história e evolução da implantodontia oral
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História e evolução da implantodontia Oral
Especialista em implantodontia pela CESUMAR – IEAPOM;Professor do curso de especialização em Implantodontia – IEAPOM - POAProfessor do curso de atualização em Implantodontia IPUC – CANOASProfessor do curso de atualização em implantodontia IEAPOM – POAProfessor do curso de atualização em implantodontia UNICURSOS – LAJEADO
Implantodontistas pré-colombianos?
Histórico
Período Antigo (A.C a 1000 D.C)Egípcios e dinastias pré-colombianasDentes de animais ou de marfim esculpido
Período Medieval (1000 a 1800)EuropaDentes Humanos
Período Fundamental (1800 a 1910)AméricaOuro, Porcelana, Madeira, Metais (platina,
prata)
Período Moderno (1930 a 1978)Porcelana, Vitálio, Titânio, TântaloImplantes endo-ósseos I (Vitálio, parafuso)Implantes sub-periostais (Dahl, Suécia)Implantes endo-ósseos II
○ Helicoidal, em espiral, Formiggini (aço inox ou tântalo)○ Dupla hélice espiral, Cherchève○ Implante agulhado, Scialom○ Implante laminado, Linkow (de 67 até anos 80)○ Cerâmica e carbono vitrificados
Períodos da implantodontia
Empírica (antes de 1940)
Fibrointegrada (1930 a 1945)
Osseointegrada (1970 – contemporâneo)
Os princípios da biocompatibilidade
foram elaborado por Berry, em 1888;
Insistia na necessidade de “estabilidade
imediata” (estabilidade primária?) e que
os “materiais fossem seguros” (livres de
contaminação?)
Payne descreveu o implante de um cesto cilíndrico em ouro;
O alvéolo foi alargado com broca;
Os espaços vazios foram preenchidos com um tipo de goma;
Uma coroa com um núcleo de porcelana foi fixada imediatamente na parte interna e oca do implante;
Adams e Strock preconizaram um implante em forma de parafuso com uma capa de cicatrização;
Esse mesmo Strock desenvolveu, um ano mais tarde, a transfixação endodôntica.
Foi o primeiro autor a realizar estudos histológicos em cães.
Em 1939, Alvin e Strock utilizaram
um implante em forma de parafuso feito
de vitálio.
Alvin - Strock
Implantes subperiostais
A partir dos anos 40 diferentes formas de
implantes foram criadas.
O implante helicoidal em espiral de Formiggini
(1947) era em aço inoxidável ou em tântalo;
Cherchève modificou a técnica do colega e
desenvolveu um implante em dupla hélice espiral e
um kit cirúrgico próprio.
Chercheve
Scialom foi pioneiro no uso de implantes em tripé;
As três partes do tripé se juntam para formar a base da prótese;
Os implantes laminados foram introduzidos em 1967 por Linkow;
Foram utilizados com frequência até a década de 80;
Implantes em cerâmica e carbono vitrificado foram utilizados durante os anos 70;
Todos estes implantes resultaram em
fracassos terapêuticos a médio e curto prazo;
Período contemporâneo:Osseointegração
Esse período iniciou nos anos 70;
O implante endo-ósseo foi resultado de uma filosofia que evoluiu no decorrer dos anos;
Os resultados iniciados nos anos 50 por Branemark marcaram influência monstruosa.
No inicio dos anos 60, Brånemark
investigava a microcirculação sanguínea em
tíbias de coelho com ajuda de uma câmara de
observação em titânio , quando percebeu que
o metal e o osso se integravam perfeitamente,
sem haver rejeição.
Com base nesta observação,
desenvolveu cilindros personalizados para
serem implantados na tíbia de coelhos e
cães. Tornando-se mais tarde uma base
segura, modificada e otimizada para receber
próteses fixas de longa duração em maxila e
mandíbula para aplicação humana.
Um primeiro protocolo clínico foi desenvolvido em animal;
Cães parcialmente desdentados foram reabilitados com próteses implantosuportadas;
Os implantes foram instalados no osso respeitando um período de cicatrização de 3 a 4 meses;
Era o ano de 1965
Branemark introduziu nos anos 80 o conceito de osseointegração;
Utilizou implantes de titânio;
Outras equipes ao redor do mundo testaram vários materiais;
Osseointegração é definida como
uma união anatômica e funcional direta
entre o osso vivo e remodelado e a
superfície do implante.
Deste modo, inúmeros fatores foram
observados para o sucesso da cirurgia, como a
minimização dos danos aos tecidos adjacentes por
trauma térmico, cirúrgico e ainda contaminante.
Adellet al., 1981
A instalação dos implantes foi divida em
duas etapas:
No primeiro estágio, os implantes são
inseridos no osso, sendo de fundamental
importância o controle do calor abaixo de 43ºC
com rotação de até 2000 RPM por minuto;
O Aquecimento excessivo do osso
causa desnaturação de proteínas e
posterior necrose óssea.
Devem permanecer sepultados no osso
durante um periodo de 4 a 6 meses, servindo
como tempo de reparo para o tecido ósseo.
O sepultamento serviria para que ocorresse a
osseointegração de forma efetiva.
Branemark, 1969
No segundo estágio os implantes
são expostos e preparados para receber
cargas provenientes das próteses
colocadas sobre eles.
A falta de íntimo contato entre
implante e osso pode propiciar a
proliferação de tecido mole, gerando
fibrointegração.
+
Os implantes em forma de rosca são
recomendados tendo em vista que
aumentam a área de contato e melhoram
a distribuição de forças no tecido ósseo.
Fator importante da perda de
implantes, o aquecimento ósseo, foi
ressaltado por Branemark em 1983;
O pensamento em 1977:
O implante deverá manter um íntimo
contato com o osso pelo tempo de cicatrização
necessário.
O trauma causado não poderá agredir o
osso de maneira a impedir sai recuperação.
Não deverá incidir sobre o implante
nenhuma carga durante o periodo de
cicatrização.
1978
Interpore IMZ
Não usava roscas para Estabilização óssea;
Texturização da superfície com plasma de spray;
1980
Frialit I
Primeiro Implante com perfil cônico
Corpo Único
1980
Straumann/ITI
1985
Bicon
Cone Morse
1987
Ankylos
1989
Frialit II
Material: Titânio
1992
Carga Imediata
1993
Bioform
Implantes anatômicos
1994
Fixação Zigomática
1997
Procera
2002
Superfícies Ativadas
Nobel TiUnite
SLA Active Straumann
2002
NobelGuide
2004
CeraRoot
Estágio atual
Tratamento de superfície
Tratamento de superfície
O sucesso da reabilitação com
implantes osseointegrados depende de
vários fatores, destacando-se
propriedades físico químicas da superfície,
que interferem na resposta biológica do
organismo;
O tratamento da superfície
desempenha o papel de aumentar a área
de superfície.
As propriedades superficiais mais
importantes são topografia, química, carga
superficial e molhamento;
Albrektsson et al., 1981
As superfícies dos implantes de titânio podem ser classificadas em:
Usinadas Macrotexturizadas Microtexturizadas Nanotexturizadas Biomiméticas
Superfície Usinada
Com microrranhuras resultante do processo de corte ou usinagem da estrutura metálica;
As ranhuras superficiais são de
extrema importância para o processo
de adesão celular e produção de
matriz proteica.
Superfície Macro
O processo de texturização de superfície
mais comum é o de spray de plasma de
titânio ou de plasma de hidróxiapatita.
Klokkevold et al, 1997; Cordiolli et al, 2000;
O jateamento com particulas de vários
diâmetros é outro método, porém neste caso por
subtração.
A superfície do implante é bombardeada
por partículas (Oxidos de alumínio e de titânio,
silício, vidro...) e cria por microabrasão ranhuras.
Superfície Micro
Método de subtração por ataque ácido;
Jateada inicialmente, Utilizando ácido
sulfúrico/Ácido hidrocloridrico;
Superfície SLA;
Gahlert, 2007
Mudanças de filosofias
Implantodontia
Dois Estágios
Implantodontia
Estágio ÚnicoImplantodontia Carga Imediata
No início, os implantes eram utilizados para
reabilitação de áreas edêntulas e somente eram
instalados entre 2 e 6 meses após a extração dos
dentes, devendo ficar livres de carga por um período
de 6 a 12 meses.
Implantodontia Estágio Único
Jolly, Silva, Carvalho, 2002
Implantodontia Carga Imediata
Tipos de implantes
Cone Morse
Hexágono Externo
Hexágono Interno
Implantes Zigomáticos
Cone Morse Friccional
Mini-implantes
Enxertos
Para que tudo isso?
Reflexão final