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HISTÓRIA MAGISTÉRIO DE CAXIAS AULA INTRODUTÓRIA Leandro Couto Ricon, DS Universidade Federal do Rio de Janeiro 1

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Page 1: HISTÓRIA MAGISTÉRIO DE CAXIAS AULA INTRODUTÓRIA · O Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século 19 teve a maior população urbana de escravos das Américas. Pelo seu mercado

HISTÓRIA

MAGISTÉRIO DE CAXIAS

AULA INTRODUTÓRIA

Leandro Couto Ricon, DS

Universidade Federal do Rio de Janeiro

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ORIENTAÇÕES SOBRE A PROVA

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Martim Correia de Sá (1602-1608) / (1623-1632)

Foi o primeiro filho do Rio de Janeiro a assumir o Governo da cidade, e por duas vezes. Foiadministrador enérgico e capaz, e esforçou-se pelo progresso da cidade. Já se distinguira porserviços prestados no Brasil, onde o pai lhe confiara vários encargos de responsabilidade, e naEuropa, onde se casara com D. Maria de Mendoza y Benavides

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O novo e longo período de seu segundo governo, iniciado em 11 de junho de 1623,distinguiu-se por uma série de iniciativas. Foi projetada a construção da nova Casa daCâmara e Cadeia, na Várzea. Fez-se a primeira tentativa para captação e canalizaçãodas águas do rio Carioca para abastecimento da cidade.

Foi reconstruído o Forte de Nossa Senhora da Guia da Barra, atual Fortaleza de Santa Cruz, àentrada da barra. No lugar do antigo Fortim de Santa Cruz, obsoleto, foi erguida a primitiva Igrejade Santa Cruz dos Militares. Criou as povoações de São Pedro da Aldeia, junto a Cabo Frio, e a deAngra dos Reis, em frente à Ilha Grande.

Morreu em 10 de agosto de 1632 sendo sepultado na igreja dos frades do Carmo.Dele se diz que prestou relevantes serviços e teve amor e dedicação à Coroa

Igreja de Santa Cruz dos Militares

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Antônio Álvares da Cunha

Em sua gestão no Brasil, atendendo às exigências de grave situação militar, melhorou as fortificações entãoexistentes na cidade do Rio, e deu início a outras, como os Arsenais de Guerra e Marinha.

Para evitar os habituais descaminhos do ouro então explorado nas Minas Gerais, já que os produtores tentavamfurtar-se ao recolhimento do quinto cobrado pela Coroa, coube-lhe aplicar a Carta-régia que proibia o exercíciodo ofício de ourives na Colônia

vice-rei do Brasil (1763 - 1767)

No seu governo

houve a

transferência da

capital do Brasil de

Salvador (Bahia)

para o Rio de

Janeiro

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Foi responsável pela fundação do Hospital dos Lázaros, umdos mais antigos da cidade do Rio de Janeiro.

Terminou o seu governo pobre e teve que pedir dinheiro emprestado para regressar a Portugal.

De gênio muito forte, reprimia energicamente os perturbadores da ordem. No seu governo, os

moradores podiam deixar as portas abertas até dormindo, pois assaltantes e agressores o temiam,

sabedores do rigoroso castigo que sofreriam

Hospital Frei Antônio (ex-Hospital dos

Lázaros): Fachada posterior

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A designação "Estrada Real" reflete o fato de que era esse o caminho oficial, único autorizado para a

circulação de pessoas e mercadorias. A abertura ou utilização de outras vias constituía crime de lesa-

majestade, encontrando-se aí a origem da expressão descaminho com o significado de contrabando

Estrada Real

Entre os séculos XVII e XIX um conjunto de vias terrestres – muitas delas simples

reapropriações de antigas trilhas indígenas (peabirus) – aproximou diferentes regiões

do território brasileiro

Os caminhos do Rio de Janeiro formavam uma rede de caminhos popularmente

conhecida como Estrada Real. As suas principais variantes foram:

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* Caminho Velho, que ia de Paraty a Vila Rica (atual Ouro Preto). A partir da descoberta de ouro

na região das Minas Gerais em fins do século XVII, este caminho transformou-se na rota preferida

atingir-se a região das Minas Gerais, assim como para o escoamento de ouro, que era

transportado por mar de Paraty para o Rio de Janeiro, de onde embarcava para Portugal. Esta via

estendia-se por mais de 1.200 quilômetros, percorridos em cerca de 95 dias de viagem

* Caminho Novo, que ia do fundo da baía de Guanabara até encontrar o Caminho Velho em Ouro

Branco, então arraial de Vila Rica, atual Ouro Preto. Foi aberto por Garcia Rodrigues Pais em 1707

como alternativa ao Caminho Velho para evitar a rota marítima entre Paraty e o Rio de Janeiro.

Iniciava-se em portos do rio Iguaçu ou do rio Pilar, como Piedade do Iguaçu, hoje Iguaçu Velho em

Nova Iguaçu, ou Pilar do Iguaçu, hoje um bairro de Duque de Caxias

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* Caminho do Proença, uma variante do Caminho Novo. que passava pela atual cidade

de Petrópolis e por Santana de Cebolas (ou Sebollas), atual distrito de Inconfidência em

Paraíba do Sul

* Estrada Geral, que unia as freguesias de Santo Antônio de Jacutinga e Nossa

Senhora Conceição de Mariapicú, conectando com a Estrada Real hoje na altura da

atual cidade de Belford Roxo)

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Devido ao crescente volume de riqueza explorado na região das Gerais, a Coroa

Portuguesa procurou garantir o seu controle e fiscalização de maneira severa,

instalando postos de inspeção (Registros) para arrecadar os diversos tributos sobre

minerais (notadamente ouro e diamantes)

A partir da abertura do Caminho Novo, tornado via oficial, foram aí concentrados os

Registros, proibindo-se a utilização das demais vias, consideradas como

"descaminhos" e rigorosamente punidos como tal

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A partir da segunda metade do século XVIII registrou-se o declínio da produção mineral

no distrito das Minas, o que, durante o consulado pombalino, levou a uma

intensificação da política fiscal e a uma insatisfação que conduziu à Inconfidência

Mineira

Com a proclamação da Independência do Brasil, no início do século XIX, esses

caminhos tornam-se livres, vindo a constituir, com a riqueza proporcionada pela lavoura

do café, os principais eixos de urbanização da região Sudeste

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A Primeira Estrada de Ferro do Brasil

Em 1º de maio de 1854, foi inaugurada a primeira estrada de ferro brasileira, ligando

Porto Mauá à Raiz da Serra.

Construída por Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, a estrada reduziu o

tempo de viagem neste trecho de 4 horas para apenas 23 minutos.

Nesta época, uma

viagem de Juiz de

Fora até o Rio de

Janeiro era uma

aventura de pelo

menos 3 dias14

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José Tomás da Porciúncula

(Petrópolis, 25 de dezembro de 1854 — 28 de setembro de 1901) foi um médico e políticobrasileiro

Foi o primeiro governante eleito pelo povo fluminense para a presidência do estado, em 24 deabril de 1892. Durante seu governo, a Assembléia transferiu a capital do estado para Petrópolis,devido a primeira revolta da Armada, sendo então adquirido o palacete do barão do Rio Negropara sede do governo

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O Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século 19 teve a maior população urbana

de escravos das Américas. Pelo seu mercado de escravos passou quase 1 milhão de

africanos, a maioria formada por crianças e adolescentes. Depois da longa viagem pelo

Atlântico, chegavam magros e doentes.

A "cidade maravilhosa" devorava os negros. A mortalidade entre os cativos era muito

alta. Muitos senhores abandonavam os escravos agonizando ou mortos pelas praças e

ruas do Rio -como faziam com o lixo doméstico- para não terem gastos com o enterro.

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José do Patrocínio

Em 1881, com dinheiro emprestado pelo sogro, adquiriu a "Gazetada Tarde", à frente da qual permaneceu por seis anos. Neste jornal,deu início à campanha abolicionista. Em 1887, fundou a "Cidade doRio", onde intensificou os ataques à política escravocrata

Não se limitou a lutar apenas por escrito peloabolicionismo. Realizou conferências públicas, ajudou afuga de muitos escravos, organizou núcleos abolicionistas,militando ativamente até o triunfo da causa, em 13 demaio de 1888

Patrocínio também escreveu obras de ficção, mas sem a repercussão nem o talento dojornalista. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando acadeira de no. 21, que tinha Joaquim Serra como patrono 17

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No início dos anos 40, o mundo vivia grandes transformações com a tensão da Segunda Guerra

Mundial. No nordeste, era grande o êxodo da população em direção aos grandes centros. Famílias

fugiam da seca em busca de melhores condições de vida, trabalho e moradias nas periferias

metropolitanas. As grandes fazendas estavam sendo fracionadas em sítios e chácaras, com os

imensos laranjais e culturas hortifrutigranjeiras transformadas em loteamentos, com grilagem de

terra e ocupações irregulares. Freguesias estavam sendo transformadas em distritos e estes em

municípios. No Rio de Janeiro, a Estação de Merity – que em 1931 havia sido declarado o 8º

distrito de Nova Iguaçu – buscava sua emancipação.

O nome Duque de Caxias foi iniciativa de um antigo morador, José Luiz Machado, que queria

prestar uma homenagem ao Marechal Luiz Alves de Lima e Silva. Nascido na região, mais

precisamente na Taquara, Lima e Silva ingressou ainda criança no Exército, no posto de cadete de

Primeira Classe. Disciplinado, teve grande destaque na carreira militar. Atuou com bravura na

Guerra do Paraguai, comandando batalhas sangrentas na defesa das terras brasileiras.

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A luta pela emancipação durou muitos anos. Até que em 25 de julho de 1940, uma comissão de notáveis da

época – formada por jornalistas, empresários, advogados, médicos e outros líderes da sociedade civil,

denominada União Popular Caxiense (UPC) – encaminhou um memorial ao Interventor Federal do Estado do Rio

de Janeiro, Ernani do Amaral Peixoto, no qual era exposta a possibilidade do distrito de Caxias emancipar-se de

Nova Iguaçu. Entre esses notáveis estavam Silvio Goulart, Rufino Gomes Júnior, Joaquim Batista Linhares, José

Basílio da Silva, Luiz Antônio Félix, Amadeu Lanzilotti, Antônio Moreira de Carvalho, Mário Pina Cabral, Abílio

Teixeira de Aguiar, Ramiro Gonçalves e Costa Maia. Contudo, o sonho da emancipação foi adiado por três anos.

O documento foi considerado impertinente e inoportuno pelo governo, chegando a tornar-se motivo de punição

aos autores. Em 31 de dezembro de 1943, durante o Estado Novo, por meio do decreto nº1055, a Estação de

Merity foi emancipada e transformada na cidade de Duque de Caxias.

Da emancipação até 1947, os prefeitos de Duque de Caxias foram nomeados pelo Interventor Federal. O

primeiro eleito através do voto popular foi Gastão Glicério de Gouveia Reis, que governou de 28 de setembro de

1947 a 28 de dezembro de 1950. A Câmara Municipal foi instalada em 23 de outubro de 1947 e os primeiros

vereadores eleitos no mesmo processo em que Gastão Reis saiu vitorioso. Nesse período, a população da

cidade já ultrapassava a casa dos 100 mil habitantes. O município já apresentava as características de "cidade

dormitório", pois a população encontrava oportunidades de trabalho somente na capital do então Distrito Federal.

Mas a cidade já apresentava os indícios de industrialização, que se ampliaria ainda mais algumas décadas

depois. 19

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O primeiro passo para o progresso foi dado em agosto de 1928, quando o então presidente Washington Luiz

inaugurou o trecho da estrada ligando o Rio a Petrópolis que mais tarde, em 1964, seria incluída no Plano

Nacional de Viação, cuja redação estabelecia sua extensão até a capital, Brasília, passando por cidades como

Juiz de Fora, Belo Horizonte. A partir de então, a rodovia passou a ser chamada BR-040 e conhecida também

como Rio-Juiz de Fora.

A BR-040 teve importância fundamental no crescimento industrial de Duque de Caxias. A primeira grande

indústria a se instalar na cidade foi a Fábrica Nacional de Motores (FNM), projetada com o intuito de produzir

motores de aviões para as tropas aliadas que combatiam na Segunda Guerra. Logo, a FNM seria transformada

em Sociedade Anônima, passando a fabricar caminhões pesados até a década de 60, quando a cidade se

transformou em um grande potencial em termos de comércio e indústria. No final dos anos 70, a FNM foi vendida

para a Fiat e atualmente suas instalações abrigam a fábrica Ciferal, de carrocerias de ônibus. Com a instalação

da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), em 1961, Duque de Caxias se tornou um dos mais importantes polos

industriais do país.

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Na década de 70, Duque de Caxias tornou-se "Área de Segurança Nacional".

Novamente os prefeitos passaram a ser indicados pelo governo federal, desta vez pelos

militares que ocuparam o poder. O município só recuperou sua autonomia, em 15 de

novembro de 1985, quando pode escolher seu governante por meio do voto. Nesta

eleição, saiu vitorioso o prefeito Juberlan Barros de Oliveira, que governou de 1º de

janeiro de 1986 a 31 de dezembro 1988. Entretanto, o real vencedor foi a população

que, além de eleger deputados e senadores, pode votar na escolha do Presidente de

República.

Fonte: Prefeitura Municipal de Duque de Caxias

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