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GEOGRAFIA

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GEOGRAFIA

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GEOGRAFIA Professor(a): Fabrício Caetano e

Cléo Lindsey

Tópico 1: Cartografia A cartografia é uma ciência que utiliza um conjunto de técnicas e tecnologias para representar

o espaço. Até o século XV, ainda se tinha dificuldade de representar a esfericidade terrestre em um plano. A partir do século XVI, uma grande evolução na técnica de elaboração cartográfica foi introduzida por Gerardo Mercator, que criou um sistema de projeção o qual viabiliza a representação plana.

A Terra possui formato de Geóide, e ao transformá-la para um plano ocorrem às deformações. Entretanto é possível representar, por meio das projeções cartográficas, áreas do planeta de diferentes maneiras visando diminuir essas deformações.

Sistema de Projeção É a forma pela qual uma superfície esférica (no caso, a terra) é representada num plano, ou seja, no mapa. • Plana ou Azimutal

É usada, em geral, para representar as regiões polares e suas proximidades e para localizar um país na posição central, tornando possível o cálculo de sua distância em relação a qualquer ponto da superfície terrestre;

Deformações: Aumentam com o afastamento entre o ponto e o centro do mapa. - O emblema da ONU é uma projeção azimutal.

• Projeção Cilíndrica

É obtida com a projeção da superfície terrestre, com os paralelos e os meridianos, sobre um cilindro em que o mapa será desenhado; A projeção cilíndrica conforme conserva a forma dos continentes, direções e ângulos, mas altera a proporção das superfícies; A projeção cilíndrica equivalente preserva o tamanho real da superfície representada, mas não mantém as formas, direções e ângulos.

• Projeção Cônica Um cone imaginário em contato com a esfera é a base para a elaboração do mapa; Os meridianos formam uma rede de linhas retas convergentes nos polos e os paralelos formam círculos concêntricos.

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PROJEÇÃO DE MERCATOR Projeção Cilíndrica e conforme, em que os paralelos e meridianos são retos e perpendiculares, e quanto mais perto dos polos (altas latitudes) maior a deformação. Assim, evidencia o Mundo Desenvolvido.

PROJEÇÃO DE PETERS Projeção Cilíndrica e equivalente, que mantém a dimensão proporcional das terras emersas.

PROJEÇÃO DE ROBINSON Nessa projeção, há alteração das formas e das áreas. A representação dos meridianos ocorre por meio de curvilíneas e os paralelos por linhas retas.

A intenção dessa projeção é reduzir as distorções angulares, o que gera uma distorção mínima das áreas continentais, sendo, portanto, considerada a projeção que melhor apresenta as massas de terra.

ANAMORFOSE Converte números e estatísticas em mapas. Nela, as áreas de um país ou continente assumem o tamanho proporcional ao dado que se quer mostrar.

Como se aplica: (ENEM 2016)

A ONU faz referência a uma projeção cartográfica em seu logotipo. A figura que ilustra o modelo dessa projeção é:

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a)

b)

c)

d)

e)

Tópico 2: Geologia – Dinâmica da Litosfera - Rochas

Dinâmica da Litosfera

Vamos conhecer o alemão Alfred Wegener... Um acadêmico e explorador, que se dedicava a estudos meteorológicos, astrônomos, geofísicos e paleontológicos... Ele vai propor a teoria da Deriva Continental, sugerindo que a disposição dos continentes e dos oceanos se modificava no decorrer do tempo. Contudo, por não conseguir explicar a origem dessa movimentação, sua proposta teve pouca aceitação no meio científico da época.

Wegener participou de numerosas expedições para a Groenlândia, onde fez importantes observações meteorológicas e geofísicas. De acordo com suas observações, todos os continentes poderiam ter estado juntos, no passado, como um quebra-cabeça gigante, formando um único supercontinente, que ele denominou de Pangea (do latim pan, “todo” e gea, “terra”). Posteriormente a Pangea teria se fragmentado, dando origem aos continentes e oceanos que conhecemos hoje.

O seu livro A Origem dos Continentes e Oceanos, em 1915 estava criada a teoria da Deriva Continental. Wegener enumerou quatro evidências para a sua teoria.

Evidências geomorfológicas; Evidências Litológicas; Evidências Paleontológicas; Evidências Glaciais.

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Em meados do século XX, após o falecimento do cientista, constatou-se que a litosfera é fragmentada e que suas partes se movem, dando base à Teoria da Tectônica de Placas. Cada porção da litosfera, denominada de placa, se movimenta devido às correntes convectivas que deslocam o magma em fluxos circulares. Esse processo tem uma duração de milhares de anos, pois as placas deslocam-se apenas alguns centímetros em 12 meses. Por serem movidas por fortes pressões originadas no interior do planeta, tais fragmentos da litosfera são denominadas de placas tectônicas.

As fronteiras entre as placas podem ser classificadas conforme a direção de sua movimentação, em divergentes, convergentes e transformantes.

• Limites Divergentes: este tipo de limite é definido quando as placas se movimentam de modo a afastarem-se entre elas. As lacunas que são abertas na Crosta Terrestre durante este movimento são preenchidas por magma que sobe para a superfície. Um exemplo de formação geológica que se originou em um processo divergente foram as cadeias mesoceânicas.

• Limites Convergentes: esse tipo de limite é definido pelo movimento das placas em sentido de aproximação, ou seja, quando duas Placas Tectônicas se movimentam em sentido convergente, colidindo entre elas frontalmente.

Quando placas de densidade semelhantes colidem, uma delas é soerguida, formando cordilheiras.

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Quando placas de densidades diferentes colidem, a mais densa mergulha sob a outra, formando uma fossa no relevo submarino, enquanto na costa continental ergue-se uma cordilheira vulcânica. Esse processo é denominado subducção.

• Limites Transformantes: também conhecido como movimento

das falhas transformantes, esse tipo de limite de Placas Tectônicas ocorre quando as placas se deslocam em sentido contrário uma em relação a outra, só que desta vez horizontalmente.

Devido ao movimento das placas, suas bordas ou limites estão em constante atrito, correspondendo a regiões tectonicamente instáveis da litosfera. As populações que habitam as áreas situadas sobre as bordas das placas frequentemente convivem com terremotos, atividades vulcânicas ou ambos.

A crosta terrestre é constituída de minerais, substâncias inorgânicas e naturais de composição química e estrutura atômica única. Um agregado mineral, por sua vez, constitui uma rocha, que apresenta uma variedade de composições, características físicas e idades.

Rochas Magmáticas ou ígneas São formadas a partir do resfriamento do magma. Podem ser

classificadas como intrusivas ou plutônicas, quando a cristalização do magma ocorre no interior da crosta; e extrusivas, quando o magma resfria e consolida na superfície.

Rochas Sedimentares São formadas por partículas ou sedimentos de

rochas preexistentes. Esses sedimentos podem ser decompostos pela ação física (desintegração) ou química (decomposição), sendo reagrupados para formar novas rochas.

Possuem porosidade e permeabilidade, uma marcante estratificação e baixa resistência mecânica. São muito difíceis de polir e podem conter fósseis.

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Rochas Metamórficas São formadas a partir de transformações físicas e químicas

ocorridas em rochas preexistentes submetidas a altas temperaturas e pressões no interior da crosta.

Um calcário, por exemplo, submetido a um aumento de pressão e temperatura, transforma-se em mármore; um arenito transforma-se em quartzito; um folhelho (rocha sedimentar argilosa) transforma-se em ardósia.

Como se aplica: (ENEM 2017) O terremoto de 8,8 na escala Richter que atingiu a costa oeste do Chile, em

fevereiro, provocou mudanças significativas no mapa da região. Segundo uma análise preliminar, toda a cidade de Concepción se deslocou pelo menos três metros para a oeste, enquanto Santiago, mais próxima do local do evento, deslocou-se quase 30 centímetros para a oeste-sudoeste. As cidades de Valparaíso, no Chile, e Mendoza, na Argentina, também tiveram suas posições alteradas significativamente (13,4 centímetros e 8,8 centímetros, respectivamente).

Revista InfoGNSS, Curitiba, ano 6, n. 31, 2010. No texto, destaca-se um tipo de evento geológico frequente em determinadas partes da superfície terrestre. Esses eventos estão concentrados em a) áreas vulcânicas, onde o material magmático se eleva, formando cordilheiras. b) faixas costeiras, onde o assoalho oceânico recebe sedimentos, provocando tsunamis. c) estreitas faixas de intensidade sísmica, no contato das placas tectônicas, próximas a dobramentos

modernos. d) escudos cristalinos, onde as rochas são submetidas aos processos de intemperismo, com alterações

bruscas de temperatura. e) áreas de bacias sedimentares antigas, localizadas no centro das placas tectônicas, em regiões

conhecidas como pontos quentes.

Tópico 3: Relevo O relevo é um aspecto da natureza e constituinte do espaço físico que exerce grande fascínio

sobre os olhares atentos à paisagem. Cabe à geomorfologia – ramo da ciência geográfica que tem no relevo seu objeto de investigação – o estudo do relevo comprometido não apenas às denominações dos diferentes modelados da superfície terrestre, mas, também, em reconhecer de que maneira sua influência se manifesta na organização socioespacial.

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Os processos ou fatores que definem esta evolução podem ser exógenos ou modeladores da crosta terrestre, transformando rochas, erodindo os solos e dando ao relevo o aspecto que apresenta atualmente E endógenos ou formadores de relevo (tectônica e a geologia).

O material fragmentado pelo intemperismo está sujeito à erosão. Nesse processo, as águas e o vento desgastam a camada superficial de solos e rochas, sendo transportadas para outros locais, onde se depositam e sedimentam.

As rochas que compõem os escudos cristalinos, por serem de idades geológicas remotas, sofreram por mais tempo a ação do intemperismo e da erosão, o que se reflete em suas formas. As altitudes modestas e as formas arredondadas, como os Montes Urais (Rússia) e na Serra do Espinhaço (Brasil), mostram a ação desses processos modeladores nas formas de relevo.

Montes Urais (Rússia) Serra do Espinhaço (Brasil)

PLANALTOS Superfícies aplainadas em que os processos erosivos são mais frequentes e intensos do que a sedimentação. Os sedimentos deles extraídos, pelos agentes modeladores do relevo, são transportados para as áreas mais baixas, onde são depositados. São comuns nos Planaltos as serras, que apresentam superfícies bastante irregulares e com grandes desníveis, ou ainda, chapadas, que também se elevam sobre o planalto, mas que apresentam topos aplainados.

PLANÍCIES São superfícies muito planas em que os processos de sedimentação - ou deposição de sedimentos – são predominantes. Areias além de outros sedimentos são transportados dos morros e planaltos e

Intemperismo

Químico Físico Biológico

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depositados na planície, contribuindo para a sua contínua formação. Cabe destacar que, mesmo em altitudes superiores a 200 metros, podem-se identificar planícies. Em geral, elas acompanharão cursos fluviais, formando vales que alargam a partir das margens dos rios.

CADEIAS DE MONTANHAS São originadas por movimentos tectônicos, como o encontro entre placas, as mais extensas cordilheiras ou cadeias de montanhas são geologicamente jovens , datando a sua maior parte do início da Era Cenozoica. As formações mais famosas são desse tipo, como a Cordilheira do Himalaia, na Ásia; os Andes, na América do Sul; os Alpes, na Europa; e as Rochosas, na América do Norte.

DEPRESSÕES Configuram uma unidade de relevo que possui área mais baixa em relação às áreas que estão em suas margens. As altitudes dessa forma de relevo variam entre 100 e 500 metros, podendo ser encontradas também em níveis altimétricos abaixo do nível do mar.

Segundo a altitude Depressões relativas: encontram-se a níveis altimétricos superiores ao nível do mar, mas inferiores às áreas que estão em suas margens. Exemplos: Depressão Cuiabana, no Brasil. Depressões absolutas: encontram-se a níveis altimétricos inferiores ao nível do mar. Exemplo: Mar Cáspio, localizado entre os continentes europeu e asiático. OUTRAS FORMAS DE RELEVO • Escarpa: declive acentuado que aparece nas bordas dos planaltos. Pode ser gerada por movimentos

tectônicos ou ação de processos erosivos; • Cuesta: forma de relevo que possui um lado com escarpa abrupta e outro com declive suave; • Chapada: Tipo de planalto cujo topo é aplainado e as encostas são escarpadas. • Morro: pequena elevação no terreno, uma colina. • Serra: é um nome utilizado para designar um conjunto de variadas formas de relevo, como

dobramentos antigos e recentes, escarpas de planaltos e cuestas. Sofre variação de uma região do país para outra.

• Inselberg: saliência no relevo encontrada em regiões de clima árido e semiárido. Sua estrutura rochosa foi mais resistente à erosão do que o material que estava em seu entorno.

RELEVO BRASILEIRO A geomorfologia é uma ramificação das geociências que se preocupa com o estudo das formas do relevo da superfície do planeta, sejam elas terrestres ou submarinas. Ela investiga a geometria, a gênese, a idade e a dinâmica das formas da superfície terrestre. De acordo com Guerra e Guerra (2001), a geomorfologia:

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As dimensões das diferentes formas do relevo, principalmente aquelas de maior amplitude como os planaltos, planícies e depressões, nos chamam a atenção para um ponto imprescindível no entendimento do relevo: o de que foge aos nossos olhos uma visão completa de algumas formas do relevo, principalmente aquelas de maiores amplitudes. Sobre este assunto Ab’Saber (1975, p.9) alerta que:

Classificação segundo Aroldo de Azevedo: Em 1940, foi elaborada a classificação dos compartimentos do relevo brasileiro. Considerando as cotas altimétricas, definiu: Planaltos – como terrenos levemente acidentados, com mais de 200 m de altitude, e planícies como superfícies planas, com altitudes inferiores a 200 m. => 7 unidades de relevo, com os planaltos ocupando 59% do território e as planícies com 41% restantes.

Classificação segundo Aziz Ab’ Saber:

Em 1958, propôs alterações nos critérios de definição dos compartimentos do relevo. • Planaltos: áreas em que os processos de erosão superam os de

sedimentação; • Planícies: área mais ou menos planas em que os processos de

sedimentação superam de erosão, independentes das cotas altimétricas.

=> Planaltos 75% e Planícies 25%. Classificação Segundo Jurandyr Ross: Em 1989, Jurandyr Ross, divulgou a mais recente

classificação do relevo brasileiro com base nos estudos e classificações anteriores e na análise de imagens de radar obtidas no período de 1970 a 1985 pelo Projeto RADAMBRASIL, que consistiu em um mapeamento mais completo e minucioso do país. Além dos Planaltos e Planícies, foi detalhado mais um tipo de compartimento: Depressão: relevo aplainado, rebaixado em relação ao seu entorno, nele predominam processos erosivos. São 28 unidades no relevo brasileiro: 11 planaltos, 11 depressões e 6 planícies.

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Como se aplica: (ENEM 2015)

De acordo com as figuras, a intensidade de intemperismo de grau muito fraco é característica de qual tipo climático? a) Tropical. b) Litorâneo.

c) Equatorial. d) Semiárido.

e) Subtropical.

Tópico 4: Tipos de clima e Formações Vegetais Domínio Intertropical: a Zona Intertropical é caracterizada por possuir elevadas médias térmicas anuais e mensais. Nela, se estabelecem dois principais climas resultantes da influência direta da latitude: EQUATORIAL E TROPICAL.

Clima Equatorial Possui médias mensais acima dos 25°C e baixas amplitudes térmicas anuais e diárias. Devido às massas de ar atuantes na região, possui umidade do ar elevada, com ausência de estação seca bem delimitada. Em razão da intensa evaporação dos rios e da evapotranspiração dos vegetais, ocorrem CHUVAS DE CONVECÇÃO quase todos os dias, à tarde. O volume anual de precipitação pode superar os 3000 mm.

Clima Tropical Tem como principais subdivisões os climas tropical seco e úmido. As médias térmicas mensais ficam em torno de 25°C e a amplitude térmica anual é baixa, apesar de apresentar alguns picos de sensível variação. Devido a diferentes massas de ar atuantes ao longo do ano, regiões de clima tropical apresentam chuvas de convecção no verão e pronunciada estação seca no inverno.

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O volume anual mínimo de precipitação é de 1500 mm, podendo ser bem superior a isso em alguns casos: 1. Tropical de Monções Esse clima é quente e apresenta o regime de chuvas regulado pelas diferenças de temperatura entre o mar e o continente, de acordo com as estações do ano. Sendo assim, o verão é chuvoso (época do plantio de arroz), e o inverno marca a estação de estiagem (época da colheita do arroz). 2. Tropical Úmido

• Áreas pouco afastadas do equador e próxima aos litorais. • Quente e úmido • Rica biodiversidade de flora e de fauna • Presente na América do Sul e Central, África e na Ásia.

Vegetação predominante no Clima Equatorial A vegetação predominante nas áreas de clima equatorial é a floresta Equatorial. Trata-se de uma formação ombrófila, latifoliada e perenifólia, marcada pela expressiva densidade e variedade de espécies vegetais distribuídas em diversos estratos ou “andares” e que podem possuir árvores com mais de 50m de altura. Tropical Seco Tem como cobertura vegetal predominante as savanas, as quais são formadas por espécies de arbustos e herbáceas, registrando também a ocorrência de árvores caducifólias isoladas, algumas de grande porte, adaptadas aos longos períodos de seca. No entorno dos rios, a maior umidade propicia a formação de faixas expressivas de matas ciliares No Brasil, a vegetação do clima tropical seco, recebe o nome de Cerrado. Formações arbustivas com raízes profundas (o que permite a retirada de água do lençol freático durante os períodos secos);

Tropical Úmido Tem como cobertura vegetal predominante a floresta Tropical. Muito similar à equatorial, porém com árvores ligeiramente menores e maior número de espécies (inclusive a fauna), devido às maiores variações nas condições climáticas locais e de eventuais faixas de transição para o clima subtropical. Domínio das Zonas Temperadas Os climas subtropical, temperado e frio, além do mediterrâneo, predominam nas Zonas Temperadas e são resultado da influência direta da latitude.

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Clima subtropical Esse clima está submetido a moderadas amplitudes térmicas anuais, com médias mensais superiores a 25°C no verão e no inverno inferiores a 10°C . Suas chuvas são bem distribuídas ao longo do ano, com volume anual acima de 1500mm. Elas são predominantemente de convecção no verão e frontais no inverno, que, devido às baixas temperaturas, geralmente apresenta geada e neves ocasionais. O clima subtropical se estabelece em regiões próximas da zona intertropical, porém fora dela. Há faixas destacadas de clima subtropical na porção centro-oriental da América do Sul, no Sudeste da América do Norte e da China, e em partes da África do Sul e Austrália. Clima Mediterrâneo Trata-se de uma variação do clima subtropical, com regime térmico similar, embora apresentando amplitude térmica ligeiramente superior. O regime pluviométrico, no entanto, é peculiar em relação aos demais climas do planeta: os verões são bastante secos e a estação chuvosa coincide com o inverno, com precipitações anuais de 500mm a 1000mm. Está associado à proximidade de desertos, montanhas e mares. No entorno do Mar Mediterrâneo, ocorre a influência expressiva dos ventos de oeste, quentes e secos, oriundos do Deserto do Saara. A zona de alta pressão, de onde partem os ventos, se desloca mais para o norte da África durante o verão. Isso provoca a menor absorção de umidade quando esses ventos que atravessam o Mar Mediterrâneo com maior velocidade. Além da região original, em torno do Mar Mediterrâneo, esse tipo de climático surge em outros quatro locais no planeta: na porção meridional da Austrália e da África do Sul e em faixas situadas na orla do Pacífico (no Chile e nos EUA). Clima Temperado Pode ser classificado em Continental e Oceânico. Possui expressiva amplitude térmica (especialmente o continental), médias mensais em torno de 20°C no verão e se aproximando de 0°C no inverno, no qual é comum a ocorrência de neve. Suas chuvas são bem distribuídas ao longo do ano (especialmente no oceânico), é a precipitação anual pode ser inferior a 1000 mm, no continental, e aproximar-se de 1500mm, no oceânico. O clima temperado ocorre com mais destaque no Hemisfério Norte no que no Sul, onde surge apenas em poucos territórios da Argentina e do Chile, na América do Sul, e predomina no sudeste da Austrália e na Nova Zelândia. No Hemisfério Norte, ocupa vastas porções na América do Norte, leste da Ásia e, principalmente na Europa. Clima Frio O clima frio pode ser tanto continental, quanto oceânico. As amplitudes térmicas anuais são elevadas, com médias térmicas mensais no verão em torno dos 15°C e, no inverno, abaixo dos -15°C, com picos extremos de temperatura baixa, especialmente no continental. As precipitações anuais, mais concentradas no verão, ficam entre 500 e 1000 mm. São comuns nevascas expressivas nas demais

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estações, especialmente no inverno. O clima frio aparece nas regiões próximas aos círculos polares, porém fora deles. Além disso, se tem predomínio do Hemisfério Norte, porém não é exclusivo, pois no Sul, aparece em pequenas regiões do Sul do Chile e da Nova Zelândia. As maiores faixas contínuas estão na Rússia e no Canadá.

Duas formações vegetais aparecem nas regiões de clima subtropical:

Floresta subtropical – Possui vegetação predominantemente caducifólia, mas também apresenta características híbridas, reunindo nas porções mais quentes espécies típicas da floresta tropical e nas mais frias, espécies adaptadas ao clima temperado e aos invernos mais rigorosos, como a de coníferas. No Brasil, esse domínio é representado pelo que restou da Mata de Araucárias, na Região Sul.

Pradarias ou Campos Limpos – São encontrados em relevos aplainados, com vegetação rasteira, composta por herbáceas, intercalada por arbustos e matas ciliares, nas proximidades dos cursos d’água. No Brasil podemos encontrar esse domínio da Região Sul.

Formações vegetais – Clima Temperado Esse tipo climático também apresenta duas formações vegetais diferenciadas: nas áreas secas, as pradarias, e nas úmidas, as florestas temperadas, as quais são marcadas pela predominância de espécies caducifólias e de diversos tipos de coníferas que formam uma paisagem similar a um bosque. Formação vegetal – Taiga (Floresta de Coníferas – Clima Frio As espécies são acicufoliadas, característica que lhes permite reduzir a transpiração e suportar o frio intenso. Outras adaptações aos rigores do clima são a casca grossa para suportar longos períodos sob a neve e o formato de cone para evitar que os flocos de gelo se acumulem sobre ela. Comparativamente às demais florestas, apresenta a menor biodiversidade.

Domínio das Zonas Glaciais e Domínio da Aridez O Domínio das Zonas Glaciais – ELEVADAS LATITUDES – tais zonas são submetidas ao clima POLAR. Apresenta amplitudes térmicas expressivas, especialmente na Antártica, com médias mensais negativas praticamente o ano todo, próximas a 0°C no breve verão e podendo ser inferiores a -40°C no inverno. A precipitação anual, quase sempre em forma de neve, m torno de 200mm ao ano. O Clima Polar é encontrado no interior dos círculos polares Ártico e Antártico. No Hemisfério Sul – Antártica – Hemisfério Norte – Toda a Groelândia – e as porções mais setentrionais da América do Norte, da Europa e da Ásia. Domínio de Altas Montanhas Devido à influência do relevo, nas altas montanhas se estabelece o clima frio de montanha, no qual as temperaturas variam conforme a altitude e latitude. A precipitação também sofre influência de outros

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fatores, tendendo a ser mais expressiva no barlavento do que no sota-vento, em razão da chuva Orográfica. É originada quando uma massa de ar úmido que se desloca, encontra uma barreira topográfica (serra, montanha...), e é forçada a elevar-se, ocorrendo queda de temperatura seguida da condensação do vapor d’água e formação de nuvens. Chuvas orográficas apresentam pequena intensidade, e longa duração. Não há climograma que possa ser indicado como típico para este tipo climático, pois as características climáticas são muito diferentes de acordo com a latitude, a altitude e a face da montanha em que se situar a localidade. Domínio da Aridez Os domínios da aridez possuem como características principais a escassez hídrica – durante o ano ou em períodos dele – elevada amplitude térmica diária, e anual constante. Clima desértico Correntes marítimas frias, relevo e continentalidade são fatores que, combinados a áreas de alta pressão atmosférica, propiciam a formação de desertos. Neles há um regime térmico padrão: podem ser quentes ou frios, dependendo da latitude e altitude em que se encontram. Grande amplitude térmica; Precipitação anual inferior a 300mm por meio de chuvas irregulares no tempo e no espaço. Além da Antártica, podem ser citados outros desertos frios como, como a Patagônia, no sul da América do Sul, e Gobi, na Ásia Central. A maioria dos desertos quentes situam-se em torno da latitude dos 30° - Zonas de Alta Pressão Atmosférica. A maior faixa contínua localiza-se no norte da África (Saara). Clima Semiárido Os climas semiáridos são caracterizados pelas precipitações irregulares no tempo e no espaço, com volume anual entre 300 e 600mm. Assim como nos desertos, seu regime térmico varia conforme a latitude e a altitude. Eles são faixas transitórias entre as regiões com climas úmidos e os desertos.

Domínio das Zonas Glaciais e Domínio da Aridez Tundra Presente nas regiões polares, ou seja, nos extremos norte e sul da Terra; Possui as temperaturas mais baixas já registradas no planeta; A maior parte do solo fica recoberta de gelo. Em alguns trechos, com o degelo nos curtos verões, o solo fica exposto e se desenvolvem uma vegetação de baixo porte (musgos e líquens, por exemplo). Essa vegetação é um enorme bioma que ocupa aproximadamente um quinto da superfície terrestre. Aparecem em regiões como o Norte do Alasca, e do Canadá, Groenlândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Sibéria. Permafrost Permafrost, também chamado de Pergelissolo, é um tipo de solo formado por gelo, rocha, sedimentos e que armazena uma grande quantidade de carbono.

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Altas Montanhas

A vegetação das altas montanhas é dividida em andares e varia de acordo com a face da montanha.

Clima desértico

Na poucas partes que surge alguma vegetação nos desertos quentes, por haver muitos trechos arenosos e rochosos, apresentam-se variedades de plantas xerófitas. Em locais à beira de eventuais cursos d’água ou onde ocorre o afloramento do lençol freático, podem ser encontrados Oásis, que são formações vegetais mais densas que as áreas ao entorno.

Clima Semiárido A vegetação típica do clima semiárido são as estepes (campos sujos, empoeirados e muitas vezes espinhentos), intercalados com abundante presença de plantas xerófitas. No caso do sertão nordestino, muitas áreas são recobertas por uma vegetação híbrida entre as estepes e o cerrado, chamada regionalmente de CAATINGA, com muitos arbustos e árvores caducifólias, espinhentas e retorcidas de pequeno e médio porte.

Como se aplica: (ENEM 2005) A água é um dos fatores determinantes para todos os seres vivos, mas a

precipitação varia muito nos continentes, como podemos observar no mapa a seguir.

Ao examinar a tabela da temperatura média anual em algumas latitudes, podemos concluir que as chuvas são mais abundantes nas maiores latitudes próximas do Equador, porque: a) as grandes extensões de terra fria das latitudes extremas impedem precipitações mais abundantes. b) a água superficial é mais quente nos trópicos do que nas regiões temperadas, causando maior

precipitação.

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c) o ar mais quente tropical retém mais vapor de água na atmosfera, aumentando as precipitações. d) o ar mais frio das regiões temperadas retém mais vapor de água, impedindo as precipitações. e) a água superficial é fria e menos abundante nas latitudes extremas, causando menor precipitação.

O Geógrafo brasileiro Aziz Ab’ Saber após inúmeros levantamentos determinou uma classificação de ambientes geográficos do Brasil, os quais denominou de Domínios Morfoclimáticos. São ambientes naturais definidos com base em suas características climáticas, geomorfológicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas.

O termo morfoclimático está relacionado as características morfológicas (formas de relevo) e climáticas encontradas em cada domínio. As todo, são seis domínios: Amazônico, que corresponde a área da floresta

Equatorial; Cerrado, que compreende os chapadões tropicais

cobertos pelo cerrado; Mares de Morros são áreas mamelonares cobertas

por Mata Atlântica; Caatinga, que reúne depressões semiáridas; Pradarias, que cobrem as coxilhas subtropicais; Araucárias, formado por Planaltos subtropicais.

Além disso é necessário levar em consideração as faixas de transição entre domínios, regiões intermediárias que abrangem características de dois ou mais domínios, também chamados de ecótonos.

Como se aplica: (ENEM 2015) No mapa estão representados os biomas

brasileiros que, em função de suas características físicas e do modo de ocupação do território, apresentam problemas ambientais distintos. Nesse sentido, o problema ambiental destacado no mapa indica

a) desertificação das áreas afetadas. b) poluição dos rios temporários. c) queimadas dos remanescentes vegetais. d) desmatamento das matas ciliares. e) contaminação das águas subterrâneas.

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Tópico 5: Geografia Agrária O sistema de produção agropecuária se divide em dois grandes modelos, o intensivo e o

extensivo:

A evolução da estrutura fundiária e problemas demográficos no campo Quando se analis a Organização do Espaço Brasileiro e a sua dinâmica territorial até o momento

atual, fica claro o sistema patrimonialista brasileiro de privatização do público, bem como a busca do Brasil em tentar atender as necessidades do mercado externo, em detrimento da própria população, assim sendo desde o sistema de Capitanias Hereditárias, passando pelas Sesmarias. Sempre se teve muita terra nas mãos de poucos, bem como em nossa independência, que houve a quebra do Banco do Brasil à época, hiperinflação por falta de rastro da moeda, uma vez que o ouro fora levado pelo Rei para Portugal. Portanto, diferentemente dos Estados Unidos, onde a interiorização foi se dando de forma independente em sua Marcha para o Oeste e que, após a Guerra de Secessão, se organizaram como país, vindo tempos depois os belts (essenciais para a política alimentar e de produção do agronegócio estadunidense) logo diversificando a sua produção de forma equilibrada em todo o país; o Brasil se resumiu a espaço destinado a servir interesses particulares, seja da Coroa, seja das Oligarquias da Primeira República, seja para as oligarquias atuais, em suas fortes atuações em lobbies ordenando o espaço territorial brasileiro. Logo, o primeiro fato que refletiremos é a estrutura fundiária na qual existe muita terra na mão de poucos, que por sua vez são os que menos empregam mão de obra e mais recebem recursos.

LEI DE TERRAS A Lei de Terras, L. 4504/64, surgiu a partir dos primeiros conflitos no campo ocorridos no início

dos anos 1950, como resultado da Revolução Verde e saturação do trabalho no campo. Desta forma, com a demanda do MASTER (movimento dos agricultores sem-terra), o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, fizera os primeiros assentamentos numa incipiente reforma agrária. Logo o Estatuto de Terras tinha como objetivo a reforma agrária - que de fato nunca ocorreu – e o desenvolvimento da agricultura – que veio com o tempo a ser o agronegócio -, nisto vieram os conceitos de latifúndio e minifúndio, num primeiro momento sendo regulamentado no Código Florestal de 1965 e com o advento do Código Florestal. Essa regulamentação foi passada para o INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Frente a isso, o Estatuto da Terra, aquele que afirma ser considerado latifúndio não somente por extensão, mas por falta de produtividade, sendo este o fundamento das ocupações pelos

Intensivo • Trata-se do máximo em produtividade e eficácia, via de regra, com processos mecanizados, logo industrializados.

Extensivo• A produção é mais artesanal, mais preocupada com os processos naturais de criação e plantio, bemcomo seu desenvolvimento.

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movimentos campesinos, a partir L. 8.629/93 cominado à Instrução Normativa 11/03, do INCRA, gerando assim os conflitos, bem como quando ligados a disputa de terras com os quilombolas e indígenas, fundamentada em suas leis específicas.

Entretanto, os conflitos no campo de longe se resumem às ocupações campesinas, indígenas e quilombolas, mas o contrário também, com garimpeiros invadindo as terras legalizadas – ou em vias de – destes movimentos sociais, bem como – e já referimos – há a invasão de terras devolutas que passam a ser furtadas por falsificação documental dos grileiros.

Além disso, os conflitos relacionados ao meio ambiente, em função do uso do solo, da intervenção nas áreas de preservação permanente, do desmatamento e até do uso lícito do solo, tem causado preocupações para o futuro do Brasil, afinal, quando pensamos no Cerrado, pensamos nas grandes nascentes do Brasil e ao substituir a vegetação originária – com raízes profundas que auxiliam na infiltração hídrica para os lençóis freáticos – por vegetação com raízes mais curtas, há influência nas nascentes dos grandes rios brasileiros como o São Francisco. Ainda, quando se pensa na maior exploração da Amazônia, a consequência é a alteração hídrica na origem da massa de ar que regula a umidade do Brasil inteiro. Portanto, a produção de monocultura agrícola na região do Cerrado, que hoje se expande para o Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (MATOPIBA), além de realizar a perniciosa substituição da vegetação do Cerrado pelas suas culturas, também empurra a criação de gado para o norte, ou seja, para a região da Amazônia Legal, no chamado “arco do desmatamento”.

Como se aplica: (ENEM 2017) Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio

da compra com pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra para os trabalhadores escravos que conquistavam a liberdade. OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. In: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009. O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de a) reforma agrária. b) expansão mercantil.

c) concentração fundiária. d) desruralização da elite.

e) mecanização da produção.

Tópico 6: Geografia Urbana

Na faixa da BR 116 há um enorme fluxo de pessoas, que em migração pendular se deslocam entre os municípios, tendo o município como nó (considerando Raffestin) Porto Alegre (RS) , e a esta rede urbana o IBGE passou a ter como atores, desde 2015, de cidade região e arranjo;

Existem municípios com as suas funções características. Exemplo: Gravataí (RS) – na RMA (Região Metropolitana) é considerada conurbada à Cachoeireinha (RS) e a Porto Alegre (RS) – essa última uma cidade industrial que a partir de seu Plano Diretor (lei municipal que regulamenta o processo de urbanização do município, sendo obrigatório em Municípios a partir de 20 mil habitantes, conforme o art. 182 da Constituição Federal e em municípios mais complexos, de acordo com o art. 41 do Estatuto

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das Cidades, L. 10.257/01) foi obstaculizando as indústrias e se entregando à grande característica dos grandes centros urbanos modernos que é a função de terciarização, ou seja, a sua grande característica é o foco no setor terciário.

É a partir das cidades cada vez mais saturadas, que o modelo centro-periferia - que se caracteriza por quem tem mais poder fica na área central e quem tem menos poder vai para área periférica – vai se descaracterizando com as pessoas decidindo morar em melhores estruturas PRIVADAS na periferias, que por sua vez pode seguir com as suas características de favela ou subúrbio, Ou seja, moradias no perímetro urbano caracterizadas pela precariedade, muito natural no Brasil, cujos municípios – via de regra não cresceram de forma planejada -, tampouco se desenvolveram de forma semelhante.

No que diz respeito à Gentrificação, processo no qual pessoas com mais poder (nossa sociedade, com maior capacidade financeira) migram para um lugar onde vivem as pessoas com menor poder aquisitivo, elevando o custo neste espaço e “expulsando” os antigos moradores, a partir da especulação imobiliária. Conforme Emmanuel Costa (2019), ”Gen-tri-fi-ca-ção. Vem de gentry, uma expressão inglesa que designa pessoas ricas, ligadas à nobreza. O termo surgiu nos anos 60, em Londres, quando vários gentriers migraram para um bairro que, até então, abrigava a classe trabalhadora. Este movimento disparou o preço imobiliário do lugar, acabando por “expulsar” os antigos moradores para acomodar confortavelmente os novos donos do pedaço. O evento foi chamado de gentrification, que numa tradução literal, poderia ser entendida como o processo de enobrecimento, aburguesamento ou elitização de uma área”.

Conceitos Básicos em Geografia Urbana Função Social da Cidade: gerar bem estar social aos seus munícipes, portanto qualquer situação social que reduza o bem estar social, afasta este município de sua função social, por exemplo, engarrafamento e seus porquês, carência de equipamentos públicos e sues porquês, etc.

Funções Urbanas: é a característica pela qual aquela cidade se destaca, como prestação de serviços (terciária), industrial, etc.

Fenômenos Urbanos • Macrocefalia: é a cidade que não está estruturada para cumprir a sua função social. • Ilhas de Calor: são as áreas urbanas com maiores temperaturas em função das grandes edificações –

que limitam a transição das massas de ar -, impermeabilização do solo, etc. • Modelo Centro-Periferia: as regiões mais estruturadas de um município são as áreas centrais, nas

quais residem as pessoas de mais poder social. • Atores Urbanos: são aqueles responsáveis pela criação e transformação dos espaços urbanos.

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Como se aplica: (ENEM 2017) O fenômeno da mobilidade populacional vem, desde as últimas décadas do

século XX, apresentando transformações significativas no seu comportamento, não só no Brasil como também em outras partes do mundo. Esses novos processos se materializam, entre outros aspectos, na dimensão interna, pelo redirecionamento dos fluxos migratórios para as cidades médias, em detrimento dos grandes centros urbanos; pelos deslocamentos de curta duração e a distâncias menores; pelos movimentos pendulares, que passam a assumir maior relevância nas estratégias de sobrevivência, não mais restritos aos grandes aglomerados urbanos.

OLIVEIRA, L. A. P.; OLIVEIRA, A. T. R. Reflexões sobre os deslocamentos populacionais no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2011 (adaptada).

A redefinição dos fluxos migratórios internos no Brasil, no período apontado no texto, tem como causa a intensificação do processo de: a) descapitalização do setor primário. b) ampliação da economia informal. c) tributação da área residencial citadina.

d) desconcentração da atividade industrial. e) saturação da empregabilidade no setor terciário.

Tópico 7: Demografia - Migração A partir da densidade demográfica, é possível se perceber onde ocorre a distribuição espacial da

população no Brasil, bem como ao ver a cidade região e a arranjo, a partir dinâmica migratória. Contudo, é necessário entender como se dá o processo de migração, iniciando pelo conceito de “espaço vital”, que nada mais é que a função social da cidade, ou seja, o bem-estar para o cidadão. Logo, um espaço que gera tal bem-estar, ao ponto de atrair as pessoas se chama de ecúmeno, já quando o espaço repele a maioria das pessoas, chamamos de anecúmeno; sendo, portanto, ecúmeno aqueles lugares com fatores climatológicos atrativos, bem como demais condições naturais, assim como cidades que cumprem a sua função social, ou ao menos geram emprego para a subsistência, levando-nos – ao pensar no Brasil – às regiões litorâneas e ribeirinhas, assim como a maior densidade populacional será na Região Sudeste, a qual como já visto, foi o berço da industrialização brasileira. Assim sendo, a Região Sudeste historicamente recebe o maior fluxo migratório, seguido – a partir de estímulos do Estado – o processo de interiorização que vemos na primeira parte da transformação do território brasileiro. A partir disso, temos as primeiras grandes movimentações de nordestinos indo ao Sudeste e Norte (em função do emprego), dos sulistas indo ao Centro-Oeste (em função da Revolução Verde – processo de modernização do campo – que levou o trabalho no campo saturado, bem como houve o êxodo rural, neste período e por estes motivos) e, por fim, no período atual quando, a partir da guerra fiscal (isenção ou diminuição de tributos), bem como incentivo do Governo Federal, novos postos de trabalho foram abrindo noutras regiões e apresentando o fluxo atual, podendo destacar o acelerado processo de industrialização nordestino – ligado à guerra fiscal -, levando o fluxo para lá, até chegar o período de recessão econômica atual.

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Ao perceber tal dinâmica populacional, é necessário entendes os conceitos clássicos de migração: • Pendular – a pessoa reside num município e realiza as suas atividades noutro, ou noutros. • Sazonal – é a que ocorre de período em período. • Transumância – é a migração sazonal que ocorre devido a fatores climatológicos. • Êxodo rural – as pessoas que deixam de morar no campo e se dirigem aos meios urbanos (logo não é

interior capital, mas rural – urbano, conforme o que trabalhamos em Geografia Urbana). • Êxodo urbano – as pessoas que deixam o meio urbano e se deslocam para o rural. • Nomadismo – pessoas que não se fixam num determinado espaço local. • Diáspora – é a saída de uma população em quase a totalidade, ou na totalidade para outro espaço.

Como se aplica: (ENEM 2016) Os moradores de Andalsnes, na Noruega,

poderiam se dar ao luxo de morar perto do trabalho nos dias úteis e de se refugiar na calmaria do bosque aos fins de semana. E sem sair da mesma casa. Bastaria achar uma vaga para estacionar o imóvel antes de curtir o novo endereço.

Disponível em: http://casavogue.globo.com. Acesso em: 3 out. 2015 (adaptado).

Uma vez implementada, essa proposta afetaria a dinâmica do espaço urbano por reduzir a intensidade do seguinte processo: a) Êxodo rural. b) Movimento pendular. c) Migração de retorno. d) Deslocamento sazonal. e) Ocupação de áreas centrais.

Tópico 8: Teorias Demográficas Este tópico está ligado ao conceito de população absoluta, ou seja, o número total de habitantes em determinada unidade administrativa em qualquer que seja a esfera, o conceito de povoado, ligado ao conceito de população relativa, ou seja, o número de pessoas por km², naquela determinada unidade administrativa. Outro conceito importante é o de crescimento vegetativo, que se constitui a partir do crescimento natural (nascimentos e óbitos) e do saldo migratório (população imigrante e emigrante). E por fim, as teorias demográficas, que estão ligadas diretamente aos métodos em Geografia. • Teoria Malthusiana: ligada a um determinado período histórico de êxodo rural, no qual Malthus

afirmava que a população estava crescendo muito mais que a produção de alimentos e com isto faltaria comida no mundo, trazendo como proposta a sujeição moral (abstinência sexual) para o controle de natalidade.

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• Teoria Neomalthusiana: como a ideia de abstinência sexual não se sustentou, acrescido da modernização e popularização de métodos anticonceptivos, este grupo diz que determinada localidade (país, estado, município, etc) é pobre porque nasce muita gente lá (grande taxa de natalidade), deixando escasso os meios do Estado atender a população, propondo o controle forçado de natalidade.

• Teoria Reformista: este grupo afirma que o problema de determinada localidade não é a taxa de natalidade, mas a desigual distribuição de recursos (naturais, materiais, culturais, etc), assim sendo ao ter equilíbrio em tal distribuição, a taxa da natalidade se estabilizará.

Como se aplica: (ENEM 2016) O número de filhos por casal diminui rapidamente. Para a maioria dos

economistas, isso representa um alerta para o futuro.

Uma consequência socioeconômica para os países que vivenciam o fenômeno demográfico ilustrado é a diminuição da: a) oferta de mão de obra nacional. b) média de expectativa de vida. c) disponibilidade de serviços de saúde.

d) despesa de natureza previdenciária. e) imigração de trabalhadores qualificados.

Tópico 9: Geopolítica - Nova Ordem Mundial Na Geopolítica, um conceito muito importante é o de poder. A partir disto, é possível realizar

a análise de fatos de criação e transformação do Espaço Geografia em grande escala. De acordo com Chervenski e Tamanquevis (2014) o momento que nos encontramos é a Nova Ordem Mundial, tanto pela Economia, quanto na Geopolítica; e este se caracteriza pela multipolaridade a partir da “vitória” do Capitalismo sobre o Socialismo, sobre a qual os centros de poder são múltiplos, todos a partir do sistema geral posto, que é o Capitalismo, em suas relações de Globalização.

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Para tanto a promessa da Globalização, conforme Milton Santos (2001), era de um Mundo de “aldeia global”, encurtado, de trocas. Entretanto, vivemos – também conforme a sua ideia –, num mundo não tão encurtado assim, e se apresenta, na verdade, por uma globalização perversa, a qual podemos perceber quando para dar UM PASSO em direção à União Europeia, dentro da África, passa-se uma vida inteira e o mais provável é que este curtíssimo Espaço Geográfico não seja atravessado, como vemos nas cidades espanholas de Ceuta e Melilla, encravadas no Marrocos. Fonte: HARVEY, David. Condição Pós-Moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança cultura. 23. ed. São Paulo: Loyola, 2012. 348 p.

Assim, temos a Nova Ordem Mundial, que em sua multiplicidade de poderes vem se transformando. Contudo, para realmente a entender, faz-se necessário ter uma noção da Velha Ordem Mundial, a qual se configurava num mundo bipolar, que se iniciou na Revolução Industrial e se concluiu com o final da Guerra Fria – simbolizado na queda do Muro de Berlim em 1989, ou seja, de Estados Unidos lutando pelo Capitalismo contra a União Soviética lutando pelo Socialismo. Nesta Velha Ordem Mundial, na divisão entre Capitalismo e Socialismo, os países dividiam-se em 1º, 2º e 3º Mundo, sendo o 1º Mundo países capitalistas desenvolvidos, o 2º Mundo os países Socialistas (TODOS) e o 3º Mundo, países capitalistas não desenvolvidos. Para entender tal cenário, se faz necessário compreender de uma forma mínima e muito simplificada a Macroeconomia por traz destes conflitos, compreender minimamente o Capitalismo e o Socialismo, para assim compreender em linhas gerais como se dá a Organização do Espaço Mundial.

Como se aplica: (ENEM 2015) O principal articulador do atual modelo econômico chinês argumenta que o

mercado é só um instrumento econômico, que se emprega de forma indistinta tanto no capitalismo como no socialismo. Porém os próprios chineses já estão sentindo, na sua sociedade, o seu real significado: o mercado não é algo neutro, ou um instrumental técnico que possibilita à sociedade utilizá-lo para a construção e edificação do socialismo. Ele é, ao contrário do que diz o articulador, um instrumento do capitalismo e é inerente à sua estrutura como modo de produção. A sua utilização está levando a uma polarização da sociedade chinesa. OLIVEIRA, A. A Revolução Chinesa. Caros Amigos, 31 jan. 2011 (adaptado).

No texto, as reformas econômicas ocorridas na China são colocadas como antagônicas à construção de um país socialista. Nesse contexto, a característica fundamental do socialismo, à qual o

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modelo econômico chinês atual se contrapõe é a: a) desestatização da economia. b) instauração de um partido único. c) manutenção da livre concorrência. d) formação de sindicatos trabalhistas. e) extinção gradual das classes sociais.

Tópico 10: Blocos Econômicos

Frente à Nova Ordem Mundial estabelecida, em suas várias zonas de influência e constante queda de braço para assumir o protagonismo mundial, podemos analisar o cenário Geopolítico posto pelas relações econômicas ou bélicas, estas comumente ligadas. As relações econômicas, a partir dos blocos econômicos, surgiram para fazer frente aos Estados Unidos (o grande vencedor de fato dos pós-guerras Mundial e Fria). Assim sendo, um grupo de países europeus, em 1957, pelo Tratado de Roma, a partir da Política Agrícola Comum, iniciaram uma evolução estrutural dos Blocos Econômicos, realizando a própria evolução da União Europeia.

Assim sendo, se entende um bloco econômico como um acordo internacional entre países, que vai do livre comércio à união econômica e monetária. • Livre Comércio: a tributação sobre mercadorias entre países é reduzida em relação aos que não

fazem parte do acordo ou até mesmo isentas de tributação. • União Aduaneira: padroniza taxas de exportação para países ou outros blocos econômicos,

estabelecendo assim a Tarifa Externa Comum (TEC). • Mercado Comum: aqui, então, além das relações anteriores, é estabelecido a livre circulação de

pretadores de serviços. • União Econômica e Monetária: une-se sistemas econômicos gerais, com a criação de um banco

central comunitário.

União Europeia O embrião deste bloco foi a Política Agrícola Comum, com o estabelecimento do Tratado de Roma,

em 1957. Com o passar do tempo foi se estabelecendo uma Comissão Europeia (com o papel de poder executivo), um Conselho Europeu (composto por chefes de estado, europeus), um Parlamento Europeu, um Tribunal de Justiça Europeu e um Comitê Econômico e Social Europeu; que ao amadurecer, se passou a um novo estágio: Tratado de Maastricht, em 1991, assumindo uma moeda única. Entretanto, essa moeda só passou a circular em 2002, formando o que se chama de Zona do Euro, a qual a Dinamarca e o Reino Unido – que está em fase de desligamento, em função do Brexit – decidiram não adotar, seguindo com as suas próprias moedas.

Em função da crise do Subprime originada com a quebra do Leman Brothers, quem da zona do Euro que estava mal, se afundou, a Grécia e os demais cambaleantes também caíram, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha, formando o grupo chamado por Jim O’Neill de PIIGS, fazendo alusão à letra inicial de cada país e lhes zombando com a fonética britânica que remete ao porco. Entretanto, após uma década, na

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qual o próprio euro ficou a risco, e a Espanha, Irlanda e Portugal se recuperando economicamente e seguindo as demais economias europeias, que também foram atingidas pela crise e seguem sem grandes crescimentos.

Por outro lado, o Reino Unido, além de não estar na Zona do Euro, está saindo da própria União Europeia, em função do BREXIT, que teve, por um lado, como pano de fundo, a liberdade em relação às decisões macroeconômicas da União Europeia e, por outro, a limitação de ingresso de imigrantes. Assim sendo, em junho de 2016, a Inglaterra fez o plebiscito e o resultado foi por Britain Exit, que foi popularizado como BREXIT. A tramitação desta saída está complicada, com parlamentares deixando os seus partidos por discordar do processo e a princípio na semana que vem, conforme a mídia lusitava. dA grande consequência por trás deste acordo de saída é o fechamento de fronteiras entre Irlanda e Irlanda do Norte (que pertence ao Reino Unido).

Outro fato a se destacar sobre a União Europeia são as suas relações com outros países ou blocos, cabendo destacar que ela chegou a sinalizar um protecionismo em relação à China, mas que hoje se une a ela frente às barreira alfandegárias estabelecidas pelos EUA; entretanto ao negociar um acordo de livre comércio com o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul, que o Brasil é integrante), ela se esconde atrás do protecionismo, impedindo a celebração do mesmo.

Como se aplica: O Tratado da União Europeia estabelece que qualquer país europeu pode se candidatar à

adesão ao bloco. Porém, um país só pode entrar na União Europeia se cumprir alguns critérios de adesão. Um país que se candidate a membro desse bloco econômico deve necessariamente a) ser republicano e possuir economia de mercado, porém submetida a controles constantes por parte

do Fundo Monetário Internacional (FMI). b) permanecer fiel à legislação do bloco e delegar suas questões de segurança nacional à Organização do

Tratado do Atlântico Norte (OTAN). c) possuir regime monarquista de governo, aceitar a política econômica do bloco e se comprometer a

utilizar o Euro. d) estar situado na Europa Ocidental e substituir sua Câmara de Deputados e seu Senado pelo

Parlamento Europeu. e) ter instituições estáveis que garantam a democracia, o Estado de direito e o respeito aos direitos

humanos.

GABARITO: 1. A 2. C 3. 4. D 5. C 6. D 7. B 8. A 9. E 10. E