história da evolução de libras

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HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO DE LIBRAS Adelly Nunes Taiza Ribeiro Nathan Duarte Camila Dantas Felipe Pinheiro Samuel

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Page 1: História  da Evolução de Libras

HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO DE LIBRASAdelly Nunes

Taiza Ribeiro

Nathan Duarte

Camila Dantas

Felipe Pinheiro

Samuel

Page 2: História  da Evolução de Libras

INTRODUÇÃO

Qual o principal objetivo da linguistica?Dentro deste objetivo, são cinco os principais

objetos teóricos identificados pela ciência da linguagem nos séculos XIX e XX.

A língua A competência A variação A mudança Uso em diferentes níveis (Piorin, 2006, p.8)

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HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO O reconhecimento da libras nos faz

questionar: de onde veio essa língua? Como ela evoluiu para chegar a forma que temos hoje? A libras também está envolvida no processo de variação e mudança linguística?

A libras evoluiu no século XIX, através de registros históricos, e entra em contato com a Língua de Sinais Francesa (LSF), nas mãos do professor surdo francês.

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Em 1875 surgiu a Iconografia dos Sinais dos Surdos-mudos, a reprodução do dicionário da LSF – um dicionário de sinais para facilitar a comunicação entre alunos surdos e professores do INES ( Instituto Nacional de Educação de Surdos).

A liberdade de expressar a língua de sinais não durou muito, porque foi divulgada a decisão final sobre a Língua de Sinais na educação escolar que chocou todas as comunidades surdas dos países do mundo.

Na história da evolução dos sujeitos surdos do mundo, que foi ignorada durante muitos anos pela sociedade, os surdos eram considerados como inferiores e inaptos por não terem um dos sentidos: a audição (Supalla, 2008).

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1980 – retornou o foco da importância da libras graças a pesquisa linguística e pedagógica.

1990 – em função da necessidade de melhorar a qualidade do ensino na sala de aula do INES, surgiu a profissão de monitor surdo para ser mediador na transmissão e no processo de ensino-aprensizagem entre professor ouvinte e alunos surdos.

No início do século XIX, houve uma vitória da comunidade surdaa do Brasil, das associações de surdos e da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos, em sua luta pela valorização da lingua de Sinais, com a Lei nº 10.436/02. Em seguida, foi intensificação da sua importância na área da educação, pelo Decreto nº 5.626/05, regulamentado a libras.

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Podemos pronunciar que ocorreram, nesta evolução, fenômenos linguísticos como a mudança no decorrer dos anos até os dias de hoje.

Como e quando começou ocorrer esta mudança na lingua de sinais? Que tipo de tendências se verifica na mudança, dos sinais? Quais os sinais que permanecem idênticos até os dias atuais? E os caminhos que os sinais percorreram na mudança fonológica?

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Podemos dizer que atualmente a libras tem, no mínimo, 150 anos, a contar do surgimento da comunidade surda do INES em 1857. A libras, além da ASL e LSF, são respeitadas, valorizadas, fortalecidas, divulgadas pelas comunidades surdas e associações de surdos filiados a Federação mundial de Surdos/AMS

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DESMISTIFICANDO A LÍNGUA DE SINAIS

O aumento das pesquisas científicas sobre as línguas de sinais foi algo de extrema importância no sentido de desmistificar algumas ideias de senso comum a respeito das línguas de sinais.

O primeiro mito – haveria uma língua de sinais única e universal usadas por todas as pessoas surdas do mundo.

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Alguns estudos científicos tem mostrado que as línguas de sinais embora utilizem o gesto para sua constituição não podem ser consideradas equivalentes a linguagem corporal.

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O segundo mito - É o de que as línguas de sinais praticadas pela comunidade surda seriam apenas representações manuais das linguagens orais, e, portanto subordinadas a elas.

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ICONICIDADE NAS LÍNGUAS DE SINAIS

Fatores linguísticos e sociolinguísticos influenciaram a transformação de alguns sinais ao longo do tempo que passam de um alto grau de iconicidade para um grau maior de arbitrariedade num processo de mudança da ASL.

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COMO RESOLVER A QUESTÃO ENTRE ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE?

Teoricamente temos que reconhecer que casos de construção de signos fundamentalmente da questão da convenção social.

Por exemplo – O mesmo se observa em signos icônicos, que também são convencionalmente estabelecidos por diferentes grupos sociais

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ÁRVORE EM LIBRAS

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 PROCESSOS FONOLÓGICOS E MORFOLÓGICOS Mudanças linguísticas em Línguas orais e em

Línguas de Sinais. Níveis Fonológicos e Morfológicos.

As mudanças Fonológicas nas línguas orais é um dos mecanismos principais de mudança linguística, e envolve alterações na pronuncia de certos segmentos das palavras ou no número de unidades sonoras distintivas.

Diferentes processos fonológicos : Perda ou adição de fonemas e a assimilação

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PERDA OU ADIÇÃO

Um fonema é perdido ou ganho como resultdo da mudança.

Exemplo: ganho da vogal e nas palavras em português descendentes do Latin, quando essas se iniciavam em s acrescido de consoante.

Latim – s +consoante = e - Portugês sponsu = esposo schola = escola

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ASSIMILAÇÃO

Diferentemente, envolve “um processo em que o som se torna semelhante, em seu ponto ou modo de articulação, a um som vizinho”

Exemplo:mudanças na passagem do Latim para o Português;O ditongo latino aw, com grafia au, transfoma-se em algumas palavras em ow, com grafia ou. A vogal central a assimilou traços da vogal posterior w, tornando-se o

Latim aw = ow = o Português Auru = Ouro Pauco = Pouco Lauro = Louro

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A mudança Fonológica nas Línguas de Sinais ocorre quando há alterações em algum parâmetros constitutivos do sinal, como:

as configurações de mãos, a locação, o movimento e orientação da palma

A tendência de os sinais se tornarem simétricos aparecem em sinais realizados com duas mãos

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A segunda tendência de mudança dos sinais é o deslocamento em locação. Onde está a centralização das mãos.

Gestos com ampla movimentação dos braços se tornaram restritos, onde o espaço de sinalização tem:

como centro da articulação o peito, a cintura como limite inferior, o pescoço como limite superior e os cotovelos como limites laterais (direito e

esquerdo)

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AS MUDANÇAS NO PARÂMETRO DE ACORDO COM O DESLOCAMENTO

1- Deslocamento de sinais realizados na altura da cabeça:a.sinais de duas mãos tornam-se sinais com apenas uma mão;b.Sinais de uma mão são deslocados do centro para o canto do rosto

2- Deslocamento de sinais realizados abaixo do pescoço:c. sinais de uma mão tornam-se sinais com duas mãos;d.Sinais realizados próximos a alguma das laterais do corpo são centrlizados

Este primeiro reposicionamento é explicado devido aos surdos interagirem focalizando a visão no rosto. Este trz uma séri de informações gramatiais fundamentais pra o entendimento do discurso em Línguas de Sinais.

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A terceira tendência de mudança dos sinais aparece quando traços não manuais de gestos icônicos são transpostos para as mãos.

Exemplo: cabeça de cima para baixo que reproduz a postura do paciente, foi transposto pra o movimento das mãos. (não há movimento da cabeça)

Quarta tendência envolve a transformação de sinais múltiplos em unitários, por meio da assimilação de traços de um sinal pelo outro.

Por fim a última tendência aponta a preservação morfológica de Sinais

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Um dos aspectos morfológicos das Línguas de Sinais que merecem nossa atenção, é a composição de sinais tendo em vista que esse processo envolve também processos fonológicos.

Quando dois sinais formam um sinal composto, é comum que mudanças fonológicas ocorram, pode ser explicado através de um conjunto de regras:

A regra do contato, Regra da seguencia única Regra da antecipação da mão não dominante

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De acordo com a regra quando dois sinais se juntam para formar um sinal composto, o ponto de contado do primeiro sinal se torna ponto de articulação inicial do sinal composto:

Exemplo: ESCOLA (casa+estudar) sinal casa perde sua repetição interna ao ser integrado com o sinal estudar

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A ultima regra da antecipação da mão não dominante, ocorre quando ao produzir um sinal composto, antecipa a mão relativa ao segundo sinal já o início da produção do primeiro sinal.

Além da mudança fonológica outro processo diacrônico é de mudança lexical. = substituição de uma forma, dita conservador ou antiga, por uma nova, dita inovadora , para a representação de algum conceito presente na língua.Entre as diversas motivações para esta mudança estão o neologismo, os empréstimos e interferência.

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VARIAÇÃO E MUDANÇA LINGUÍSTICA

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Toda nossa história foi marcada por modificações sejam elas benéficas ou deletérias em qualquer que seja o aspecto. Na história das línguas não foi diferente, todas as línguas passaram e passam por mudanças até os dias de hoje e talvez seja isto que lhes conferi-o tamanha complexidade. Biologicamente é possível que a linguagem tenha surgido a 2 bilhões de anos atrás e o seu propulsor tenha sido Homo habilis. A história da língua de sinal também passou modificações ,estas modificações geram alguns desencontros principalmente na hora dos diálogos, pois sociedades diferentes possuem línguas diferentes

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PRINCIPAIS PROBLEMAS

Incapacidade de interpretação da mensagem Exclusão social Criação de sinais paralelos, porem

incompreensíveis Novas culturas*

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PRINCIPAL PROBLEMA

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CONCLUSÃO A criação de uma língua única é

extremamente importante, pois possibilitaria a inclusão de todos que necessitam dela pra se comunicar principalmente daqueles (não surdos), pois funcionara como um elo de inclusão social. Entretanto a variação ou surgimento de novos sinais é explicitamente benéfico, pois toda sociedade tende a se desenvolver e a língua é um fator primordial para que isso aconteça