80

AT 1

O IV Encontro Nacional de Prefeitos e Secretários de Segurança acontece em São

Paulo, durante a feira internacional de segurança, ISC Brasil.

Ano 11 - Nº 80 - Fevereiro 2014 - Circulação Nacional - www.segnews.com.br - exemplar avulso R$ 15,63

Plano Estratégico de segurança para a Copa do Mundo

Pág.14

Entrevista

Grupo defende a moralização da segurança privada

Tudo indica que a presença do ca-pital estrangeiro nas empresas de segurança será inevitável e

o Estatuto da Segurança Privada poderá trazer essa flexibilidades. Acredita-se que a nova lei da segurança privada poderá ser aprovada antes do início da Copa do Mundo. Com a mudança na

Novo Estatuto da Segurança

Presidente da Alas, Gusta-vo Gassmann, fala sobre os principais planos da

associação para atuar junto aos profissionais no Brasil.

Pág.17

Pág. 6

IV Encontro de Prefeitos em SP

A tecnologia será um dos principais destaques da Copa do Mundo 2014, que acontece entre os

meses de julho e julho, no Brasil. O evento também promete mudar a forma de se pensar a segurança dos grandes eventos, nas mais diversas áreas, que acontecem todos os anos no País. A expectativa é que toda a experiência proporcionada com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, em 2016, possibilitem o desenvolvimento de políticas pública que garantam maior proteção aos tor-cedores e ao público em geral, além de possibilitar maior profissionalização das empresas de segurança que atuam neste segmento.Para ajudar a compreender melhor o conceito de segurança Fifa veja nesta edição as ações que serão adotadas durante os jogos.

Pág.22

Pág. 4

lei, o cerco às clandestinas do setor será ainda mais acirrado.

Rolezinho: insulto à democracia

Pág. 16

Ainda que pacífico e sem atos de vandalismo, o “rolezinho” atrapalha o funcionamento

dos estabelecimentos situados em um

shopping, que não foi projetado para receber manifestações, mas sim para abrigar, em um local seguro, diversos ramos de comércio.

Soluções e tecnologias vão ser apresentadas

Nova lei pode ser aprovada antes da Copa

Foto: Valdir Lopes/SegNews

Foto: FIFA/Getty Images

80

6 7

O futuro de uma das principais associações voltadas aos profissionais do mercado de segurança eletrônica agora está

nas mãos de um jovem empreendedor, cheio de gás e vontade de contribuir com a transformação do mercado!

Por: Natalino José Borring

O novo comando na presidência da ALAS

Gustavo Gassmann começou sua carreira no mercado de segurança eletrônica no ano de 2001, trabalhando em uma empresa de integração de sistemas de segurança em

São Paulo. Em 2005, tornou-se responsável pelas vendas da HID Global no mercado brasileiro e, posteriormente, em parte do mercado latino-americano. Gustavo Gassmann, tem vasta experiência em projetos

de segurança eletrônica, bem como de impressão segura de documentos de identidade e de

emissão instantânea de cartões de dé-bito e cartões de crédito. Atualmente, atua como diretor de vendas da HID Global e, em 2013, foi eleito Presidente ALAS (Associação Latino-Americana de Segurança), com sede em Miami, na Florida (EUA). Também foi nomeado vice-presidente e sócio fundador de ALAS capitulo Brasil.Formado em administração, com ênfase em comércio inter-nacional na UCES (Universi-dade de Ciências Empresariais e Sociais), em Buenos Aires, Argentina, país onde nasceu em 1973. Neste momento, cursa MBA Executivo na Brazilian Business School, em São Paulo, Brasil.

80

6 7

“TI e Segurança Elerônica estão

disputando espaço de convergência e até disputando

orçamentos”

SegNews – No final do ano passado o senhor assumiu a presidência da Asso-ciação Latino-Americana de Segurança (ALAS). Como foi o convite e o que representa esse novo desafio em sua carreira profissional?Gustavo Gassmann – No ano de 2011, fui convidado pela HID Global a participar da ALAS Internacional, representando a empresa. Desde 2011, até 2013, colaborei com a associação como membro diretivo e, em 2013, tive a oportunidade, depois do convite de alguns membros, a candidatar-me à presidência, com sucesso. Para mim, ter sido escolhido representa uma grande alegria e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade. ALAS Internacional é a Associação Latino Americana que conglomera as principais empresas do setor da segurança eletrônica na Região. A representatividade e a expo-sição são muito altas e isso exige uma responsabilidade muito grande.

SegNews – Como o senhor avalia a qualificação profissional no mercado de segurança e o trabalho realizado pelas associações do setor para tentar promover mais conhecimento?Gustavo Gassmann – A qualificação profissional no mercado de segurança tem avançado muito nos últimos anos. Os produtos e soluções estão muito mais acessíveis e isso tem permitido que muitas pessoas tenham acesso a esses serviços. Mesmo assim, existem varias oportunidades para o crescimen-to e qualificação das pessoas e empre-sas, nas mais diversas áreas. A ALAS Internacional tem ajudado bastante neste aspecto. Hoje, contamos com mais de sete mil certificações efetuadas pela associação.

SegNews – Embora exista uma de-manda crescente por conhecimento, no Brasil e em muitos países da América

Latina, o número de participantes em associações, como a ALAS, ainda é pequeno. Na sua opinião, qual é a maior dificuldade para conseguir aumentar o número de associados?Gustavo Gassmann – Acredito que um dos valores de uma associação está no acesso à informação, mas também existem outros valores muito mais rele-vantes. Hoje em dia você tem acesso à informação de forma imediata por mui-tos meios como a internet, canal direto com alguns fornecedores e fabricantes. O problema que se tem é saber discernir se a informação é correta, real, ou se é simples propaganda. Estou convencido de que um dos valores de uma asso-ciação séria e organizada está em ter uma posição am-pla, plural, impar-cial. Existe muito espaço para crescer ainda na América Latina, porém es-tamos convencidos de que o caminho é o certo. Dia a dia temos mais asso-ciados na região e isso fortalece o mercado como um todo.

SegNews – Como as empresas podem ajudar no desenvolvimento das asso-ciações voltadas ao aprimoramento profissional?Gustavo Gassmann – As empresas podem ajudar as associações trazen-do a público suas necessidades, seus casos de sucesso e seu capital de inovação. Estou convencido que um dos melhores lugares para divulgar as novas tecnologias e inovações é nas associações.

SegNews –Qual retorno essas empresas podem esperar?Gustavo Gassmann – O retorno rápido de uma empresa consiste em estar perto

dos principais jogadores do mercado e estar perto dos principais usuários fi-nais. Essas são oportunidades imediatas de desenvolvimento.

SegNews – Como o senhor analisa o crescimento do mercado de segurança no Brasil e a proximidade deste cada vez maior com a área da Tecnologia da Informação?Gustavo Gassmann – Tecnologia da Informação e Segurança Eletrônica hoje estão disputando um espaço de convergência e até disputando "orça-mentos". Isto pode ocorrer de forma natural, quando as pessoas ou empresas conhecem as tecnologias disponíveis e os cenários completos. E pode

ocorrer de for-ma competitiva, quando cada um “atende e enten-de somente o seu jogo”. O mer-cado no Brasil está crescendo fortemente em ambos os espa-ços, porém ainda

tem muita gente que vê isto de forma negativa, normalmente porque não entende as tecnologias ou as demandas.

SegNews – O senhor também é diretor de vendas em uma multinacional que é uma das sócias fundadoras da ALAS, desde 2007. Neste período, quais as contribuições que é possível observar na melhoria dos negócios empresariais e na qualificação dos profissionais desta instituição?Gustavo Gassmann – Eu gostaria de colocar umas palavras que não são minhas, para responder sua pergunta. Uma empresa normalmente pode criar oportunidades para seus produtos ou serviços em determinado mercado, uma associação ajuda a criar e desenvolver

mercados. A HID Global participa ativamente de muitas Associações em todo o mundo, isto é fundamental na estratégia de crescimento. Se não conhecemos o mercado, não pode-mos crescer nele. Se não ajudamos o mercado a crescer, logo teremos uma desaceleração no nosso crescimento.

SegNews – Qual a principal bandeira de gestão e os trabalhos que pretende desenvolver na América Latina para fortalecer a participação da ALAS nas empresas?Gustavo Gassmann – Eu dividiria as principais iniciativas e bandeiras em três grandes grupos:1) Gestão administrativa e eficiência corporativa. Temos muito a melhorar como organização, para dar mais e melhores benefícios para nossos as-sociados. A ALAS Internacional tem mais de dez colaboradores diretos e, se contamos com todos nossos instrutores, mais de trinta. Quatro sedes em quatro países diferentes; é uma organização enxuta, porém que precisa de uma pro-fissionalização e melhor comunicação. 2) Foco em novas atividades e na melhoria do portfólio de educação e certificações.3) Divulgação mais efetiva dos benefí-cios de "ser parte" de ALAS.

SegNews – Como será feito esse traba-lho de divulgação da ALAS no mercado brasileiro, tendo em vista que a asso-ciação já possui filial também no País?Gustavo Gassmann – No Brasil ainda estamos engatinhando. Temos muito a fazer, porém já temos um grupo amplo de empresas apoiando a iniciativa. Nos próximos meses estaremos presentes nos principais cenários da indústria de segurança eletrônica. Acreditamos que temos oportunidade de fazer uma contribuição ao mercado Brasileiro e em especial a empresas do Brasil que

80

8 9

“A Cumbre ALAS é sem dúvida o maior evento da associação e de seus associados, que neste ano vai acontecer na República Dominicana...”

Foto: Valdir Lopes/arquivo SegNewstenham interesse em transcen-der as fronteiras do Brasil e exportar para outros países da América Latina. Logicamente também transcendo para o Brasil nossos principais cursos e treinamentos.

SegNews – Antes de assumir a presidência da ALAS Interna-cional, o senhor já ocupava o cargo de diretor na associação e acredito que esse fato lhe proporcionou uma boa visão sobre o funcionamento da instituição. Tendo em vista as novas responsabilidades e esse conhecimento adquirido, o que o senhor acha que será possível fazer nos dois anos de mandato e o que é preciso mudar para melhorar a parti-cipação em mercados como o do Brasil?Gustavo Gassmann – Os dois primeiros anos na ALAS para mim foram um grande aprendizado. Pouco conseguimos fazer de fato no Brasil, porém muito foi aprendido. O que definitivamente temos que fazer e começou a ser feito em dezembro de 2013, há menos de três meses, é ter um grupo de empresas brasileiras apoiando nossas iniciativas. É um trabalho longo de convencimen-to, de mostrar o valor de um grupo de empresas líderes no mercado mundial. Eles estão ai, do seu lado, e agora é a sua oportunidade de entrar neste circulo de empresas de sucesso.

SegNews – A ALAS Internacional pos-sui uma forte presença na Indústria. Já no Brasil, o senhor acredita que o foco também será na indústria ou a grande aposta estará no setor de serviços?Gustavo Gassmann – Na realidade, nossos associados estão relacionados tanto à Indústria como aos serviços.

Acredito que nossos sócios corpora-tivos, que são também grandes fabri-cantes, tenham uma maior exposição, porém está bastante equilibrado, entre fabricantes, distribuidores e integra-dores. No Brasil, acreditamos que a estrutura deva ser bastante similar.

SegNews – Como será o trabalho da ALAS junto a outras instituições já existentes no Brasil e que visam aju-dar na melhoria da qualificação dos profissionais que atuam no mercado da segurança?Gustavo Gassmann – O posicio-namento da ALAS Brasil será de colaboração, de fato o presidente de ALAS Brasil, Luis Henrique Bonatti, também é diretor e participa ativamente de outras associações. Assim como o nosso diretor executivo, o especialista em segurança Igor Pipolo, que também

é muito atuante em outras associações locais. Temos certeza que podemos colaborar para gerar um mercado maior e mais capacitado.

SegNews – Haverá algum trabalho es-pecífico da ALAS junto aos sindicatos patronais e laborais?Gustavo Gassmann – É possível, porém esta questão ainda não está definida dentro de nosso planejamento de curto prazo.

SegNews – O que os profissionais e as empresas podem esperar da ALAS em 2014?Gustavo Gassmann – A ALAS tem um planejamento de oferecer um calendá-rio de atividades bem amplo, tanto na América Latina como no Brasil, sempre focado em cursos, treinamentos, parti-cipação em eventos, um convite para a

"Cumbre ALAS", que é sem dúvidas o maior evento da associação e de seus associados, que neste ano vai acon-tecer na República Dominicana (Ilha de São Domingos - Caribe), no mês de outubro, e muito mais. Esperamos poder contar com todos os interessados. Venha conversar conosco!

SegNews - Deixo as páginas do Jornal SegNews para seus comentários e con-siderações finais.Gustavo Gassmann – Eu gostaria de aproveitar a oportunidade para agrade-cer o Jornal SegNews pela oportunida-de e parabenizá-lo pela grande contri-buição que faz para a nossa indústria. Muito obrigado e esperamos revê-lo logo. Para os seus leitores, gostaria de fazer um convite, venha conhecer a ALAS Internacional e a ALAS Brasil. Teremos muito prazer em recebê-los.