holocausto

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Nunca MAIS DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO - 27 de Janeiro’12 O que podemos fazer ? Este dia obriga-nos não só a recordar as vítimas do Holocausto, mas também a reflectir sobre o que poderia ter sido feito para salvá-las. Uma cidadania empenhada que estimule o poder do indivíduo poderá fazer a diferença e constituir-se como uma linha de defesa para sociedades fortes e mais justas. Por isso, o que nós fazemos – ou não – interessa! BOLETIM BIBLIOGRÁFICO - Biblioteca da Escola Básica e Secundária Oliveira Júnior

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Page 1: holocausto

NuncaMAIS

DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO

HOLOCAUSTO - 27 de Janeiro’12

O que podemos fazer ?Este dia obriga-nos não só a recordar as vítimas do Holocausto, mas

também a reflectir sobre o que poderia ter sido feito para salvá-las. Uma

cidadania empenhada que estimule o poder do indivíduo poderá fazer

a diferença e constituir-se como uma linha de defesa para sociedades

fortes e mais justas.

Por isso, o que nós fazemos – ou não – interessa!

BOLETIM BIBLIOGRÁFICO - Biblioteca da Escola Básica e Secundária Oliveira Júnior

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Tanto como os campos de concentração — com o que implicam de fome, frio, doen-ça, violência e morte — inter-essa aqui um desses mundos pessoais e familiares que o nazismo destruiu, e que é das poucas coisas que tem cor frente ao cinzento cortante e ao silêncio. Separação, solidão e saudade estão om-nipresentes; a lembrança ajuda a fugir do isolamento e do desterro, e dá lugar — no inóspito do campo (lager) — ao amor, à amizade e à solidariedade: à humani-dade, ao fim e ao cabo. Se

FUMO, de de Joanna Concejo, de Anton Fortes. OQOà fusão com Vadío (única person-agem com nome e etnia), que representa o reconhecimento no outro na catarse final. O protago-nista anónimo de Fumo descobre a realidade, mas filtra-a com a memória de um passado melhor. O despertar magoa-o e leva-o a uma aprendizagem rápida: a dureza e dificuldade da situação, e o instinto de sobrevivência obrigam-no a ser um menino responsável. A inocên-cia, mais que a impotência, marca o desenlace. Os inocentes não

sobrevivem, dizia o Primo Levi; é o preço por ver a luz: a mão de Vadío apagando para sempre o medo e escrevendo com fumo uma palavra mágica sobre o céu da Polónia. Uma comovente história de Antón Fortes com intensas imagens da polaca Joanna Concejo, de grande sensibilidade e beleza.

Mouschi existiu realmente e foi levado para o anexo por Peter van Pels, um jovem companheiro de cativeiro de Anne Frank. O

dia-a-dia no anexo, a rotina de um grupo de pessoas refugiadas do terror nazi e a esperança numa libertação que acabou por não chegar, são assim contados

Mouschi,O Gato de Anne Frank, de José Jorge Letria. ASA

Anne Frank - Uma Vidade Rian Voorhoeve, Ruud Van Rol.

Campo das Letras

toda a violência está injustificada, a que põe fim à inocência ainda mais; contra ela, no processo de amadurecimento do protagonista, assistimos a um compromisso até

Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por oca-sião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado

pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existên-cia. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras,

A Rapariga que roubava livros, de Markus Zusak . Presença

exorcizando fantasmas do pas-sado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre uti-lizar um registo pouco sentimen-tal embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra.

Todos conhecem a história pro-fundamente dramática da jovem Anne Frank. Publicado pela pri-meira vez em 1947, por inica-tiva de seu pai, o Diário veio revelar ao mundo o que fora, durante dois longos anos,

Diário de Anne Frank - Versão Definitiva de Anne Frank. Livros do Brasil

o dia-a-dia de uma adolescente condenada a uma voluntária au-to-reclusão, para tentar escapar á sorte dos judeus que os alemães haviam começado a deportar para supostos «campos de trabalho».

neste livro por um animal de es-timação que se transformou em testemunha singular de uma tragédia humana.

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Numa escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e através de breves episódios, este ro-mance conduz-nos em crescen-do de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na Alemanha, pelos finais da Pri-meira Grande Guerra Mundial, até ao avolumar de crises (infla-ção, desemprego, assassínio de Rathenau, aumento da influên-cia e vitória dos Nazistas) que por fim a obrigam ao exílio mesmo

na eminência de um destino trági-co num campo de concentração. Há uma felicíssima imagem sim-bólica de tudo, que é a do lento avançar de uma trovoada que acaba por estar “mesmo em cima de nós”. Assistimos aos rituais judaicos públicos e domésticos, a uma clara atracção alternativa

entre a emigração para os E.U. e o sionismo.

O Mundo em que vivi, de Ilse Losa. Afrontamento

Na noite de 13 de Dezembro de 1943, Primo Levi, um jovem químico membro da resis-tência, é detido pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua as-cendência judaica, é depor-tado para Auschwitz em Fe-vereiro do ano seguinte; aí permanecerá até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado. Da experiência

Se isto é um homem, de Primo Levi. Teoremano campo nasce o escritor que neste livro relata, sem nunca ceder à tentação do melodrama e mantendo-se sempre dentro dos limites da mais rigorosa objectivi-dade, a vida no Lager e a luta pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta.Se Isto é um Homem tornou-se rapidamente um clássico da literatura italiana e é, sem qualquer dúvida, um dos livros mais importantes da vastíssima produção literária sobre as perseguições nazis aos judeus

Se isto é um Homem

“Vós que viveis tranquilosNas vossas casas aquecidas, Vós que encontrais regressa à noiteComida quente e rostos amigos:Considerai se isto é um homemQuem trabalha na lamaQuem não conhece PazQuem luta por meio pãoQuem morre por um sim ou por um nãoConsiderai se isto é uma mulher, Sem cabelos e sem nomeSem mais força para recordarVazios os olhos e frio o regaçoComo uma rã no Inverno. (...)”

Primo Levi

Ao regressar da escola um dia, Bruno constata que as suas coisas estão a ser em-pacotadas. O seu pai tinha sido promovido no trabalho e toda a família tem de deixar a luxuosa casa onde vivia e mudar-se para outra cidade, onde Bruno não en-contra ninguém com quem

O Rapaz do pijama às riscas, de John Boyle. ASA

brincar nem nada para fazer. Pior do que isso, a nova casa é delim-itada por uma vedação de arame que se estende a perder de vista e que o isola das pessoas que ele consegue ver, através da janela, do outro lado da vedação, as quais, curiosamente, usam todas um pijama às riscas. Como Bruno adora fazer explorações, certo

dia, desobedecendo às ordens ex-pressas do pai, resolve investigar até onde vai a vedação. É então que encontra um rapazinho mais ou menos da sua idade, vestido com o pijama às riscas que ele já tinha observado, e que em breve se torna o seu melhor amigo…

Contai aos vossos filhos... : um livro sobre o holocausto na Europa, 1933-1945 / Stéphane

Bruchfeld e Paul A. Levine. Gótica

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Recursos digitais sobre o Holocausto

http://pt.wikipedia.org/wiki/Holocaustohttp://holocausto-shoah.blogs.sapo.pt/52199.html

A Lista de Schindler, de Steven Spielberg. Título Original: The Schindler’s List. EUA. 1993

A Vida É Bela (1997), de Roberto BenigniTítulo original: La vita è bella. Itália. 1997

O Rapaz do pijama às riscas, de Mark HermanTítulo original: The Boy in the Striped Pyjamas.

Reino Unido, EUA. 2007

O Diário de Ana Frank: A verdadeira História, de Jon Jones.Título Original: The diary of Anne Frank. UK. 2008

Durante a Segunda Guerra Mundial, en-quanto o regime nazista enviava milhares de prisioneiros aos fornos de Auschwitz, o industrial alemão Oskar Schindler abrigava centenas de judeus em sua fá-brica, de onde ele finalmente os transferia em segurança para a Tchecoslováquia. Um lugar na lista de Schindler significava a única chance de sobrevivência para um prisioneiro judeu. Oskar Schindler, o herói do Holocausto, é retratado de modo inédito e comovente pelo romancista Thomas Keneally, que passou dois anos entrevistando sobreviventes beneficia-

dos por Schindler em sete paí ses - Austrália, Israel, Alemanha Ocidental, Áustria, EUA, Argentina e Brasil. Escrito com paixão, mas também com absoluta fidelidade aos fatos, o autor realizou uma espantosa recriação de um episódio histórico, narrado com toda a ênfase de uma ficção.

A lista de Schindler, de Thomas Keneally. Editorial Notícias

O Século do Povo. Raça SuperiorBerlim, 1933. O poder encontra-se nas mãos dos nacionais-socialistas. Adolf Hitler chega ao poder e mobiliza o país atraindo apoio ao prometer uma Alemanha mais forte.E inicia-se a purga contra todos os que não en-caixam na rígida ideologia nazi, levada a cabo pela propaganda e pela força de elite, as SS. Os judeus são banidos das escolas, negócios, dos seus lares e deportados para

campos de concentração, assim como os ciganos e todos os que não são física ou men-talmente adequados aos padrões arianos.Lançam-se grandes planos para a indústria, construção e educação. E depois destes, de expansão. Hitler absorve a Áustria e a Checo-slováquia. As nações europeias, desejosas de evitar a guerra não reagem. Mas em Setem-bro de 1939, ao invadir a Polónia, rebenta a Segunda Guerra Mundial.As atrocidades sucedem-se numa escalada vertiginosa. O holocausto ficará como uma das páginas mais negras da história da civilização.

http://www.youtube.com/embed/BECRaoQAKUQ http://www.youtube.com/watch?v=8zod0Td4OsE&feature=related

O Pianista, de Roman PolanskiThe Pianist. EUA. 2002 Outros recursos

Consultar no site da Biblioteca [ www.biblioteca.aeoj.org] os recursos digitais sobre o Holocausto

Filmografia