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HISTÓRIA Professor: Bruno Segatto Tópico 1: Era Vargas (1930-1945) Como se aplica: A partir de 1942 e estendendo-se até o final do Estado Novo, o Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio de Getúlio Vargas falou aos ouvintes da Rádio Nacional semanalmente, por dez minutos, no programa “Hora do Brasil”. O objetivo declarado do governo era esclarecer os trabalhadores acerca das inovações na legislação de proteção ao trabalho. GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: IUPERJ / Vértice. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1988 (adaptado). A Era Vargas corresponde ao período em que o gaúcho Getúlio Dorneles Vargas governou o Brasil: desde a Revolução de 1930 até a sua deposição em 1945. Este período foi dividido em três subperíodos: Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional (1934-1937) e Estado Novo (1937-1945). Para compreender a Era Vargas é importante lembrar dos seguintes conceitos: centralismo, autoritarismo, nacionalismo, intervencionismo, trabalhismo e populismo. Durante estes anos o Brasil avançou em seu processo de industrialização por meio da intervenção estatal na economia, as classes trabalhadoras foram beneficiadas por leis trabalhistas (salário mínimo, férias remuneradas, jornadas de oito horas) embora seus sindicatos estivessem sob estreito controle governamental, estabeleceu-se uma relação direta entre líder (Vargas) e o povo por meio de programas radiofônicos (Voz do Brasil), o poder político esteve centralizado na capital federal (Rio de Janeiro), partidos políticos e personalidades críticas ao governo foram perseguidas ou censuradas e o Brasil ingressou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, o que levou o governo a proibir o uso dos idiomas italiano, alemão e japonês no Brasil (Campanha de Nacionalização). Explicação:

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HISTÓRIA

Professor: Bruno Segatto

Tópico 1: Era Vargas (1930-1945)

Como se aplica:

A partir de 1942 e estendendo-se até o final do Estado Novo, o Ministro do Trabalho, Indústria e

Comércio de Getúlio Vargas falou aos ouvintes da Rádio Nacional semanalmente, por dez minutos,

no programa “Hora do Brasil”. O objetivo declarado do governo era esclarecer os trabalhadores

acerca das inovações na legislação de proteção ao trabalho.

GOMES, A. C. A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: IUPERJ / Vértice. São Paulo: Revista dos

Tribunais, 1988 (adaptado).

• A Era Vargas corresponde ao período em que o gaúcho Getúlio Dorneles Vargasgovernou o Brasil: desde a Revolução de 1930 até a sua deposição em 1945.Este período foi dividido em três subperíodos: Governo Provisório (1930-1934),Governo Constitucional (1934-1937) e Estado Novo (1937-1945). Paracompreender a Era Vargas é importante lembrar dos seguintes conceitos:centralismo, autoritarismo, nacionalismo, intervencionismo, trabalhismo epopulismo. Durante estes anos o Brasil avançou em seu processo deindustrialização por meio da intervenção estatal na economia, as classestrabalhadoras foram beneficiadas por leis trabalhistas (salário mínimo, fériasremuneradas, jornadas de oito horas) embora seus sindicatos estivessem sobestreito controle governamental, estabeleceu-se uma relação direta entre líder(Vargas) e o povo por meio de programas radiofônicos (Voz do Brasil), o poderpolítico esteve centralizado na capital federal (Rio de Janeiro), partidos políticos epersonalidades críticas ao governo foram perseguidas ou censuradas e o Brasilingressou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, o que levou o governoa proibir o uso dos idiomas italiano, alemão e japonês no Brasil (Campanha deNacionalização).

Explicação:

Os programas “Hora do Brasil” contribuíram para:

a) conscientizar os trabalhadores de que os direitos sociais foram conquistados por seu esforço,

após anos de lutas sindicais.

b) promover a autonomia dos grupos sociais, por meio de uma linguagem simples e de fácil

entendimento.

c) estimular os movimentos grevistas, que reivindicavam um aprofundamento dos direitos

trabalhistas.

d) consolidar a imagem de Vargas como um governante protetor das massas.

e) aumentar os grupos de discussão política dos trabalhadores, estimulados pelas palavras do

ministro.

Gabarito: D

Tópico 2: Primeira República brasileira (1889-1930)

Como se aplica:

Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas

quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão

• Em 1889, o Brasil deixou de ser uma monarquia e adotou a RepúblicaPresidencialista como forma de governo. Este período é dividido em doissubperíodos: República das Espadas (1889-1894) e República Oligárquica (1894-1930). O subperíodo mais extenso ficou conhecido pelo domínio da política porparte das famílias mais poderosas ligadas à cafeicultura nos estados do Sudeste(Política do Café com Leite). A estrutura de poder oligárquica era mantida ereproduzida por meio da Política dos Governadores, que consistia em umagrande cadeia de troca de favores (clientelismo) entre as esferas federal,estadual e municipal. Uma vez que a Constituição Republicana de 1891 instituiu ovoto aberto, as eleições eram marcadas por fraudes e pelo uso da força peloscoronéis do interior (Coronelismo). A República Oligárquica foi derrubada pelaRevolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder.

Explicação:

na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos

de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.

(LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976 (adaptado))

O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas

principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania.

Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social:

a) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda.

b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.

c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica.

d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia.

e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.

Gabarito: E

Tópico 3: Guerra contra o Paraguai (1864-1870)

• A guerra contra o Paraguai foi mais importante conflito armado da históriabrasileira e latino-americana. Brasil, Argentina e Uruguai lutaram contra oParaguai de Francisco Solano Lopez. A guerra foi explicada de três diferentesformas ao longo do tempo: primeiro, fora causada pelo expansionismo militar deLopez; depois, fora provocada pelo imperialismo britânico interessado em destruirum modelo de desenvolvimento autônomo na América, o do Paraguai; e, porúltimo, as pesquisas mais recentes indicam que ela foi provocada pelo processode formação dos estados nacionais na região. Dentre seus fatores provocadoresestiveram as disputas territoriais entre Brasil e Argentina com o Paraguai, a livrenavegação dos rios Paraná e Paraguai e as rivalidades político-partidáriasexistentes na região. A guerra foi mais longa do que o esperado, provocou muitasperdas humanas e materiais, despertou pela primeira vez um sentimentopatriótico apesar das críticas, proporcionou protagonismo político ao Exército ecolocou em questionamento a escravidão e a monarquia. O final da guerra, em1870, é considerado o início do declínio do Segundo Reinado.

Explicação:

Como se aplica:

AGOSTINI. A vida fluminense, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. In: LEMOS, R. (Org). Uma história do Brasil

através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001 (adaptado).

Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da Pátria” que lutaram

na Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na

a) negação da cidadania aos familiares cativos.

b) concessão de alforrias aos militares escravos.

c) perseguição dos escravistas aos soldados negros.

d) punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente.

e) suspensão das indenizações aos proprietários prejudicados.

Gabarito: A

Tópico 4: Escravidão no Brasil

Como se aplica:

• A escravidão consiste em uma forma de relação social de produção em que umser humano possui direito de propriedade sobre outro, o que implica uma relaçãode dominação mantida principalmente pela violência. No Brasil o uso da mão deobra escrava data das primeiras décadas de colonização durante o século XVI. Osprimeiros seres humanos a seres escravizados foram os nativos (indígenas) dolitoral. Porém, dada a resistência indígena, o fato de os nativos não estaremacostumados aos trabalhos forçados exigidos pelos portugueses, não teremdefesas imunológicas para as doenças contagiosas trazidas pelos europeus econhecerem o interior das matas, o que lhes permitia fugir e nunca mais seremvistos, os portugueses passaram a importar cativos africanos. O tráfico de sereshumanos escravizados vigorou até 1850, quando a Lei Eusébio de Queirós proibiutal prática. Aquela lei barrou o ingresso de mais cativos, mas isso não significouque a abolição da escravidão fosse rápida: apesar da pressão que o movimentoabolicionista fizera na década de 1870, a escravidão foi mantida até 1888 (LeiÁurea) por meio de leis que não tinham relevantes efeitos práticos (Lei do VentreLivre de 1871 e Lei dos Sexagenários de 1885).

Explicação:

Considerando a linha do tempo acima e o processo de abolição da escravatura no Brasil, assinale

a opção correta.

a) O processo abolicionista foi rápido porque recebeu a adesão de todas as correntes políticas do

país.

b) O primeiro passo para a abolição da escravatura foi a proibição do uso dos serviços das crianças

nascidas em cativeiro.

c) Antes que a compra de escravos no exterior fosse proibida, decidiu-se pela libertação dos cativos

mais velhos.

d) Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea concluiu o processo abolicionista, tornando ilegal a

escravidão no Brasil.

e) Ao abolir o tráfico negreiro, a Lei Eusébio de Queirós bloqueou a formulação de novas leis

antiescravidão no Brasil.

Gabarito: D

Tópico 5: Segundo Reinado brasileiro (1840-1889)

• O Segundo Reinado compreende o período em que o Brasil foi governado porDom Pedro II. Neste período, o país passou por uma estabilização política, umperíodo de crescimento econômico propiciado pelo aumento das exportações decafé, uma relativa modernização de sua infraestrutura de transportes (ferrovias,portos, cabo telegráfico submarino), um processo de substituição da mão de obraescrava negra pela imigrante branca europeia (Lei Eusébio de Queirós de 1850) eum conflito internacional de grande magnitude (Guerra contra o Paraguai).Importantes movimentos da sociedade civil ganharam força e pressionaram poralterações profundas na sociedade e na política, tais como os movimentosabolicionista e republicano.

Explicação:

Como se aplica:

SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. Das

Letras, 1998 (adaptado).

Essas imagens de D. Pedro II foram feitas no início dos anos de 1850, pouco mais de uma década

após o Golpe da Maioridade. Considerando o contexto histórico em que foram produzidas e os

elementos simbólicos destacados, essas imagens representavam um

a) jovem maduro que agiria de forma irresponsável.

b) imperador adulto que governaria segundo as leis.

c) líder guerreiro que comandaria as vitórias militares.

d) soberano religioso que acataria a autoridade papal.

e) monarca absolutista que exerceria seu autoritarismo.

Gabarito: B

Tópico 6: Colonização da América

Como se aplica:

De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista

do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos, que

nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa

alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o

melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.

Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de

textos. São Paulo: Contexto, 2001.

A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. Nesse

trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:

a) valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.

b) descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.

• A partir da chegada de espanhóis e portugueses no continente americano, esteso dividem de acordo com o Tratado de Tordesilhas e iniciam a sua colonização. Adescoberta/conquista da América ocorreu em um contexto marcado por políticasmercantilistas, dentre as quais estava a crença na acumulação de metaispreciosos (metalismo), e pela Contra Reforma empreendida pela Igreja Católicana tentativa de combater os reformismos religiosos europeus (Luteranismo,Calvinismo e Anglicanismo). No âmbito religioso, tanto na América portuguesacomo na espanhola foram instaladas reduções jesuíticas com o objetivo decatequisar os nativos e usá-los como mão de obra. Na economia, no entanto,enquanto os portugueses se concentraram nas áreas litorâneas, onde extraíram opau brasil e, posteriormente, cultivaram a cana de açúcar, os espanhóis logoencontraram minas de metais preciosos no interior do continente e se dedicaram àmineração. Os portugueses só encontraram ouro em fins do século XVII, quandobandeirantes paulistas realizaram expedições em direção ao atual território deMinas Gerais.

Explicação:

c) transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente.

d) realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia.

e) criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.

Gabarito: A

Tópico 7: Revoluções Industriais

Como se aplica:

A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua

sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua

• Desde a Pré-História, os seres humanos desenvolvem técnicas para elaborarprodutos. Se na Antiguidade a força humana era a principal responsável pelaconfecção de itens, na Idade Média surgiram algumas inovações que permitiramao ser humano usar também a força dos ventos e da água. As corporações deofício, onde artesãos realizavam a produção de mercadorias em pequena escala,com quase nenhuma divisão do trabalho e em um ritmo lento, marcaram o períododa Baixa Idade Média (século XI a XV). A partir do século XVI, surgiram algumasmáquinas rudes e artesanais que possibilitaram uma divisão do trabalho e osurgimento de oficinas, nas quais as mercadorias eram feitas por algumaspessoas em um ritmo um pouco mais rápido que o do artesão. Porém, no séculoXVIII, os ingleses inventaram máquinas movidas a vapor capazes de substituir aforça humana, eólica, animal ou hidráulica. Estas máquinas acentuaram a divisãodo trabalho, aceleraram o ritmo de produção e reduziram o custo dasmercadorias. Surgiam as primeiras fábricas. Em função das inúmerastransformações provocadas no processo produtivo, este processo ficou conhecidocomo Revolução Industrial (primeira fase). Na metade do século XIX, a partir douso da eletricidade e do petróleo na produção industrial, chegou-se na SegundaFase da Revolução Industrial, a qual contribuiu para a formação de imensosconglomerados industriais. Já no século XX, com a invenção da robótica e dainformática, atingiu-se a Terceira Revolução Industrial, esta marcada pelo uso dainternet e pela distribuição de unidades de produção pelo mundo.

Explicação:

ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como

as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.

DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).

Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da

Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX?

a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços

privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista

b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho

industrial.

c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento

dos trabalhadores das periferias até as fábricas

d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia

e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e

artística.

e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados

urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.

Gabarito: E

Tópico 8: Antigo Regime

• Antigo Regime foi a definição dada, posteriormente, para o período da HistóriaModerna: entre a queda de Constantinopla em 1453 e a deflagração daRevolução Francesa em 1789. O Antigo Regime ficou marcado pelo predomíniode monarquias absolutistas (Absolutismo), pela existência de uma sociedade deestamentos em que a desigualdade social e os privilégios de sangue eramnaturalizados, em que as políticas mercantilistas vigoravam na economia e asperseguições religiosas eram frequentes. A política no Antigo Regime ocorria,principalmente, nos salões das cortes, onde viviam os monarcas, sua família e osseus serventes e nobres próximos. No âmbito da corte, a política era teatralizadae o monarca, quando aparecia em pública, devia ostentar símbolos e vestimentasque enaltecessem a figura do rei, afinal de contas era o representante da nação.

Explicação:

Como se aplica:

Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que visavam

sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresentada demonstra

a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta real.

b) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa o

público e sem a vestimenta real, o privado.

c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um

rei despretensioso e distante do poder político.

d) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos de

outros membros da corte.

e) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político

adornado esconde os defeitos do corpo pessoal.

Gabarito: E

Tópico 9: Feudalismo

Como se aplica:

A casa de Deus, que acreditam una, está, portanto, dividida em três: uns oram, outros combatem,

outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não suportam ser separadas; os serviços

prestados por uma são a condição das obras das outras duas; cada uma por sua vez encarrega-se

de aliviar o conjunto… Assim a lei pode triunfar e o mundo gozar da paz.

ALDALBERON DE LAON. In: SPINOSA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da Costa,

1981.

A ideologia apresentada por Aldalberon de Laon foi produzida durante a Idade Média. Um objetivo

de tal ideologia e um processo que a ela se opôs estão indicados, respectivamente, em:

a) Justificar a dominação estamental / revoltas camponesas.

b) Subverter a hierarquia social / centralização monárquica.

c) Impedir a igualdade jurídica / revoluções burguesas.

d) Controlar a exploração econômica / unificação monetária.

e) Questionar a ordem divina / Reforma Católica.

Gabarito: A

• O modo de produção feudal (feudalismo) foi uma forma de organização daeconomia e da sociedade europeia que se desenvolveu na Europa Ocidentaldurante a Alta Idade Média: entre o fim do Império Romano (século V) e afragmentação do Império Carolíngio (século XI). O feudalismo se caracterizavapelo predomínio da agricultura de subsistência, pela insignificância das trocascomerciais, pela existência de relações de fidelidade e dependência e por umpoder político descentralizado. No feudalismo, predominava a servidão (servosfixos à terra) enquanto forma de uso da mão de obra e a posse de terra era omaior bem que uma pessoa podia ter. A sociedade feudal era dividida em trêsordens: os que oram (clero), os que guerreiam (nobreza) e os que trabalham(servos e trabalhadores em geral), ordem esta legitimada pela Igreja Católica.

Explicação:

Tópico 10: História Antiga

Como se aplica:

O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos

de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as

pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do

Nilo.

O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito

diferente, pois

a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes

contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.

b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar

trabalho nos canteiros faraônicos.

c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos

deuses suas riquezas, construindo templos.

• A História Antiga compreende os milênios compreendidos entre o surgimento daescrita (c. 4000 a.c.) e a queda do Império Romano, em 47 d.C. Este longoperíodo histórico é subdividido em Antiguidade Oriental (Mesopotâmia e Egito) eAntiguidade Clássica/Ocidental (Grécia e Roma). Na Antiguidade Orientalsurgiram as primeiras cidades com grandes edifícios cerimoniais (zigurates) oufunerários (pirâmides), os primeiros estados teocráticos que governavampopulações politeístas e que viviam em sistemas de servidão coletiva (uma massacamponesa que lavra as terras do governante e em troca lhe paga tributos emalimentos ou em dias de trabalho em obras públicas). Na Antiguidade Clássica,por sua vez, apesar de alguns elementos em comum, surgiu a democracia, afilosofia, a história, o teatro, a república, o direito romano e o Cristianismo,“invenções” que teria grande influência sobre o Ocidente.

Explicação:

d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a

trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.

e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião

baseada em crenças e superstições.

Gabarito: A