, caso

ela tenha sido criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental;

Política Agrícola (Lei n. 8.171, de 17/01/1991) – esta lei coloca a proteção

do meio ambiente entre seus objetivos e como um de seus instrumentos. Em

um capítulo inteiramente dedicado ao tema, define que o Poder Público

(federação, Estados, municípios) deve disciplinar e fiscalizar o uso racional

do solo, da água, da fauna e da flora; realizar zoneamentos agroecológicos

para ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas (inclusive

instalação de hidrelétricas); desenvolver programas de educação ambiental;

fomentar a produção de mudas de espécies nativas, entre outros;

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Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei n. 9.433, de 08/01/1997) – lei

que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional

de Recursos Hídricos e define a água como recurso natural limitado, dotado

de valor econômico, que pode ter usos múltiplos, como consumo humano,

produção de energia, transporte aquaviário, lançamento de esgotos etc.;

Ação Civil Pública (Lei n. 7.347, 24/07/1985) – lei de interesses difusos

que trata da ação civil pública de responsabilidades por danos causados ao

meio ambiente, ao consumidor, e ao patrimônio artístico, turístico ou

paisagístico. A ação pode ser requerida pelo Ministério Público a pedido de

qualquer pessoa ou por uma entidade constituída há pelo menos um ano.

Normalmente, é precedida por um inquérito civil;

Área de Proteção Ambiental (Lei n. 6.902, de 27/04/1981) – lei que criou

as figuras das “Estações Ecológicas” (áreas representativas de

ecossistemas brasileiros, sendo que 90% delas devem permanecer

intocadas e 10% podem sofrer alterações para fins científicos) e das “Áreas

de Proteção Ambiental” (Apas) – nas quais podem permanecer as

propriedades privadas, mas o poder público pode limitar, e as atividades

econômicas para fins de proteção ambiental;

Agrotóxicos (Lei n. 7.802, de 11/07/1989) – esta lei regulamenta desde a

pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua comercialização, aplicação,

controle, fiscalização e, também, destino da embalagem, impondo a

obrigatoriedade do receituário agronômico para venda de agrotóxicos ao

consumidor;

Atividades Nucleares (Lei n. 6.453, de 17/10/1977) – lei que aborda sobre

a responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal

por atos relacionados a atividades nucleares. Entre outros, determina que,

quando houver um acidente nuclear, a instituição autorizada a operar a

instalação nuclear tem a responsabilidade civil pelo dano, independente da

existência de culpa;

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Engenharia Genética (Lei n. 8.974, de 05/01/1995) – regulamentada pelo

Decreto n. 1.752, de 20 de dezembro de 1995, esta lei estabelece normas

para aplicação da engenharia genética, desde o cultivo, a manipulação e o

transporte de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) até a sua

comercialização, o seu consumo e a sua liberação no meio ambiente;

Exploração Mineral (Lei n. 7.805, de 18/07/1989) – esta lei regulamenta a

atividade garimpeira. A permissão da lavra é concedida pelo Departamento

Nacional de Produção Mineral (DNPM) a brasileiro ou corporativa de

garimpeiros autorizada a funcionar como empresa, devendo ser renovada a

cada 5 anos;

Fauna Silvestre (Lei n. 5.197, de 03/01/1967) – lei que classifica como

crime usar, perseguir e pegar animais silvestres, caçar profissionalmente,

fazer comércio de espécimes da fauna silvestre e de produtos que derivaram

de sua caça, além de proibir a introdução de espécie exótica (importada) e a

caça amadorística sem autorização do Ibama;

Gerenciamento Costeiro (Lei n. 7.661, de 16/05/1988) – regulamentada

pela Resolução n. 1, da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar,

em 21 de dezembro de 1990, esta lei traz as diretrizes para criar o Plano

Nacional de Gerenciamento Costeiro, definindo zona costeira como o

espaço geográfico da interação do ar, do mar e da terra, incluindo os

recursos naturais e abrangendo uma faixa marítima e outra terrestre;

Parcelamento do Solo Urbano (Lei n. 6.766, de 19/12/1979) – lei que

estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de

preservação ecológica nas quais a poluição representa perigo à saúde, e em

terrenos alagadiços;

Patrimônio Cultural (Decreto-Lei n. 25, de 30/11/1937) – este decreto

organiza a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, incluindo

como patrimônio nacional os bens de valor etnográfico e arqueológico, os

monumentos naturais, além dos sítios e das paisagens de valor notável pela

natureza ou a partir de uma intervenção humana;

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Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição (Lei n. 6.803, de

02/07/1980) – de acordo com esta lei, cabe aos Estados e municípios

estabelecer limites e padrões ambientais para a instalação e o licenciamento

das indústrias, exigindo o estudo do impacto ambiental. Os municípios

podem criar três classes de zonas destinadas à instalação de indústrias;

Lei de Educação Ambiental (Lei n. 9.795, de 27/04/1999) – lei que dispõe

sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação

Ambiental e dá outras providências. Entende-se por educação ambiental os

processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores

sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para

a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à

sadia qualidade de vida e à sua sustentabilidade;

Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei n. 9.985, de

18/07/2000) – regulamenta o artigo 225, parágrafo 1º, incisos I, II, III e VII,

da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação da Natureza (SNUC), estabelece critérios e normas para a

criação, implantação e gestão das unidades de conservação e dá outras

providências;

Lei da Ação Popular (Lei n. 4.717, de 29/06/1965) – esta lei diz que

qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a

declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito

Federal, dos Estados e dos municípios, entre outros;

Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305, de 02/08/2010) –

esta lei dispõe sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como

sobre suas diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de

resíduos sólidos (incluindo os perigosos), às responsabilidades dos

geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 13

Gerenciamento dos Requisitos Legais

Quanto ao gerenciamento dos requisitos legais, conhecido como GL,

cabe ressaltar que toda empresa deve considerar as leis, não sendo aceita a

justificativa da não aplicação da legislação baseada no não conhecimento. Por

essa razão, os requisitos legais estão disponíveis a todos os interessados. Já

quanto ao seu acesso, veja a dica a seguir.

No GL, cabe à empresa buscar a legislação na esfera federal, estadual e

municipal, assim como as Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBR),

disponíveis para a aquisição no site da ABNT, e as Normas do Inmetro.

Para ilustrar nossas reflexões sobre as questões ambientais, faça a

leitura e aprofunde seus conhecimentos sobre o protocolo de Montreal, que

estabelece restrições quanto ao uso de substâncias que agridem a camada de

ozônio, e sobre o protocolo de Kyoto, o qual institui critério para o controle do

aquecimento global.

Acesse: <http://www.protocolodemontreal.org.br>

Acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto>

Sempre busque a legislação de seu interesse em sites oficiais para

assegurar a sua integridade e veracidade.

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Síntese

Confira no vídeo a seguir uma revisão dos temas abordados nesta aula.

Até a próxima!

Aprofunde seus conhecimentos nos sites do Inmetro e da ABNT.

Acesse: <http://www.inmetro.gov.br/>

Acesse: <http://www.abnt.org.br/>

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 15

1. A prefeitura de um município está preocupada com a geração de resíduos

domiciliares em sua cidade, e, por essa razão, lhe foi solicitada uma

consultoria para propor soluções quanto à disposição final de seus

resíduos. Para iniciar essa atividade, você decide consultar a legislação

pertinente e descobre que a lei que nortearia sua pesquisa é?

a. A Lei n. 12.305/10.

b. A Lei n. 7.735/89.

c. A Lei n. 9.605/98.

d. A Lei n. 9.433/ 97.

2. A maioria das doutrinas defende a compatibilidade da Resolução n. 001/86,

do Conama, com a nova ordem constitucional, a partir de 1988. Em seu

artigo 1º, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das

propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por

qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades que, direta

ou indiretamente, afetam o meio ambiente. Analise as proposições abaixo

sobre o que um impacto ambiental pode afetar e depois marque a

alternativa correta.

I. A saúde, a segurança e o bem-estar da população.

II. As atividades sociais e econômicas.

III. A biota e as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente.

IV. A qualidade dos recursos ambientais.

a. Apenas os itens I e II são verdadeiros.

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 16

b. Apenas os itens I, II e III são verdadeiros.

c. Apenas os itens II e III são verdadeiros.

d. Os itens I, II, III e IV são verdadeiros

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 17

Referências

BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out.

1988a.

_____. Decreto n. 8.851, de 1º de junho de 1983. Regulamenta a Lei n. 6.938,

de 31 de agosto de 1981, e a Lei n. 6.902, de 27 de abril de 1981, que

dispõem, respectivamente, sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e sobre

a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental, e dá outras

providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 jun. 1983. Disponível em:

<http://www.ibama.gov.br/carijos/documentos/Decreto88351.pdf>. Acesso em:

20 mar. 2012.

_____. Decreto-Lei n. 25, de 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do

patrimônio histórico e artístico nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF,

6 dez. 1937. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-

lei/Del0025.htm>. Acesso em: 28 fev. 2012.

_____. Lei n. 4.717, de 29 de junho de 1965. Regula a ação popular. Diário

Oficial da União, Brasília, DF, 5 jul. 1965. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4717.htm>. Acesso em: 28 fev. 2012.

_____. Lei n. 5.197, de 3 de janeiro de 1967. Dispõe sobre a proteção à fauna

e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 jan. 1967.

Disponível em: <http://www6.senado.gov.br/sicon/#>. Acesso em: 10 mar.

2012.

_____. Lei n. 6.453, de 17 de outubro de 1977. Dispõe sobre a

responsabilidade civil por danos nucleares e a responsabilidade criminal por

atos relacionados com atividades nucleares e dá outras providências. Diário

Oficial da União, Brasília, DF, 18 nov. 1977. Disponível em:

<http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/110606/lei-de-responsabilidade-civil-

por-danos-nucleares-lei-6453-77>. Acesso em: 8 mar. 2012.

_____. Lei n. 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o Parcelamento

do Solo Urbano e dá outras Providências. Diário Oficial da União, Brasília,

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 18

DF, 20 dez. 1979. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/

L6766.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012.

BRASIL. Lei n. 6.803, de 2 de julho de 1980. Dispõe sobre as diretrizes básicas

para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, e dá outras

providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 8 jul. 1980. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6803.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012.

_____. Lei n. 6.902, de 27 de abril de 1981. Dispõe sobre a criação de

Estações Ecológicas, Áreas de Proteção Ambiental e dá outras providências.

Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 abr. 1981a. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6902.htm>. Acesso em: 10 mar.

2012.

_____. Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional

do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá

outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 set. 1981b.

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso

em: 8 mar. 2012.

_____. Lei n. 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil pública de

responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a

bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico

(VETADO) e dá outras providências. Diário Oficial da União, DF, Brasília,

25 jul. 1985. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347

orig.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012.

_____. Lei n. 7.661, de 16 de maio de 1988. Institui o Plano Nacional de

Gerenciamento Costeiro e dá outras providências. Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 18 mai. 1988b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_

03/leis/L7661.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012.

_____. Lei n. 7.735, de 22 de fevereiro de 1989. Dispõe sobre a extinção de

órgão e de entidade autárquica, cria o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

dos Recursos Naturais Renováveis e dá outras providências. Diário Oficial da

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 19

União, Brasília, DF, 23 fev. 1989c. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/

ccivil_03/leis/L7735.htm>. Acesso em: 10 mar. 2012.

BRASIL. Lei n. 7.802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a

experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o

armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a

importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o

registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos,

seus componentes e afins, e dá outras providências. Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 12 jul. 1989a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/

ccivil_03/leis/L7802.htm>. Acesso em: 8 mar. 2012.

_____. Lei n. 7.805, de 18 de julho de 1989. Altera o Decreto-Lei n. 227, de 28

de fevereiro de 1967, cria o regime de permissão de lavra garimpeira, extingue

o regime de matrícula, e dá outras providências. Diário Oficial da União,

Brasília, DF, 20 jul. 1989d. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil

_03/Leis/L7805.htm>. Acesso em: 10 mar. 2012.

_____. Lei n. 8.171, de 17 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política agrícola.

Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 jan. 1991. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8171.htm>. Acesso em: 10 mar.

2012.

_____. Lei n. 8.974, de 5 de janeiro de 1995. Regulamenta os incisos II e V do

parágrafo 1º, do artigo 225, da Constituição Federal, estabelece normas para o

uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de

organismos geneticamente modificados, autoriza o Poder Executivo a criar, no

âmbito da Presidência da República, a Comissão Técnica Nacional de

Biossegurança, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,

6 jan. 1995. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104372/lei-

8974-95>. Acesso em: 8 mar. 2012.

_____. Lei n. 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de

Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

Hídricos, regulamenta o inciso XIX, do artigo 21, da Constituição Federal, e

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Gestão Socioambiental e Desenvolvimento Sustentável | A legislação ambiental brasileira 20

altera o artigo 1º, da Lei n. 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei

n. 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Diário Oficial da União, Brasília, DF,

9 jan. 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.

htm>. Acesso em: 28 fev. 2012.

BRASIL. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções

penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio

ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,

13 fev. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.

htm>. Acesso em: 8 mar. 2012.

_____. Lei n. 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação

ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras

providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 abr. 1999. Disponível

em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=321>. Acesso

em 28 fev. 2012.

_____. Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o artigo 225,

parágrafo 1º, incisos I, II, III e VII, da Constituição Federal, institui o Sistema

Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.

Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 jul. 2000. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm>. Acesso em: 28 fev. 2012.

_____. Lei n. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de

Residuos Sólidos; altera a Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras

providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 3 ago. 2010. Disponível

em: <http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1024358/politica-nacional-de-resi

duos-solidos-lei-12305-10>. Acesso em: 28 fev. 2012.

_____. Resolução Conama n. 237, de 19 de dezembro de 1997. Diário Oficial

da União, Brasília, DF, 19 jun. 2001. Disponível em: <http://www.mma.

gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>. Acesso em: 8 mar. 2012.