história da filosofia dos pré socráticos ao helenismo
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História da
Filosofia
Da Antiguidade Clássica ao
Teocentrismo Medieval
Prof. Lúcio Oliveira
No seu sentido mais comum, o substantivo filosofia ou o verbo
filosofar tem a ver com pensamento ou com o ato de pensar.
Filosofar é pensar sobre o que nos acontece, sobre o sentido do
que nos acontece ou sobre o significado da vida humana ou da
vida biológica como tal. Diz-se assim que se tem uma “filosofia
de vida”. Mas este significado do termo certamente é muit
oamplo e vago. Até mesmo pensar não é a mesma coisa para
todos.
Podemos dizer que filosofar é criar e ter uma atitude filosófica.
Mas nem todos têm esta atitude. Uma vez que a Filosofia
quebra com o nosso saber prático do dia a dia (o que nem
sempre nos agrada, pois à primeira vista parece ser perda de
tempo ou incômodo exagerado com as coisas, deixando-nos,
quem sabe, angustiados demais, para além do conveniente)
Filosofar é não se contentar com as coisas óbvias. É tomar
distância do que acontece, para entender melhor o que
acontece.
“Não se ensina Filosofia, ensina-se a Filosofar.”
Immanuel Kant
Contudo, a Filosofia não é compreendida hoje
apenas como um saber específico, mas
também como uma atitude em relação ao
conhecimento, o que faz com que seus temas,
seus conceitos e suas descobertas sejam
constantemente retomados.
A Filosofia é um saber específico e tem uma
história que já dura mais de 2.500 anos.
Nasceu na Grécia Antiga - costumamos dizer -
com os primeiros filósofos, chamados pré-
socráticos.
Contexto
histórico
e
subdivisões
do período.
Século VI a.C até século VII d.C.
Espaços iniciais: Cidades-estado da
Grécia; desenvolvimento em várias
cidades do Império Romano.
Desenvolvimento da Pólis até a
queda da Império Romano; período
clássico da arte grega; teatro;
domínio de Alexandre, o Grande.
Períodos: pré-socrático; clássico;
helenístico.
Principais
problemas
filosóficos.
Como o mundo funciona?
De onde o mundo vem? Quem fez isso?
Quem é? Como isso tudo se
junta? Será que tudo faça algum tipo
de sentido, ou é apenas acaso este
monte de coisas?
Como as pessoas devem se comportar?
O que é conhecimento?
Física, Cosmológica, Ontológica ou Pré SocráticaOs filósofos que viveram antes da época de Sócrates, como Parmênides e Heráclito,
investigaram a origem das coisas e as transformações da natureza. De seus textos
só restaram fragmentos. O conhecimento especulativo no período pré-socrático não
se distinguia dos outros conhecimentos, como a astronomia, a matemática ou a
física.
Tales de Mileto foi o primeiro pensador que podemos chamar de filósofo. Como
outros pré-socráticos, Tales dedicou-se a caracterizar o princípio ou a matéria de
que é feito o mundo. Sustentou que este princípio era a água.
Clássica ou AntropológicaA Filosofia vinculou-se a um momento histórico privilegiado - o da Grécia Clássica.
Nesse período, que compreende os séculos V a.C. e IV a.C., a Civilização Grega
conheceu seu apogeu, com o esplendor da cidade de Atenas.
Adotando a democracia como sistema político, Atenas assistiu a um florescimento
admirável das Ciências e das Artes. Foi esse período histórico que deu origem ao
pensamento dos três maiores filósofos da Antiguidade: Sócrates, Platão e Aristóteles.
Helenística
O período helenístico corresponde ao final do século III a.C. (período que se sucede à
morte de Alexandre Magno, em 323 a.C.) e se estende, segundo alguns historiadores,
até o século VII d.C. As preocupações filosóficas fundamentais voltam-se para as
questões morais, para a definição dos ideais de felicidade e virtude e para o saber
prático.
Aquilo que une os filósofos pré-socráticos é a
preocupação em perguntar e compreender a natureza
do mundo (a Physis).
Queriam entender a origem, a causa geradora de
todas as coisas, seus princípios. Assim, observavam o
mundo na busca de explicações lógicas (racionais)
para compreendê-lo
Tais explicações se diferenciavam do conhecimento
mítico e religioso comumente aceito pelos gregos
antigos.
Os Jônios
Assim chamados por habitarem a região da
Jônia (atual Turquia)
Tales (625 – 558 a.C)
Considerado o “primeiro filósofo”.
Fundador da Filosofia Cosmológica.
Observou que todos os elementos eram compostos de água.
• A água é responsável pela vida.
• Assim, a água é o princípio de todas as coisas:
“Tudo é Água”
Anaximandro (625 – 558 a.C)
O princípio de tudo é o “Apéiron”.
Princípio puramente racional.
Indeterminado,
Infinito,
Ilimitado e
Imutável
Separação dos ContráriosGerou os opostos:
Quente X Frio
Fogo X Água
Seco X Úmido
Os Pitagóricos
Escola criada por Pitágoras na região de
Samos, localizada na costa da atual Turquia
Pitágoras
(580– 500 a.C)
“O Universo é uma exatidão numérica”.
LIMITADOS – Ímpares (princípio
feminino do Cosmos)
Pode ser dividido em
proporções numéricas
cada vez menores .
Números
ILIMITADOS – Pares (princípio
masculino do Cosmos)
Heráclito(540 – 480 a.C)
“Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio,
nem substância mortal alcançar duas vezes a
mesma condição [...] Tudo flui, tudo passa, se
move sem cessar”.
Defende que o Arché é o Fogo
Propõe o Devir eterno
Tudo está em constante transformação
Para Heráclito, o Devir se
dá através da constante
disputa entre os contrários,
cada qual buscando superar
o outro.
Gerador da Vida
Transformador da MatériaAs coisas quentes esfriam
As úmidas, secam
Os dias tornam-se noiteConsiderado o primeiro representante
do pensamento dialético
Os Eleatas
Habitavam a região de Eléia, ao sul da atual
Itália. Buscavam conhecer a essência do ser
e não a matéria.
Parmênides
(515– 450 a.C)
“O Ser é algo imutável, eterno
e indivisível”.
Algo Absoluto
Onipresente
Princípio Único
Considerado o fundador da
Lógica e da Ontologia por
Aristóteles.
Para Parmênides, o ser não sofre alterações. “O que é de si não
transige”, pois deixaria de ser, portanto, de existir.
Os sentidos e a percepção nos enganariam pois só observaríamos a
aparência sem levar em consideração a essência das coisas.
Nesse sentido, debatiam questões importantes para o
convívio em sociedade, ex: ética, fazer o bem, virtudes,
política, etc.
Com o desenvolvimento das cidades (polis) gregas, a vida
em sociedade passa a ser uma questão importante.
Sócrates vive em Atenas, que é uma cidade de grande
importância, nesse período de expansão urbana da Grécia,
por isso, a sua preocupação central é com a seguinte
questão: como devo viver?
As pessoas precisavam desenvolver normas de convivência
para o espaço da cidade que era um fenômeno
relativamente novo na história da humanidade, com mais
agitação política, comercial e social.
O conteúdo dos diálogos chegou até nós por
meio de seus discípulos, especialmente de
Platão, pois Sócrates não deixou nada escrito.
Toda a sua filosofia é exposta em diálogos
críticos com seus interlocutores
Sócrates andava pela cidade (feiras, mercados,
praças, prédios públicos, etc.) e debatia com
as pessoas interessadas sobre assuntos
referentes a vida em sociedade.
Para viver bem (de acordo com a virtude) é
preciso ser sábio.
Para Sócrates a sabedoria é fruto de muita
investigação que começa pelo conhecimento de si
mesmo.
Segundo ele, deve-se seguir a inscrição do templo
de Apolo: conhece-te a ti mesmo. À medida que o
homem se conhece bem, ele chega à conclusão de
que não sabe nada.
Para ser sábio, é preciso confessar, com
humildade, a própria ignorância. Só sei que nada
sei, repetia sempre Sócrates.
Maiêutica: método para chegar ao conhecimento.
Para Sócrates o papel do filósofo é fazer com que aspessoas chegassem ao conhecimento e para issodesenvolveu a maiêutica.
Método de diálogo para levar o seu interlocutor (pessoacom quem estava debatendo) a perceber por si só suaprópria ignorância sobre os assuntos tratados.
Por meio da ironia, fazendo perguntas e respondendo asperguntas com outras perguntas, levava o interlocutor acair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar aprópria ignorância.
Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estariadisposto a percorrer o caminho da verdade.
Quando se diz que a maiêutica é a arte de dar à luz as
ideias, está se subentendendo que o conhecimento está
dentro da pessoa e por meio maiêutica ela vai “parir” o
conhecimento.
Para Sócrates, uma mente submetida a um interrogatório
adequado seria capaz de explicitar conhecimentos que já
estavam latentes na alma. Afinal, tanto para Sócrates
quanto para Platão, a alma, antes de se unir ao corpo,
contemplara as ideias na sua essência, no Mundo das
Ideias. Bastava, portanto, fazer um esforço para recordar.
Conhecer é recordar.
A objetivo mais importante do diálogo é encontrar o
conceito. Ele pergunta, por exemplo, o que é justiça? E,
aos poucos, eliminando definições imperfeitas, ele vai
chegando a um conceito mais puro, mais correto.
A maior arte de Sócrates era a investigação, feita com oauxílio de seus interlocutores. Aquele que investiga,questiona. Aquele que questiona, perturba a ordemestabelecida. Isso faz surgir muitos inimigos de Sócrates.
Sócrates foi acusado de corromper a juventude e dedesprezar os deuses da cidade. Com base nessas acusaçõesele é condenado a beber cicuta (veneno extraído de umaplanta do mesmo nome). Segundo testemunho de Platão emApologia de Sócrates, ele ficou imperturbável durante ojulgamento e, no final, ao se despedir de seus discípulos,ele diz:
Já é hora de irmos; eu para a morte, vós para viverdes. Quanto a quem vai para um lugar melhor, só Deus sabe.
É filho de uma nobre família
ateniense e seu nome verdadeiro é
Arístocles. Seu apelido de Platão é
devido à sua constituição física e
significa “ombros largos”. Foi
discípulo de Sócrates e após a sua
morte, fez muitas viagens,
ampliando sua cultura e suas
reflexões.
Por volta de 387 a.C., Platão fundou sua própria
escola de filosofia, nos jardins construídos pelo seu
amigo Academus, o que deu à escola o nome de
Academia. É uma das primeiras instituições de ensino
superior do mundo ocidental.
Platão, diferentemente de Sócrates, tinha o
hábito de escrever sobre suas idéias. Foi ele
quem resgatou boa parte do pensamento de seu
mestre Sócrates.
Platão não andava promovendo debates pelos
locais públicos como seu mestre, mas ao
contrário, fundou uma academia de filosofia.
Devido a isso, Platão era mais restrito, pois para
chegar a ele somente quem pudesse entrar na
academia, ou seja, os filhos dos aristocratas da
época.
Do mundo sensível das opiniões ao mundo inteligível das idéias.
Segundo Platão, os sentidos só podem nos fornecer oconhecimento das sombras da verdadeira realidade, eatravés deles só conseguimos ter opiniões.
O conhecimento verdadeiro se consegue através dadialética, que é a arte de colocar à prova todoconhecimento adquirido, purificando-o de toda imperfeiçãopara atingir a verdade. Cada opinião emitida é questionadaaté que se chegue à verdade.
Platão, assim como Sócrates, acreditava que oconhecimento era inato ao ser humano, ou seja, todo oconhecimento estava na pessoa, bastava exercitar ourefletir para “relembrar” as respostas dosquestionamentos. Aristóteles, discípulo de Platão, nãocompartilha dessa idéia, para ele o conhecimento só erapossível por meio da experiência e da percepção, ou seja,deveria ser adquirido.
As sombras que os homens enxergam no fundo da cavernarepresentam as aparências da realidade e não a realidadeem si. Mas aqueles homens que foram, desde a infância,acostumados a crer que as sombras eram a realidade, nãopodiam imaginar que a realidade verdadeira estava lá fora.
Quando um desses homens consegue escapar da caverna etem contato com o mundo verdadeiro, ele percebe que asprojeções na parede nada mais são do que uma ilusão, poisa realidade das coisas era outra. O homem cai em si eentende que sempre foi enganado pelas sombras.
Quando volta para caverna e tenta convencer os outros deque aquelas sombras não representam a realidade dosfatos, ninguém acredita e o chamam de louco.
Esse mito se refere a Sócrates que tentava demonstrar arealidade ou a verdade de vários fatos de Atenas, como apolítica, por exemplo, uma vez que as pessoas acreditavamem discursos que não condiziam com a realidade.
A Teoria das Ideias e seus aspectos epistemológicos:
O conhecimento se desenvolve por meio da
passagem progressiva do mundo sensível (das
sombras e aparências) para o mundo inteligível
(das ideias e essências).
As impressões são responsáveis pela Opinião
(doxa) que temos da realidade.
O Conhecimento (epistéme), para ser autêntico,
deve ultrapassar a esfera das impressões
sensoriais e alcançar a esfera racional da
sabedoria.
Foi preceptor de Alexandre
Magno, na corte de Pela, e
isso facilitou suas pesquisas
pois, quando Alexandre
expandiu o império
Macedônico, o filósofo teve
mais acesso às informações
sobre formas de governo e
sobre o mundo natural (do
qual Aristóteles fez uma
das primeiras classificações
conhecidas).
• Sua vida:
Aristóteles: Quando Alexandre sobe ao trono naMacedônia, Aristóteles deixa a corte de Pela evolta para Atenas, onde funda sua própria escolade filosofia, próxima ao templo de Apolo Liceano(por isso passa a se chamar LICEU), seguindoorientação que rivaliza com a Academia de Platãoque, nesse tempo, é dirigida por Xenócrates.
A Academia era mais voltada para asMatemáticas, enquanto o Liceu se dedicavaprincipalmente às ciências naturais.
• Aristóteles foi discípulo de Platão, mas seguiu o
próprio caminho, com uma filosofia bem
diferente do mestre.
• Quanto ao método de exposição da filosofia,
enquanto Platão utilizara os diálogos,
Aristóteles foi um sistematizador.
• Embora ele também tenha escrito diálogos, o
que chegou até nós foi apenas uma parte das
suas obras produzidas em forma descritiva e
ordenada.
Aristóteles organizou o conhecimento de até
então. Criou sistemas classificatórios para a
natureza, sobre o céu, sobre os fenômenos
atmosféricos; exame da física como movimento,
infinito, vazio, lugar, tempo, etc.
Também estudou sobre sensação, memória,
respiração, história dos animais; classificou as
espécies vivas, etc.
Formas de governo, retórica (argumentação) e
ainda muitos outros estudos.
Platão, com o vulto de Leonardo da Vinci, ergue o indicador para o
alto, simbolizando a teoria das formas (o poder das ideias abstratas e
intangíveis). Aristóteles, com a mão espalmada para baixo, indica a
realidade material da natureza, a terra, o que representa a
percepção pelos sentidos, base de sua concreta teoria do
conhecimento (filosofia natural e empírica).
Critica a Teoria das Ideias e a noção de
dualismo
Em Platão, temos dois mundos
distintos (sensível e inteligível)
Aristóteles diz que não é necessário o
dualismo : este só duplica os problemas
A ciência deveria partir da realidade sensorial
(empírica) para buscar as estruturas essenciais de
cada ser.
A existência do ser individual, concreto, único,
constitui o objeto da ciência, mas não é o seu
propósito.
A finalidade da ciência deve ser a compreensão do
universal, visando o estabelecimento de definições
essenciais, que possam ser usadas de modo
generalizado.
Existência da substância individual, que
reúne todas as características
necessárias, passíveis de conhecimento.
Evita, assim, o dualismo platônico.
A substância é formada por elementos
distintos: matéria e forma.
Estes não estão dissociados.
MATÉRIA: do grego hylé – o princípio
indeterminado dos seres, mas que é
determinável pela forma.
FORMA: do grego morphé – o princípio
determinado em si próprio, mas que é
determinado em relação à matéria.
Nos processos de mudança é a forma que
muda, a matéria mantém-se sempre a
mesma.
Problemática da palavra “ser”: vários usos /
usos problemáticos
1) essência e acidente: a essência é o que faz
com que algo seja o que é. Acidente são as
propriedades que, quando retiradas, não
alteram o que ela é.
“Como então as ideias,
que são a substância das
coisas, podem estar
separadas das coisas?”
2) Ato e Potência:
Distinção de diferentes formas de ser que
explicam as mudanças do mundo sensível.
A criança é um ato, mas também é homem em
potência.
Ato: a manifestação atual do ser, aquilo que ele já é
(por exemplo: a semente é, em ato, uma semente)
Potência: as possibilidades do ser (capacidade de ser),
aquilo que ainda não é, mas que pode vir a ser (por
exemplo: a semente é, em potência, uma árvore)
Aristóteles escreve a Metafísica para
comunicar a experiência do conhecer.
Graus do processo de conhecimento :
1) Sensação
2) Memória
3) Experiência
4) Arte (Téchne)
5) Teoria
Início do conhecimento.
Platão: sensação é traiçoeira
Aristóteles: é na experiência do mundo
sensível que estão os seres que devemos
compreender
As sensações são ferramentas importantes
do conhecimento pois é por meio delas que
poderemos encontrar a essência das coisas
Memória: Lembrança de acontecimentos
passados.
Experiência: capacidade humana de
estabelecer relações com aquilo que
aprendemos pelos sentidos.
O humano recebe acontecimentos pela
experiência e os retém pela memória (ex: o
fogo queima)
Conhecimento das causas, dos porquês das
coisas.
Não é apenas saber “como montar uma
ponte”, mas saber como e porque as peças
se encaixam daquela determinada maneira
Destituído de qualquer “acidente”,
detalhes e aspectos individuais das coisas.
É o conhecimento mais abstrato e genérico
das formas existentes de conhecer.
Não quer compreender algo prático :
apenas quer encontrar a verdade ; tem um
fim em si mesmo.
I – Conhecimento Prático
a) Ética: estudo da virtude - o que é essa
virtude e como nos educar para nos tornarmos
virtuosos.
b) Política: “o homem é um animal político”,
ou seja, o homem só realiza sua natureza
essencial no convívio e na relação política
com sua cidade.
Regimes
PolíticosCaracterística
Formas
DegenerativasDescrição
DEMOCRACIA Poder do Povo DEMAGOGIA
O Poder é do
Povo, mas
desconsiderando
o bem comum
MONARQUIAPoder somente
de uma PessoaTIRANIA
O Poder fica nas
mãos apenas de
uma pessoa,
mas exercido de
forma ilegal
ARISTOCRACIAPoder dos
“Melhores”OLIGARQUIA
O Poder é de um
grupo que
favorece a si
mesmo
SENTIMENTO FALTA VIRTUDE EXCESSO
Prazer Insensibilidade Temperança Libertinagem
Confiança Covardia Coragem Temeridade
Riqueza Avareza Liberalidade Prodigalidade
Fama Simplório Magnificência Vaidade
Honra Vileza Respeito Vulgaridade
Cólera Indiferença Gentileza Irascibilidade
Convívio Grosseria Agudeza Zombaria
Conceder Prazer Tédio Amizade Condescendência
Vergonha Timidez Modéstia Sem Vergonhice
Fortuna Malevolência Justa Apreciação Inveja
“A Amizade se constitui de dois corpos que
habitam uma só alma”
Inicia-se com a conquista da Grécia pelos
macedônios em 322 a.C.
Caracterizou-se pela interação da cultura
grega clássica e oriental.
Polis grega desaparece como centro
político.
Filósofos são cidadãos do mundo (kósmos)-
período da filosofia cosmopolita.
Expansão Macedônica empreendida por Alexandre Magno
Mistura de religiões ou sincretismo
religioso.
As fronteiras e divisão entre cidade-
estado desapareceram
Surgem dúvidas e incertezas.
Continuação das atividades das escolas
platônicas.
Substitui-se, a vida pública pela vida
privada como centro das reflexões
filosóficas
Trata da intimidade, da vida interior do
homem.
Substitui-se a vida pública pela vida
privada como centro das reflexões
filosóficas.
As preocupações coletivas cedem lugar às
preocupações individuais.
As principais correntes filosóficas desse
período vão tratar da intimidade, da vida
interior do homem.
Com o declínio da participação do cidadão
nos destinos da cidade, a reflexão política
também se enfraqueceu.
Principais correntes que trazem
explicações sobre a realidade:
Estoicismo -
Epicurismo - Hedonismo
Pirronismo - Ceticismo
Cinismo
Toda realidade é racional. Todos os seresfazem parte desta.
Somos deste mundo e, ao morrer, nosdissolvemos nele.
O melhor caminho para a felicidade é odever da compreensão.
Fundador: Zenão de Cício (336-263 a.C)
No plano ético, os estóicos defendiam umaatitude de austeridade física e moral,baseada em virtudes como a resistência anteo sofrimento, a coragem ante o perigo, aindiferença ante as riquezas materiais.
O ideal a ser alcançado seria um estado deplena serenidade para lidar com ossobressaltos da existência, fundado naaceitação e compreensão dos “princípiosuniversais” que regem toda a vida.
A imperturbabilidade, a extirpação daspaixões e a aceitação resignada do destinosão as marcas fundamentais do homem sábio,o único apto a experimentar a verdadeirafelicidade;
Fundador: Epicuro (324-271 a.C.)
Administração racional e equilibrada do
prazer, é o princípio e o fim de uma vida
feliz.
Prazeres Duradouros: que encantam o
espírito como. ex: artes, música etc.
Prazeres Imediatos, movidos pela
explosão das paixões e que podem resultar
em dor e sofrimento.
Buscavam a Ataraxia:
ausência de dor,
quietude, serenidade.
Para desfrutar os grandes prazeres do
intelecto precisamos aprender a dominar
os prazeres exagerados da paixão: os
medos, os apegos, a cobiça, a inveja.
Os epicuristas buscavam a ATARAXIA,
termo grego usado pra designar o estado
de ausência da dor, quietude, serenidade e
impertubabilidade da alma.
O epicurismo defende uma administração
racional e equilibrada do prazer, evitando
ceder aos desejos insaciáveis que,
inevitavelmente, terminam no sofrimento.
Nenhum conhecimento é seguro, tudo éincerto. (Ceticismo)
Fundador: Pirro de Eléia (365-275 a.C.)
Os céticos admitiam que a realidade
existia, mas afirmavam que o ser humano
não teria nenhum instrumento para atingir
a verdade de qualquer coisa.
A filosofia deveria ser uma negação do
saber, não uma busca.
Defendia que se deve contentar com as
aparências das coisas, desfrutar o imediato
captado pelos sentidos e viver feliz, em vez de
se lançar à busca de uma verdade, pois seria
impossível ao homem saber se as coisas são
efetivamente como aparecem.
Para atingir a felicidade o indivíduo deveria
dirigir uma indiferença absoluta aos costumes
e aos acontecimentos da vida.
Diógenes, principal representante.
Filósofos que se propuseram a viver como
cães da cidade, sem qualquer propriedade
ou conforto.
Filosofia de Sócrates- procurar conhecer a
si mesmo e desprezar bens materiais.
Do grego kynicos, significa “como um cão”.
Nos séculos posteriores ao florescimento
das escolas filosóficas, não se
desenvolveram correntes de pensamento
que possam ser consideradas realmente
originais.
Nesse período, que vai de meados do
século III a.C. até o início da Idade Média,
os filósofos que surgiram repetiam as ideias
dos antigos.
O surgimento do cristianismo, no século I,
trouxe à filosofia novas questões
O cristianismo ganhou numerosos adeptos
entre os povos do antigo mundo helenístico,
trazendo novas formas de ver o mundo.
Ao mesmo tempo, no século I a.C. surgiu uma
potência militar que superou a dominação
macedônia: o Império Romano, que absorveu
muito da cultura grega, inclusive sua filosofia.
Entre os século I a.C. e III d.C., assistimos a
um ressurgimento do platonismo mesclado
com ideias aristotélicas, influenciando a
filosofia dos pensadores cristãos durante a
Idade Média.
A Grécia sob o controle Romano
Pitágoras
Sócrates
Platão
Aristóteles
Epicuro
“Podemos facilmente perdoar uma criança por
ter medo da escuridão. A real tragédia da vida
é quando os homens têm medo da luz”
“Purifica o teu coração antes de permitires que o
amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda
em um recipiente sujo”
“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente.
Excelência, então, não é um modo de agir, mas
sim um hábito”
“Se todos os nossos infortúnios fossem colocados juntos e,
posteriormente, repartidos em partes iguais por cada um de
nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas, de
novo, só os nossos.”
“Quando dizemos que o prazer é a essência de uma boa vida não
queremos dizer o prazer do extravagante ou o que de depende
da satisfação física, mas por prazer queremos dizer o estado em
que o corpo se libertou da dor e a mente da ansiedade.”
o ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS,
Maria Helena Pires. Filosofando:
introdução à Filosofia. São Paulo; Ática,
1993.
o CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 4
ed. São Paulo: Ática, 2012.
o CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia – São
Paulo – SP: Editora Ática, 2014.
o COTRIM, Gilberto. Fundamentos da
Filosofia: história e grandes temas. 16 ed.
reform. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2006.