honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do...

12
Comitê divulga relatório com resul- tados das avaliações dos audito- res independentes. (Página 4) Página 3 J RNAL DO CFC J RNAL DO CFC BRASÍLIA-DF - ANO 6, N 0 62 - JULHO DE 2003 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Páginas 6 e 7 Conselho é a primeira entidade profissional a incentivar ONG O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) reforçou sua participação no desenvolvimento social e econômico do País, associando-se à Organização Não-Governamental Apoio F Apoio F Apoio F Apoio F Apoio F ome Zer ome Zer ome Zer ome Zer ome Zer o o o . O objetivo é promover a cidadania, erradicar a fome e as desigualdades sociais. A iniciativa reuniu 100 grandes empresas e entidades durante a cerimônia de lançamento, em São Paulo, e contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do presidente do CFC, Alcedino Gomes Barbosa. O Conselho já está mobilizando os CRCs em prol desta causa. Saiba como, nessa edição. Programa de Educação Profissional Continuada Decisões do Banco Central do Brasil (BACEN) reafirmam a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas às instituições financeiras e às administradoras de consórcio. BACEN reforça cumprimento das NBCs Relatório apresentado pelo deputado Oswaldo Biolchi (PMDB-RS) à Câmara dos Deputados traz algumas das mudanças ao Projeto de Lei nº 4.376/93, sugeridas pela classe contábil. Leia mais sobre o assunto neste jornal. Lei de Falências em discussão Página 11 Evento reúne as comissões dos Conselhos Federal e Regionais para discutirem a implementação do programa em todo o País. (Página 5) Programa de Revisão de Qualidade Programa de Revisão de Qualidade Programa de Revisão de Qualidade Programa de Revisão de Qualidade Programa de Revisão de Qualidade Contadores do Paraná e da Bahia estimulam profissionais com suas histórias. (Página 12) Pioneiros da Contabilidade Pioneiros da Contabilidade Pioneiros da Contabilidade Pioneiros da Contabilidade Pioneiros da Contabilidade Contabilidades na Bolívia e Honduras são os destaques dessa seção. (Página 8)

Upload: others

Post on 26-Sep-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

Comitê divulga relatório com resul-tados das avaliações dos audito-res independentes. (Página 4)

Pági

na 3

J RNAL DO CFCJ RNAL DO CFCBRASÍLIA-DF - ANO 6, N0 62 - JULHO DE 2003 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Pági

nas

6 e

7

Conselho é a primeira entidadeprofissional a incentivar ONG

O Conselho Federal de Contabilidade(CFC) reforçou sua participação nodesenvolvimento social e econômicodo País, associando-se à OrganizaçãoNão-Governamental Apoio FApoio FApoio FApoio FApoio Fome Zerome Zerome Zerome Zerome Zerooooo.O objetivo é promover a cidadania,erradicar a fome e as desigualdadessociais. A iniciativa reuniu 100grandes empresas e entidadesdurante a cerimônia de lançamento,em São Paulo, e contou com apresença do presidente daRepública, Luiz Inácio Lula da Silva,e do presidente do CFC, AlcedinoGomes Barbosa. O Conselho já estámobilizando os CRCs em prol destacausa. Saiba como, nessa edição.

Programa de EducaçãoProfissional ContinuadaDecisões do Banco Central do Brasil (BACEN) reafirmam

a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileirasde Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidasàs instituições financeiras e às administradoras deconsórcio.

BACEN reforça cumprimento das NBCs

Relatório apresentado pelo deputado Oswaldo Biolchi(PMDB-RS) à Câmara dos Deputados traz algumas dasmudanças ao Projeto de Lei nº 4.376/93, sugeridas pelaclasse contábil. Leia mais sobre o assunto neste jornal.

Lei de Falências em discussão

Pági

na 1

1

Evento reúne as comissões dos Conselhos Federale Regionais para discutirem a implementação doprograma em todo o País. (Página 5)

Programa de Revisão de QualidadePrograma de Revisão de QualidadePrograma de Revisão de QualidadePrograma de Revisão de QualidadePrograma de Revisão de QualidadeContadores do Paraná e da Bahiaestimulam profissionais com suashistórias. (Página 12)

Pioneiros da ContabilidadePioneiros da ContabilidadePioneiros da ContabilidadePioneiros da ContabilidadePioneiros da Contabilidade

Contabilidades na Bolívia eHonduras são os destaquesdessa seção. (Página 8)

Page 2: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

2

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

Quem sabe faz a hora

Este espaço pertence aos leitores do Jornal do CFC. É por meio dele que será feita a interação entre a vontade do leitor e oseditores do Jornal. Para incentivar este diálogo, cartas, opiniões, sugestões e pedidos serão bem-vindos.

EditorialEditorialEditorialEditorialEditorial

Alcedino Gomes BarbosaPresidente do [email protected]

CartasCartasCartasCartasCartas

Em defesa da classe

Conselheiros EfetivosContador Alcedino Gomes BarbosaContador Antônio Carlos DóroContador Dorgival Benjoino da SilvaContador Irineu De MulaContador José Justino Perini ColledanContador José Martonio Alves CoelhoContador Raimundo Neto de CarvalhoContador Sudário de Aguiar CunhaContador Sergio FaracoContador Washington Maia FernandesTéc. Cont. Bernardo Rodrigues de SouzaTéc. Cont. Miguel Ângelo Martins LaraTéc. Cont. Paulo Viana NunesTéc. Cont. Waldemar Ponte DuraTéc. Cont. Mauro Manoel Nóbrega

Conselheiros SuplentesContador Antonio Augusto de Sá ColaresContador Delmiro da Silva MoreiraContadora Eulália das Neves FerreiraContador José Antonio de GodoyContadora Maria Clara Cavalcante BugarimContadora Maria do Socorro Bezerra MateusContador Pedro Nunes Ferraz da SilvaContador Roberto Carlos Fernandes DiasContador Solindo Medeiros e SilvaContadora Verônica Cunha de Souto MaiorTéc. Cont. Albino Luiz SellaTéc. Cont. Edeno Teodoro TostesTéc. Cont. Francinês Maria Nobre SouzaTéc. Cont. José Augusto Costa SobrinhoTéc. Cont. Windson Luiz da Silva

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADESAS QUADRA 5 - BLOCO J - Ed. CFCTEL: (61) 314-9600 - FAX: (61) 322-2033CEP 70070-920 - BRASÍLIA-DFwww.cfc.org.br - [email protected]

Jornal do CFCAno 6 - Número 62 - Julho de 2003COORDENAÇÃO EDITORIAL:AP Vídeo e ComunicaçãoEDIÇÃO:Andréa Mota - DF 02226JPJORNALISTA RESPONSÁVEL:Andréa Mota - DF 02226JPREDAÇÃO:Márcio Varella, Daniela Risson e William PassosPROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:Silvia Neves de OliveiraREVISÃO:Andréa RibasANÚNCIOS:Tel: (61) 314-9614 - [email protected]: [email protected]: 85.000 exemplares

Plenário do CFCPresidente

Alcedino Gomes Barbosa

Vice-Presidente de Administração

Sergio Faraco

Vice-Presidente de Desenvolvimento

Profissional - José Martonio Alves Coelho

Vice-Presidente de Controle Interno

Raimundo Neto de Carvalho

Vice-Presidente de Registro e Fiscalização

Dorgival Benjoino da Silva

Vice-Presidente Técnico

Irineu De Mula

ExpedienteExpedienteExpedienteExpedienteExpediente

Permitida a reprodução de qualquermatéria, desde que citada a fonte.

Gostaria de parabenizá-los pe-las importantes matérias veiculadasno Jornal do CFC. Apenas chamoa atenção para comentários, comoo emitido em matéria publicada naedição n° 59 (abril), pelo colegaOrlando Perdigão. Ele afirmou que“só fica rico quem faz contabilida-de desonesta”. Estejam atentos aessas afirmações, que denigrem aimagem dos contabilistas.

Francisco CardosoDelegado do CRCMS

em Dourados

Eugenio Novaes

Sou técnico em Contabilidadee também apreciador deVexilologia, ciência que estuda asbandeiras.Gostaria de fazer umaobservação quanto à coluna “Con-tabilidade pelo Mundo”, publicadana edição de março (nº 58) doJornal do CFC. A bandeirapublicada como sendo a da Nigériaé, na verdade, a do Níger, um paísafricano vizinho à Nigéria.

André Pires GodinhoTécnico em Contabilidade

Bandeiras trocadas

Gostaria de cumprimentar opresidente Alcedino pelo trabalhode divulgação que vem realizandoem prol da classe contábil. Emespecial, destaco o vídeo produzi-do e apresentado no programa“Domingão do Faustão”, sobre oDia do Contabilista. A iniciativa, se-gundo matéria deste jornal, de-monstrou a importância da classecontábil a toda a sociedade.

Elisabeth Vasconcelos SobralSindicato dos Contabilistas de

Volta Redonda (RJ)

Dia do Contabilista

Vem vamos embora, que espe-rar não é saber. Quem sabe faz ahora, não espera acontecer. Quemnão se lembra deste refrãoeternizado pela voz corajosa deGeraldo Vandré? A célebre música,cantada com a reverência de umhino nacional, exortou multidõescontra a ditadura militar – um nefas-to registro na história brasileira, quedevemos esquecer.

Vem vamos embora, contabilis-tas brasileiros! Somos 330 mil sol-dados, armados de sabedoria e combases em todas as localidades des-te imenso País. Com esse exérci-to, podemos arregimentar os cida-dãos, para um confronto final contraa corrupção, a fome e a miséria hu-mana. A ditadura foi vencida pela de-mocracia, mas ainda impera a desi-gualdade social.

Estamos em estado de alerta,pois o desafio já foi lançado. Em 8de julho, em São Paulo, encabeçadapelo ilustre contador AntoninhoMarmo Trevisan, nasceu a ONGApoio Fome Zero. O Conselho Fe-deral de Contabilidade (CFC) e as100 maiores empresas e instituiçõesbrasileiras se uniram na luta contraa erradicação da fome, em apoio aoprograma Fome Zero do GovernoFederal.

A categoria contábil, por meio doCFC, é a primeira profissão regula-mentada a associar-se à idéia. Cabea nós, contabilistas, a tarefa deinteriorizar as ações da Apoio FomeZero. Devemos, com o envolvimentode todas as entidades contábeis,

identificar os contabilistas voluntári-os para coordenarem a criação de“comitês de cidadania”, em todos osmunicípios brasileiros.

Serão 5.561 comitês, lideradosou integrados por contabilistas dasrespectivas localidades, trabalhan-do em prol dos programas alimen-tares do Governo Federal e impul-sionando as ações desenvolvidaspelo Sistema Contábil Brasileiro.Uma estrutura fantástica que muitopoderá beneficiar a própria profissãocontábil, principalmente, na intensi-ficação das campanhas nacionaispor nós desenvolvidas e direcionadasà sociedade. Imagine a CampanhaNacional de Doação de Sangue, querealizamos no ano passado, se estacapilaridade já existisse. Esta açãosocial, até então inédita em termosde categoria profissional, teria mai-

or repercussão junto com a socie-dade, o que daria ainda mais visibi-lidade aos contabilistas brasileiros.

Bem, poderemos agilizar estaestruturação logística e empregá-lana Campanha de Combate àCorrupção no Brasil, assim como noaumento do número de prefeiturase estados participantes do PrêmioCFC de Gestão Fiscal Responsá-vel. Poderíamos, ainda, melhor pro-pagar a proposta de Reforma Tribu-tária da profissão contábil, comotambém outros importantes projetos.

Esperamos que contadores etécnicos em contabilidade, de todosos rincões desse País, se apresen-tem como voluntários, perante o CFCou os CRCs. Tudo para que, juntos,possamos incrementar mais esseaudacioso projeto social. Uma es-trutura logística nacional que pode-rá ser a semente que, no futuro, ve-nha a germinar e dar origem a umgrande partido político comandadoou que venha defender os interes-ses dos contabilistas em todas asesferas de poder.

É uma tarefa que todos devemosabraçar. A profissão contábil é gran-diosa, mas não basta ser grande,deve parecer grande. Devemos serousados, tomar iniciativas e mos-trar a nossa cara. Assim, sempresairemos na frente. Quem sabe faza hora, não espera acontecer!

Page 3: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

3

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

INTERNINTERNINTERNINTERNINTERNAAAAACIONCIONCIONCIONCIONALALALALAL

NNNNNAAAAACIONCIONCIONCIONCIONALALALALAL

Consulte os demais eventosprogramados no site do

CFC: www.cfc.org.br.

Decisões do Banco Centralreforçam trabalho do CFC

Duas importantes decisões fo-ram tomadas, recentemente, pelasprincipais autoridades da área finan-ceira no Brasil, sendo uma delas oBanco Central (BACEN). Ambasdestacam as responsabilidades pro-fissionais dos contadores e revelama importância e o respeito demons-trado pela profissão, em especialquanto ao reconhecimento das nor-mas emanadas pelo Conselho Fe-deral de Contabilidade (CFC). Taismanifestações reforçam a obriga-toriedade do cumprimento das Nor-mas Brasileiras de Contabilidade(NBCs), emitidas pelo CFC. Inclusi-ve, elas atingem as câmaras e osprestadores de serviços de compen-sação e liquidação, além dos gru-pos de consórcio.

A Resolução nº 3.081, de 29 demaio de 2003, e a Circular nº 3.192,de 5 de junho de 2003, do BACEN,têm o objetivo de dar maior respon-sabilidade aos administradores dosistema financeiro e dos consór-cios, na medida em que obriga es-sas instituições a fornecer aos au-ditores independentes todos os da-dos, informações e condições ne-cessárias para o efetivo desempe-nho de seus serviços, de acordo comas normas emitidas pelo ConselhoFederal de Contabilidade (CFC).

Segundo o próprio BACEN,as demonstrações contábeis eas notas explicativas dessas ins-tituições devem ser auditadas por

auditores independentes regis-trados na Comissão de ValoresMobiliários (CVM).

Contador na direção

O CFC considera excelentes asmedidas tomadas pelo Banco Cen-tral e destaca o artigo 5º do capítuloII, da Resolução, e a Circular. “Esseé o reconhecimento de um trabalhoárduo, de mais de 20 anos, do CFCna normatização técnica da profis-são. Todos os profissionais inseri-dos na elaboração das NBCs estãotecnicamente preparados para, in-clusive, comparar nossas posiçõestécnicas com as que são adotadasem ambientes econômicos mais de-senvolvidos”, garante o vice-presiden-te Técnico, Irineu De Mula.

Na resolução, o artigo quinto diz

A Resolução nº 3.081, doBanco Central do Brasil, de 29de maio de 2003, dispõe sobre aprestação de serviços de audito-ria independente para as institui-ções financeiras, demais institui-ções autorizadas a funcionar peloBanco Central do Brasil e paraas câmaras e prestadores deserviços de compensação e deliquidações.

Em regulamento anexo à re-solução, o artigo 3º, capítulo II,diz que “as instituições, câma-ras e prestadoras de serviços (...)devem fornecer ao auditor inde-pendente todos os dados, infor-

que as instituições, câmaras eprestadores de serviços deverão no-mear um membro estatutário de suaadministração, tecnicamente quali-ficado, para responder, perante oBanco Central, pelo acompanha-mento, supervisão e cumprimentodas normas e dos procedimentos decontabilidade e de auditoria, previs-tos na legislação. Já a circular dizque as administradoras de consór-cio deverão nomear diretor ou sócio-gerente, para a mesma finalidade.

Para Irineu De Mula, esses re-quisitos do BACEN na regulamen-tação do mercado financeiro aindanão obrigam as instituições finan-ceiras e nem os administradores deconsórcios a nomearem um conta-dor como membro de sua diretoria.“Essa responsabilidade deveria ser,obrigatoriamente, do contador, devi-da e legalmente habilitado, e aassunção dessa responsabilidadeperante o Banco Central é um dosmais importantes desafios de nos-sa profissão”, disse.

Irineu complementa: “Deveremosganhar essa representação por meiodo reconhecimento, pela sociedade,da importância dos trabalhos do con-tador e do incremento constante desua qualidade profissional e ética,desafios esses que pretendemoscontinuar a buscar por intermédio daEducação Continuada, requisito es-sencial e constante nas NBCs emeta prioritária do CFC”, afirma.

mações e condições necessáriospara o efetivo desempenho na pres-tação de seus serviços, bem comocarta de responsabilidade da ad-ministração, de acordo com asnormas do Conselho Federal deContabilidade (CFC)”.

O artigo 17 do capítulo VI diz,ainda, que a contratação ou manu-tenção de auditor independente pe-las instituições, pelas câmaras epelos prestadores de serviços ficacondicionada à aprovação do res-ponsável técnico, diretor, gerente,supervisor ou qualquer outro integran-te, com função de gerência, da equi-pe envolvida nos trabalhos de audi-

toria, em exame de certificação or-ganizado pelo CFC em conjuntocom o Ibracon.

O mesmo regulamento faz ou-tra referência ao CFC, no artigo19, capítulo VII, quando trata daprestação de serviços pelo audi-tor independente. Este “deve ob-servar, na prestação de seus ser-viços, as normas e procedimen-tos de auditoria estabelecidos peloConselho Monetário Nacional, peloBanco Central do Brasil e, no quenão for conflitante com estes,aqueles determinados pela CVM,pelo CFC e pelo Instituto dos Au-ditores Independentes do Brasil”

O contador Irineu De Mula defende modificações

Conheça o que diz a resolucão

• VII Seminário de IntegraçãoLatino-Europa América –CILEA24 a 26/8/2003 – Fortaleza (CE)

• 25ª Conferência Intera-mericana de Contabilidade7 a 10/9/2003 – Panamá

• V Congresso Interamericanode Professores da ÁreaContábil11 a 12/9/2003 – Panamá

• 26ª Conferência Intera-mericana de Contabilidade2005 – Salvador (BA)

• XVII Congresso Mundial deContadores2006 – Istambul (Turquia)

• XVII ENECIC – EncontroNacional dos Estudantes deCiências Contábeis13 a 18/7/2003 – Campo Grande (MS)

• IV Fórum Nacional deProfessores de Contabilidade14 e 15/8/2003 – Gramado (RS)

• 17º Congresso Brasileiro deContabilidade9/10/2003 (lançamento) – SãoPaulo (SP)10 a 14/10/2004 (congresso) –Santos (SP)

• X CONESCAP – ConvençãoNacional de Empresas deServiços Contábeis, deAssessoramento, Perícias,Informações e Pesquisa15 a 17/10/2003 – Florianópolis (SC)

• V Encontro Nacional daMulher Contabilista19 a 21/5/2005 – Aracaju (SE)

Eugenio Novaes

Page 4: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

4

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

Pelos RegionaisPelos RegionaisPelos RegionaisPelos RegionaisPelos Regionais

Programa de Revisão Externa deQualidade apresenta primeiros resultados

No dia 12 de ju-lho, o CRCPI lan-çou o seu pro-grama semanalde televisão,

intitulado “O Jornal da Contabilida-de”, que vai ao ar pela TV Antena10. Entrevistas, agenda de obriga-ções e eventos, serviço de disque-dúvidas e muitas outras informa-ções técnicas estão em pauta. Ojornal é transmitido aos sábados edomingos, das 11h30min às 12h,para 220 municípios piauienses. Oprojeto conta com o apoio da Se-cretaria de Fazenda do Governo doEstado e da Prefeitura de Teresina.

CRCMT

O Conselho Re-gional de Conta-bilidade do MatoGrosso (CRCMT)realizou, no dia 19de julho, o V Caféda Manhã/MesaRedonda, para de-bater o tema “Ins-trução Normativa/INSS/DC n.º 87,de 27 de março de2003, alteradapela IN n.º 89, de 11 de junho de 2003”. O evento aconteceu noAuditório do Centro de Educação e Tecnologia do SENAI (Fiemtec),de 8h às 11h, com café da manhã e palestra de José MaurícioCunha Barros.

CRCPI CRCPR

O CRCPR abriulicitação paracontratar a em-presa que iráconstruir suanova sede, em Curitiba, na RuaXV de Novembro, 2.987. No lo-cal, será erguido um prédio comoito pavimentos, que ocuparáuma área construída de 4.480,93m². As propostas dos interessa-dos em participar do processolicitatório devem ser encaminha-das ao Conselho Regional daque-le estado. O edital está disponí-vel, na íntegra, no site: www.crcpr.org.br.

O Comitê Administrador do Pro-grama de Revisão Externa de Qua-lidade (CRE) divulgou, no início dejulho, os resultados da conclusãoda primeira revisão externa voltadaaos auditores independentes, inclu-indo a análise dos relatórios e dascartas de recomendações emitidospor empresas de auditoria revisorasem todo o País. Também fizeramparte dessa avaliação os planos deações das empresas de auditoria re-visadas.

O objetivo foi verificar o controlede qualidade dos serviços prestadosem auditoria no País e promovermelhorias para o exercício da pro-fissão nos próximos anos. Para atin-gir essa meta, o CRE levou em con-sideração dois pontos. O primeirofoi o tipo de documento emitido pelorevisor, com as respostas indicadasno programa de trabalho para a revi-são externa de qualidade. O segun-do, a relevância dos comentárioscontidos na carta de sugestão parao aprimoramento dos controles re-lacionados a certas políticas e pro-cedimentos de controle e qualidadeadotados pelos revisados.

Diante dessas informações, oComitê Administrador pôde levantaras incoerências apresentadas e so-licitar esclarecimentos adicionais,para os casos necessários. Mais de3,7 mil ofícios foram enviados àsempresas revisoras e revisadas, com

esse objetivo. “Essa foi a primeiravez que o Conselho Federal de Con-tabilidade, desde a sua criação, há56 anos, realizou um trabalho des-sa grandeza e de tamanha impor-tância para a classe contábil, con-tando sempre com as parcerias doInstituto dos Auditores Independen-tes do Brasil (Ibracon) e da Comis-são de Valores Mobiliários (CVM)”,afirma o coordenador do CRE, con-tador José Antonio de Godoy.

Balanço

No ofício que divulga os resulta-dos dessa primeira etapa do progra-ma, Godoy diz que os membros doComitê Administrador consideramatingidas as metas estabelecidaspara o projeto. Na opinião do grupo,está claro, tanto para os revisoresquanto para os revisados, a impor-tância do programa e o compromis-so que todos devem ter com a qua-lidade na prestação de serviços deauditoria.

Esse relatório, apresentado emjulho, é relativo ao trabalho de revi-são realizado entre novembro de 2001e junho de 2003. No total, foram ana-lisadas 250 empresas de auditoria e82 pessoas físicas que atuam naárea, sendo que apenas 18 empre-sas cadastradas na Comissão de Va-lores Mobiliários (CVM) não se sub-meteram à revisão.

82

12

41

22 6 1

Total

Sem ressalvas e sem recomendações

Sem ressalvas e com recomendações

Com ressalvas

Adverso

Com negativa de opinião

4

20

250

47

179

Total

Sem ressalvas e sem recomendações

Sem ressalvas e com recomendações

Com ressalvas

Adverso

Com negativa de opinião (0)

Empresas de Auditoria

Pessoas Físicas

Page 5: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

5

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

No dia sete de julho, foi reali-zado o “Seminário sobre Educa-ção Profissional Continuada do Sis-tema CFC/CRCs”, na sede do Con-selho Federal de Contabilidade(CFC). O evento reuniu os vice-pre-sidentes de Desenvolvimento Pro-fissional dos Conselhos Regionaise representantes das Comissõesde Educação Profissional Continu-ada em todo o País.

Um dos objetivos principais doseminário foi orientar sobre aimplementação do programa nosCRCs, além de discutir os pontosda Resolução CFC n° 945/02, queo institui (veja box). Na ocasião,foi apontada a importância da edu-cação continuada para o desen-volvimento da profissão contábil noBrasil e os reflexos que tal medidairá trazer para a qualidade dos ser-viços prestados.

O seminário foi aberto pelo pre-sidente do CFC, Alcedino GomesBarbosa, que lembrou do pionei-rismo do CFC nessa iniciativa. “Aprofissão contábil é a primeira noBrasil a instituir o Programa deEducação Profissional Continuadade forma obrigatória. Iniciamos em2003, com os auditores indepen-dentes. A partir de 2004, todos os

Comissões de todo o País discutem aEducação Profissional Continuada

conselheiros do CFC e dos CRCstambém deverão se submeter aoprograma. Acredito que a iniciativapossa servir de exemplo para outrascategorias profissionais”, reforçou.

Para o vice-presidente de Desen-volvimento Profissional do CFC, JoséMartonio Alves Coelho, “a instituiçãoda Educação Profissional Continu-ada é um modo indireto de fiscali-zação preventiva, na medida em queo profissional se qualifica, presumin-do que ele irá exercer a sua profis-são com maior qualidade”. De acor-do com José Martonio, existe a in-tenção de estender as normas doprograma – atualmente, válido ape-nas para os auditores independen-

Presidente do CFC, Alcedino Barbosa, e o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, José Martonio Alves Coelho, na abertura do seminário

A Resolução nº 945/02, edi-tada em setembro de 2002, foiresultado de um trabalho deparceria entre o Conselho Fe-deral de Contabilidade (CFC),a Comissão de Valores Mobili-ários (CVM) e o Instituto dosAuditores Independentes doBrasil (Ibracon). A Comissão deEducação Profissional Continu-ada do CFC foi a responsável

Conheça melhor a Resolução CFC n° 945/02

pela elaboração do texto final, a partirde um trabalho de pesquisa dos sis-temas de aprimoramento profissio-nal em vigor nos diferentes países.

Nessa resolução, estão defini-dos os papéis dos Conselhos Fe-deral e Regionais de Contabilidade,a carga horária de educação conti-nuada que deve ser cumprida pelosauditores independentes e a formade comprovação das referidas ativi-

dades. Também estão determinadosos critérios para cadastro dascapacitadoras e as diretrizes a se-rem seguidas por essas entidades.Podem ser capacitadoras as insti-tuições de ensino superior, espe-cialização ou desenvolvimento pro-fissional, e as empresas de audi-toria independente que ofertemcapacitação profissional.

Outra parte da resolução é des-

tinada a estabelecer o tipo deatividade que pode ser conside-rada para a concessão de pon-tuação aos auditores e comodeve ser formado o comitê de ava-liação de cada Conselho Regio-nal, além de normatizar as san-ções a que estarão sujeitos oprofissional e as capacitadorasque não seguirem as regrasestabelecidas pela resolução.

Rogerio Ribeiro

tes – a todos os profissionais de Con-tabilidade.

Na primeira palestra ministradaaos representantes dos CRCs, ocoordenador do Comitê Administra-dor do Programa de Revisão Exter-na de Qualidade dos Auditores Inde-pendentes do CFC, contador JoséAntonio Godoy, frisou sobre a impor-tância da resolução que visaimplementar o Programa de Educa-ção Continuada para Auditores Inde-pendentes. Em seguida, os conta-dores Olivio Koliver e Luiz CarlosVaini, membros da Comissão deEducação Continuada do CFC, abor-daram e esclareceram, em conjun-to, as determinações constantes da

Resolução CFC n° 945/02.O sistema informatizado, a ser

utilizado para o cadastro de dadosdo programa, também foi apresen-tado aos participantes do evento,pelo analista de sistemas e consul-tor do CFC, Paulo Aranha.

Durante a tarde, foi aberto espa-ço para que os representantes dascomissões regionais debatessemas normas presentes na referidaresolução com os membros da Co-missão de Educação Continuada doConselho Federal. A intenção foi deesclarecer dúvidas e orientar o tra-balho de implementação do progra-ma nos diversos Conselhos Regio-nais de Contabilidade.

Page 6: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

6

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

Apoio Fome Zero: CFC se une aempresários na luta por um Brasil melhor

6

Fotos: Divulgação

O ponta-pé inicial já foi dado.No dia 8 de julho, a categoriacontábil, por meio do ConselhoFederal de Contabilidade (CFC),tornou-se uma grande aliada naluta pelo fim das desigualdadessociais no País. A data marcouo lançamento de uma iniciativaencabeçada pelo CFC e por al-guns dos maiores empresáriosdo Brasil, além de ter o apoiodo Governo Federal: a Associa-ção de Apoio a Políticas de Se-gurança Alimentar – ApoioFome Zero. O Conselho é a pri-

meira profis-são regula-mentada aassociar-se àidéia.

A ApoioFome Zero éuma Organização Não-Governa-mental (ONG), que tem por objeti-vo promover a cidadania e erradicara fome.

Para iniciar esse trabalho desa-fiador, foi instituído como presiden-te executivo o contador AntoninhoMarmo Trevisan. A presidência de

Contador Antoninho Marmo Trevisan, primeira-dama, Marisa Lula da Silva, e o presidenteda República, Luiz Inácio Lula da Silva, na solenidade de lançamento da ONG

Mais de 800 empresários estiverem presentes ao evento que deu início às atividadesda Associação de Apoio a Políticas de Segurança Alimentar - Apoio Fome Zero

Na opinião do presidenteexecutivo da ONG, AntoninhoMarmo Trevisan, a Apoio FomeZero é resultado de uma mu-dança de atitude da classe em-presarial que se vê, cada vezmais, como agente transfor-mador do País e consciente deque não basta cobrar atitudesdo Governo para melhorar o pa-norama social brasileiro. “Aexistência de empresas sólidasem uma sociedade miserávelnão é sustentável. A classe em-presarial está se organizandopara apoiar o governo não sóporque acredita nos projetos deLula, mas porque entende quea implementação de programasde inclusão social também le-

honra ficou a car-go da primeira-dama, MarisaLetícia Lula daSilva. O CFC éuma das cerca de100 entidades e

empresas que aderiram à ONG(veja ao lado). Durante a solenida-de de lançamento da Apoio FomeZero, que contou com a presençado presidente da República, LuizInácio Lula da Silva, e da primeira-dama, Marisa, o CFC foi lembradopelas ações que já vem desenvol-

vendo no combate à corrupção eno incentivo à Gestão Fiscal Res-ponsável.

O presidente do CFC, AlcedinoGomes Barbosa, participou da ce-rimônia, junto ao vice-presidenteTécnico, Irineu De Mula, e ao vice-presidente de Desenvolvimento Pro-fissional, José Martonio Alves Coe-lho. “É importante que os CRCs eos contabilistas avaliem como aclasse pode se engajar e contribuircom as políticas do governo, utili-zando seus conhecimentos e ca-pacidades”, recomenda Alcedino.

vará seus negócios a crescer eprosperar”, comenta Trevisan.

A principal missão da ApoioFome Zero é oferecer o que asempresas têm de melhor – comoa presença em diversos pontos doPaís, a capacidade logística,operacional e de gerenciamento –,para contribuir com a implemen-tação de programas de geração deemprego, educação, saúde e se-gurança alimentar. Algumas açõesprévias já foram traçadas para se-rem desenvolvidas por seus asso-ciados, inclusive, pelo CFC (leiamais na página seguinte).

A atuação da ONG se dará emduas frentes principais: o recolhi-mento e o repasse de doações aprojetos ligados ao Programa Fome

Zero, do Governo Federal, ea estruturação de novos pro-jetos que possibilitem oexercício da responsabilida-de social por um número,cada vez maior, de empre-sas. Outra intenção da or-ganização é se tornar umaespécie de banco de dadosde práticas de inclusão so-cial, possibilitando que todosos empresários do País sai-bam como colaborar na cons-trução de um Brasil melhor.

Ações sociais deAções sociais deAções sociais deAções sociais deAções sociais dependem de apendem de apendem de apendem de apendem de apoio emprpoio emprpoio emprpoio emprpoio empresarialesarialesarialesarialesarial

Em sua palestra, Trevisan aborda a importância daparticipação do empresariado e do Conselho Federal de

Contabilidade na busca por um País mais justo

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

Divu

lgaç

ão

Page 7: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

7

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

7

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FC

Conheça as mais de 100 empresas e entidades associadas à idéia

• CFC• CRC - SP

• Grupo VR/SESC• Pão de Açúcar

• Credit Lyonnais• J. Macedo

• ABBC• Trevisan

• Votorantim• Ford

• Novaço• CSN

• Construtura Better• Aracruz• Nestlé• Estrela

• Blue Tree Towers• Hospital Albert Einstein

• Suzano• ABIA

• Firjan• Fischer• Serasa

• Inst. Bras. Ética Concorrencial• Avon

• Gradiente

• ABN Amro Real• Espaço Digital Ltda.

• Alpargatas• Telefônica

• Accor• Febraban

• Bank Boston• Associação Comercial de SP

• Natura• Citigroup• Estapar• Fiesp

• Apimec/Sudameris• Iochpe-Maxion• Grupo Gerdau

• CBMM• Brunnoro & Cocco Sports

Business• Fiep

• Braskem• Cutrale

• J. Pessoa Participações• Alcoa

• Coteminas• Microsiga

• Moinho Pacífico

• Rio Bravo• CIEE

• Dpaschoal• Adag

• Lew, Lara• Consea

• Conf.das Assoc. Comerciais• Camargo Corrêa Energia

• BM&F• Bradesco• Accenture• Novadata

• Fersol• Santander

• MAM• Crowne Plaza/ABIH

• Elektro/Abradee• Sul América

• Abit• Ibracon

• Coca-cola• Pizza Hut

• Boucinhas e Campos• Full Jaz

• Demarest & Almeida Advogados• Mattos Filho, Veiga Filho e Marrey Jr.

• Rubens Naves• Unilever

• Itautec-Philco• UNIDAS• CIVES

• Unibanco• Bovespa

• Alfabetização Solidária• Instituto Ethos

• Usiminas• Mangels

• DPZ• Itaú• Fiat

• CVRD• Cosan• Cargill

• Dixie Toga• Kanitz e Associados• Schering do Brasil

• Care Brasil• Ambev

• Instituto Ayrton Senna• Fator Doria Atherino

• Grupo Edson Queiroz• Emereciano e Baggio Advogados

O programa Fome Zero é um conjunto de ações que serão implementadas pelo Governo Federal, ao longodos quatro anos de mandato do presidente Lula. O objetivo é garantir que todo brasileiro tenha direito a umaalimentação digna. As atividades envolvem os governos federal, estadual e municipal, além de toda a socieda-de. A articulação e a aplicação das ações ficam a cargo do Ministério Extraordinário de Segurança Alimentare Combate à Fome, comandado pelo ministro José Graziano, diretamente ligado à Presidência da República.

Conhecendo o FConhecendo o FConhecendo o FConhecendo o FConhecendo o Fome Zerome Zerome Zerome Zerome Zerooooo

Cabem aos governos estaduais, às prefeitu-ras e à sociedade organizada. Bancos de ali-mentos e restaurantes populares são inicia-tivas a serem implementadas.

As políticas públicasAs políticas públicasAs políticas públicasAs políticas públicasAs políticas públicasAs ações implementadas pelo governo no programa Fome Zero seguirão três frentes ou políticas:

Voltadas para aspectos como a geraçãode empregos e o acesso à saúde e àeducação. O objetivo principal é comba-ter as causas da fome e da pobreza.

Visam atender diretamente as famílias ca-rentes, com ações que incluem a amplia-ção de programas, como o do cartão ali-mentação e o da merenda escolar.

EstruturaisEstruturaisEstruturaisEstruturaisEstruturais EspecíficasEspecíficasEspecíficasEspecíficasEspecíficas LocaisLocaisLocaisLocaisLocais

O que será realizado

Saiba quais são as ações que os parceiros da ONG visam implementar:

J

RN

AL

DO

CFC

Utilizar a auditoria e a con-tabilidade para garantir aaplicação correta dos recur-sos e avaliar o grau de retor-no social dos investimentos.

Coordenar ações de apoioentre os empresários parafortalecer, otimizar e mul-tiplicar as iniciativas doprograma Fome Zero.

Auxiliar as empresas adisponibilizar suas infra-estruturas para o progra-ma e outros projetos dasáreas de inclusão social esegurança alimentar.

Oferecer projetos a em-presas de acordo com anatureza e as caracterís-ticas de operação decada empresa.

Criar parcerias entre em-presas, comunidades lo-cais, poder público e ou-tras entidades da socie-dade civil.

Incentivar a associaçãoentre empresas e comu-nidade, que promovam odesenvolvimento da pró-pria comunidade.

Aplicar modelos empre-sariais que permitamacompanhar a eficáciados projetos.

Disponibilizar um banco dedados de projetos sociaisque esteja à disposição dosempresários e da sociedade.

Page 8: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

8

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

Honduras

Bolívia

Eventos em Destaque

Realizada na cidade de Jaraguá do Sul (SC), a 23ª Convenção dos Con-tabilistas do Estado de Santa Catarina (CONTESC) ocorreu no dia 17 dejulho, no centro cultural da cidade. Mais de mil profissionais e estudan-tes participaram do debate sobre temas importantes nos cenários políti-co, econômico e social. Dentre eles, o novo Código Civil, a ReformaTributária, a Lei de Falências e a Excelência Profissional. Estiveram,ainda, presentes ao evento as principais lideranças contábeiscatarinenses; dirigentes de entidades nacionais; o presidente do Conse-

Desde 1976, as empresas bo-livianas (indústrias, mineradoras,de comércio e de serviços) sãoobrigadas, por lei, a apresentar aogoverno – mais especificamente àDireção Geral de Renda Interna,equivalente à Secretaria da Recei-ta Federal brasileira – as demons-trações contábeis, por meio de au-ditorias independentes. Para isso,é preciso que elas movimentem,anualmente, mais de US$ 270 mil(600 mil bolívares) ou que tenhampatrimônio superior a US$ 136 mil.Neste caso, estão inseridas cer-ca de 800 empresas da Bolívia,que são obrigadas a prestar con-tas anuais às autoridades. No en-

Bolívia e Honduras, duas escolas diferentes

tanto, cerca de 80 empresasde contabilidade estrangeirastêm sucursal no País e nãotêm que prestar contas ao go-verno.

A Contadoria Pública éexercida na Bolívia por pro-fissionais graduados emuma das sete universi-dades existentes noPaís. Lá não há cursoespecífico de Contabilida-de, mas de Ciências Eco-

nômicas, com especializa-ção em Auditoria Financeira. To-dos os profissionais contábeis da-quele País são membros de umaentidade denominada Colégio deProfissionais em Ciências Econô-micas da Bolívia, assim como asempresas de auditoria.

Além disso, a profissão é atu-alizada com as mais modernasdoutrinas utilizadas no mundocontábil. Desde 1990, a Bolíviaadota o regime de Educação Con-tinuada não apenas para os con-tadores, mas para todas as profis-sões regulamentadas.

Honduras

A profissão de contador emHonduras teve início em 1877,

quando foi criada a Escola de Con-tabilidade Fiscal. Esta Escola en-sinava os alunos a aplicarem osprincípios e as regras da contabili-dade a cada um dos ramos da ad-ministração pública. O título emi-tido era o de Perito Mercantil.

Em 1964, a Universidade Na-cional Autônoma de Hondurascriou o curso de Contabilidade Pú-blica, como parte do curso de Fa-culdade de Ciên-cias Econômi-cas, com du-ração dec i n c oanos.

E m1987, aFaculdadeTecnológicaCentroamericana(Unietec) implantouos cursos técnicos deFinanças e Contabilidade,o bacharelado em Finanças e Con-tabilidade e o mestrado em Finan-ças. Hoje, mais de cinco mil estu-dantes cursam suas disciplinas emais de dois mil profissionais jáse formaram.

A entidade que emite as nor-mas contábeis e fiscaliza a profis-são em Honduras é o Colégio de

Peritos Mercantis e ContadoresPúblicos, com 20 mil profissionaisfiliados. Destes, 95% são técnicosem Contabilidade – possuem ape-nas o curso médio. As escolas se-cundárias de Honduras lançam nomercado, por ano, cinco mil técni-cos. Lá, estes profissionais têm osmesmos direitos que um contabi-lista com curso universitário.

Para dar mais qualidade ao tra-balho contábil, o governohondurenho implantou cursos deeducação continuada para os téc-nicos em contabilidade, a partir de1989. E, hoje, estuda a possibili-dade de implantação de novas uni-versidades para receber os técni-cos em Contabilidade.

Fotos: Divulgação

23ª Convenção dos Contabilistas do Estado de Santa Catarina - CONTESC

lho Regional de São Paulo (CRCSP), Pedro Ernesto Fabri; o presidenteda Federação dos Contabilistas do Paraná, Antônio Doro; e os conselhei-ros do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). O evento foi aberto pelopresidente do CFC, contador Alcedino Gomes Barbosa, que felicitou oscontabilistas catarinenses pela apropriada escolha do tema da convençãonos tempos atuais: “O contabilista e a gestão do social”. Além dos trêsdias de programação intensa, com palestras e sorteio de brindes, o eventotambém contou com uma feira de serviços voltados à área contábil.

Page 9: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

9

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

Rog

erio

Rib

eiro

Burocracia para abrir firma

Notícias Contábeis

JCFC – Para o senhor, a quese deve essa demora?Everardo – É tudo uma ques-tão conceitual. Falta um cadas-tro único para a abertura de em-presas. Enquanto aqui o inte-ressado recorre aos três entesda Federação (município, es-tado e União) até conseguir co-locar uma empresa para funci-

O Jornal do CFC entrou em contato com o ex-secretário Everardo Maciel, para repercutir o fato:

A revista Veja, edição nº 1.814, mostrou a dificuldade do ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel,para abrir uma firma. A nota publicada dizia que, ao deixar o governo, o ex secretário “(...) decidiu montar umaempresa de consultoria e deu entrada na papelada. A aprovação dos papéis consumiu 45 dias. Indignado com ademora, ele descobriu que, em outros países, abrir uma empresa é questão de horas. Para tentar resolver oproblema, Everardo trabalha em um plano para facilitar a abertura e o fechamento de empresas.”.

A Pontifícia Universidade Ca-tólica do Paraná (PUC – PR) foia primeira entidade de ensino aformar uma turma formada exclu-sivamente por técnicos em con-tabilidade no curso superior de Ci-ências Contábeis. Um fato inédi-to no Brasil. A solenidade decolação de grau foi no dia 18 dejulho e contou com a presençado presidente do CFC, AlcedinoGomes Barbosa, e dos conse-lheiros do CFC Valdemar Ponte

Técnicos em Contabilidade seformam em Ciências Contábeis

onar, em países como El Salvador,a inscrição é única. Não estou fa-lando das empresas que precisamde licença especial, como asambientais.

JCFC – Onde houve maior bu-rocracia?Everardo – Na Receita, meu pro-cesso demorou apenas 24 horas.

Na minha gestão na Receita Fede-ral, inclusive, não havia burocraciana expedição de CNPJ. Um estu-do do Banco Mundial mostra que,no Brasil, o tempo gasto para aabertura de uma firma chega a 90dias. No Canadá, esse prazo nãodemora mais que 24 horas. O Ban-co Mundial também costuma ava-liar o grau de desenvolvimento de

um país pelo tempo que se levano registro de uma empresa.

JCFC – Existem possibilida-des de mudanças?Everardo – É preciso alterar alegislação para facilitar a vidado contribuinte. O CongressoNacional é competente parafazer isso.

Dura e Antônio Carlos Doro. Dos50 alunos que iniciaram o curso,43 atingiram o estágio de gradua-ção, represnetanto um alto índicede formandos. Essa conquistadeve-se ao trabalho realizado peloCRCPR, que propôs à PUC-PR aabertura de turmas diferenciadaspara técnicos. A partir dessa inici-ativa, outros conselhos regionaisbuscaram seguir o exemplo e a in-centivar outras faculdades a aderi-rem a causa.

Projeto “CFC em um dia”A reunião plenária no CFC, realizada no dia 25 de julho, con-

tou com a participação dos delegados (esq. p/ dir.) Juraci José deLima, Costa Marques (RO), Manuel Jucelino Lopes (Camocim –CE) e Fernando Antonio Pinheiro Costa (Vitória da Conquista –BA). O presidente do Sindicato dos Contabilistas de Caiacó (RN),Francisco de Assis Oliveira, também acompanhou a discussãodos assuntos em pauta.

Em 27 de agosto, serão encerradas asinscrições para o 8º Exame de Suficiência

para técnicos em contabilidade e contadores, em todo oPaís. Os interessados devem pagar uma taxa de R$ 40,00, aser recolhida no CRC de seu estado, e preencher o formulário

no local de inscrição, mediante a apresentação da cópialegível da identidade, CPF, certificado, diploma ou declara-

ção de conclusão do curso. As provas serão aplicadasem todos os 27 CRCs do País, no dia 28 de setem-

bro, nos horários de 8h30min às 12h30min (ho-rário de Brasília-DF). Mais informações

no site www.cfc.org.br.

Exame de Suficiência

Divulgação

Euge

nio

Nov

aes

Page 10: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

10

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

Treinamento

Estão abertas as inscrições detrabalhos para o concurso demonografia “Professor OrivaldoJoão Busarello”, promovido pelaAcademia de Ciências Contábeisdo Paraná e pelo CRC do estado.O objetivo é incentivar o estudo ereconhecer o esforço dos pesqui-sadores no campo da Contabili-dade. As inscrições são até o dia10 de setembro e os candidatospodem concorrer nas categorias“estudante de Contabilidade”, “pro-fessor de cursos de Contabilida-de” e “profissional técnico ou con-tador”. O regulamento completoestá disponível no site www.crcpr.org.br.

O Conselho Regional de Contabi-lidade do Maranhão (CRCMA) ea Caixa Econômica Federal(CEF) realizaram, no dia 16 de ju-lho, um treinamento sobre o as-sunto “Conectividade Social”. Ocurso visa atualizar o processo decomunicação entre o CRCMA ea CEF, a fim de proporcionarmaior agilidade e segurança nahora do recolhimento do Fundo deGarantia (FGTS) e na execuçãode outras obrigações. No curso,ainda foi demonstrada a possibili-dade de consulta desses progra-mas, pelos funcionários doCRCMA, em tempo real.

A palestra “Responsabilidade coma grandeza contábil e novas opor-tunidades aos contabilistas”, rea-lizada pelo CRCSP e pelo Insti-tuto de Recuperação doPatrimônio Histórico no Estado deSão Paulo (IPH), foi um sucesso.O evento ocorreu no dia 16 de ju-lho e teve como palestrante o con-tabilista César Abicalaffe. Na oca-sião, estavam o presidente do IPH,Emanuel von LauensteinMassarani; o presidente daFECONTESP, João Bacci, e osdiretores do SindCont/SP CelinaCoutinho e José Heleno Mariano.

Palestra

Concurso

Visita Escolar

A edição nº 141 da Re-vista Brasileira deContabilidade (RBC) jáestá nas mãos de seusassinantes. Nessa edi-ção, a publicação trazuma entrevista com o

presidente do Núcleo Parlamentar de EstudosContábeis e Tributários (NPECT), o deputado fe-deral Gerson Gabrielli (PFL-BA), que trata, prin-cipalmente, da Reforma Tributária. A reportagemé sobre o tema “Segurança e combate àcorrupção poderão ser os novos critérios”. A RBCainda apresenta oito artigos que abordam assun-tos variados, como “Orçamento como ferramentade controle para micro e pequenas empresas”.

RBC

O CFC recebeu em sua sede, no dia 18 de julho,35 estudantes do curso profissionalizante deCapacitação Profissional em Rotinas Administrati-vas, do Centro de Formação Profissional Microlins,em Luziânia (GO). A atividade faz parte do programa“Visitas Escolares”, que visa aproximar o CFC dacomunidade estudantil. As instituições interessadasem participar podem ligar para (61) 314-9689.

Divu

lgaç

ão

O contabilista que não votarnas próximas eleições dos con-selhos regionais de contabilida-de (CRCs) e não justificar sua au-sência, dentro do prazo correto,estará sujeito ao pagamento demulta correspondente a 30% dovalor da anuidade. O percentualfoi aprovado na última reunião deplenário, ocorrida no dia 25 dejulho, na sede do Conselho Fe-deral da Contabilidade.

A decisão está formalizada naResolução CFC nº 975/03 – quefixa o valor da multa por ausên-cia não-justificada à eleição nosCRCs – e amparada pelo Decre-to-Lei nº 1.040, de 21 de outubrode 1969. Este define o sistemade eleição direta, por meio do

Contabilistas terão quepagar multa se não votarem

voto pessoal,secreto e obri-gatório, preven-do a aplicaçãode multa comimpo r tânc iacorrespondentea até o valor daanuidade, aoc o n t a b i l i s t aque deixar devotar sem justi-ficativa de cau-sa.

Atualmente,o valor da anui-dade é de R$240. Com isso, a multa aplicada aocontabilista que não votar será deR$ 72. O Conselho Regional tem o

prazo de 60 dias,após a data da elei-ção, para notificar acobrança a outraparte. O não paga-mento da multa emum período de 30dias – prazo a con-tar da expedição danotificação – iráacarretar cobrançajudicial. Nestecaso, o CRC deve-rá proceder àlavratura da certi-dão de débito eprovidenciar a pe-

tição inicial para a distribuiçãoda cobrança judicial na à Justi-ça Federal.

Casos de justificativaAntes de preparar a justificativa, por escrito, é preciso que o contabilista fique atento aos casos em que elaé permitida, segundo determina a Resolução nº 975/03. São eles: impedimento legal ou força maior;enfermidade; ausência de jurisdição ou ter 70 anos completos. Nessa última situação, inclusive, o contabi-lista fica dispensado de apresentar justificativa por escrito, uma vez que essa deverá ser feita de ofício.

ProcedimentosTrinta dias. Esse é o prazo para que o contabilista apresente a justificativa de sua ausência à eleição dodia 13 de novembro de 2003. A petição e os documentos que comprovam as alegações de ausênciadeverão ser encaminhados ao Conselho Regional, no qual o contabilista mantém o seu registro definitivooriginário, registro definitivo transferido, registro provisório ou registro provisório transferido. Todos ospedidos serão protocolados e analisados pelo presidente do CRC, que poderá delegar competência parajulgamento. O contabilista será notificado da decisão e, caso não concorde, poderá interpor recurso aoplenário do Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

ISSN0104/8341

REVISTA EDITADA PELO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - ANO XXXII Nº 141 - MAIO/JUNHO 2003 - R$ 10,00

CONTABILIDADEREVISTA BRASILEIRA DE

Page 11: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

11

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

Arquivos Contábeis

Declaração de isento

A Receita Federal estará rece-bendo as Declarações Anuais deIsento (DAIs) de 2003 entre osmeses de agosto e novembro.Todos os contribuintes inscritosno Cadastro de Pessoas Físicasque não declararam Imposto deRenda no ano base de 2002 de-vem entregar o documento. AsDAIs podem ser encaminhadasaos Correios, via internet, (www.receita.fazenda.gov.br) ou pelotelefone: 0300-780300. Quemnão cumprir a obrigação corre orisco de ter o CPF cancelado.

A Previdência Social passou aexigir, a partir deste mês, que asempresas arquivem, em meio di-gital ou similar, durante dezanos, sistemas e arquivos utili-zados para registro de negóciose atividades econômicas ou fi-nanceiras, escrituração de livrosou produção de documentos denatureza contábil, fiscal, traba-lhista e previdenciária. A deter-minação exclui apenas as em-presas optantes pelo Simples,servindo para os casos deintimação por parte dos audito-res fiscais da Previdência.

Sugestões do Conselho à Leide Falências são acatadas

O Conselho Federal de Contabi-lidade, por meio do Grupo de Traba-lho (GT) da Agenda Legislativa, su-geriu algumas modificações ao pro-jeto da Lei de Falências, emtramitação na Câmara dos Deputa-dos. O presidente do CRCRS, LuizSpinelli, foi quem coordenou o tra-balho do GT, cujo objetivo foi apri-morar o texto do Projeto de Lei n.º4.376. Tudo para dar mais uniformi-dade à terminologia contábil presen-te na redação original.

Das oito sugestões do CFC en-tregues ao relator da Lei de Falênci-as, deputado Oswaldo Biolchi(PMDB-RS), apenas duas não foramacatadas em seu relatório, comopreviamente sugeridas pelo Conse-lho. O relatório foi apresentado à

Câmara no dia 22 de julho, no en-tanto, Biolchi já anunciou que faráuma complementação de voto aoseu substitutivo ao PL nº 4.376/93.A justificativa apresentada é areformulação dos aspectos negoci-ados com outros deputados.

EnvolvimentoAs demais propostas do CFC

sofreram ainda pequenas adapta-ções, que não comprometeram a in-tenção inicial do Conselho. Uma dasmudanças propostas refere-se ao ar-tigo 52, inciso II, do projeto – este foiregistrado no relatório de OswaldoBiolchi como artigo 51. O texto origi-nal diz que a “petição inicial do pedi-do de recuperação judicial será ins-truída (...) com demonstrações finan-

ceiras referentes ao último exercíciosocial”. O CFC propôs que a instru-ção seja feita por “demonstraçõescontábeis elaboradas em conformi-dade com as Normas Brasileiras deContabilidade, relativas a até os 3(três) últimos exercícios sociais”.

O contador e vice-presidente Téc-nico do CFC, Irineu De Mula, quesupervisiona esse Grupo de Traba-lho do CFC, explica que esta mu-dança foi sugerida para adequar anova nomenclatura dada às demons-trações contábeis pelas normas le-gais e regulamentares. “As modifica-ções irão trazer maior clareza, alémde atualizar o texto da Lei de Falên-cias em conformidade com as Nor-mas Brasileiras de Contabilidade(NBCs)”, garante Irineu De Mula.

Page 12: Honduras são os destaques res independentes. dessa seção. ( … · a obrigatoriedade do cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs), publicadas pelo CFC e dirigidas

12

Julh

o/20

03J

R

NA

L D

O C

FCJ

R

NA

L D

O C

FC

Escritório pioneiro mantém clientela há 35 anos

Pioneiros da ContabilidadePioneiros da ContabilidadePioneiros da ContabilidadePioneiros da ContabilidadePioneiros da Contabilidade

Exemplos para a classe contábil

Divu

lgaç

ão

“A minha profissão é um dosaspectos que me prende à vida”.Essa é a frase utilizada peloparanaense Orlando RodriguesTeixeira para definir seu amor pelacontabilidade. Orlando, hoje com79 anos, começou atuando comoauxiliar de Contabilidade em em-presas no Paraná, em 1943. Qua-tro anos depois, veio a formaturacomo contador pela Escola Téc-nica de Comércio, anexa à Facul-dade de Direito da UniversidadeFederal do Paraná. O escritóriopróprio, no qual trabalha até hojeao lado da filha Vanessa, foi fun-dado em 1959.

Sua história de trabalho se con-funde com a própria trajetória pes-soal. “É uma vida dedicada à pro-fissão. Trabalhei na época em quefazíamos a escrituração manual etambém vi a chegada do compu-tador que, hoje em dia, é essenci-al para a rapidez e segurança donosso trabalho”, lembra Orlando.

Versátil, ele também foi audi-tor até o ano de 2002 e teve umaatuação marcante nos órgãos re-presentativos da classe. Foi pre-

sidente do Conselho Regional doParaná (CRCPR) e do Sindicatodos Contabilistas do estado, alémde fundador da Academia de Ciên-cias Contábeis do Estado doParaná, da qual é membro hono-rário. Além disso, atuou como con-selheiro do Conselho Federal deContabilidade (CFC) por oito anos,

Lysette na época de sua formatura, em 1943

recebendo várias homenagens daentidade por serviços prestados àclasse contábil.

Profissional empolgada

O interesse da baiana LysetteViterbo Rocha Mattos pela Contabi-lidade começou ainda na adolescên-

cia, quando começou a trabalhar naárea financeira de algumas empre-sas, em Salvador (BA). A formaturano curso de Ciências Contábeis foiem 1943, pela Faculdade de Ciên-cias Econômicas da UniversidadeFederal da Bahia. Esse é conside-rado um dos momentos maismarcantes dos 79 anos de vida dacontadora, que se diz apaixonadapela profissão. “Considero a Conta-bilidade muito envolvente eapaixonante. Não conseguia pensarem outra coisa enquanto estava tra-balhando”, comenta Lysette.

Apesar de afastada do exercí-cio da profissão desde o ano pas-sado, Lysette fica atenta às publi-cações enviadas pelo ConselhoRegional da Bahia (CRCBA) e acre-dita que os profissionais de hoje emdia têm mais chances de se apri-morar profissionalmente do que osde sua época. “Há muita oferta decursos e a legislação muda cons-tantemente, o que faz com que ocontabilista tenha que estar sem-pre atualizado, principalmente aque-les mais antigos na profissão” finali-za a contadora.

Em 1968, um cearensenascido no município deSanta Quitéria instalou umescritório de contabilidadeem Teresina (PI), e tornou-se um dos pioneiros da pro-fissão no Nordeste brasilei-ro. Raimundo Alaídio de Fa-rias, hoje com 63 anos deidade, montou seu escritó-rio, o “R. A. Farias”, com re-cursos próprios. Seu regis-tro no Conselho Regional deContabilidade do Piauí(CRCPI) recebeu o número oito.

Em 1942, seus pais trocaramo sertão cearense pela capitalpiauiense. “Eu era ainda garotoquando comecei a estudar na es-cola Técnica DemóstenesAvelino, em Teresina, que hojenão existe mais. Sempre sonheiem trabalhar com números. Amominha profissão com a mesma

paixão que tinha por ela no iníciode carreira”, conta Raimundo, comorgulho.

Os tempos mudaram, eRaimundo, também. “Acompanheia evolução da Contabilidade. En-tre 1960 e 1970, meu escritóriomanteve uma média de dez funci-onários. Hoje, com o advento doscomputadores, tenho apenas cin-

co funcionários”. Para ele, atecnologia chegou para dar maissegurança, rapidez e maior qualifi-cação ao trabalho dos contabilis-tas. O escritório de Raimundo nãofaz auditoria. Tem 14 clientes, sen-do 13 do ramo de comércio e umaclínica médica. “É o suficiente paraeu manter a firma e pagar um bomsalário aos meus funcionários”, diz.

Para atualizar seus co-nhecimentos contábeis,Raimundo acompanha osseus funcionários nos cur-sos ministrados pela Recei-ta Estadual, pelo CRCPE epela Secretaria Estadual daFazenda. “Eles facilitam onosso trabalho e dão uma vi-são mais moderna aos nos-sos empregados”, afirma ocontador.

Este pioneiro da profissãocontábil não se cansou do tra-

balho até hoje, apesar de, du-rante todo esse tempo, ter tra-balhado desde a manhã à noite.“Amo o trabalho e a Conta-bilidade.Os clientes da R.A Fa-rias quase não trocam a nossafirma por outras do mercado, eisso tem uma boa explicação:eles gostam do trabalho que fa-zemos”, garante Raimundo.

Orlando Rodrigues, dedicação à Contabilidade

Divu

lgaç

ão

Escritório de Contabilidade R.AFarias, em Teresina (PI)

Fotos: Divulgação