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História do Brasil

Período Populista (1946-1964)

Professor Thiago Scott

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História do Brasil

República Populista (1946 – 1964)

O fim do Estado Novo

O fim da II Guerra Mundial com a vitória dos aliados deu possibilidade as forçasde oposição se manifestarem, levando ao fim do Estado Novo.

Retoma-se a formação de agremiações político-partidárias.

• PSD (Partido Social Democrático): era composto por oligarquias rurais, banqueiros e indus-triais habituados a negociações com o governo central. Contudo, este partido não possuía unidade ideológica, embora controlasse uma poderosa máquina eleitoral.

• PTB (Partido Trabalhista Brasileiro): agrupava a burocracia sindical ligada ao trabalhismo e tinha como principal ideólogo Alberto Pasqualini. O governo procurava agrupar neste partido as camadas populares urbanas (um de seus pontos de apoio), que passaram um conjunto significativo de votos. A ideologia populista desse partido mantinha e reforçava a tradição inaugurada por Vargas.

• UDN (União Democrática Nacional) fundada em 1944, continha elementos antigetulistas – antigos liberais constitucionais, Assis Chateaubriand e a burguesia comercial urbana, ligada aos interesses exportadores e importadores, prejudicados pelo intervencionismo econômi-co do Estado Novo.

• PCB: volta à legalidade em março de 1945, pois apesar de todas as divergências, este par-tido era antiimperialista, estava de acordo com a política progressista nacional e passa a apoiar Vargas a partir de outubro do mesmo ano.

Manifesto dos Mineiros

Manifesto divulgado em outubro de 1943 por membros da elite liberal de Minas Gerais, defen-dendo o fim da ditadura do Estado Novo e a redemocratização do país. Entre seus 92 signatá-rios incluíam-se Virgílio de Melo Franco, Pedro Aleixo, Milton Campos, Artur Bernardes, Afonso Arinos de Melo Franco, Adauto Lúcio Cardoso, Adolfo Bergamini, Afonso Pena Jr., Alaor Prata, Bilac Pinto, Daniel de Carvalho, José de Magalhães Pinto, Mário Brant e Odilon Braga.

Com a instauração da ditadura do Estado Novo, os setores liberais, ainda que não tivessem sofrido a violenta perseguição destinada aos setores de esquerda, principalmente aos comu-nistas, também se viram impossibiliados de agir sobre os destinos políticos da nação. Essa si-

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tuação só começou a se modificar quando o governo brasileiro optou por apoiar os Aliados na Segunda Guerra Mundial. A contradição entre as posturas externa e interna foi logo apontada pelos setores de oposição, que aproveitaram a oportunidade para romper o longo silêncio a que haviam sido obrigados.

As manifestações estudantis de apoio aos Aliados, realizadas durante o ano de 1942, trans-formaram-se em atos pela democracia e representaram uma primeira transgressão à ordem ditatorial. Em agosto de 1943, representantes de Minas Gerais no Congresso Jurídico Nacional manifestaram-se a favor da redemocratização. Em seguida, membros da elite mineira realiza-ram sucessivas reuniões no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, decidindo divulgar um manifes-to público que explicitasse suas aspirações democráticas. Surgiu assim o o Manifesto dos Mi-neiros, a princípio intitulado Manifesto ao Povo Mineiro. Num primeiro momento foram tirados 50 mil exemplares do documento, impressos clandestinamente em uma gráfica de Barbacena e distribuídos de mão em mão ou jogados por baixo das portas das residências, em virtude da censura à imprensa ainda vigente. Sua importância decorreu do fato de ter sido a primeira ma-nifestação aberta contra a ditadura, assinada por indivíduos pertencentes a famílias de grande tradição social e política em Minas Gerais.

A reação do governo não tardou. Embora os signatários do manifesto não tenham sofrido qual-quer tipo de perseguição policial, muitos deles foram afastados dos cargos públicos que ocu-pavam ou foram demitidos de seus empregos em empresas privadas em virtude das pressões exercidas pelo governo. O Manifesto dos Mineiros abriu caminho para que outros documentos da mesma natureza viessem a público, como a Carta aos Brasileiros, divulgada por Armando de Sales Oliveira em dezembro de 1943, quando ainda se encontrava no exílio, e a Declaração de Princípios do I Congresso Brasileiro de Escritores, de janeiro de 1945

O cenário para a queda do Estado Novo parece que estava sendo montado. Getulio anistia os presos políticos, inclusive Luis Carlos Prestes. O “queremismo” e a “Constituinte com Getulio” inquietou a oposição udenista, que sentiu o perigo do continuísmo de Vargas no poder.

Um grande comício pró-getulista marcado para 27/10 foi proibido pelo chefe de polícia do Dis-trito Federal. Imediatamente, Vargas o substitui por seu truculento irmão, Benjamin Vargas. Esta manobra política encontrou forte resistência de Góis Monteiro, Ministro da Guerra, que mobilizou tropas no DF. A queda de Getulio se fez a frio. Forçadoa renunciar, ele se retirou do poder com uma declaração pública de que concordara com sua saída. No dia 29/10, o poder foi transmitindo ao judiciário e a passagem para o período da (re)democratização dependeu da iniciativa militar, um importante na Revolução de 30 e que quinze anos depois foi decisivo na deposição de Vargas.

As Eleições

Com a queda de Getulio, a presidência passou a ser ocupada por José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal. No período em que ficou no poder foram realizadas as eleições presidenciais. Concorreram Eurico Gaspar Dutra, apoiado pela coligação PSD-PTB, Eduardo Gomes (UDN), Yedo Fiúza (PCB) e ainda Rolim Teles (Partido Agrário). Saiu vitoriosa a candidatura do Gen. Dutra (55%) longe do segundo colocado Brigadeiro Gomes (35%).

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Governo Dutra (1946-51)

• Constituição de 1946: Durante sua presidência foi eleita a Assembléia Constituinte, que em 18/09/46, deu origem a quarta Constituição republicana e a terceira promulgada. Para con-trolar o Executivo, determinou o comparecimento dos ministros, quando convocados ao Con-gresso para informações e interpelações, tornado-os desta forma, responsáveis pelos atos que referendassem; previu ainda, a formação de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito; a no-meação dos ministros não acarretaria a perda dos mandatos legislativos que exercessem e o pe-ríodo do mandato presidencial seria de cinco anos; os direitos trabalhistas do período getulistas foram incorporados na Constituição. No plano internacional a presidência de Dutra inseriu-se nos quadros da Guerra Fria. O Brasil sendo área de influência dos EUA definiu sua política exter-na como aliado incondicional dos norte-americanos, dentro da lógica da Doutrina Truman.

O alinhamento se deu principalmente através da assinatura do Tratado de assistência mutua entre os dois países em setembro de 1947. Nesta lógica, Dutra rompeu relações diplomáticas a URSS, ao mesmo tempo em que o PCB, chefiado agora por Luis Carlos Preste, foi colocado na ilegalidade.

Na disputa pela sucessão de Dutra concorreram quatro candidatos: novamente o Brigadeiro Edu-ardo Gomes (UDN), João Mangabeira pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), Cristiano Machado (PSD) e Getulio Vargas, apoiado pelo PTB, PSP (Partido Social Progressista) e pela facção dissiden-te do PSD. Getulio venceu com 48,7% enquanto Gomes fez 29,7% dos votos e Machado 21,5%.

Governo Vargas (1951-54)

Este governo de Vargas se deu no momento em que os paises se reorganizavam, sob a hegemonia dos Estados Unidos. Assim o processo de industrialização, que havia sido impulsionado pela II Guer-ra Mundial, foi bloqueado, pois o imperialismo retomou a “conquista” do mercado brasileiro. No inicio dos anos 50, a industria brasileira apresentava dois aspectos: de um lado empreendimentos centrados na produção de bens perecíveis e semiduráveis (industria têxtil, alimentar gráfica, edito-rial, de vestuário, fumo, couro e peles); de outro, empresas inteiramente nacionais, normalmente gerenciadas pelo grupo familiar (Francisco Matarazzo e Ermírio de Moraes). Efetivamente, a indus-trialização em 1950 não estava ainda completa, pois a produção de bens perecíveis e semiduráveis de consumo não conduziu a industria alem dos limites da demanda por esse tipo de produtos.

Contudo, a política econômica de Vargas era notadamente nacionalista, o que o levou a fortes cho-ques com os interesses imperialistas, principalmente os norte-americanos. A mais significativa deci-são de Vargas no período foi a nacionalização do petróleo (da extração), com a criação da Petrobrás, através da lei 2004 de 03/10/1953, que estabeleceu o monopólio estatal do petróleo. Naturalmen-te, o nacionalismo de Vargas não agradou aos capitalistas norte-americanos, e o presidente dos EUA – Eisenhower – cancelou unilateralmente o acordo de desenvolvimento entre os dois paises, entre-gando apenas U$180 milhões dos quase U$ 400 milhões prometidos anteriormente.

No que diz respeito ao movimento trabalhista, Getulio concedeu especial atenção, procurando apoiar-se na grande massa popular para sustentar o seu programa econômico. A nomeação de João Goulart para o Ministério do Trabalho, em inícios de 1953, tinha como objetivo a reorga-nização sindical de modo a dar ao governo maiores condições de manipular a massa operaria.

As oposições a Vargas foram crescendo. Os conservadores, entre eles Carlos Lacerda (proprie-tário do jornal Tribuna da Imprensa) não hesitaram em criar boatos e tentar identificar este governo com o retorno do Estado Novo. De outro lado, as pressões norte-americanas, sobre-

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tudo das empresas petrolíferas, criavam dificuldades cada vez maiores para o governo. A luta chegou ao auge em meados de 1954, quando o jornalista Carlos Lacerda sofreu um atentado (Atentado da Rua Toneleros). Embora Lacerda tenha escapado, o tiro acertou e matou o major da aeronáutica Rubens Vaz. A descoberta, pela Republica do Galeão do envolvimento de indiví-duos ligados a guarda pessoal de Getulio, principalmente o chefe da guarda, Gregório Fortuna-to (o Anjo Negro) fez com que as Forças Armadas se colocassem contra o presidente.

No dia 23/08 um Manifesto feito para a nação foi assinado pr 27 generais pedindo a renúncia de Vargas. Vendo a situação piorar, Getulio responde com um ultimo e trágico ato: na manhã do dia 24, suicidou-se em seus aposentos no Palácio do Catete, desfechando um tiro no coração.

O suicídio teve efeito imediato. A massa saiu para as ruas em todas as grandes cidades, depre-dando os “responsáveis” pela morte do “Pai dos pobres”. Caminhões que carregavam a edição do jornal antigetulista O Globo foram queimados e sede diplomática norte-americana dos EUA no Rio de Janeiro quase foi invadida. O suicídio de Vargas representou na economia, a vitória dos partidários do desenvolvimento dependente do capital estrangeiro. Apesar de que o com-portamento de Getulio em relação ao capital não nacional era bastante flexível, e em nenhum momento se descartou por completo sua participação na economia brasileira. Getulio só não concordava com o alinhamento completo do Brasil aos EUA, como estes pareciam desejar. Na verdade, recusava-se a atuar como peça subordinada ao capital estrangeiro.

Gov. Café Filho/Carlos Luz/Nereu Ramos – a Novembrada

Com o suicídio de Getulio assume o vice-presidente, Café Filho, político do Rio Grande do Nor-te, que marcou eleições para outubro de 1955.

Em fevereiro deste ano o PSD lançou a candidatura de Juscelino Kubitschek, governador de MG. Ele encarnava bem uma das vertentes do getulismo e tinha condições de obter o apoio do PTB, como de fato ocorreu, restaurando a aliança PSD-PTB. Outros candidatos foram: Ademar de Barros (PSP) que havia sido derrotado por Jânio Quadros nas eleições para governador do Estado de São Paulo, em 1954; Eduardo Gomes queria concorrer novamente, mas a UDN opta por outro antigo tenente, Juarez Távora.

Em 03/10/1955, as urnas deram a vitória a JK (36%), que tinha como vice João Goulart. Os ou-tros candidatos ficaram com 30% e 26%, respectivamente, Távora e Ademar.

Contudo, logo após a vitória eleitoral, desencadeou-se uma campanha contra a posse de JK. Café Filho sofreu um ataque cardíaco, e abandonou provisoriamente a presidência. Em seu lu-gar havia assumido (03/11) o presidente da Câmara dos Deputados Carlos Luz. O diretor da ESG, era contra a posse de JK e como o presidente negou-se a puni-lo, o Ministro da Guerra, Henrique Lott demite-se. A partir de então ocorreu o “Golpe Preventivo”,ou seja, a intervenção militar do Gen. Lott para garantir a posse de JK. No dia 11/11, o Gen. Lott mobilizou as tropas do Exercito no Rio de Janeiro. As tropas ocuparam edifícios governamentais, estações de radio e televisão. Os comandos do Exercito se colocaram ao lado de Lott, enquanto os Ministros da Marinha e da Aeronáutica denunciavam a ação como “ilegal e subversiva”. As forcas do Exercito cercaram as bases navais e aéreas, impedindo um confronto entre as Forças Armadas. Carlos Luz foi deposto da presidência e ainda no dia 11 o Congresso Nacional passa a presidência da Republica para o presidente do Senado Nereu Ramos. A pedido dos militares, logo depois o Congresso aprovou o estado de sitio por trinta dias, prorrogado por igual período. Essa serie de medidas excepcionais garantiu a posse de JK e Jango, a 31/01/1956.

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Governo JK (1956-61)

O governo do mineiro Juscelino foi marcado por transformações de grande magnitude, sobre-tudo no âmbito econômico. Dando ênfase ao desenvolvimento econômico industrial, estabe-leceu através do Plano de Metas, 31 metas, dentre as quais energia, transporte, alimentação, industrias de base, educação e a construção da ova capital, no planalto central. Brasília que foi projetada pelos internacionalmente renomados arquiteto Oscar Niemeyer e o urbanista Lúcio Costa e inaugurada em 21/08/1960.

A política desenvolvimentistade JK baseava-se na utilização do Estado como instrumento coor-denador do desenvolvimento, estimulando o empresariado nacional, mas também criando um clima favorável à entrada de capital estrangeiro, quer na forma de empréstimo, quer na forma de investimento direto. Assim, em 1959, o governo criou a SUDENE (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), para auxiliar o Nordeste e integra-lo economicamente ao mer-cado nacional. Contudo, de todas as medidas, a mais significativa foi a criação do GEIA(Grupo de Estudos da Indústria Automobilística), constituindo assim que no seria, no futuro, o carro--chefe da industrialização brasileira, apesar de todas as distorções econômicas verificadas.

Esse ambicioso programa de desenvolvimento econômico levou Juscelino a repensar o sistema americano, resultando na criação da OPA(Operação Pan-americana), que redefiniu as relações da América Latina com os Estados Unidos. Através desta iniciativa, JK procurou transformar a solida-riedade pan-americana numa aliança entre os países, visando a superação do subdesenvolvimento.

Sem dúvida, o esforço juscelinista acarretou a alteração de fisionomia econômica do país. E a euforia desenvolvimentista tinha fundamento. As indústrias se desenvolveram de forma sig-nificativa e a economia de fato se modificou. Entretanto, com o modelo do desenvolvimento econômico concebido e executado, alguns problemas apareceram. A abertura para o capital estrangeiro, que se tornou a principal alavanca do desenvolvimento industrial, começou a pres-sionar a economia no sentido da inflação. O deslocamento de mão-de-obra das regiões perifé-ricas para a região Centro-Sul, isto é, do campo para a cidade, modificou a composição social dos grandes centros urbanos, aumentando a pobreza.

“Inflação novamente”

O Plano de Metas exigia financiamentos, que só seriam possíveis se o governo dispusesse de dinheiro em caixa. Para isso era necessário o aumento das exportações, que necessitaria ou de estímulo federal, ou aumento da demanda do mercado internacional. A segunda possibilidade não ocorreu e a primeira inflacionaria a economia, entrando em choque com o Programa de Estabilização Econômica. O estrangulamento da estrutura econômica só seria resolvido com investimentos públicos em longo prazo, porém isto geraria grandes déficits orçamentários, ocasionando a inflação. Esta, por sua vez, distorce investimentos e não estimula a poupança privada. No âmbito externo, a inflação prejudica a vinda de investimentos estrangeiros, uma vez que os credores exigem provas de controle inflacionário. Neste aspecto é necessário destacar o papel do FMI – não no que concerne a créditos, pois estes não eram tão expressivos – que tranqüilizava os investidores estrangeiros e indicava o mercado brasileiro como confiável. Outros problemas da inflação: impossibilitava reter o aumento de salários, pois, ocasionaria a diminuição do poder aquisitivo da população o que levaria a estagnação da economia, porém se o aumento fosse concedido a economia seria inflacionado pelo consumo;impossibilitava

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também negar créditos aos industriais, devido a incapacidade do Banco Central em por efetivamente em prática a estabilização pretendida; outro fator inflacionário era a emissão de papel moeda para ainda comprar o excedente de café.

JK encontrava-se num paradoxo: por um lado, para empreender o Plano de Metas (programa nacioanl-desenvolvimentista), necessitava manter um alto nível de investimentos públicos, altos salários e linhas de créditos aos industriais; por outro, para por em prática o Programa de Estabilização Econômica, necessitava conter os aumentos salariais, reter os créditos aos industriais e, urgentemente, sanear os gastos públicos.

Nas eleições presidências de 1960, concorreram Jânio Quadros do PTN (apoiado pela UDN) e Henrique Lott (pela coligação PTB-PSD-PSB) e Ademar de Barros pelo PSP A emergência de Jânio e o amplo apoio popular com que contou, foi responsável pela sua vitória esmagadora de mais de 1 milhão de votos, com 48% dos votos. Lott (que fez apenas 28% dos votos) também não foi um bom candidato, pois desagradava a sua própria coligação: desagradava o PSD, por quere o voto do analfabeto e desagrada setores do PTB por criticar Cuba e o comunismo. Contudo, nesta eleição era possível eleger o presidente de uma chapa e o vice de outro. Foi exatamente o que aconteceu! Elegeu-se a dobradinha Jan-Jan. João Goulart (Jango) era o candidato a vice-presidente da chapa de Lott, porém foi eleito e assume o governo junto com Jânio.

Governo Jânio Quadros (1961)

Segundo o brazilianista Thomas Skidmore, Jânio era um “corpo estranho por excelência” no cenário político de então. Ainda segundo o mesmo autor, Jânio “apresentava-se como um can-didato dinâmico da grande presença que estimulava o público levando-o a confiar nele. Ofere-cia, assim ao cidadão comum do eleitorado urbano a presença de uma transformação radical através da força redentora de uma única personalidade líder”, acima de todos os partidos.

Contudo, apesar de toda excentricidade aparente, Jânio era um político extremamente conser-vador e autoritário. Desde início procurou controlar os sindicatos, não hesitou em reprimir pro-testos camponeses no Nordeste, mandou prender estudantes rebeldes, adotou uma política de austeridade – o que conquistou a moralista classe média –, acreditou poder corrigir os vícios da administração pública reprimindo a corrupção, e apostou em uma política externa indepen-dente (reatando relações diplomáticas e comerciais com o bloco comunista), o que, aliás, muito desagradou o governo norte-americano.

Entretanto, os problemas que Jânio tinha para resolver eram muitos e difíceis. Não se mostrava capaz de superar a crise financeira, pois sua política de austeridade era constituída de medidas extremamente impopulares: congelamento de salários, restrição a crédito, corte de subsídios federais, desvalorização da moeda. Ora, as inquietações empresariais e operárias não tarda-ram. Para piorar, resolve taxar a remessa de lucros para o exterior, ou seja, através de medidas tributárias, queria bloquear, em parte, a acumulação de capitais estrangeiros, ferindo os inte-resses do imperialismo e da classe dominante no Brasil.

Isto foi o suficiente para que uma tempestade desabasse sobre o governo, na forma de siste-mática campanha da oposição por intermédio da imprensa. O pretexto para intensificar essa campanha foi dado pelo próprio Jânio ao condecorar Ernesto “Che” Guevara com a ordem do Cruzeiro do Sul. Bastou esse gesto para que a oposição pudesse identificar o governo de qua-dros como comunista.

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No dia 24/08, Carlos Lacerda (governador da Guanabara) em rede nacional de televisão, acusa Jânio de estar tramando para o Brasil um regime semelhante ao de Cuba. Segundo a versão que se popularizou, no dia seguinte, diante das oposições acirradas, Jânio irritado teria sim-plesmente renunciado, porém com esperanças de ser recolocado no poder pelo povo, voltando com um governo forte e centralizado na sua pessoa. Na “carta-renúncia” (25/08/1961) acusa as “forças terríveis ocultas que se levantaram contra mim” levando ao fracasso seu plano de governo. Estas “forças ocultas” ele jamais chegou a nomear, mas, seguramente referia-se aos representantes do imperialismo norte-americano e europeu e internamente, a força antipopu-listas aglutinada na UDN, notadamente Carlos Lacerda.

Com a renuncia, quem deveria assumir a presidência era o vice João Goulart. Todavia, sua ação política era identificada pelas forças conservadoras como comunista. Para fortalecer ainda mais esta visão, quando Jânio renunciou, Jango encontrava-se em visita a China comunista.

Devido a ausência de Jango a presidência foi assumida pelo presidente da Câmara dos Deputa-dos Ranieri Mazzili, porém efetivamente, o Poder estava nas mãos dos militares, que imediata-mente declararam estado de sítio para evitar qualquer manifestação pública. Ao mesmo tem-po, passaram a controlar a imprensa, interviram nos sindicatos e prenderam seus opositores. Toda estas medidas tinham um objetivo: impedir a posse de Jango.

Entretanto, uma clara cisão militar surgiu no Rio Grande do Sul, onde o Comandante do III Exér-cito, General Machado Lopes, se declarou favorável ao cumprimento da Constituição, isto é, dar posse a Jango. A prisão de Machado Lopes foi cogitada, mas como fazê-la, se o Rio Grande do Sul era governado por Leonel de Moura Brizola, que entre outras coisas era cunhado de Jango? Brizola deu ordens de defender a Constituição e preparar o Rio Grande do Sul contra tentativas de invasão, dando início a Campanha da Legalidade.

A solução só foi encontrada quando foi encaminhada para o Congresso uma Emenda Consti-tucional que propunha o regime parlamentarista no Brasil. A emenda foi aprovada pelo Con-gresso sob pressão militar, e no dia 07/09/1961, João Goulart prestou juramento como novo presidente da república.

Governo Jango (1961-64)

De setembro de 1961 a setembro 1964, as crises políticas se agravaram consideravelmente. O parlamentarismo que se implantou como solução de compromisso para garantir a posse de João Goulart, possui um caráter marcadamente transitório, porque seu objetivo era coibir os poderes do novo presidente. Jango teve que reunir apoio do amplo setor da opinião pública, militares e políticos para antecipar o plebiscito (para decidir a volta ou não do presidencialismo) previsto para 1965 para abril de 1963. O presidencialismo saiu vencedor com uma proporção de 5 votos para 1.

Paralelamente organizou-se a oposição antipopulista, que receava que Jango se unisse aos movimentos populares e sindicais. O temor não era sem fundamento! As agitações populares haviam atingido uma variedade de formas chegando a níveis de atividade e sobretudo de influência política sem paralelo na historia brasileira, que culminaria em 1962, com a criação da CGT(Comando Geral dos Trabalhadores).

Se a política de Jango visava, de um lado, a sustentação do poder através do estímulo aos mo-vimentos de massa, de outro, objetivava a implantação de uma política de estabilidade. Esta foi expressa no Plano Trienal, de autoria do economista Celso Furtado, que ocupava o Ministério do

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Planejamento. O plano tinha por objetivo reduzir a inflação, que em 1962, atingira 52%, para 10% em 1965. Concomitantemente, planejava estimular o crescimento econômico à taxa de 7%. É cla-ro que isso só poderia ser conseguido através de um política de austeridade, que incluía desde a restrição do crédito e a contenção dos gastos públicos até o congelamento dos salários, o que ob-viamente, contrariava a política de mobilização de massas. Eis o grande paradoxo do governo de Jango: como conciliar medidas antipopulares, que visavam a estabilidade econômica, com a polí-tica de mobilização de massas? Assim as bases do Estado passaram a ser questionadas. A política antiinflacionária, por exemplo, descontentou a todos, desde os empresários, que se colocavam contra a restrição de crédito, até os trabalhadores, que desconfiavam da política de contenção sa-larial. A radicalização que foi impulsionada desde meados de 1963 e atingira seu ápice em 1964, constituía um problema grave para o governo: a política de mobilização acionava toda a força direitista ou conservadora contra Goulart, e as forças populares, por sua vez, impacientavam-se a cada dia e buscavam uma “alternativa revolucionária”.

Nesse contexto de radicalização, para Jango já não era possível o retorno da autoridade do Estado, ao menos na forma que até então fora exercida. Conseqüentemente, em 1964, Jango lançou a política de reformas, as chamadas “reformas de base”: reforma administrativa, fiscal, agrária e bancária. Esta postura do governo foi expressa no famoso Comício de Sexta-feira 13 de março ,junto a Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

Foi o momento em que as tensões sociais, políticas e militares se acentuaram ao máximo, criando condições de rompimento do compromisso das classes do Estado Populista. Como res-posta os setores conservadores organizaram a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em São Paulo, a partir de associações de senhoras católicas. Cerca de 5000 mil pessoas desfilaram pelas ruas da cidade em 19/03, em demonstração de que os partidários de um golpe poderiam contar com seu apoio

Para deteriorar ainda mais a situação, as tensões atingiram as Forças Armadas: entre os dias 25 e 27 ocorreu a “Revolta dos Marinheiros”, quando cerca de 1.200 marinheiros, sob liderança da Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais, concentraram-se no Sindicato dos Metalúr-gicos, no Rio de Janeiro, para protestar contra certos pontos da disciplina militar. O governo se colocou favorável aos marinheiros, o que se refletiu imediatamente nos escalões superiores das Forças Armadas. Oficiais das três Armas criticaram abertamente o governo. Em 30/03 em discurso publico, Jango respondeu às críticas.

A drástica reação militar não tardou. No dia seguinte, 31/03, desencadeou-se o movimento militar que depôs Jango. O movimento iniciou-se em Minas Gerais sob o comando dos Generais Carlos Luiz Guedes e Olympio Mourão Filho,com apoio do governador do Estado, Magalhães Pinto, que junto com os governadores da Guanabara (Carlos Lacerda), de São Paulo (Ademar de Barros) e do Rio Grande do Sul (Ildo Meneguetti), lançaram o“Manifesto dos Governadores”, onde declaravam que para limpar o Brasil da ameaça comunista, só a intervenção militar. A rebelião militar mineira recebeu apoio do II Exército (com base em São Paulo), comandado por Amauri Kruel.

No dia 1° de abril,quando Jango rumou de Brasília em direção a Porto Alegre, o presidente do Senado declarou vago o cargo de presidente da república. Brizola tentou resistir com o apoio do comandante do III Exército, Gen. Machado Lopes, mas Jango o persuadiu a exilarem-se no Uruguai para que fosse evitado o derramamento de sangue.

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SLIDES – PERÍODO POPULISTA (1946-1964)

Governos

• Eurico Gaspar Dutra (46 – 50) – alinhamento com os EUA• Getúlio Vargas (51 – 54) – Petrobrás e suicídio• JK (1955 – 1960) – Desenvolvimentismo e Brasília• Jânio (61) – PEI, crise política e renúncia• Jango (61 – 64) – Legalidade, Parlamentarismo, Reformas de

Base e Golpe civil-militar

Constituição de 1946• A igualdade de todos perante a lei;• A liberdade de manifestação de pensamento, sem censura, a não ser em

espetáculos e diversões públicas;• A inviolabilidade do sigilo de correspondência;• A liberdade de consciência, de crença e de exercício de cultos religiosos;• A prisão só em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade

competente e a garantia ampla de defesa do acusado;• Extinção da pena de morte;• Separação dos três poderes.

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• Alinhamento do Brasil aos EUA no contexto da Guerra Fria (Imperialismo Cultural);

• Rompimento das Relações Diplomáticas com a URSS;

• Fechamento do PCB e políticos do partido são cassados;

• Aumento das importações;

• Proibição de greves e intervenção em sindicatos;

• Plano Salte (saúde, alimentos, transporte e energia); Pavimentação asfáltica Rio-São Paulo (Via Dutra).

Característicasdo Governo Dutra (1946 – 1950)

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Getúlio Vargas – PTB (1951 – 1954):

Política econômica nacionalista e intervencionista.• Criação do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico);

• Campanha “O petróleo é nosso”, com o apoio de Monteiro Lobato , que culminou em 1953 com a criação da Petrobrás;

• Aumento de 100% do salário mínimo: Ministro do Trabalho João Goulart;

• Empresários nacionais, associados ao capitais internacionais, financiaram a oposição ao governo através da UDN e do seu líder e governador da Guanabara Carlos Lacerda (dono da Tribuna da Imprensa);

• Atentado a Carlos Lacerda (Rua Tonelero, Copacabana no Rio de Janeiro);

• Suicídio de Getúlio Vargas (24 de agosto de 1954). Carta Testamento: “...saio da vida para entrar na História.”;

Campanha o Petróleo é nosso

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Morte de Vargas

Tentativa de golpe dos udenistas (com o apoio de Carlos Luz), que tentam impedir a posse de JK e Jango, acusando-os de “comunistas”e não terem conseguido a maioria absoluta de votos, com o apoio de oficiais da Aeronáutica sediados em Santarém (PA). A tentativa de golpe foi desarticulada pelo general Henrique Teixeira Lot (Ministro da Guerra).

Novembrada – 11/1954

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Juscelino Kubitschek – PSD (1955 – 1961):

• JK o presidente “Bossa Nova”;• Anistia aos envolvidos ns tentativa de golpe;• Plano de Metas: “50 anos de desenvolvimento em 5 de

governo”;• Interiorização do desenvolvimento. • Empréstimos e investimentos estrangeiros.• O Plano de Metas previa investimentos em: energia,

transporte, alimentação industria de base e educação.• Política econômica modernizadora e desnacionalizadora;• Construção de Brasília (Oscar Niemeyer e Lúcio Costa),

• Instalação de industrias de bens duráveis, principalmente multinacionais automobilísticas;

• No final do governo JK, o país teve um aumento considerável da dívida externa e da inflação (superinflação), o que provocou o aumento do custo de vida e poder aquisitivo do salário mínimo caiu consideravelmente;

• Criação da SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste);

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Indústria Automobilística

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• “Tripé econômico“- baseado na atuação do Estado (com investimentos em infraestrutura e setores de base), da Iniciativa Privada Nacional (em setores de bens de consumo não-duráveis como têxtil e alimentos) e da Iniciativa Privada Externa (em setores de maior tecnologia, como bens de consumo duráveis: automóveis e eletrônicos). J.K. possibilitou a construção de hidrelétricas, criou Furnas, adotou o Modelo Rodoviarista e construiu rodovias em abudância, criou a Usiminas e investiu amplamente nas indústrias. Com a forte entrada do capital externo, o Brasil passou por um período de grande expansão, mas, também, ampliou sua dependência tecnológica e financeira

Brasília

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•Concentração de industrias em SP, Rio e MG.• Início do processo de sucateamento das ferrovias brasileiras, investimentos em rodovias

• O aumento da inflação do custo de vida e da dívida externa, levou o governo a romper com o FMI e a decretar moratória.

Jânio Quadros – PTN (1961):

• Eleito com o apoio da UDN

• Teve como símbolo de campanha a “vassourinha”

• Manteve uma política externa independente:Reatou relações diplomáticas com a URSS e China.

• Condecorou “Che” Guevara, com a Ordem do Cruzeiro do Sul.

• A UDN rompe com o Governo e Carlos Lacerda, em rede de TV, acusa Jânio de abrir as portas do Brasil ao “comunismo internacional”;

• Sem apoio, Jânio Quadros renuncia (26 de Agosto de 1961): “...forças terríveis levantaram-se contra mim e me intrigam ou infamam... A mim não falta a coragem da renúncia.”

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Movimento da Legalidade, 1961, em Porto Alegre

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Com a renúncia de Jânio, deveria assumir o vice-presidente. Jango estava em visita oficial a China e era considerado pelos grupos reacionários, simpatizante do comunismo. Setores ligados ao grande capital nacional e internacional, com o apoio de parte das Forças Armadas tentaram impedir a posse de Goulart, quando eclodiu em Porto Alegre o Movimento da Legalidade, liderado pelo governador Leonel Brizola (com o apoio do III Exército), que exigia o cumprimento da constituição e a posse de João Goulart.

João Goulart – PTB (1961 - 1964):• Parlamentarismo• Realização do plebiscito (6 de janeiro de 1963): de um total de 12

milhões de votos, quase 10 milhões de cidadãos votaram contra o parlamentarismo;

• Governo nacionalista • Plano Trienal • Objetivos: Encampar as refinarias particulares de petróleo, reduzir a

dívida externa brasileira, diminuir a inflação, mantendo o crescimento econômico.

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João Goulart – PTB (1961 - 1964):• Comício da Central do Brasil no Rio de Janeiro (com a

presença de 300 mil pessoas). Jango anuncia um conjunto de medidas denominadas de Reformas de Base:

• Reforma Agrária;• Reforma Urbana;• Reforma Educacional;• Reforma Eleitoral;• Reforma Tributária.• Lei de remessas de lucro para o exterior.

O Golpe Militar no Brasil contou com o apoio dos EUA (Operação Brother Sam).

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Movimento conservador contrário ao governo de Jango. Aval para o golpe.

• Em 31 de março de 1964 começou o Golpe Militar em MG (galOlímpio Mourão Filho, apoiado pelo governador Magalhães Pinto), que recebeu a adesão de unidades no RS, SP e GB. Em 1 de abril Jango deixou Brasília e rumou para Porto Alegre, onde Brizola, com o apoio da BM, tentou convence-lo inutilmente a resistir, ambos fugiram para o Uruguai.

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