história da ia - inf.unioeste.brinf.unioeste.br/~claudia/ia-aula5.pdf · ^racionalidade...
TRANSCRIPT
Inteligência Artificial
• Material base: cap1 - continuação
Inteligência Artificial, Russell & Norvig, Editora Campus.
Retomada da aula passada
• As abordagens para o estudo de IA se dividem em 4 categorias (R&N):
Sistemas que pensam como seres humanos
Sistemas que pensam racionalmente
Sistemas que agem como seres humanos
Sistemas que agem racionalmente
Retomada da aula passada
• Sistematizando as 4 abordagens para o estudo de IA :
Sistemas que pensam como seres humanos
Sistemas que pensam racionalmente
Sistemas que agem como seres humanos
Sistemas que agem racionalmente
Processos de
pensamento e
raciocínio
Comportamento
Abordagem empírica,
envolvendo hipóteses e
confirmação experimental
Abordagem que envolve
matemática e engenharia
Sucesso = fidelidade ao
desempenho humano
Sucesso = ideal de inteligência:
Fazer tudo certo com os dados
que possuem
FUNDAMENTOS DA IA
• Filosofia
– Formação do conhecimento
• Matemática
– Regras formais; o que pode ser computado; incerteza
• Economia
– Tomada de decisões; maximização de lucros
• Neurociência
– Cérebro e processamento de informações
• Psicologia
– Como humanos pensam e agem
FUNDAMENTOS DA IA
• Engenharia de computadores e Ciência da Computação
– Hardware e Software
• Teoria de Controle e Cibernética
– Sistemas auto reguláveis; autopoiese (Varela e Maturana); controle ótimo
• Linguística
– Processamento de linguagem natural; significados
• ...
HISTÓRIA DA IA
• Gestação da IA (1943 -1955)
• McCulloch e Pits (1943): modelo de neurônio artificial;
• Hebb (1949): regra de Hebb (atual aprendizagem de Hebb): quando um axônio da célula A esta próxima o suficiente para excitar a célula B e repetidamente ou persistentemente segue fazendo com que a célula dispare, algum processo de crescimento ou alteração metabólica ocorre em uma ou ambas as células, de forma que aumente a eficácia de A, como uma das células capazes de fazer com que B dispare.
HISTÓRICO DA IA
• Gestação da IA (1943 -1955)
• Turing (1950): “Computing Machinery and Intelligency”: esse artigo fala sobre o teste de Turing, aprendizado de máquina, algoritmos genéticos, aprendizado por reforço...
• Minsky e Edmonds (1951): primeiro computador de rede neural;
• Papert e Minsky escreveram o livro Perceptrons – limites das redes neurais
HISTÓRICO DA IA
• 2) O nascimento da IA
• John McCarthy do Dartmouth College convenceu Minky, Shannon e Rochester a ajudá-lo a reunir pesquisadores dos EUA interessados em teoria de autômatos, redes neurais e no estudo da inteligência.
• Este seminário durou dois meses, no verão de 1956 e reuniu 10 pesquisadores.
• O seminário permitiu que os principais personagens importantes da IA se conhecessem
HISTÓRICO DA IA
• 2) O nascimento da IA
• McCarthy sugeriu o termo: Inteligência Artificial.
• Russell e Norvig defendem que o melhor termo seria “Racionalidade computacional”, mas IA foi o que vingou.
• Proposta: reproduzir faculdades humanas (criatividade, autoaperfeiçoamento e uso de linguagem).
• A IA é o único campo a tentar construir máquinas que funcionem de forma autônoma e em ambientes complexos e mutáveis.
HISTÓRICO DA IA
• 3) Entusiasmo inicial e expectativas (1952-1969)
• Newell e Simon desenvolveram um solucionador de problemas gerais (GPS) que foi projetado para imitar protocolos humanos na resolução de problemas. Trabalhava com quebra-cabeças. “Dentro da classe limitada de quebra cabeças com a qual podia lidar, verificou-se que a ordem em que o programa considerava submetas e ações possíveis era semelhante à ordem em que os seres humanos abordavam os mesmos problemas”
HISTÓRICO DA IA
• 3) Entusiasmo inicial e expectativas (1952-1969)
• Havia dificuldade no acesso aos computadores.
• Newell e Simon: a hipótese do sistema de símbolos físicos. “O sistema de símbolos físicos tem os meios necessários e suficientes para a ação inteligente em geral”.
Próxima aula!!
HISTÓRICO DA IA
• 3) Entusiasmo inicial e expectativas (1952-1969)
• 1958: McCarthy vai para o MIT (ênfase no raciocínio: lógica)
– definiu a linguagem lisp
– definiram a noção de time sharing
– pesquisas com senso comum
• Minsky vai para o MIT (ênfase no comportamento)
– micromundos (problemas limitados)
HISTÓRICO DA IA
• 4) Uma dose de realidade (1966-1973)
• Herbert Simon em 1957: “Não é meu objetivo surpreendê-los ou chocá-los – mas o modo mais simples de resumir tudo isso é dizer que agora existem no mundo máquinas que pensam, aprendem e criam. Além disso, sua capacidade de realizar essas atividades está crescendo rapidamente até o ponto – em um futuro visível – no qual a variedade de problemas com que elas poderão lidar será correspondente à variedade de problemas com os quais lida a mente humana.”
HISTÓRICO DA IA
• 4) Uma dose de realidade (1966-1973)
• Característica: ousadia nas opiniões otimistas sobre a IA;
• O cotidiano da IA nascente era de sucesso, com problemas específicos (exemplos simples);
• Tentativa de traduzir automaticamente textos russos para o inglês. A tradução de termo a termo e estruturas sintáticas funcionava – o problema estava na semântica.
HISTÓRICO DA IA
• 4) Uma dose de realidade (1966-1973)
• Crença de que o aumento da escala dos problemas dependia exclusivamente da existência de hardware mais rápido e memória.
• Descobriu-se que os softwares deveriam ser capazes de lidar com complexidade, com a explosão combinatória.
• Limitações e problemas com algoritmos genéticos e com a redes neurais (perceptrons).
HISTÓRICO DA IA
• 5) Sistemas baseados em conhecimento: a chave para o poder? (1969-1979)
• Característica das pesquisas: tentativa de definir/construir um mecanismo de busca de uso geral que procurava reunir passos elementares de raciocínio para encontrar soluções completas.
• Problema: esses métodos não eram genéricos o suficiente e adaptáveis a problemas grandes ou difíceis.
HISTÓRICO DA IA
• 5) Sistemas baseados em conhecimento: a chave para o poder? (1969-1979)
• DENDRAL: sistema especialista construído para inferir a estrutura molecular a partir das informações fornecidas por um espectrômetro de massa.
• Solução: não pesquisar em todas as soluções possíveis – problema da explosão combinatória - mas com informações heurísticas – características X1, X2, X3 indicam um subgrupo cetona.
HISTÓRICO DA IA
• 5) Sistemas baseados em conhecimento: a chave para o poder? (1969-1979)
• Mycin: sistema especialista para diagnóstico médico de infecções sanguíneas. Sucesso com 450 regras. Essas regras foram construídas a partir de entrevistas com especialistas (livros, outros especialistas, experiência). Incluía um percentual de incerteza.
• Trabalhos com linguagem natural (SHRDLU de Winograd), trabalho de Roger Schank também lingüista, os frames de Minsky, advento do Prolog
HISTÓRICO DA IA
• 6) A IA se torna uma indústria (de 1980 até a atualidade)
• Basicamente a indústria consistia de sistemas especialistas.
• Eram sistemas que contribuíam para que a indústria economizasse muito dinheiro.
• Pessoas não especialistas podiam agir como tais.
• A partir de 1988 iniciou-se o “inverno da IA”.
HISTÓRICO DA IA
• 7) O retorno das redes neurais (de 1986 até a atualidade)
• Em 1969 Papert e Minsky demonstraram limites para as redes neurais (perceptrons de uma única camada).
• Só em 1980 surgiu o algoritmo para perceptrons de múltiplas camadas que resolvida o problema de classes não linearmente separáveis. (aguardem as aulas de redes neurais!!!)
HISTÓRICO DA IA
• 8) A IA se torna uma ciência (1987 até a atualidade)
• Nos últimos anos houve uma revolução no trabalho em IA, tanto no conteúdo quanto na metodologia. É mais comum usar as teorias existentes em vez de propor teorias novas, fundamentar as afirmações em teoremas rigorosos ou na experimentação rígida, em vez de utilizar como base a intuição e destacar a relevância de aplicações em vez de exemplos de brinquedos (toy problems).
HISTÓRICO DA IA
• 8) A IA se torna uma ciência (1987 até a atualidade)
• Os “puros em IA”: as teorias da IA devem se fundamentar nos rigores matemáticos;
• Os “impuros da IA”: experimentam muitas idéias, implementam e avaliam os resultados.
HISTÓRICO DA IA
• 8) A IA se torna uma ciência (1987 até a atualidade)
• A IA adotou o método científico: bases de dados para testes disponíveis na internet, mineração de dados, o advento dos sistemas especialistas normativos (teoria da decisão)
• Sistemas que agem racionalmente de acordo com as leis da teoria de decisão e não procuram imitar os passos do pensamento de especialistas humanos.
HISTÓRICO DA IA
• 9) O surgimento de agentes inteligentes (de 1995 até a atualidade)
• Agentes computacionais como a perspectiva de construção da própria IA.
HISTÓRICO DA IA
• IA Clássica (1956-1970)
• Objetivo: simular a inteligência humana
• Métodos: solucionadores gerais de problemas e lógica
• Motivo do fracasso: subestimação da complexidade computacional dos problemas
HISTÓRICO DA IA
• IA Romântica (1970-1980)
• Objetivo: simular a inteligência humana em situações pré-determinadas.
• Métodos: formalismos de representação de conhecimento adaptados ao tipo de problema; mecanismos de ligação procedural visando maior eficiência computacional.
• Motivo do fracasso: subestimação da quantidade de conhecimento necessária para tratar mesmo o mais banal problema de senso comum.
HISTÓRICO DA IA
• IA Moderna (1980-1990)
• Objetivo: simular o comportamento de um especialista humano ao resolver problemas em um domínio específico.
• Métodos: Sistemas de regras, representação da incerteza, conexionismo.
• Motivo do fracasso: subestimação da complexidade do problema de aquisição de conhecimento.
HISTÓRICO DA IA
• IA Hoje
• Houve mudança de metas da IA, desde o sonho de construir uma inteligência artificial de caráter geral comparável à do ser humano, até os bem mais modestos objetivos atuais de tornar os computadores mais úteis através de ferramentas que auxiliam as atividades intelectuais de seres humanos.
HISTÓRICO DA IA
• IA Hoje
• Houve mudança de metas da IA, desde o sonho de construir uma inteligência artificial de caráter geral comparável à do ser humano, até os bem mais modestos objetivos atuais de tornar os computadores mais úteis através de ferramentas que auxiliam as atividades intelectuais de seres humanos.