helimodelo quadrotor como plataforma para desenvolvimento de...

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE INFORMÁTICA CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO BRUNO CAMPERA CLAUDIO TOLEDO FILHO RENAN TAIZO NAKASHIMA RUI PIMENTEL LEITE HELIMODELO QUADROTOR COMO PLATAFORMA PARA DESENVOLVIMENTO DE ALGORITMOS DE CONTROLE RELATÓRIO FINAL DA DISCIPLINA CURITIBA 2013

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE INFORMÁTICA

CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

BRUNO CAMPERA

CLAUDIO TOLEDO FILHO

RENAN TAIZO NAKASHIMA

RUI PIMENTEL LEITE

HELIMODELO QUADROTOR COMO PLATAFORMA PARA

DESENVOLVIMENTO DE ALGORITMOS DE CONTROLE

RELATÓRIO FINAL DA DISCIPLINA

CURITIBA

2013

BRUNO CAMPERA

CLAUDIO TOLEDO FILHO

RENAN TAIZO NAKASHIMA

RUI PIMENTEL LEITE

HELIMODELO QUADROTOR COMO PLATAFORMA PARA

DESENVOLVIMENTO DE ALGORITMOS DE CONTROLE

Relatório Final apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Oficinas de Integração II do curso de Engenharia de Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Orientador: Prof. Dr. Hugo Vieira Neto

CURITIBA

2013

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 — Disposição dos propulsores do quadrotor ................................................ 6

Figura 2 — Hierarquia dos componentes do quadrotor ............................................... 9

Figura 3 — Ilustração do movimento de throttle ........................................................ 11

Figura 4 — Ilustração do movimento de pitch ........................................................... 12

Figura 5 — Ilustração do movimento de roll .............................................................. 12

Figura 6 — Ilustração do movimento de yaw ............................................................ 12

Figura 7 — Pulsos em PPM, polarização inversa ..................................................... 16

Figura 8 — Pulsos em PPM, polarização direta ........................................................ 16

Figura 9 — Diagrama de Blocos do projeto .............................................................. 16

Quadro 1 — Comparação dos princípios de voo focando em capacidade de miniaturização ............................................................................................................. 8

Imagem 1 — Fotografia do quadrotor desenvolvido pela equipe do projeto ............. 23

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 — Variação da velocidade angular de cada rotor para cada movimento, para a diferença de tração pretendida ....................................................................... 20

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................5

1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................5

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................6

2.1 COMPOSIÇÃO .................................................................................................9

2.2 CONTROLE EMBARCADO ATRAVÉS DA PLATAFORMA ARDUINO ............10

2.3 MOVIMENTOS DO VEÍCULO ..........................................................................10

2.4 CONTROLE DE MOTORES BRUSHLESS OUTRUNNER ...............................13

2.5 SENSORES ......................................................................................................13

Acelerômetros .........................................................................................................14

Giroscópios .............................................................................................................14

2.6 RÁDIO COMUNICAÇÃO ..................................................................................15

2.7 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO .................................................................17

3 METODOLOGIA ...................................................................................................21

3.1 LEVANTAMENTO INICIAL DE INFORMAÇÕES E AQUISIÇÃO DOS PRIMEIROS COMPONENTES ...............................................................................21

3.2 ESTRUTURA ....................................................................................................21

3.3 COMPONENTES ..............................................................................................22

4 CONCLUSÃO .......................................................................................................24

REFERÊNCIAS .......................................................................................................26

5

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho apresenta o estudo necessário ao projeto e construção de um

veículo aéreo quadrotor de pequeno porte, não tripulado e com um algoritmo básico

de controle, mas que seja capaz de hospedar outros tipos mais complexos de

controle.

Os tópicos abordados neste trabalho incluem o conceito do quadrotor, os

princípios físicos do seu funcionamento, suas equações, as descrições e

especificações dos componentes utilizados, a implementação do algoritmo de

controle e, finalmente, as discussões de resultados obtidos.

O grande objetivo da equipe é disponibilizar, através deste trabalho, um guia

que possa servir de base para a pesquisa de outras equipes interessadas no tema,

abordando de maneira simples e objetiva os conceitos necessários ao

desenvolvimento de um quadrotor capaz de voar e preparado para receber o

algoritmo de controle desejado.

1.1 JUSTIFICATIVA

Através de nossa própria experiência com o veículo quadrotor, adquirida

durante a pesquisa sobre ele, pudemos comprovar que o tema é extremamente

amplo e de difícil estudo, pois se faz necessária uma revisão muito grande de

literatura para obter informações suficientes para poder-se determinar com

segurança como deve ser a estrutura, quais componentes devem ser comprados,

como devem ser conectados, e assim por diante.

Dessa maneira, é de grande valia um trabalho que possa entregar,

principalmente para leitores menos experientes, uma quantidade maior e organizada

de informações.

Esperamos que, nas próximas seções, o leitor obtenha auxílio em sua

pesquisa, de forma a resguardar um tempo valioso de pesquisa, e permitindo que

consiga, assim, utilizar as informações aqui expostas como uma ponte para

publicações mais avançadas no tema.

6

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Quadrotores são veículos aéreos de asas rotativas (popularmente

conhecidas como hélices), decolagem e pouso vertical (Vertical Take-Off and

Landing, ou VTOL) e mais pesados que o ar (Heavier Than Air, ou HTA), com quatro

rotores em configuração de cruz (VIEIRA, 2011, página 15). As quatro hélices

(denominadas propulsores) dividem-se em dois pares, com cada par girando em

sentidos opostos1 — duas hélices no sentido horário, duas no anti-horário, conforme

ilustrado na Figura 1. Podem (ou não) ser tripulados, dependendo do projeto,

apesar de que modelos não tripulados são as formas mais frequentemente

encontradas de veículos elétricos desse tipo.

Figura 1 — Disposição dos propulsores do quadrotor Fonte: autoria própria

1 Isto não ocorre por acaso; o porquê será explicado na Seção 2.3.

7

Quadrotores e outros tipos de veículos voadores autônomos miniaturizados

foram recentemente tornados possíveis através de novas descobertas em

armazenamento de energia, atuadores de pequena escala integrados e sensores

MEMS (Micro-Electro-Mechanical Systems, ou Sistemas Micro-Eletro-Mecânicos)

(BOUABDALLAH et al, 2004, página 1).

Obviamente, quadrotores não tripulados (Unmanned Aerial Vehicles, ou

UAVs) necessitam de uma forma de controle à distância, que tradicionalmente é

realizada via rádio, ou de uma rota previamente memorizada em conjunto com um

algoritmo que permita autonomia de voo.

O quadrotor frequentemente se destaca de outros tipos de veículos aéreos

não-tripulados por suas características de voo. Possui a capacidade de se manter

imóvel ou em baixa velocidade no ar por períodos relativamente grandes; pode

atingir velocidades horizontais de até 10 m/s; decola e pousa em ambientes

mínimos; e, para finalizar, ainda pode suportar cargas (payloads) razoáveis, ou seja,

que não sejam maiores que sua própria massa, tornando-o um veículo versátil e

capaz de desempenhar tarefas que variam desde a recreação, a vigilância (com o

uso de câmeras e comunicação sem fio) e até o empilhamento de estruturas, para

citar alguns.

Sua mecânica é relativamente simples, mas seu controle é usualmente

implementado com base em dispositivos eletrônicos, pois há necessidade de se

manipular múltiplos rotores independentemente e ao mesmo tempo — tarefa

complicada para controladores humanos.

Bouabdallah et al (2004) fornecem uma tabela muito útil de comparação

entre diferentes tipos de veículos, aqui traduzida livremente e apresentada no

Quadro 1. Para cada quesito diferente, os autores atribuíram a cada tipo uma

classificação que varia de 1 (pior) a 3 (melhor); ao final, esses valores foram

somados (na linha nomeada ―Total‖) para sumarizar o desempenho de cada

categoria. De acordo com essa tabela, o helicóptero é o tipo de veículo com mais

vantagens — categoria na qual está incluso o quadrotor.

Quadrotores também possuem potencial para uma estabilidade, devido ao

número par de rotores que produzem quatro pontos de empuxo em configuração

simétrica. Entretanto, pequenas desestabilizações acontecem devido às sutis

diferenças físicas entre os componentes, bem como interferências externas (como,

por exemplo, o vento e a temperatura ambiente), o que leva à necessidade de um

8

controle eletrônico capaz de aplicar um algoritmo de estabilização. Esse problema

é frequentemente discutido, uma vez que um quadrotor sem algoritmo de

estabilização torna-se muito mais suscetível a quedas e colisões; para um

controlador humano, o balanceamento (através da aplicação de comandos

corretivos) dos erros de direcionamento e rotação — causados pelas irregularidades

dos motores, propulsores e circuitos e pelo desequilíbrio do corpo, visto que na

prática, a distribuição dos pesos sobre a estrutura do quadrotor acaba sendo

consideravelmente assimétrica — é uma tarefa intensa demais.

Quadro 1 — Comparação dos princípios de voo focando em capacidade de miniaturização

Avião Helicóptero Pássaro Autogiro Dirigível

Custo de energia Médio (2) Ruim (1) Ruim (1) Médio (2) Bom (3)

Custo do controle Médio (2) Ruim (1) Ruim (1) Médio (2) Bom (3)

Volume ou peso de carga Bom (3) Médio (2) Médio (2) Médio (2) Ruim (1)

Manobrabilidade Médio (2) Bom (3) Bom (3) Médio (2) Ruim (1)

Graus de liberdade Ruim (1) Bom (3) Bom (3) Médio (2) Ruim (1)

Vôo estacionário Ruim (1) Bom (3) Médio (2) Ruim (1) Bom (3)

Vôo em baixa velocidade Ruim (1) Bom (3) Médio (2) Médio (2) Bom (3)

Vulnerabilidade2 Médio (2) Médio (2) Bom (3) Médio (2) Médio (2)

Decolagem e pouso verticais Ruim (1) Bom (3) Médio (2) Ruim (1) Bom (3)

Resistência Médio (2) Ruim (1) Médio (2) Ruim (1) Bom (3)

Miniaturização Médio (2) Bom (3) Bom (3) Médio (2) Ruim (1)

Aplicações em ambiente fechado Ruim (1) Bom (3) Médio (2) Ruim (1) Médio (2)

Total 20 28 26 20 26

Fonte: Bouabdallah et al (2004)

Um algoritmo de estabilização atua em paralelo com o algoritmo de controle,

e emprega um ou mais sensores — de acordo com o grau de precisão desejado ou

exigido pelo projeto — e um software que analisa os dados enviados pelo(s)

sensor(es) em tempo de voo e calcula as correções necessárias, alimentando o

algoritmo de controle com os comandos corretivos.

2 Os autores da tabela original não especificam o que consideraram ―boa vulnerabilidade‖; no

entanto, na interpretação da equipe, nesse caso o termo ―boa‖ significa ―baixa‖.

9

2.1 COMPOSIÇÃO

O quadrotor é construído a partir de diversos elementos. Os mais

elementares são — além da estrutura de fixação — os propulsores e os rotores

(mais comumente os do tipo brushless outrunner), mas também se faz necessário o

uso de circuitos especiais para gerenciamento das três fases de cada motor,

denominados ESCs (Electronic Speed Controllers, ou Controladores Eletrônicos de

Velocidade). Para este projeto, foi escolhido o rádio como forma de controle a

distância, e a plataforma Arduino como microcontrolador embarcado. Ainda, faz-se

necessário o uso de sensores de aceleração (os chamados acelerômetros) e de

movimento giratório (denominado giroscópio) de três eixos cada, de forma a obter

dados para o algoritmo de estabilização. A Figura 2 lista cada componente e ilustra

seus relacionamentos, enquanto uma explicação mais detalhada sobre seus

funcionamentos é encontrada nas seções 2.2 a 2.7 a seguir. Ainda, uma ilustração

completa do relacionamento dos componentes é exibida na Figura 9, na metade

deste capítulo.

Figura 2 — Hierarquia dos componentes do quadrotor Fonte: autoria própria

Controle remoto

Quadrotor

Dispositivos

•Rádio-receptor

•Acelerômetro de 3 eixos

•Giroscópio de 3 eixos

•Microcontrolador

•ESC's

•Rotores

Estrutura

10

2.2 CONTROLE EMBARCADO ATRAVÉS DA PLATAFORMA ARDUINO

Para construção de um quadrotor, é necessário que haja um aparato capaz

de processar todas as entradas — do comando do controlador humano aos dados

fornecidos pelos sensores — do aeromodelo para fornecer sinais que, após

convertidos pelos ESCs em sinais periódicos trifásicos, alimentarão cada motor

separadamente. Neste projeto, essa tarefa foi delegada à plataforma Arduino, que

se destaca pela eficiência necessária apesar do baixo custo e facilidade de

programação. Para utilização de suas capacidades, exige-se conhecimento da

linguagem de programação C/C++.

O modelo escolhido foi o Mega 2560 pois, apesar de seu custo mais

elevado, apresenta uma maior capacidade de processamento e versatilidade que

outros microcontroladores similares.

2.3 MOVIMENTOS DO VEÍCULO

O quadrotor move-se devido ao trabalho realizado pelo conjunto dos quatro

motores elétricos com seus respectivos propulsores, dispostos horizontalmente em

uma formação em cruz (ilustrada na Figura 1). Os propulsores, devido ao seu

formato e à rotação dos motores aos quais estão acoplados, criam um fluxo de ar no

sentido contrário ao do movimento desejado, causando — devido à terceira lei de

Newton (que postula que, para toda ação, há uma reação de igual intensidade em

sentido oposto) — a tração necessária ao voo do helimodelo.

O que diferencia os quadrotores de outros tipos de helimodelos,

principalmente das variedades de aeronave de asa rotativa (como os helicópteros

comuns), é o fato de os quatro propulsores estarem fixados diretamente sobre os

eixos dos rotores e com dois deles girando em sentido horário, e os outros em

sentido anti-horário. Essa escolha é proposital, pois cada um deles causa sobre o

veículo um torque de reação ao giro; ao acionarmos dois motores em cada sentido,

é possível anularmos essa reação, ou reduzi-la de forma a guiar o quadrotor a uma

rotação controlada em torno do eixo vertical.

11

Com essa configuração, pelo menos em teoria, enquanto os quatro motores

girarem os propulsores na mesma velocidade, o quadrotor não sofrerá inclinações,

e, devido ao equilíbrio do torque resultante, também não realizará rotações

involuntárias. Assim, com variações controladas nas velocidades de rotação de cada

rotor, podemos induzir o quadrotor a quatro tipos diferentes de movimentos,

resumidos a seguir:

throttle, translação sobre o eixo vertical, para cima ou para baixo, realizado ao acelerar ou desacelerar todos os motores simultaneamente e com a mesma intensidade. A Figura 3 ilustra esse efeito;

Figura 3 — Ilustração do movimento de throttle Fonte: autoria própria

pitch e roll, inclinações (para frente e para trás, ou para as laterais, respectivamente) causadas pela diminuição da velocidade de rotação de um determinado motor enquanto aumenta-se a velocidade do motor do lado oposto. Esta inclinação do quadrotor é, então, aproveitada para mudar a direção de empuxo do veículo, resultando-se em movimento horizontal na direção de desequilíbrio ao custo de uma perda na sustentação vertical — que pode ser compensada aumentando-se o throttle. A Figura 4 e a Figura 5 ilustram esse comportamento;

12

Fonte: autoria própria

yaw, rotação em torno do eixo vertical, realizado ao aumentar-se a rotação de dois motores girando no mesmo sentido enquanto diminui-se a rotação dos dois motores que giram no sentido oposto, causando desequilíbrio do contra-torque da estrutura e, consequentemente, sua rotação. A Figura 6 ilustra este movimento.

Figura 6 — Ilustração do movimento de yaw Fonte: autoria própria

Figura 4 — Ilustração do movimento de pitch

Figura 5 — Ilustração do movimento de roll

13

Um quadrotor estabilizado, além de poder executar os comandos emitidos

pelo usuário, também é capaz de manter seu movimento de maneira consistente

(caso o usuário não requisite alterações), de forma autônoma, a partir das

informações obtidas dos diferentes sensores do quadrotor, que fornecem dados

sobre quais movimentos devem ser realizados para garantir o retorno à posição de

equilíbrio.

2.4 CONTROLE DE MOTORES BRUSHLESS OUTRUNNER

Os motores brushless diferem de motores brushed por não possuírem

escovas de comutação. Tais motores recebem três sinais pulsantes trapezoidais de

tensão para causar a rotação de seu eixo; quanto maior a amplitude dos pulsos,

maior a potência transmitida ao motor, ou seja, maior o número de rotações por

minuto. Esses sinais devem possuir mesma frequência, mas com uma diferença de

fase entre seus pulsos, necessária para a rotação do motor. Tal alternação pode ser

realizada através de funções programadas no módulo de controle, porém este papel

é melhor desempenhado por um circuito especial, contido no dispositivo chamado

Electronic Speed Controller (ESC). Este intermedia o acesso do módulo de controle

ao motor, realizando toda a administração necessária das aplicações das tensões no

motor, uma tarefa que, de maneira diferente, não seria simples de ser

implementada.

Para este projeto, foram utilizadas quatro unidades do motor brushless

outrunner E-max 2822 com ESCs Hobbyking HK-SS30A e propulsores de 9

polegadas de diâmetro por 5 milímetros de passo Slow-Fly pois permitem (em

teoria), com custo total relativamente baixo, gerar níveis consideráveis de empuxo.

2.5 SENSORES

Para que o Quadrotor realize de forma autônoma o retorno à posição de voo

em equilíbrio, é necessário que ele identifique o estado em que está. Para isto, há

dois sensores que fornecerão dados sobre a aceleração e o movimento giratório

14

atuais de maneira que o microcontrolador possa calcular os movimentos corretivos

necessários. Serão utilizados três tipos de sensores: o acelerômetro ADXL345 e os

giroscópios LPR510AL (para pitch e roll) e o LYS510LH (para o yaw).

Acelerômetros

Os acelerômetros são sensores que nos permitem medir a aceleração,

inclinação, rotação, vibração e colisão (VIEIRA, 2011). Ele deve ser

preferencialmente inserido o mais próximo possível do centro de gravidade do

Quadrotor, para evitar medições falsas, ou seja, medições que não são condizentes

com seu atual estado espacial.

O acelerômetro utilizado é do tipo MEMS. Acelerômetros MEMS

transformam os valores medidos de aceleração em sinais analógicos ou digitais, e

são utilizados nas mais diversas áreas (ANALOG DEVICES, 2009).

"Estes tipos de acelerómetros são construídos totalmente em silício, e dividem-se em duas partes. A primeira chama-se massa sísmica e encontra-se suspensa por uma espécie de mola formada em cada extremidade. Já a segunda parte, é um par de eléctrodos de detecção, que permitem aos componentes electrónicos detectar movimento da massa sísmica em relação à plataforma em torno do silício. Desta forma, quando o chip sofre uma aceleração, a massa move-se em relação ao chip e à estrutura fixa dentro dele. A quantidade de movimento depende do tamanho de aceleração, da rigidez das molas e da massa da ―massa sísmica‖. Assim, quando a massa sísmica é deflectida, a impedância entre as estruturas sensoriais sofre uma mudança que é detectada pelo sistema electrónico e a converte num valor de aceleração." (VIEIRA, 2011).

Giroscópios

Para medir o movimento angular foram usados giroscópios do tipo MEMS,

cujo funcionamento baseia-se na lei da Inércia, formulada por Newton, segundo a

qual um corpo em movimento permanece em movimento até que uma força externa

a ele altere o seu movimento. Ao medir a velocidade de rotação (velocidade angular)

dos eixos do Quadrotor (X, Y e Z), e integrando-as em ordem ao tempo, é possível

conhecer a posição angular de cada eixo. Com isso, obtemos maior controle sobre

os movimentos yaw, roll e pitch (VIEIRA, 2011).

15

2.6 RÁDIO COMUNICAÇÃO

A comunicação sem fio entre controles remotos e aeromodelos é feita por

rádio comunicação, uma forma de transmissão de dados baseada em sinais

eletromagnéticos em frequências específicas, independente de meio físico.

É realizada através de um par transceptor, ou seja, um conjunto formado por

rádio transmissor e rádio receptor. O transmissor é o módulo responsável por enviar,

a partir das entradas de um controlador humano, um sinal de radiofrequência

contendo informações ao rádio receptor no quadrotor. É no transmissor que a

corrente elétrica é transformada em ondas eletromagnéticas, enviadas ao veículo. O

receptor é o módulo responsável por receber os dados, transformando o sinal

recebido em corrente elétrica novamente.

Uma transmissão é realizada em determinada banda — uma seção das

frequências do espectro de rádio comunicação — conforme intervalos determinados

pela entidade nacional reguladora, como a ANATEL, no Brasil. Para cada banda, há

divisões em escala ainda menor de tal espectro denominadas canais que, no caso

do quadrotor, são responsáveis por informar ao veículo as posições dos manches do

controle aos quais são individualmente associados.

O formato para transmissão dos dados neste projeto é conhecido por PPM

(Pulse Position Modulation, ou modulação por posição de pulso), utilizado neste

caso em polarização invertida, por ser capaz de transferir dados contínuos de

maneira eficaz e possuir implementação simples. Durante um período de 20 ms, são

dispostos quantos canais forem necessários, cada um composto por um pulso de

período entre 1 ms e 2 ms, representando o dado contínuo devidamente mapeado

nesta escala, separados por um espaço de 0,3 ms. Após o envio dos canais, é

emitido um sinal positivo até que se complete o período de 20ms, por finalidade de

sincronização. Esta estrutura é denominada frame. Com seu envio, um novo frame

pode ser enviado. Devido ao fato de esta estrutura possuir período de 20 ms, a

frequência de atualização de dados no receptor é 50 Hz. A Figura 7 e a Figura 8

ilustram estes dois modelos de frame (MELO, 2010).

16

Figura 7 — Pulsos em PPM, polarização inversa

Fonte: autoria própria

Figura 8 — Pulsos em PPM, polarização direta

Fonte: autoria própria

Figura 9 — Diagrama de Blocos do projeto Fonte: autoria própria

17

2.7 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Um quadrotor é relativamente simples, mecanicamente, e ganha empuxo da

mesma maneira que os outros tipos de veículos aéreos mais pesados que o ar.

As hélices possuem determinada largura, inclinação e um comprimento,

além de uma espessura; obviamente, todas essas características influenciam no

empuxo gerado pelos propulsores e no consumo de energia necessário para operá-

los, mas usualmente eles são descritos por apenas dois parâmetros principais: o

diâmetro e o passo (RODRIGUES, 2004).

O diâmetro do propulsor nada mais é do que o diâmetro do círculo descrito

por seu ponto mais extremo durante o movimento giratório. Em hélices com duas

pás opostas, equivale à distância de uma ponta à outra.

O passo é um conceito mais sutil, mas também muito simples. Como o

comportamento do propulsor é comparável ao de um parafuso, pode-se estabelecer

uma analogia também entre o rotor e a chave de fenda. Enquanto esta última

rotaciona o parafuso de maneira a fazê-lo atritar-se com um material rígido —

gerando, pela própria geometria do parafuso (que tende a empurrar o material para

trás durante o giro), uma força de reação que o impulsiona para dentro —, o rotor,

por sua vez, fornece à hélice energia para girar, permitindo-a deslocar o ar graças à

inclinação de suas pás, e causando sobre ela uma força de reação no sentido

contrário; é o empuxo, que é em seguida transmitido por todo o corpo do quadrotor.

O passo, então, corresponderia teoricamente à distância percorrida idealmente pela

hélice na direção de sua normal após uma rotação completa, caso não houvesse

forças retardando seu movimento; devido à sua semelhança a um parafuso, é

intuitivo pensar no passo como a própria espessura do propulsor, uma vez que essa

distância equivale exatamente à altura da coluna de ar deslocada nas condições

ideais (RODRIGUES, 2004).

Apesar de esses dois parâmetros serem usados para descrever as hélices

comerciais, as equações de seu comportamento durante o voo são geralmente

descritas em função de seu raio (r) e da velocidade de giro (ω): (VIEIRA, 2011)

Equação 1 — Tração em função do raio e da velocidade angular

18

Na Equação 1, T é o empuxo (thrust) causado pelo propulsor, enquanto CT

é o coeficiente de empuxo (constante) e ρ é a densidade do ar (VIEIRA, 2011).

Uma vez definido o raio da hélice, a Equação 1 pode ser reescrita de uma

maneira simplificada:

Equação 2 — Equação simplificada para a tração do propulsor Fonte: autoria própria

Na Equação 2, k é uma constante e pode ser definida para a hélice

escolhida. Esta simplificação será importante para a dedução mais à frente, nesta

mesma seção.

Como fica evidenciado, a tração aumenta com o quadrado da velocidade

angular, significando que, para uma determinada hélice de comprimento definido,

para causar uma diferença de tração de ΔT newtons a uma velocidade angular ω1, é

necessário uma diferença de Δω1 radianos por segundo; caso a velocidade angular

seja modificada para um ω2 > ω1, para causar a mesma diferença de ΔT newtons, a

nova variação deve ser de Δω2 < Δω1 radianos por segundo.

Isso posto, e considerando o mostrado na Figura 1, é fácil entender o que

acontece em veículos de quatro hélices. Cada propulsor contribui com um empuxo

individual, sendo que o somatório deles define o empuxo total do helimodelo. Porém,

esse empuxo total ainda encontra resistência de outras forças, como o atrito com o

ar e o peso do modelo. Descontando-se esses efeitos, obtém-se a força resultante

sobre o quadrotor.

Assim, se o empuxo somado dos quatro propulsores for apenas o suficiente

para vencer o peso do modelo, e se esse empuxo total estiver atuando na normal

(em sentido contrário ao peso) — caso especial em que o quadrotor não possui

inclinação e os quatro propulsores fornecem o mesmo empuxo —, a força resultante

torna-se nula, implicando na imobilidade do veículo.

Se o empuxo for menor em um dos lados, a ação da gravidade tenderá a

puxá-lo, inclinando o quadrotor. Com isso, o empuxo total deixará de atuar na

normal; porém, se sua componente normal tiver um módulo maior do que o do peso,

o quadrotor não perderá altitude, mas passará a movimentar-se na direção do

desiquilíbrio.

19

Ainda, deve-se levar em conta o efeito do torque de reação das hélices;

enquanto cada uma delas gira, está causando sobre o corpo um torque de oposição

ao seu movimento. O somatório de todas essas reações resulta em um torque total

sobre o corpo; sob condições controladas, esse torque pode ser aproveitado para a

obtenção do movimento giratório conhecido como yaw. Porém, quando não se

deseja realizar essa rotação, é necessário anular o torque total — uma tarefa que

deve ser desempenhada em conjunto com a regulagem do empuxo.

Em resumo e pelo menos em teoria, pode-se ajustar o empuxo total sem

interferir no torque de reação, da mesma maneira que pode-se modificar o torque de

reação sem provocar alterações no empuxo; ainda, é sempre possível realizar as

duas alterações simultaneamente e de forma controlada, tudo isso apenas variando-

se a velocidade de rotação dos propulsores de maneira planejada, como

demonstrado a seguir.

Para utilização no software embarcado no veículo quadrotor, a equipe

considerou útil a dedução da diferença de tração em função da diferença da

velocidade angular. De acordo com a Equação 2, caso apliquemos uma variação de

Δω no ω para obtermos um ωf, ou seja, fazendo :

Logo, para expressarmos uma determinada diferença de tração ΔT:

Desenvolvendo-se pelo método para solução de equações de segundo grau

de Bhaskara, é possível chegar à expressão de Δω em função da diferença

pretendida de tração e da velocidade angular atual do propulsor, ou seja:

Equação 3 — Variação angular para uma variação pretendida na tração do rotor Fonte: autoria própria

Assim, com a Equação 3 deduzida, pode-se resumir os ajustes de

velocidade angular — necessários em cada rotor para cada movimento — na Tabela

1, utilizando a disposição mostrada na Figura 1 e levando-se em conta a seguinte

convenção:

Throttle: um aumento da tração total é considerado um aumento deste parâmetro; assim, um movimento como o mostrado na Figura 3 é um throttle positivo;

20

Pitch: um aumento da inclinação para frente é considerado um aumento deste parâmetro; assim, o movimento ilustrado na Figura 4 é um pitch positivo;

Roll: um aumento da inclinação para a direita é considerado um aumento deste parâmetro; assim, um movimento como o mostrado na Figura 5 é um roll positivo;

Yaw: um aumento da aceleração angular em sentido horário do quadrotor é considerado um incremento neste parâmetro; assim, o movimento ilustrado na Figura 6 é um throttle positivo;

Tabela 1 — Variação da velocidade angular de cada rotor para cada movimento, para a diferença de tração pretendida

Movimento pretendido

Rotor 1 Rotor 2 Rotor 3 Rotor 4

Throttle √

Pitch √

Roll √

Yaw √

Fonte: Autoria própria

21

3 METODOLOGIA

A metodologia empregada baseou-se no desenvolvimento do projeto em

etapas; a cada novo componente comprado ou preparado, foram realizados testes

de funcionamento para garantir que a equipe pudesse mudar o projeto em caso de

falhas, evitando desperdício de peças que porventura precisassem ser substituídas

por causa da mudança de planos.

3.1 LEVANTAMENTO INICIAL DE INFORMAÇÕES E AQUISIÇÃO DOS PRIMEIROS COMPONENTES

De forma a iniciar-se ao desenvolvimento prático do quadrotor, o foco

passou a ser na determinação dos componentes que deveriam ser comprados. Pelo

alto custo, preferiu-se pesquisar várias configurações encontradas em trabalhos

acadêmicos sobre o assunto e investigar, de acordo com as conclusões das

mesmas, quais funcionaram de acordo com o esperado e quais não obtiveram êxito.

Um ponto importante a ser considerado nessa hora é a compatibilidade entre

as peças. É de essencial importância observar as tensões e correntes de entrada e

saída de cada componente, por exemplo.

A revisão inicial de literatura levou à compra dos componentes mais básicos:

o Arduino, quatro motores brushless, quatro propulsores, quatro ESCs, uma bateria

de polímero de lítio (LiPo, na sigla em inglês) e seu carregador, além do salva-hélice

— um dispositivo que evita a perda do propulsor em caso de acidente de voo.

3.2 ESTRUTURA

A estrutura foi modelada com a ajuda de estudantes do curso de Design, e

usinada em MDF numa fresadora de Controle Numérico Computadorizado (CNC).

Foi dividida em partes separadas que seriam acopladas umas as outras para a

formação da estrutura. Nos lugares onde os motores seriam fixados foram previstas

as furações necessárias para um bom acoplamento. Nesse local de encaixe do

22

motor foi feito um rebaixamento circular de 1 mm de profundidade, onde a base do

motor seria acomodada de uma maneira que evitasse o deslizamento do mesmo.

Na base foram feitas várias furações de 3 mm distribuídas simetricamente

com o propósito de auxiliar a fixação dos componentes – Arduino, bateria e

barramento.

3.3 COMPONENTES

Para uma melhor disposição dos componentes e por questões de segurança

cada ESC foi soldado utilizando espaguetes termoretráteis ao seu respectivo motor.

Como o sentido de rotação de dois motores é o sentido horário e dos outros dois é

no sentido anti-horário, a soldagem dos ESCs foi feita de maneira diferente, com

dois em uma posição e outros dois invertidos.

Para os ESCs serem ligados de maneira que a tensão seja distribuída de

maneira uniforme, foi utilizado um barramento para fazer a ligação em paralelo entre

eles e a bateria. Para fazer essa conexão foram utilizados pontas de prova jacaré-

jacaré. Para alimentar o Arduino foi utilizada a bateria através de uma conexão entre

o próprio plug de alimentação do Arduino e o barramento.

Para o envio de sinais para o Arduino desenvolveu-se um controle

provisório, que envia sinais a partir de um mapeamento da variação, em um primeiro

momento, de um potenciômetro. Através de um cabo de rede esses dados são

enviados para o Arduino, de uma maneira que todos os ESCs recebam o mesmo

sinal, de modo que os motores funcionem de maneira uniforme. Em um segundo

momento, foi adicionado ao controle um potenciômetro para cada motor, para

obtenção de uma estabilização manual.

O resultado final é mostrado na Imagem 1.

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Imagem 1 — Fotografia do quadrotor desenvolvido pela equipe do projeto

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4 CONCLUSÃO

Para o desenvolvimento deste projeto, realizamos a idealização e

implementação de um aeromodelo quadrotor, em que a equipe relacionou

conhecimentos de várias disciplinas cursadas, além de pesquisas em áreas além

das estudadas até o momento.

Partiu-se do princípio de que cada membro deveria ter uma dedicação maior

em uma determinada área do projeto, sem no entanto negligenciar o conhecimento

das demais. Fizemos, portanto, um levantamento de quais áreas do conhecimento

seriam necessárias para concluir com êxito a concepção do projeto.

O planejamento envolvido em sua construção e na escrita deste documento

trouxeram muitos esclarecimentos à equipe. A pesquisa para a disciplina proveu

valiosos conhecimentos principalmente em mecânica (responsável pelo movimento

e estabilização do veículo), eletrônica analógica e rádio emissão (responsáveis pelo

funcionamento dos dispositivos lógicos e mecânicos e transferência de dados), e

programação (necessária para projetar o comportamento do dispositivo de controle

central).

Em mecânica, concluiu-se que o movimento de um aeromodelo baseado em

propulsores ocorre graças a seu empuxo que, graças à terceira lei de Newton, ao

causar acelerar quantidades de massa de ar em certo sentido, provê movimento ao

veículo. Averiguaram-se, então, os fatores variáveis primários de influência na

geração de empuxo (raio das hélices, velocidade angular de rotação, inclinação das

hélices), de modo elas atendessem os requisitos do projeto. Os diferentes

movimentos realizados pelo veículo acontecem devido às variações das velocidades

de rotação dos quatro motores, resultando em diferentes combinações de fluxo de ar

e torque resultante e, por consequência, desestabilizações da posição natural do

quadrotor, originando o movimento esperado.

Foi necessária também adaptação da estrutura física externa que comporta

os diversos componentes para que ela atingisse o menor tamanho e massa

possíveis, mas sem perder a resistência. Em conjunto com uma equipe do curso de

Design, em processo de desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso, foi

criada uma estrutura externa com qualidade estética, boa resistência e pequeno

peso, porém, em seu planejamento atual, baseado em peças encaixáveis, não é

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ideal, pois pode estar desequilibrado e gerar inconstâncias nas direções às quais os

motores direcionam o fluxo de ar, desestabilizando o voo.

Em eletrônica analógica e rádio emissão, o enfoque é a capacitação do

motor para gerar empuxo suficiente às ações do veículo. Os motores do tipo

outrunner utilizados necessitam de alimentação trifásica e são controlados pelo

Electronic Speed Controller. Para sua utilização, necessitou-se estudo sobre

modulação PWM, que é o parâmetro de ativação do ESC para liberação de tensão

aos motores, baseado em sinais enviados ao componente contendo pulsos de

período variável contínuo referente à potência desejada ao motor. De forma

semelhante, utiliza-se o PPM como formato de transmissão de dados entre o

transmissor de rádio frequência do controle remoto e seu receptor no quadrotor,

cujos pulsos representam as posições dos manches do controle.

As funções são administradas por um módulo de controle central, o qual tem

como modelo escolhido um Arduino Mega 2560, por ser uma opção de ótima

eficiência em relação a seu custo baixo. Para sua utilização, a equipe necessitou de

aprofundamento nas linguagens C/C++ e estudo das bibliotecas disponíveis para

esta plataforma para interação com os diversos dispositivos do veículo.

O modelo do quadrotor foi construído conforme especificado e demonstrou

possuir potência para voo, conforme esperado pelos cálculos realizados para as

peças obtidas. Não houve até o momento um módulo de sensoriamento e controle

por rádio emissão, por causa dos problemas de ordem prática que causaram atrasos

no desenvolvimento; assim, não há estabilidade no voo, apesar de terem sido

realizados os devidos estudos sobre o funcionamento de seus componentes. A alta

carga de estudos necessária para abranger todas as áreas necessárias ao projeto

também foi um fator decisivo para este resultado, pois o tempo para

desenvolvimento foi limitado em aproximadamente quatro meses e meio; entretanto,

a equipe encontra-se disposta a prosseguir na busca pelo objetivo final de estabilizar

o quadrotor e possivelmente expandir suas possibilidades de controle no futuro.

A plataforma Arduino é um incrível meio para desenvolvimento devido a sua

acessibilidade em custo e facilidade para diversas implementações. O quadrotor

atual possui suficiente versatilidade de uso, podendo facilmente receber incrementos

como módulos de sensoriamento e controle por outros pesquisadores, sendo esta

uma importante meta atingida pela equipe.

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REFERÊNCIAS

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ALTUG, E.; OSTROWSKI, J. P.; MAHONY, R., Control of a Quadrotor Helicopter Using Visual Feedback, Artigo, Australian National University, 2002.

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BOUABDALLAH, S., Design and control of quadrotors with application to autonomous flying, Artigo, EPFL, 2007.

BOUADI, H.; BOUCHOUCHA, M.; TADJINE, M., Modelling and Stabilizing Control Laws Design Based on Sliding Mode for an UAV Type-Quadrotor, Artigo, 2007.

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MELO, A. S., Implementação de um Quadrotor como Plataforma de Desenvolvimento para Algoritmos de Controle, Monografia, UFES, 2010.

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