história da contabilidade

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resumo da História da contabilidade

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Page 1: História da Contabilidade

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Page 2: História da Contabilidade

RESUMO

A contabilidade desempenha um papel de fundamental importância na evolução da humanidade, pois desde os tempos mais remotos esteve presente no cotidiano dos homens ainda que de forma natural e espontânea. No inicio a contabilidade era praticada de forma rústica sem nenhuma fundamentação teórica, servia apenas para registro de posses. Com o passar do tempo essa consciência foi mudando, novas tecnologias foram surgindo e exigindo um detalhamento maior dos registros contábeis. O caminho percorrido pela contabilidade ate se tornar ciência foi longo e lento, até chegar ao ponto que estamos.

Palavras Chaves: Contabilidade, Registro, Contador, Evolução, Partidas Dobradas.

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Page 3: História da Contabilidade

Sumário

INTRODUÇÃO......................................................................................................................41. CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO, 8000 a. C. à 1202 d. C...............................61.1 Fenícios, Sumérios e Babilônios.......................................................................................61.2 Egípcios.............................................................................................................................62. CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL 1202 à 1494..........................................92.1 O Primeiro Milênio...........................................................................................................92.2 O Segundo Milênio...........................................................................................................92.2.1 O Método das Partidas Dobradas...................................................................................93. A CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO 1494 a 1840.....................................113.1 A Contabilidade no Brasil...............................................................................................114. CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO 1840 ATÉ OS DIAS ATUAIS..........134.1 O Período Cientifico no Brasil........................................................................................135. ESPECIALIZAÇÃO PRETENDIDA...............................................................................155.1 Assessória Contábil Municipal.......................................................................................155.2 Controlador Interno Municipal.......................................................................................16Conclusão..............................................................................................................................18

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Page 4: História da Contabilidade

INTRODUÇÃO

A contabilidade até se tornar ciência percorreu um grande caminho, e sofreu

diversas evoluções, acompanhando as modificações sociais e econômicas da

humanidade, adequando-se as evoluções do ambiente de produção e negócios,

bem como aos conhecimentos e tecnologias disponíveis.

A contabilidade surgiu da necessidade social de proteção à posse e de

continuidade na interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o

homem sempre se dispôs para alcançar os seus objetivos. O Prof. Federigo Melis

afirma “Desde que o homem se preocupou com o amanhã, preocupou-se também,

em fazer as contas, mas, em verdade, nem sempre soube, racionalmente, o que

fazer com as informações que guardou”.

Kenneth S. Most, afirma que arqueólogos com freqüência encontram

evidências da presença de algum tipo de contabilidade na maioria das civilizações

antigas. Os homens primitivos representavam seus patrimônios (rebanhos, metais e

outros bens) por meio de desenhos e gravuras pintadas nas paredes das cavernas e

em ossos, por meios de riscos ou sulcos. Observava-se que o objeto desenhado era

aquele que eles queriam controlar e estava sempre acompanhado da quantidade

existente.

Pesquisadores acreditam que tanto a escrita quanto a aritmética tiveram suas

origens quando o homem deixou a forma básica de subsistência de caçador, e

voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica

acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida

comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava

sua riqueza individual.

No primeiro tópico do presente artigo esta disposta à contabilidade no mundo

antigo, período em que se deu o surgimento das primeiras noções de contabilidade,

as principais civilizações responsáveis pelo surgimento e evolução da contabilidade

e a duração desse período.

O segundo tópico Trata da Contabilidade no Mundo Medieval a duração de

desse período, e as principais descobertas ocorridas no campo da Contabilidade a

exemplo do conceito de Zero, Sistema numérico arábico e o Método das Partidas

Dobradas. O terceiro tópico apresenta um estagio mais evoluído da contabilidade é

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Page 5: História da Contabilidade

o inicio da sistematização quando a contabilidade começa a se tornar uma ciência.

Trata também do inicio da contabilidade no Brasil e sua evolução.

O quarto tópico trata da contabilidade no mundo Moderno, sua

sistematização, o inicio do ensino de contabilidade em faculdades e o

reconhecimento de diplomas dos diplomas dos contadores. Comenta também a

contabilidade moderna e os principais acontecimentos desse período no Brasil.

No quinto tópico estão dispostos os ramos de especializações pretendidas na

área contábil e discorre um pouco sobre o que faz o profissional que atua nos ramos

Assessoria Contábil da Área Pública e Controlador Interno Público.

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1. CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO, 8000 a. C. à 1202 d. C.

1.1 Fenícios, Sumérios e Babilônios

Alguns historiadores acreditam que foram os Fenícios os responsáveis pela

evolução da Contabilidade por se tratar de um povo mercador e de a Contabilidade

está ligada a necessidade de registros do

comércio. Também é atribuído ao povo

Fenício o Surgimento das trocas em

bases monetárias e a simplificação dos

registros em desenhos por símbolos,

porem são apenas teorias.

Fig. 1 Alfabeto Fenício

Outros acreditam que os primeiros registros Patrimoniais com indícios de

técnicas contábeis que se tem conhecimento foram encontrados entre os Sumérios

e os Babilônios povos habitantes da Região da antiga mesopotâmia mais

especificamente entre os Rios Tigre e Eufrates.

Esses povos utilizavam fichas de barro como identificação de mercadorias,

com o passar dos anos essas fichas foram sendo aperfeiçoadas e contendo mais

informações das mercadorias, bem como da divida

de uma pessoa para com a outra. A atividade de

troca e venda dos comerciantes requeria o

acompanhamento das variações de seus bens

quando cada transação era efetuada. As trocas de

bens e serviços eram seguidas de simples

registros ou relatórios sobre o fato.

Fig. 2 Mesopotâmia

1.2 Egípcios

Com o advento da agricultura nas planícies de inundação do baixo Nilo o

povo egípcio deu um grande passo na evolução da contabilidade, pois a utilização

do papiro1 possibilitou a elaboração de registros mais sofisticados possibilitando

também seu armazenamento em folhas de livro. Os escribas representam os

1 Planta, da família das ciperáceas, é muito comum nas margens de rios da África. As folhas são longas e fibrosas, um pouco semelhantes às folhas de cana-de-açúcar.

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primeiros contadores. Eram encarregados de registrar nas folhas de papiro, os

movimentos da produção agrícola, armazenamento da produção, cobrança de

impostos e taxas entre outras movimentações. Era o Surgimento do Livro Contábil.

Os escribas eram focalizados pelo Fisco Real o que tornava os escriturários mais

sérios e zelosos no exercício de sua profissão.

Outro grande avanço dos Egípcios foi na analise do patrimônio e na

distribuição das despesas por centros de aplicação. Por volta de 2000 a. C., os livros

e documentos comerciais eram obrigatórios, mostrando ênfase no aspecto

econômico. No decorrer do tempo os egípcios que utilizavam figuras e símbolos

para escriturar seu patrimônio passaram a utilizar sinais gráficos. O que diminuiu

substancialmente o tempo de elaboração de registros administrativos cada vez mais

volumosos.

Em suma, os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da

Contabilidade, e seus registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo.

1.3 Cretenses, Gregos e Romanos

A Grécia é conhecida como uma das mais avançadas civilizações da

antiguidade, com grandes pensadores que influencia até a bagagem conceitual da

humanidade.

Entre 2100 a.C. e 1580 a.C. a Grécia teve seu apogeu agrícola e industrial. O

estado controlava toda a produção por meio dos registros contábeis, sistematizados,

era tão apurado que possibilitava o conhecimento do patrimônio estatal2.

Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já

escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma

confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo

egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como

administração pública, privada e bancária.

O grande e vasto Império Romano, sucedeu os gregos, aprimoraram sistemas

de administração e rica ciência jurídica. Possuíam um grande elenco de intelectuais

e tinham uma estrutura social bem definida. Sabe se que deram grande contribuição

na evolução da contabilidade, porém nada se pode provar, pois todos os registros

contábeis da época foram destruídos durante a queda do Império romano.

2 Pertencente ou Relativo ao Estado

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A história da Contabilidade está revestida de fatos que demonstram uma

evolução muito lenta no tempo, prendendo-se em sua manifestações primeiras,

exclusivamente, à própria história das Contas, ou seja, fazer daquilo que se tem ou

daquilo que deverá ser entregue a terceiros. Os principais fatores responsáveis pela

evolução da contabilidade são:

A preocupação com as propriedades e a riqueza;

A necessidade de aperfeiçoar seu instrumento de avaliação da

situação patrimonial;

O anseio do homem, de por ordem nos lugares em que habita;

O acompanhamento da evolução do patrimônio líquido das entidades;

O desenvolvimento das teorias contábeis e de suas práticas.

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Page 9: História da Contabilidade

2. CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL 1202 à 1494

2.1 O Primeiro Milênio

Entre os acontecimentos mais importantes desse período, esta a influência

predominante dos Árabes, que a partir do século VII, influenciados pelos Indianos,

descobridores do conceito de zero e responsáveis pelo aprimoramento das obras de

Ptolomeu, difundiram o conceito do zero e toda a lógica aritmética e algébrica, bem

como o sistema numérico arábico. Todos esses acontecimentos são fundamentais

na evolução da contabilidade, Imagine como seria difícil somar, multiplicar e dividir

com o sistema numérico Romano! Os comerciantes, matemáticos e aventureiros

europeus aprenderam muito com os Árabes. Um dos mais conhecidos desses

europeus é o autor Leonardo Fibonacci, que foi um dos maiores divulgadores do

sistema numérico arábico no continente.

2.2 O Segundo Milênio

Nesse período houve o aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade

foram à conseqüência natural das necessidades geradas pelo advento do

capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo de produção na sociedade capitalista

gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações de trabalho. O trabalho

escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando os registros mais complexos.

No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália, transformando e

fortalecendo a sociedade burguesa.

No final do século XIII surgiu pela primeira vez a conta "Capital", representando o

valor dos recursos injetados nas companhias pela família proprietária. Mas um dos

acontecimentos mais importantes desse período foi a Contabilidade por Partidas

Dobradas.

2.2.1 O Método das Partidas Dobradas

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A obra de Frei Luca Pacioli, denominada "Summa de arithmetica, geometrica,

proportioni et proportionalitá" era um tratado matemático que incluía uma seção

denominada "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas

Dobradas). Nessa seção, Pacioli apresentava o sistema de escrituração por partidas

dobradas e o raciocínio dos lançamentos contábeis, ou seja, os débitos e os

créditos. O Principio das partidas dobradas é o método, segundo o qual todo

lançamento a crédito em uma conta, faz com que surja outra conta com a mesma

importância a débito.

Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador

das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente em

Toscana, desde o Século XIV.

Frei Luca Pacioli, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase

moderna da Contabilidade. A obra de Pacioli não só sistematizou a Contabilidade,

como também abriu precedente que para novas obras pudessem ser escritas sobre

o assunto. Pacioli tinha uma visão abrangente, e seus comentários são relevantes

até hoje. Pacioli (1494) Em sua obra Contabilidade por Partidas Dobradas explana

sobre o encerramento do balancete:

Para que tudo fique mais claro no encerramento mencionado, é necessário que faça esta outra comparação, a saber, somar numa folha de papel todos os débitos de Razão + e colocá-los do lado esquerdo, e somar todos os créditos e colocá-los do lado direito, e depois estas últimas somas serão ressomadas; uma das somas será o total dos débitos, e a outra será o total dos créditos. Agora, se as duas somas forem iguais, ou seja, uma for igual à outra, ou seja, as somas dos débitos e créditos, sua conclusão será a de que seu Razão terá sido bem mantido(...) e encerrado pelo motivo mencionado acima no Capítulo 14; mas, se uma das somas for maior do que outra, terá havido um erro no seu Razão, o qual, com diligência, será melhor que o controle com a inteligência que Deus lhe deu, e com os recursos de raciocínio que tiver adquirido, e que são muito necessários para o bom comerciante, como dissemos no início; caso contrário, não sendo um bom contador em seus negócios, andará como um cego, e muitas perdas poderão surgir.(...) (P. não Inforamada)

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3. A CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO 1494 a 1840

O período moderno foi considerado à fase da pré-ciência. Onde a

Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das

inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava. E iniciou-se a preocupação

com a teorização e a formação de doutrina que pudessem explicar e interpretar os

fenômenos da riqueza. Foi definido o caminho em direção à Ciência. Buscava-se

nesse período uma conceituação que se expressasse generalizando a verdade

comum a cada experiência de observação particular. Oliveira, (2003, p. 13) “O

conceito é o caminho da enunciação das verdades e estas, o das formações

teóricas. Só um conjunto de teorias constrói a ciência”.

Com o inicio da revolução industrial houve a necessidade de mais capital, o

que gerou o surgimento demais bancos para suprir as necessidades financeiras das

empresas comerciais, os investimentos em dinheiro determinaram o

desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e

investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações

com os consumidores e os empregados.

Os investimentos em maquinas e equipamentos e o emprego dos ativos fixos

no processo de fabricação tiveram impacto significativo para a contabilidade.

Tornando o conceito de depreciação muito importante.

Nesse período houve uma necessidade muito grande de sistema que se

adequassem ao cenário contábil, isso fez com que a contabilidade chegasse as

Universidades. A Contabilidade começou a ser lecionada com a aula de comércio

da corte, em 1809.

3.1 A Contabilidade no Brasil

Com a instituição do governo geral, chegaram ao Brasil os provedores da

fazenda que acumulavam esse cargo com o de contador, eram os primeiros

contadores em solo brasileiro.

Com o desenvolvimento da Colônia cartas régias passaram a regulamentar os

princípios contábeis que instituíam cargos e funções da administração fazendária.

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Em 1770 em Portugal foi baixada a lei que regulamentava o exercício da

profissão contábil.

A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil incrementou a atividade

colonial, exigindo, devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos

Estados, um melhor aparato fiscal. Portanto, constituiu-se o Erário Régio ou o

Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As

Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um

contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e

administração financeira e fiscal.

A vinda da família real para o Brasil possibilitou também o inicio do ensino

contábil em terras brasileiras, com a instalação em 1810, da aula de comercio da

corte. Desde então novas escolas foram fundadas, desenvolvendo seus próprios

métodos. A mais antiga instituição profissional e cultural da Ciência contábil que se

tem noticia no Brasil é a associação dos Guarda Livros da Corte fundada em 18 de

Abril de 1869 na cidade do Rio de Janeiro. Era o inicio da Organização da Classe

contábil no Brasil.

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4. CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO 1840 ATÉ OS DIAS ATUAIS

Nesse período surgiram os grandes mestres da metodologia contábil como

Francesco Villa, contabilista publico que escreveu “La Contabilità Applicatta alle

administrazioni Private e Plubbliche” A contabilidade Aplicada a Área Publica e

Privada, e o escritor veneziano Fabio Bésta.

Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do

pensamento contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola

Lombarda; a segunda, a Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a

terceira, a Escola Veneziana, chefiada por Fábio Bésta.

Em 1923, definiu-se o patrimônio como objeto da Contabilidade. O

enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da equação

aziendalista3, desenvolvida por Vicenzo Mazi, teve, sobretudo, o mérito incontestável

de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é muito mais do que mero

registro; é um instrumento básico de gestão.

Porem a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações

práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso

exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade

necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em

demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa

séria de campo e de grupo.

Com o declínio das escolas européias as escolas norte-americanas floresciam

com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma

ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério

dos órgãos associativos. O surgimento do Instituto Americano de Contabilistas

Públicos Certield foi de fundamental importância no desenvolvimento da

Contabilidade e dos princípios contábeis.

4.1 O Período Cientifico no Brasil

3 Aziendalismo é uma teoria científica italiana que define como objeto de estudo da contabilidade a azienda.

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No Brasil esse período foi marcado por inúmeros acontecimentos dentre os

quais se destacam o reconhecimento dos diplomas da Academia de comercio do Rio

de Janeiro e da Escola Prática de Comércio de São Paulo em 1905. Nos anos que

se seguem observa-se uma historia de lutas, com a fundação de associações

Profissionais, sindicatos e institutos, processo esse Levaria mais tarde à criação dos

Conselhos Federais e Regionais de Contabilidade.

O primeiro congresso de contabilidade do Brasil aconteceu no Rio de Janeiro

em 1924. Esse congresso teve como propósito a criação de uma lei que

regulamentasse o exercício da profissão contábil. A batalha para aprovação dos

projetos de Lei que regularizavam o exercício da profissão contábil foi árdua, pois,

vários projetos eram apresentados e não aceitos. Até que em 1946 o presidente

Eurico Gaspar Dutra aprovou o Decreto Lei nº 9295/46 que dispõe sobre a Criação

do Conselho Federal de Contabilidade, define as atribuições do Contador e do

Guarda-livros, e dá outras providências.

No esforço para o reconhecimento da profissão, algumas personalidades

atuaram para que isto ocorresse. Merecem destaque o Senador João Lyra,

Francisco D’Auria, Raul Vaz, Frederico Hermann Junior, e outros que não mediram

esforços para ajudar a Consolidar a Profissão.

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Page 15: História da Contabilidade

5. ESPECIALIZAÇÃO PRETENDIDA

5.1 Assessória Contábil Municipal

Dentre os vários ramos de atuação que a profissão de Bacharel em Ciências

Contábeis possibilita, o que mais me despertou interesse foi a Acessória Contábil

para Área Publica e Controladoria Interna da Área Publica.

Na área publica o assessor contábil deve auxiliar a administração municipal

(prefeito) no controle das finanças municipais, assim como na prestação de contas

ao mais variados Órgão fiscalizadores como o TCE – MT (Tribunal de Contas do

Estado do Mato Grosso).

A contabilidade pública é praticamente toda regida por leis Federais,

estaduais e municipais. As principais são:

Lei nº 4.320/64 de 17 de Março de 1964 que Estatui4 Normas Gerais de

Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e

balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

Lei nº 8.666/93 de 21 de Junho de 1993 que Regulamenta o art. 37,

inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e

contratos da Administração Pública e dá outras providências.

Lei Complementar nº 101/00 de 4 de Maio de 2000, que Estabelece

normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na

gestão fiscal e dá outras providências.

Alem das leis citadas acima, em 6 de Março de 2007 o TCE-MT aprovou a

Resolução nº 1/2007 que Aprova o “Guia para implantação do Sistema de Controle

Interno na Administração Pública”, estabelece prazos e dá outras providências. Essa

Resolução possibilita a criação de um novo ramo de atividade para os contabilistas

que é o cargo de Assessor de Controle Interno ou até mesmo de Controlador

Interno, pois o cargo exige uma pessoa que tenha formação acadêmica ou que seja

assessorado por alguém com formação acadêmica.

O assessor contábil da área publica deve conhecer bem as leis acima citadas,

pois, elas regulamentam todo o setor público e estabelecem datas e prazos para a

elaboração de das leis municipais e prestação de contas aos órgãos de fiscalização.

4 Determina em Estatuto; Estabelece.

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Page 16: História da Contabilidade

O assessor contábil deve também elaborar juntamente com a Administração

pública e de acordo com as normas estabelecidas na lei 4320/64, o PPA (Plano Pluri

Anual) que é a lei que estabelece todo o plano de ação para os quatro anos, ou seja,

programas e projetos de longa duração. Essa lei deve ser bem detalhada citando a

estimativa de quando e quanto será arrecadado em repasses do governo, impostos

e taxas, e quando e quanto será gasto na execução dos programas, projetos e

atividades da Administração nos quatro anos de exercício.

Baseado nos valores e prazos estabelecidos no PPA o assessor contábil deve

elaborar também a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) essa lei deve ser

elaborada no exercício anterior a sua vigência. A LDO tem o objetivo de orientar a

elaboração da orçamentária anual (LOA), e definir as Metas e prioridades do PPA

para o exercício corrente.

Após definidas as Metas e Prioridades deve-se elaborar a LOA (Lei

Orçamentária Anual). A LOA estima as receitas que o governo espera arrecadar

durante o ano e fixa os gastos a serem realizados com tais recursos.

Durante o exercício o assessor contábil deve estar atento ao cumprimento do

que esta disposto nas Leis PPA, LDO e LOA, pois, haverá prestação de contas

mensal e anual qual quer modificação em qualquer uma das leis sem prévia

alteração aprovada pelo poder legislativo acarretara no veto de repasses dos

governos estaduais e federais e ainda em multas ao gestor.

5.2 Controlador Interno Municipal

Com a aprovação da resolução 1/2007 do TCE-MT, pode ser criado o cargo

de controlador interno. O Controlador devera desenvolver um conjunto de atividades,

planos, métodos e procedimentos interligados utilizado com intenção de assegurar

que o objetivo dos órgãos e entidades da administração pública sejam alcançados.

de forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão,

até a consecução dos objetivos fixados pelo Poder Público. As irregularidades no

exercício serão punidas, como comenta disposto na Resolução nº 1/2007 (2007):

Art. 6° O responsável pelo sistema de controle interno, sob pena de responsabilidade solidária, deverá representar junto ao Tribunal de Contas do Estado sobre as irregularidades e ilegalidades que evidenciem danos ou

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Page 17: História da Contabilidade

prejuízos ao erário não reparados, integralmente, através das medidas adotadas pela administração. (p.3)

O interesse por essas áreas de atuação se deu devido a três anos de trabalho

em uma empresa que prestadora de serviços para área publica. O conhecimento

adquirido nesse período motivou-me a buscar expandir ainda mais meus

conhecimentos de área publica.

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Page 18: História da Contabilidade

Conclusão

O objetivo do presente Artigo é apresentar de forma sintética o a origem e

evolução da Ciência contábil no Brasil e no mundo, os principais agentes de sua

evolução e suas contribuições para humanidade.

O surgimento da escrita é uma das grandes contribuições que a contabilidade

possibilitou, pois, foi devido à necessidade de escrituração patrimonial que a escrita

surgiu e difundiu-se no mundo. O surgimento do sistema numérico arábico utilizado

no mundo atual é uma contribuição do povo indiano e árabe para a humanidade e

seu surgimento também atribuído a contabilidade.

Esses são apenas algumas das grandes contribuições da contabilidade,

porém no decorrer dos anos maquinas foram criadas, metodologias de ensino foram

desenvolvidos, tudo para que hoje tivéssemos um sistema contábil bem

fundamentado. “Conhecer o passado fornece as ferramentas ideais para construir o

futuro”.

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Page 19: História da Contabilidade

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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