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PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR HISTÓRIA Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br

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PRÉ-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

HISTÓRIA

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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico

Disciplinas Autores

Língua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima BezerraLiteratura Fábio D’Ávila Danton Pedro dos SantosMatemática Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba CostaFísica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. SaquetteQuímica Edson Costa P. da Cruz Fernanda BarbosaBiologia Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério FernandesHistória Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa SilvaGeografia DuarteA.R.Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer

I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

696 p.

ISBN: 978-85-387-0574-1

1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.

CDD 370.71

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Revolução Francesa

“Viva a Revolução – Igualdade, Liberdade e Fraternidade”

Filhos da Pátria, marchemos,

O dia da Glória chegou,

O estandarte ensanguentado da tirania

Contra nós se alça.

Esses ferozes soldados?”

(La Marselhesa – Trad. de parte do hino francês.)

Caso você queira se aprofundar no assunto de Revolução Francesa, basta ler e entender o hino francês, pois este é uma verdadeira aula de história sobre a Revolução.

A Revolução Francesa apresentou a crise final do Antigo Regime, foi uma crise geral, principalmente do âmbito econômico, e representou o colapso do Feudalismo e o aprofundamento das contradições sociais.

Essa crise econômica ficou caracterizada pelo déficit público; além da perda de competitividade com a Inglaterra, gastos com guerras e com privilé-gio; crise agrícola.

A crise estava relacionada à divisão da socieda-de em três Estados: clero (1.º Estado), nobreza (2.º Estado), burguesia e povo (3.º Estado).

Vale lembrar que a Revolução Francesa inclui várias revoluções no seu processo revolucionário: a camponesa (“o grande medo”), a burguesa e a popular (sans – culottes).

A burguesia que possuía um grande poder eco-nômico, ambicionava também uma maior participa-ção política. Todo este processo foi favorecido quando Luís XVI, premido pelo déficit orçamentário e optando pela demissão de ministros que propunham reformas

fiscais (Turgot, Necker, Calonne, Brienne), se impôs à resistência da nobreza (Revolta Aristocrática). O Antigo Regime, sustentado pela igreja católica e pelo rei de caráter absolutista sucumbia perante os olhos da sociedade francesa.

O pensamento iluminista e, consequente-mente, a Revolução Francesa foram os responsáveis pela derrubada dos tronos e dos altares no que se refere ao poder do Antigo Regime.

Abertura dos Estados gerais.

Dom

ínio

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lico.

Fases da Revolução Francesa

A era das instituições (1789-1792) – monarquia

Diante do impasse em torno da crise, houve a convocação dos Estados gerais. Simultaneamente eclodiu a revolta popular (sans – culottes), no campo (Grande Medo) e na cidade (Tomada da Bastilha - 14 de Julho) o que levou o Terceiro Estado a reunir-se em assembleia própria.

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26 de agosto: • Declaração dos Direitos do homem e do cidadão.

Esta declaração não se limitava a consagrar os escritos dos dias 4 e 11 de agosto que faziam tangência ao processo de igualdade civil e fiscal. O destaque maior desta decla-ração era a afirmação do direito do homem às liberdades, o direito do cidadão à soberania e constitui a segunda grande carta da Re-volução. A primeira carta revolucionária foi escrita nos dias 4 e 11 de agosto.

O texto da Declaração dos Direitos do homem e do cidadão não mencionou a abolição do regime feudal, mas repetiu o grande texto igualitário.

O artigo 1.º da Declaração dos Direitos do homem e do cidadão dizia: “os homens nas-cem e permanecem... iguais em direitos. As distinções sociais só podem ser baseadas na utilidade comum.”

1790: • → confisco dos bens da igreja e subor-dinação do clero às leis civis (Constituição Civil do clero) – o episcopado passou a ser uma carreira liberal e burguesa – o clero na França ficou dividido em dois tipos. O jura-mentado, composto pelos que aceitavam a constituição, e os refratários, composto pelos que a recusavam.

→ emissão bônus do tesouro – asignats (pa-pel - moeda), estava diretamente associado ao confisco dos bens do clero.

A constituição de 1791: Características: •

→ Formação de uma Assembleia Legislativa; implantação de uma monarquia constitu-cional censitária; subordinação do trabalho ao capital, com a proibição de greves e sin-dicatos (lei Le Chapelier); Divisão em duas facções: girondinos e jacobinos (ambos repre-sentantes da burguesia, porém, os jacobinos estavam mais próximos do povo).

O rei Luís XVI tentou escapar para a região da Vandeia para liderar um movimento contra–revolucionário apoiado por alguns países e reinos, que formavam a coligação (Inglaterra, Rússia, Prússia e o Império Austro-húngaro).

No ano de 1792, a situação estava crítica, o manifesto do duque de Brunswick, formulan-do ameaças caso se atentasse contra a família real francesa, precipitou os acontecimentos.

“Foi uma desesperada e afinal suicida ten-tativa de fugir do país. Ele, o rei francês foi recapturado em Varennes (junho de 1791) e daí em diante o republicanismo tornou-se uma força de massa; pois os reis tradicionais que abandonaram seus povos perdem o direi-to à lealdade. Por outro lado, a incontrolada economia da livre empresa dos moderados acentuou as flutuações no nível dos preços dos alimentos e consequentemente a militân-cia dos pobres das cidades, especialmente em Paris. O preço do pão registrava a tem-peratura política de Paris com a exatidão de um termômetro e as massas de Paris eram a força revolucionária decisiva: não por mero acaso, a nova bandeira nacional francesa foi a combinação do velho branco real com as cores vermelha e azul de Paris.”

(HOBSBAWM, Eric. A Era das Revoluções. São Paulo:Editora

Paz e Terra, 1996. p. 83.)

→ O povo parisiense tomou as Tulherias e forçou a Assembleia Legislativa a determinar a prisão do rei. Com a prisão, e o retorno do monarca a Paris, a monarquia constitucional foi suspensa, tendo como consequência a elaboração de uma nova assembleia eleita por sufrágio universal.

Uma ofensiva contra a França, articulada por aristocratas emigrados e monarcas absolutistas, com o objetivo de reter o avanço dos ideais liberais da Revolução facilitou a ascensão do grupo do jacobi-nos ao poder no ano de 1793, dando início ao terror jacobino, como foi chamado o período.

Regresso da Família Real.

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A era das antecipações: (1792-1795) – convenção república

A reação absolutista (guerra civil) e a pressão popular (sans-culottes) liderada pelos jacobinos (pe-quena burguesia) levaram à queda da monarquia e à formação da convenção – República. Esta fase ficou caracterizada pela anistia das dívidas campo-nesas, reforma agrária, abolição da escravidão nas colônias e o controle de preços e salários (“Lei dos Máximos”).

Em sua primeira parte, a convenção descobriu documentos secretos do rei Luis XVI a respeito de acordos políticos com a liderança da Áustria, cujo objetivo era, de alguma forma, retomar o poder na França. Este fato levou a acusação do rei Luis XVI como traidor e, a pedido dos montanheses (jacobi-nos radicais), a execução do mesmo por este crime. Conforme o pedido, o rei Luis XVI foi guilhotinado no dia 21 de janeiro de 1793, dando início ao período mais radical do processo revolucionário francês (a Era do Terror)

Neste período, foi aprovada uma nova constitui-ção para a França, com maior proximidade do caráter popular daquela fase. Era elaborada a Constituição de 1793.

Características da segunda fase da Revolução Francesa:

Criação da Constituição do Ano I (1793) • ⇒ a Convenção foi eleita por sufrágio univer-sal, abolindo a monarquia e implantando a República.

Divisão em três facções: •

→ Girondinos – alta burguesia (Brissot e Condorcet) → aceitação da República liberal e garantidora de propriedade.

→ Jacobinos ou montanheses – pequena burguesia (Robespierre, Marat, Danton, Saint-Just) → emprego de massas populares (igualdade e a salvação pública).

→ Centro – com Sieyès, cogitando unir a esquerda à direita para salvar interna e ex-ternamente a Revolução.

Abolição da escravidão nas colônias fran- •cesas.

Lei dos preços máximos • → tabelava os preços dos gêneros alimentícios.

Fim de todos os privilégios feudais. •

Implantação do ensino público e gratuito. •

As contradições entre os revolucionários eram constantes, ao ponto de Robespierre ordenar a exe-cução de dois de seus principais aliados, Danton e Hébert, perdendo com isso parte do apoio popular que possuía a partir da aliança com estes dois re-voucionários. As crises econômica e política estavam acabando com o poder nacional de Robespierre e dei-xando a França num processo explosivo, que resultou mais tarde num golpe promovido pela alta burguesia, que nesse caso, retornaria ao poder.

Robespierre perdeu o controle da convenção, da comuna e dos jacobinos – Golpe do nono Termidor (27 de Julho de 1794), o que ocasionou o assassinato de Robespierre e a alta burguesia voltou ao poder. Nesse episódio, a burguesia retomava o poder da convenção, derrubando os líderes da montanha. Com Robespierre e outros mortos na guilhotina, estava concretizado o retorno dos girondinos ao poder, este episódio foi denominado de Reação Termidoriana.

Com os girondinos novamente no poder, várias decisões tomadas pelos jacobinos em seu pequeno período no poder foram anuladas, como por exemplo, a Lei dos Máximos. Estava decretado o final da se-gunda fase da Revolução e o início da terceira fase.

A era das consolidações: (1795-1799) – diretório

Última fase da Revolução Francesa

Apesar da vitória francesa sobre os absolutistas, o governo jacobino caiu com o “Golpe do nono Termidor”, que recolocou os girondinos no poder. Em seguida a convenção foi dissolvida e instalou-se o Diretório.

Características da terceira fase da Revolução Francesa:

A alta burguesia buscou estabilizar as con- •quistas burguesas

Formação do Diretório (1795) na Constituição •do Ano III (1795), caracterizada pelo regime censitário, dividido em um Conselho de diretores, um Conselho dos anciãos e uma Assembleia dos quinhentos;

1796 • → Conspiração dos iguais (Gracus Babeuf) – possuía como objetivo implantar uma República igualitária – foi um movimento reprimido e o seu líder morto.

Os conservadores liderados por Sieyès deseja- •vam promover uma reforma no Diretóro, pois o mesmo não o agradava em relação ao seu trata-mento frente à Inglaterra, e com isso aproveita-ram o retorno de Napoleão do Egito, para realizar um golpe perante a sociedade francesa.

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Golpe do 18 Brumário (Novembro de 1799) • → Napoleão Bonaparte subiu ao poder su-primindo o Diretório e dando início ao que denominamos de Período Napoleônico.

Nesses dez anos de revolução, a França obteve profundas modificações na sua estrutura social. Como por exemplo, a aristocracia do Antigo Regime perdeu seus privilégios originários do período feudal; assim ampliou-se as atividades burguesas e os camponeses livram-se dos entraves feudais no campo. Pode-se, assim, dizer que o processo revolucionário francês foi o grande responsável em retirar a França de um regime com características feudais para o regime capitalista, na qual a Inglaterra já estava inserida.

A Revolução Francesa foi um movimento muito complexo, que enriqueceu os ideais liberais euro-peus e do mundo. Vários movimentos revolucio-nários, inclusive movimentos de Independência foram influenciados nas colônias americanas.

Essa Revolução conseguiu a sua expansão pela Europa graças a Napoleão e a sua política externa baseada na guerra. Durante bom tempo, esse movimento levou ideias liberais a demais nações, porém o movimento contra-revolucionário (Rússia, Inglaterra, Prússia e Áustria), logo depois da queda de Napoleão, constituiu o chamado Congresso de Viena e a chamada Santa Aliança, responsável por conter os movimentos revolucio-nários e proteger os interesses absolutistas das nações conservadoras.

Vale aqui destacar por último, que a Revolução Francesa foi o movimento que marcou a grande mudança da época moderna para a contempo-rânea, marco este que ainda influencia muitos movimentos liberais no mundo

Filmes sugeridos:

Danton e o processo de Revolução

Casanova e a Revolução

Germinal

“Que é o Terceiro Estado? Tudo. Que tem sido até agora 1. na ordem política? Nada. Que deseja? Vir a ser alguma coisa. Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentados. Se suprimíssemos a ordem privilegiada, a nação não seria algo de menos e sim algu-ma coisa mais. Assim, que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros (...).”

(SIEYES, Abade. O que é o Terceiro Estado?)

Considerando o texto apresentado:

identifique 2 (dois) grupos sociais que compunham a) o Terceiro Estado e explique seus descontentamen-tos às vésperas da Revolução Francesa.

cite, a partir dos descontentamentos do Terceiro b) Estado em relação ao Antigo Regime, duas ações empreendidas pelos revolucionários franceses que tenham contribuído para alterar esta situação.

Solução: `

A alta burguesia, formada por banqueiros, grandes a) comerciantes e grandes manufatureiros que, apesar de se beneficiarem com o monopólio do comércio externo, estavam descontentes por pagarem tributos, não terem privilégios de nascimento; os trabalhado-res urbanos assalariados, além de descontentes com o ônus do pagamento de tributos e da exclusão de qualquer participação política, sentiam mais de per-to os efeitos da crise do Antigo Regime pelas pre-cárias condições de trabalho e de vida nas cidades; e os camponeses livres e servos que, enraizados à terra há séculos, não conseguiam se libertar dessa condição, viviam cada vez mais empobrecidos pelo insuportável custo dos tributos e não tinham acesso à representação política.

A defesa dos princípios de liberdade e de igualda-b) de jurídica através da abolição dos privilégios, da Constituição Civil do clero, da liberdade de asso-ciação, do confisco dos bens eclesiásticos, da pro-clamação dos Direitos do homem e do cidadão, de medidas adotadas para a implantação de governos representativos (voto censitário, sufrágio universal), da abolição da escravidão nas colônias francesas, entre outras medidas.

Leia estes versos, que eram cantados na França, 2. durante a fase do Terror, ocorrida entre junho de 1793 e julho de 1794:

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Santa Guilhotina, protetora dos patriotas, rogai por nós;

Santa Guilhotina, terror dos aristocratas, protegei-nos.

Máquina adorável, tende piedade de nós.

Máquina admirável, tende piedade de nós.

Santa Guilhotina, livrai-nos de nossos inimigos.

(Com a melodia da Marselhesa)

Ó celeste Guilhotina,

Você abrevia rainhas e reis,

Por tua influência divina

Reconquistamos nossos direitos. (bis)

Sustenta as leis da pátria

E que teu soberbo instrumento

Torne-se sempre permanente

Para destruir uma seita ímpia.

Afia tua lâmina para Pitt e seus agentes,

Enriquece tua bagagem com cabeças de tirano!

(ARASSE, Daniel. A guilhotina e o imaginário do terror.

São Paulo: Ática, 1989. p.106-107.)

A partir da leitura desses versos, é correto afirmar que:

a difusão da ideia de uma “pátria em perigo” ficou a) sem efeito prático, limitada ao discurso político.

a guilhotina foi utilizada como um instrumento b) capaz de representar o ato de justiça do povo.

a ordem interna, na fase do terror, se enfraqueceu c) devido à ação do Comitê de salvação pública.

o ardor contra-revolucionário, expresso no louvor à gui-d) lhotina, era endereçado aos seguidores de Bonaparte.

Solução: ` B

A questão acima menciona um dos períodos da Revolução Francesa, o qual é caracterizado pelo poder nas mãos dos jacobinos. Estes que iniciam na França o período do terror, que teve como símbolo a guilhotina e as suas respectivas execuções políticas, tendo como principais vítimas desse processo o rei Luis XVI e a rainha Maria Antonieta. Neste caso, a alternativa que está correta, e melhor representa os versos do enunciado é a letra B.

(Unicamp) Num panfleto publicado em 1789, um dos 1. líderes da Revolução Francesa afirmava:

“Devemos formular três perguntas:

O que é Terceiro Estado? Tudo.

O que tem ele sido em nosso sistema político? Nada.

O que pede ele? Ser alguma coisa.”

(Apud: HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do

Homem, 1979.)

Explique as perguntas e respostas contidas nesse panfleto francês.

(Fuvest) Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre 2. a Revolução Francesa, que:

teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida a) e apropriada por uma só classe social, a burguesia, única beneficiária da nova ordem.

quando se inicia o regime do Diretório, período a) que se caracterizou pelos desmandos políticos.

no momento em que a Conjuração dos Iguais b) propõe a tomada do poder à força e o fim da propriedade privada.

quando Napoleão, apoiado pelo exército e c) pela alta burguesia, derruba o Diretório e chega ao poder.

no momento em que os monarquistas tentam vol-d) tar ao poder através de golpe, que foi sufocado por Napoleão Bonaparte.

quando Robespierre, Saint–Just e seus com-e) panheiros do Comitê de Salvação Pública são mortos na guilhotina, pondo fim ao terror.

Solução: ` C

O golpe do 18 Brumário está ligado à ascensão ao poder de Napoleão Bonaparte (a data do calendário revolucionário corresponde a 9 de novembro de 1799). A alternativa A está descartada, pois o início do Dire-tório foi em 1795, período anterior ao golpe. A letra B fala do movimento liderado por Gracco Babeuf, que ocorreu em 1796, outro período anterior ao Golpe do 18 Brumário. A alternativa D menciona a tentativa de os monarquistas retornarem ao poder, em 1795 e 1797, anos anteriores ao golpe. A letra E relata o ato que pôs fim à Convenção Jacobina, não tendo nada a ver com o golpe. A alternativa correta é a C, pois esta refere-se corretamente ao golpe do 18 Brumário.

No contexto histórico da Revolução Francesa, o 3. episódio denominado O golpe do 18 Brumário aconteceu:

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fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não b) conseguiu impedir o retorno das forças sócio-políticas do Antigo Regime.

nela coexistiram três revoluções sociais distintas: c) uma revolução burguesa, uma camponesa e uma popular urbana, a dos chamados sans-culottes.

foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, d) ao garantir as pequenas propriedades aos campo-neses, atrasou, em mais de um século, o progresso econômico da França.

abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tan-e) to do ponto de vista da riqueza, quanto do ponto de vista político, impediu que a burguesia a concluísse.

(Unesp) Durante a Revolução Francesa, na fase da Con-3. venção Nacional, destacou-se, como líder revolucionário, Robespierre. Este assumiu a defesa do ideal democrático e se manifestou nestes termos:

“Nos Estados aristocráticos a palavra pátria tem sentido unicamente para as famílias aristocráticas, isto é, para os que se apoderaram da soberania. Somente na democracia o Estado é realmente a pátria de todos os indivíduos que o compõem e pode contar com um número de defensores, preocupados pela sua causa, tão grande quanto o número de seus cidadãos.”

Apoiando-se no texto e aplicando seus conhecimentos:

dê o nome do agrupamento político que Robespierre a) liderou nos momentos decisivos da Revolução.

copie o trecho do documento anterior que melhor b) corresponde à teoria da vontade geral e indique o nome do filósofo mentor dessa teoria.

(Unirio) “O mais extraordinário não é que a Revolução 4. Francesa tenha empregado os processos que a vimos aplicar e concebido as idéias que produziu: a grande no-vidade é que tantos povos tenham chegado a um ponto em que tais procedimentos pudessem ser empregados com eficácia e tais máximas admitidas com facilidade.”

(TOCQUEVILLE, Alexis de. O Antigo Regime e a Revolução

Trad.: Yvonne Jean da Fonseca, Brasília: UNB, 1979. p. 59.)

A Revolução Francesa é um dos principais movimentos sociais da história ocidental. Exerceu forte influência na formação do ideário político e social do ocidente em épocas distintas e em culturas variadas. A Revolução Francesa, em seu processo de mudanças políticas e sociais, caracterizou-se por:

derrubar o sistema de representação política da a) nobreza senhorial, baseado nos Estados Gerais eleitos por sufrágio singular, secreto e universal.

fortalecer o Estado estamental baseado no privilégio b) como fator de distinção social e ascensão econômica.

promover o súdito a cidadão por meio de um ordena-c) mento político-jurídico no qual se destaca a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

substituir o sistema constitucional e parlamentar d) da monarquia francesa do Antigo Regime por uma República Federativa de governo burguês.

trocar o modelo institucional da separação dos e) poderes do Estado Absoluto francês, divididos em Executivo, Legislativo e Judiciário, pelos tribunais revolucionários burgueses.

(UERJ) Os acontecimentos do final do século XVIII 1. deram corpo e alma a uma série de mudanças que possibilitaram o nascimento, embora em ritmos diversos, segundo as regiões do mundo contemporâneo. A gesta-ção da Revolução Industrial inglesa, a Independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa constituíram-se nos marcos dessa modernidade. As ideias e práticas abalaram os alicerces do Antigo Regime, ainda que de formas diversas, tanto na maior parte do continente europeu quanto no universo colonial americano.

Explique por que a Revolução Francesa é considerada um importante marco da crise do Antigo Regime.

(PUC-Rio) “Que é o Terceiro Estado? Tudo. Que tem 2. sido até agora na ordem política? Nada. Que deseja? Vir a ser alguma coisa.

Ele é o homem forte e robusto que tem um dos braços ainda acorrentados. Se suprimíssemos a ordem privile-giada, a nação não seria algo de menos e sim alguma coisa mais. Assim, que é o Terceiro Estado? Tudo, mas um tudo livre e florescente. Nada pode caminhar sem ele, tudo iria infinitamente melhor sem os outros (...).”

(Abade, SIEYES. O que é o Terceiro Estado?).

Considerando o texto apresentado:

identifique 2 (dois) grupos sociais que compunham a) o Terceiro Estado e explique seus descontentamen-tos às vésperas da Revolução Francesa.

cite, a partir dos descontentamentos do Terceiro b) Estado em relação ao Antigo Regime, duas ações empreendidas pelos revolucionários franceses que tenham contribuído para alterar esta situação.

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(UFF) O processo das revoluções democrático-burgue-3. sas que animou a Europa e a América nos séculos XVIII e XIX contribuiu, efetivamente, para a institucionalização da vida política contemporânea.

Com relação ao enunciado, pode-se afirmar que:

a Revolução Francesa não fez parte do processo a) das revoluções democrático-burguesas, pois apre-sentou ideias de vida social incompatíveis ao capi-talismo liberal.

as revoluções democrático-burguesas, ao conterem a b) crítica mais radical ao Antigo Regime, desenvolveram as ideias centrais do positivismo e do evolucionismo, contribuindo para o reforço do autoritarismo.

a Revolução Francesa, movimento heterogêneo, que c) incluiu setores sociais descontentes com o Antigo Regime, promoveu o desenvolvimento das matrizes ideológicas do século XIX: Liberalismo, Socialismo e Conservadorismo.

a Revolução Americana, ao ser incluída nas re-d) voluções democrático-burguesas, excluiu-se do processo ocidental, vinculando-se, apenas, às revoluções atlânticas.

a Revolução Francesa não representou o processo das e) revoluções democrático-burguesas, por não aceitar a hegemonia inglesa na expansão das ideias liberais.

Considerando a afirmação acima:

Desenvolva duas razões que justifiquem a impor-a) tância do direito natural para se conferir um caráter universal à Revolução Francesa.

Cite um exemplo de restrição à liberdade entre os b) britânicos e entre os norte-americanos, que suas respectivas Revoluções não eliminaram.

No dia 14 de Julho de 1789, a população francesa 4. tomou a Bastilha, apoderando-se de armas e munição. Num determinado momento, um dos invasores deixou cair uma pedra de uma de suas torres. Esta pedra levou 4 segundos para atingir o solo. Desprezando a resistência do ar e considerando g = 10 m/s2, respon-da qual era a altura da torre em metros.

(PUC-Rio) ”Invocando o direito natural, tal qual os ame-5. ricanos, a Revolução Francesa conferiu à sua obra um caráter universal que a liberdade britânica não possuía, e afirmou esse caráter com muito mais força. Ela não pro-clamou apenas a República: instituiu o sufrágio universal. Não liberou apenas os brancos: aboliu a escravidão. Não se contentou com a tolerância: mas reconheceu a liberdade de consciência, admitiu os protestantes e os judeus na cidade e, criando um estado civil, reconheceu a cada um o direito de não aderir a nenhuma religião.”

(LEFEBVRE, Georges. La Place De Ia Révolution Française

Dans I’Histoire Du Monde, ANNALES. Économies, Sociétés,

Civilisations. 3 eme année, 3 Juillet - Septembre 1948, p. 264.)

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O Terceiro Estado era composto por burgueses e o 1. povo em geral. Não tinham direitos políticos, pagavam impostos e seriam a vanguarda do movimento revolu-cionário.

C2.

3.

Jacobinos.a)

“... a pátria de todos os indivíduos que o compõem b) e pode contar com um número de defensores ...” Montesquieu (Espírito das Leis) divisão do Estado em 3 poderes.

C4.

A Revolução Francesa ao implementar, na prática, os te-1. mas de uma política liberal, por meio de uma monarquia

constitucional, que estabelecia a liberdade, a igualdade civil e a divisão dos três poderes, contribuiu para a crise do Antigo Regime.

2.

A alta burguesia, formada por banqueiros, grandes a) comerciantes e grandes manufatureiros que, ape-sar de se beneficiarem com o monopólio do comér-cio externo, estavam descontentes por pagarem tributos, não terem privilégios de nascimento; os trabalhadores urbanos assalariados, além de des-contentes com o ônus do pagamento de tributos e da exclusão de qualquer participação política, sentiam mais de perto os efeitos da crise do Antigo Regime pelas precárias condições de trabalho e de vida em que viviam nas cidades; e os camponeses livres e servos que, enraizados à terra há séculos, não conseguiam se libertar dessa condição, viviam cada vez mais empobrecidos pelo insuportável cus-to dos tributos e não tinham acesso à representa-ção política.

A defesa dos princípios de liberdade e de igualda-b) de jurídica através da abolição dos privilégios, da Constituição Civil do clero, da liberdade de asso-ciação, do confisco dos bens eclesiásticos, da Pro-

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clamação dos Direitos do homem e do cidadão, de medidas adotadas para a implantação de governos representativos (voto censitário, sufrágio universal), da abolição da escravidão nas colônias francesas, entre outras medidas.

C3.

A relação entre a altura e o tempo é h = 1/2gt4. 2 ; substi-tuindo os valores, chegaremos à resposta de 80.

5.

Na Revolução Francesa (1789), a fase republicana a) adotou o sufrágio universal (masculino) e estendeu a igualdade não apenas aos brancos, decretando o fim da ordem aristocrática, mas também aos ne-gros, abolindo a escravidão em suas colônias. Fi-nalmente, reconheceu a liberdade de consciência, aceitando a pluralidade de credos religiosos ou a ausência deles, e inaugurou um estado civil, em que o poder secular e o espiritual foram definitiva-mente separados.

Como exemplos da restrição de liberdade entre os b) britânicos, a leitura do texto permite-nos identificar a permanência da ordem aristocrática naquela so-ciedade, bem como a continuidade do regime mo-nárquico, ainda que controlado pelo Parlamento.

Como exemplos da restrição da liberdade entre os norte-americanos, temos a exclusão da população escrava e dos índios da nova cidadania inaugurada pela República.

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