história natural da doença

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5/14/2018 HistriaNaturaldaDoena-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/historia-natural-da-doenca-55a931a42bf39 1/24 História Natural da Doença Escola Técnica em Saúde Evangélica LTDA. Prof.: Mário César Carneiro de Santana 22 de março de 2012

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História Natural daDoença

Escola Técnica em SaúdeEvangélica LTDA.

Prof.: Mário César Carneiro deSantana

22 de março de 2012

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História Natural da Doença é o nome dado

ao conjunto de processos interativoscompreendendo “ as inter-relações doagente, do suscetível e do meio ambienteque afetam o processo global e seudesenvolvimento, desde as primeiras forçasque criam o estímulo patológico no meioambiente, ou em qualquer outro lugar,

passando pela resposta do homem aoestímulo, até as alterações que levam a umdefeito, invalidez, recuperação ou morte” 

(Leavell e Clark, 1976)

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Introdução

•   A prevenção se faz com base na histórianatural da doença.

• Quadro esquemático que dá suporte à

descrição das múltiplas e diferentesenfermidades.

• Útil para apontar métodos de prevenção e

controle, para compreende as situações etornar operacionais as medidas deprevenção.

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Período Epidemiológico X Período Patológico

• Relações suscetíveis noambiente onde ocorrem aspré condições.

• Lócus da doença onde seprocessaria uma série demodificações bioquímicas,fisiológicas e histológicas,

próprias de umaenfermidade.

 Alguns fatores se situam de forma indefinida entre oscondicionantes pré-patogênicos e patogênicos . São

anteriores a uma doença especifica, sem se confundir com amesma, são intrísecos ao organismo do suscetível. Sem essesestímulos a doença não se exteriorizaria. Na presença deles,

estímulos externos tornam-se estímulos patogênicos

(hereditários, congênitos ou adquiridos).

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Período Pré-patogênese

• É a própria inter-relação dinâmica queenvolve os condicionantes sociais eambientais e de outro os fatores próprios do

suscetível com os agentes etiológicos dadoença.

• Podem ocorrer situações com o mínimo até

o máximo de risco. (Ex: ricos x cólera; usuários dedrogas x HIV)

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FATORES SOCIAIS

• O estudo em nível pré-patogênico da produção dadoença em termos coletivos, objetivando oestabelecimento de ações de ordem preventiva, deve

considerar a doença como fluindo, originalmente, deprocessos sociais, crescendo através de relaçõesambientais e ecológicas desfavoráveis, atingindo ohomem pela ação direta de agentes físicos, químicos,

biológicos e psicológicos, ao se defrontarem, noindivíduo suscetível, com pré-condições genéticas ousomáticas desfavoráveis.

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Fatores Socioeconômicos•  Associação inversa entre capacidade econômica e

probabilidade de adoecer.

• Segundo Renaud (1992), os pobre:

 – São percebidos como mais velhos e mais doentios; – São 2 ou 3 vezes mais propensos a doenças graves;

 – Permanecem doentes mais frequentemente;

 – Morrem mais jovens;

 – Procriam crianças de baixo peso;

 – Mortalidade infantil maior.

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Fatores Sociopolíticos

• Instrumentação jurídico-legal;

• Decisão política;

• Higidez política;

• Participação consentida e valorização dacidadania;

• Participação da comunitária efetivamenteexercida;

• Transferência das ações e acesso à informação.

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Fatores Socioculturais•

Como fatores na pré-patogênese os comportamentosreferem-se aos valores internalizados de naturezacultual/social/econômica/política: – Passividade diante do poder exercido com

incompetência ou má fé; –  Alienação em relação aos direitos e deveres da

cidadania;

 – Transferência irrestrita, para profissionais da política,

da responsabilidade pessoal pelo social; – Participação passiva como beneficiários do

paternalismo de estado ou oligárquico;

 –

Incapacidade de se organizar para reivindica.

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Fatores Psicossociais• Estímulos com influência direta sobre o

psiquismo humano: – Marginalidade; ausências de relações parentais

estáveis; desconexão em relação à cultura deorigem; falta de apoio no contexto social em que  vive; condições de trabalho estressantes eextenuantes; promiscuidade, transtornos

econômicos, sociais ou pessoais, falta decuidados maternos na infância; carência afetivade ordem geral; competição desenfreada...

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FATORES AMBIENTAIS•  Além de incluir o ambiente físico,, que abriga e torna

possível a vida autotrófica e o ambiente biológico, queabrange todos os seres vivos, inclui também asociedade envolvente, sede das interações sociais,

políticas, econômicas e culturais.• Hoje em dia a influencia dos fatores do ambiente físico

perdem relevância diante dos fatores criados peloshomens no ambiente.

• O ambiente físico que envolve o homem modernocondiciona o aparecimento de doenças cuja incidênciatornou-se crescente a partir da urbanização e da

industrialização.

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FATORES GENÉTICOS

• Determinam a maior ou menorsuscetibilidade das pessoas quanto à

aquisição de doenças.• Observa-se que quando ocorre exposição a

um fator patogênico externo, alguns dos

expostos são acometidos e outros não.

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MULTIFATORIALIDADE

• Um único fator não é capaz, geralmente, dedesencadear um processo patológico. A eclosão da doença depende da sinergia dos

fatores existentes no contexto. Quanto maisestruturados estiverem os fatores, maior forçaterá o estímulo patológico.

•   A sinergia entre os fatores quer dizer: doisfatores estruturados aumentam o risco mais doque faria sua simples soma.

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Sinergismo multifatorial na produção e manutenção das doenças diarrpeicas.

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Período patogênico• Inicia-se com as primeiras ações que os agentes

patogênicos exercem sobre o ser afetado.

• São considerados 4 níveis de evolução da doença:1. Interação estímulo-suscetível: doença não desenvolta

mais todos os fatores estão presentes.2. Alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas: doença

presente, mas sem manifestações clínicas. Pode serpercebida por exames. Período de incubação.

3. Sinais e Sintomas: chamado de estágio clínico, pois oprocesso já atingiu uma massa critica de alteraçõesfuncionais no organismo acometido.

4. Defeitos permanentes, cronicidade.

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PREVENÇÃO

• O sucesso das ações preventivas dependem doprofissional de saúde só parcialmente. Nocoletivo, a ação preventiva deve começar a nível

das estruturas socioeconômicas e políticas.•   Ao profissional de saúde é importante começar

pela conscientização da comunidade envolvida.•

Prevenção em saúde pública é a ação antecipada,tendo por objetivo interceptar ou anular aevolução de uma doença.

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continuando...

•   A prevenção pode ser feita nos períodos de

pré-patogênese e patogênese.• Para tal é preciso conhecer os fatores

envolvidos nos dois processos, uma vez que a

prevenção tem como fundamento cortar elosdesses processos.

•  A prevenção pode ser nomeada de primária,

secundária e ainda terciária a depender domomento da história da doença que ela seinsere.

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Prevenção Primária

• Promoção da Saúde – Moradia;

 – Escolas; – Áreas de Lazer;

 – Alimentação

adequada; – Educação em todos

os níveis.

• Proteção Específica – Imunização;

 – Saúde ocupacional; – Higiene pessoal;

 – Proteção contra

acidentes; – Aconselhamento

genético;

 – Controle dos vetores.

Medidas de ordem geral

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Prevenção Secundária•

Diagnóstico precoce: – Inquéritos para

descoberta de casos na

comunidade; – Exames periódicos,

individuais, para detecçãode casos;

 – Isolamento para evitar apropagação de doenças;

 – Tratamento para evitar aprogressão da doença.

• Limitação daIncapacidade:

 – Evitar futurascomplicações

 – Evitar sequelas.

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Prevenção Terciária

• Reabilitação (impedir incapacidade total)

• Fisioterapia

Terapia ocupacional• Emprego para o reabilitado

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Enfim...

•   A História Natural da Doença é umaproposta que busca estabelecer oureconhecer um conjunto de processos

interativos dos diferentes fatores queexplicam a ocorrências das doenças.

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REFERÊNCIA 

• ROUQUARIOL, Maria Zélia; GOLDBAUM,Moisés. Epidemiologia, História Natural ePrevenção de doenças. In: Epidemiologia e

Saúde. ROUQUARIOL, Maria Zélia;FILHO, Naomar de Almeida. 6º Ed. RJ:MEDSI. 2003. 728p.