homenagem aos soldados mortos na batalha de la lys · divulgar a campanha “queremos os xutos ......

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GRATUIT Fr FRANCE Edition O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa LusoJornal / Mário Cantarinha 1.831 soldados portugueses estão sepultados em Richebourg 10 O Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, encontrou empresários portugueses na Câmara de Comércio Franco-Portuguesa Fado. O concerto de apresentação do primeiro álbum da fadista Mónica Cunha “Flor de Fado”, foi um autêntico sucesso em Paris. 11 Música. As redes sociais começaram a divulgar a campanha “Queremos os Xutos & Pontapés em Poitiers” e o sonho acabou por ser realidade no sábado passado. 15 Consulado. O Cônsul Geral de Por- tugal em Paris, António Moniz, deslo- cou-se a Tours para trabalhar com o Cônsul Honorário Luís Palheta. 06 Futebol. Os últimos jogos do Campeo- nato francês de futebol da divisão CFA2 têm sido importantes. O clube quer subir de divisão e, para isso, não pode perder. 20 Edition nº 263 | Série II, du 04 mai 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais 04 Flávio Martins é o novo Presidente do CCP Conselho das Comunidades Portuguesas reuniu em Lisboa 03 Homenagem aos soldados mortos na Batalha de La Lys PUB PUB

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G R A T U I T

FrF R A N C EEdition

O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa

LusoJornal / Mário Cantarinha

1.831 soldados portugueses estão sepultados em Richebourg

10O Ministro da Economia, ManuelCaldeira Cabral, encontrou empresáriosportugueses na Câmara de ComércioFranco-Portuguesa

Fado. O concerto de apresentação doprimeiro álbum da fadista Mónica Cunha“Flor de Fado”, foi um autêntico sucessoem Paris.

11

Música. As redes sociais começaram adivulgar a campanha “Queremos os Xutos& Pontapés em Poitiers” e o sonho acaboupor ser realidade no sábado passado.

15

Consulado. O Cônsul Geral de Por-tugal em Paris, António Moniz, deslo-cou-se a Tours para trabalhar com oCônsul Honorário Luís Palheta.

06

Futebol. Os últimos jogos do Campeo-nato francês de futebol da divisão CFA2têm sido importantes. O clube quer subirde divisão e, para isso, não pode perder.

20

Edition nº 263 | Série II, du 04 mai 2016 Hebdomadaire Franco-Portugais

04

Flávio Martinsé o novo Presidente do CCPConselho das Comunidades Portuguesas reuniu em Lisboa 03

Homenagem aossoldados mortos naBatalha de La Lys

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02 Opinião

LusoJornal. Le seul hebdomadaire franco-portugais d’information | Édité par: CCIFP Editions SAS, une société d’édition de la Chambre de commerce et d’industrie franco-portugaise. N°siret: 52538833600014 | Represéntée par: Carlos Vinhas Pereira | Directeur: Carlos Pereira | Collaboration: Alfredo Cadete, Angélique David-Quinton, AntónioMarrucho, Clara Teixeira, Cindy Peixoto (Strasbourg), Conceição Martins, Cristina Branco, Dominique Stoenesco, Eric Mendes, Gracianne Bancon, Henri de Carvalho, InêsVaz (Nantes), Jean-Luc Gonneau (Fado), Joaquim Pereira, Jorge Campos (Lyon), José Manuel dos Santos, José Paiva (Orléans), Manuel André (Albi) , Manuel Martins, Manueldo Nascimento, Marco Martins, Maria Fernanda Pinto, Mário Cantarinha, Nathalie de Oliveira, Nuno Gomes Garcia, Padre Carlos Caetano, Patricia Valette Bas, Ricardo Vieira,Rui Ribeiro Barata (Strasbourg), Susana Alexandre | Les auteurs d’articles d’opinion prennent la responsabilité de leurs écrits | Agence de presse: Lusa | Photos: AntónioBorga, Luís Gonçalves, Mário Cantarinha | Design graphique: Jorge Vilela Design | Impression: Corelio Printing (Belgique) | LusoJornal. 7 avenue de la porte de Vanves,75014 Paris. Tel.: 01.79.35.10.10. | Distribution gratuite | 10.000 exemplaires | Dépôt légal: mai 2016 | ISSN 2109-0173 | [email protected] | lusojornal.com

le 04 mai 2016

Portugal e o Conselho das Comunidades

Crónica de opinião

O Conselho das Comunidades Por-tuguesas é um órgão de consulta doGoverno, mas acima de tudo consti-tui uma das expressões da presençade Portugal no mundo. França, Uru-guai, Luxemburgo, Estados Unidos,Suíça, Brasil, Reino Unido, Namí-bia, Andorra, África do Sul, entremuitos outros países, têm represen-tantes no CCP. E é por isso que esteórgão deve ser reconhecido e valori-zado, independentemente das suasdificuldades de funcionamento, eelas existem.Além disso, o CCP é uma preciosaajuda para contrariar uma certa ten-dência para esquecer em Portugalaqueles que vivem fora do país. Oque se pode exemplificar, de resto,com o facto de a RTP ter ignoradocompletamente a realização da reu-nião plenária do novo Conselho dasComunidades, que reuniu na As-sembleia da República nos dias, 26,27 e 28 de abril.

Estiveram presentes 65 Conselhei-ros em representação das Comuni-dades portuguesas espalhadas peloscinco continentes. Foi eleito o Pre-sidente do Conselho Permanente doCCP e constituídas as Comissões te-máticas e os órgãos regionais. A par-tir destas estruturas, os Conselheirosfarão uma ligação fundamental àsinstituições dos países de acolhi-mento e às instituições em Portugal,particularmente ao Governo e à As-sembleia da República.O Conselho das Comunidades e osseus Conselheiros desempenhamum papel de relevo no apoio às Co-munidades portuguesas e a Portugale reforçam a nossa visibilidade nomundo. Este mesmo papel foi bemvincado pelo Presidente da Repú-blica, Marcelo Rebelo de Sousa, epelo Primeiro-Ministro, AntónioCosta, por quem foram recebidos.É também importante sublinhar queos trabalhos do CCP foram iniciados

com uma intervenção do Ministrodos Negócios Estrangeiros e o encer-ramento foi feito pelo Presidente daAssembleia da República. Os traba-lhos foram conduzidos pelo Secre-tário de Estado das Comunidades eparticiparam ainda nos três dias dasessão vários outros membros doGoverno e outras individualidades.Também os Deputados eleitos peloscírculos da emigração tiveram opor-tunidade de se dirigir aos Conselhei-ros.Portanto, o Conselho das Comunida-des reveste-se de uma inequívocaimportância e, desta vez, tiveramum amplo reconhecimento institu-cional. Neste contexto, convém re-cordar que os residentes noestrangeiro lutam muito legitima-mente por serem reconhecidos porPortugal, tanto pelo que represen-tam, como pelo papel que desempe-nham nas sociedades deacolhimento. São uma poderosa

força económica, política, cultural ediplomática. Mas, incompreensivel-mente, foram ignorados pela RTP.No mínimo, poderiam ter sido feitasalgumas reportagens para difundirna RTP Internacional.É claro que não se questiona o res-peito pela autonomia editorial deque devem gozar todos os órgãos decomunicação social. No entanto, éimportante referir que os estatutosda RTP consagram muito clara-mente a missão de serviço público,como forma de dar, entre outras coi-sas, cobertura e visibilidade a as-suntos de interesse nacional, comoconsidero ser o caso.Não se compreende, por isso, que aDireção da RTP, mais uma vez e aexemplo do que acontece noutroscontextos da sociedade portuguesa,tenha dado mostras de discrimina-ção, desinteresse e distanciamentorelativamente a uma importante ma-nifestação da presença de Portugal

no mundo, com um inequívoco po-tencial unificador da nação, refor-çando os laços entre os Portuguesesque residem no país e os que estãoespalhados por vários continentes.Este desinteresse e distanciamento,contrasta claramente, aliás, com aforma empenhada como a RDP in-ternacional e a agência Lusa acom-panharam os trabalhos em todas assuas fases.Apesar de algumas dificuldades defuncionamento que têm afetado oCCP, nada justifica que a reuniãoplenária e os Conselheiros tivessemsido ignorados pela RTP. Não fazsentido que o país continue comeste distanciamento relativamenteaos nossos compatriotas que um diativeram de emigrar, independente-mente das razões porque o fizerame quando o fizeram. Os Portuguesesresidentes no estrangeiro nãopodem continuar a ser olhados compreconceito e distanciamento.

Paulo PiscoDeputado (PS) pelo círculoeleitoral da Europa

[email protected]

A ilha da esperança

Crónica de opinião

Nos últimos tempos, a ilha grega deLesbos foi notícia por se ter tornadouma das mais recentes e problemáti-cas portas de acesso à Europa para osrefugiados. E foi a essa ilha que o PapaFrancisco se dirigiu, acompanhado doschefes das Igrejas ortodoxas locais,maioritárias na Grécia, para de novochamar a atenção da Europa e domundo para a situação dos que procu-ram refúgio.Tentemos libertar-nos da questão ideo-lógica que cega - como é seu cos-tume - o olhar e o coração. E aquios extremos ideológicos manifes-tam claramente como são engana-dores e profundamente injustos.“Porque sim”, e apenas por isso, aextrema-esquerda proclama: ve-nham todos. Sabendo que issonunca será aceite, pode dizer“n’importe quoi”: é a vantagem dairresponsabilidade governativa. Comose eu pudesse dizer o que Papa deviafazer nisto ou naquilo, sabendo que eununca o serei. A extrema-direita, e ape-nas “porque não”, diz que migrantesou refugiados nem mais um e mesmoaqueles que aqui estão já são demais!Ambos se enganam e querem nos en-ganar! Os primeiros, que se julgamsempre os donos da solidariedade, daverdade social e moralmente superio-res aos outros cidadãos, sabem bemque não se pode acolher sem havermeios e um projeto de sociedade par-tilhado e aceite por todos. Nos seus lu-

gares confortáveis e bem pagos de De-putados, nacionais e europeus, nãosabem o mau cheiro que tem a po-breza e a miséria. Talvez na campanhaeleitoral, mas não no dia-a-dia.Porque nesse dia-a-dia, são muitas dasvezes as comunidades cristãs e os mo-vimentos da Igreja, além de outras as-sociações de voluntários, que seocupam de acudir à miséria e ao aban-dono a que são votados os migrantes erefugiados. Veja-se em Portugal quemoriginou a Plataforma de acolhimentodos refugiados: foram seus promotorese fundadores os habituais católicos decausas e outras instituições ligadas,em grande maioria, à Igreja católica eaté a outras confissões religiosas. Nãoporque sejamos “bonzinhos” e melho-res, mas porque sabemos de Jesus quesem Amor a vida não é possível, nopresente e no futuro, e procurandoamar todos devemos amar preferen-cialmente os mais frágeis.Os segundos, também cegos pela ideo-logia extrema, esquecem-se que nospaíses de acolhimento (em Portugalcomo em França) os migrantes fazemos trabalhos que muitos dos cidadãoslocais e nacionais não querem maisfazer: as tarefas “menores”, mal pagase mais “sujas”. Recusar os migrantes,como inúteis e perigosos, é umagrande mentira! E à semelhança dosprimeiros, julgam-se também elesdonos do amor ao seu país.Dito isto (e de forma muito simples,

por falta de espaço), alguma coisa teráde ser repensada no nosso estilo devida coletiva e nas estratégias aplica-das às nossas economias nacionais,europeia e internacional. No seu dis-curso inicial, o Arcebispo ortodoxo deAtenas, acompanhado do Papa Fran-cisco e do Patriarca ortodoxo Bartolo-meu, afirmava: “Hoje unimos asnossas vozes para condenar a erradica-ção, para denunciar todas as formas dedepreciação da pessoa humana. A par-tir desta ilha de Lesbos, espero quetenha início um movimento mundialde consciência, a fim de que o cursoatual possa ser mudado por quantostêm nas mãos o destino das nações, ea cada casa, a cada família e a cadacidadão sejam restituídas a paz e a se-gurança. Infelizmente, não é a primeiravez que denunciamos as políticas quelevaram estas pessoas ao atual im-passe. No entanto, comprometer-nos-

emos até que acabem a aberração e odesprezo pela pessoa humana. […]Somente quem fixa os olhos das crian-ças que se encontram nos campos derefugiados consegue reconhecer ime-diatamente, na sua totalidade, a ‘falên-cia’ da humanidade e da solidariedadedemonstrada pela Europa ao longo dosúltimos anos a estas pessoas, e nãoapenas a elas”.O Papa Francisco, antes da visita de-morada e do contacto pessoal commuitas das pessoas encerradas nocampo de refugiados, disse: “Deuscriou o género humano para ser umaúnica família; quando sofre algumdos nossos irmãos ou irmãs, todosnos ressentimos. Todos sabemos porexperiência como é fácil, para algu-mas pessoas, ignorar as tribulaçõesdos outros e até aproveitar-se da suavulnerabilidade; mas sabemos tam-bém que estas crises podem fazer

despontar o melhor de nós mesmos.Viste-lo em vós próprios e no povogrego, que, apesar de imerso nas suaspróprias dificuldades, respondeu gene-rosamente às vossas necessidades.Viste-lo também em muitas pessoas,sobretudo jovens originários de toda aEuropa e do mundo, que vieram aju-dar-vos. É verdade que ainda há mui-tíssimo a fazer; mas damos graças aDeus porque, nos nossos sofrimentos,nunca nos deixou sozinhos. Há semprealguém que pode dar uma mão paranos ajudar. Esta é a mensagem que,hoje, vos quero deixar: não percais aesperança!”Neste mês de maio, em que a luz e ovigor da primavera, já iniciada, nosfazem apreciar de forma mais calorosaa vida e quando nos é apresentada aMãe de Jesus como exemplo de huma-nidade e de fé, possamos abrir o nossocoração aos outros sem medo, deforma generosa, mas também de modoresponsável e sério.No terço diário e na peregrinação ani-versária de 12-23 de maio, neste san-tuário de Paris, confiado a umaComunidade de migrantes, que emFrança procuraram refúgio econó-mico, rezaremos por todos. E conti-nuaremos a educar corações econsciências para que, libertos detoda cegueira ideológica, olhemos onosso próximo como semelhante ediferente, digno de ser amado. Semmedo e cheios de esperança.

Padre Nuno AurélioReitor do Santuário de NossaSenhora de Fátima de Paris

[email protected]

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03Política

lusojornal.com

emsíntese

Membros do Conselho Permanente do CCP

Presidente: Flávio Martins (Brasil)Vice Presidente: Nelson Ponta Graça(EUA)Secretário:Manuel Coelho (Namíbia)Lígia Fernandes (África do Sul)Maria de Lurdes (Venezuela)Ângelo Horto (Brasil)Pedro Rupio (Bélgica)Sandrine Carneiro (França)Amadeu Batel (Suécia)António Cunha (Reino Unido)Daniel Loureiro (Canadá)Rita Santos (China)

Carlos Gonçalvesvolta a PresidirGrupo de AmizadePortugal-França

O Deputado Carlos Gonçalves (PSD)voltou a ser eleito Presidente do Grupode Amizade Parlamentar entre Portu-gal-França.Os restantes Deputados do Grupo deAmizade são Susana Lamas (PSD),Manuela Tender (PSD), Emília Cer-queira (PSD), Sérgio Sousa Pinto (PS),Paulo Pisco (PS), Odete João (PS), Mi-guel Coelho (PS), Domicília Costa (BE),Telmo Correia (CDS-PP) e Carla Cruz(PCP).

Marcelo vai comemorar 10 de Junho forade Portugal maisduas vezes nomandato

O Presidente da República anunciouna semana passada que vai come-morar o 10 de Junho fora do territó-rio nacional, nas Comunidadesportuguesas, mais duas vezes estemandato, considerando “estranho”que “nunca ninguém tenha pen-sado” que estas cerimónias fazemsentido desta forma.Marcelo Rebelo de Sousa descreveuas comemorações do Dia de Portugal,que começam em território nacional,mas que prosseguem depois junto daComunidade portuguesa em Paris,França, adiantando que “não seráuma vez sem sequência”, já que “pelomenos de dois em dois anos, o quesignifica três vezes no decurso domandato de cinco anos, haverá cele-bração desta natureza junto das Co-munidades portuguesas”.“Não imaginam a estupefação, masao mesmo tempo a admiração que foinas autoridades francesas quandosouberam da ideia de comemorar oDia de Portugal em França”.

Conselho das Comunidades Portuguesasreuniu em Lisboa e tem novo PresidenteO novo Presidente do ConselhoPermanente do Conselho das Co-munidades Portuguesas (CCP)disse na semana passada, em Lis-boa, que o órgão tem de ser maispró-ativo junto das autoridades dePortugal. “Há hoje uma ideia de seconjugar esforços para que o Conselhoseja pró-ativo, porque apesar de serum órgão de aconselhamento, não po-demos esperar que as pessoas ve-nham perguntar-nos o que achamos,o que precisamos, ou o que entende-mos”, declarou à Lusa Flávio Martins.Segundo o Conselheiro, é preciso um“Conselho que vá ao Governo (portu-guês), que vá aos órgãos constituídosna República para apresentar as de-mandas das Comunidades”. Flávio Martins foi eleito Presidentedo Conselho Permanente do CCP,na quarta-feira da semana pas-sada, durante a reunião plenária doórgão, que decorreu na Assembleiada República, em Lisboa. “Não hásoluções mágicas. Acho que tudodependerá de conjugarmos esfor-ços dos Conselheiros, o que parecejá existir, pelo menos das reuniõesdas quais tenho participado”, disseFlávio Martins, eleito pelo círculodo Brasil.Segundo o Conselheiro, que é Di-retor na Universidade Federal doRio de Janeiro (UFRJ), na Facul-dade Nacional de Direito, “apren-deu-se com os erros do passado equer-se manter aquilo que foiacerto no passado”. Uma das preo-cupações que Flávio Martins perce-beu das conversas com todos osConselheiros durante as reuniõesdo CCP é forma como os Portugue-ses são tratados fora do seu país.“O Português fora de Portugal nãopode ser considerado um Portu-guês diferente, ele apenas vivenum local diferente que não o ter-ritório nacional, portanto, deve-seestender a todos os Portugueses aplenitude dos direitos fundamen-tais, sociais, políticos”, defendeu.

Divergências nos Conselheiros da Europa

Os Conselheiros reuniram durantetrês dias em Lisboa, na Assembleiada República e a reunião ficoumarcada por divergências entre osConselheiros da Europa. Quando setratou de eleger os elementos da Eu-ropa que deviam integrar o ConselhoPermanente, não houve entendi-mento, surgiu uma lista já preparadaque depois foi contestada e foram ne-cessárias várias horas para que osConselheiros chegassem a um acordo.“Enquanto isso, os outros Conselhei-ros do Conselho Permanente foram-seorganizando, evidentemente” disse aoLusoJornal um dos Conselheiros deFrança.De França participaram Paulo Mar-ques, Carlos dos Reis, SandrineCarneiro, Luísa Semedo, João Ve-loso, Manuel Cardia Lima, Valde-mar Félix, António Capela e RuiBarata. Apenas faltou à reuniãoplenária o Conselheiro Raul Lopes.Sandrine Carneiro foi eleita para oConselho Permanente.Durante os trabalhos, os Conselhei-ros encontraram-se com váriosmembros do Governo, Deputados eaté o Presidente da República.“Estou atento às vossas preocupa-ções e aos desafios que se colocamàs diferentes Comunidades portu-

guesas espalhadas pelo mundo.Estou atento e serei particular-mente ativo em responder direta-mente a cada questão que me écolocada, sempre em estreita arti-culação com o Governo”, assegu-rou o Presidente da República nareceção que deu aos Conselheiros.Marcelo Rebelo de Sousa esperaque, em todas as ocasiões que sepropicie, possa estar em contactocom as Comunidades portuguesasnas deslocações oficiais que vaifazer como o caso do Brasil, noverão, dos Estados Unidos em se-tembro, da Suíça em outubro ou deoutros países latino-americanos na“ida ou na volta” da cimeira ibero-americana.

Ministro abriu o PlenárioO Ministro dos Negócios Estrangei-ros (MNE) fez o discurso de aber-tura do Plenário dos Conselheiros ecomeçou logo por tecer análisessobre as políticas de emigração. “Oproblema principal está nas defi-ciências muito graves em recursoshumanos que a rede consular hojeapresenta. Elas foram muito agrava-das nestes anos em que o país estevesujeito a um programa de ajustamento(financeiro)”, declarou Augusto San-tos Silva. “As deficiências de pessoalna rede consular têm de ser corrigidasgradualmente, vistas as restrições or-çamentais com que nós ainda nos de-paramos e, sobretudo, vista a regraque implica que a despesa com pes-soal na administração pública sejatambém muito contida”, sublinhouAugusto Santos Silva.Segundo o Ministro, a reparação dascarências de pessoal nessa rede“constitui a prioridade número um dapolítica de recursos humanos” doMNE, que quer fazer “ajustamentospontuais”.Sobre a rede do Ensino do Portuguêsno Estrangeiro (EPE), que existe em17 países, envolve 815 professorese tem 68.000 alunos, defendeuque é preciso “promover a integra-ção curricular da língua portuguesanos diferentes sistemas educativossão objetivos complementares”.Santos Silva sublinhou a importân-cia do movimento associativista nadiáspora e como este deve ser par-ceiro permanente do Governo,

como elo com os emigrantes.“O Conselho das ComunidadesPortuguesas é um órgão de con-sulta do Governo no que se referea políticas públicas e aos serviçosde apoio às comunidades, mastambém é um órgão de advocacia,são advogados dos direitos e dosinteresses dos emigrantes”, ava-liou. “Os conselheiros (CCP) são edevem ser vistos como parceirosdas autoridades públicas e são elosde ligação entra as autoridades pú-blicas e as comunidades portugue-ses”, disse ainda.

Participação cívica é prioridadeO Secretário de Estado das Comu-nidades, José Luís Carneiro, afir-mou que o Governo português quermelhorar as condições de partici-pação dos emigrantes nos atoseleitorais portugueses, atribuindomais poderes aos Consulados ho-norários. “Uma das primeiras prio-ridades da ação da Secretaria deEstado das Comunidades Portu-guesas é o de garantir outras con-dições, mais favoráveis, para aparticipação dos Portugueses nosatos eleitorais portugueses”, decla-rou o secretário de Estado.O responsável político destacou “avontade já assumida de atribuir-sepoderes a vários Cônsules honorá-rios para que eles próprios possamproceder ao recenseamento eleito-ral”.“Entre os obstáculos para a maiorparticipação eleitoral dos emigran-tes, alguns estão identificados edependem da vontade do poder po-lítico e é para isso que estamos atrabalhar, para removê-los”, ava-liou.José Luís Carneiro disse que setem “desenvolvido um diálogo como Sindicato dos trabalhadores con-sulares para que os trabalhadoresconsulares possam integrar nosseus objetivos de trabalho o quetem a ver com o recenseamentoeleitoral, ou seja, serão premiadosnas avaliações em função do númerode cidadãos recenseados em cadaano”.O governante defendeu também umamaior mobilização do movimento as-sociativo, a quem são concedidos“apoios financeiros anualmente”,para esse trabalho de “sensibilização,de informação e de mobilização doscidadãos portugueses que se encon-tram no exterior para participaram nosatos eleitorais”.O Secretário de Estado das Comuni-dades também lembrou o processo demodernização dos serviços consularesque está em curso, nomeadamente a“constituição de uma única base dedados de todos os utentes dos servi-ços consulares em todo o mundo”.No próximo ano, segundo o Secretáriode Estado, será possível introduzir o“ato consular único”, em que o cida-dão emigrante fornecerá as suas infor-mações para essa base de dados umaúnica vez, e não terá de preencher for-mulários com toda a sua informaçãocada vez que necessitar de um docu-mento consular.

Flávio Martins é o novo Presidente do CCP

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AS

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04 Destaque

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emsíntese

Editorial: Natal équando umhomem quiser

O dia 9 de abril de 1918 devia tersido um dia feliz para o Corpo Ex-pedicionário Português que parti-cipava na I Guerra Mundial, noNorte da França. Depois de terpassado alguns meses na linha dafrente, Portugal conseguiu enfimque as suas tropas fossem rendi-das, para poderem descansar.Mas os Alemães perceberam asmanobras portuguesas e atacaramfortemente.Esse 9 de abril de 1918 foi um dianegro. A Batalha de La Lys foi amaior derrota militar portuguesadepois de Alcacer Quibir. Os sol-dados alemães eram várias vezesmais numerodos do que os Portu-gueses.98 anos depois, no dia 9 de abrilde 2016, não houve nenhuma ce-rimónia oficial no Cemitério MilitarPortuguês de Richebourg, ondeestão sepultados 1.831 dos solda-dos mortos. Houve uma comemo-ração na cidade da Batalha, emPortugal, com o Presidente da Re-pública, mas não aconteceu nadaem Richebourg.Também ninguém honrou nessedia (nem noutro) os 44 soldadosportugueses que estão enterradosno Cemitério de Boulogne-sur-Mer.Não homenagearam nesse diaporque não havia “disponibilidadede agenda”. Porque não havianem um soldado raso disponívelpara ir levar uma coroa de floresem homenagem àqueles que mor-reram em combate, com a fardade Portugal.As comemorações tiveram lugarno sábado passado, dia 30. Doisdias depois o Ministro da Defesaestá em Paris. Não teve tempopara vir dois dias mais cedo paraparticipar nas cerimónias. Certa-mente por “indisponibilidade deagenda”.Foi por estas mesmas razões queo Corpo Expedicionário Portuguêsficou tantos meses na linha dafrente. Lisboa estava demasiadoocupada com outras coisas. Tinha“indisponibilidade de agenda” efoi deixando andar... até quehouve milhares de mortos.Não se falava de outra coisa emRichebourg no sábado passado.Mas que importa que falem!Quando questionei o Secretário deEstado sobre o facto de organizaras comemorações quase um mêsdepois, ele chutou a água do ca-pote. “Não foi feito no dia 9, masfoi feito, no dia 30”. Banalizou.Podia ter dito que “Natal é quandoum homem quiser”.Francamente...

Por Carlos Pereira

Comemorações da Batalha de La Lys só tiveram lugar no sábado passado

Os soldados portugueses que comba-teram na I Guerra Mundial “não mor-reram em vão”, afirmou o Secretáriode Estado da Defesa, Marcos Peres-trello, nas cerimónias evocativas do98º aniversário da Batalha de La Lys,no norte de França.“Apesar das vicissitudes e do númeroelevado de vítimas, estes homens nãomorreram em vão. Hoje, lembramoscom orgulho e dignidade os soldadosaliados, em particular os franceses esobretudo o Corpo Expedicionário Por-tuguês que ajudou a construir a pazcom o próprio sangue”, discursou ogovernante perante dezenas de pes-soas em frente ao monumento aosmortos de La Couture.Dezenas de pessoas deslocaram-se nosábado passado ao Cemitério militarportuguês de Richebourg e ao monu-mento aos mortos de La Couture paraprestar homenagem aos soldados por-tugueses e recordar a Batalha de LaLys, ocorrida a 9 de abril de 1918 eque provocou perto de duas mil víti-mas mortais.“É muito importante que todos osanos nos lembremos daquilo queaconteceu: em primeiro lugar paraque não volte a acontecer e em se-gundo lugar para que as famílias da-queles que pereceram na guerrasintam e tenham o reconhecimentopor parte dos Portugueses e por partedo Governo português que essas mor-tes não foram em vão. Foram mortesna defesa dos princípios da liberdade,da justiça, da democracia e da paz”,declarou Marcos Perestrello à Lusa.Também o Maire de Richebourg, Gé-

rard Delahaye, afirmou que “os solda-dos portugueses não morreram emvão” na guerra que qualificou de“maior massacre de todos os tem-pos”, agradecendo aos “milhares dePortugueses que lutaram em Françapara que França mantivesse a sua li-berdade”. No seu discurso, terminouem português dizendo que “tudo fareipara transmitir aos meus filhos e aosmeus netos o respeito pelos soldadosportugueses que vieram cá defenderas nossas terras e as nossas vidas”.Portugal entrou na I Guerra Mundial(1914/1918) em março de 1916 esofreu uma das maiores derrotas mi-litares de sempre na Batalha de LaLys.A 9 de abril de 1918, enquanto fa-ziam um render de tropas, os militaresportugueses, comandados pelas for-ças britânicas, foram surpreendidos

por um ataque alemão que acabariapor conquistar La Lys e depois as ter-ras altas da Flandres, tomando Yprese o monte Kemmel, já na Bélgica.As comemorações de sábado come-çaram no Cemitério Militar Portuguêsde Richebourg com uma intervençãoreligiosa a cargo do Capelão das Co-munidades Católicas Portuguesas emFrança, o padre Carlos Caetano, na-quela que é a sua “quinta colabora-ção com a Embaixada de Portugal,nas comemorações da Batalha de LaLys”.“Homenagear e recordar estes solda-dos (para além do dever de memória)é uma verdadeira catequese. É umconvite a não esquecer o sofrimentode guerra. É uma exortação a procurarincansavelmente alternativas não vio-lentas para a resolução dos conflitos.Que não haja dúvidas: quem esquece

o passado está condenado a repeti-lo”, disse à Lusa o padre Carlos Cae-tano.O capelão das Comunidades Portu-guesas em França, “filho de um ex-combatente da guerra do Ultramar”considerou que a efeméride servepara recordar “não apenas os solda-dos da batalha de 1918, mas todosos soldados portugueses de ontem ede hoje”, incluindo o próprio pai “etodos os companheiros que com eleviveram a experiência da guerra”. Se-guiram-se os discursos das autorida-des militares e do Maire deRichebourg e a deposição de coroasde flores.No programa seguiu-se, ao meio-dia,uma homenagem ao Corpo Expedicio-nário Português (CEP) no Monumentoaos Mortos de La Couture, uma escul-tura do artista António Teixeira Lopesinaugurada em 1928. Ali discursou aSous-Préfet de Béthune, o Maire deLa Couture e o Secretário de Estadoda Defesa Nacional, Marcos Peres-trello. A ouvi-lo estava o DeputadoCarlos Gonçalves, o Embaixador dePortugal em França, José Filipe Mo-raes Cabral, o Cônsul-Geral de Portu-gal em Paris, António AlbuquerqueMoniz, o novo Cônsul Honorário dePortugal em Lille Bruno Cavaco, oPresidente da Liga dos Combatentesde Portugal, Tenente-General ChitoRodrigues, e uma delegação de mili-tares das Forças Armadas Portugue-sas proveniente da Bélgica e comrepresentantes de várias associaçõesportuguesas em França.As cerimónias terminaram com umalmoço em La Couture, onde não fal-tou folclore português.

Governante diz que os Soldados portugueses “não morreram em vão”

Por Carina Branco, Lusa

Il y a 12 ans: Le Président Jorge Sampaio avisité le Cimetière Portugais de Richebourg

Tous les ans ont lieu, depuis 1947, àRichebourg, des cérémonies en hom-mage aux soldats portugais qui ontparticipé à la I Guerre Mondiale.Rares ont été les visites de Ministres,voir du Président portugais. L’histoireretiendra que la première fois qu’unPrésident portugais est venu présiderles cérémonies au Cimetière MilitairePortugais de Richebourg, fut JorgeSampaio.Quelques jours après avoir célébré les30 ans de la Révolution des œillets,Jorge Sampaio, s’est déplacé dans leNord de la France. Dans le Cimetièreportugais de Richebourg, une plaquede marbre porte cette inscription enlettres dorées: «Homenagem do Pre-sidente da República Dr. Jorge Sam-paio ao Corpo ExpedicionárioPortuguês. 1 de maio de 2004».Le discours du Président Jorge Sam-paio, 12 ans après, reste plus d’actua-lité quand il disait: «Je suis fier et émude rendre hommage au nom de le Ré-publique portugaise. Nous rappelonsaujourd’hui les soldats du Corps Expé-ditionnaire Portugais qui se sont bat-tus ici avec ténacité et courage, dans

des conditions les plus terribles et quiont finalement laissé leur vie dans ceschamps de bataille. La I Guerre Mon-diale a été pour tous les Européensune immense catastrophe. Bien loinde l’épicentre du conflit, le Portugal aaussi subi ses ravages en s’engageantau côté des Alliés. Notre contribution,

certes a été modeste, par rapport auxgigantesques armées qui s’affrontaienten Europe, mais elle a toutefois repré-senté, pour le Portugal un effort consi-dérable… Quel énorme gaspillage devies, de jeunesse, d’espoirs engloutispar la voracité d’une guerre dictée parl’ambition démesurée de dominer…

Comment cacher notre émotion etnotre révolte, face à ce sacrifice demillions de vies, à ce sol meurtri parces terribles batailles?... Ici la mé-moire du passé donne un sens encoreplus évident à notre avenir commun,un avenir qui nous permettra, j’en suissûr, de resserrer encore plus les liensqui unissent non seulement nos deuxpays mais aussi tous les peuples eu-ropéens».Douze ans après le discours teintéd’optimise, beaucoup de choses ont-elles changé? Pas beaucoup. Les pro-blèmes en Europe sont là et pourcertains encore plus grave. Dans unrécent sondage, à la question poséeaux Français: «Quelle est votre plusgrande peur?», la réponse a été «l’ar-rivé le l’autre, du refugié, devant lacrainte du terrorisme».Douze ans après la visite de JorgeSampaio, on vient d’honorer le 30avril le Corpo Expedicionário Por-tuguês au Cimetière Militaire Portu-gais de Richebourg. Celui-ci faisantpartie du périmètre candidat au Patri-moine Mondial de l’UNESCO. Commedit le dicton portugais «Mãos à obra»pour la restauration des 1.831tombes.

Par António Marrucho

Didier Landru

LusoJornal / Mário Cantarinha

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Trois questions àManuel Aparício

Nom:Manuel AparícioFonction: Conseiller municipalParti: Les Républicains et PSDDélégations: Vice Président chargédes travaux au Syndicat des eaux,participation au JumelagePremière élection: 2001Autres représentations: Conseil d’ad-ministration à la Médecine du travail(MEDISIS)Ville d’origine au Portugal: Silvares

Comment s’est fait le déclic pour ren-trer en politique?Tout simplement en commençant parparticiper à différentes manifestationsartistiques et culturelles portugaisescomme accordéoniste au sein d’ungroupe folklorique. J’ai ensuite voulutoucher à d’autres domaines pourêtre encore plus au contact de nosadministrés.

Quelles ont été les principales difficul-tés dans votre fonction actuelle?En tant qu’élu depuis 2001, j’ai eul’occasion de remarquer une forteprogression dans la participation denos élus d’origine portugaise dansnotre département de l’Oise (environune centaine en 2014). Cependant,la distance importante entre les diffé-rentes villes ne facilite pas les rencon-tres physiques de façon régulière.Heureusement les différents réseauxsociaux actuels nous permettent demaintenir le contact.

Qu’est ce qui est le plus importantpour vous actuellement?Selon moi, nous devons tous entant qu’élus faire le maximum pourmaintenir et promouvoir l’appren-tissage de la langue portugaisedans nos territoires.

Un partenariat de LusoJornal avec Cívica

05Destaque

Associação reclama verbas para o Cemitérioonde estão soldados portugueses da I Guerra

A União Franco-Portuguesa de Riche-bourg quer que o Governo de Lisboadisponibilize verbas para substituir aslápides do cemitério onde estão1.831 soldados portugueses mortosna I Guerra Mundial, disse à LusaJoão Marques, o Presidente da asso-ciação.“Há dois anos a Ministra das Finançastinha acordado 500 mil euros para oCemitério e os Ingleses estavam deacordo para fazer isto [obras]. O pro-blema é que dois meses depois disse-ram-nos que o orçamento era muitobarato e os Ingleses começaram adesviar-se. Esse dinheiro acabou pornão chegar e as obras acabaram pornão se fazer”, disse o dirigente asso-ciativo.João Marques considerou que “porenquanto os políticos não têm mos-trado muito interesse” e mostrou-secético quanto ao avanço das obrasantes de 2018, ano do centenário dofim da I Guerra Mundial (1914/1918)e da Batalha de La Lys.“O que nós queremos fazer é mudartodas as lápides e pôr lápides novasporque o betão está todo partido, aslápides todas tortas. Eu até aconselheique mandassem fazer o granito emPortugal porque o cemitério foi feitoem 1928 e temos pedras que aindasão boas”, descreveu, à margem dascerimónias evocativas da Batalha deLa Lys na qual morreram cerca de

2000 homens.Questionado pela Lusa, o Secretáriode Estado da Defesa, Marcos Peres-trello, não adiantou se o Governo vaiavançar com mais verbas, dizendoapenas que “há um esforço perma-nente de conservação e o aspeto demelhoria das campas está semprepresente”.“Há um esforço permanente das au-toridades francesas e das autoridadesportuguesas, em conjunto com a Liga

dos Combatentes, de preservação da-quele espaço. Aquele espaço estácom muita dignidade e exige um es-forço permanente de preservação eessa preservação passará também,conforme for sendo necessário, poressa preservação particular das cam-pas”, declarou.O Presidente da Liga dos Combaten-tes, Tenente-general Joaquim ChitoRodrigues, afirmou que se trata de“uma verba muito significativa para

mudar 1.831 pedras”, estando “con-vencido que é possível mudar algu-mas daquelas cabeceiras” mas não atotalidade porque as verbas necessá-rias são de “algumas centenas de mi-lhares de euros”.“É necessário manter permanente-mente o cemitério com alta dignidade,já fizemos duas intervenções no por-tão, uma custou cem mil euros, outra70 mil euros. Nós estamos a garantira dignidade do cemitério”, declarou.

Cemitério Militar português de Richebourg

lusojornal.com

Por Carina Branco, Lusa

Bisneta de soldado português conta históriasde amor e de guerra aos turistas em França

Aurore Rouffelaers é bisneta de umsoldado português que combateu naPrimeira Guerra Mundial na Flandres,passando os dias a contar histórias deamor e de guerra aos turistas que vi-sitam o norte de França.A francesa, de 37 anos, cresceu aouvir histórias sobre o bisavô e hácerca de dois anos criou uma agênciade turismo com visitas temáticas aosgrandes campos de batalha da Flan-dres, nas quais também fala “da me-mória de Portugal”.“Falo das grandes fases da Batalha deLa Lys, das razões pelas quais Portu-gal entrou em guerra no fim daguerra, da vida quotidiana dos solda-dos nas trincheiras e depois falo dehistórias como a do meu bisavô e jácheguei a ir ao Cemitério militar por-tuguês para mostrar a sua campa”,explicou.João Manuel da Costa Assunção, na-tural de Ponte da Barca, foi paraFrança por causa da guerra mas foipor amor que ficou no país onde teve15 filhos da mulher que conheceudurante o conflito. “As histórias dossoldados portugueses são bastanteparecidas com a do meu bisavô. Sãohistórias de amor. Uma das vezes emque ele estava em descanso numagranja da região, conheceu a jovemMélanie e os dois apaixonaram-se,

ainda que ele não falasse francês eela não falasse português”, contou.Portugal entrou na Primeira GuerraMundial em março de 1916 e sofreuuma das maiores derrotas militares desempre na Batalha de La Lys, a 09 deabril de 1918, considerada como “aAlcácer Quibir do século XX” e naqual o Corpo Expedicionário Portu-guês perdeu cerca de dois mil ho-mens. João Manuel da CostaAssunção sobreviveu à guerra e à fa-mosa batalha. “Os soldados portugue-ses viviam como ratos. As condiçõeseram horrendas. Eles tinham sempre

os pés na lama, o uniforme sempremolhado. A terra da Flandres é imper-meável, de argila, e choveu umaquantidade terrível durante a guerra.Nas trincheiras havia lama, ratos, nãohavia água para todos nem sanitas, oscorpos dos soldados mortos eram en-terrados ao lado das trincheiras”, des-creveu a guia turística.Por enquanto, as visitas são feitas emfrancês e em inglês, mas “em 2018vão ser feitas em português”, conti-nuou Aurore, explicando que apenascomeçou a aprender português hádois anos porque a língua do bisavô

se perdeu na família há quase um sé-culo já que João Manuel da Costa As-sunção falava em francês à esposa eaos filhos.Aurore Rouffelaers explicou, também,que “a história do Corpo Expedicioná-rio Português (CEP) é completamentedesconhecida devido à sua pequenadimensão à escala global da guerra”,notando que “os turistas canadianose australianos gostam muito da histó-ria do CEP porque tem muitos pontosem comum com a deles já que os trêspaíses pagaram com o sangue daGrande Guerra a sua independência esua credibilidade”.Um dia, Aurore espera vir a transpor-tar o estandarte da Associação de Ex-Combatentes Portugueses - criada em1924 e reconhecida em 1929 - àimagem do bisavô e da avó, FelíciaGlória d’Assunção Pailleux, que aindahoje, aos 90 anos, o faz nas cerimó-nias evocativas da Batalha de La Lyse no 11 de novembro, data do Armis-tício e da vitória dos Aliados contra aAlemanha. “Talvez a minha mãe ou aminha tia o façam antes de mim, masuma coisa é certa: um dia eu tambémserei a porta-estandarte. Para mim éuma tradição familiar e é uma formade transmitir a memória e dizer obri-gada a todos estes soldados que ser-viram de carne para canhão numlugar frio e cheio de lama”, concluiua francesa.

Por Carina Branco, Lusa

Elus d’origine portugaise

Felícia Glória d’Assunção Pailleux é avó de Aurore RouffelaersLusoJornal / Carlos Pereira

Estado das lápides degrada-se de ano para anoLusoJornal / Carlos Pereira

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06 Comunidade

emsíntese

Strasbourg: Setúbal nas Portas Abertas do Parlamento Europeu

À semelhança do que tem sido feitoem anos anteriores, Portugal vai par-ticipar em 2016 nas Portas Abertasdo Parlamento Europeu, em Stras-bourg. Desta feita, o Consulado Geralde Portugal em Strasbourg convidoua Câmara Municipal de Setúbal, quese fará representar pela sua Presi-dente Maria das Dores Meira.O evento terá lugar no próximo dia 8de maio, domingo, aberto ao públicodas 10h00 às 19h00, com as cerimó-nias oficiais protocolares a terem iní-cio às 09h30, na entrada de acessoao edifício Louise Weiss, com a pre-sença da Presidente da Câmara e doCônsul Geral Manuel Rita.São esperados cerca de 20.000 vi-sitantes.

Conferência sobre“Língua Portuguesae ensino em França”

Uma Conferência sobre “Língua Por-tuguesa e ensino em França” foi pro-ferida por Adelaide Cristóvão,Coordenadora do Ensino Portuguêsem França - Camões IP, nos SalõesEça de Queirós do Consulado Geralde Portugal em Paris, na terça-feiradesta semana, dia 3 de maio, pelas18h30, já depois do fecho desta edi-ção do LusoJornal.Esta Conferência foi realizada no âm-bito das comemorações do Dia daLíngua Portuguesa na CPLP (Comu-nidade dos Países de Língua Portu-guesa), organizada pela CátedraLindley Cintra da Universidade deNanterre, Leitorado de Português daUniversidade Paris 8 Saint-Denis,Coordenação do Ensino Portuguêsem França - Camões IP, Centro Cul-tural Camões IP, em parceria com oConsulado Geral de Portugal emParis, e deve ter contado com leiturasde textos de Maria Velho da Costapelo Grupo de Teatro - André de Gou-veia, encenadas por Nuno Fidalgo.

Recherche Juriste bénévole

Association loi 1901 recherche Juristebénévole afin de tenir une perma-nence en droit du travail une fois parsemaine (uniquement sur RDV) surParis. Pour toute information complé-mentaire ou envoi de candidature,merci de bien vouloir contacter direc-tement l’association: [email protected]

lusojornal.com

Cônsul Geral de Portugal em Paris visitou ToursO Cônsul-Geral de Portugal em Parisdeslocou-se no passado dia 20 deabril a Tours, tendo visitado o Consu-lado-Honorário e a Antena consularportuguesa naquela cidade. Encon-trou-se com o Maire Serge Babary,com o Cônsul Honorário, Luís Palheta,e reuniu com as associações portu-guesas da região. António Moniz foiacompanhado pelo Chanceler LeonelRebelo, o Adido social Joaquim deRosário e Aldina Morais da Antena deOrléans.Na primeira etapa falou com os fun-cionários que asseguram o atendi-mento à Comunidade portuguesa naregião de Tours e que “desenvolvemum importante trabalho de ‘back-of-fice’ para o Consulado-Geral emParis”. Felicitou-os pelo facto de noano passado terem praticado 75%mais atos consulares do que no anoanterior, “o que bem demonstra a im-portância das suas atividades noapoio à nossa Comunidade” diz An-tónio Moniz.O Cônsul-Geral encontrou-se de se-guida com o Maire Serge Babary, “ex-

tremamente cordial, que não referiuum único problema com a nossa Co-munidade”. Pelo contrário, Serge Ba-bary mencionou que os Portugueses“dão um importante contributo ao de-senvolvimento da região”, apesar de

na mesma se assistir a um certo de-clínio industrial - a fábrica da Michelinestá progressivamente a ser desman-telada -, o que tem sido compensadopelo aumento do turismo, com as vi-sitas aos Castelos da Loire. Serge

Babary mencionou ainda que temapoiado, “na medida das possibili-dades” da Mairie, a Comunidadeportuguesa e as associações, tendoainda mostrado à delegação portu-guesa as obras em curso do Centrode Cultura Contemporânea desen-volvido pelo arquiteto Aires Mateusnaquela cidade.O Cônsul-Geral encontrou-se logoapós com as associações locais quedesenvolvem sobretudo atividadesna área cultural e social e com osresponsáveis da rádio Antena Portu-guesa de Tours. “Tratou-se de umatroca de ideias e experiências muitointeressante tendo sido feitas diver-sas sugestões para melhorar o traba-lho associativista” explicou AntónioMoniz. “Ficou ainda patente a exce-lente reputação de que goza emTours o Cônsul-Honorário Luís Pa-lheta, advogado especializado naárea do Direito do Trabalho, muitoelogiado pelo Maire e pelas associa-ções, e que tem desenvolvido na-quela região várias iniciativas decaráter cultural e empresarial.

Delegação consular encontrou-se com o Maire Serge Babary

Embaixador Seixas da Costa preside à Comissão de honra da Romaria d’AgoniaO Presidente da Câmara de Viana doCastelo anunciou que o EmbaixadorFrancisco Seixas da Costa foi este anoa personalidade escolhida para presi-dir à Comissão de honra da Romariad’Agonia, entre 20 e 23 de agosto.“É uma figura grande da nossa diplo-macia. Foi Embaixador nos EUA, noBrasil, em França. Foi sempre umapessoa que acompanhou muito deperto as nossas festas. É uma pre-sença assídua em Viana do Castelo”,revelou José Maria Costa à vereaçãodurante a reunião ordinária da autar-quia.Trata-se de uma função que por ine-rência cabe ao Presidente da Câmarade Viana do Castelo mas que há duasdécadas é delegada em figuras quecontribuem para a promoção do con-celho e das festas, como aconteceucom a fadista Amália Rodrigues, entre

outras personalidades. O autarca so-cialista disse ter convidado o antigoSecretário de Estado dos AssuntosEuropeus dos Governos de AntónioGuterres (PS) para presidir à Comis-

são de honra da Romaria da capital doAlto Minho por se tratar personalidadeque “elevou bem alto o nome de Por-tugal”.“Tive oportunidade de verificar, quer

junto da Comunidade portuguesa noBrasil, quer em França, o enorme ca-rinho que todos tinham pelo senhorEmbaixador Seixas da Costa pelaforma de estar, sempre disponível, esempre atenta como cumpria a suamissão”, frisou.José Maria Costa adiantou que o con-vite deixou Seixas da Costa “muitosensibilizado”, referindo que o diplo-mata “vai estar nos números das fes-tas d’Agonia, como é costume, maseste ano, numa figura especial comoPresidente da Comissão de honra”.“O Embaixador Seixas da Costa sem-pre manifestou grande carinho egrande entusiasmo pelas nossas fes-tas. Nesse sentido, decidimos prestar-lhe esta homenagem, pelo trabalhoque desenvolveu ao longo dos anosjunto das nossas Comunidades”, sus-tentou.

O Consulado Honorário de Portugalem Orléans, que depende do Con-sulado Geral de Portugal em Paris,entrou em funcionamento em 18 dejaneiro de 2008. Foi inauguradooficialmente em 2 de junho domesmo ano.Ao abrigo dos nos 2 e 3 do artigo 1ºdo Decreto-Lei nº 75/98, de 27 demarço, o Consulado Honorário dePortugal em Orléans ficou autori-zado a praticar atos de registo civil,de notariado e de recenseamentoeleitoral e a emitir documentos deviagem.Desde finais de 2014, mas de forma

permanente a partir de 2015, passoua estar equipado com um aparelho derecolha de dados biométricos, o quecontribuiu de forma notória para arentabilidade na execução de tarefase atos consulares, quer em número,quer no complemento de receitas pro-duzidas, tendo assumido a forma deAntena consular.A atividade consular não cessou deprogredir ao longo dos anos e mais for-temente em 2015 com a utilizaçãoplena da máquina de recolha dedados biométricos. Neste ano, a pre-sença consular em Orleães esteveaberta ao público durante 249 dias

úteis, tendo realizado 4.888 atos con-sulares (aumento notável de +55,3%,relativamente ao ano anterior), dosquais 1.934 Cartões de cidadão(+22,8%), 298 Passaportes (+46,8%),1.068 atos de registo civil (+39%),436 atos de notariado (+47,8%), ouainda 1.163 atos diversos, além deserem efetuadas algumas atividades deapoio ao “back-office” de Paris.Todavia, o exercício da atividade con-sular não se resume aos dados assi-nalados, praticados com o empenho ea qualidade de trabalho “multifun-ções” reconhecidos das funcionáriasque aí exercem funções. O acompa-

nhamento, a informação e assistênciaaos lusodescendentes, assim como àsentidades e/ou autoridades francesaslocais foram sempre devidamente as-segurados, quer pelas funcionárias,quer pelo Cônsul Honorário, sempreque solicitados, em particular, visitasa associações, certas atividades naárea da cultura com realização de al-gumas exposições, relações de proxi-midade com empresas, promoção dasrelações entre a França e Portugal,apoio a cidadãos nacionais, estagiá-rios, ou ações de natureza institucio-nal em representação do país, entreoutras.

Atividade do Consulado Honoráriode Portugal em Orléans

José de PaivaCônsul Honorário de Portugal em Orléans

[email protected]

Crónica de opinião

Cônsul de Paris com dirigentes associativos de ToursDR

Marta Roballo

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08 Comunidade

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emsíntese

Homicida de Alexia SilvaCosta já confessou

Já se sabe quem matou AlexiaSilva Costa, uma jovem lusodes-cendente de 15 anos, encontradamorta na ilha de Oléron (Charente-Maritime), em março deste ano,um mês depois de ter desapare-cido.Um colega de liceu da vítima, comapenas 16 anos, foi ouvido pelapolícia e acabou por confessar ocrime: como a rapariga recusounamorar com ele, matou-a.

Turista francêsmorre na Madeira

Um turista francês morreu no sá-bado passado ao cair de uma al-tura de cerca de 100 metros naLevada do Norte, no troço que ligao Calvário, no Estreito de Câmarade Lobos, ao Garachico, no conce-lho de Câmara de Lobos. “O turistaia integrado num grupo, paroupara tirar uma fotografia e alega-damente terá escorregado e caiuno precipício”, disse uma fontedos Bombeiros Voluntários de Câ-mara de Lobos (BVCL), na Ma-deira, à Lusa.O turista, de 81 anos, fazia a le-vada de três quilómetros.

La France réagità la tragédie deMonte Txota

Le Quai d’Orsay a émis un com-muniqué suite à la fusillade qui atué 11 personnes au Cap Vert lasemaine dernière. «La Francecondamne la fusillade qui s’estproduite le 26 avril dans un centrede télécommunications à MonteTchota au Cap-Vert. Nous présen-tons nos condoléances aux famil-les des victimes ainsi qu’à leurspays d’origine.... Nous espéronsque toute la lumière sera faite surles circonstances de cette attaqueet que ses responsables seront tra-duits en justice».

Ministério dasComunidades

Cabo Verde deixou de ter um Mi-nistério das Comunidades. No se-guimento das eleições Legislativasde 20 de março, o Primeiro Minis-tro Ulisses Correia e Silva deu aLuís Filipe Lopes Tavares a pastade Ministro dos Negócios Estran-geiros, Comunidades e Defesa.

Governo quer “rever” a presença consularportuguesa em Clermont-Ferrand

O Governo confirmou que pediu aoCônsul honorário de Clermont-Fer-rand, que cesse a sua iniciativa depedir donativos à Comunidade por-tuguesa daquela região para a cons-trução/renovação das instalaçõesconsulares na localidade.O Secretário de Estado das Comuni-dades Portuguesas, José Luís Car-neiro, confirmou à Lusa o teor daresposta do Ministério dos NegóciosEstrangeiros (MNE) a uma perguntado Deputado socialista Paulo Pisco

realizada em março sobre o Consuladohonorário de Clermont-Ferrand. “Queríamos reconhecer o trabalho po-sitivo que tem vindo a ser desenvolvidopelo senhor Cônsul honorário em Cler-mont-Ferrand, o senhor Fartaria, noapoio aos Portugueses que se viramconfrontados com o encerramento dosserviços consulares em Clermont-Fer-rand”, sublinhou José Luís Carneiro.O vice-consulado de Clermont-Ferrandfoi encerrado em novembro de 2011,no âmbito da restruturação da rede di-

plomática feita pelo anterior GovernoPSD-CDS/PP. A comunidade local,que contestou o fecho, passou a ter dese deslocar ao Consulado Geral emLyon para tratar dos seus documentos.Em abril de 2014, o anterior Secretá-rio de Estado das Comunidades, JoséCesário, nomeou um Cônsul honoráriopara a localidade.“Foi graças ao esforço de Isidoro Far-taria que continuamos a garantir umaresposta consular em Clermont-Fer-rand”, sublinhou José Luís Carneiro.

“Aliás devo dizer que, no último aci-dente que ocorreu em Lyon (emmarço), que vitimou aqueles 12 Por-tugueses, o esforço desenvolvido pelosenhor Cônsul honorário foi absoluta-mente indispensável para conseguir-mos com toda a brevidade darrespostas a todas as questões que nosforam sendo colocadas. Por isso, que-remos continuar a contar com os seusserviços ao Estado português”, acres-centou o Secretário de Estado.José Luís Carneiro referiu que o Go-verno português quer “garantir umaresposta mais qualificada aos Portu-gueses que vivem na região de Cler-mont-Ferrand. Essa reposta maisqualificada está em fase de avaliaçãonos serviços do Ministério dos Negó-cios Estrangeiros e em diálogo com osserviços consulares de Lyon”, disse.“Tão breve quanto possível nós anun-ciaremos esta resposta mais qualifi-cada que vai deixar naturalmentesatisfeitos quer os serviços consularesde Lyon, quer o nosso Cônsul honorá-rio e principalmente a Comunidadeportuguesa daquela região”, afirmouainda.Uma delegação técnica deslocou-se àsinstalações do antigo Consulado paraavaliar o custo de uma intervenção.Numa resposta ao Deputado PauloPisco, o Ministério dos Negócios Es-trangeiros evocava a possibilidade dereabrir o posto consular porque o edi-fício acabou por não ter sido vendido.

Consulado Honorário pode voltar às antigas instalações do Consulado

Bellegarde accueille le Portugal à l’occasionde la journée de l’Europe

Célébrée par tous les pays de l’Unioneuropéenne, la fête de l’Europe estl’occasion de festivités qui rappro-chent l’Europe de ses citoyens et sespeuples entre eux.Située aux portes de la Camargue età l’extrémité du plateau des Cos-tières, à mi-chemin entre Beaucaireet Saint-Gilles, à 17 km de Nîmes et15 km d’Arles, Bellegarde organisechaque année la Fête de l’Europe.Pour fêter cette journée par le biaisde nombreuses animations, dontstands, concerts, ateliers de jeux etde découvertes pour les enfants, dé-

gustations gastronomiques et vini-coles, Juan Martinez, Maire de la

ville bellegardaise, et toute la muni-cipalité, invitent le public à cette ma-

nifestation, afin de rendre hommageà Robert Schuman ainsi qu’à la di-versité culturelle de l’Europe dansses frontières géographiques, en met-tant l’accent sur les cultures euro-péennes.La ville de Bellegarde accueillera lePortugal, qui, après la Révolution desŒillets, le 25 avril 1974, a projetéle pays sur la scène internationale,retrouvant la croissance économiquepermettant aujourd’hui aux portugaisde participer à plein régime à laconstruction européenne.C’est donc le samedi 8 mai que laville se couvrira d’étoiles jaunes surfond bleu.

Par José Manuel Santos

Aix-en-Provence revêt les couleurs de l’Europe

Avec au programme, déambulationsmusicales, danses, expositions, dé-corations de vitrines, ateliers et nom-breuses surprises pour mettre enlumière des pays qui composentl’Union Européenne, Aix-en-Pro-vence, depuis quinze ans, s’appro-prie cet espace de liberté encontribuant à la coopération et audialogue citoyen.Organisée par la Ville, en partenariatavec la Maison de l’Europe de Pro-vence, l’association Portulan et les

commerçants, du 3 au 9 mai, célè-brent dans la joie et la diversité eu-ropéenne, la déclaration Schumandu 9 mai.Tout au long de la semaine des ani-mations dédiées à l’Europe, aurontlieu dans les rues d’Aix-en-Provencedans le seul but d’offrir des mo-ments de partage et de découvertedes langues, des cultures, des jeux,des danses et des arts européens.La rue Papassaudi sera consacrée auPortugal. Œillets rouges offerts, vi-trines avec décoration portugaise,drapeaux, librairies avec littérature

portugaise, musique portugaise dansles magasins et établissements quise sont engagés dans un programmede coopération et voyage intercultu-rel...La journée du 9 mai, devenue unsymbole européen, commémore ladéclaration prononcée par RobertSchuman, Ministre français des Af-faires étrangères, dans le salon del’horloge du Quai d’Orsay, considérécomme fondateur de la constructioneuropéenne.Cette année, la Hongrie est le paysinvité d’honneur.

Par José Manuel Santos

le 04 mai 2016

Lusojornal / José Manuel Santos

Antigas instalações do Consulado não foram vendidasLusoJornal / Natércia Gonçalves (arquivo)

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lusojornal.com

Comunidade

emsíntese

Décès du patrond’Aigle Azur

Arezki Idjerouidene, le Président-fon-dateur du Groupe GoFast, qui detientAigle Azur, est décédé le dimanche24 avril, à Paris, avec 61 ans.«GoFast Group tient à rendre hom-mage à l’homme, réputé pour ses va-leurs morales et humaines ainsi qu’auvisionnaire, reconnu pour son audaceet sa détermination. La personnalitéd’Arezki Idjerouidène continuera àinspirer GoFast Group» dit une notede presse du groupe.Tiago Martins, le responsable du mar-ché portugais chez Aigle Azur se dit«consterné».Diplômé d’études de Droit et d’Eco-nomie, Arezki Idjerouidene a toujoursété fasciné par les métiers du trans-port. De cette passion est né en 1983GoFast Transport, entreprise spécia-lisée dans le fret et la logistique. Au fildes années, Arezki Idjerouidene aœuvré au quotidien pour développeret moderniser le transport qu’ils’agisse de transport maritime, terres-tre, en hélicoptère comme de lamaintenance aéronautique, de la sû-reté ou encore le développementd’agences de voyages. C’est cettemême énergie et exigence qu’il a misau service d’Aigle Azur, compagnieaérienne française, qu’il a su imposer,en quelques années, parmi les lea-ders Français en vols réguliers, et quiest devenue une filiale de GoFastGroup en 2001.La cérémonie funèbre a eu lieu au Ci-metière du Père-Lachaise, le mardi 3mai, après bouclage de cette éditionde LusoJornal.«GoFast Group revendique des va-leurs humaines fortes, une appétencepour l’audace au service du businesset un goût prononcé pour la conquêtede nouveaux horizons, qui lui ont per-mis de grandir en accompagnant surle long-terme le développement demarques fortes» dit la note de presse.«En trois décennies, GoFast Group asu hisser ses marques au rang de lea-ders sur une multitude de secteurs àtravers le monde et autour de quatrepôles majeurs: gestion, logistique ettransit; transport aérien; tourisme;communication et stratégies digi-tales».

Representantes da comunidade portuguesaalertam contra transporte em carrinhas

Um mês depois do acidente que viti-mou 12 Portugueses numa estrada emFrança, aumentam os alertas contra otransporte de emigrantes em carrinhassobrelotadas.Manuel Cardia Lima, Conselheiro dasComunidades portuguesas na área con-sular de Lyon, sublinhou à Lusa quenos diversos eventos em que participatem “chamado a atenção para estascondições de transporte porque não seadmite que no século XXI as pessoasviajem em condições do outro mundo”.Na reunião dos Conselheiros das Co-munidades que decorreu na semanapassada em Lisboa, Manuel CardiaLima pretendia questionar o Secretáriode Estado das Comunidades para verse há forma de fiscalizar este tipo detransporte. “No verão, nos meses emque há a colheita da fruta, a cerca de150 quilómetros de Lyon, também seouve falar nessas carrinhas. Vou deslo-

car-me a essa região para sensibilizar aspessoas”, acrescentou.Isidoro Fartaria, Cônsul-honorário deClermont-Ferrand, também aproveitoua eleição da Miss Portugal Clermont-Ferrand, há uma semana, para “apelarà Comunidade portuguesa para nãoembarcar nessas carrinhas que andampor aí a fazer um tráfico humano”.“Eu chamo-lhes os náufragos da es-trada tal como os que afogam no mar.Pedi à Comunidade portuguesa paranão ir nessas camionetas, camiões oucarrinhos que andam aí a fazer viagensentre a Suíça, a França e Portugal. Mui-tas vezes os preços equivalem aos devoos” de companhias de baixo custo,afirmou.O Cônsul-honorário disse, ainda, quegostaria de organizar uma viagem paravisitar a Comunidade portuguesa deFribourg, na Suíça, “para dizer às pes-soas que parem de usar esses carrosque as levam para a morte”.A associação Cap Magellan também vai

alertar para “os perigos deste tipo detransporte alternativo” durante a cam-panha de segurança rodoviária que rea-liza anualmente no verão, afirmou àLusa Luciana Gouveia, Delegada-geralda associação de jovens lusodescen-dentes. A dirigente associativa subli-nhou, por outro lado, que “há semprediversas realidades, como os carros li-geiros sobrecarregados ou as criançasna parte de trás sem cintos de segu-rança”.“As carrinhas são uma realidade quesabemos que existe. Quando estiver-mos nas fronteiras, se virmos este tipode transporte iremos abordar os condu-tores e alertar para o perigo que nãotêm a noção que estão a correr e a fazercorrer às pessoas que transportam. Emsegundo lugar, a mensagem geral deprevenção vai ter uma parte sobre estarealidade e esperamos participar numadiminuição da existência deste tipo detransportes”, declarou.Entretanto, a Vice-Procuradora de Mou-

lins, Jeanne-Chantal Capiez, explicou àLusa que “o inquérito continua” e que“ainda é muito cedo para conclusões”,aguardando-se “os resultados da aná-lise ao veículo acidentado, que aindanão foi feita, e a entrega dos processosverbais”.A representante do Ministério Públicofrancês não adiantou prazos para a con-clusão do inquérito, afirmando apenasque o condutor e o proprietário do veí-culo envolvido no acidente de 24 demarço “continuam detidos” e que “aduração da prisão preventiva é de qua-tro meses, mas pode ser renovada”. Omotorista e o proprietário do veículo,ambos portugueses, estão em prisãopreventiva desde 4 de abril, acusadosde homicídio e de ferimentos involun-tários agravados.As 12 vítimas portuguesas do acidenteviviam na Suíça e iam para Portugalpassar a Páscoa numa carrinha comseis lugares mas que transportava 13pessoas.

Um mês depois do acidente de Moullins

Por Carina Branco, Lusa

LusoPress escolhe Portugueses de ValorUma dezena de empresários portu-gueses de várias zonas do país emi-grados em vários pontos do mundo,com um percurso profissional, pes-soal ou associativo com destaque,vão ser homenageados, em Leiria, nagala “Portugueses de Valor”.Em conferência de imprensa, o Ad-ministrador dos nossos colegas daLusoPress, revista que organiza agala “Portugueses de Valor”, explicouque já estão escolhidos os dez Portu-gueses que serão homenageados nasexta edição do evento, que se realizadia 6 de maio, no Teatro José Lúcioda Silva, em Leiria, pelas 21h30.“Todos os anos nomeamos 100 Por-tugueses de Valor. Não é pelo valoreconómico, mas pelo valor intrínsecoda pessoa, como personalidade,como altruísta ou filantropo. São Por-tugueses que defendem Portugal nomundo e é isso que pretendemos va-

lorizar”, adiantou José Gomes de Sá.Esses 100 Portugueses são nomea-dos pelo Administrador da Luso-Press, mas depois são convidados aresponder num vídeo a várias pergun-tas, iguais para todos. A decisão daescolha final cabe a um júri. “Vamospremiar seis Portugueses a residir emFrança, dois em Portugal, um em In-glaterra e outro no resto do mundo”,disse, recusando-se a revelar osnomes, que serão apenas divulgadosdurante a gala.José Gomes de Sá adiantou que Lei-ria foi escolhida este ano para rece-ber a gala, tendo em conta o“convite” do Presidente da Câmara,Raul Castro. “Os Portugueses queestão fora pensam cada vez mais emPortugal, mesmo os netos e filhos dePortugueses, e convém não perder devista esta situação”, constatou aindaGomes de Sá.

Esta gala tem “por objetivo reconhe-cer o mérito de empresários emigran-tes de origem portuguesa que, emvários países, nomeadamente emFrança, tiveram um percurso de vidaque merece este mesmo reconheci-mento”, adiantou Raul Castro, sa-lientando que, “sempre que possível,deve ser feito um reconhecimentoaos emigrantes, que têm tido umcomportamento notável em relação àcolaboração com o próprio país emperíodos críticos”.“Foram eles que também ajudaramcom as suas remessas a criar condi-ções de saneamento das finançaspúblicas”, recordou o autarca. “Estereconhecimento que o municípioquer fazer com a realização destagala em Leiria acaba por ser umsentimento que queremos perpas-sar para toda a Diáspora. Temos, fe-lizmente, Portugueses de sucesso

em todo o mundo, portanto é ex-traordinária a iniciativa da Luso-Press para reconhecer o mérito dosPortugueses”.A comitiva dos 100 Portugueses no-meados estará em Portugal nos dias06 e 07 de maio, estando agenda-das algumas visitas culturais a Lei-ria e à região envolvente. “Vamoster também uma visita ao senhorPresidente da República, que vaireceber a comitiva dos Portuguesesde Valor, no dia 9 de maio, no Palá-cio de Belém, e, aproveitando as si-nergias, teremos um encontro deempresários na Nerlei - AssociaçãoEmpresarial de Leiria, no dia 6 às15h00”, anunciou José Gomes deSá.Os Secretários de Estado das Comu-nidades, José Luís Carneiro, e daIndústria, João Vasconcelos, tam-bém estarão presentes na gala.

le 04 mai 2016

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10 Empresas

Ministro da Economia visitou a Câmara de Comércio eIndústria Franco-Portuguesa

O Ministro português da Economia,Manuel Caldeira Cabral, esteve na se-mana passada em Paris e aproveitoupara visitar a Câmara de Comércio eIndústria Franco-Portuguesa (CCIFP).Foi recebido pelo Presidente daCCIFP, Carlos Vinhas Pereira, por al-guns dos Administradores da Câmara- Mapril Batista, Mário Martins e JoséTrovão - assim como por alguns em-presários portugueses de França.“É importante para mim estar com aComunidade portuguesa fora de Por-tugal e em França, obviamente, éonde há mais Portugueses e onde hácerca de 50.000 empresários portu-gueses” disse Manuel Caldeira Ca-bral. O número tinha sido avançadopor Carlos Vinhas Pereira. “Sabia queeram muitos, mas não pensava queeram tantos, e todos estes empresá-rios são os melhores embaixadoresque o país tem. São embaixadoresque estão no terreno, que dão umaboa imagem do país, e que são reco-nhecidos como trabalhadores. Háuma boa imagem e reconhecimentodos Portugueses em França, são sé-rios e cumpridores e que se têm vindoa transferir também para as empresasque têm investido em Portugal”.Manuel Caldeira Cabral disse quedesde que está no Governo já visitouvárias empresas “e há um reconheci-mento grande dos Portugueses epenso que esta ponte que se faz pelaspessoas é a ponte mais sólida e énesta ponte que se tem que alicerçarrelações económicas”.O Ministro lembrou que os Portugue-ses em França “começaram com

tempos difíceis” mas destacou de-pois o percurso que fizeram cá. “Aprimeira mensagem que eu queriaaqui deixar é que são muito bem-vin-dos a investir em Portugal e a se-gunda mensagem é na área doimobiliário, a importância que têmtido para atrair investimento francêspara Portugal, é algo que queremoscontinuar. Tentando diversificar umpouco e sair de Lisboa e do Algarve,para evitar uma subida de preçosmuito elevada e com o sucesso mataro mercado. Mas parece que ainda es-tamos longe disso”. O Ministro lem-brou que “se gerou um efeito muitopositivo: os que foram gostaram eestão a fazer uma publicidade passa-

palavra muito forte”.O Presidente da CCIFP tinha apresen-tado ao Ministro as diferentes açõesda Câmara, nomeadamente o Salãodo Imobiliário e do Turismo que orga-niza todos os anos, e que entusias-mou o Manuel Caldeira Cabral.Carlos Vinhas Pereira evocou as van-tagens fiscais para os reformados quevão instalar-se em Portugal. “Foi umamedida boa, mas nós temos dito quese é só pelas vantagens fiscais, nãovale a pena irem para Portugal. Por-tugal não é um paraíso fiscal. É umparaíso”. O Ministro concordou. “Asquestões fiscais foram uma motiva-ção inicial. Penso que agora não é aúnica. O regime fiscal aplica-se a

toda a gente com toda a clareza, etambém aos Portugueses que vivamno estrangeiro. Se quiserem voltar,são bem-vindos”.Manuel Caldeira Cabral diz com-preender aqueles que moram entredois países. “Eu próprio cresci em Lis-boa e depois fui para Braga e tenho avida hoje em dois sítios. Já vivi em In-glaterra e todos nós temos que nos ha-bituar a viver dessa maneira”.O Ministro felicitou a Câmara de Co-mércio pelas ações que tem levado aefeito, os debates, as formações, asmissões empresariais, o Hotel de Em-presas que criou... “Estamos a apostarmuito nas startups. O nosso programaé criar melhores condições para essas

empresas, com incentivos fiscais quevão ajudar quem investe nessas em-presas. Conseguimos mobilizar umaparte dos fundos comunitários paracapital de risco nestas novas empre-sas que estão a surgir por todo o lado.Um dos aspetos das startups é tam-bém criar redes internacionais que es-tamos a organizar com startupsamericanas. Temos todo o gosto emincluir aqui um intercâmbio com aFrança, para empresas que estejamem Portugal e queiram ter cá um es-critório para se lançar em França oupara empresas que estejam aqui equeiram partilhar um espaço em Lis-boa. Vou lançar esse desafio ao Secre-tário de Estado da Indústria que estáa tratar disso. É muito importante estainternacionalização e essa visibili-dade. As empresas inovadoras fazembem isso e as coisas novas levam-nosa sítios novos, pela internet faz-semuita coisa, mas a presença físicatambém é importante”.O Ministro gostou da ideia anunciadapor Carlos Vinhas Pereira de realizareste ano, em Paris, um Fórum sobreTecnologia “para mostrarmos aosFranceses que Portugal não é só tu-rismo, praias e sol. Também temosuma tecnologia de ponta. O Ministroconcordou. “No que pudermos ajudar,estamos cá para isso, o atual Governotem um programa de apoio tecnoló-gico às empresas em Portugal combase nos Centros tecnológicos. Estáa depor muita força na ideia da digi-talização da economia que é muitoimportante para Portugal com mé-dias e pequenas empresas e quepermite chegar diretamente aos con-sumidores”.

Manuel Caldeira Cabral felicitou o trabalho da CCIFP

Por Carlos Pereira

le 04 mai 2016

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Portuguesa EDC participa em encontro de profissionaisde relações públicas em BordeauxProfissionais de Assessoria de Im-prensa e Relações Públicas de todo omundo vão reunir-se em Bordeaux,este mês, para discutir as tendênciase as melhores práticas mundiais noencontro anual da International PublicRelations Network (IPRN). A agênciaportuguesa EDC - Executive DecisionsCommunications, representante daIPRN em Portugal, será uma das em-presas que irá marcar presença noevento.Composta por empresas de comuni-cação independentes e líderes demercado de 40 países, os membrosda IPRN reúnem-se anualmente paraformar relações mutuamente benéfi-cas que vão ao encontro das necessi-dades do cliente e das tendências dos

mercados internacionais. A IPRN éuma das maiores redes de agênciasindependentes do mundo, em que osseus membros cobrem os mercadosda América do Norte e do Sul, da Eu-ropa Ocidental e de Leste, o MédioOriente, o Extremo Oriente e Austrá-lia.Em representação da EDC, FredericoRocha, Diretor de Comunicação daagência, aponta: “A interação com osmeus homólogos de várias partes doglobo tem tido resultados muito posi-tivos junto dos clientes da EDC. Atransmissão do conhecimento temsido tremendamente bem sucedida, eestamos bastante ansiosos por conti-nuar a partilha de boas práticas coma rede de forma a crescemos juntos”.

A conferência vai ocorrer entre os dias13 e 20 de maio. “Esta conferência éuma oportunidade incrível para parti-lhar ideias com os nossos colegas glo-bais e para relacionar com as mentesmais brilhantes da profissão”, disseLuis Gonzalez, Diretor Executivo daIPRN e Gestor Principal da LUCA Co-municación Corporativa em Madrid.“Moderar a conferência em Bordeauxdá-nos uma oportunidade de dar a co-nhecer a história e beleza desta zonaextraordinária de França aos nossosconvidados internacionais bem comodemonstrar as capacidades e expe-riências da nossa Presidente, ChantalCarrere-Cuny, e a sua equipa da agên-cia Passerelles, que está a organizar oevento”.

LusoJornal / Carlos Pereira

Frederico Rocha, Diretor de Comunicação da EDCDR

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Cultura 11

Mónica Cunha a conquis la Contrescarpe

Presque 22h00, près de la place dela Contrescarpe, haut lieu du ParisHistorique. Une file d’amateurs unpeu transis, car le printemps, en cedernier jour d’avril, se fait attendre.Les portes du Théâtre de la Contres-carpe s’ouvrent enfin et le concert deMónica Cunha peut commencer,consacré au lancement de son pre-mier CD, dont elle nous donnera uneinterprétation live intégrale.A la guitare portugaise, Filipe deSousa, à la viola, Casimiro Silva, auxpercussions, pour certains fados oumarchas, Rui Fernandes. Introductionfaisant la part belle aux guitares, pas-sant du lent Fado menor au rapideFado corrido. Puis une ode à Lisboa(il en sera souvent question dans lasoirée, Mónica est alfacinha) et auTage, qui ouvre un répertoire qui suitl’histoire de la rencontre entre Mónicaet le fado, commencée par l’écoute dela radio, de disques, puis la participa-tion à des soirées de fado vadio, no-tamment dans son cher Alfama,auquel elle consacrera deux fadosdans la soirée, puis ici, à Paris, guidéepar Casimiro et Filipe. Deux fadosécrits par Casimiro, dont un spéciale-ment pour elle, feront partie du spec-

tacle. Est-ce le fait de revivre tout celadans sa tête, est-ce l’émotion dechanter en public, pour la premièrefois? Toujours est-il que Mónica a dumal, au début du concert, à dominerson émotion. Moment fugace, carbien vite, soutenue par ses musiciens,elle trouvera les chemins de la séré-

nité, mêlée d’un brin de fantaisie, quilui est coutumière et qui pénétrera unpublic attentif et bienveillant, beau-coup des spectateurs qui emplissentce soir la salle suivant depuis parfoislongtemps Monica et n’«ayant pasvoulu manquer ça».Mónica chante des fados traditionnels

(c’est le cas par exemple des mu-siques accompagnant les parolesécrites par Casimiro Silva, des fadosmusicados renommés, deux marchas,une pour Lisboa, une pour Alfama. Etaussi une version rythmiquement en-levée, soutenue par les percussions deRui Fernandes d’une chanson popu-

laire folk fort connue: ‘Quando eu erapequenina’. Prémisse pour Mónicad’une évolution possible vers d’autresformes musicales et de collaborationavec d’autres instruments en plus desindispensables guitares. En rappel,l’émotion initiale affleurant à nou-veau, Mónica chante, pour la pre-mière fois en public, un poème de sacomposition, sur la musique du Fadocravo: gros succès. «Dans mon pro-chain CD, nous confiera-t-elle, j’aime-rais inclure deux ou trois textes de maplume». S’ils sont de la qualité decelui que nous avons entendu (et quine figure pas sur ce premier CD), nousavons hâte de les entendre. Et pourconclure le rappel, devinez quoi? La‘Marcha de Alfama’, évidemment.N’oublions pas, dans le succès decette soirée, le rôle des musiciens,constamment à l’écoute de la chan-teuse, un Rui Fernandes pertinentdans ses interventions, un CasimiroSilva solide dans la viola, assurant unerythmique sans faille, et, à la guitareportugaise, un Filipe de Sousa à la foisvirtuose et accompagnateur attentif,qui nous offrira deux guitarradas su-perbes inspirées des variations dugrand guitariste Armandinho, l’unebien connue (sur le Fado mayer), l’au-tre moins (sur Ciganita).

Fado

Par Jean-Luc Gonneau

Filme sobre Amadeo de Souza Cardoso na France 5O documentário “Amadeo de SouzaCardoso: O último segredo da artemoderna”, realizado por ChristopheFonseca, resultado de uma coprodu-ção internacional, vai passar no canalde televisão francês France 5, no pró-ximo domingo, dia 8 de maio.O documentário, que traça o percursodo artista português, nascido emAmarante, em 1887, e falecido emEspinho, em 1918, com apenas 30anos, já passou na RTP, em Portugal.Realizado no âmbito da exposiçãoque o Grand Palais, em Paris, dedicaao artista, que abriu ao público a 20de abril, o filme tem uma narrativabiográfica e inclui a história das in-

vestigações recentes sobre Amadeo,feitas por uma equipa orientada porHelena de Freitas, Comissária da ex-posição do Grand Palais.Nessa investigação, revela-se a pes-quisa realizada aos arquivos pessoaisdo artista, registando, entre outras, adescoberta de uma obra inédita, e asperitagens realizadas na UniversidadeNova de Lisboa, que trazem umanova luz sobre a obra de Amadeo, se-gundo a Fundação Calouste Gulben-kian.As filmagens passaram por Lisboa,Amarante e Porto, e continuaram de-pois em Paris, Nova Iorque, Washing-ton, Chicago e Berlim, num projeto

financiado pela rede France Télévi-sions, pelo organismo público francêsRéunion des Musées Nationaux et duGrand Palais des Champs-Élysées,com apoio da Fundação CalousteGulbenkian. A vida de Amadeo come-çou em Amarante e passou depoispor Lisboa, Paris, Nova Iorque e Chi-cago, destacando-se pelo diálogo queo artista estabeleceu com as vanguar-das históricas do início do século XX.O documentário, que também contacom o apoio Fundação Calouste Gul-benkian, Caixa Geral de Depósitos,Fidelidade, e Município e MuseuAmadeo de Souza-Cardoso de Ama-rante.

le 04 mai 2016

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12 Cultura

lusojornal.com

emsíntese

Exposition de gravures Portugal-France

La ville de Fontenay-aux-Roses ac-cueille l’exposition «Gravures Portu-gal-France» qui réunit dix graveursportugais et dix graveurs français.L’idée de cette exposition est née àl’initiative de Júlio Cunha, graveur, etNicole Rigal, Présidente de l’associa-tion des Amis d’Edmond et J.J.J.Rigal, lors de leur rencontre au MuséeAmadeo de Souza-Cardoso à Ama-rante, en 2010.Vingt graveurs portugais et françaisdont l’expression artistique est di-verse. Leur inspiration reflète leur per-sonnalité chacun différemmentrecherchée parmi la richesse que lestechniques de l’estampe, de la gra-vure en taille-douce à la lithographie,mettent au service de la création plas-tique.Vingt graveurs contemporains dontcertains sont maîtres en leur techni-que. Pour les graveurs français, Ale-xandre Alexeïeff et J.J.J. Rigal, maîtresde la gravure à l’aquatinte; si JeanCouy est représenté par des eaux-for-tes on se souvient de lui notammentpour l’excellence de ses gravures auburin. Gravure au burin qu’ici CaroleBeugniet donne ses lettres de no-blesse. Les jeunes Matthieu Perra-mant et Paul Degorge à la techniqueaffirmée donnent comme une renais-sance à la gravure.Quant aux graveurs portugais, parleurs techniques diverses, autour deJúlio Cunha, ils donnent un élan defraîcheur et de dynamisme tant parleurs sujets que par leur expression.Dans les gravures de Karin Somersqui excelle également en céramiqueon retrouve la naïveté de ses cérami-ques. Chez Júlio Cunha, la fermeté desa technique nous amènerait volon-tiers vers de la sculpture….Les graveurs portugais: Manuel AlvesSilva, Céu Costa, Júlio Cunha, Ri-cardo da Silva, Acácio de Carvalho,Mima Higuchi, Mário Peixoto, JúliaPintão, Filipe Rodrigues et Karin So-mers.

Du 3 au 28 maiSalons de la Médiathèque à Fontenay-aux-Roses6 place du château Sainte-Barbe

Exposições comemoram o 25 de Abril naMaison de la Danse et de la MusiqueDurante duas semanas, de 19 a 29de abril, teve lugar na localidade deSaint Jean-de-la-Ruelle, na períferiade Orléans, uma exposição desti-nada a celebrar a Revolução do 25de Abril de 1974, organizada peloCônsul Honorário de Portugal emOrléans, José de Paiva, a partir deuma solicitação de Claude Rina Ba-sílio, autarca com o pelouro da ci-dadania europeia. Foram expostos18 painéis sobre a Revolução dosCravos, do Instituto Camões, 40 fo-tografias sob o tema “O que elespensam do 25 de Abril”, de MárioCantarinha, e num complementocultural, 25 pinturas do artista JoãoMoniz, sob o tema “Infinitudes dobranco”, apoiada pela Fidelidade.No preciso dia 25 de Abril, tevelugar uma cerimónia com a pre-sença do Maire, Christophe Chail-lou, que igualmente patrocinou ecedeu os locais da Maison de laDanse et de la Musique para a ex-posição, a que assistiram numero-sos convidados. O Cônsul-Geral dePortugal em Paris, António Albu-querque Moniz, não pôde assistir àcerimónia por se encontrar ausenteem Portugal no âmbito das reuniões

decorrentes com o CCP.No seu discurso, Christophe Chail-lou, elevou bem alto o nome de Por-tugal e sublinhou “a forma comohoje o país tenta sair da crise, a ma-neira como a Revolução dos Cravosse passou e conduziu a uma aber-tura rápida e pacífica do país ao ex-terior, culminando com a adesão depleno direito à União Europeia, em1986”, e também o prazer de ter nasua autarquia tantos Portugueses

“que dão do seu melhor”.O Cônsul Honorário, acompanhadopelas colegas Aldina Morais e AnaMaria da Cunha, agradeceu a pre-sença de Christophe Chaillou na ce-rimónia, as suas palavras e adisponibilização dos locais, assimcomo Claude Rina Basílio pela ini-ciativa. Na sua intervenção, José dePaiva acentuou “o exemplo desteGolpe de Estado, tornado Revolu-ção, que permitiu a Portugal sair de

48 anos de ditadura e uma novapostura no teatro das nações e naEuropa em particular, cuja presi-dência assumiu por três vezes”. An-teriormente, tinha-se jápronunciado o autarca Claude RinaBasilio, lusodescendente que vai noseu segundo mandato, que foi oeleito mais jovem de França. “Agra-deço imenso ao meu amigo José dePaiva, Cônsul Honorário de Portugalem Orléans, pois sem ele esta expo-sição não teria sido possível. Esteano de 2016 marca a celebração do30° aniversário da entrada de Por-tugal na União Europeia. Seria maisdo que necessário para mim marcareste evento através desta exposiçãosimbólica, em que, para além dospainéis do Instituto Camões, o fotó-grafo Mário Cantarinha nos trans-mite imagens e testemunhos decidadãos portugueses sobre a Revo-lução dos Cravos e o consagradopintor João Moniz nos dá a conhe-cer algumas das suas obras. Temostambém um dever de memória paracom as vítimas da ditadura e queromostrar que em Saint Jean-de-la-Ruelle, o que é relativo à cidadaniaeuropeia tem o seu inteiro lugar”.

Saint-Jean-de-la-Ruelle (Orléans)

Cinq artistes de Lisboa aux Ateliers d’Artistes de Belleville

Une journée Portes Ouvertes aura lieulors de la 27ème édition de «Passe-port(e)», aux Ateliers d’Artistes de Bel-leville. L’atelier accueille cette annéeplusieurs artistes portugais du 13 au16 mai, dans le cadre d’échangesavec les associations Castelo d’If deLisboa.Amateurs d’art, collectionneurs, cu-rieux, tous sont invités à entrer dansles coulisses de la création: pendantces quatre journées exceptionnelles,chacun peut aller à la découverte desœuvres, c’est aussi le moment idéalpour explorer le quartier de Bellevilleet ses multiples facettes.

Cinq artistes de Lisboa, de l’associa-tion Castelo d’If, y exposeront leursoeuvres:Teresa Palma Rodrigues est née à Lis-boa en 1978. Elle termine son cursusd’Histoire d’Art en 1996, puis en2001 elle obtient sa Licence d’ArtsPlastiques et finalement en 2008 elledéfend son Master en Peinture. L’ar-tiste expose régulièrement dans lesGaleries de Lisboa et environs.Rodrigo Bettencourt da Câmara aquant à lui commencé à peindre en1986, et obtenu son premier appareilphoto en 1989. Sa formation passepar la peinture, dessin, restauration enart, photographie et vidéo il est aussiLicencié en Multimédia et installation

à la Faculté de Beaux Arts de Lisboa.Parmi ses expositions, il compte plu-sieurs expositions individuelles et col-lectives au Portugal comme enFrance.Pedro Almeida, né au Congo en1966, vit et travaille à Lisboa. Avecun Master en Peinture il expose régu-lièrement depuis 2010. Il est égale-ment Vice Président de l’associationCastelo d’If de Lisboa.Sara Domingos est diplômée en Des-ign de communication aux Beaux Artsde Lisboa. Passionnée par l’art, elle aconsolidé une carrière en tant qu’ar-tiste plastique à travers diverses expo-sitions individuelles et collectives. Elleest notamment la créatrice de la

marque de savon ‘Olívia’.Finalement l’artiste française résidantà Lisboa, Cathy Douzil, est née à Pariset a fait ses études artistiques tout ense spécialisant dans les arts visuels.L’artiste travaille depuis plusieurs an-nées en dessin animé et se consacreaussi à développer sa technique per-sonnelle qui est centrée à la fois surle dessin et le papier.Puis en octobre, quatre artistes belle-villois exposeront à leur tour, lors desPortes Ouvertes à Lisbonne.Les vendredi 13, samedi 14, di-manche 15 et lundi 16 mai, de14h00 à 20h00Nocturnes les vendredi 13 et le sa-medi 14, jusqu’à 22h00

Par Clara Teixeira

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13Cultura

emsíntese

«Florbela, la sœurdu rêve»

La Compagnie l’Art des Mots présenteune lecture dramatisée de «Florbela,la sœur du rêve», une pièce de théâ-tre en trois temps d’Odette Branco,avec Ségolène Point, Corinne Me-nant, Laura St James, François LeRoux et Thomas Baignères. Musiquede Bruno Belthoise.La présentation aura lieu le mercredi11 mai, à 21h00, au Théo Théâtre,20 rue Théodore Deck, à Paris 15.

José Rodriguesdos Santos àParis

Le journaliste portugais José Rodri-gues dos Santos sera à Paris du 9 au13 mai pour présenter son nouveaulivre, «Furie Divine» (HC Editions).Cet auteur portugais, le présentateurdu 20h00 au Portugal sur la RTP etreporter de guerre, a vendu dans lemonde 3 millions de livres et enFrance, ses 4 derniers livres se sontvendus à plus de 700.000 exemplai-res (tous formats confondus).´

Bénévole pourl’élaboration d’unsite internet

Association loi 1901 recherche per-sonne bénévole pour l’élaboration deson site internet. Pour toute informa-tion complémentaire ou envoi de can-didature, merci de bien vouloircontacter directement: [email protected]

Portugal vai voltar a abrir o “Chantiers d’Europe”

Portugal volta a ser um dos países con-vidados do “Chantiers d’Europe”, emParis, pelo quarto ano consecutivo,com o encenador Miguel Loureiro aabrir, a 11 de maio, o festival de tea-tro, dança e música.O evento, que decorre até 4 de junho,leva ao palco nomes como Camané,Cristina Branco, José Manuel Neto,Clara Andermatt, Joana Craveiro, Mi-guel Fragata, Inês Barahona, TeatroPraga, Ricardo Cabaça, entre outros.Além dos artistas oriundos de Portu-gal, a 7ª edição do festival junta nomesemergentes da Suécia, Polónia, Gréciae Itália, no intuito de dar “outras visõesde uma Europa aberta, livre, inventiva,acolhedora, unida, uma Europa à ima-gem do que imaginavam os pais fun-dadores: uma bela e viva utopia”,escreve no texto de apresentação o lu-sodescendente Emmanuel Demarcy-Mota, Diretor do Théâtre de la Ville efundador do evento.Miguel Loureiro vai abrir o festival, a

11 de maio, com o espetáculo “Paris> Sara > Lisboa”, encomendado peloThêatre de la Ville e pelo São Luiz Tea-tro Municipal, no qual o encenador faz“um retrato insólito de Sarah Ber-nhardt, uma atriz lendária”, detalha oprograma.O também ator e dramaturgo, nascidoem 1970, em Moçambique, vai apre-sentar, pela primeira vez em França, apeça “Do Natural”, a 18 e 19 demaio, inspirada naquele que é consi-derado o primeiro trabalho literário doescritor alemão W.G. Sebald, um“poema em prosa” com o mesmo tí-tulo.A 18 de maio, numa colaboraçãoentre o Museu do Fado e o Théâtre dela Ville, tem lugar “um concerto con-cebido para o Chantiers d’Europe”,com Camané, Cristina Branco e JoséManuel Neto.Joana Craveiro, fundadora da compa-nhia Teatro do Vestido, leva ao palcodo Théâtre des Abbesses, a 20 e 21de maio, “Un musée vivant des petitesmémoires oubliées”, “testemunhos

para contar a história do Portugal deontem e de hoje”, nomeadamente de“portugueses que emigraram paraFrança”, precisa o Diretor do festivalno texto de apresentação do programa.A 23 de maio é a vez de uma “figurapioneira da dança contemporânea por-tuguesa ainda desconhecida emFrança”, Clara Andermatt, apresentaro espetáculo “Fica no Singelo”, noThéâtre de la Ville, no qual “revisita asdanças e as músicas tradicionais por-tuguesas”.De 26 a 28 de maio, também noThéâtre de la Ville, os fundadores dacompanhia Formiga Atómica, MiguelFragata e Inês Barahona, estreiam, emFrança, “La Marche des Éléphants”,“um espetáculo feito de objetos, som-bras e poesia (...) para falar da mortee das atenções que acompanham otempo do luto”.De 31 de maio a 4 de junho, o TeatroPraga estreia em França a peça “Zu-luluzu”, “um retrato surpreendente deFernando Pessoa escrito a partir dosseus anos de juventude na África do

Sul”, sendo a quarta vez consecutivaque a companhia participa no festival,depois de ter levado a palco “Hamletsou eu”, em 2015, “Tear Gas”, em2014, e “Eurovision” e “Discothea-ter”, em 2013.Os artistas Jorge Jácome, Priscila Fer-nandes, Pedro Barateiro, Nuno Cera eJoão Onofre vão apresentar obras emvídeo no Palais de Tokyo, a 13 demaio, um dia dedicado aos 500 anosda publicação do ensaio “Utopia” deThomas Moore.A 28 de maio, Ricardo Cabaça apre-senta o texto escrito em residência ar-tística no Théâtre de la Ville, intitulado“Naufragés”, “um mergulho na vidados homens obrigados a trocar o seupaís pela Europa”.O Théâtre des Abbesses tem, ainda, a3 de junho, uma sessão de leitura dacorrespondência entre Sonia Delaunaye Amadeo de Souza-Cardoso, numa al-tura em que está patente, até 18 dejulho, uma exposição dedicada ao pin-tor português no Grand Palais, emParis.

Festival criado por Emmanuel Demarcy-Mota

Por Carina Branco, Lusa

Galeria de Arles expõe fotografias de Tito Mouraz

A galeria francesa Voies Off, na cidadede Arles, tem patente a exposição “Casadas Sete Senhoras” do fotógrafo TitoMouraz, “uma das pessoas mais promis-soras da nova geração de fotografia por-tuguesa”, disse à Lusa o Diretor dagaleria.“Para mim, ele é uma das pessoas maispromissoras da nova geração de fotogra-fia portuguesa. Ele não procura a gran-diloquência nem o artifício, antes tem oolhar despojado que observa o mundocom uma máquina fotográfica”, descre-veu Christophe Laloi, Diretor da VoiesOff.A galeria já tinha exposto alguns traba-lhos de Tito Mouraz, durante o festivalinternacional de fotografia "Les Rencon-tres d'Arles", no ano passado, depois deChristophe Laloi ter visto as fotografiasdo artista português, nos Encontros daImagem de Braga.Em exposição estão 21 fotografias da

série a preto e branco “Casa das SeteSenhoras”, iniciada em 2010, quandoTito Mouraz decidiu regressar à terraonde nasceu e passou a infância, naBeira Alta. “É um trabalho com fortecarga de magia e de mistério porque estáligado a uma lenda local sobre uma casaonde moravam sete senhoras que eramsete irmãs. Dizia-se que, quando nas-ciam sete irmãs, uma delas era bruxa.Então nunca ninguém casou com elasporque tinha medo que lhe calhasse abruxa”, explicou à Lusa o fotógrafo.A exposição integra trabalhos do finalde 2015, porque a “casa assombrada”continua ainda a inspirar o artista resi-dente no Porto que está “constante-mente a ver coisas novas” e quis“captar o lugar em diferentes alturasdo ano, com diferentes luzes e dife-rente vegetação”.“O que me interessou nesta série é queele confronta duas visões: uma visãotradicional, com retratos de pessoasidosas, e uma visão muito mais afiada

e contemporânea. São imagens quefazem pensar na ‘straight photography’americana, com uma liberdade de ob-servação e qualquer coisa que se situaentre o passado e a modernidade,tendo também uma narração imbuídade um grande mistério”, explicou o Di-retor da galeria.Tito Mouraz não escondeu a satisfaçãode estar representado em “Arles, umacidade toda virada para a fotografia”,num país que tem “uma cultura foto-gráfica e uma tradição muito grande nahistória da fotografia”.“Para nós, autores portugueses, é sem-pre complicada a questão da interna-cionalização. Arles tem uma escolaimportante de fotografia e um dos fes-tivais de fotografia mais importantes domundo. É um orgulho ter lá o meunome e é bom estar no mercado fran-cês”, afirmou à Lusa.A exposição de Tito Mouraz na galeriafrancesa começou a 15 de abril, du-rante um fim de semana dedicado à

arte contemporânea - “Week-End ArlesContemporain” -, e vai estar patenteaté 31 de maio.As fotografias da “Casa das Sete Se-nhoras” vão ser visíveis também numlivro com o mesmo nome, que vai sereditado em maio pela britânica DewiLewis Publishing, devendo a publica-ção ser distribuída nas “livrarias ligadasà área em Portugal, França e no ReinoUnido”.A série “Casa das Sete Senhoras” es-teve, no ano passado, no festival “Cir-culation(s)”, no centro culturalCentquatre-Paris, na galeria Módulo -Centro Difusor de Arte, em Lisboa, e naLondon Art Fair.Tito Mouraz foi um dos vencedores doprémio internacional de fotografiaEmergentes DST 2013, expôs nos En-contros da Imagem de Braga (2010,2013 e 2014), no Museu da Imagem,em Braga (2013), e está presente nacoleção de fotografia do Novo Banco,ex-BES Art.

Por Carina Branco, Lusa

le 04 mai 2016

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14 Cultura

lusojornal.com

À l’occasion du lancement de son roman«Le corsaire de Rio»

Après avoir été invité à la Rencontredes Écrivains d’Expression Ibérique,«Correntes d’Escrita», en février der-nier au Portugal, pour la publicationde l’édition portugaise de son grandroman «Essa terra» (publié au Brésilen 1976 et en France en 1984, sousle titre de «Cette terre»), l’écrivain An-tônio Torres sera bientôt en Francepour le lancement de son roman his-torique «Le corsaire de Rio» (éd.Pétra, mai 2016, traduction de D.Stoenesco): le 10 mai à la Biblio-thèque Gulbenkian de Paris, le 12mai à l’Ambassade du Brésil et les14, 15 et 16 mai au Festival Éton-nants Voyageurs, à Saint Malo. Avantde rentrer au Brésil, il fera égalementune escale à Genève: le 17 mai, auConsulat du Brésil, et le 18 mai, àl’Association Raízes.

C’est en 1966 que vous êtes venu enFrance pour la première fois. Et de-puis vous revenez souvent. D’où vientcette passion pour notre pays?C’est une histoire qui remonte à monadolescence, quand j’habitais à Ala-goinhas, petite ville de l’intérieur del’État de Bahia. Il y avait là-bas uneradio qui passait en boucle une chan-son qui commençait ainsi: «Je neveux pas mourir sans voir Paris». Maisce n’est que plus tard, à deux mille ki-lomètres de là, à São Paulo, que j’aivraiment découvert la chanson fran-çaise, à travers les voix d’Yves Mon-tand, Edith Piaf et Jacques Brel, quiétait Belge, mais qui chantait merveil-leusement bien «Paris, je reviens». Enlittérature, j’ai découvert des poètes etdes écrivains tels que Balzac, Sten-dhal, Sartre, Camus, Baudelaire ouRimbaud. Puis, lors d’un séjour à Lis-boa, j’avais 24 ans, le poète portugaisAlexandre O’Neill, qui allait devenirmon grand ami, me permit de faire laconnaissance de Boris Vian, l’écrivainque j’ai le plus jalousé au monde, car,outre qu’il était l’auteur d’un chef-d’œuvre, «L’écume des jours», il com-posait de la musique et jouait de latrompette. J’habitais donc au Portugal

quand, pour la première fois, je suisvenu à Paris, avec trois objectifs: 1 -voir la ville, dont la beauté était célé-brée dans le monde entier; 2 - voirune rétrospective de Pablo Picasso auGrand Palais et au Petit Palais; 3 -aller au Café de Flore pour voir si He-mingway et Scott Fitzgerald y étaientencore, et qui des deux s’asseyait à latête de table… Aussitôt en arrivant àParis, un matin glacial, après avoir at-tendu au coin de la rue, je suis montédans un taxi et, avant même de medemander où je voulais aller, le chauf-feur me dit «Il fait froid, hein?» Aprèsil a voulu savoir de quel pays j’étais.Quand je lui ai dit que j’étais Brési-lien, il s’est mis à taper sur son volantet à s’exclamer: «Brésil! Le soleil:Pelé!». Après ces quelques secondesd’euphorie, il baissa le ton de sa voixet me dit avec un brin de mélancolie:«À quoi bon? Vous arrivez du Brésil,mais vous n’apportez pas le soleil».C’est à ce moment-là, dans ce taxi,que la France m’a conquis définitive-ment.

Dans «Le corsaire de Rio», l’histoirede France croise celle du Brésil. Com-ment l’idée de ce livre est-elle née?Tout a commencé à partir d’une re-cherche que je faisais pour écrire unebrève histoire sur le centre historiquede Rio de Janeiro. Je me suis retrouvénez à nez avec deux personnages quim’invitaient à les faire revivre dans unroman. Le premier c’était au XVIe siè-cle, il s’appelait Cunhambebe, ungrand guerrier indien qui se vantaitd’avoir dans ses veines le sang de plusde cinq mille ennemis, la plupart Por-tugais, et dont le cri de guerre faisaittrembler la terre entière. Cet Indien,ami des Français, est donc devenu leprotagoniste de mon roman «Moncher cannibale». Le deuxième, c’étaitl’intrépide corsaire malouin René Du-guay-Trouin qui, au service de LouisXIV, le Roi Soleil, réalisa l’assaut leplus extraordinaire de la ville de Rioafin de piller son or et son argent quide là étaient embarqués vers le Por-tugal, à l’époque de la Guerre de Suc-cession d’Espagne, au moment où la

France subissait des défaites succes-sives, dues à ses faibles forces devantune coalition de 8 pays. Comme lePortugal faisait partie de cette coali-tion, obéissant ainsi à l’Angleterre,Duguay-Trouin eut une idée de génie:attaquer la Couronne portugaise loindu rayon d’action des Anglais et desHollandais, c’est-à-dire à Rio, dont lesdéfenses étaient minimes par rapportà ses presque 6.000 hommes et ses700 canons. En effet, la ville se renditrapidement et resta sous la domina-tion de Duguay-Trouin pendant 50jours, jusqu’à ce que la rançon fût ver-sée. Ce fut l’épisode le plus drama-tique de l’époque coloniale

portugaise. Mais, ce qui pour moi fitde Duguay-Trouin un personnage deroman, attirant, c’est son statut dehéros pour la France et de vilain pourle Portugal et le Brésil. Par ailleurs, lafin de carrière du héros Duguay-Trouinn’eut rien d’héroïque.

Dans ce roman, votre regard sur la so-ciété brésilienne actuelle est assez sé-vère. Vous considérez que le Brésil estencore aujourd’hui «un pays d’aven-turiers»?Les temps changent, mais les aventu-riers reviennent, comme nous pou-vons le constater actuellement avectoutes ces malversations au plus haut

niveau de la société. Cependant, toutcela devrait nous inciter à faire legrand nettoyage dont le pays a besoin,ce qui serait alors le côté positif decette crise qui nous terrasse.

Nous pouvons voir, dans «Le corsairede Rio», que l’un de vos soucis estd’éviter le discours linéaire et chrono-logique. Estimez-vous alors que leroman historique classique n’a plus saplace dans la littérature brésilienne?Bien au contraire, je pense que lesgens demandent encore les bonnes etvieilles histoires bien racontées. Ladisparition de la linéarité dans leroman date d’«Ulysse», de JamesJoice, qui est devenu aussi un clas-sique. Au fond, ce qui fait la diffé-rence c’est la manière de raconter,plus que ce que l’on raconte. Appe-lons cela le style.

Comment expliquez-vous l’immensesuccès de votre roman “Cette terre”,publié au Brésil il y a déjà 40 ans,mais atteignant aujourd’hui une 30ème

édition, et traduit dans plusieurslangues, du français au roumain, enpassant par le vietnamien et le pakis-tanais?Ce qui me surprend est que «Cetteterre» est un roman qui tourne autourd’un des plus grands échecs des hu-mains: le suicide. Par ailleurs, ce livrene fait pas la moindre concession à lasociété de consommation (et il n’estnullement linéaire!). Il est à l’origined’une trilogie qui connaît aussi uneréussite appréciable, avec «O ca-chorro e o lobo» et «Pelo fundo daagulha» (pas encore traduit en fran-çais). Le succès de «Cette terre» acommencé à Paris, lors de son lance-ment en 1984 par les Éditions Métai-lié. Récemment, au Portugal, j’ai purevivre cette même émotion ressentielors de l’édition française: publiée enfévrier 2016 par la maison d’éditionportugaise Teodolito, de l’éditeur Car-los da Veiga Ferreira, «Essa terra» aété très bien accueilli par la critique,les libraires et les lecteurs. Ainsi, à laFrance et au Portugal, je dis «millefois merci».

Entretien avec Antônio Torres

Par Dominique Stoenesco

le 04 mai 2016

Gonçalo M. Tavares e João Tordovão participar em festival literário em Paris

Os escritores portugueses Gonçalo M.Tavares e João Tordo vão participar nasegunda edição do festival “Conver-sations fictives”, que decorre desdesegunda-feira, 2 de maio, em Paris.João Tordo vai ser convidado a subirao palco a 9 de junho e Gonçalo M.Tavares, em setembro, na delegaçãofrancesa da Fundação Calouste Gul-benkian, para uma “conversa fictí-cia” em que os autores portuguesesvão ser questionados “como se esti-vessem em frente a um espelho”, ex-plicou à Lusa Ignasi Duarte, o criadordo festival. “A ideia é levar a litera-tura ao palco, através de uma regramuito simples: tirar da obra dos au-

tores as perguntas que eles própriosfizeram às suas personagens. É umaconversa fingida, uma conversa fictí-cia. Há uma personagem interpre-tada por mim, que só pergunta, e háoutra que é o escritor, que só res-ponde”, descreveu Ignasi Duarte àLusa.O mentor do festival de “literaturaperformativa” explicou que leva parao palco um guião com as perguntastiradas da própria obra dos autores,“sem que haja uma ordem pré-esta-belecida”, num “jogo de improvisa-ção”, no qual “não se sabe para ondevai a conversa”.“É como uma dramaturgia ao vivo. Éuma ‘performance’, porque há umapose em cena e uma tensão, um si-

lêncio, uma expectativa que criaqualquer coisa de diferente em rela-ção às conversas normais com escri-tores ou em relação às encenaçõesteatrais”, continuou.Ignasi Duarte sublinhou que “é umluxo ter Gonçalo M. Tavares no festi-val”, e que decidiu convidá-lo depoisde ter feito com ele uma experiênciasimilar, a 8 de março, em Barcelona.O convite a João Tordo surgiu porquese trata de “um dos jovens com maisfuturo das letras portuguesas, e o fes-tival quer apoiar os mais novos”,ainda por cima tendo o autor “muitaobra, apesar de ser jovem”.O festival começa a 2 de maio, coma projeção do filme “El monstro en lapiedra”, de Ignasi Duarte, “uma con-

versa filmada com um autor de cultoargentino, Alberto Laiseca, a meiocaminho entre o documentário e aficção”. Trata-se do primeiro filme doprojeto e é “baseado numa conversafictícia com uma encenação maispróxima do cinema”, acrescentou orealizador que, em 2014, apresentouno festival IndieLisboa o filme “Mon-temor”, rodado em Montemor-o-Velho, protagonizado por habitantesda vila.As “conversas fictícias” vão aconte-cer em diferentes espaços de Paris,entre maio e dezembro, e têm umaduração de cerca de uma hora. Alémde João Tordo e de Gonçalo M. Tava-res, o festival, dedicado às literaturasem língua portuguesa e língua caste-

lhana, vai contar também com os es-critores argentinos Eduardo Berti, a12 de maio, na Casa de Portugal -André de Gouveia, e Martín Caparrós,a 27 de maio, na Livraria Cien Fue-gos.Na primeira edição, em 2015, foramconvidados os escritores portuguesesLídia Jorge e Valter Hugo Mãe e, nofuturo, Ignasi Duarte quer levar “asconversas fictícias” para Lisboa,Porto e Coimbra.O festival conta com várias parcerias,incluindo da delegação francesa daFundação Calouste Gulbenkian, doCamões - Instituto da Cooperação eda Língua, da Casa de PortugalAndré de Gouveia e da Embaixada dePortugal em Paris.

Por Carina Branco, Lusa

Antônio TorresMarcelo Correa

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Cultura 15

emsíntese

Inauguração daexposição “Flâneur, Nouveaux RécitsUrbains”

No próximo dia 7 de maio, sábado, apartir das 16h00, vai ser inauguradaa exposição “Flâneur, Nouveaux Ré-cits Urbains”, numa iniciativa da as-sociação Cap Magellan e daProcur.arte, no âmbito da “Fête del’Europe”.Esta exposição fotográfica já passoupor Londres, Hamburgo e Lisboa.Chega agora a Paris e convida o pú-blico a redescobrir a cidade e as suasdinâmicas sociais. Concebida comouma réplica da cidade, “Flâneur,Nouveaux Récits Urbains” estaráaberta e acessível na Grande Pelouseda Cité Universitaire, entre os dias 7e 24 de maio, das 7h00 às 22h00.A inauguração vai decorrer em doistempos: inicialmente será apresen-tado o projeto e o livro “Flâneur Con-ferences - New urban narratives” daautoria de Nuno Salgado e depoisserá inaugurada a exposição proprie-mente dita, seguida de um cocktail.

Cité Internationale Universitaire de ParisBar do Théâtre de la Maison Internationale e Grande Pelouse17 boulevard Jourdan75014 Paris

Cap Magellan na “Festa da Europa” de Paris

No âmbito do Dia da Europa, ofi-cialmente celebrado a 9 de maio,a associação Cap Magellan estarápresente no dia 7 de maio, sá-bado, nas comemorações organi-zadas pelo Hôtel de Ville de Parise pela Maison de l’Europe: a “Fêtede l’Europe”.“Assim, pelo 6° ano consecutivo,a associação responde positiva-mente ao convite destas duas ins-tituições e estará presente aolongo do dia no exterior do Hôtelde Ville de Paris, com um standonde os visitantes poderão tomarconhecimento da associação edas suas atividades” diz uma notada associação.A associação franco-portuguesaconvidou ainda a associaçãoICOSI (Instituto de Cooperação So-cial Internacional) a estar presenteno seu stand para, juntas, reforça-rem a mensagem de cidadaniaque quer passar aos visitantes.A “Fête de l’Europe” vai ter lugarentre as 10h00 e as 18h00. Vai serinaugurada às 11h00 pela MaireAnne Hidalgo. Durante o dia ha-verá concertos gratuitos, debatese animações variadas até às22h00.

lusojornal.com

«Queriam os Xutos em Poitiers… !»

«Un canular… une blague…!» Voilàce que je me suis dit lorsque je suistombée pour la première fois sur l’évé-nement Facebook intitulé «Xutos &Pontapés em Poitiers». Comme biend’autres, je n’y croyais pas vraiment.Et pourtant! Les Xutos & Pontapés?Ok, ça parle à tout le monde! Mais àPoitiers? C’est pour le moins inat-tendu. En y regardant de plus près, ondécouvre alors qu’il s’agit d’une initia-tive on ne peut plus sérieuse de l’As-sociation «EmBuscaDe», qui a étécréée à Poitiers en 2014 dans le butde promouvoir les cultures actuellesdes pays lusophones à travers des ma-nifestations culturelles variées: confé-rences, expositions, concerts, lectures,performances…Cette jeune association, portée essen-tiellement par le dynamisme et la pas-sion d’un dirigeant, Arlindo Marques,décide dès lors de mettre tout enœuvre pour mener à bien ce projet.L’idée: organiser un concert, loin desgrandes scènes habituelles, du groupede rock&roll le plus emblématique dela scène portugaise: les Xutos & Pon-tapés. En tant que professeur d’uni-versité, c’est tout naturellement queArlindo Marques se tourne vers sescollègues et étudiants du Départe-ment de portugais de la Faculté desLettres et Langues de l’Université dePoitiers, pour mettre en place un évé-nement à la hauteur des artistesconviés. Le message «Queremos osXutos em Poitiers» est lancé!L’information se répand à la vitesse dela lumière. Il faut dire qu’Arlindo

Marques est très bien entouré. Avecl’aide, entre autres, des étudiants duClub Lusomundo de Poitiers, ils inon-dent les réseaux sociaux de vidéospromotionnelles, habilement orches-trées par Amandine et José. Et le faitest que ça marche! De Paris à Lisboa,plus personne ne peut désormaisignorer le message scandé par Arlindoet ses acolytes «Queremos os Xutosem Poitiers!»!Le groupe de rock va même jusqu’àrelayer le message sur les réseaux so-ciaux. L’association «EmBuscaDe»voulait les Xutos & Pontapés à Poi-tiers. Elle les a eus!Samedi dernier, ils étaient bien là, lescinq membres des Xutos & Pontapés(Zé Pedro, Kalú, Tim, João Cabeleiraet Gui) arrivés à bord du TGV (pourleur plus grand plaisir), pour un

concert exceptionnel sur la scène dela Maison des Etudiants de Poitiers.L’association profitera également decette occasion pour organiser à la fa-culté de Science-Po une discussionavec le groupe, autour de leur carrièreet du thème de l’engagement:«Quand le rock portugais réveille lesconsciences».Pour le plus grand bonheur des orga-nisateurs, c’est dans une ambianceplus décontractée que se retrouventensuite des fans venus de toute laFrance pour assister au concert dugroupe de rock le plus convoité duPortugal. A l’aube de leur 37èmeannée de carrière, les Xutos & Ponta-pés passent les années sans que ja-mais la chaîne ne se brise. Les titresqui ont fait leur succès se transmet-tent de génération en génération,

comme un trésor sacré. Et peu im-porte que l’on aime ou pas lerock&roll, une chose est sûre: on aimeles Xutos & Pontapés! De 7 à 77 ans!Lorsque le groupe entre en scène, lesquelques 600 personnes qui compo-sent le public de la Maison des Etu-diants n’en croit toujours pas sesyeux. Comme si le rêve devenait réa-lité: «Temos os Xutos em Poitiers».Les premières notes résonnent et lepublic semble encore abasourdi, im-pressionné par la présence du groupe,ici, à Poitiers, au milieu du campus,dans ce décor si intimiste. Tous ont lasensation de vivre un moment privilé-gié. Quand Tim prononce les pre-mières paroles de «Não sou o único…», le public, resté jusqu’ici timide,exulte! Et il ne s’arrêtera plus. Pen-dant plus de deux heures de concertintenses, les Xutos & Pontapés nousferont voyager au pays de leurs plusgrands succès: l’incontournable «Aminha maneira», le célèbre «Ohomem do leme», le plus récent «Seme amas», le très attendu «Circo deferas», le révolté «Vida malvada»,entre «A chuta dissolvente» et «Oscontentores», le public en réclametoujours plus, et le groupe donne en-core et encore… jusqu’à épuisement.Surpris et poussés par ce public si ré-ceptif, les Xutos & Pontapés prolon-gent le plaisir des fans et achèvent ceconcert avec deux rappels, où bienévidemment les titres «Para ti, Maria»et «A minha casinha» finiront la soiréeen apothéose.L’association «EmBuscaDe» queria osXutos em Poitiers, et elle les a eus, dela plus belle façon qui soit!

Un concert exceptionnel à la Maison des étudiants

Par Sandrine Miranda

Semaine de la Langue Portugaise à NantesLa Mission Langues de l’Université deNantes, via le programme de diffu-sion du portugais langue étrangère or-ganise une Semaine Culturelle de laLangue Portugaise, du 2 au 7 mai.Expositions, films, lectures pour en-fants, concerts, allez découvrir la ri-

chesse de la culture lusophone lorsde cette Semaine autour de la célé-bration de la langue portugaise.Les organisateurs ont accueilli l’au-teure et illustratrice franco-brési-lienne Johanna Thomé de Souza lorsdu vernissage de l’exposition, le lundi

2 mai, à 20h30, à la Maison Café, etle mercredi 4 mai, de 20h00 à mi-nuit, vous pouvez danser au Pôle Étu-diant sur les rythmes exotiques dugroupe Amazônia suivi du DJ Manu.Le samedi 7 mai, dans le cadre de laFête de l’Europe, des lectures pour

enfant seront organisées par Conto-Contigo.La semaine se déroulera sur diffé-rents lieux qui mettront à l’honneurla langue portugaise: La Maison Café,le Pôle Étudiant, et le Parvis desNefs.

Lisboa recebeu apresentação do livrosobre Gérald BloncourtNo passado sábado, dia 30 de abril,foi apresentada na capital portuguesaa obra “Gérald Bloncourt - O olhar decompromisso com os filhos dos Gran-des Descobridores”. O livro, conce-bido e realizado pelo historiadorDaniel Bastos a partir do espólio doconhecido fotógrafo que imortalizou ahistória da emigração portuguesa paraFrança nos anos de 1960, foi apre-sentado na FNAC do Chiado, numasessão muito participada e que estevea cargo do professor universitário e ex-Secretário-geral socialista, AntónioJosé Seguro.Com chancela da Editora Converso, olivro traduzido para português e fran-cês pelo docente Paulo Teixeira, e pre-faciado pelo multipremiado ensaístaEduardo Lourenço, reúne memórias,testemunhos e mais de centena e

meia de fotografias originais da maiorimportância para a história portuguesado último meio século.

No decurso da sessão, António JoséSeguro, que enalteceu as qualidadeshumanas e intelectuais do historiador

e escritor Daniel Bastos, qualificou aobra como sendo um relevante contri-buto para a história e memória daemigração portuguesa da segundametade do séc. XX.A sessão de apresentação em Lisboaincluiu a inauguração de uma exposi-ção fotográfica evocativa da ligação deGérald Bloncourt a Portugal, que es-tará durante os próximos três mesespatente ao público no Fórum da FNAC- Chiado.No dia 12 maio, quinta-feira, às18h30, o livro será apresentado noConsulado de Portugal em Paris,numa sessão aberta à numerosa Co-munidade portuguesa radicada na ca-pital francesa, e que contará com apresença do fotógrafo que seguiu du-rante trinta anos a vida dos Portugue-ses em França.

Livro de Daniel Bastos foi apresentado por António José Seguro

le 04 mai 2016

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16 Associações

Festa em Strasbourg alusiva ao 25 de Abril

No passado sábado, dia 23 de abril,a associação Tertúlia das Concertinasorganizou, no espaço André Malraux,em Geispolsheim, localidade ondetem sede, nos arredores de Stras-bourg, uma festa alusiva ao aniversá-rio da Revolução do 25 de Abril. Pertode 400 pessoas encheram e alegra-ram a sala polivalente.O grupo musical Arco Íris, compostopor nove elementos, vindo expressa-mente de Viana do Castelo e o artistalocal Chris Ribeiro, animaram afesta.Estiveram presentes, a convite doPresidente e fundador da associaçãoTertúlia das Concertinas, João Lima,o Maire de Geispolsheim, SébastienZaegel, o Cônsul Geral de Portugalem Strasbourg, Miguel Rita, acom-panhado por um funcionário do Con-sulado.O Presidente da associação agradeceua plateia presente, afirmou que pelassuas raízes e ligação ao Minho, o con-vite feito ao grupo musical Arco Íristornou-se uma evidência e prometeu

que para o ano haverá mais novida-des. Agradeceu ainda a ajuda das de-zenas de voluntários que todos osanos trabalham para o sucesso destafesta.Logo no início da festa tomaram a pa-lavra o Maire Sébastien Zaegel, queafirmou ser sempre uma honra estarpresente e que aprecia e estima Por-

tugal e os Portugueses. Depois falouo Cônsul Geral Miguel Rita. Frisou aimportância do 25 de Abril para Por-tugal, sublinhou que este ano come-moramos os 42 anos da Revolução eaproveitou a ocasião para promover apresença do Consulado geral no dia 8de maio, nas Portas Abertas do Parla-mento Europeu, em Strasbourg, e

convidou os Portugueses a vir ao en-contro de Portugal e da comitiva dacidade de Setúbal que irá estar pre-sente nesse dia.A meio da festa, também o Conse-lheiro das Comunidades eleito emStrasbourg, Rui Ribeiro Barata pediupara tomar a palavra perante a plateiae aproveitou para divulgar algumasinformações importantes para a Co-munidades. Por exemplo frisou aimportância do recenseamento elei-toral, tanto em Portugal como emFrança, e falou ainda do estatutodos residentes não habituais em Por-tugal que se aplica também aos na-cionais portugueses residentes emFrança e no estrangeiro. Também aprofessora de português no ensino pri-mário, Carine Pires, tomou a iniciativade alertar a plateia para a importânciade inscrever as crianças nas aulas deportuguês junto das escolas, pois seisso não for feito, podemos correr orisco de perder as aulas de portuguêspara as crianças mais jovens.Foi sem duvida uma bela festa, quepara o ano se ira repetir com novos ar-tistas.

Organizada pela Tertúlia das Concertina

Por Manuel Martins

ILCP de Lyon:25 de Abril cantado por Manuel Mendes

No sábado passado, dia 29 de abril,o Instituto de Língua e Cultura Por-tuguesa (ILCP) de Lyon, organizouum espetáculo cultural com ManuelMendes e Augusto Araújo, que “visi-taram” a época da Revolução dosCravos, em abril de 1974, com can-ções, fotografias e textos informati-vos.A sala de conferências do Institutoacolheu cerca de uma centena emeia de alunos e seus pais, represen-tantes de instituições bancárias, e osamigos do ILCP, como por exemploMichel Costa e António Pinto. Esteve

também a Consul Geral de Portugalem Lyon, Maria de Fátima Mendes.“A nossa vocação será sempre a depromover a cultura e relembrar estadata, vivermos assim estes momen-tos históricos, que também têm umsignificado para os nossos alunos, émuito pedagógico, pois é como umalição de história em música e ima-gem” disse ao LusoJornal MargaridaDespacha. “Temos cerca de 120 alu-nos adultos franceses e portugueses,e 70 jovens lusodescendentes a fre-quentar cursos da primária ao Bac.Estamos a prever organizar as Jorna-das Portas Abertas no mês de junhoe setembro próximos” explicou a Se-

cretária do ILCP.O ILCP vai participar, em parceriacom a associação francesa Humani-taires Partenaires, num espetáculomulticultural onde o Brasil estará em

destaque, na voz de Philippe Pastour,na sala de festas de Lyon 8. “Vaihaver demonstrações de Capoeira ede danças de salão. As verbas reco-lhidas servirão para a construção deuma escola na Birmânia” explicoupor seu lado Tristan Frejanville, o res-ponsável pelo ILCP, instituição quecriou com a esposa, Rosa MariaQueirós, Diretora pedagógica.No final houve um jantar com todosos que se quiseram associar paraeste fim de aniversário, e também de“conversa” sobre a Revolução dosCravos de 1974 e as suas conse-quências na vida da nação portu-guesa.

Por Jorge Campos

Tiago Simas Freire convidado da AGRAFr/Lyon

A Delegação de Lyon da AGRAFr,associação dos licenciados portu-gueses em França, organizou maisum «Lyon, café com...” tendocomo convidado Tiago SimasFreire, fundador e diretor artísticodo grupo “Capella Sanctea Cru-cis”. O Grand Café de La Préfec-ture da cidade de Lyon, situado no3° bairro, foi o ponto de encontro,e os participantes foram acolhidosno sábado passado, dia 30 deabril, pela representante deAGRAFr, Ana Antunes.O tema deste concontro com TiagoSimas Freire tinha como titulo:“Nova música antiga portuguesa;uma redescoberta do passado. Osséculos XVI e XVII em Portugal, es-pecialmente em Coimbra”.Às diversas perguntas feitas pelopúblico do encontro, o músicoTiago Simas Freire respondeu com

grande convicção, e revelou tergrande conhecimento dessa época(séc. XVII), da sua musicalidade,da sua sociedade, e costumes reli-giosos. “Eu hoje estudo e trans-crevo ‘um Catrapacio’ que me foiconfiado pela Universidade de

Coimbra e de onde tiro trechos mu-sicais que em breve farão o con-teúdo de um CD que estamos afinalizar”, responde Tiago SimasFreire ao público presente.A gravação do CD que está a ser fi-nalizada, aconteceu na capela de

St Luis e St Bruno em Lyon, ondeas condições acústicas são as maisótimas, e a venda ao público destetrabalho, vai acontecer lá para ocorrente do ano 2017.“Utilizamos todos os instrumentosrequeridos, para a gravação, houveentão mais a viola, o baixão, aharpa, e também as percussões.Eramos desassete elementos, eentre eles alguns vieram de Portu-gal e da Suíça, mas todos nóstemos esta paixão pela música an-tiga, de diferentes épocas. A comu-nicação e toda a logística doprojeto está a cargo de John Davin”disse ao público da AGRAFr e aoLusoJornal.“O próximo evento da AGRAFr seráum ‘piquenique’ num parque da ci-dade de Lyon, o Parque da Têted’or”. A data será divulgada maistarde, provavelmente no decorrerde junho ou julho, confiou a res-ponsável da AGRAFr Ana Antunes.

Por Jorge Campos

le 04 mai 2016

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“Le corsaire deRio”, d’AntônioTorres

A p r è s“ M o ncher can-nibale”,paru l’andernier àl’occasiondu Salondu livre deParis, lesÉdit ionsP é t r apoursui-

vent leur ouverture au monde luso-phone en publiant cette fois-ci leroman historique «Le corsaire deRio», du même auteur, AntônioTorres, avec une traduction de Domi-nique Stoenesco.«Le corsaire de Rio» raconte la prisede Rio de Janeiro par le corsaire ma-louin René Duguay-Trouin. Le 12septembre 1711, profitant d’unebrume épaisse qui empêchait les ca-nons portugais de l’atteindre, Du-guay-Trouin pénètre dans la baie deRio, à la tête d’une escadre de 17 na-vires, 750 canons et plus de 5.000hommes et, pendant cinquante jours,il va assiéger l’une des villes les plusconvoitées de l’empire colonial lusita-nien, puis y régner en seigneur ab-solu.À propos de ce roman, l’écrivaineportugaise Lídia Jorge dit: «Enfrei-gnant les conventions et le protocolelittéraire, le corsaire de Louis XIV etAntônio Torres, personnages de ceroman, s’entretiennent en tête-à-tête,se faisant les yeux doux tout le longde ce récit, comme s’ils vivaient à lamême époque et se connaissaientdepuis trois cents ans. Revivant lesexpériences propres à leur nation res-pective, ils se racontent l’un l’autreavec suffisamment d’art et d’inventionpour tenir le lecteur en haleine de lapremière à la dernière page».Né en 1940 dans le petit bourg deJunco (Bahia), à l’âge de 20 ans An-tônio Torres part pour São Paulo exer-cer les métiers de journaliste, puis derédacteur publicitaire. Il a aussi sé-journé trois ans au Portugal, à la findes années 60. Actuellement il vitdans les environs de Rio. Auteurd’une vingtaine de livres, il est mem-bre de l’Académie Brésilienne desLettres. En 1998 il a reçu du gouver-nement français la médaille de Che-valier des Arts et des Lettres, pour sesœuvres publiées en France. À l’occasion de la parution de ceroman, Antônio Torres sera présent àla Bibliothèque Gulbenkian de Paris(le 10 mai), à l’Ambassade du Brésil(le 12 mai), au salon Étonnants Voya-geurs (les 14, 15 et 16 mai) et à Ge-nève (les 17 et 18 mai).

Um livro por semana

DominiqueStoenesco

Un livre par semaine

Chris Ribeiro jogou em casa porque mora em StrasbourgDR

LusoJornal / Jorge Campos

LusoJornal / Jorge Campos

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Estádio de Nîmesacolhe espetáculoda Rádio Luso Europeu

O stade des Costières, em Nîmes,vai abrir portas a partir das 18h00do próximo sábado, dia 7 de maio,para proporcionar aos fãs daRádio Luso Europeu, a Festa daPrimavera, “um espetáculo re-cheado de artistas, onde não fal-tará animação, com muita músicapopular portuguesa”, anunciou aorganização.O duo musical Lando Music, acantora Flôr, o Rancho folclóricoTradições do Minho, padrinhos darádio, e “dois nomes de referênciado panorama nacional e interna-cional”, irão subir ao palco da salade exposições do estádio para“homenagear a Comunidade emi-grante”, comentou a locutora San-dra Amorim, confiante que irá tercasa cheia.Apresentar ao público um espetá-culo de “grande qualidade, comenormes surpresas, divulgar arádio e angariar fundos para a rea-lização de uma festa e espetáculogratuitos, inter-associações, emGrand-Combe, no departamentodo Gard”, são os grandes objeti-vos, adiantou António Nogueira,Presidente da rádio.“A nossa expetativa é, natural-mente, ter em Nîmes uma grandenoite que valorize a música popu-lar portuguesa e que possa cativaras pessoas”, rematou HélderAmorim, outro locutor e adminis-trador da webradio.Os bilhetes de acesso ao espetá-culo, com preço reduzido, podemser adquiridos diretamente no CICIberbanco, 308 allée de l’Améri-que Latine, em Nîmes, ou na lojade “spécialités portugaises” AnibalAtaide, 28-A rue de Fumérian, emManduel.Infos: 07.89.84.48.08

Por José Manuel Santos

Un mois d’avril très lusophone à Pessac

La manifestation «Portugal d’Avril» or-ganisée par l’association O Sol de Por-tugal, en collaboration avec le Comitéde jumelage de Pessac, vient des’achever. Cette manifestation a ras-semblé plus de 1.000 personnes au-tour de la lusophonie, entre Brésil etAfrique, mais aussi autour du jume-lage entre Pessac et Viana do Castelo.Plusieurs personnalités sont passéesà Pessac durant ce mois d’avril.Le 8 avril Michel Cahen, Directeur derecherche au CNRS HDR et spécia-liste des pays africains de langue offi-cielle portugaise, a tenu en haleine unpublic venu nombreux autour dusujet, à la fois passionnant et doulou-reux, qui est celui des Pays Africainsde Langue Officielle Portugaise (PA-LOP’s). Ce spécialiste a fait découvrirla richesse de ce monde lusophone eta balayé des représentations faussessur ces anciennes colonies portu-gaises, encore peu connues en Eu-rope.Intarissable sur le sujet, de nom-breuses questions du public ont conti-nué à rythmer cette soirée qui a duréplus de deux heures. Beaucoup ontété surpris de découvrir que le portu-gais est langue officielle en GuinéeEquatoriale ou la 4ème langue la plusparlée dans le monde.Le lendemain c’est la Consule Géné-rale du Portugal à Bordeaux en per-sonne, Ana Filomena Rocha, qui aprésenté une conférence sur «LesCommunautés portugaises dans lemonde» dans une salle comble. Aprèsun bref historique de l’empire portu-gais lié aux grandes découvertes etune présentation globale des 5 mil-lions, environ, de Portugais éparpillésà travers le monde, elle a répondu auxnombreuses questions autour de lalangue portugaise, des nouvelles dis-positions pour l’accueil des étrangersau Portugal, ainsi que des conditionspour obtenir la nationalité portu-gaise...Le film documentaire «Immigrantsportugais, entre allers et retours» deRaymond Arnaud a mis en lumière Pi-tões das Junias, village d’émigration,surtout vers la France et en particulier

dans les régions de Bordeaux et deBrest.Ce film, tourné au Portugal à Pitõesdas Junias, a suivi plusieurs famillesd’immigrants portugais qui reviennentchaque année au mois d’août, pourles vacances dans leur village d’ori-gine. Le documentaire est filmé en ci-néma direct, pris sur le vif et leréalisateur les accompagne pendantleur séjour au nord du Portugal entretravaux et fêtes populaires, en parti-culier celle du 15 août.Plusieurs protagonistes, présents dansla salle comble ont raconté leurs lienstissés au cours de leurs nombreusesannées entre la France et le Portugal.Un deuxième film, «Pessac fête les40 ans de la Révolution portugaise»,de Raymond Arnaud, atypique, a vule jour grâce à l’anniversaire de la Ré-volution des œillets qui marque la finde la dictature en avril 1974 au Por-tugal, l’Association culturelle O Sol dePortugal et le Comité de jumelage dela ville de Pessac se sont associéspour organiser en avril 2014 une sériede manifestations, lors de la 21èmeédition du Festival «Portugal d’Avril»,40 ans après cette révolution.Les spectateurs ont pu découvrir ourevivre les moments clés de ces festi-vités, en particulier l’exposition vouéeau chanteur engagé Zeca Afonso,compositeur de la célèbre chanson

«Grandola Vila Morena» qui a donnéle départ de la Révolution en avril 74,la déambulation des «Grosses têtes»du Sol de Portugal et des «Bombos»de l’association Alegria Portuguesa deGironde, symboles de Viana do Cas-telo, ville jumelée avec Pessac, lors du«Marché portugais» sur la Place de laRépublique. Le film a donné aussi àvoir l’inauguration à l’Hôtel de Ville dePessac de l’œuvre d’art de Joseph daSilva, réalisée pour symboliser le40ème anniversaire de la Révolutionportugaise et installée à l’intérieur dela Mairie de Pessac, en présence desMaires de Pessac et de Viana, deuxspectacles de musique de deuxgroupes portugais à la salle du Galletet, bien sûr, la visite de Otelo Saraivade Carvalho, un des principaux prota-gonistes de la Révolution des œillets,venu spécialement du Portugal à Pes-sac pour l’occasion.Ce film a permis aux nombreux pro-tagonistes et aux pessacais de serappeler ces événements fortementmarqués par la présence d’Otelo Sa-raiva de Carvalho ou de découvrirces événements.C’est en présence de nombreux élusde la ville de Pessac, du Conseil dé-partemental de la Gironde, du Direc-teur du collège Gérard Philipe, de laConsule du Portugal et des PrésidentsMarie Claude Valdin de O Sol de Por-

tugal et Jean Bernard Canton, Prési-dent du Comité de Jumelage que desjeunes collégiens ont pu présenterleur exposition retraçant 15 joursinoubliables au contact des portugaisde Viana, que ce soit dans les écolesprofessionnelles rencontrées ou dansles entreprises comme Enercon, spé-cialisée dans les éoliennes.Une soirée conte chez l’habitant le 29avril. C’est dans une très belle maisonde type arcachonaise du quartier Ca-sino que les conteuses de O sol dePortugal ont présenté leur conférence-conté entre Portugal et Brésil.Le public a fortement apprécié ceconcept de spectacle chez des parti-culiers, la soirée a enchanté les pro-priétaires du lieu et le public. Le contechez l’habitant en 2017 aura lieuchez une des personnes présentes quis’est portée candidate.Finalement, de nombreux pessacaisont découvert des plats atypiques àtravers un concours de cuisine dignede Top Chef. Le 23ème concours decuisine créé par l’association O sol dePortugal a eu un vif succès. Des in-grédients issus d’une recette ango-laise ont été proposés aux 7 équipescomposées d’un binôme, qui devaienten 2h30 inventer une recette de leurchoix en apportant 3 ingrédients per-sonnels. Les résultats sont toujourstrès surprenants, c’est au cœur descultures des uns et des autres que lesconcurrents tirent leurs idées qui res-sortent des différentes têtes commeles fleurs aux mille saveurs du prin-temps.Les plus jeunes du concours ont eu lapremière place. Il s’agit d’une équipecomposée d’une jeune portugaise etd’une jeune française. Elles ont pré-senté du poulet mariné au citron etune compotée de tomate à base cho-rizo pour représenter le Portugal, leplat était accompagné d’une purée depommes de terre dans un insert de to-mate et chorizo et sur le dessus uncrumble de cacahuètes, le tout ac-compagné d’encornets farcis à lacompotée et d’une sauce au coco etcurry. Les encornets représentaient lesbateaux des découvreurs portugais, lechorizo le Portugal et les cacahuètesl’Afrique.

“Avril au Portugal” organisé par O Sol de Portugal et le Comité de jumelage

Par Isabel Vincent Pereira

Fernando Correia Marques é cabeça de cartaz em Lourdes

O sagrado e o profano vão estar demãos dadas na festa que a Asso-ciação cultural e desportiva dosPortugueses de Lourdes (ACDPL)organiza no sábado, dia 14 demaio, e que inclui uma manifesta-ção religiosa, temas musicais po-pulares e baile.A ACDPL anuncia a religiosidademisturada com a diversão, numaatmosfera não muito diferente da-quela que é habitual nas festivida-des da Comunidade portuguesa emterritorio gaulês.Quanto à componente religiosa,pelas 18h30, na capela das Claris-sas, será celebrada uma missa emhonra de Nossa Senhora de Fá-

tima, relembrando a última apari-ção da Virgem aos três pastorinhosna Cova da Iria, no dia 13 de outu-bro de 1917.Após a eucaristia, no espaço Ro-bert Hossein, o detentor de váriosdiscos de platina, ouro e prata, Fer-nando Correia Marques, um dosnomes mais marcantes da músicapopular portuguesa, acompanhadopelas suas bailarinas, irá subir aopalco pelas 21h00, para interpre-tar temas musicais com a irreve-rência habitual do cantorconimbricense.Para concluir o programa da festa,um baile será animado pelo grupoMusik Bad’s.

Infos: 06.58.23.29.91

Por José Manuel Santos

le 04 mai 2016

Pauline et Perrine ont gagné le concours de cuisineDR

Todas as semanas, estamos ao seu lado

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Badminton: TelmaSantos ficou pela segunda ronda emFrança

A portuguesa Telma Santos foi elimi-nada na segunda ronda do Campeo-nato da Europa de Badminton, quedecorre em La Roche-sur-Yon, emFrança, mas continua com o apura-mento para os Jogos Olímpicos doRio’2016 praticamente garantido.Depois de ter ficado isenta na pri-meira ronda, a atleta de Penicheperdeu frente à irlandesa ChloeMagee em dois sets, pelos parciaisde 21-8 e 21-9, e ficou afastada dacompetição sem ainda garantir defi-nitivamente um lugar no Rio de Ja-neiro.Telma Santos, de 32 anos, continuano entanto a ocupar o 33º lugar doranking de qualificação olímpico, po-sição que dá acesso aos próximosJogos.Nos masculinos, Pedro Martins foiafastado na primeira ronda pelo po-laco Adrian Sziolko, pelos parciais de22-20 e 21-14. De referir que oatleta luso ocupa igualmente a 31ªposição da tabela de apuramentomasculina e também deverá marcarpresença nos próximos Jogos Olím-picos.A lista oficial de qualificação para osJogos Olímpicos será conhecida nodia 5 de Maio, assegurando vaga os36 primeiros classificados excluindoos atletas de países cuja quota já es-tiver preenchida.

Lyon: Peregrinação ehonra de NossaSenhora de Fátima

A peregrinação da Comunidade por-tuguesa de Lyon em honra de NossaSenhora de Fátima, vai ter lugar naBasílica de Fourvière, em Lyon e acelebração e animação são da res-ponsabilidade dos padres José Luísde Almeida e Eric Besson.No sábado 7 de maio haverá umaprocissão das velas que começapelas 20h00, com uma concentra-ção na Praça da Sé de S. Jean(Métro Vieux-Lyon), e que depoispercorre o Caminho penitencial comrecitação do terço até à Basílica. Às21h15 terá lugar uma vigília de ado-ração do Santíssimo Sacramento.No domingo 8 de maio, sempre naBasílica de Fourvière, terá lugar,pelas 14h00, uma Missa solene pre-sidida pelo Padre José Luís de Al-meida, também seguida de umaprocissão em honra de Nossa Se-nhora de Fátima com o tradicionalAdeus de Fátima.

Por Marco Martins com Lusa

Evocation de la Révolution des Œillets à OloronDepuis 1987, soit bientôt 30 ans,l’Association France-Portugal, crééecette année-là, à célébré la Révolu-tion des Œillets.Cette année encore, les bénévoles del’association présidée par Elsa daFonseca Godfrin, ont préparé et servi,en la Salle du Bel Automne, à leursadhérents et amis, un repas typiquedu Portugal.Après l’apéritif au Porto blanc, lesplats aux noms tous plus exotiquesles uns que les autres, se sont enchaî-nés: Línguiça grillée, Caldo verde ac-compagné de chouriço, broa et diversautres pains tels que le Pão de azeite.Quant au plat principal, les conviveseurent droit au traditionnel Bacalhaucom natas, arrosé de Vinho Verde etprécédé du fromage de chèvre etd’une farandole de pâtisseriesconfectionnées par Elsa Godfrin elle-même.Qui dit Portugal, dit également fado.Impossible de ne pas inviter cet artmusical lusitanien. Ce fut fait entrechaque plat grâce aux interventionsdu groupe Ana Maria Trio, qui jouaitpour la toute première fois à Oloron.Cette manifestation s’est terminée

dans la satisfaction générale. AnaRocha, Consule Générale du Portugalà Bordeaux avait tenu a être présenteet a remercié et félicité l’associationpour son dynamisme. La municipalitéétait représentée par Araceli Etche-nique, responsable des échangestransfrontaliers.La adhérents et amis de l’association,venus nombreux se sont donné ren-dez-vous pour les prochaines mani-festations, mais avant de quitter lasalle, ils ont remercié et félicité lesbénévoles pour leur engagement dans

la vie de l’association.Durant toute l’année, l’associationœuvre pour que soit promue la cul-ture portugaise, et ce à travers diversvecteurs. En 2015, la semaine del’Europe avait été d’une intensité ex-ceptionnelle avec le Portugal àl’honneur, cette année, l’associationorganisera a nouveau la semaine del’Europe du 12 au 21 mai, qui mettraà l’honneur l’Espagne et cela en par-tenariat avec la ville d’Oloron SainteMarie, jumelée avec la ville de Jaca.Les expositions de l’association conti-

nuent a sortir des cartons... C’est ainsiqu’après avoir été exposé au Centrehospitalier d’Oloron, «Rua SantaMaria», les portes peintes de Funchalsont exposées à la Médiathèque deGaves, du 3 au 21 mai.Les 11 et 12 juin le salon du livre àOloron accueillera deux écrivains por-tugais - Dulce Rodrigues et Manuel doNascimento. Puis ce sera la fête deCamões avec un spectacle au jardinpublic le 18 juin.Très vite après ce sera la fête de lamusique le 21 juin. Pour finir l’été, unspectacle de folklore au jardin publicest prévu pour fin août dans le cadredes quartiers d’été, programmés parla Ville d’Oloron.Puis ce sera la fête des associations,le 10 septembre, sans oublier la Se-maine culturelle qui aura lieu du 24septembre au 2 octobre, avec deuxexpositions, l’une mettra en valeur lescheminées de l’Algarve et l’autre surl’Art roman dans les Pyrénées. Enfin pour terminer l’année, le tra-ditionnel spectacle aura très certai-nement lieu fin novembre, débutdécembre, en la cathédrale SainteMarie.

L’Association France-Portugal commémore la date depuis 30 ans

Arredores de Lyon: Festa em honra deNossa Senhora de Fátima em Brignais

A Associação cultural desportivafranco-portuguesa de Brignais or-ganizou a sua festa em honra deNossa Senhora de Fátima, no do-mingo passado, dia 1er maio. AIgreja paroquial acolheu as duascomunidades, francesa e portu-guesa, para a celebração da eucaris-tia dominical pelas 11h00 e no final,a procissão com a imagem de NossaSenhora de Fátima, que percorreu asruas adjacentes a esta igreja.“A Virgem Maria representa muito paraa Comunidade portuguesa e a sua pre-sença nesta assembleia mostra a suadevoção. Mas peço que não seja sóhoje que isto aconteça, peço que este-jam mais presentes e dêm um lugar àfé cristã na suas vidas, participandonas eucaristias, sobretudo os jovens,pois são eles os mais ausentes e quese afastam mais de Deus” pediu o Pá-roco de Brignais no decorrer da sua ho-milia, Gael de Brevent.

As condições climáticas não forammuito favoráveis, pois foi debaixo dechuva que a procissão teve lugar. Masa fé Mariana e a devoção à Virgemfez-se sentir nos participantes guia-dos pelo Pároco Gael, recitando oterço.A família Barbosa e Santos é respon-sável pela organização ao nível dogrupo coral que é constituído por

membros de vários grupos da regiãode Lyon, por eles convidados, e tam-bém a preparação floral do andor deNossa Senhora de Fátima.A nossa associação tem hoje umanova Direção, eleita em fevereiro doano passado. Nadine Pinto da Silva éPresidente, o Vice Presidente é Horá-cio Videira, o Tesoureiro e o Tesoureiroadjunto são respetivamente Cristina

Augier e Miguel Moreira, o Secretárioe o Vice Secretário são Tony Maranoe Andrade Videira.Olga Fernandes e Cristina Marano sãoresponsáveis pelas reservas, os con-troladores são Abel Videira e ArmandoSantos. Na cozinha está Maria Pintoe Guilhermina dos Santos, a respon-sável do grupo de folclore Provínciasde Portugal é Sandra Gonçalves e osensaiadores são Vítor Tinouco e Ale-xandre Martins. “A equipa foi eleitapor dois anos” confiou Nadine Pintoda Silva ao LusoJornal. “Antes das fé-rias organizamos um Torneio de fute-bol, no dia 15 de maio e depois emsetembro o nosso festival de folclore”,concluiu para o LusoJornal.No final houve um almoço com espe-cialidades portuguesas, e um espetá-culo com encontro dos grupos dedanças modernas de Jassens Routiere Dloma de Trevoux, assim como osgrupos folclórico Juventude do AltoMinho de St Priest, e o grupo da casaProvíncias de Portugal.

Por Jorge Campos

Futsal: Le Sporting Club de Paris échoueface au Champion de France

Ce match de haut de tableau entrele premier et le deuxième de laphase régulière était l’affiche decette avant dernière journée. Maisc’est surtout le palmarès du futsalfrançais depuis 2010 qui avait ren-dez-vous au gymnase Carpentier. Eneffet depuis le début de la décen-nie, le Sporting Club de Paris etKBU se partagent les récompensesnationales. Et même si le Sporting

Club de Paris a le plus beau palma-rès, KBU est l’actuel Champion deFrance et est le leader incon depuisle début de la saison. Sans se sou-cier des polémiques des dernièressemaines, les deux équipes ont livréun match digne de leur palmarès etla prestation fut de très grande qua-lité. La partie bascula d’un côté,elle aurait pu tourner de l’autre.Toujours est-il que le KBU remportecette affiche sur le score de 8-7 etse présente comme candidat légi-

time à sa propre succession. LeSporting Club de Paris a joué aveccourage et bravoure avec sesmoyens limités et devant ses deuxmeilleurs buteurs blessés (Teixeiraet Hamdoud).La partie débuta par une affaire decoups francs. Les combinaisons sesuccèdent et les deux équipes setrouvent à 1-1. Le KBU reprendl’avantage à 3-1 et les Lions Pari-siens se déchaînent pour revenirdans le cours de la partie et rejoin-

dre les vestiaires à 3-3. La parties’emballe définitivement au coursdu second acte. Le tableau d’affi-chage s’affole jusqu’à un score deparité de 6-6. Jonathan, nouvellerecrue verte et blanche, donne unavantage que l’on pense définitif àdeux minutes du terme. Mais KBUet son brave William, font la diffé-rence et clôturent les débats.Les deux équipes se quittent ainsiet pourraient se retrouver en finaledu Championnat d’ici un mois.

Par Julien Milhavet

le 04 mai 2016

LusoJornal / Jorge Campos

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Saint Maur s’offre le Derby

A quatre semaines de la fin du Cham-pionnat, les Lusitanos ont réussi unebelle opération en remportant 3 butsà 1 son Derby du 94 face à Ivry.Après 15 jours d’arrêt, le Champion-nat de CFA 2 a repris ses droit ceweek-end. A l’entame de la dernièreligne droite du Groupe G, les Lusita-nos savaient qu’ils n’avaient pas ledroit à l’erreur face au voisin de l’USIvry, qui espérait bien jouer un mau-vais tour au Stade Louison Bobet duPlessis-Trévise. Privé de Diogo Torres,blessé, et de son Capitaine, AyrtonNascimento, qui purgeait son derniermatch de suspension, Carlos Secre-tário alignait le même 11, vainqueurd’Ailly (2-0), lors du dernier match.Pour l’entraîneur ivryen, Jérôme Pi-neau, il était évident que l’idée étaitsurtout de terminer au mieux une sai-son devenue terne du côté de Cler-ville. Dès les premières minutes, unfaux rythme s’installe et les offensivesse font rares des deux côtés. Bien re-groupé, Ivry n’opère qu’en groupe etsemble attendre son heure. Et à la26ème minute, le coup semble êtrele bon pour les Ivryens. Bien servi au2ème poteau, Christopher Patricio-Soares ouvre la marque sur la pre-mière occasion des Violets. Surprismais pas abattus, les Lusitanos re-partent à l’abordage des buts d’Ibra-hima Gassama. Sans pour autantmettre à contribution ce dernier.A la pause, les Saint-Mauriens rega-

gnent les vestiaires avec l’ambitionde rapidement inverser la tendance.Et dès les premières minutes, cela sevérifie. Bien servi par Jony Ramos,Pedro Nova enchaîne d’un contrôlepied droit avant de placer du piedgauche, une frappe dont il a le secret(1-1, 48 min), dans la lucarne deGassama. Derrière, Saint Maur pour-suit sa motivation et multiplie les oc-

casions. Il ne faudra attendre quel’heure de jeu pour voir Nova réussirun doublé et donner l’avantage à sonéquipe. A l’entrée de la surface, lemilieu de terrain profite d’une of-frande de Kevin Diaz pour enchaînerd’une frappe imparable (2-1, 60min). Ivry accusera le coup et ne s’enremettra pas. Le penalty de JonyRamos (3-1, 88 min) viendra logi-

quement donner une ampleur méri-tée au succès des Lusitanos. PourCarlos Secretário, le résultat reflète,en partie, le bon match de sesjoueurs. “Je suis fier de la réaction demes joueurs. Face à une bonneéquipe d’Ivry qui avait bien préparéson match, on a su revenir rapide-ment au score en 2ème période pourfinalement s’imposer logiquement.Ils avaient marqué sur leur seule oc-casion alors que l’on n’a pas eu deréussite sur nos premières offen-sives». L’entraîneur n’en oublie paspour autant les prochains matchsface à Lille et Grande-Synthe dansles semaines à venir. Pour lui, tout sejouera dans les confrontations di-rectes. «Cette victoire face à Ivry estimportante en cette fin de saison etau regard de ceux de nos adversairesdirects. On est encore en course pourla montée en CFA. Les prochainsmatchs seront décisifs. Ça com-mence ce week-end avec une rencon-tre compliquée du côté de Lille. Maisje sais que l’on est capable de conti-nuer sur notre élan de ces dernièressemaines». L’opposition du week-endprochain face à la réserve du LOSC,2ème avec 1 point d’avance sur SaintMaur, 63 points, devrait permettre dedéfinitivement se placer pour la mon-tée en CFA. La défaite est interdite.Surtout que le leader, Grande-Synthe(65 pts) compte bien profiter de cematch au sommet entre ses concur-rents, pour prendre le large au clas-sement. C’est mal connaître les

Football / CFA 2

Par Eric Mendes

Mariane Amaro, l’internationale portugaise de la VGA

Après une blessure qui l’a éloignéedes terrains pendant longtemps, Ma-riana Amaro, l’internationale portu-gaise a fait son retour avec la VGASaint Maur, équipe qui dispute leChampionnat de D1 de football fémi-nin.

Tu as fait ton retour avec la VGA SaintMaur cette année en D1, tu l’avaisquitté en 2013 avec le PSG, qu’elle aété ta réaction de rejoindre l’élite?Ça m’a fait plaisir dans un premiertemps, car j’ai été arrêtée un long mo-ment suite à une blessure au genougauche, ça a été une longue périodeet j’avais hâte de refouler les terrainsdonc c’est toujours un plaisir de re-jouer au football d’autant plus quandon en a été privée un certain temps.C’est là que l’on se rend compte quel’on est attaché à ce sport.

Concernant ta blessure tu t’es bien re-mise? Ta rééducation s’est bien pas-sée?Je pense être remise, mais je ne suisà l’abri de rien. A partir du moment oùje me sens bien sur le terrain je nepense pas à mon genou et mêmedans la vie de tous les jours, je consi-dère que ça fait partie du passé. Hon-nêtement, ça ne reviendra jamaiscomme avant, dès qu’il y a un chan-

gement de temps, je le ressens, dèsque je fais un faux mouvement sur unmatch, ça va tirer un petit peu aprèsle match, mais ce n’est pas la douleurqui va m’arrêter. Maintenant tout vabien.

Cette année la VGA Saint Maur n’agagné qu’un seul match, 2 matchsnuls et 20 défaites, quelles ont été tesimpressions dans le groupe?Ça dépend à quelle échelle: de ma-nière individuelle ou si c’est parrapport à l’équipe. De manière in-dividuelle je me suis sentie trèsfrustrée, étant donné que j’ai repris

du temps de jeu de manière régu-lière en janvier et la saison était déjàbien entamée, nous étions déjà dansun situation bien délicate. Doncquand je voyais l’équipe s’enfoncerdans le mauvais côté du classement,je me sentais mal, je ne pouvais pasaider mon équipe, je ne pouvais pascontribuer à les maintenir en vie, çam’a donné encore plus envie quand jesuis revenue dans le groupe, de toutdonner pour essayer de changerquelque chose, même si je sais quece n’est pas individuellement que l’onpeut réussir à faire quelque chose,mais au moins j’y ai mis toute ma

hargne et ce fut une joie de pouvoirrejouer au football. Mais malheureu-sement ça n’a pas été suffisant cetteannée. C’est un moment très difficilepour l’équipe, mais je passe de supermoments avec elles, nous avonsperdu le match contre Saint Etienneet je suis très heureuse d’être avecelles, je suis fière de faire partie decette famille, car pour moi c’est unefamille, c’est plus qu’un club. Mal-heureusement se sont les aléas de lavie également du football, on a faitl’ascenseur peut être que nousn’étions pas assez structurés, il y a eudes problèmes autres que footballis-tiques plus profonds que les gens nesavent pas, mais en tout cas, je ne re-grette rien de ma saison si ce n’est lesrésultats.

Donc tu restes à la VGA Saint Maur?Concrètement, j’ai envie de rester à laVGA Saint Maur, oui. Après, je ne vaispas mentir sur le fait que je vais re-prendre mes études de manière per-manente, j’ai un studio à payer tousles mois, l’argent ne tombera pas duciel, donc je vais essayer de voir avecle club pour trouver un terrain d’en-tente, je ne demande pas à êtrepayée, mais juste à pouvoir payer monlogement et que je puisse vivre et sub-venir à mes besoins tout simplement.Mais bien sûr que je veux rester à laVGA Saint Maur, car je m’y sens bien.

Football Féminin

Par Angélique David - Quinton

le 04 mai 2016

emsíntese

Vela: João Rodriguesfoi 10° em França

João Rodrigues terminou a etapafrancesa da Taça Mundo na 10ª po-sição da geral de ‘RS:X’ na prova quedecorreu em Hyères. O vento fracoimpediu a realização da Regata dasMedalhas de ‘RS:X’ masculino, naqual participaria o velejador portu-guês. Desta forma João Rodrigues fe-chou a sua participação no 10º lugar.Piotr Myszka e Pawel Tarnowski,ambos da Polónia, ficaram com oouro e a prata em águas francesas. Obritânico Nick Dempsey conquistou obronze.Em ‘Laser Radial’, Sara Carmo foi 22ªclassificada da geral. A belga Evi VanAcker alcançou o triunfo, seguida dasueca Josefin Olsson e da britânicaAlison Young.Em França marcaram presençacerca de 650 velejadores de mais de40 países.De notar que Sara Carmo intensificaa preparação para estar em grandeforma nos Jogos Olímpicos do Rio deJaneiro no Brasil.Quanto a João Rodrigues, continua oseu rumo para a sétima participaçãonos Jogos Olímpicos. Um recorde ab-soluto no desporto português.

Tenistas franceses derrotados no Estoril Open

Nicolas Almagro, antigo top 10 mun-dial e atual 71º colocado do rankingATP, conquistou a segunda edição doMillennium Estoril Open, ao bater nafinal o seu compatriota Pablo CarreñoBusta, 50º ATP, por 6-7, 7-6 e 6-3,em 2h47 de encontro.Este é o 13º título de carreira para Ni-colas Almagro, com a particularidadede terem sido todos alcançados emterra batida, a sua superfície favorita.Quanto aos tenistas franceses, nãoconseguiram alcançar a final do Tor-neio. Paul Henri Mathieu e StephaneRobert foram eliminados na segundaronda. Gilles Simon, primeiro cabeçade série, foi afastado nos quartos-de-final frente ao espanhol Pablo Car-reño Busta, com os parciais de 6-3 e6-4.O melhor tenista francês foi BenoîtPaire, terceiro cabeça de série, quechegou às meias-finais mas foi igual-mente derrotado pelo espanhol PabloCarreño Busta, com os parciais de 6-3 e 6-3.De notar que o número um portu-guês, João Sousa, foi eliminado nasegunda ronda pelo vencedor daprova, o espanhol Nicolas Almagro,com os parciais 4-6, 6-1 e 6-2.

Por Marco Martins

lusojornal.com

Pedro Nova a marqué deux buts contre IvryLusitanos de Saint Maur / EM

Nelson Fatagraf

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21Desporto

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Luta ao rubro para o segundo lugar

O Lyon e o Monaco continuam alutar para alcançar o segundo lugardo Campeonato francês de futebol,um lugar que dá acesso à fase degrupos da Liga dos Campeões.O Lyon venceu por 2-1 o GFC Ajac-cio com o guarda-redes e interna-cional português Anthony Lopes atitular no Lyon.Do lado do Monaco, a vitória foi por3-2 frente ao Guingamp com umdos tentos monegascos apontadopelo avançado português BernardoSilva. Um encontro no qual participaramcinco jogadores portugueses - Ri-cardo Carvalho, Hélder Costa, Ber-nardo Silva e João Moutinho -todos titulares, e Ivan Cavaleiro,que entrou durante a segundaparte.O Lyon e o Monaco ocupam o se-gundo lugar com 62 pontos e têmquatro pontos de vantagem sobre oSaint-Étienne que empatou com oToulouse (0-0).

PSG continua imparávelO Paris Saint Germain arrasou por4-0 o Rennes no encontro inauguralda 36ª jornada do Campeonato fran-cês.O líder da Liga francesa, o ParisSaint Germain, não abranda o ritmoapesar de ser Campeão de França.Sexta-feira à noite, no Parque dosPríncipes, os Parisienses derrotarampor 4-0 o Rennes, clube onde atuamo internacional moçambicano Mexere o defesa-central português PedroMendes. Os golos do PSG foramapontados pelo lateral-esquerdo bra-sileiro Maxwell, pelo avançado uru-guaio Edinson Cavani e peloavançado sueco Zlatan Ibrahimovicque bisou.Um resultado que permite ao ParisSaint Germain ter uma vantagem de27 pontos, com menos um jogo,sobre o segundo e o terceiro classi-ficado, o Lyon e o Mónaco que con-tam 62 pontos.Aliás o PSG já igualou o recorde depontos numa só temporada com 89pontos, os mesmos que na tempo-rada 2013-2014.

Quanto ao Rennes, permanece nosétimo lugar com 52 pontos mas vêas possibilidades de chegar ao sextoou ao quinto lugar reduzirem-se.Lembramos que o quinto ou o sextolugar seja accessível para chegar àLiga Europa depende do... ParisSaint Germain! Se o PSG vencer afinal da Taça de França que decorrea 21 de maio frente ao Marseille noStade de France, o sexto lugar doCampeonato dará acesso à Liga Eu-ropa.

Marseille permanece na Ligue 1O Marseille garantiu apenas à 36ªjornada a manutenção no Campeo-nato francês de Ligue 1, após a vi-tória por 1-0 frente ao Angers. Oúnico golo do encontro foi apon-tado pelo avançado belga MichyBatshuayi.Com este triunfo, os marselhesessobem ao 13° lugar com 44 pontose garantem a manutenção vistoque Reims (36), Toulouse (34) eTroyes (17) não podem ultrapassaro Marseille.

Ligue 1

Por Marco Martins

le 04 mai 2016

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Clubes parisienses continuam em perigo

Faltam duas jornadas para o fim datemporada na Ligue 2 e dois clubesparisienses continuam em perigo dedescer de divisão, Paris FC eCréteil/Lusitanos. Quanto ao terceiroclube da região parisiense, o RedStar, ocupa o quinto lugar com 58pontos, a quatro pontos do terceirolugar do Metz que conta com 62pontos.

Red Star: o sonho ainda possível…A equipa comandada pelo técnicoportuguês Rui Almeida venceu nopassado fim de semana o Bourg-en-Bresse por 1-0 com o único golo a

ser apontado pelo médio HameurBouazza.Um resultado que permite ao RedStar subir ao quinto lugar com 58pontos e sonhar ainda com uma su-bida à Ligue 1. A tarefa parece noentanto complicada visto que o Metztem quatro pontos de vantagemquando faltam atribuir apenas seis.De notar igualmente que Rui Al-meida foi nomeado na categoria deMelhor Treinador da Ligue 2 nos tro-féus UNFP que recompensam ostreinadores e jogadores profissionaisem França.

Créteil/Lusitanos: um empatecom sabor a derrotaNo Estádio Dominique Duvau-

chelle, o Créteil/Lusitanos não foialém de um empate a dois golosfrente ao AC Ajaccio. Os dois golosdos cristoliens foram apontadospelo avançado Bagaliy Dabo.De referir que o lusodescendenteClaude Gonçalves, do AC Ajaccio,foi expulso durante o encontro. Dolado do Créteil/Lusitanos tambématuou um lusodescendente, omédio Rafaël Dias.Com este resultado, os Cristoliensficam com 34 pontos, no 19°lugar, e estão a dois pontos do pri-meiro clube acima da linha deágua, o Evian que ocupa o 17°lugar.

Paris FC: Uma vitória tardia…Os parisienses do Paris FC vence-ram por 1-0 o Lens na deslocaçãoao Norte da França. O único golodo encontro foi apontado pelo de-fesa Mehdi Jean Tahrat.De notar que o avançado franco-angolano, Roli Pereira de Sá, foi ti-tular do lado do Paris FC.Com este triunfo, os Parisiensescontinuam no último lugar daLigue 2 com 30 pontos, a seis doprimeiro clube acima da linha deágua, mas matematicamente aindanão desceram ao terceiro escalãodo futebol francês.

Nancy, Dijon e… Metz?O Nancy e o Dijon já garantiram asubida à Ligue 1 na próxima tem-porada, no entanto falta um ter-ceiro clube que poderá ser o FCMetz.O Metz venceu no passado fim desemana o Dijon por 4-0 e subiupara o terceiro lugar com 62 pon-tos. Uma posição que terá de con-servar nas duas últimas jornadaspara garantir a subida.De notar que o Metz conta comquatro jogadores portugueses noplantel: Tiago Gomes, Nuno Reis, Da-niel Candeias e André Santos.A luta para a subida como para a des-cida continua ao rubro na Ligue 2.

Ligue 2

Por Marco Martins

Moreira do Rennes face a Zlatan Ibrahimovic do PSGAntónio Borga

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22 Tempo Livre

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Deus tem fé no Homem

A Festa da Ascensão (celebrada emFrança no dia 5 e em Portugal no dia8) assinala o fim de um capítulo: ter-minaram os anos da presença histó-rica de Jesus Cristo entre nós. Nasemana seguinte, com a solenidadede Pentecostes, recordaremos avinda do Espírito Santo e a entradadefinitiva no tempo da Igreja. «Idepor todo o mundo e pregai o Evan-gelho a toda a criatura». Com estaspalavras, Jesus confia aos apóstolosa missão de anunciar ao mundotudo aquilo que Ele revelou.Não acham estranha esta decisão?Colocar uma missão tão importantenas mãos de pessoas que, durante aPáscoa, demonstraram ser frágeis eincoerentes?Existe apenas uma explicação: Deustem fé no Homem! Ele ama-nos eacredita que podemos mudar; quepodemos ser a melhor versão possí-vel de nós mesmos. Por incrível quepareça, Ele escolheu-nos (a ti e amim, querido leitor!) para anunciar-mos ao mundo a Palavra. Somos osmelhores? Não. Os mais inteligentese sábios? Não. Os mais bonitos e fas-cinantes? Não. Somos tal e qualcomo os apóstolos. Somos Pedro,Tiago, João... e às vezes, até Judas.Uma comunidade, não de gente per-feita, mas de gente perdoada. UmaIgreja em caminho, confortada peloEspírito e à procura de respostaspara as perguntas que a História lhecoloca.Deus ama-nos e quer que alcance-mos a maturidade; que sejamos cris-tãos adultos. Ama-nos e por isso teveque esconder a sua presença, limitara sua influência, para que pudésse-mos ser livres nas nossas escolhas.Ama-nos! E confia que conseguire-mos construir o Reino, purificar anossa fé e anunciar o Seu amor.

P. Carlos Caetanopadrecarloscaetano.blogspot.com

Sugestão de missa em português:

Paroisse Saint Jean Baptiste de Neuilly158 avenue Charles de Gaulle92200 Neuilly-sur-SeineDomingo às 9h30

boanotícia

Du 14 au 16 mai Exposition de photos et d’artisanat du Por-tugal, dans le cadre du week-end culturelfranco-portugais, en partenariat avec lePrintemps d’Europe de la ville de Dijon.ULFE, 40 avenue Stalingrad, à Dijon(21).

Jusqu’au 16 mai «Complicités» de Clotilde Fava, organi-sée par la Chaire Lindley Cintra de l’Uni-versité Paris Ouest Nanterre et par leLectorat de Portugais Camões I.P.del’Université Paris 8, en partenariat avecla Maison du Portugal - André de Gou-veia. Cité internationale universitaire deParis, 7P boulevard Jourdan à Paris 14.

Jusqu’au 22 mai Exposition “Corpus” de Helena Almeida,l’une des plus grandes artistes contem-poraines portugaises. Jeu de Paume, 1place de la Concorde, à Paris 8.

Jusqu’au 22 mai “L’espace en jeu - Maria Helena Vieirada Silva” avec des oeuvres de Vieira daSilva (1908-1992). Musée d’Art Mo-derne, 8 boulevard Maréchal Joffre, àCéret (66). Infos: 04.68.87.27.76.

Du 7 au 24 mai Exposition en plein air «Flâneur, NewUrban Narratives», organisée par laCIUP, Cap Magellan et Procur.art.Grande Pelouse de la Cité InternationaleUniversitaire de Paris, rue Jourdan, àParis 14.

Jusqu’au 26 juin «Tirelire», exposition personnelle d’AnaJotta. Au Credac, La Manufacture desŒillets, 25-29 rue Raspail, à Ivry-sur-Seine (94).

Jusqu’au 18 juillet Exposition d’Amadeo de Souza-Cardoso,une co-organisation de la Fondation Ca-louste Gulbenkian et de la Réunion desmusées nationaux, au Grand Palais - Ga-leries nationales, 3 avenue du Général Ei-senhower, à Paris 8.

Jusqu’au 29 août «Les universalistes: 50 ans d’architectureportugaise», une co-organisation de laFondation Calouste Gulbenkian et de laCité de l'architecture et du patrimoine, àla Cité de l’architecture et du patrimoine,1 place du Trocadéro et du 11 Novembre,à Paris 16.

Le jeudi 12 mai, 18h30 Présentation du livre «Os Amantes da DonaJulieta» de Paula Teixeira de Queiroz, pré-senté par Joaquim Pinto da Silva, éditeuret propriétaire de la librairie Orfeu àBruxelles. 62, rue de la Fédération, à Paris15. Près de la Torre Eiffel.

Le jeudi 19 mai, 18h30 Présentation du livre «Exílios – Témoi-gnages d’exilés et déserteurs portugais enEurope (1961-1974)» par l’Associaçãodos Exilados Políticos Portugueses. Maisonde l’Internationale, 1 rue Hector Berlioz, àGrenoble (38).

Le samedi 21 mai, 16h30 Présentation du livre «Exílios – Témoi-gnages d’exilés et déserteurs portugais enEurope (1961-1974)» par l’Associaçãodos Exilados Políticos Portugueses. Luso-folie’s, 57 avenue Daumesnil, à Paris.

Le samedi 28 mai, 17h00 Rencontre avec Ricardo Cabaça, auteur de«Naufragés», dans le cadre de Carrefoursd’Europe, au Théâtre de la Ville, Café desŒillets, 1 place du Châtelet, à Paris.

Le lundi 23 mai, 20h30 «Fica no Singelo» de Clara Andermat, dansle cadre de Carrefours d’Europe, au Théâ-tre de la Ville, Café des Œillets, 1 place duChâtelet, à Paris.

Du 11 au 14 mai, 19h00 et 19h30 «Paris>Sarah>Lisboa» de Miguel Loureiro,avec Astrid Bas, portrait de Sarah Bernhardt(25 min), dans le cadre de Carrefours d’Eu-rope, au Théâtre de la Ville, Loge SarahBernhardt, 1 place du Châtelet, à Paris.

Les 18 et 19 mai, 19h00 «Do Natural» sur les traces de W.G. Se-bald, en portugais, soustitré en français,avec Miguel Loureiro, Gonçalo Ferreira deAlmeida, Francisco Goulão et Carina Bolito(50 min), dans le cadre de Carrefoursd’Europe, au Théâtre de la Ville, Café desŒillets, 1 place du Châtelet, à Paris.

Le vendredi 20 mai, 15h00 «Un musée vivant des mémoires infinieset oubliées» par Teatro do Vestido / JoanaCraveiro (durée: 2h00), dans le cadre deCarrefours d’Europe, au Théâtre desAbesses, à Paris.

Le samedi 21 mai, 18h30 «Un musée vivant des mémoires infinieset oubliées» par Teatro do Vestido / JoanaCraveiro (durée: 4h30), dans le cadre deCarrefours d’Europe, au Théâtre desAbesses, à Paris.

Le samedi 21 mai, 20h30 “Olá”, one man show de José Cruz (versionfrançaise). Dans le cadre du Gala Grainesde Luso. Centre Culturel, 6 rue du CheminVert de Boissy, à Taverny (95). Infos: 06.67.48.00.23.

Le jeudi 26 mai, 14h30 Le vendredi 27 mai, 15h30Le samedi 28 mai, 15h00«La marche des éléphants» par MiguelFragata et Inês Barahona, avec Miguel Fra-gata), dans le cadre de Carrefours d’Eu-rope, au Théâtre de la Ville, La Coupole, 1place du Châtelet, à Paris.

Le samedi 28 mai, 19h00 “Olá”, one man show de José Cruz (versionportugaise). Café-théâtre Drôle de Scène,39 rue Paul Verlaine, à Bordeaux (33).Infos: 06.80.28.02.40.

Le samedi 28 mai, 21h00 “Olá”, one man show de José Cruz (versionfrançaise). Café-théâtre Drôle de Scène,39 rue Paul Verlaine, à Bordeaux (33).Infos: 06.80.28.02.40.

Du 31 mai au 4 juin, 20h30 «Zululuzu» d’après la vie de Fernando Pes-soa, par Teatro Praga, dans le cadre de Car-refours d’Europe, au Théâtre des Abesses,à Paris.

Le mardi 10 mai, 20h30 Fado avec Duarte, pour présentation deson dernier album «Sem dor nem pie-dade». Théâtre à l’Italienne, à Cherbourg(50).

Le jeudi 12 mai, 20h00 Apéro-live «Sud Express, pour un voyageraconté en Fado» avec Mónica da Cunhaaccompagnée par Filipe de Sousa, NunoEstevens e Philippe Mallard. La Chapelledes Lombards, 19 rue de Lappe, à Paris11.

Le samedi 14 mai, 20h00 Concert Fado avec Luísa Rocha dans lecadre de la Journée de l’Europe, organisépar l’Académie de Fado. Auditorium Jean-

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FADO

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Pierre Miquel, 98 rue de Fontenay, à Vin-cennes (94). Infos: 01.43.28.14.61.

Le mercredi 18 mai, 20h30 Cristina Branco et Camané, accompagnéspar José Manuel Neto à la guiare defado, dans le cadre de Carrefours d’Eu-rope, au Théâtre de la Ville, 1 place duChâtelet, à Paris.

Le samedi 28 mai, 20h00 Soirée repas fado, dans le cadre du2ème Festival culturel franco-portugaisorganisé par l’ACFPPAC avec plusieursartistes présents: Catherine Beltran,Carlos Lopez Neto, Myriam Maury,Marta Garcia, Sandrine Loiseau, SylvieAbadie Bastide, Marie Christine Four-nié, José Vaz et Virginia Vieira Silva. LaHalle, à Rieumes (31).

Les 26 et 27 mai, 20h00 Bévinda chante «Mes Suds», Fados etautres chansons du sud. La Chapelledes Lombards, 19 rue de Lappe, à Paris11. Infos: 01.43.57.24.24.

Le samedi 7 mai, 18h00 Fête du Printemps organisée par RadioLuso Europeu, animée par Flor et leDuo Musical Lando Music. Salle d’ex-positions du Stade des Costières, en-trée du côté de la polyclinique, à Nîmes(30). Infos: 07.89.84.48.08

Le dimanche 8 mai Concert de Némanus et en premièrepartie Safira. A l’Olympia de Paris.Infos: 08.92.68.33.68.

Le samedi 14 mai, 21h00 Spectacle de Fernando CorreiaMarques et ses danseuses, suivi d’unbal avec Music Band’s, organisé parl’Association Portugaise Lourdaise. Es-pace Robert Houssein, à Lourdes (65).

Les 14 et 15 mai 41ème Fête Franco-Portugaise organi-

sée par l’Association Portugaise Cultu-relle et Sociale et par la Ville de Pon-tault-Combault, avec José Malhoa, SoulPower, Irmãos Verdades, Les Forbans,Emanuel, Auggun, Augusto Canário, DjBruninho, Christophe Malheiro, FilipeMartins, Lost My Name, Jessy, JoakimNory, Romane et Maxi. Le samedi de18h30 à 01h00. Le dimanche de11h30 à 20h00. Parc de l’Hôtel deVille, à Pontault-Combault (77).

Le dimanche 15 mai, 13h00 Repas dansant en honneur de NotreDame de Fátima, animé par JoséCunha, Alex et Johnny, organisée par leCentre Pastoral Portugais, Salle JeanVilar, 9 boulevard Héloïse, à Argenteuil(95).

Le dimanche 15 mai, 14h00 Dimanche Portugais à la Foire du Trônede Paris avec Luis Filipe Reis et lesgroupes de folklore Amigos da Borga do78, Estrelas do Norte de Mitry-Mory,Flores do Campo de Persan, APNS seSaint Brice-sous-Fôret, Les Hirondelesdu Portugal de Nantes, ACPAR de PetitQuevilly, Flores da Madeira d’Ormes-son, Danças et Tradições Rugles, Valedo Ave de Montreuil, Orgulho Portuguêsdu Havre, AFPA d’Argenteuil, Estrelasdo Minho de Trappes et deux groupesbrésiliens. Foire du Trône de Paris, Pe-louse de Reuilly, à Paris 12.

Le dimanche 15 mai, 21h30 Bal avec le groupe Os Anjos da Música,dans le cadre du week-end culturelfranco-portugais, en partenariat avec lePrintemps d’Europe de la ville de Dijon.ULFE, 40 avenue Stalingrad, à Dijon(21).

Le samedi 21 mai, 20h00 Gala de l’association Graines de Lusoet action de solidarité avec les enfantsde São Tomé e Príncipe, avec JoséCruz, Cláudia Costa, David Sousa et Ca-lema, au Centre Culturel de Taverny,rue du chemin vert de Boissy, à Taverny(95). Infos: 06.67.48.00.23.

Le dimanche 15 mai, 14h00 Festival avec plusieurs groupes de fol-klore, dans le cadre du week-end cul-turel franco-portugais, en partenariatavec le Printemps d’Europe de la ville

de Dijon. ULFE, 40 avenue Stalingrad,à Dijon (21).

Le dimanche 29 mai Défilés de folklore dans les rues et surpodium, avec Vila Rosa et Violettes deToulouse. Autres artistes animeront lebal également: David Dany, Junior Bra-

sil et Marcelo Ferreira. Dans le cadre du2ème Festival culturel franco-portugaisorganisé par l’ACFPPAC. Ecole Pri-maire, à Rieumes (31).

Le samedi 21 mai, 10h00 Forum des Associations Portugaises deFrance au Consulat Général du Portugalà Paris, 6 rue Georges Berger, à Paris17.

Le samedi 7 mai, 20h00 Procession depuis la Place de S. Jean(Métro Vieux-Lyon) jusqu’à la Basiliquede Fourvière, à Lyon (69).

Le dimanche 8 mai, 14h00 Messe en honneur de Notre Dame deFátima, célébrée par le Père José Luísde Almeida, suivie d’une procession.Basilique de Fourvière, à Lyon (69).

Le samedi 14 mai, 20h30 Chapelet suivi d’une procession en hon-neur de Notre Dame de Fátima, orga-nisé par le Centre Pastoral Portugais, àla Basilique d’Argenteuil, placeGeorges Braque, à Argenteuil (95).

Le samedi 14 mai, 18h30 Messe en portugais, en honneur deNotre Dame de Fátima. Chapelle desCharisses, à Lourdes (65).

Le dimanche 15 mai, 11h00 Messe en honneur de Notre Dame deFátima, suivie d’une Procession entrela Basilique d’Argenteuil et la SalleJean Vilar, avec la Philharmonique Por-tugaise de Paris, organisée par le Cen-tre Pastoral Portugais, à la Basiliqued’Argenteuil, place Georges Braque, àArgenteuil (95).

Le dimanche 22 mai, 18h00 Messe en l’honneur de Notre Dame deFátima, à l’Eglise de Notre Dame, àMontesson (78).

23Tempo livre

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