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Sumário
Cooperativas mostram importância do agronegócio paranaense e contribuem para o desenvolvimento do estado
A forma de pesquisa científica tem foco nos genes e na nutrição e pode ser uma boa aliada na avicultura
24
20
Capa
Inovação
O consumo de ovos está mudando e as empresas estão se adaptando para oferecer novos produtos
34 Mercado de ovos
06 Observatório
06 Agenda
08 Pensando em você
10 Radar
12 Na mídia
14 Entrevista
16 Sanidade
20 Inovação
22 Mercado
24 Capa
30 Capacitação
32 Avicultor
34 Mercado de ovos
36 Direito
38 Associados
40 Evento
40 Avesui
42 TecnoCarne
44 Mapa
46 Artigo
Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Claudio de OliveiraSecretário: Olavio Lepper Tesoureiro:Roberto Pelle Suplentes:Paulo Cesar da Silva, Renato Braga Fortes, Valter Pitol, e Roberto KaeferConselheiros fiscais efetivos:Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro, Dilvo Grolli e Ciliomar Tortola Suplentes:Rogerio Wagner Martini Gonçalves, Sérgio Rodrigo Ruiz Guimarães e Marcos Aparecido BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Claudio de OliveiraSuplentes:Ciliomar Tortola e Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro
Sindicato das Indústrias de ProdutosAvícolas do Estado do Paraná
SindiaviparSindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 - Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br | [email protected]
Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Sindiavipar, escreva para nós:[email protected].
Fale conosco
Expediente
ProduçãoCentro de Comunicaçãocentrodecomunicacao.com.br
Jornalista responsávelGuilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
ColaboraçãoBruna Robassa, Camila Castro,Jorge de Sousa, Larissa Nicolosi
e Suelen de PaulaDesign e diagramaçãoCleber Brito
Comunicação e MarketingMônica Fukuoka
ImpressãoOptagraf
Anuncie na Revista [email protected]
(41) 3224-8737
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
EditorialA organização e a eficiência das cooperativas
agro do Estado saltam aos olhos do Brasil e do mun-do. Segundo dados da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), o agronegócio é responsável por cerca de 80% do faturamento global do cooperativismo para-naense. Nós, do Sindiavipar, temos orgulho de ter entre nossos associados estas grandes empresas que auxiliam na manutenção da economia e evolução do Paraná.
Por isso, na edição nº 70 da revista, destacamos em nossa matéria de capa a atuação destas companhias paranaenses e a importância do cooperativismo para o desenvolvimento do agronegócio. Neste cenário, a avicul-tura contribui com grande parcela por ser uma atividade estruturada e altamente tecnológica no estado.
Para alcançar resultados excepcionais é necessá-rio, entretanto, estarmos sempre atentos ao mercado e as novas tendências, por isso matérias sobre sanidade, insumos, eventos, direito, mercado de ovos e inovações também serão abordadas na revista. Aproveito o espaço também para desejar feliz dia do Avicultor a todos que desempenham essa atividade de grande importância para a sociedade. Por isso, nossos sinceros parabéns e obriga-do aos avicultores paranaenses!
Um abraço e boa leitura!
Fot
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As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.
selo SFC
ObservatórioObservatório
Data24 de Setembro de 2019
LocalCascavel (PR)
RealizaçãoMercoLab
Telefone(45) 3218-0040
Sitemercolab.com.br
13º Econtro MercoLab de Avicultura
Data07 e 08 de novembro de 2019
LocalFoz do Iguaçu (PR)
RealizaçãoSindiavipar
Telefone(41) 3224-8737
Sitesindiavipar.com.br/workshop
VI Workshop Sindiavipar
Cinquenta e três profissionais da avicultura de todo o
mundo foram para o noroeste do Arkansas, em maio, para a
Escola Técnica Mundial exclusiva da Cobb-Vantress. Sediado
na sede global da Cobb em Siloam Springs, Arkansas, o pro-
grama de duas semanas abrange uma ampla gama de tópicos
relevantes da indústria – da genética à nutrição e ao alojamento.
Este ano marcou o 20º ano do programa, que começou em
12 de maio. A Escola Técnica Mundial da Cobb oferece aos
clientes e principais parceiros uma oportunidade de aprender e
se conectar com os especialistas da Cobb, em todo o mundo.
Acesse cobb-vantress.com.
Expertise Cobb Seminário onlineA AgroQualità oferece o seminário online
“Bem estar de frangos: da produção ao abate”. Com
certificado e dez horas de duração, seu objetivo é
apresentar pontos a serem observados desde a pro-
dução até o abate de frangos, em questões de le-
gislação, bem estar animal e ambiência. São cinco
palestras gravadas e quatro textos direcionados aos
profissionais e gra-
duandos da área. O
conteúdo pode ser
assistido a qualquer
momento pelo
período de quin-
ze dias. Acesse:
agroqualita.eadbox.
com/courses
6 sindiavipar.com.br
Foi inaugurada a 12ª Casa da Indústria no Para-
ná! A nova unidade, inaugurada no dia 2 de agosto, fica
em Arapongas e vai funcionar como espaço compartilha-
do para os sindicatos das indústrias de Móveis (Sima), de
Cacau, Balas, Massas Alimentícias, Biscoitos e Conservas
(Sincabima), de Produtos Avícolas (Sindiavipar), e de Ele-
tricidade, Gás, Água, Obras
e Serviços (Sineltepar). A
Casa da Indústria é um
projeto do Sistema
Fiep baseado no mo-
delo de condomínio
sindical, em que sua
estrutura pode ser
utilizada para ações
como reunião e video-
conferência, por exemplo.
Casa daIndústria
Parabéns,avicultor!
Fot
o: S
indi
avip
ar
O dia 28 de agosto é marcante para o setor avícola, já que se comemora o Dia do Avicultor, importante profissional do segmento, responsável por alimentar milhares de famílias. O Sindiavipar tem o prazer de homenagear a figura que trabalha diariamente em busca do desenvolvimento da avicultura. Como resultado da atuação comprometida de cada avicultor, o Paraná alcançou a liderança em produção e exportação avícola e, no Brasil, o segmento representa uma importante fatia na economia.
Pensando em Você
Faltam aproximadamente dois
meses para o VI Workshop
Sindiavipar “Avicultura em
Constante Aperfeiçoamento” e
ainda é possível se inscrever. Para
participar do evento, que reunirá
representantes da avicultura nacio-
nal para debater o futuro do setor
entre os dias 7 e 8 de novembro, no
Mabu Thermas Grand Resort, em
Foz do Iguaçu (PR), é necessário
se inscrever pelo site (sindiavipar.
com.br/workshop/). Até o dia 21 de
outubro, os valores são R$ 400,00
para associados e R$ 500,00 para
não associados, após essa data
o custo será de R$ 500,00 e R$
600,00 respectivamente.
Os palestrantes levarão ao
público temas importantes para o
desenvolvimento da avicultura na-
cional, como: análise das oportu-
nidades do mercado mundial para
o setor de proteína animal brasilei-
ro, tendências de consumo interno
para os próximos anos, redução de
antibióticos na produção de aves,
avanços reprodutivos na criação,
desafios para garantir à sanidade
nas granjas e durante o abate e a
importância na utilização conscien-
te dos recursos hídricos.
PalestrantesEntre os nomes confirma-
dos estão o presidente da Associa-
ção Brasileira de Proteína Animal
(ABPA), Francisco Turra, e o ex-
presidente da Associação Cata-
rinense de Avicultura (ACAV) e
atual diretor da Seara Alimentos,
José Antonio Ribas Júnior. Den-
tro da área de pesquisa, estarão
presentes o engenheiro agrôno-
mo Antônio Mário Penz Júnior, o
professor da Pontifícia Universida-
de Católica do Paraná (PUC-PR)
e médico veterinário, Leonardo
Thielo de La Vega, e a professora
do departamento de Ciências Ve-
terinárias da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul ( UFRGS),
Liris Kindlein. Acesse: sindiavipar.
com.br/workshop.
Contagem regressiva
Os palestrantes levarão ao público temas importantes para o desenvolvimento da avicultura nacional
Jantar do GaloO evento ainda con-
ta com mais uma edição do
Jantar do Galo, encontro que
reúne representantes da cadeia
avícola do Paraná e do Brasil
para comemorar os números
positivos do setor.
8 sindiavipar.com.br
No dia 24 de junho, a Asso-
ciação Brasileira de Proteína Animal
(ABPA), com o apoio do Sindicato
das Indústrias de Produtos Avícolas
do Estado do Paraná (Sindiavipar),
realizou reunião de alinhamento
com o objetivo de debater o con-
trole sobre a prevalência da bactéria
Salmonella. O encontro aconteceu
em Cascavel, na Churrascaria Por-
tal. Participaram do evento repre-
sentantes (diretores, gerentes de
área de fomento e assistência téc-
nica) da indústria avícola do Oeste,
Sudoeste e Sul do estado do Paraná.
Reunião de alinhamento
O governador do Estado do
Paraná, Ratinho Junior, recebeu re-
presentantes do segmento de prote-
ína animal, em reunião realizada no
dia 12 de maio, no Palácio Iguaçu,
sede do Governo do Paraná. “É po-
sitivo e importante ouvir este setor,
que gera emprego e renda e que re-
presenta um percentual importante
da nossa economia”, disse Ratinho
Junior na ocasião. O setor produti-
vo foi representado pelos presidentes
da Associação Brasileira de Proteína
Animal (ABPA), Francisco Turra, e
do Sindicato das Indústrias de Pro-
dutos Avícolas do Estado do Paraná
(Sindiavipar), Domingos Martins.
Segundo Martins, no encon-
tro houve espaço para agradecer o
apoio que avicultura tem recebido do
governo paranaense. A reunião tam-
bém teve a participação do Secretá-
rio de Agricultura e Abastecimento,
Norberto Ortigara, do proprietário
da Frango Sabor Caipira, Marcos Ba-
tista, do diretor da Integra, Roberto
Pelle, e o advogado Aluir Zanellato.
Também foram abordados no encon-
tro as oportunidades e perspectivas
que a avicultura e suinocultura estão
gerando no estado, além de formas
de intensificar a divulgação da im-
portância dos segmentos.
Encontro com o Governador
9sindiavipar.com.br
Radar
Francisco Turra,presidente da ABPA
A China se isolou como principal destino dos embarques brasileiros
Podemos encontrar alimentos brasileiros nas mesas de mais de um bilhão de pessoas, ao
redor do mundo, todos os diasTereza Cristina, ministra
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Carlos Massa Ratinho Júnior, governador do Paraná
O Paraná é um Estado de excelência no agronegócio e tem obrigação pensar em tecnologia
para o setor. O mundo da agricultura saiu da enxada e está
indo para o computador
10 sindiavipar.com.br
Visão positivaNa mídia
No último trimestre, a avi-
cultura paranaense con-
solidou seu bom início de
ano apresentando boas perspec-
tivas de crescimento para 2019.
Neste cenário, entre os assuntos
envolvendo a indústria avícola que
estiveram em destaque na impren-
sa estão o recorde de abate no
primeiro trimestre e quadrimes-
tre, reuniões entre líderes do setor
e o governo, além da abertura do
mercado indiano, o aumento das
exportações para a China e o VI
Workshop Sindiavipar.
Ao todo, o retorno de mídia
espontâneo dos meses de abril, maio
e junho somou R$ 695,5 mil, com
mais de 60 matérias veiculadas sobre
o setor avícola paranaense, sendo os
principais destaques os jornais Valor
Econômico, O Estado de S. Paulo,
Folha de Londrina, Jornal do Oes-
te, o programa Globo Rural, da TV
Globo, além das rádios Paraná Co-
operativo, CBN Maringá e Vale do
Iguaçu e os portais especializados
como Agrolink, Avicultura Industrial,
Portal DBO e O Presente Rural.
AbrilEm abril, o tema de destaque
foi o melhor primeiro trimestre em
abates da história da avicultura pa-
ranaense, conseguindo abater 460,6
milhões de frangos no período, se-
gundo dados do Sindiavipar. O nú-
mero supera o melhor índice an-
terior, de 2017, quando o setor
registrou 454,6 milhões de
aves abatidas (1,3% supe-
rior), além de registrar
alta de 2,5% no mesmo
período de 2018 (449,2
milhões cabeças). Na
visão do presidente do
Sindiavipar, Domingos
Martins, os números re-
forçaram a confiança das
indústrias avícolas no cres-
cimento das exportações.
MaioOs recordes continuaram em
maio, quando o setor avícola para-
Recordes em produção, exportação e acordos com novos parceiros foram assuntos na imprensa
77%TV
Retorno de mídia - Abril
87%Online
13%Jornal
19%
2%
Online
2%Jornal
Revista
Retorno de mídia - Maio
12 sindiavipar.com.br
naense registrou seu melhor primeiro
quadrimestre em abates, atingindo a
produção de 612,2 milhões cabeças
de frango no período. Outros as-
suntos que ganharam espaço foram
a reunião do governador do Para-
ná, Ratinho Júnior, com represen-
tantes do setor, a abertura do mer-
cado indiano para a exportação de
carne de frango brasileira, além da
confirmação da programação do VI
Workshop Sindiavipar, que ocorrerá
nos dias 7 e 8 de novembro em Foz
do Iguaçu (PR).
JunhoNo último mês do semestre,
o foco foi o aumento das exporta-
ções para a China. A necessidade
crescente de importação de proteína
animal pelo país, devido aos proble-
mas de peste suína que afetaram a
região, mas também pela sua grande
população, tem tornado os asiáticos
um parceiro comercial cada vez mais
importante para a indústria avícola
paranaense. Só em maio, 28,7 mil
toneladas de carne de frango foram
embarcadas para a China pelo esta-
do, segundo dados da Secretaria de
Comércio Exterior (Secex) do Minis-
tério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior (MDIC).
94%Online
5%Jornal
Retorno de mídia - Junho
1%Rádio
13sindiavipar.com.br
Tempo deoportunidadesEm entrevista para a Revista Sindiavipar, Gilclér Regina destaca as novas tecnologias e como elas impactam na avicultura
Quantas transformações dos
modelos de negócios estão
mudando o rumo do agro-
negócio? Qual a importância da avi-
cultura e das pessoas que trabalham
no setor para o mundo? Questões
como estas serão levantadas pelo es-
pecialista em temas que abordam li-
derança, vendas, empreendedorismo
e motivação, Gilclér Regina, em sua
palestra no VI Workshop Sindiavipar.
Com o tema: “Avicultura – Tempo
de Oportunidades: Mentalidade, ino-
vação tecnológica e humana”, o pa-
lestrante pretende apresentar as mu-
danças na estrutura de produção e as
necessidades da indústria moderna
em ter maior produtividade com me-
nor custo.
O que os participantes do Workshop Sindiavipar podem esperar da sua palestra?
Vou apresentar na palestra
um contexto sobre tecnologias e ser
humano. Mostro como as novas tec-
nologias fazem parte do nosso coti-
diano como pessoas e também em
todas as áreas. Entre alguns tópicos,
eu trabalho um mundo de mudanças
e oportunidades e como elas entram
pela porta dos fundos, às vezes tendo
um talento em casa e buscando fora.
Trabalho como vencer momentos di-
fíceis, desertos, tempestades, que a
economia chama de crise, e como
aprender com estes momentos, em
todos os setores. Quando eu falo da
transformação do modelo de negó-
cios, quantos destes estão mudando
os rumos do agronegócio? Quantas
novas startups estão nascendo e trans-
formando o universo dos negócios?
Quais são as oportunidades que você enxerga na avicul-tura?
A cadeia produtiva da avicul-
tura é das mais importantes no agro-
negócio brasileiro. O uso intensivo de
tecnologias e o excelente status sani-
tário posiciona o Brasil como um dos
principais fornecedores mundiais de
carne de aves. A concorrência acirra-
da e as constantes exigências do mer-
cado internacional exigem um esforço
contínuo para manter a competitivida-
de. A avicultura vem passando por um
dos maiores processos de transforma-
ção tecnológica dos últimos anos, com
o objetivo de melhorar as condições
de trabalho e fazer com que as novas
gerações fiquem no campo, dando se-
quência a esta atividade fundamental
para o futuro do país e principalmente
das pessoas que vivem dela. Ou seja,
é a avicultura provocando um encon-
tro com o futuro.
Como o setor avícola pode se preparar para aproveitar es-sas oportunidades?
O mercado sofreu notada-
mente nos últimos dois anos, mas
hoje percebe-se um novo fôlego para
o setor. O Brasil é um país que sempre
surpreende. As novas tecnologias me-
lhoram a produtividade. O agricultor
brasileiro é empreendedor. Hoje te-
mos que estar atentos ao foco do mer-
cado. Existem dois lugares para um
ser humano no mundo: a sua zona de
conforto e a área onde a mágica acon-
tece que nós chamamos de trabalho.
E estas linhas nunca se tocam, nem se
cruzam. Para tanto, aprender com ce-
nários de mercado, tendências, pers-
pectivas, novas tecnologias e ações do
que fazer para estar forte no dia a dia
seja no foco profissional ou mesmo
para a vida pessoal fará toda diferen-
ça. A verdade é que continuamos na
estrada, o aprendizado continua.
Entrevista
14 sindiavipar.com.br
Vai e voltaMercadoO Brasil hoje é o segundo maior produtor mundial de carne de frango, com mais de 12 milhões de toneladas anu-ais.
Sanidade O setor atingiu patamares de eficiência, que a transforma-ram em referência mundial.
AviculturaPoucos países do mundo têm a vocação que o Brasil alcan-çou como celeiro do mundo. A avicultura hoje exporta para mais de 150 países.
InsumosA importância de certificar a idoneidade e transparência dos fornecedores para se ob-ter a segurança da produção e manter as conquistas de mercado.
Gilclér Regina
Bacharel em Administração de Empresas
Bacharel em Marketing
Empresário, editor e empreendedor na área editorial e construção civil
Fot
o: J
acks
on Y
oneg
ura
15sindiavipar.com.br
Sanidade
Aresistência aos antimicro-
bianos é um dos maiores
desafios tanto para a saú-
de pública quanto para a avicultu-
ra. Para estimular o uso consciente
dos medicamentos, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento (MAPA) desenvolveu o Pla-
no de Ação Nacional de Prevenção
e Controle da Resistência aos Anti-
microbianos, no Âmbito da Agro-
pecuária (PAN-BR-AGRO). A meta
é de melhorar a conscientização, e,
principalmente, otimizar o uso dos
antimicrobianos, até o ano de 2022.
Para o gerente técnico de avi-
cultura da América Latina da Phileo,
Fernando Araújo, todo o esforço de
campanhas que levam ao conheci-
mento da importância da redução do
uso inadequado de medicamentos é
necessário. “Toda mudança é uma
quebra de paradigma, começar a pen-
sar de outra forma não é fácil. Atual-
mente, já existe uma série de tecno-
logias à base de aditivos naturais que
pode ser usada em substituição aos
antibióticos”, relata Araújo.
Tecnologias Entre as tecnologias citadas
por Araújo, estão ferramentas à base
de leveduras, que podem ser uma al-
ternativa ao uso de antibióticos. “As
paredes de leveduras possuem uma
série de componentes não digeríveis
pelos animais, o que acaba benefi-
ciando o hospedeiro, pelo estímulo
da proliferação de bactérias desejá-
veis no intestino. Ou seja, desta for-
ma, manejamos a microbiota do ani-
mal, promovendo saúde e resiliência
desses animais frente aos desafios da
produção industrial”, explica.
Araújo destaca ainda que é
possível ter melhora na produtivida-
de. “Quando estimulamos o cresci-
mento de bactérias benéficas e re-
duzimos a quantidade de bactérias
putrefativas no ambiente intestinal,
melhoramos toda a condição para
que o animal desenvolva sua expres-
são gênica em rendimento de ganho
de peso e melhoria na conversão ali-
mentar”, finaliza.
Soluçõesnecessárias Ferramentas à base de leveduras podem ser alternativas eficientes para a redução do uso de antibióticos na avicultura
A resistência aos antimicrobianos é um dos maiores desafios tanto para a saúde pública quanto para a avicultura
16 sindiavipar.com.br
O maior evento dos setores no Brasil
FEIRA & CONGRESSOVisite nosso site para saber mais: www.siavs.com.br
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Já pensou poder prever doenças
e resultados de forma rápida e
precisa em seu lote? A nutrige-
nômica, uma nova forma de pesquisa
científica com foco nos genes e na
nutrição, vem evoluindo e se desta-
cando com diversas descobertas no
setor agropecuário. A área, conside-
rada recente, já é estudada por em-
presas como a Alltech e instituições
como a Embrapa.
Segundo o pesquisador da
Embrapa Suínos e Aves, Fernando de
Castro Tavernari, a nutrigenômica é
capaz de fazer diferença na alimen-
tação animal. “É possível modular o
sistema imune e atender a exigência
animal com fórmulas de custo míni-
mo usando a nutrigenômica”, afirma.
Isso acontece porque um nutriente
pode ser testado previamente com
equipamento avançado para observar
o resultado que traz na alimentação
para um desempenho específico.
Neste cenário, a Alltech,
empresa focada em nutrição animal,
faz testes com a nutrigenômica para
atingir melhores resultados nas solu-
ções que produz. Segundo o gerente
para aves da Alltech do Brasil, Felipe
Fagundes, a nutrigenômica pode ser
definida como uma ferramenta. “Isso
se dá pela previsão ágil de respostas
positivas. Com a ferramenta, pode-
mos descobrir moléculas que melho-
ram índices relacionados a fertilidade
e resposta imune dos animais, por
exemplo”, explica.
Para atingir o objetivo, são
analisadas as interações nutricionais
com o RNA mensageiro. Partindo dis-
so, a Alltech fabrica produtos, entre
eles aditivo prebiótico para alimenta-
ção animal, que pode ser utilizado na
ração. Sua composição foi realizada
após estudos com uso do epitélio in-
testinal dos animais e as reações ob-
tidas ao colocar o tecido em contato
Previsãode efeitosConheça a nutrigenômica, ciência que permite a previsão de resultados nos animais
20 sindiavipar.com.br
Com a ferramenta, podemos descobrir
moléculas que melhoram índices
relacionados a fertilidade e resposta
imune dos animaisFelipe Fagundes, gerente para
aves da Alltech do Brasil
com frações ricas em manose (MRF)
e suas interações com bactérias pato-
gênicas.
O resultado demonstrou uma
resposta positiva, capaz de modular
a imunidade para o animal, com ca-
pacidade de ser repassada à progênie
também. Consequentemente, este
tipo de estudo coopera com a pre-
venção de patologias, como, neste
caso, que mostrou bons resultados
na prevenção e controle de bactérias
intestinais.
O estudo e os resultados da
nutrigenômica estão sendo imple-
mentados aos poucos na nutrição
animal. Segundo Tavernari, muito
disso ocorre pela informação repas-
sada dos pesquisadores para as em-
presas, contando os benefícios deste
tipo de suplementação. “A nutrigenô-
mica não requer alterações drásticas
nas formulações, mas orienta como
formular dietas e utilizar produtos,
como enzimas e minerais orgânicos,
que possam influenciar no desempe-
nho animal”, discorre, exemplificando
que a praticidade dos aditivos não se
torna um empecilho.
Para os pesquisadores, o
maior desafio são os custos dos equi-
pamentos e das análises, que são
bem altos. São necessárias máquinas
de leitura específicas e laboratórios
próprios para que a pesquisa funcio-
ne da forma desejada. Os estudos na
área ainda estão crescendo, fator que
também pode cooperar com uma as-
censão a longo prazo deste tipo de
pesquisa. Contudo, Tavernari tem
boas perspectivas com relação a nu-
trigenômica, com a evolução das aná-
lises genéticas. “A expectativa é de
que existam mais grupos de pesquisa
que utilizem a nutrigenômica como
ferramenta para melhorar a produção
científica e entregar resultados aplicá-
veis ao setor produtivo”, sugere.
A nutrigenômica pode ser
uma boa aliada na avicultura. O
principal impacto pode ser encontra-
do no custo, já que grande parte do
investimento nas produções é desti-
nado à alimentação. Ao obter resul-
tados que melhorem o desempenho
e também fatores que assegurem a
qualidade do que foi gerado, a renta-
bilidade das granjas tende a melho-
rar, opina Tavernari.
21sindiavipar.com.br
Mercado
Após vinte anos de negocia-
ção, o Mercosul (Argentina,
Brasil, Uruguai e Paraguai)
e a União Europeia selaram, no mês
de junho, um acordo de livre co-
mércio entre os dois blocos. Juntos
representam 25% de toda riqueza
produzida no mundo, cerca de US$
20 trilhões e um mercado de mais de
780 milhões de pessoas, segundo o
Ministério da Economia. O impacto
desse tratado reflete nos mais dife-
rentes mercados, entre eles o merca-
do avícola.
O Paraná, maior produtor e
exportador de frango do Brasil, teve,
em 2019, o melhor primeiro semestre
da história em abates avícolas, esse
é um bom momento para o setor
produtivo e a União Europeia é vis-
ta como uma grande oportunidade
para ampliar as exportações. “Mui-
tos países habilitam automaticamen-
te seus mercados levando em conta
o acesso à Europa, um mercado exi-
gente e que remunera muito bem. É
uma chance para melhorar rentabili-
dade, expandir fronteiras e fortalecer
a presença internacional do Brasil”,
esclarece o diretor-executivo da As-
sociação Brasileira de Proteína
Animal (ABPA), Ri-
cardo Santin.
Esse
acordo histó-
rico trará bene-
fícios para expor-
tadores de aves,
suínos e ovos pro-
cessados. A cota total
de exportações de car-
ne de frango será dividi-
da entre os quatro países
do Mercosul e será de 180
mil toneladas anuais. O acor-
do também definiu cotas para
carne suína e ovos processados
brasileiros para o bloco europeu.
“Nós somos produtores
natos e só temos a ganhar com
esse acordo. Evoluir e ganhar es-
ses mercados”, salienta o presi-
dente do Sindicato das Industrias
de Produtos Avícolas do Estado
do Paraná (Sindiavipar), Domin-
gos Martins. Ainda de acordo com
Santin, esse volume acordado é
expressivo, importante para que o
Brasil mantenha sua posição como
parceiro em prol da segurança ali-
mentar europeia.
Acordo finalizadoEm negociação há duas décadas, acordo entre Mercosul e União Europeia é assinado
Nós somos produtores natos e nós só temos a ganhar com esse acordo que foi feito.
Evoluir com ele e ganhar esses mercadosDomingos Martins, presidente do Sindiavipar
22 sindiavipar.com.br
Além do fato de gerar no-
vas oportunidades de exportação
da proteína animal do Brasil para
um dos mercados com maior valor
agregado do mundo - em condições
de alíquota zero, o acordo indica um
novo momento para o país. É um pe-
ríodo propício para a construção de
alianças, que deverão fortalecer ain-
da mais o comércio internacional de
produtos brasileiros. Para o
presidente do Sindiavipar, o
grande fator positivo está na
possibilidade de poder co-
mercializar para os 28 países
do continente europeu. “So-
mos muito presentes na
comunidade Europeia no setor aví-
cola e nós vamos ficar muito mais”,
comenta.
Em nota divulgada pelo
Ministério da Economia, em seu
site, o secretário especial de Co-
mércio Exterior e Assuntos In-
ternacionais, Marcos Troyjo, re-
forçou que o acordo entre blocos
não afeta as relações comerciais
do Brasil com os demais países e
pontuou que não se trata apenas
de comércio, mas também de
investimento.
Um ponto importan-
te também a ser destacado em
relação ao acordo é a elimina-
ção das barreiras tarifárias para
ambos os blocos. O acordo
contempla aspectos tarifários e
não-tarifários, o que deixará a
mercadoria mais barata. “Pro-
dutos que hoje são trazidos
da União Europeia e chegam
mais caros no Brasil têm a
tendência de redução de cus-
to”, aponta Martins. Além
disso, a eliminação de tarifas
incidentes sobre a proteína
animal tornará o produto
mais competitivo no mer-
cado europeu.
Há pelo menos meia década o Brasil
realizava investidas para embarcar estes produtos para a União
EuropeiaRicardo Santin,diretor-executivo ABPA
23sindiavipar.com.br
Modelo exemplarAs cooperativas paranaenses são referência em crescimento socioeconômico
24 sindiavipar.com.br
O s números de cresci-
mento socioeconômico
confirmam o desempe-
nho importante que as coopera-
tivas paranaenses exercem. Res-
ponsáveis por um faturamento
de R$ 83,7 bi em 2018, como
expressam os dados de 2018 da
Organização das Cooperativas do
Paraná (Ocepar), se mostram mo-
delos viáveis para funcionários e
cooperados por ser criadora de
novos empregos no campo e ala-
vancar a economia.
Quando se trata especi-
ficamente do agronegócio, os
números continuam expressivos.
Em dezembro de 2018, coope-
rativas agro eram responsáveis
por uma representatividade de
11% no PIB do agronegócio - de
acordo com dados da Organiza-
ção das Cooperativas Brasileiras
(OCB), com um crescimento de
patrimônio beirando os 234%
em uma década. Não à toa, são
exemplos e representam o Paraná
no mundo todo, visto que o ramo
é responsável por cerca de 80%
do faturamento global do coope-
rativismo paranaense.
Para o presidente da
Coopavel, Dilvo Grolli, o cresci-
mento da agropecuária parana-
ense tem participação das coo-
perativas. “Foi o cooperativismo
que alavancou a diversificação
de pequenas propriedades ru-
rais", pontua. De 2008 para cá,
a diversificação de produção dos
cooperados foi uma meta para as
cooperativas, com grande inves-
timento na ação, a fim de agregar
valor por meio de processos de
agroindustrialização.
Trabalho em equipeSegundo o presidente da
Ocepar, José Roberto Ricken, a
grandiosidade do modelo coo-
perativista depende de esforços
em comum. “É uma alternativa
de crescimento econômico mais
democrático e sustentável. Coo-
perando, certamente, é possível
ganhar mais força, mais escala e
mais apoio para a realização de
objetivos comuns entre os coo-
perados”, explica, defendendo a
participação ativa dos membros.
“Se cada cooperado cresce, todo
o sistema cresce junto”, finaliza.
O processo cooperativis-
ta participa ativamente da cria-
ção de empregos e valorização
da economia. Para o presidente
do Sindicato das Indústrias de
Produtos Avícolas do Estado do
Paraná (Sindiavipar), Domingos
Martins, as cooperativas atuam
de maneira ampla. “O papel não
é apenas de promover crescimen-
to econômico, mas também atuar
no desenvolvimento social da po-
pulação”, conta.
O presidente da C. Vale,
25
Se cada cooperado cresce, todo o sistema
cresce juntoJosé Roberto Ricken, presidente da Ocepar
25sindiavipar.com.br
Alfredo Lang, reitera essas ca-
racterísticas. “O cooperativis-
mo mostrou que é possível ge-
rar renda e melhorar a vida de
quem está no campo quando
se une vocação com potencia-
lidades regionais. Se você tem
produtores com vocação para
atividades como avicultura, por
exemplo, você pode unir isso à
grande oferta de matéria-prima,
soja e milho, e investir nesse
segmento”. Lang conta que a
estratégia está sendo adotada
no estado, mantendo não só as
gerações mais velhas no cam-
po, mas também incentivando
e gerando oportunidade para as
mais novas.
AviculturaO setor avícola também
participa ativamente no desen-
volvimento das cooperativas.
Segundo dados da Ocepar, são
mais de três mil produtores as-
sociados na produção de frango
de corte, este que fica em se-
gundo lugar no ranking de maior
exportação de cooperativas pa-
ranaenses. As oito cooperativas
filiadas à Ocepar, focadas em
frango, estão em crescimento,
com capacidade atual de abate
de 2,2 milhões de cabeças por
dia, com exportação para mais
de 120 países. Para Ricken, “a
avicultura tem um papel impor-
tante no contexto do coopera-
Capa
A tabela acima demonstra o panorama de 2018 das cooperativas agropecuárias Fonte: Gecoop/Fecoopar/Ocepar
Cooperados:170.793
crescimento de 0,7% em quatro
anos
Total:61 cooperativas
Cooperativas agropecuárias paranaenses em 2018
Funcionários:82.421
crescimento de 7,7% em quatro
anos
Faturamento:R$ 70,5 bi
Ativos:R$ 51,9 bi
Sobras:R$ 1,9 bi
Representatividade:84,28%
Crescimentode porte:19,54%
Evolução:9,2%
em 10 anos
Patrimôniolíquido:234%
em 10 anos
Composiçãodo faturamento:
• Industrializados: 33,5%• Não-industrializados: 41%
• Insumos: 22,1%• Bens de fornecimento: 1,8%
• Serviços: 1,7 %
26 sindiavipar.com.br
tivismo paranaense. Há investi-
mento permanente em qualidade
e tecnologia, fatores primordiais
no desenvolvimento do setor”.
A avicultura ainda cola-
bora de maneira direta no fator
social, com geração de empre-
gos diretos ou indiretos e distri-
buição de renda. A área garante
mais tranquilidade ao produtor,
como explica Lang. “É uma ati-
vidade bem mais estável e segu-
ra que a produção de grãos, que
complementa a renda. Mesmo
um pequeno produtor pode ter
uma renda bastante razoável fa-
zendo parte de uma integração
avícola de cooperativa. Ele rece-
be todo o apoio necessário: as-
sistência, ração, pintinho, indus-
trialização e comercialização”,
assim, viabilizando a permanên-
cia do avicultor no campo.
Tecnologia Se manter com índices
tão positivos, entretanto, exi-
ge atenção à tecnologia. Para
os diretores, é necessário estar
por dentro das principais apos-
tas no meio rural, tanto para
modernizar a produção quanto
para conquistar a preferência
dos consumidores. Os avanços
tecnológicos atuais, como o big
data, colaboram com o gestor na
hora de decisões rápidas e as-
sertivas; exemplo das inovações
são sensores de irrigação e de
solo, que fornecem informações
e atuam conforme os resultados
programados. Já na avicultura, o
Blue House atua, por meio de
programação, no controle da
temperatura e iluminação nos
viveiros e galpões de aves, de
acordo com características de
cada grupo, a fim de promover
melhor bem-estar às aves. Na
mesma área, as impressões 3D
também estão ganhando força,
podendo colaborar na produção.
O sistema cooperativista
não fica para trás diante dessas
inovações e possibilidades que
surgem, incluindo na avicultura.
Para Lang, “o papel das coope-
rativas é aproximar o produtor
dos avanços tecnológicos e isso
já está acontecendo. No caso da
avicultura, os nossos produtores
estão usando a tecnologia mais
avançada do mundo, a climati-
zação dos aviários e o gerencia-
mento dos aviários por compu-
tador. Isso foi possível porque
grandes organizações como
as cooperativas conseguem o
acesso mais facilmente a essas
tecnologias e as transferem aos
associados”, destaca. O diretor
Cooperativas precisam estar sempre atentas a novas tecnologia
O papel não é apenas de promover
crescimento econômico, mas também atuar no desenvolvimento social
da populaçãoDomingos Martins, presidente do Sindiavipar
27sindiavipar.com.br
desmistifica a ideia de que ape-
nas grandes produtores podem
adquirir formas sofisticadas de
inovação, exemplificando que
conhece pequenos produtores
em áreas menores que são refe-
rência no assunto. “Você pode
começar pequeno, mas pode
evoluir usando a tecnologia que
as cooperativas colocam a sua
disposição”, sugere.
ReferênciaNo dia 16 de julho, o Sis-
tema Ocepar recebeu a visita de
representantes da Organização
das Nações Unidas para a Ali-
mentação e a Agricultura (FAO,
na sigla em inglês). O que cha-
mou a atenção de Rafael Zavala,
representante no Brasil, Gustavo
Kauark Chianca, assessor, Val-
ter Bianchini, representante no
Paraná e do consultor José Ro-
berto Borghetti foi a organiza-
ção do cooperativismo parana-
ense e o desempenho positivo,
conforme informações do portal
oficial do Paraná Cooperativo.
A ideia é estreitar as re-
lações da FAO com cooperativas
do Paraná e oferecer oportuni-
dades de desenvolvimento. “A
intenção, portanto, é replicar o
modelo cooperativista do Paraná
em outras regiões do país, prin-
cipalmente, no nordeste brasi-
leiro. No estado, o nosso foco
é incentivar a adoção de boas
práticas cooperativistas nos 50
municípios, dos 399 existentes
do estado, em que o IDH é mais
baixo”, comentou Zavala.
2º lugaré a posição da
carne de frango no ranking de
exportação das cooperativas paranaenses
Setor avícola participa ativamente no desenvolvimento das cooperativas
28 sindiavipar.com.br
O que dizem os presidentes:
José Roberto Ricken, presidente da Ocepar
“Um sistema cooperativis-ta de sucesso é aquele que consegue cumprir a sua missão mais importante,
que é a de promover o desenvolvimento do cooperado e das comunidades e que oferece produtos e serviços para a sociedade com garantia de origem”.
Dilvo Grolli,presidente da Coopavel
“As cooperativas têm a responsabilidade empre-sarial, como organização mercantil, e a responsabi-
lidade social de alavancar e desenvolver o conhecimento dos produtores associados”.
Mário Laznaster, presidente da Aurora
“Graças ao modelo coope-rativista, o agronegócio su-pera dificuldades e apresen-ta resultados muito acima
da média das demais atividades econômicas do País. Fato extremamente significativo é que a organização dos pequenos produtores rurais em cooperativas permitiu, desde o iní-cio, permanente atualização tecnológica”.
Valter Vanzella, diretor presidente da Frimesa
“Na nossa região do Oeste o cooperativismo teve um papel extremamente im-portante para o desenvolvi-
mento de um todo, de todas as produções. Eu vi as cooperativas nascerem e muitos lu-gares se desenvolverem de forma fantástica”.
Alfredo Lang, presidente da C. Vale
“Acredito que o cooperati-vismo mostra que é possí-vel um mundo mais justo e de maiores oportunidades
quando a gente junta a competitividade que as empresas precisam ter para sobreviver com a responsabilidade social que elas tam-bém devem ter”.
Domingos Martins, presidente do Sindiavipar
“As cooperativas se mos-tram cada vez mais essen-ciais para continuarmos com os avanços socioeco-
nômico no estado e em todo o país. Não podemos parar de incentivar e contribuir para o crescimento cooperativista, além de reconhecer a importância do seu papel na sociedade”.
29sindiavipar.com.br
Capacitação
Trazer informações técnicas e
novas soluções para o mercado
avícola é sempre importante
para o público que busca se aperfeiçoar
no segmento. Pensando nisso, a DSM,
em conjunto com o Sindiavipar, criou,
em paralelo à programação de palestras
do VI Workshop Sindiavipar, a Sala Te-
mática de Matrizes Pesadas, que trará
atualizações em temas relacionados aos
desafios na criação de matrizes em recria
e produção, além de discorrer sobre qua-
lidade de progênie e questões ligadas à
sanidade e à nutrição.
A Sala, que vai ocorrer na ma-
nhã do segundo dia do evento, conta-
rá com quatro palestras multitemáticas
que falarão sobre importantes pontos
relacionados a manejo, sanidade e nu-
trição de reprodutoras. Segundo o ge-
rente Regional de Serviços Técnicos da
DSM, Marco Cesco, o objetivo é que os
participantes saiam do evento com infor-
mações técnicas atualizadas e aplicáveis,
“para que eles voltem às suas empresas
e consigam melhorar a produtividade
deste segmento que hoje está bastante
valorizado ou possui forte impacto no
custo de produção que é o de pintainhos
de corte”, acrescenta.
Um dos assuntos que serão
abordados no decorrer das palestras será
a tecnologia desenvolvida pela DSM,
muito utilizada nos últimos anos, que
tem como base a Vitamina D e Caro-
tenoide. A tecnologia busca melhorar o
desenvolvimento da fêmea e do macho
reprodutor, aumentando a fertilidade, a
qualidade do sêmen e a qualidade in-
terna e externa do ovo, incrementando
assim, a qualidade da progênie durante a
incubação e fases iniciais de produção,
reduzindo a mortalidade inicial e otimi-
zando os fatores zootécnicos do frango.
Outros temas que serão coloca-
dos em discussão na sala serão o uso de
minerais orgânicos e suas vantagens, a
importância dos níveis vitamínicos para
a reprodutora, o manejo de comedou-
ros automáticos na criação de matrizes
- como atingir melhores resultados de
uniformidade e produtividade – e tam-
bém a importância do trabalho de re-
dução de drogas antimicrobianas com
reprodutoras e incubatório para atingir
melhores resultados em criações sob es-
sas condições.
O VI Workshop Sindiavipar
“Avicultura em Constante Crescimento”
ocorrerá entre os dias 7 e 8 de novembro
em Foz do Iguaçu-PR.
Produção comtecnologiaA Sala Temática de Matrizes Pesadas, que ocorrerá em paralelo ao VI Workshop Sindiavipar, focará nas novidades do assunto
Um dos temas que será colocado em discussão na sala será a respeito de minerais orgânicos e suas vantagens
30 sindiavipar.com.br
Avicultor
Alternativas ecológicas e
úteis para as produções
estão ganhando mais es-
paço. As energias renováveis são
opções para quem quer poupar e uti-
lizar os recursos disponíveis na pro-
priedade. Além de colaborar com o
meio ambiente, o produtor pode ter
economia na conta no final do mês,
dependendo da fonte que escolher
para seu negócio.
Eólica, biogás, biomassa, so-
lar: estas são algumas das chamadas
energias renováveis, que por meio
de fontes naturais podem oferecer a
energia que as produções precisam
sem trazer riscos à natureza, por ja-
mais se esgotarem e possuir caráter
renovável. Estas fontes alternativas
estão ganhando espaço também
no cenário agro. Segundo
a Copel, estão sendo
feitos cada vez mais pedi-
dos de aquisição destas energias:
“Atualmente a maior demanda
de conexão solicitada à Copel são
de geração fotovoltaica, feita com
painéis solares, com mais de 95%
dos pedidos. Em seguida vêm a bio-
massa, energia eólica e hidráulica”,
afirma a empresa.
O Brasil é referência na ade-
são desse cenário, segundo o enge-
nheiro eletricista da Assessoria de
Energias Renováveis da Itaipu Bina-
cional, Maycon Georgio Vendrame.
“É um compromisso necessário
com nosso próprio futuro. O Brasil
possui uma matriz que boa parte
é renovável, mas também é neces-
sário considerar que o consumo de
energia tende a crescer e que novas
alternativas preci-
sam ser encon-
tradas”, afirma,
contando que o
potencial máximo
das hidrelétricas já
foi aproveitado.
Para a produ-
ção rural, não há uma resposta única.
A melhor fonte renovável é aquela
com maior disponibilidade no terri-
tório. Há espaços que possuem “vo-
cação” para utilizações específicas,
com potenciais renováveis. “O ideal
é que o avicultor procure pela fonte
de energia que melhor se adapte à
sua necessidade, considerando o va-
lor do investimento, a disponibilida-
de da fonte de energia na região (sol,
vento, biomassa, potencial hidroelé-
trico) e o conceito de operação da
planta”, explica o engenheiro Andre
Luis Zeni, da Copel.
O Biogás, por exemplo,
tem impacto positivo e é uma boa
opção. Segundo Vendrame, “exis-
te uma geração de resíduo que dá
condições para este desenvolvi-
mento. Assim, produz energia, me-
lhora a economia e colabora com o
tratamento de resíduos”. A fotovol-
taica, energia obtida por meio da
conversão da luz em eletricidade,
Opção sustentávelEnergias renováveis são alternativas rentáveis naprodução de aves
32 sindiavipar.com.br
também pode ser uma boa opção,
vistos os telhados disponíveis na
avicultura, explorando a energia de
pequeno porte.
O custo benefício se baseia
em ganhos diretos e indiretos para a
produção. No caso do biogás, o cus-
to direto é produzir energia e evitar a
compra de energia das concessioná-
rias, que é a forma mais tradicional.
Num ponto de vista diferente, o tra-
tamento adequado do resíduo pos-
sibilita o uso nas lavouras, evitando
mais um gasto com fertilizantes.
Incentivos
No Paraná, a iniciativa está
sendo cada vez mais incentivada,
conforme recentes divulgações do
Governo. Uma das propostas que
está sendo estudada é em parceria
com os resultados de projetos já
desenvolvidos, tanto pelo CIBio-
gás, quanto pela Itaipu, PTI, Copel
- entre outras instituições, e que
pode cooperar com os produtores.
O projeto consiste na geração dis-
tribuída de energia elétrica a partir
de biomassa residual da suinocul-
tura e pequenas redes que garan-
tem reserva de energia em proprie-
dades rurais.
Sob gestão e investimento
da Copel, com apoio das equipes
técnicas do Parque Tecnológico
Itaipu (PTI) e do Centro Interna-
cional de Energias Renováveis, (CI-
Biogás) para a parte executiva, um
projeto que deve começar a operar
em breve é o de produção e distri-
buição de energia elétrica a partir
do biogás de dejetos da criação nas
propriedades. Nesta última, serão
18 produtores que receberão repas-
se financeiro pela produção do bio-
gás. O mesmo será conduzido por
uma rede coletora de 20,6 quilôme-
tros, interligando as propriedades
rurais a uma Minicentral Termelé-
trica. A energia gerada será utili-
zada para compensar o consumo
energético nos prédios públicos de
Entre Rios do Oeste, num total de
72 unidades consumidoras, na mo-
dalidade de autoconsumo remoto.
O ideal é que o avicultor procure pela fonte de energia que
melhor se adapte à sua necessidade
Andre Luis Zeni,engenheiro da Copel
Eólica, biogás, biomassa, solar: estas são algumas das chamadas energias renováveis
33sindiavipar.com.br
Mercado de ovos
Oconsumo de ovos está
mudando com o passar
do tempo. Antes eles,
indicados como vilões por conte-
rem alto nível de colesterol, eram
motivo de desconfiança para die-
tas e vida saudável. Agora, além
de serem muito bem vistos para
quem busca saúde, podem ser
produzidos contendo ainda mais
benefícios do que naturalmente
possuem.
Já pensou em comprar um
ovo com algum enriquecimento es-
pecífico? Rico em ômega 3, selênio
ou até ovo direcionado ao público
infantil: a produção de ovos está
se modernizando e oferecendo
novas opções aos clientes. Exem-
plo disso é a Gralha Azul Avícola,
que investe, além da produção
tradicional, numa segmentação
de ovos.
A Gralha Azul começou a
investir nesse nicho em 2001, fo-
cando, principalmente, na linha de
ovos orgânicos. “Tínhamos uma
visão mercadológica crescente. O
maior desafio, com o passar do
tempo, são as adaptações ao mer-
cado e entender como o segmento
funciona”, explica o diretor Ale-
xandre Pécoits. A empresa, sedia-
da em Francisco Beltrão (PR), pos-
sui algumas linhas de ovos com
foco na produção diferenciada.
A linha de ovos naturais é
composta por ovos orgâni-
cos e ovos cai-
piras, a linha
gourmet conta
com ovos cai-
piras hiper se-
lecionados, de
tamanho acima
Produções diferenciadasO setor de postura está apostando em novas segmentações, como é o caso da Gralha Azul Avícola
A linha de ovos naturais da Gralha Azul é
composta por ovos orgânicos e ovos caipiras
34 sindiavipar.com.br
de 65 gramas, a linha Kids contém
brinde para as crianças e conta com
proporções menores por virem de
galinhas mais jovens, além de se-
rem ovos com maior rigidez. Nos
destaques da produção também
está a linha saúde, com ovos enri-
quecidos com ômega 3 e selênio.
Pécoits conta que é neces-
sário promover uma ambientação
agradável para as aves. “Nas linhas
de ovos naturais, o sistema de pro-
dução conta com aves livres e ter-
reiro para pastoreio”, exemplifica.
No caso dos ovos da linha saúde, a
alimentação das aves é super enri-
quecida com alimentos suplemen-
tados com ômega 3 (DHA/EPA) de
origem de algas ricas neste ingre-
diente, e selênio vindo de fontes
orgânicas. Assim, as aves trans-
ferem esses insumos para os ovos
que são produzidos por elas.
“Todos esses ingredientes
são rastreados, desde as produ-
ções dos alimentos para as aves,
até o controle da origem e destino
dos ovos”, explica Pécoits. A ve-
rificação da qualidade dos ovos é
feita periodicamente em laborató-
rios especializados como da Uni-
versidade Estadual de Campinas
(UNICAMP) e Instituto de Tecno-
logia de Alimentos (ITAL).
O maior desafio, com o passar do tempo, são as adaptações e entender
como o segmento funciona
Alexandre Pécoits,diretor da Gralha Azul
DesafiosPécoits afirma que
existem desafios na produ-
ção segmentada, como a
conscientização do público
sobre os benefícios para que
seja possível agregar valor
ao produto. Sendo assim,
a instabilidade nos volu-
mes comercializados geram
excedentes que não são re-
munerados como precisaria.
“Por isso um grande desafio
é conseguir esclarecer bem
ao público os reais diferen-
ciais destes produtos”, afir-
ma. Ele complementa que
o produtor, antes de iniciar
este tipo de produção, pre-
cisa avaliar bem o seu mer-
cado e ter ciência de que é
restrito e corre riscos.
35sindiavipar.com.br
Direito
Osetor agroindustrial e os
produtores rurais podem
contar com mais um mo-
delo de regulação jurídica desde 2016:
o Contrato de Integração Vertical.
Implementado pela Lei nº 13.288, o
Contrato de Integração regula a ma-
téria-prima e a produção em si entre
Integrado e Integrador. É importante
destacar que ele difere-se da regula-
ção do uso do imóvel agrário, previsto
nos instrumentos próprios.
O Contrato surgiu, segundo
a coordenadora do Setor de Direito
Ambiental do Escritório Arauz e Ad-
vogados Associados, Rafaela Aiex
Parra, após uma necessidade de mo-
dernização das relações agrícolas, que,
consequentemente, foram acompa-
nhadas pela área do direito. “A Lei de
Integração (nº 13.288/16) é um exem-
plo desta tendência, contemplando os
novos negócios jurídicos que o agrone-
gócio abrange e que já não encontram
amparo na antiga legislação agrária
brasileira da década de 60, que prevê
limitados tipos contratuais”, citando,
como exemplo, o Estatuto da Terra e a
Lei de Arrendamento e Parceria.
Com isso, definem-se os pro-
cessos financeiros, sociais e outros
que sejam de acordo com o que é rele-
vante para ambas as partes. É impor-
tante especificar que o contrato não
vale para relações entre cooperativas e
seus associados, já que possuem legis-
lação própria que beneficia esse tipo
de recurso. Contudo, a cooperação
vertical pode existir quando as coope-
rativas agem com ações integradas e
complementares, conforme pede a Lei
nº 13.288/2016.
Os contratos de integração
vertical agroindustriais podem coope-
rar com as empresas como forma de
Contrato de IntegraçãoOs chamados Contratos de Integração Vertical entraram em vigor em 2016
2016 foi o ano de aprovação da Lei da
Integração
A Lei de Integração (nº 13.288/16) é um
exemplo desta tendência, contemplando os novos
negócios jurídicosRafaela Aiex Parra,
coordenadora do Setor de Direito Ambiental do Escritório Arauz e Advogados Associados
36 sindiavipar.com.br
poder simular uma relação trabalhista,
de uma forma mais livre e sem subor-
dinação do trabalhador ao emprega-
dor. Os contratos trabalhistas, diferen-
te dos contratos de integração vertical,
possuem menos independência entre
as partes. Nesta relação prevista pelo
Contrato de Integração, não há víncu-
lo de natureza trabalhista e as partes
têm liberdade e autonomia, dentro do
que a lei preconiza, para assumir di-
reitos e obrigações.
Entre os objetivos do Contra-
to de Integração Vertical está o incen-
tivo às empresas em adquirir novos
equipamentos e inovar nas formas de
produção, isso com apoio de aparatos
tecnológicos disponíveis, também,
com um desenvolvimento cada vez
mais firme. Tudo que for acordado
entre as partes deve estar contido no
Contrato, visando a maior transpa-
rência possível e uma especificação
correta dos serviços oferecidos e ga-
rantidos.
O Contrato de Integraçãoe o meio ambiente
A Lei anda a par das evolu-
ções e preocupações ambientais sur-
gidas no ambiente rural e no agro-
negócio. Há cláusulas específicas
que focam nas obrigações do inte-
grador e do integrado e outros pon-
tos, explica Rafaela, como “padrões
de qualidade dos insumos forneci-
dos pelo integrador e dos produtos
a serem entregues pelo integrado,
formas e prazos de distribuição dos
resultados”. Além disso, não ficam
de fora as responsabilidades com
tributos, sanitarismo e meio am-
biente.
Dentre as responsabilida-
des estipuladas, está a ambiental e
a sanitária. A lei promove, também,
uma conscientização sobre a res-
ponsabilidade dos contratantes com
o meio ambiente, a partir da obriga-
toriedade de agir sob os Princípios
da Prevenção e Precaução. “Não
menos importante, fala sobre a res-
ponsabilização de reparação por
danos ambientais, que, via de regra,
será solidária e obedecerá à Teoria
do Risco Integral, responsabilidade
objetiva independente de dolo ou
culpa”, explica a coordenadora.
O Contrato de Integração regula a matéria-prima e a produção em si
RemuneraçãoQuem estabelece
quais metodologias serão
usadas para calcular o
valor base para a remune-
ração do integrado é o Fó-
rum Nacional de Integra-
ção (FONIAGRO). Dentre
as somas de valor devem
estar inclusos os custos
com produção, valor de
mercado, rendimento e
outros pontos necessários
para cada produção.
Novas formas de produção
Uma nova medida para a
produção de frangos está
sendo colocada em prá-
tica pela Cooperativa Agroindus-
trial de Cascavel (Coopavel). A
restrição do uso dos antibióticos
promotores de crescimento levan-
ta as expectativas da cooperativa e
tem mostrado potencial.
Em dezembro de 2018, a
Secretaria de Defesa Agropecuá-
ria (SDA), ligada ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abasteci-
mento (Mapa), proibiu o uso de
antibióticos promotores de cresci-
mento animal, com dosagem infe-
rior à concentração inibitória míni-
ma (CIM). A justificativa, indo de
acordo com o que diz a Organiza-
ção Mundial de Saúde (OMS), é a
Coopavel investe em medidas rentáveis de
produção de frangos com restrição de
antibióticos de crescimento
Associados
A cooperativa, criada na década de 70, se fortalece
com boas medidas antes de iniciar novos planos
38 sindiavipar.com.br
de evitar que as bactérias encon-
tradas nos animais ganhem resis-
tência pelo uso dos antibióticos. A
Coopavel já trabalha com a inicia-
tiva há pelo menos um ano e meio
e está atingindo bons resultados
com a prática.
A cooperativa faz parte
dos cerca de 10% de empresas
que aderem à ideia nacionalmen-
te, conforme conta o veterinário
e gerente do Fomento de Frangos
de Corte da Coopavel, Eduardo
Leffer. Em abril, durante o Sim-
pósio Brasil Sul de Avicultura,
em Chapecó (SC), o veterinário
discutiu o tema em uma pales-
tra, focando na produção avícola.
Dentre o que foi trazido, Eduardo
fomentou três perspectivas: efici-
ência no controle sanitário e na
produtividade das aves e retorno
econômico.
O veterinário justifica
cada um deles. O primeiro ponto
foi apresentado com dados rele-
vantes, que demonstravam que
a substituição do antibiótico por
probióticos, ácidos orgânicos e
óleos essenciais conseguiu contro-
lar alto nível de desafio por ente-
rite necrótica, reduzindo drastica-
mente o volume de lotes tratados.
Já o segundo mostrou que é possí-
vel obter melhora significativa na
conversão alimentar sem o uso de
antibióticos. Por fim, Leffer fina-
lizou que, ao contrário do que é
pensado, dados comparativos com
outras empresas provam que após
a retirada dos antibióticos e com a
melhora das boas práticas de pro-
dução e estratégias nutricionais,
o custo de produção da Coopavel
ficou mais competitivo.
Todos os pontos mencio-
nados por Leffer podem ser desa-
fios cogitados pelas empresas ao
pensarem em aderirem à prática.
Mas, segundo ele, não basta ape-
nas retirar o antibiótico e aguardar
o resultado. “Foi desenhada uma
estratégia para melhorar a quali-
dade em toda a produção, desde
a qualidade de pintainho, rações,
sanidade, manejo, instalações e
equipe”, afirma.
É preciso ir além da adi-
ção de enzimas, probióticos, áci-
dos orgânicos e extratos vegetais.
O acompanhamento mensal dos
resultados e o apoio interno para
corrigir erros e efetivar melhorias
na produção; as boas práticas de
produção — o “feijão com arroz”,
se fazem essenciais na adesão do
plano sem antibióticos. A Coopa-
vel trabalha também com um in-
tervalo entre lotes superior a 15
dias para um preparo saudável do
aviário e redução de desafios sa-
nitários.
O gerente conta que pelos
resultados obtidos, suas expecta-
tivas sobre esse tipo de produção
são boas. “Desde que começamos
a produzir assim, muitos paradig-
mas foram quebrados. Acredito
que o desempenho das aves sem
antibióticos irá variar de empresa
para empresa, porém como a pro-
dução de frangos é um segmento
muito exigente, tecnificado e di-
nâmico, a adoção desse tipo de
produção só tende a aumentar”,
finaliza.
Foi desenhada uma estratégia para melhorar
a qualidade em toda a produção, desde a
qualidade de pintainho, rações, sanidade, manejo,
instalações e equipeEduardo Leffer, gerente do
Fomento de Frangos de Corte da Coopavel
DesempenhoCoopavel
Colaboradores5,5 mil
Faturamento (ano)R$ 2,5 bi
Fundação1970
LocalCascavel
Atua também17 municípiosdas regiões Oestee Sudoeste do PR
Atual presidenteDilvo Grolli
Sócios5,4 mil
39sindiavipar.com.br
Evento
A19ª edição da AveSui EuroTier
South America reuniu aproxi-
madamente 16 mil visitantes
com disposição para investir em inova-
ções tecnológicas, prospectar mercado e
se atualizar em questões técnicas e es-
tratégicas para o setor produtivo. A fei-
ra foi realizada entre os dias 23 e 25 de
julho, em Medianeira (PR). Participaram
da ocasião produtores do setor de aves,
suínos e peixes de diversas regiões da
América Latina, Europa e Ásia.
Para a diretora da Gessulli Agri-
bussiness, Andrea Gessulli, o evento é
uma maneira eficiente de reunir com-
panhias estrangeiras do mercado. “A
AveSui sempre foi a porta de entrada
para inovações e tendências para o setor.
Muitas parcerias e Joint Venture foram
negociadas e fechadas ao longo dos 18
anos de realização da feira. E no Paraná,
que é o centro produtivo do mundo, não
seria diferente”, ressalta.
A AveSui EuroTier 2019 cres-
ceu 40% em área em relação a edição
anterior, reunindo cerca de 150 exposi-
tores. A realização do evento em Media-
neira, região oeste do Paraná, centro de
maior polo produtivo mundial de pro-
teína animal tem contribuído para um
acelerado processo de intercâmbio entre
o setor produtivo, empresas expositoras
e academia, o que ajuda a estabelecer
novos saltos de produtividade e a conec-
tar a cadeia produtiva de carnes com as
principais tendências tecnológicas e de
mercado.
Data marcada A próxima edição do evento já
tem data marcada, será entre os dias 28 e
30 de julho de 2020, em Medianeira (PR).
“Para uma feira de negócios e de difusão
de conhecimento e tecnologia como a
nossa, é muito importante estarmos pró-
ximos aos grandes centros produtores de
proteína animal, por isso já confirmamos
pelo terceiro ano seguido a realização do
evento na região oeste do Paraná”, conclui
a diretora da Gessulli Agribusiness.
EncontroInternacionalAveSui EuroTier South America realizou sua 19ª edição em julho e reuniu 16 mil visitantes
A próxima edição da AveSui EuroTier South America será entre os dias 28 e 30 de julho de 2020
150expositores
aproximadamente participaram
da AveSui
40 sindiavipar.com.br
Evento
A14ª edição da TecnoCarne
ocorreu entre os dias 6 e
8 de agosto no São Paulo
Expo, na capital paulista. A feira,
que é referência do setor de proces-
samento de proteína animal, rece-
beu mais de 9.800 profissionais que
conferiram os lançamentos e novi-
dades de mais de 100 marcas expo-
sitoras, nacionais e internacionais.
O diretor da feira, Hermano Pinto,
retratou que os recentes resultados
positivos do setor reaqueceram as
expectativas de uma melhora do
mercado.
“Recebemos retornos mui-
to positivos de nossos expositores,
que fecharam ou iniciaram negó-
cios durante a feira, de olho neste
momento positivo vivido pelo setor.
Frente às oportunidades que esta-
mos vislumbrando no mercado, os
visitantes vieram ao evento em bus-
ca de tecnologias que aumentem a
produtividade do seu negócio para
atender a demanda crescente”, des-
tacou o diretor.
Durante o evento, foram
apresentadas novas tecnologias e
aplicações na cadeia produtiva, além
de um encontro entre as principais
lideranças do setor. Também houve
discussões sobre tendências e pers-
pectivas, planejamento na indústria
e o cenário político-econômico.
NegóciosA quarta-feira (07) foi marca-
da pela Rodada de Negócios. A previ-
são é que as 85 reuniões tenham gera-
do mais de R$ 7 milhões em negócios,
todos esses iniciados entre empresas e
compradores que expuseram na Tec-
noCarne. Por conseguinte, a novidade
da feira foi o Fórum Tecnocarne, que
junto com o tradicional Ciclo de Pales-
tras, reuniu 38 palestrantes, para um
total de 30 horas de conteúdo sobre
produção animal.
Novidades emprocessamento14ª edição da TecnoCarne é marcada por tom otimista do mercado frente ao setor de processamento de proteína animal
Marcas nacionais e internacionais marcaram presença na TecnoCarne 2019
Recebemos retornos muito positivos de
nossos expositores, que fecharam ou iniciaram
negócios durante a feiraHermano Pinto,diretor da feira
42 sindiavipar.com.br
Novidades emprocessamento
Evento
Com o objetivo de debater
com o público interno e ex-
terno as ações desenvolvi-
das pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa),
foi realizada entre os dias 12 e 16
de agosto em Curitiba (PR), a 1° Se-
mana de Reuniões Técnicas da Su-
perintendência Federal de Agricul-
tura do Paraná (SFA-PR). O evento
reuniu profissionais envolvidos com
o agronegócio nacional para definir
estratégias, alinhamentos, discus-
sões, resolução de problemas, re-
presentação das entidades em um
espaço de decisão, entre outros.
O superintendente do SFA-
PR, Cleverson Freitas, explica que
essa foi uma oportunidade única
para abrir um canal de comunica-
ção com os representantes do setor
produtivo. “Procuramos abordar
todas as áreas técnicas do Ministé-
rio da Agricultura no estado, sendo
tratados assuntos da defesa agro-
pecuária, de fomento da agricultu-
ra familiar e da atividade pesquei-
ra”, afirma o superintendente.
Origem Animal A programação contou com
um dia dedicado para Inspeção de
Produtos de Origem Animal. Na
ocasião, a Ana Lucia de Paula Viana,
diretora do Departamento de Inspe-
ção de Produtos de Origem Animal
(DIPOA), de Brasília, expôs as ações
do Mapa e debateu os principais as-
suntos técnicos junto aos represen-
tantes do setor animal.
Além disso, a avicultura tam-
bém esteve em pauta, principalmente,
as ações nos frigoríficos do estado.
“Foram explanadas as novas diretri-
zes que envolvem o setor do DIPOA
e os representantes das indústrias
puderam dialogar e interagir para que
haja uma melhoria constante tanto na
fiscalização quanto na orientação dos
estabelecimentos”, destaca o supe-
rintendente do SFA-PR.
“Optamos por realizar um
evento mais abrangente durante toda
essa semana, iremos avaliar agora,
com a nossa equipe, as oportunida-
des que irão surgir para que novas
ações sejam realizadas para promo-
ver o desenvolvimento sustentável
AgronegócioNacionalProfissionais envolvidos com o setor se reuniram para debates e discussões na 1° Semana de Reuniões Técnicas SFA-PR
Procuramos abordar todas as áreas técnicas do MAPA no estado, de defesa agropecuária,
fomento da agricultura familiar e da atividade
pesqueiraCleverson Freitas, Superintendente do SFA-PR
44 sindiavipar.com.br
da agropecuária e a segurança com-
petitiva de nossos produtos”, relata
Freitas.
Ações MAPA
De acordo com Freitas, o
Ministério da Agricultura tem de-
senvolvido diversas ações no Pa-
raná, e entre as principais estão as
auditorias e treinamentos para an-
tecipação da retirada da vacinação
de febre aftosa, para que o estado
seja considerado livre da doen-
ça sem a vacinação e homologada
pela Organização Mundial da Saú-
de Animal (OIE). “A expectativa é
que isso seja homologado no fim
de setembro pelo MAPA e depois
encaminhado para a OIE”, explica.
Profissionais do agronegócio se reuniram para dialogar sobre os principais temas do setor
Diálogo constanteO Ministério da Agricul-
tura tem trabalhado fortemente para disseminar o diálogo entre a instituição e o setor produtivo. Em março de 2019, representan-tes do setor avícola e Mapa se reuniram em Maringá (PR) para apresentar nova estrutura do órgão de fiscalização a nível na-cional, estadual e local.
Durante o Workshop Industrial Avícola 2019, foram debatidos ainda o futuro e os desafios da avicultura brasilei-ra para a manutenção da sua competitividade. Segundo Frei-tas, superintendente do Minis-
tério no Paraná, um dos focos atuais da pasta é a busca pela atualização das legislações, que devem acompanhar a evolução da atividade, que insere tecno-logia e novas ferramentas em seus processos produtivos com frequência.
“Neste evento, foi pos-sível dialogar com empresários e profissionais que atuam no segmento para juntos estarmos alinhados à missão do Mapa de desenvolvimento sustentável sem esquecer a segurança ali-mentar”, destacou o superinten-dente durante o evento.
45sindiavipar.com.br
Artigo técnico
S egurança alimentar e pro-
teína de alta qualidade ca-
minham juntas e o setor
de avicultura brasileira sabe bem
disso, já que figura como o maior
exportador mundial. Em meio a
novas instruções normativas e a
tantos escândalos, a grande pre-
ocupação hoje na área está rela-
cionada à salmonela e a resíduos
de antibióticos na carcaça. Isso
não só tem estimulado o produ-
tor a investir em mais qualida-
de, como também tem feito com
que ele desenvolva programas de
biossegurança e aumente suas
estratégias de controle de conta-
minantes nos abatedouros.
Dessa forma, a preocu-
pação do setor vai além da pro-
dução de animais saudáveis, sem
sintomas clínicos de enfermida-
des. Passou a olhar para doen-
ças subclínicas ou até mesmo
agentes, que, via de regra, não
causam doença clínica nas aves,
como por exemplo a Salmonella
enteritidis e a Salmonella typhi-
murium, que no entanto levam a
prejuízos bastante consideráveis
atualmente.
Vale lembrar que a sal-
monela não sobrevive se o ali-
mento for cozido, frito ou as-
sado, o que já é a regra para o
consumo de produtos de frango
in natura, conforme descrito em
embalagem. Caso estas reco-
mendações não sejam seguidas,
Salmonella enteritidis representa
risco à saúde humana, podendo
causar infecção gastrointestinal,
cujos sintomas mais comuns são
dores abdominais, diarreia, febre
e vômito.
A produção de carne se-
gura envolve, além de ações di-
retas como medidas de biossegu-
rança, controle de reservatórios
e boas práticas, o uso de vacinas
a salmonela não sobrevive se o alimento
for cozido, frito ou assado, o que já é a
regra para o consumo de produtos de frango
in natura
Eva Hunka• Médica veterinária e gerente de produtos para aves na Zoetis
• Formada em medicina veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
• Mestrado em medicina preventiva pela Universidade Estadual Paulista (Unesp Botucatu)
• MBA em avicultura industrial pela Didatus
Salmonela e o controle integrado na cadeia produtiva de proteína animal
46 sindiavipar.com.br
vivas contra a salmonela, que
além de protegerem contra o pa-
tógeno, ativam a imunidade ines-
pecífica e melhoram a resposta
imunológica geral da ave.
A vacinação contra a sal-
monela, que hoje é uma prática
comum em aves de postura co-
mercial e de matrizes, vem ga-
nhando cada vez mais adeptos
com cepas que promovem a pro-
teção cruzada com a Salmonella
thiphymurium, pois atuam na re-
dução da contaminação de carca-
ças no abatedouro e se mostram
uma alternativa economicamente
viável, principalmente para em-
presas exportadoras de carne de
frango.
Os programas de bios-
segurança e de bem-estar, que
ficavam restritos à granja, hoje
envolvem toda a cadeia produ-
tiva – chega às prateleiras dos
supermercados por meio dos
rótulos e de merchandising nos
pontos de venda. E o consumo,
que antes era incentivado apenas
pelo preço, hoje encontra nichos
que aceitam pagar mais caro por
este diferencial.
Para que todas as pe-
ças desta grande engrenagem
funcionem de maneira efetiva
é necessário que tenhamos um
controle integrado, em que o
programa vacinal precisará com-
plementar o de biossegurança e
as boas práticas devem começar
na granja e seguir até a planta
de processamento. O que, apa-
rentemente, aumenta os custos
no campo pode se converter em
ganhos no abatedouro.
Os programas de biossegurança e
de bem-estar, que ficavam restritos à
granja, hoje envolvem toda a cadeia
produtiva
Estatísticas
PARANÁFRANGO
EXPORTAÇÃOABATE (cabeças)
Participação do Paraná nas exportações do Brasil - Acumulado / Kg
Principais destinos da carnede frango do Paraná - Acumulado / Ton
Paraná 777.570.281
Brasil 1.992.945.491
Mês 2018 2019
Abril 147.829.917 151.611.916
Maio 119.964.824 161.047.042
Junho 155.608306 146.085.967
Acumulado 872.682452 919.414.517
2019 kg US$
Abril 124.762.238 197.219.571
Maio 143.071.346 232.585.973
Junho 155.791.539 248.240.084
Acumulado 777.570.281 1.231.176.069
China 129,5 mi Áfricado Sul
82,9 miEmirados Árabes 73,3 mi
Japão 49,2 mi
39,02%
65,2 miArábiaSaudita
Para mais informações, acesse: sindiavipar.com.brFonte das tabelas: Sindiavipar / Secex
48 sindiavipar.com.br
PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br
SIF 603
Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br
JBS Foods
SIF 2227Jacarezinho - jbs.com.br
BRF
SIF 424Carambeí - brf-br.com
Centro Ocidental
Centro Oriental
Sudoeste
Norte Pioneiro
ListaBrasil
exportaçãopara UE
Fábricade ração
Abatedouros Incubatóriosexportação para ChinaAbate Halal
SIF 664
Aurora AlimentosMandaguari - auroraalimentos.com.br
GTFoods
SIF 3773Terra Boa - gtfoods.com.br
Granja Econômica AvícolaCarambeí - granjaeconomica.com.br
JBS Foods
SIF 530Lapa – jbs.com.br
Metropolitana de Curitiba
Coopavel Coop. Agroind.
SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br
BRF
SIF 716Toledo - brf-br.com
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 1672Cascavel - lar.ind.br
Oeste
C. Vale Coop. Agroindustrial
SIF 3300Palotina - cvale.com.br
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - lar.ind.br
Copacol Coop. Agroind. Consolata
SIF 516Cafelândia - copacol.com.br
Coop. Agroindustrial Copagril
SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br
Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste avicolacarminatti.com.br
BRF
SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com
BRF
SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com
Vibra Agroindustrial
SIF 3170Itapejara do Oeste - vibra.com.br
Vibra Agroindustrial
SIF 2212Pato Branco - vibra.com.br
DIP Frangos
SIF 2539Capanema - dipfrangos.com
Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - granjareal.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br
Coasul CooperativaSão João - coasul.com.br
JBS Foods
SIF 2694C. Mourão - jbs.com.br
SindiaviparSindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
sindiavipar.com.br facebook.com/sindiavipar
Noroeste
Norte Central
IntegraMaringá - integra.agr.br
Marco AviculturaTamarana
Abatedouro CoroavesMaringá - coroaves.com.brSIF 2137
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br
GTFoods
SIF 1860Paraíso do Norte - gtfoods.com.br
GTFoods
SIF 1880Paranavaí - gtfoods.com.br
Avenorte Avícola Cianorte
SIF 4232Cianorte - guibon.com.br
Somave Agro Industrial
SIF 993Cidade Gaúcha - somave.com.br
JBS FoodsRolândia - jbs.com.brSIF 1215
Frango DM
SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br
JBS Foods
SIF 2677Jaguapitã - jbs.com.br
GTFoods
SIF 4166Maringá - gtfoods.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br
SIF 7777Santo Inácio – jbs.com.brJBS Foods
SIF 1876
Agroindustrial São JoséSanta Fé
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br
SIF 802
Capanema - dipfrangos.com