guia do professor na ponta da língua

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Pág. 2 Tendo em vista a reutilização deste manual, sugere-se que as actividades e exercícios sejam realizados no caderno diário. Este projecto dispõe de uma página na Internet que contém um conjunto de materiais auxiliares para utilização ao longo do ano lectivo. Pág. 11 1. a. Em oito unidades (numeradas de 0 a 7); b. Unidade 0: “Começar de novo”; Unidade 1: “Retratos da escola”; Unidade 2: “Bem me quer, mal me quer…”; Unidade 3: “Era uma vez…”; Unidade 4: “Pequenos grandes prazeres”; Unidade 5: “Aventuras, mistérios, enigmas”; Unidade 6: “Notícias do mundo”; Unidade 7: “Poemas”. 2. Ulisses (de Maria Alberta Menéres) e O Rei Rique e outras histórias (de Ilse Losa) 3. Página 190. O pagem não se cala. 4. Página 193. 4.1. Resposta possível: O Apêndice Gramatical poderá ser-me útil, porque aí encontro informação e exercícios sobre vários conteúdos gramaticais. 5. Por ordem alfabética. 6. a. Cinco; b. A secção “Fiquei a saber?” 7. “Fiquei a saber?” verificar conhecimentos (auto-avaliação). 8. quando surge junto do título de um texto, indica que ele se encontra gravado em CD áudio; quando surge junto de uma actividade, significa que, para a sua realização, há uma gravação em CD áudio. indica a página do Apêndice Gramatical onde se encontra informação e exercícios sobre determinado conteúdo. Págs. 12 e 13 Texto gravado: O sapo e a raposa O sapo e a raposa resolveram e acordaram fazer uma sementeira a meias. Fizeram a sementeira, debulharam-na e arranjaram um belo monte de trigo e outro de palha. Depois de tudo arranjado foram deitar-se nas suas camas. Logo de manhã ergueu-se a raposa e foi estar com o seu vizinho e compadre sapo e disse-lhe: – Compadre e amigo, venho fazer-lhe uma proposta vantajosa. – Diga lá. – Vamos ambos ao mesmo tempo até à eira, e o que lá chegar primeiro fica com o trigo todo. – Olhe, minha comadre, fiz umas juras de nunca aceitar propostas sem ouvir os conselhos de um meu colega. Volte a comadre daqui a uma hora. A raposa afastou-se e o sapo foi estar com outro sapo e expôs-lhe a proposta da raposa. – A coisa arranja-se e a raposa há-de cair, apesar da sua malícia – respondeu-lhe o colega consultado. – De que modo? – Somos ambos iguais e tão semelhantes que a raposa já não é capaz de nos diferençar. Eu parto já para a eira e trato de ensacar o trigo. Tu vais estar com a raposa e, depois de longa discussão, aceitas a proposta. Não dês, porém, sinal de partida, enquanto eu não estiver na eira. Quanto à palha, podemos dar-lha toda; no entanto, vou esconder-lhe dentro um cão para bem a receber quando ela for tomar posse da palha. O sapo ficou satisfeito com a lembrança do colega e foi para sua casa esperar a raposa. Esta não se demorou muito. Discutiram ambos por algum tempo e no final o sapo fingiu que cedia. À hora marcada a raposa dirigiu-se para a eira de corrida. Quando chegou ali, já o sapo tinha o trigo metido nos sacos. – Mas como andou o meu compadre tão depressa? – observou a raposa, despeitada. 1 A p ê n d i c e g ra m a ti c al p. 193 Internet na poio www.portoeditora.pt/manuais PLIN6EP_Bala 1

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Page 1: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 2Tendo em vista a reutilização deste manual, sugere-se que as actividades e exercícios sejam realizados no caderno diário.

Este projecto dispõe de uma página na Internet que contém um conjunto de materiais auxiliares para utilização ao longo do ano lectivo.

Pág. 111.a. Em oito unidades (numeradas de 0 a 7);b. Unidade 0: “Começar de novo”;

Unidade 1: “Retratos da escola”;Unidade 2: “Bem me quer, mal me quer…”;Unidade 3: “Era uma vez…”;Unidade 4: “Pequenos grandes prazeres”;Unidade 5: “Aventuras, mistérios, enigmas”;Unidade 6: “Notícias do mundo”;Unidade 7: “Poemas”.

2. Ulisses (de Maria Alberta Menéres) e O Rei Rique e outras histórias (de Ilse Losa)

3. Página 190. O pagem não se cala.

4. Página 193.4.1. Resposta possível:O Apêndice Gramatical poderá ser-me útil, porque aí encontro informação e exercícios sobre vários conteúdos gramaticais.

5. Por ordem alfabética.

6. a. Cinco;b. A secção “Fiquei a saber?”

7. “Fiquei a saber?” ➔ verificar conhecimentos (auto-avaliação).

8.

➔ quando surge junto do título de um texto, indica que ele se encontra gravado em CD áudio; quando surge junto de uma actividade, significa que, para asua realização, há uma gravação em CD áudio.

➔ indica a página do Apêndice Gramatical onde se encontra informação e exercícios sobre determinado conteúdo.

Págs. 12 e 13Texto gravado:

O sapo e a raposa

O sapo e a raposa resolveram e acordaram fazer uma sementeira a meias.Fizeram a sementeira, debulharam-na e arranjaram um belo monte de trigo e outro de palha. Depois de tudo arranjado foram deitar-se nas suas

camas. Logo de manhã ergueu-se a raposa e foi estar com o seu vizinho e compadre sapo e disse-lhe:– Compadre e amigo, venho fazer-lhe uma proposta vantajosa.– Diga lá.– Vamos ambos ao mesmo tempo até à eira, e o que lá chegar primeiro fica com o trigo todo.– Olhe, minha comadre, fiz umas juras de nunca aceitar propostas sem ouvir os conselhos de um meu colega. Volte a comadre daqui a uma hora.A raposa afastou-se e o sapo foi estar com outro sapo e expôs-lhe a proposta da raposa.– A coisa arranja-se e a raposa há-de cair, apesar da sua malícia – respondeu-lhe o colega consultado.– De que modo?– Somos ambos iguais e tão semelhantes que a raposa já não é capaz de nos diferençar. Eu parto já para a eira e trato de ensacar o trigo. Tu vais

estar com a raposa e, depois de longa discussão, aceitas a proposta. Não dês, porém, sinal de partida, enquanto eu não estiver na eira. Quanto àpalha, podemos dar-lha toda; no entanto, vou esconder-lhe dentro um cão para bem a receber quando ela for tomar posse da palha.

O sapo ficou satisfeito com a lembrança do colega e foi para sua casa esperar a raposa. Esta não se demorou muito.Discutiram ambos por algum tempo e no final o sapo fingiu que cedia. À hora marcada a raposa dirigiu-se para a eira de corrida. Quando chegou

ali, já o sapo tinha o trigo metido nos sacos.– Mas como andou o meu compadre tão depressa? – observou a raposa, despeitada.

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Ap

ênd

icegramatical

➔p. 193

Internetnapoiowww.portoeditora.pt/manuais

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Page 2: Guia do professor  na ponta da língua

– Fiz das pernas coração, comadre – respondeu o sapo –, mas como sou muito seu amigo, cedo-lhe de boa vontade toda a palha, embora esta nãoentrasse no contrato.

A raposa, de bico caído, aceitou a proposta e dirigiu-se para o monte de palha a experimentar se estava bem moída. Salta de lá o cão e deu-lhetamanha corrida que a raposa morreu arrebentada.

José António Gomes (sel.), Fiz das Pernas Coração – contos tradicionais portugueses, Ed. Caminho, 2000

1. b. 6. a.2. a. 7. c.3. b. 8. b.4. c. 9. b.5. b. 10. a.

Esta actividade pretendeu avaliar a compreensão oral.

Págs. 14 a 17

1.

2.c. Chama-se Adrian Popa, é condutor de um táxi, vive na Roménia, é honesto.

Esta actividade pretendeu avaliar a compreensão escrita.

Esta actividade pretendeu avaliar a expressão escrita.

Quando a mãe viu o filho com a roupa completamente suja, disse-lhe:– Vens num lindo estado da escola, Abel! O que foi que te aconteceu?– Caí na lama – explicou o filho.– Com os calções novos? – perguntou a mãe.– Não tive tempo de os tirar…

Esta actividade pretendeu avaliar conhecimentos sobre a pontuação.

Aquele dia foi um desastre! Mal chegou à escola, deram-lhe um empurrão por trás e ele caiu desamparado. Foi para a sala de aula, mas o braçodoía-lhe horrivelmente. Por azar, a professora começou a fazer-lhe perguntas:

– Manuel, diz o pretérito perfeito do indicativo do verbo “fazer”.Sabia lá!… Ele só queria era desaparecer! Se tivesse feito o que o pai lhe dissera, agora saberia responder.– Então, Manuel, não estudaste os tempos verbais? Da próxima vez, vou ter de comunicar aos teus pais que não andas a estudar.Felizmente a professora dera-lhe outra oportunidade. Mas as coisas realmente iam ter de mudar…

Esta actividade pretendeu avaliar conhecimentos sobre ortografia.

1. c.2. b.3. a.4. c.5. c.6. b.7. c.

Esta actividade pretendeu avaliar conhecimentos sobre o funcionamento da língua.

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Page 3: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 20Sugestão de exploração do separador da Unidade 1 [págs. 18-19]

As imagens que surgem nestas páginas pretendem “retratar” algumas situações que se vivem nas escolas:– na página 18, apresenta-se fundamentalmente um retrato positivo – a alegria, a amizade, a brincadeira; o rapaz esmagado pelo peso da mochila

(da responsabilidade?) introduz o “lado sério” da escola;– na página 19, retratam-se diferentes situações que são o ponto de partida para uma troca de impressões/debate sobre algumas atitudes e com-

portamentos a valorizar/a rejeitar na vida escolar. A partir das ilustrações destas páginas poderá, ainda, ser construída e registada uma área vocabular sobre a palavra escola.

Antes de Lera. Exemplos: bancada [linha 1]; estrado [linha 3]; mestre [linha 14]; cana-da-índia [linha 15]; palmatoada [linha 34]; chamadas à pedra [linha 37].

Págs. 21 e 22

LER ❦ COMPREENDER

1. a. tossia

b. teimosia

c. pancada

d. incríveis

e. desejado

2.1.

a. “Havia em todos, pequenos e grandes (…)” [linha 6]; “Os da primeira (…) e quem já sabia contas (…)” [linha 12]; “(…) um explosivo ruído de alívio detoda a escola.” [linha 33]

b. “De tarde a coisa piorava, por causa das chamadas à pedra.” [linha 37]

c. “(…) ordenava em tom solene:” [linha 4]; “(…) era caqueirada de meia-noite.” [linha 28]; “Começava então a emenda, com a sua palmatoada, os seuspuxões de orelha (…)” [linha 34]

3. O narrador é alguém que recorda o tempo em que frequentou aquela escola. Poderá ser oportuno pedir aos alunos que façam o seguinte exercí-cio: sublinhar as formas verbais do primeiro parágrafo e identificar o tempo em que se encontram – pretérito imperfeito do indicativo (sentava-me,estava, erguia-se, descia, ordenava); ler o primeiro parágrafo, colocando as formas verbais no presente do indicativo (sento-me, estou, ergue-se,desce, ordena). O emprego deste tempo permitiria concluir que o narrador narra factos do presente, sendo, portanto, uma criança; já o pretéritoimperfeito designa um facto passado, encerrando uma ideia de continuidade.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. Em alternativa, poder-se-á fazer um ditado à turma, com este ou outro excerto do texto. Parece-nos igualmente oportuno que se aproveite para reveros diferentes sinais gráficos, estabelecendo (e registando) a distinção entre os acentos – agudo, grave e circunflexo – e outros sinais auxiliares daescrita – cedilha, hífen, til e apóstrofo.

2. caçador • maçã • maciço • poço • açúcar

2.1. Coloca-se na letra c, antes das vogais a, o, u, para representar o som [s].

3. “Sentava-me” [linha 1] ➔ o hífen une o pronome me ao verbo; “cana-da-índia” [linha 15] ➔ o hífen liga os elementos da palavra (no texto seguinte,propõe-se precisamente o estudo dos processos de formação de palavras; os alunos poderão, então, verificar que, geralmente, as palavras compos-tas por justaposição apresentam os elementos que as constituem unidos por hífen); “Fí-si-cos” [linha 17] ➔ o hífen assinala a forma como o professorpronunciou esta palavra – sílaba a sílaba; “conse-” [linha 29] ➔ o hífen assinala a partição da palavra, no fim da linha.

Pág. 23

O carácter lúdico desta secção poderá ajudar a:– desenvolver um conjunto de capacidades relativas a diferentes domínios da língua;– aumentar o vocabulário dos alunos;– treinar o conhecimento reflectido de regras de funcionamento da língua.

A realização destas actividades poderá ocorrer em diferentes situações e com diferentes objectivos:

• na sala de aula, como forma de ocupar os alunos que concluíram mais depressa uma tarefa que outros estão ainda a realizar;

• como forma de introduzir alguns momentos de pausa/descontracção nas aulas de 90 minutos;

• como trabalho de casa;

• como exemplo para a construção (individual, em grupos ou colectiva) de outros jogos.

1. escutar; escultor; escola; esperto; escrever; estudante

DIVERTE-TE!

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3

Page 4: Guia do professor  na ponta da língua

Em todos os textos das unidades 1 a 6, introduzimos esta secção – Um verbo por dia – de forma a permitir o treino sistemático da conjugação de ver-bos irregulares de uso frequente (de acordo, aliás, com o que o Programa determina). Poder-se-á pedir aos alunos que registem os exercícios propos-tos numa secção reservada para o efeito no caderno diário, à qual poderão dar o título “Verbos irregulares”.

a. Com o senhor Botelho não se podia/pode fazer batota.

b. Ontem eu pude ver o filme até ao fim.

c. Só o Nuno faltou, porque não pôde chegar a horas.

d. É provável que nós possamos ir à vossa festa.

Págs. 26 a 28

LER ❦ COMPREENDER

1. Nicholas; quinto ano (“Mas agora Nick estava no quinto ano…” [linhas 14-15])

2. No início do ano lectivo: “Mas agora Nick estava no quinto ano e a primeira aula de língua com a senhora Granger estava quase a terminar” [linhas 14-16]

4. A professora percebeu a intenção de Nick: “(…) todos os que se encontravam na sala sabiam o que ele estava a fazer. Infelizmente, a senhora Grangertambém sabia.” [linhas 31-33]

5. Virar o feitiço contra o feiticeiro. – virar-se o mal contra quem o praticou. (Guilherme Augusto Simões, Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, 1.a ed., Publ. Dom Quixote, 1994)

6. Vergonha, humilhação: “(…) ele sentiu-se pequeno, mesmo muito pequeno. As suas orelhas estavam vermelhas como tomates.” [linhas 52-53]

7.1. “buuumm!!!” [linha 29] ➔ o som provocado pela “explosão” da “granada dialéctica”.

8. “Algumas crianças sorriram e outras olharam para o relógio. Nick era famoso por isto e todos os que se encontravam na sala sabiam o que ele estava afazer.” [linhas 30-32]

9. Eu quase nem ouvi o que ela disse a seguir. O meu coração batia com força e eu senti-me pequeno, mesmo muito pequeno. As minhas orelhas estavam verme-lhas como tomates. Tinha sido um desastre absoluto; tudo o que [eu] conseguira fora uma tarefa extra.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

Sobre a formação de palavras por composição, leia-se a seguinte informação:“A composição consiste em formar uma nova palavra pela união de dois ou mais radicais. A palavra composta representa sempre uma ideia única e

autónoma, muitas vezes dissociada das noções expressas pelos seus componentes. Assim, criado-mudo é o nome de um móvel; mil-folhas, o de umdoce; vitória-régia, o de uma planta; pé-de-galinha, o de uma ruga no canto externo dos olhos.Tipos de composição

1. Quanto à forma, os elementos de uma palavra podem estar:

a) simplesmente justapostos, conservando cada qual a sua integridade: beija-flor; bem-me-quer; madrepérola; segunda-feira; chapéu-de-sol; passatempo;

b) intimamente unidos, por se ter perdido a ideia da composição, caso em que se subordinam a um único acento tónico e sofrem perda da sua integri-dade silábica:

• aguardente (água + ardente)

• pernalta (perna + alta)

• embora (em + boa + hora)

• viandante (via + andante)Daí distinguir-se a composição por justaposição da composição por aglutinação, diferença que a escrita procura reflectir, pois que na justaposi-

ção os elementos componentes vêm em geral ligados por hífen, ao passo que na aglutinação eles se juntam num só vocábulo gráfico.

Observação:Reitere-se que o emprego do hífen é uma simples convenção ortográfica. Nem sempre os elementos justapostos vêm ligados por ele. Há os que seescrevem unidos: passatempo, varapau, etc.; como há outros que conservam a sua autonomia gráfica: pai de família, fim-de-semana, Idade Média, etc.”

Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1.a ed., João Sá da Costa Ed., 1984, págs. 106-107

1.1. enganaprofs = engana + profs [professores]; queimatempo = queima + tempo

1.2. Palavras compostas por justaposição. Este é um dos casos em que os elementos justapostos não se ligam por hífen, escrevendo-se unidos. É tam-bém o caso da palavra passatempo que surge na linha 13 do texto. A este propósito, leia-se a observação de Celso Cunha e Lindley Cintra que reprodu-zimos acima.2. a. verdade b. visto c. cinza d. desastre e. manhã f. suficiente2.1.

Palavras derivadaspor

sufixaçãopor

prefixaçãopor sufixaçãoe prefixação

verdadeira Xprevisto Xcinzento Xdesastroso Xamanhecer Xinsuficiente X

um verbo por dia

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4

Page 5: Guia do professor  na ponta da língua

3. impossível • desorganizado • indisciplinado • desmotivado • ilimitado3.1. Todos os prefixos contêm a ideia de negação. Sugerimos que os alunos vão registando os prefixos e os sufixos mais frequentes e os respecti-vos significados. Ex.:

4. “camponês” [linha 18]

4.1. Exemplos: campismo, campista, campina, campino, campal, campear, campeiro, campesino, campícola, campo de batalha, campo de concentração,campo-santo...

ESCREVER

1. O João aproximou-se da professora e perguntou:– Professora, alguém pode ser castigado por uma coisa que não fez?– Claro que não – respondeu a professora.– Óptimo! – exclamou o João. – É que eu não fiz os trabalhos de casa.

1. A pergunta insolente, resposta valente.Para pergunta apressada, resposta pousada.Qual pergunta farás, tal resposta terás.

1. 1.d; 2.c; 3.a; 4.e; 5.b.

Pág. 29Antes de Lera. A observação da mancha gráfica permite identificar alguns parágrafos que começam por travessão, o que aponta para a existência de diálogoentre personagens; a resposta correcta será, pois, a primeira: “É um texto narrativo cujo tema se relaciona com a escola.”

Pág. 30

LER ❦ COMPREENDER

1.1. Autora: Maria Isabel Mendonça Soares; título da obra: Verde é Esperança.

1.2. Um narrador ausente (não participante).

1.3. Três colegas de turma: Vasco, Vera e Viviana.

1.3.1. Eram os únicos alunos da turma com nomes começados pela letra V.

1.3.2. “Estavam os três sentados no muro do pátio.” [linha 1]

1.3.3. “Eram inseparáveis.” [linha 18]

1.4. Poderá deduzir-se que a acção decorre no segundo ou terceiro período do ano lectivo a partir da seguinte frase: “Tinha havido uma Vanda, masessa antes do Natal fora-se embora (…)” [linhas 19-20]

1.5. A realização de um trabalho de grupo de que tinham sido encarregados pela professora Paula.

2. Os parênteses empregaram-se para intercalar no texto “uma reflexão, um comentário à margem do que se afirma”. (Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, João Sá da Costa Ed., 1984, pág. 660)

3. A preparação da leitura expressiva parece-nos fundamental. Os passos propostos permitem rever as seguintes noções:• distinção das intervenções do narrador e das personagens;• diálogo / discurso directo;• pontuação do diálogo (será oportuno chamar a atenção dos alunos para a utilização do travessão para assinalar o diálogo entre os três amigos[parágrafos 2, 3, 4, 5 e 6] e das aspas para assinalar a transcrição das palavras de uma personagem [último parágrafo];• verbos introdutores do diálogo (comentou, contestou, disse, acrescentou, desdenhou, repontou, dissera).

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

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significado prefixo exemplos

negação

negação,acção contrária

in-

im-

i-des-

infeliz, invisível,indisciplinadoimpossível, imprudente,impermeávelilimitado, ilegal, ilógicodestapar, desfazer,desmotivado

Page 6: Guia do professor  na ponta da língua

Págs. 31 e 32

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1. Grupo 1: Ana, António, BacelarGrupo 2: Carlos, Carlota, CarolinaGrupo 3: Cátia, Filomena, FlávioGrupo 4: Graça, Guilherme, HeitorGrupo 5: Horácio, Inês, IvoGrupo 6: Jaime, Laura, LeonelGrupo 7: Mafalda, Raul, Vasco

1.2.

INVESTIGAR

Trata-se de uma actividade de leitura, em que se exige que o aluno pesquise informação. Para além da Internet, eis algumas obras que poderão serindicadas aos grupos:• Guilherme Augusto Simões, Dicionário de Expressões Populares Portuguesas, Publ. Dom Quixote;• José Viale Moutinho, Adivinhas Populares Portuguesas, Ed. Notícias [procura a partir das soluções];• Dicionário de Provérbios, Porto Editora;• Dicionário dos Símbolos, de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Ed. Teorema, 1982• Prontuários (para consulta de nomes de pessoas e locais).

1. Exemplo com branco:• expressões populares – “branco como a cal da parede”: diz-se de pessoa que fica muito assustada e perde a cor; “em branco”: diz-se de quemdesconhece totalmente um dado assunto.

• provérbios – “Branca geada, mensageira de água.”; “Mais vale morena engraçada que branca desconsolada.”• adivinhas – “Branco é, galinha o põe.” [resposta: o ovo]; “Qual é a cor do cavalo branco de Napoleão?” [resposta: branca].

• pessoas/personagens conhecidas – escritores: Camilo Castelo Branco, Branquinho da Fonseca; actor: Óscar Branco; cantor/músico: José MárioBranco, Luís de Freitas Branco; personagem: Branca de Neve.

• locais – Castelo Branco, Casa Branca (no Alentejo); Rio Branco (Brasil).

• títulos de livros – “Em Branco” de Teresa Guedes.

• simbologia – simboliza inocência, pureza e verdade; no Ocidente, o branco é a cor da paz; na China, é a cor do luto.

• poemaVersos brancos

Fui para um teste em branco, pálido e aflito.Para não deixar a folha em branco, escreviNo verso dela estes versos brancos.Mas a professora só devia gostar de poemas rimados:Por isso na pauta apareceu um zero, ali, bem preto no branco.

Teresa Guedes, Em Branco, Ed. Caminho

1.

1. eram – pretérito imperfeito do modo indicativo, 3.a pessoa do plural;fosse – pretérito imperfeito do modo conjuntivo, 3.a pessoa do singular;seriam – modo condicional, 3.a pessoa do plural.

um verbo por dia

1. R I M O SG E N R O

3. X A I L EP

2.

4. L A N O

DIVERTE-TE!

Grupo dos“agudos”

Grupo dos“graves”

Grupo dos“esdrúxulos”

Bacelar,Heitor,Inês,

Leonel,Raul

Ana, Carlos,Carlota,Carolina,Filomena,

Graça,Guilherme, Ivo,Jaime, Laura,

Mafalda,Vasco

António,Cátia,Flávio,

Horácio

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Page 7: Guia do professor  na ponta da língua

Págs. 34 e 35

LER ❦ COMPREENDER

1.1. As personagens são quatro professores e alguns alunos de uma escola. A personagem principal é o professor Branquinho.

1.2. A acção decorre em três espaços distintos: nos corredores da escola (duas primeiras vinhetas da primeira tira – é um local de passagem das per-sonagens que se dirigem à sala dos professores ou a salas de aula); na sala dos professores (segunda e terceira tiras – veja-se a indicação afixada naporta que se abre, na terceira vinheta); na sala onde decorre uma aula do professor Branquinho (última tira – são vários os elementos que identificameste espaço: posição do professor e dos alunos, quadro preto, secretária, mesas e cadeiras…).

1.3. Geralmente, na banda desenhada, as imagens substituem o narrador – elas “mostram” as personagens, os espaços e mesmo o momento em quedecorrem as acções, não sendo necessárias as palavras.

2. Os alunos elogiam-no entre si e vão mesmo chamá-lo à sala dos professores mal ouvem o toque de entrada.

3. Os dois colegas masculinos sentem irritação e inveja; um deles curiosidade; a colega sente incompreensão, surpresa.4. Ele transforma as suas aulas em concursos televisivos, onde, inclusivamente, há lugar a prémios. Veja-se a forma como ele se dirige aos seus alu-nos: “Caro público”.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. DRRIIINN: som da campainha; TAP TAP TAP: som das folhas de papel a baterem na mesa. “As onomatopeias são palavras imitativas, isto é, palavras que procuram reproduzir aproximadamente certos sons ou certos ruídos: tique-taque; zás-trás;zunzum

Em geral, os verbos e os substantivos denotadores de vozes de animais têm origem onomatopeica.Assim:ciciar cicio (da cigarra)chilrear chilreio (dos pássaros)coaxar coaxo (da rã, do sapo)”

Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 116

2.1. Eh (EHEHEHEH…) Esta interjeição exprime satisfação.

Observação: Será oportuno referir que, na escrita, as interjeições vêm de regra acompanhadas do ponto de exclamação. Com efeito, as interjeições equivalem a

frases exclamativas ou imperativas. Exemplos:Ai! = Que dor eu sinto!Caluda! = Estejam calados!

Lindley Cintra e Celso Cunha não incluem a interjeição entre as classes de palavras por a considerarem um “vocábulo-frase”.

2.2decl. – Vou já…excl. – Estamos prontos!int. – Então, stôr? / Vem ou não vem?imp. – Vá lá, stôr… / Depressa!

1. Solução: Gosto de ti.

ACETATO 1

Poderá ser projectado um exemplo de um outro alfabeto, que utiliza bandeiras. Solução da palavra “escrita” em código: ALFEITE

1. digo, disse, dizia, dissera, direi

2. A única forma regular é a do pretérito imperfeito, pois o radical diz- não sofre alteração.

um verbo por dia

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 1

90732

CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS

in Visão Júnior, n.º 6, Novembro 2004

O Código Internacional de Sinais – CIS – serve para quem anda no mar. É publicado em vários países desde o início do século XIX.

É o mais usado pela Mari-nha Portuguesa quando

falha a comunicação por rádio,para situações relacionadascom a segurança da navegação.

As bandeiras são reconhecidasmesmo estando um poucocobertas. Por baixo de cadabandeira é indicada a palavrausada nas comunicações rádio.

DIVERTE-TE!

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Page 8: Guia do professor  na ponta da língua

Págs. 36 e 37Antes de Ler

ACETATO 2

a. Uma interpretação possível: através da palavra impressa (livros, jornais, revistas…, aqui representados pela figura de Gutenberg), os povos de todoo mundo (repare-se nas diferentes figuras humanas) podem partilhar alegrias, sonhos, tristezas… Os livros apresentam-se como um factor de (re)uniãoe de comunicação entre línguas, povos e civilizações tão distantes e tão diferentes (observe-se que todos se “abrigam” debaixo do mesmo “manto”).Os livros permitem formar como que um “dominó do mundo” (sugerido pela “peça” visível no canto inferior direito), em que as peças são as línguas/ospovos que o habitam.

b. Poema gravado:

Um livro

Levou-me um livro em viagem,não sei por onde é que andei.Corri o Alasca, o deserto,andei com o sultão no Brunei?P’ra falar verdade, não sei.

Com um livro cruzei o mar,não sei com quem naveguei.Com marinheiros, corsários,tremendo de febres e medo?P’ra falar verdade, não sei.

Um livro levou-me p’ra longe,não sei por onde é que andei.Por cidades devastadas,no meio da fome e da guerra?P’ra falar verdade, não sei.

Um livro levou-me com eleaté ao coração de alguém,e aí me enamorei –de uns olhos ou de uns cabelos?P’ra falar verdade, não sei.

Um livro num passe de mágicatocou-me com o seu feitiço:deu-me a paz e deu-me a guerra,mostrou-me as faces do homem– porque um livro é tudo isso.

Levou-me um livro com elepelo mundo a passear,não me perdi nem me achei– porque um livro é afinal…um pouco da vida, bem sei.

João Pedro Mésseder, O g é um gato enroscado, Ed. Caminho, 2003

LER ❦ COMPREENDER

1.a. F ➔ “O Joel atendeu, com uma voz sonolenta:” [linha 1]

b. F ➔ Ele queria conversar sobre algo que tinha acabado de ver na televisão. [linha 3]

c. IS ➔ Sabe-se apenas que era “um livro de mistério”. [linha 11]d. Ve. Vf. F ➔ “Ele também via televisão e tinha um mega-drive e um computador. E apreciava isso tudo.” [linha 21]

g. IS ➔ Sabe-se apenas que tinha um computador.h. F ➔ “As histórias que mais o impressionaram e entusiasmaram não tinham sido filmes mas livros:” [linha 23]

i. F ➔ “Isto para não falar dos livros do pai que ele surripiava à noite (…).” [linha 27]

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 2

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LER UM CARTOON

Pari Mohmmd Nabi (Irão), sem título,in III Porto Cartoon, Ed. Museu Nacional da Imprensa, Porto 2001

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Page 9: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 38

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1.a. sujeito ➔ O Joel; predicado ➔ gostava de ler.

b. sujeito subentendido ➔ [O Joel / Ele]; predicado ➔ Lia muitos livros do pai.

2. Os travessões que iniciam todos os parágrafos à excepção do primeiro, do décimo e do último.

OUVIR

Diálogo gravado:

– Estou? Queria falar com o Joel.

– E quem fala, por favor?

– É o Jorge.

– Ah! És tu, Jorge! Estás bom?

– Estou, obrigado. Posso falar com o Joel?

– Estás com azar, pá: ele foi a casa da avó, mas não demora.

– Oh! Que pena! Queria mesmo dizer-lhe uma coisa…

– Olha, se quiseres, o mais que posso fazer é dar-lhe o teu recado.

– Hum… Não, obrigado. Ou antes: por favor, diga-lhe que aquele indivíduo que andamos a investigar apareceu na televisão.

– Só isso?

– Já agora, podia pedir-lhe que me telefone para minha casa mal chegue. Hum… Não, para minha casa não. Eu vou a casa da Joana. Ele que telefonepara lá, pode ser?

– Ok, está sossegado que eu dou-lhe o recado.

– Está, obrigado.

– De nada! Dá cumprimentos meus aos teus pais.

– Está bem. E mais uma vez obrigado.

– Adeus, Jorge.

1.1.1. Algumas propostas:– Boa noite. Fala o Jorge, o colega do Joel. Ele está?– Daqui fala um amigo do Joel. Seria possível falar com ele?– Boa noite. Eu desejava falar com o Joel. É possível? Por favor, diga-lhe que é o Jorge.

Pág. 39

ESCREVER

1. O Programa propõe a elaboração de fichas de registo de livros ou de leitura. Um dos acordos a estabelecer com os alunos nas primeiras aulas pode-rá ser precisamente a obrigatoriedade da leitura de um número determinado de obras (por mês/período/ano) e do preenchimento das respectivas fichasde leitura.

1.• Moby Dick ➔ Herman Melville ➔ norte-americano

• As Aventuras de Alice no País das Maravilhas ➔ Lewis Carroll ➔ inglês

• O Principezinho ➔ Antoine de Saint-Exupéry ➔ francês

• A Ilha do Tesouro ➔ Robert L. Stevenson ➔ escocês

• A História Interminável ➔ Michael Ende ➔ alemão

• As Aventuras de Tom Sawyer ➔ Mark Twain ➔ norte-americano

1.a. estamosb. estivemosc. estivéramosd. estejamose. estivéssemosf. estaríamos

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

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Page 10: Guia do professor  na ponta da língua

Págs. 40 e 41Fiquei a saber?

Os conteúdos abordados ao longo da unidade são aqui testados através de actividades que exigem respostas objectivas e que, por isso, podem ser cor-rigidas pelo próprio aluno, se o professor assim o entender. Com esse objectivo, apresentamos, nas páginas finais do manual, a resposta a cada uma dasperguntas (e que aqui reproduzimos para facilitar a consulta).

Conteúdos testados nesta ficha:Texto narrativo:• obra; autor; narrador

Funcionamento da língua:• discurso directo;• verbo introdutor do diálogo: identificação e posição;• parágrafo e período;• sinónimos e antónimos;• ordem alfabética;• classificação das palavras quanto à acentuação;• acentos gráficos;• tipos de frase;• formação de palavras;• funções sintácticas: sujeito e predicado;• verbos irregulares (poder, fazer, ser, dizer, estar).

1.1. Autora: Alice Vieira; obra: Águas de Verão.1.2. Narrador presente (ou participante), visto que participa nos acontecimentos que narra. Veja-se a utilização da primeira pessoa: nosso [linha 2],nos [linha 6], crescíamos [linha 6].1.3. O discurso directo está presente no segundo parágrafo.1.3.1. “se lamentava” [linha 10].1.3.2.

– Pois é, vocês encheram os livros todos com bonecos e risquinhos, e agora já não tenho espaço para fazer mais boneco nenhum… – lamentava-se ela.

2. “Mas antes delas havia que passar nos exames.”

3. tardavam: demoravam; resolvidos: solucionados, feitos; lamentava: queixava, lastimava.

4. começava: terminava, acabava, findava; saber: ignorar, desconhecer; sorte: azar.

5.1. casacos • exames • férias • livros • mãos • medida • morangos • páginas • pregão • problemas • servir • trabalho • vestidos5.2. pregão, morangos, férias, páginas, servir e vestidos.5.2.1. Palavras agudas: pregão, servir; palavras graves: morangos, vestidos; palavras esdrúxulas: férias, páginas.

6.O livro de História era o mais engraçado de todos: não havia rei, príncipe ou ministro que não tivesse artísticos bigodes, óculos ou vendas nos olhos

como o pirata da perna de pau. Foi um sarilho para convencer a Bé que o marquês de Pombal era mesmo aquele homem de pedra com um leão ao lado,tal como na estátua. Sempre que passava lá à beira, a Bé olhava bem para o alto, e perguntava:

– Mas onde é que estão as tranças e os óculos?6.1. interrogativa

7.a. sujeito ➔ A Bé; predicado ➔ era a irmã mais novab. sujeito subentendido ➔ A Bé / Ela; predicado ➔ tinha muita sortec. sujeito ➔ Os livros dela; predicado ➔ tinham os exercícios resolvidos

8. engraçado (en + graça + ado) ➔ palavra derivada por prefixação e sufixação; desfazer (des + fazer) ➔ palavra derivada por prefixação; inseguro(in + seguro) ➔ palavra derivada por prefixação; bigodão (bigode + ão) ➔ palavra derivada por sufixação.

9. palavras derivadas ➔ ventoso; enevoado; chuvoso; aguaceirospalavras compostas ➔ fim-de-semana; Ribatejo; Trás-os-Montes

10.a. pude; fez.b. fôssemos; faríamos.c. esteja.d. dito.

Pág. 44Antes de Lerb. Um dos meninos é branco e o outro é negro; ambos se encontram na rua, de pé; junto de cada um, encontram-se o pai e a mãe; a pomba voa sobreos dois miúdos.

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Page 11: Guia do professor  na ponta da língua

Págs. 45 a 47

LER ❦ COMPREENDER

1. A cor da pele. Na parte final do texto, quando os meninos se despedem: “(…) disseram adeus um ao outro: e a mão de um era branca, e a mão do outro eranegra.” [linha 14]

2. Os pais:• reacções ➔ pararam, interrogaram os filhos por duas vezes e com as mesmas palavras.Os meninos:• reacções e gestos ➔ ambos se olharam, pararam, hesitaram, se abraçaram, sorriram e acenaram.• sentimentos ➔ ambos se sentiram “maravilhados”, extasiados, felizes.

2.1. A repetição de:• palavras no princípio de várias frases seguidas [anáfora*] ➔“Hesitavam na palavra, hesitavam no gesto, hesitavam no riso.” [linhas 8-9];• frases inteiras ➔ segundo, terceiro, quinto e sexto parágrafos; frases construídas de um modo semelhante [paralelismo*] : “e a mão de um era branca, e a mãodo outro era negra.” [linhas 14-15].

*Observação:A anáfora e o paralelismo surgem apenas no Programa do 3.o Ciclo. Os alunos poderão, no entanto, identificar estes recursos sob a designação geral de

repetição.

4.1.1. Uma leitura possível: a atitude dos dois garotos simboliza a harmonia, a pureza e a simplicidade que deveriam reger as relações humanas. Apomba surge a “abençoar” / louvar / proteger este encontro.

5.2. Uma leitura possível: para os dois meninos, também a cor da pele de cada um não era importante.

6. Algumas hipóteses:• Descoberta• O encontro• O abraço

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1. Exemplos:a. Eu sei a tabuada de cor.b. Em que país* viveste?

*Observação:É importante esclarecer os alunos que o acento (agudo, grave ou circunflexo) não altera a grafia da palavra. Os acentos agudo e circunflexo marcam a

sílaba tónica; o acento grave assinala as contracções da preposição a com o artigo a e com os pronomes demonstrativos a, aquele, aqueloutro, aquilo.

2. Exemplos:a. Os reis viviam no paço (= palácio, corte).b. Há três anos que não te via. / Ah! Finalmente chegaste…Outras palavras homógrafas:

• sabia (conhecia); sábia (conhecedora); sabiá (pássaro)

• selo (é – ponho um selo); selo (ê – estampilha)

• pôr (verbo); por (preposição)

• copia (pres. ind. de copiar); cópia (reprodução de um texto)

• pelo (contracção de por + o); pêlo (cabelo)

• molho (ó – pres. ind. de molhar / feixe, braçada); molho (ô – termo culinário)

• secretaria (repartição ou escritório); secretária (profissão/móvel de escritório)

• para (preposição); pára (imperativo de parar)

• acordo (ó – pres. ind. de acordar); acordo (ô – combinação)

• colher (utensílio usado para comer); colher (apanhar, recolher)

• sede (ê – vontade de beber); sede (é – lugar onde funciona um clube, um governo…)

Outras palavras homófonas:

• coser (costurar); cozer (cozinhar)

• conselho (opinião); concelho (município)

• sinto (pres. ind. de sentir); cinto (do vestido, das calças…)

• roído (part. de roer); ruído (barulho)

• assento (banco, cadeira/anoto, escrevo); acento (sinal gráfico)

• nós (pronome); noz (fruto)

• vês (pres. ind. de ver); vez (ocasião)

• concerto (espectáculo musical); conserto (reparação, arranjo)

• ouve (pres. ind. de ouvir); houve (pret. perf. ind. de haver)

• trás (preposição); traz (pres. ind. de trazer)

• aço (metal); asso (pres. ind. de assar)

• sem (preposição); cem (número)

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Page 12: Guia do professor  na ponta da língua

ACETATO 3

Solução:Palavras homófonas ➔ concerto /conserto; coser/cozer; cela/sela; peão/pião; soar/suar; roído/ruído

LER MAIS

1. , ;, ;

, ;, .

1. Nome (aumentativo) ➔ amigalhaço / amigalhão / amigãoNome (diminutivo) ➔ amiguinho / amiguitoNome composto ➔ amigo-da-onça*

Antónimo ➔ inimigoAdjectivo ➔ amigávelVerbo ➔ amigar*amigo-da-onça: falso amigo ou amigo interesseiro. A expressão nasce da história de um caçador mentiroso que referiu que sem armas fora acometido por umaonça e que escapara por ter dado um tão grande grito que a onça fugiu apavorada. Um circunstante afirmou que isso não podia ser e, se fosse verdade, ele teriasido devorado. O mentiroso, indignado, perguntou: “Mas afinal você é meu amigo ou amigo da onça?” (Guilherme Augusto Simões, in ob. cit.)

a. há; b. haja; c. havia; d. Há; havia

Págs. 49 a 51

LER ❦ COMPREENDER

1.1. Versos 1 a 9.1.2. uma ideia de contraste.1.3. personificação ➔ são atribuídos à boneca alguns sentimentos: tristeza e amargura; a utilização de maiúsculas nas palavras “Boneca” [verso 21] e“Ela” [verso 25] reforça as características humanas da boneca; comparação ➔ “E um sorriso combalido / Como flor que vai murchar.” [versos 8-9]

2. Na montra (vitrine) de uma capelista.

3. Indiferença, desprezo.

4.1. O sujeito poético, ao longo da sua mocidade até à idade adulta (até ao presente): “Passaram anos. – Com eles, / Foi-se a minha mocidade / E cres-ce a minha tristeza.” [versos 18-20] (observe-se o emprego do presente do indicativo – cresce).

5. Os dois últimos versos: “– Quem dá por Ela? Ninguém. / E quantas almas assim!” [versos 25-26]

6. Uma explicação possível: trata-se de uma história breve, porque sobre a vida daquela boneca não há nada para contar. As acções, as peripécias dasua vida resumem-se à sua permanência, anos a fio, na montra de uma loja.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. “Ninguém via o seu sorriso!” ➔ o: determinante artigo definido; seu: determinante possessivo.

2. da ➔ de + det. artigo definido a; daquela ➔ de + det. demonstrativo aquela; na ➔ em + det. artigo definido a.

3.a. Esta é a história duma boneca de trapos.b. Naquela manhã, saltei da cama com alegria.c. Na opinião dalgumas pessoas, o melhor livro desse escritor foi o primeiro.d. Ele seguiu pelo caminho mais curto.e. Telefonaste às tuas tias?

X

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

soumoreninhanaviorio

feraazeitonavounoite

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 3

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PALAVRAS HOMÓFONASDescobre as palavras homófonas escondidas nos desenhos:

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Page 13: Guia do professor  na ponta da língua

4. Exemplo:A minha irmã Rita nasceu há oito dias. Como diz a avó Laura, a família aumentou. Os meus primos vieram visitar-nos e trouxeram alguns brin-quedos. No entanto, a Rita não pareceu apreciar aqueles presentes: chorou e só quis um urso de peluche que já tinha sido meu.

1. a. hospitalizarb. analisarc. modernizard. tranquilizare. realizarf. improvisarg. avisar

Observação: Poderá ser oportuno chamar a atenção para as terminações em -izar e -isar. No primeiro caso, trata-se do sufixo verbal -izar:hospitalizar = hospital + izarmodernizar = moderno + izartranquilizar = tranquilo + izarrealizar = real + izarNo segundo caso, a palavra primitiva escreve-se com s:pesquisa = pesquisa + aranalisar = análise + arimprovisar = improviso + aravisar = aviso + ar

1.a. demosb. dou-te c. Dê-me d. dêeme. dão

Pág. 52Antes de Lera. Palavras e expressões retiradas pela ordem em que surgem: que • Depois • Como • mas • Quando • porque • Pouco depois • Por fim • Assim• Daí por diante

Pág. 54

LER ❦ COMPREENDER

1. Eles conheceram-se em Porto Covo. Pedro desafiou Tóino para jogar a bola, atirando-lha.1.1. É o Pedro. Será interessante fazer observar a presença dos tempos do presente e do passado nos dois primeiros parágrafos, que revelam que Pedronarra no presente (“Eu sou o Pedro. O meu pai é engenheiro. Ele é o Tóino e o pai dele é trabalhador.”) um acontecimento passado (“Disse-me…”; “… oque me atraiu… Tinha… atirei-lha. Aparou-a, sorriu e devolveu-ma.”; etc.).

3.Retrato físico: musculoso • forte • baixoRetrato psicológico: corajoso • modesto

4. Porque entendia que eles eram de “condições diferentes”, não sendo, portanto, correcto o tratamento por tu.

5. “Daí por diante, o Tóino ora me tratava por tu, ora não.” [último parágrafo]

Pág. 55FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. O Pedro disse ao Tóino que só não se tinha afogado/afogara, porque ele o tinha ajudado/ajudara. O amigo recomendou-lhe que fugisse sempre daque-las bandas, porque/pois havia por ali remoinhos.

2. Há várias hipóteses, visto que as frases assinaladas a azul poderão ser colocadas antes, depois ou no meio das falas das personagens. Exemplos:O Pedro perguntou ao Tóino:– Por que razão não me tratas por tu? [– perguntou o Pedro ao Tóino.]– Nós somos de condições diferentes – explicou o Tóino. – O meu pai é trabalhador e o seu é rico. [– explicou o Tóino.]

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

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Page 14: Guia do professor  na ponta da língua

ESCREVER

1. Proposta de correcção:O Pedro propôs ao Tóino que fossem nadar. Este concordou e ambos mergulharam nas ondas do mar. Em breve o Tóino se distanciou e o Pedro quis

imitá-lo. No entanto, teve de chamar pelo Tóino, porque se viu atrapalhado. Felizmente, o Tóino nadava bem e conseguiu dar-lhe uma ajuda e trazê-loaté à praia.

1. a. homemb. familiarc. televisão

1. Ela lê. Eles lêem.

2. presente do indicativo ➔ eu leio / tu lês / ele lê / nós lemos / vós ledes / eles lêempresente do conjuntivo ➔ eu leia / tu leias / ele leia / nós leiamos / vós leiais / eles leiam

Pág. 56Antes de Lera. São sobretudo três as qualidades que se associam ao cão: lealdade, fidelidade, companheirismo.

Págs. 57 a 61

LER ❦ COMPREENDER

1.1. Primeira parte: linhas 1 a 15; segunda parte: linha 16 até ao fim.3. “inteligente” e “afectuoso” [linha 1]; brincalhão e paciente [“(…) infatigável companheiro dos brinquedos das crianças da quinta.”; “Esta brincadeirarecomeçava vinte vezes sem cansar nunca a paciência do Piloto.”]; fiel, trabalhador e responsável [“(…) o assobio do criado da quinta chamava o fiel ani-mal às suas obrigações; partia, então, como um raio (…)”; “(…) era o Piloto o guarda da carroça; e muito atrevido seria quem saltasse à noite a parede daquinta.”]; sagaz [“(…) uma extraordinária sagacidade:”]; confiante [“(…) correu para ele sem desconfiança;”]; corajoso [“(…) o corajoso Piloto (…)”]; gene-roso [salvou o jornaleiro, mesmo depois de este o ter tentado matar].

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. inteligente e afectuoso ➔ grau superlativo relativo de superioridade;infatigável ➔ grau normal.2. cães, hortelãos [ou hortelões], ladrões.2.1. Os nomes terminados em -ão formam o plural em -ães, -ãos ou -ões.Poderão ser registados outros exemplos num quadro como este:

3.1. Esta ➔ determinante demonstrativo; vinte ➔ determinante numeral cardinal; a ➔ determinante artigo definido; do [= de + o] ➔ contracção da preposi-ção de com o determinante artigo definido o.

OUVIR ❦ FALAR [pág. 59]

1. Conto gravado:

O cãoUma das muitas províncias da China chama-se Mongólia Interior. “Interior” porque dali não se vê o mar. Terra entre montanhas. Por isso os habitan-

tes dessa terra são pastores e na Primavera lá vão com as vacas e as ovelhas e os grandes cães de guarda. E onde chegam armam tendas e pastamos rebanhos. Só no Outono é que voltam a casa porque principia a cair neve.

Pois esta é a história de uma menina que há muitos séculos andava pelos montes da Mongólia com os pais e o gado, durante o bom tempo. Umamenina que ia à escola apenas no Inverno. Ia à escola com um casaco forrado de pele de cordeiro, por causa do frio, e os livros atados num lenço dealgodão azul.

Ora, num desses invernos, a professora contou que havia várias raças de cães pelo mundo fora: cães pequenos e leves, mesmo depois de cresci-dos, os donos pegavam-lhes ao colo, passeavam-nos pela cidade; e cães artistas que faziam habilidades e divertiam o público. E, desde aí, a meninanão pensou noutra coisa senão em ter um cãozinho assim. Os cães que ela conhecia eram todos pesados, fortes, bravos, atiravam-se aos lobos denoite para defender os rebanhos, puxavam o carrinho da família pela neve, e debaixo de um chicote, como se fossem cavalos.

Plural dos nomes em -ão-ões ães -ãos

ladrõesposiçõesbalõescançõesconfissõescoraçõesestações

cãesalemãescapelãescapitãesescrivãespãessacristães

cidadãoscristãosirmãosacórdãosórfãosórgãossótãos

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

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Page 15: Guia do professor  na ponta da língua

Essa menina, portanto, foi crescendo, e quando se tornou mulher emigrou para a capital da China. E, aí, ei-la que um dia se junta a um grupo de palha-ços e funda o primeiro circo mongol. Um circo com cãezinhos a caminhar em dois pés, como as pessoas, a saltar o arco, a bailar ao som da música.

Cães de pêlo encarapinhado e cara redondinha de boneca, cães chineses que não ladram e têm a língua preta. Cães de um palmo de altura e orelhascomo asas de borboleta.

E o povo que nunca tal tinha visto... Ursos e macacos, sim, davam espectáculo pelas feiras, às cambalhotas, mas não serviam para mais nada.Espantado, o povo. Como é que o cão, animal tão útil ao homem, sabia também distraí-lo? Para mais cão tão pequenino e assim tão habilidoso!Certo é que, daí em diante, a palavra “cão” tomou nesse país um novo sentido. Os próprios imperadores mongóis acrescentaram ao seu nome o nome de Cão.

Gengiscão, por exemplo, um rei tão guerreiro que conquistou quase toda a Ásia, fazendo da China a metade do mundo, assim o seu neto Kublai-cão. Que a pala-vra “cão”, na língua mongol, significa o esplêndido, o mais inteligente, o maior de todos.

Maria Ondina Braga, O Jantar Chinês e Outros Contos, Ed. Caminho, 2004

a. numa província da China chamada Mongólia.

b. que andava com os pais e o gado nos montes, durante o bom tempo.

c. nem todos os cães eram grandes e pesados e desejou ter um cãozinho.

d. fundou o primeiro circo mongol.

e. porque os cães do circo eram pequenos e faziam habilidades.

f. a palavra “cão” ganhou um novo sentido na China.

g. o esplêndido, o mais inteligente, o maior de todos.

2. Eis alguns argumentos:A favor:

• São animais úteis: resgatam pessoas enterradas debaixo da neve, guiam pessoas cegas, fazem companhia a pessoas que estão sozinhas, ajudam nacaça…

• São uma boa companhia.

• Podem ser um bom negócio; há pessoas que criam cães de raça.

• São uma boa maneira de fazer exercício; como os cães precisam de correr, os donos correm com o cão.

• Permitem estabelecer relações com outros donos de cães, nos parques, jardins, ruas.

• Alguns povos comem-nos.

Contra:

• À noite, ladram a gente inofensiva ou a outros cães.

• Alguns tornam-se agressivos e podem chegar a matar pessoas.

• São uma despesa: alimentação, veterinário, vacinas, licenças…

• Os animais não são brinquedos: muitas pessoas compram cachorros, mas, quando eles crescem, abandonam-nos.

• Há que levá-los à rua, faça sol ou faça chuva.

• São uma desculpa para não conviver com outras pessoas.

LER MAIS

1.

O cão e a trela(...)Acontece é que o Pimpãotal era o nome do cãoé que não gostava nadamas mesmo nadinha dela.E à medida que cresciamaior era a rebeldiapor ter que sair à ruasempre puxado pela trela.Até que um dia o Pimpãofarto daquela prisãovai dá um grande esticãorebenta com aquela trelae correndo a bom correrrefugiou-se num montepara onde foi viver(...)

1. Provérbios:Cão bom não ladra em falso.Pelo cão se teme o patrão.

DIVERTE-TE!

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Page 16: Guia do professor  na ponta da língua

ACETATO 4

Neste acetato, os alunos poderão decifrar colectivamente mais dois provérbios onde há referências a animais.Soluções: Burro velho não aprende línguas.

Quem não tem cão, caça com gato.

1. Eu ponho/Tu pões/Ele põe/Nós pomos/Vós pondes/Eles põem2. a. púnhamos; b. pusemos; c. puséramos; d. poremos; e. puséssemos; f. pusermos.

Págs. 62 e 63Fiquei a saber?Conteúdos testados nesta ficha:

Funcionamento da língua:• classes de palavras: nome, determinante, adjectivo e verbo;• palavras homógrafas e homófonas;• família de palavras;• discurso directo e discurso indirecto;• verbos irregulares (haver, dar, fazer, ler, pôr).

Recursos expressivos:• a personificação.

1.1. Exemplos:• regato insignificante / pequeno / fraco / suplicante / desesperado• lago altivo / egoísta / antipático / cruel / convencido• mar grande / generoso / altruísta / simpático / acolhedor

2.1.• O ➔ determinante artigo definido, masculino, singular• desesperado ➔ adjectivo no grau normal, masculino, singular• regato ➔ nome comum, masculino, singular• continuou ➔ forma do verbo continuar, no pretérito perfeito do modo indicativo, 3.a pessoa do singular• o ➔ determinante artigo definido, masculino, singular• seu ➔ determinante possessivo, masculino, singular• caminho ➔ nome comum, masculino, singular

3.a. Meu ➔ determinante possessivob. Todos ➔ determinante indefinido; os ➔ determinante artigo definido; teus ➔ determinante possessivoc. Os ➔ determinante artigo definido; dois ➔ determinante numeral cardinald. Aquele ➔ determinante demonstrativo; qualquer ➔ determinante indefinidoe. Algumas ➔ determinante indefinido; este ➔ determinante demonstrativo; os ➔ determinante artigo definido; outras ➔ determinante indefinido; o ➔ deter-minante artigo definido; da ➔ determinante artigo definido (contracção da preposição de com o determinante artigo definido a); nossa ➔ determinante pos-sessivo.

4.1. Exemplos:• O rei recebeu os visitantes no paço. / Em Lisboa, visitei o Terreiro do Paço.• Ah! Que água quentinha!… / Há tanto tempo que não via o mar!

5. Exemplos:Eu como todos os dias um iogurte. / Ele sabia que tu ias aparecer. / Por favor, vai pôr esta roupa no cesto.

6. mar ➔ amarar, marítimo, marinho, marisco, marear, maremoto, maré, maré-cheia, maresia, marejar…

um verbo por dia

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 4

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PROVÉRBIOS EM CHARADAS

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Page 17: Guia do professor  na ponta da língua

7.1. O travessão.

7.2. A personificação.

7.3. • segundo parágrafo: Um ribeirinho implorou ao seu irmão Lago que tomasse conta dele (de si).• quarto parágrafo: O lago disse (respondeu/ordenou) ao fio de água que se pusesse a andar (se fosse embora), porque (pois) não necessitavam alide miseráveis como ele.

8.a. haviab. dêem; façamc. lêem; líamosd. põe

Pág. 66

Sugestão de exploração do separador da Unidade 3 [págs. 64-65]

Descobre os erros:...1 – A Gata Borralheira foge do baile à meia-noite e não às 9 horas.

2 – Um príncipe (e não uma rã) beija a Bela Adormecida.

3 – São três os porquinhos.

4 – O Capuchinho Vermelho oferece a cesta ao lobo disfarçado e não à avó.

5 – A tartaruga é que corta a meta, não a lebre.

6 – O Gato das Botas calça umas botas.

7 – A Pequena Sereia não faz surf.

8 – A Branca de Neve come uma maçã, não uma banana.

9 – Ao contrário: o leão está preso numa rede, que o rato rói.

Págs. 67 e 68

Texto A

Obra indicada no Programa.

Outra versão, em prosa, da mesma fábula:

O galo e a raposa

Era uma vez um galo que, fugindo de uma raposa, conseguiu empoleirar-se no ramo de uma árvore. A raposa, achando que ele poderia dar um bomalmoço, arranjou logo uma manha:

– Ó amigo galo, já sabes que saiu uma ordem para os animais serem amigos uns dos outros?– Não acredito!– É verdade verdadinha, por isso podes descer desse ramo…– Ah, se soubesses o que daqui se vê!– Então o que é?– Vêm aí uns caçadores com espingardas e cães!– De que lado?– Dali, do lado do rio!E a raposa desatou a fugir para o bosque.E do lado do seu ramo, o galo gritava:– Mostra-lhes a ordem! Mostra-lhes a ordem!

Minho José Viale Moutinho, 365 Histórias, 1.a ed., Ed. ASA, 2002

LER ❦ COMPREENDER

1. a. astutob. agradávelc. conflitod. novidadee. replicaf. acontecimentog. num instanteh. patife

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Page 18: Guia do professor  na ponta da língua

2. A raposa veio anunciar que já não havia guerra entre eles os dois, pois tinha sido decretada a paz no mundo inteiro.2.1. A raposa pretendia que o galo descesse da árvore, para poder devorá-lo.

3. Anunciou a chegada de dois lebréus com os quais poderiam festejar a paz. Como a raposa os temia, fugiu.

4. galo: “velho, arteiro e matreiro” [verso 2]; raposa: manhosa, dissimulada, enganadora, lisonjeadora, “magana” [verso 31].4.1. Ambos são matreiros. Veja-se o significado de matreiro: que tenta enganar os outros através de processos hábeis de manha; o mesmo que finó-rio, manhoso, sabido. Atente-se ainda nesta expressão corrente: raposa velha – pessoa muito sabida.

5. “Que é prazer a dobrar enganar quem engana.” [último verso]

6. Quem ri por último, ri melhor.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1. a. A raposa ➔ sujeito; encontrou um galo ➔ predicado; um galo ➔ complemento directo; num ramo de uma árvore ➔ complemento circunstan-cial de lugar.b. Naquele dia ➔ complemento circunstancial de tempo; ela ➔ sujeito; mentiu ao galo ➔ predicado; ao galo ➔ complemento indirecto.

2. Exemplo:Naquela noite, a avó contou uma fábula ao neto, na sala.

3. As crianças ouviam histórias.

Observação: Poderá ser oportuno chamar a atenção para a existência de mais do que um complemento circunstancial de tempo na mesma frase: Naquele tempoe à noitinha.

Pág. 69

FALAR

1.

ACETATO 5

1.a. camponesab. campeãc. lento/vagarosod. deselegantee. adiantar

1. a. Eu sempre soube que tu virias.b. Se nós soubéssemos a matéria, não estaríamos preocupados.c. Os fãs saberão da data do concerto pelos jornais.d. Oxalá saibas responder a todas as perguntas.

Pág. 70Antes de LerObra indicada no Programa.a. Semelhança: Pela observação da mancha gráfica, verificamos que as duas fábulas estão escritas em verso.Diferença: Pelos títulos, ficamos a saber que, na primeira fábula, as personagens são animais; nesta, são elementos da natureza personificados.

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 5

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A RAPOSA E A CEGONHA

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Page 19: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 71Sugere-se o ditado de algumas frases para verificar o emprego de à, há e ah:

a. La Fontaine foi um fabulista francês nascido há quatro séculos.

b. Há várias fábulas em que as personagens não são animais, mas sim outros seres que actuam à semelhança dos homens.

c. Numa fábula, geralmente, há uma moralidade.

d. Esta fábula mostra que devemos preferir a brandura à violência.

e. Ah! Como eu gosto de ler boas histórias, à noitinha!

Pág. 72

LER ❦ COMPREENDER

1.1.

1.2. O travessão.

2.• com reservas, desconfiadamente: “de pé atrás” [estrofe 3]

• dou-me por vencido, admito o erro: “dou a mão à palmatória” [estrofe 6]

• num rebuliço, de pernas para o ar: “num virote” [estrofe 8]

3. Provocou o caos e a destruição à sua volta (“entre ruínas tais”), não tendo, no entanto, conseguido arrancar o manto/capote ao homem.

4.1. Personificação e comparação.4.2. Foi aumentando a intensidade do seu calor, até que o homem sentiu necessidade de tirar “a capa que, pouco antes,/apertava contra o peito…”[versos 67-68].

Pág. 73

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. Vento ➔ nome próprio (chame-se a atenção para o facto de este nome surgir escrito com maiúscula, uma vez que o vento aparece aqui personifi-cado);irado ➔ adjectivo; as ➔ determinante artigo definido; aumentando ➔ verbo “aumentar”, no gerúndio; ais ➔ nome comum.

1.1. Exemplos:• Ai! Assustaste-me! [susto]• O rapaz gritava: “Ai! Ai! O meu braço…” [dor]

2.a. complemento indirectob. sujeitoc. complemento directo

Observação: Este exercício parece-nos importante para fazer observar que uma mesma palavra ou expressão pode desempenhar diferentes funçõessintácticas, conforme a posição que ocupa na frase. Pode-se exemplificar com outras palavras/expressões. Exemplo:O João está em casa. [sujeito]A avó telefonou ao João. [compl. indirecto]A professora castigou o João. [compl. directo]

2.1. Exemplos:• Naquele dia, o Sol fez uma proposta ao Vento.• Certo dia, o Sol fez uma proposta ao Vento.

Parte Título Quadras

I Apresentação do problemasurgido entre o Sol e o Vento 1

II Diálogo entre o Sol e o Vento 2 a 6

III Actuação do Vento 7 a 13

IV Actuação do Sol 14 a 17

V Moralidade 18

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Page 20: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 74

1. - “O velho, o rapaz e o burro”- “O leão e o rato”- “O pescador e o peixinho”

1. a. Vinde ➔ modo imperativo, segunda pessoa do plural.b. viestes ➔ pretérito perfeito do modo indicativo, segunda pessoa do plural.c. vêm ➔ presente do modo indicativo, terceira pessoa do plural.d. venham ➔ presente do modo conjuntivo, terceira pessoa do plural.

Observação: “Por este verbo se conjugam todos os seus derivados, como advir, avir, convir, desavir, intervir, provir e sobrevir.”

Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 439

Pág. 75Texto CObra indicada no Programa.

Antes de Ler

a. Algumas definições de lenda:“Tradição oral ou narrativa escrita de acções praticadas por santos ou heróis, segundo a fantasia e a imaginação populares.”

(Luís Amaro de Oliveira, Antologia de Peças Dramáticas, Contos, Lendas e Narrativas, Porto Editora)

“Narrativa escrita ou tradição de sucessos duvidosos, fantásticos ou inverosímeis.” (Dicionário da Língua Portuguesa 2003, Porto Editora)

“As lendas são narrações tradicionalmente fantásticas, essencialmente alegóricas e geralmente localizadas em pessoas, épocas e locais determinados.” (Garcia de Diego, citado por Gentil Marques, Lendas de Portugal, Ed. Círculo de Leitores)

“Etimologicamente, o conceito mais antigo e natural da palavra Lenda – derivada directamente do termo latino “legenda” ou seja “leitura” – indica aslendas como leituras que deviam ser feitas e contadas depois aos outros… Aos poucos, (…) começaram a destacar-se as leituras de vidas e feitos deexcepção, em que existia sempre algo de maravilhoso. Por isso mesmo, as lendas passaram a ter o maravilhoso como principal característica.”

(Gentil Marques, Lendas de Portugal, Ed. Círculo de Leitores)

Págs. 77 a 79

LER ❦ COMPREENDER

1.• mareantes [linha 6]

• alvoroço [linha 21]

• cataratas [linha 23]

• lobrigar [linha 26]

• calafrio [linha 41]

• alterosas [linha 43]

• saciavam [linha 55]

2.a. “(…) ninguém, como os Marinhos, conhecia os segredos do oceano. Em terra alguma, fora possível encontrar quem sobre as ondas guiasse commais destreza e a salvo, numa longa derrota, a vela duma barca.” [linhas 1-4]

b. “(…) eram tidos e havidos pelos melhores mareantes do seu tempo.” [linhas 5-6]

c. “Ora um dos Marinhos, o mais novo (…)” [linha 7]

d. “(…) concebeu dentro de si um ardente desejo de ir à busca delas.” [linhas 12-13]

e. “E havendo carregado a sua boa barca de mantimentos e de aparelhos necessários, o Machico partiu.” [linhas 14-15]

f. “(…) viram no horizonte nuvens ou névoas que pousavam sobre o mar, sinal certo de alguma ilha ou terra próxima.” [linhas 18-20]

g. “E ao passo que se aproximava, vinham aos seus ouvidos estrondos furiosos (…)” [linhas 21-23]

h. “E tamanho temor entrou com eles (…)” [linha 31]

i. “(…) Machico bradou-lhes com palavras de valoroso incitamento:” [linhas 35-36]

j. “(…) pelos marinheiros passou um calafrio e alguns ajoelharam de pasmo (…)” [linhas 41-42]

l. “(…) aqueles homens saciavam a fome na polpa saborosa de frutos nunca vistos.” [linhas 55-56]

m. “(…) Machico se convenceu ter aportado àquele mesmo lugar do Paraíso (…)” [linhas 64-65]

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DIVERTE-TE!

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Page 21: Guia do professor  na ponta da língua

3.1.a. sensações visuais: “viram no horizonte nuvens ou névoas que pousavam sobre o mar”

b. sensações auditivas: “vinham aos seus ouvidos estrondos furiosos”

c. sensações visuais: “névoa… tão densa”

d. sensações auditivas: “ouviam-se distintamente… violentos baques e ribombos”

e. sensações visuais: “alevantavam-se rochas alterosas a prumo sobre as ondas; selvas de árvores frondosíssimas vinham de escarpa abaixo atéa água… cerros de macia curva… a perder de vista!”

f. sensações tácteis: “o ar era morno e suavíssimo.”

g. sensações gustativas: “polpa saborosa de frutos”

h. sensações olfactivas: “florestas… tão rescendentes”

3.2. sensações auditivas: ondas de cantos; sensações visuais: ondas de cores; sensações olfactivas: ondas de perfumes.

4.1.• “(…) a névoa começou a descerrar-se como se invisíveis mãos apartassem uma cortina para os lados.” [linhas 39-40]

• “Era uma das ilhas encantadas que se erguia para o Céu, como um altar de serras e arvoredos (…)” [linhas 46-47]

• “(…) os alcantis de rocha viva, que semelhavam monstros, palácios ou torres e pontes levadiças de castelos (…)” [linhas 57-59]

•“(…) florestas virgens, tão rescendentes e viçosas, como enormes cavernas de ramos e de flores (…)” [linhas 60-61]

5. surpresa/espanto: “(...) ajoelharam de pasmo (...)” [linha 42]

ESCREVER

Observação: A realização desta actividade em pequenos grupos permitirá que a avaliação final recaia apenas em cinco ou seis trabalhos. Poderáseleccionar-se um deles para correcção/aperfeiçoamento colectivo.

Pág. 80

1.

A ➔ a baleiaB ➔ o caranguejo

1. a.

• forma do verbo ir no pretérito perfeito do modo indicativo, terceira pessoa do singular;

• forma do verbo ser no pretérito perfeito do modo indicativo, terceira pessoa do singular;

b.

• forma do verbo ser no pretérito imperfeito do modo conjuntivo, segunda pessoa do singular;

• forma do verbo ir no pretérito imperfeito do modo conjuntivo, segunda pessoa do singular.

Pág. 81Texto DObra indicada no Programa.

RomanceiroO romance popular de Portugal e Espanha, breve poema épico destinado ao canto e transmitido e reelaborado por tradição oral, é a modalidade

peninsular da balada europeia. O conjunto destes breves poemas tradicionais constitui o Romanceiro.(…) Dado o carácter oral da poesia romancística, o Romanceiro forma um tesouro poético de riqueza inesgotável, de que só conhecemos algumas

amostras (mais ou menos numerosas) salvas ocasionalmente do olvido por um ou outro colector que as regista por escrito. Daí que a história doRomanceiro se confunda em boa parte com a do labor da colheita.

Enquanto em Castela a descoberta do caudal romancístico entesourado até hoje na tradição oral se fez muito tarde, em Portugal o achado e valori-zação do Romanceiro popular é bastante anterior: remonta à primeira geração romântica.

Almeida Garrett, primeiro com as suas refundições de temas romancísticos recolhidos da tradição oral (Adozinda e Bernal Francês, de 1828), depoiscom o seu Romanceiro (1843 e 1850), lança os alicerces para o edifício do Romanceiro português.

in Dicionário de Literatura, dir. de Jacinto Prado Coelho, Figueirinhas Ed.

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Page 22: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 83

LER ❦ COMPREENDER

1.1. A Infanta e o capitão.

1.2. O travessão.

1.3. São marido e mulher.

1.3.1. Penúltimo verso:“Deus te perdoe, marido,”

2.• ouro e prata fina;• os seus três moinhos;• as telhas de ouro e marfim do seu telhado;• as suas três filhas.

3.1. Propõe-lhe que ela se ofereça (se dê) a si própria.3.2. Fica indignada e ameaça punir o capitão. Para tal, chama pelos seus vassalos.3.3. Sim, porque de imediato revela a sua identidade.

4. Provavelmente queria verificar se, ao fim de tantos anos (veja-se o verso 79: “– Tantos anos que chorei,”), a Infanta se lhe mantinha fiel.

5. Desde logo, a data da recolha deste romance popular (ver Antes de Ler), sendo que a sua produção é muito anterior. Por outro lado, o vocabulárioremete para uma época remota (período dos Descobrimentos?): infanta; nobre armada; cavaleiro; a cruz de Cristo; cravo, canela, gerzeli (especiarias);el-rei; vassalos... Observe-se, ainda, que se trata de um tempo em que as filhas (damas) podiam ser “dadas” em casamento pelos pais.

Pág. 84

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. nela ➔ (n)a armadaa ➔ a armada(Viu vir uma nobre armada;Capitão que na armada vinha,Muito bem que governava a armada.)

2.Pronomes:pessoais: me; eu; te (3); Ela; lhe; contigopossessivos: tuasdemonstrativos: a outraindefinidos: todasinterrogativos: que

2.1.Ela ➔ sujeitorespondeu-lhe ➔ predicadolhe ➔ complemento indirecto

Pág. 85LER MAIS

1. Versos retirados pela ordem correcta:• de olfacto bem apurado• Cravo Vermelho seu noivo• um ramo de erva cidreira.• violetas, suas aias,• para pôr no seu jantar.• a canela e o coco• que belo jeito me dá.• se mais perfumes deseja.”

1.a. mariscob. maremotoc. maréd. marinha

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Page 23: Guia do professor  na ponta da língua

1. ver; segunda conjugação

2. a. vêem b. veja c. Vê

Observações:“1.a [Como ver] Assim se conjugam antever, entrever, prever e rever.2.a Prover, embora formado de ver, é regular no pretérito perfeito do indicativo e nas formas dele derivadas: provi, proveste, proveu, etc.; provera, pro-veras, provera, etc.; provesse, provesses, provesse, etc.; prover, proveres, prover, etc. O particípio é provido, também regular.Por prover conjuga-se o seu derivado desprover.”

Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 435

Págs. 86 e 87Fiquei a saber?

Conteúdos testados nesta ficha:Narrativa:• ordenação dos acontecimentos.

Funcionamento da língua:• transformação de discurso indirecto em discurso directo;• classes de palavras: nome, determinante, adjectivo, verbo e pronome;• subclasses do pronome;• funções sintácticas: sujeito, predicado, complemento directo, complemento indirecto, complementos circunstanciais de lugar e de tempo;• distinção à, há e ah;• verbos irregulares (saber, ir, ver, vir).

1.1.introdução ➔ primeiro parágrafo;desenvolvimento ➔ segundo, terceiro e quarto parágrafos;conclusão ➔ último parágrafo.

2.1. Surgiu-lhe de repente D. Dinis que lhe perguntou:– O que levas aí escondido?

3.1.o ➔ determinante artigo definido, masculino, singularnosso ➔ determinante possessivo, masculino, singularvia ➔ forma do verbo “ver”, no pretérito imperfeito do modo indicativo, na terceira pessoa do singularbons ➔ adjectivo, grau normal, masculino, pluralpobres ➔ nome comum, masculino, plural

3.2. Exemplo: Ela ofereceu brinquedos às crianças pobres. [adjectivo]

3.3. Porém, a nossa rainha, apesar de poetisa/poeta, não via com bons olhos os gastos do marido com os pobres.

4.1. Pronome pessoal.4.2. lhe = ao rei / a D. Dinis / ao marido.4.3. Complemento indirecto.

5.Pronomes:pessoais: Ela; lhes; a; aspossessivos: minhasdemonstrativos: esta; istoindefinidos: Ninguém; Nadainterrogativos: Que

6. sujeito ➔ a rainhapredicado ➔ levava pães e dinheiro a uma família pobrecomplemento directo ➔ pães e dinheiro complemento indirecto ➔ a uma família pobrecomplemento circunstancial de tempo ➔ Num dia de Janeirocomplemento circunstancial de lugar ➔ no seu manto

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Page 24: Guia do professor  na ponta da língua

7.a. Esta lenda já se conta há muitos, muitos anos.b. “Ah, como é possível rosas em Janeiro!?”, exclamou o rei.c. Nem o rei nem a rainha estavam à espera de um milagre.

8.a. soubéssemosb. vêemc. venhamd. vai

Pág. 90Antes de Lera. Algumas sugestões:

• A leitura eleva-nos.• Os livros permitem-nos ver mais longe.• Do alto de um livro, eu alcanço o universo.• Através das páginas dos livros, viajamos pelo mundo.• Quando abro um livro, chegam-me amigos de todo o lado.• Página a página, vamos crescendo com os livros.

Renate Welsh – escritora nascida em Viena, em 1937. As suas mais de sessenta obras para crianças e jovens repartem-se pelo livro ilustrado, pela bio-grafia e pela narrativa fantástica ou de fundo histórico. Muitos desses livros abordam temas sociais e espelham o interesse da autora pelos mais des-favorecidos, sejam eles trabalhadores, emigrantes, toxicodependentes ou deficientes (A Casa nas Árvores, 1993; O Rosto no Espelho, 1997; A Visitaque Veio do Passado, 1999, etc.). Traduzida em diversas línguas, obteve, em 1992, o Prémio de Honra Austríaco de Literatura para Crianças e Jovens.

Pág. 92Ler ❦ Compreender

1. Ordem das frases:

Texto ordenado:

Havia uma menina que vivia sozinha num jardim.

Ela não podia sair dali, porque o jardim estava rodeado de uma alta muralha.

A menina bem procurou uma saída, mas, como não encontrou, sentou-se debaixo de uma árvore.

Subitamente, apareceu um livro ao seu lado e a menina aprendeu a ler.

E muitos outros livros foram surgindo.

Através deles, a menina conheceu muitos locais e muitas crianças.

Mas, quando queria tocar algum menino, percebia que continuava só e sentia-se triste.

De repente, a menina lembrou-se de construir uma escada com os livros para poder olhar para fora da muralha.

E, quando espreitou, descobriu um jardim onde se encontrava um menino.

Ela chamou-o e ele estendeu as mãos.

Então a menina atirou vários livros para o outro lado da muralha.

Com eles, o rapazinho construiu uma escada, por onde subiu.

Os dois meninos deram então as mãos e, felizes, sentaram-se juntos na muralha.

2. companhia • viagem • conhecimento • aventura

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Page 25: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 93

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

Observação 1:Há outros casos de alteração da ordem dos elementos da oração que poderão ser exemplificados:a) o complemento directo no início da oração:Muitos aplausos recebeu ele! = Ele recebeu muitos aplausos!b) o complemento indirecto no início da oração:Aos pais dedicou o atleta a vitória. = O atleta dedicou a vitória aos pais.

1.1. “Em algum lugar deve haver uma porta na muralha” [linha 6]; “Eh! Estás a ouvir?” [linha 38]; “Aí vão!” [linha 44].

1.2. As aspas.

1.2.1. O travessão.– Aí vão! – gritou a menina deixando cair um livro após outro.

1.3.

ACETATO 6

2.1. sujeito ➔ a menina; predicado ➔ estava só

2.2. A menina estava só. (= Estava só, a menina.)

Observação 2:Geralmente, o sujeito precede o predicado. No entanto, os alunos deverão ser capazes de reconhecer os elementos essenciais da oração em situa-ções em que o predicado surge antes do sujeito ou nele “encaixado”. Poderá ser útil a construção e o registo de esquemas semelhantes a estes:

Págs. 94 e 95

LER MAIS

Trata-se de uma actividade de leitura, em que se exige que o aluno pesquise informação. Poderá ser proveitoso distribuir os dados a pesquisar pordiferentes grupos, indicando dois caminhos para a procura da informação: uma enciclopédia e a Internet.

1.1. a. quatro personagens: Ulisses; Zorro; Conde d’Abranhos; Dom Quixote;

b. três escritores: Fernando Pessoa; Gil Vicente; António Aleixo;

c. três romances: O Conde d’Abranhos; A Ilha do Tesouro; Dom Quixote.

1.2.

a. Ulisses ➔ Odisseia; Conde d’Abranhos ➔ O Conde d’Abranhos; Dom Quixote ➔ Dom Quixote; Zorro ➔ “nasceu” em 9 de Agosto de 1919, nas páginas da revis-ta All Story Weekly.

b. Fernando Pessoa ➔ 1888-1935, poesia; Gil Vicente ➔ 1465-1537, teatro; António Aleixo ➔ 1899-1949, poesia.

c. O Conde d’Abranhos ➔ Eça de Queirós, português (1845-1900); A Ilha do Tesouro ➔ Robert L. Stevenson, escocês (1850-1894); Dom Quixote ➔

Miguel de Cervantes, espanhol (1547-1616).

Estava só a menina.

Estava a menina

sujeito

predicado

sozinha = A menina estava sozinha.

predicado sujeito

= A menina estava só.

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 6

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DIVERTIMENTO COM SINAIS ORTOGRÁFICOS

Alexandre O’Neill, Poesias Completas (1951/1986), 3.a ed., Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1995

Quando estou maldisposta(e estou-o muitas vezes...)mudo o sentido às frases,complico tudo...

Em aberto, em suspensofica tudo o que digo.

E também o que faço é reticente... Que nos separa, Amor, um traço de união?...

Quem nos dera bem juntossem grandes apartes metidos entre nós!

Introduzimos, por vezes,frases nada agradáveis...

Serás capazde responder a tudo o que pergunto?

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Page 26: Guia do professor  na ponta da língua

1. Nome e apelido da escritora: Ilse Losa

1. Eu ouço*

Tu ouves

Ele ouve

Nós ouvimos

Vós ouvis

Eles ouvem

1.1. Apenas a primeira pessoa do singular é uma forma irregular, pois o radical – ouv – foi alterado. Poderá ser oportuno remeter os alunos para a con-sulta da ficha informativa relativa ao estudo do verbo (página 240).

*Observação:“Em Portugal, ao lado de ouço, há oiço para a 1.a pessoa do singular do presente do indicativo. Esta dualidade fonética estende-se a todo o presentedo conjuntivo e às pessoas do imperativo dele derivadas: ouça ou oiça, ouças ou oiças, etc.”

Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 438

Pág. 96Antes de Lera. Palavras trocadas:

[linha 14]: Adorava ➔ Detestava

[linha 25]: levantava-se ➔ sentava-se

[linha 43]: Ria ➔ Chorava

[linha 43]: chorava ➔ ria

[linha 48]: trazê-lo ➔levá-lo

Págs. 97 e 98

LER ❦ COMPREENDER

1.1. • logo pela manhã: ligava a televisão e comia, vestia-se e lavava-se sempre de olhos na televisão;

• a caminho da escola: tudo o que observava lhe recordava algo visto na televisão;

• na escola: nem a professora, nem os colegas, nem as actividades lhe agradavam, porque não se assemelhavam ao que ele via na televisão;

• no regresso a casa: estabelecia comparações entre as proezas que os automóveis realizam nos filmes e a realidade;

• ao fim do dia: sentava-se em frente à televisão e recusava o convívio com pessoas reais.

2. “Vivia só para a televisão.” [linha 45]

3. desadaptado; dependente; obsessivo

4. O aparelho de televisão avariou.4.1. Sentiu-se “desesperado”.

LER MAIS

1.

a. Essas crianças aumentam em quase 30% as probabilidades de serem gordas.

b. Um grupo de investigadores suíços que acompanharam 872 crianças que viam ou jogavam computador.

c. Essas crianças têm apenas 6% de probabilidades de serem gordas.

d. Os pais devem limitar o tempo passado a ver televisão ou a jogar computador.

e. Devem ser proporcionadas às crianças actividades diferentes e a prática de desporto.

2. Ambos dedicam todo o seu tempo a uma única actividade: o computador e a televisão, respectivamente.

um verbo por dia

a.b.c.d.

TAET

ÍLSE

TUCC

UNUL

LOSA

OSOS

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Page 27: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 99

ACETATO 7

1. e 2. eu tenho ➔ presente do modo indicativo;

tu tiveste ➔ pretérito perfeito do modo indicativo;

ele tem ➔ presente do modo indicativo;

nós tínhamos ➔ pretérito imperfeito do modo indicativo.

vós tivestes ➔ pretérito perfeito do modo indicativo;

eles têm ➔ presente do modo indicativo;

Observação:Por serem erros comuns, será importante chamar a atenção para a distinção entre a 3.a pessoa do singular e do plural do presente do indicativo (tem / têm)e para a 2.a pessoa do singular e do plural do pretérito perfeito (tiveste / tivestes).Em relação ao primeiro caso, poderão ser registados exemplos dos verbos derivados de ter:

ele mantém* ➔ eles mantêm

ele contém* ➔ eles contêm

ele detém* ➔ eles detêm

ele retém* ➔ eles retêm

ele obtém* ➔ eles obtêm…Relativamente ao segundo caso, outros exemplos (das três conjugações) poderão ser registados:

tu comeste ➔ vós comestes (e nunca: tu comestes)

tu andaste ➔ vós andastes

tu foste ➔ vós fostes…*De acordo com as regras da acentuação das palavras agudas, acentuam-se os dissílabos e os polissílabos terminados em -em ou -ens (ninguém,armazéns).

Pág. 100Antes de Lera. Palavra intrusa: “Não percebi grande coisa, mas senti-me tão feliz que passei a jogar como se não estivesse sozinho em campo.” [linhas 28-29]

Págs. 101 a 103

LER ❦ COMPREENDER

2. A utilização da primeira pessoa do singular no pronome pessoal “Eu” e na forma verbal “sei”.

3.1. Um jogo de futebol.

3.2. Era a primeira vez que ele ia jogar com a sua equipa: “(…) é a minha estreia na nossa equipa.” [linha 8]

3.3. Linhas 1 a 13 ➔ véspera do jogo: o narrador anuncia que “amanhã” [linha 8] é a sua estreia na equipa. Refere ainda o que fez o pai “Antes de ir paraa cama” [linha 11].

Linhas 14 até ao fim ➔ dia do jogo: o narrador explica como passou “Esta noite” [linha 14] e o que aconteceu durante o jogo.

4.1. “Não posso correr o risco de ver no campo a família toda!” [linha 13]

um verbo por dia

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 7

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VICIADA EM TELEVISÃO

Sergio Salma, Nathalie – Tu te fiches du monde!, Ed. Casterman, 2001

?

DIVERTE-TE!

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Page 28: Guia do professor  na ponta da língua

5.1.

6.1. É uma frase exclamativa.6.2. Satisfação, alegria, prazer6.3. A frase exclamativa é mais adequada para a expressão de sentimentos.

Observação:Poderá chamar-se a atenção dos alunos para o uso de frases de diferentes tipos como um recurso expressivo. Há mais dois exemplos no texto de fra-ses não declarativas: frase exclamativa ➔ “Não posso correr o risco de ver no campo a família toda!” [linha 13]; frase interrogativa ➔ “E então queserá quando eu me casar?” [linha 21]

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.

2.1.

ESCREVER

Eis algumas sugestões de palavras a introduzir no saco:

Pág. 104

1. O cadeirão casou com a cadeirinha.Nasceu o banco. E o banco disse:– Não quero ser cadeirão, não quero ser cadeirinha. Toda a minha intenção é ser banco de cozinha.Adeus ó pai cadeirãoAdeus ó mãe cadeirinha.

2. A ambição cerra o coração.

1. a. traziab. trouxerc. trarãod. tragam

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

trovãosapatobalãoluzlâmpadamesachapéuóculosborrachalápis

semprealémaquinunca

Compl. circ.de lugar

XX

X

Compl. circ.de tempo

X

ontemlongamenteali

Lugar

X

TempoX

Modo

X

muitonão

Quantidade/Intensidade

X

Afirmação Negação

Xsim X

Título Parágrafo(s)Uma noite mal passada 6.o

Consequências do treino 2.o

O equipamento 3.o

Opinião 12.o

Treino intensivo 1.o

Descrição e resultado do jogo 8.o, 9.o, 10.o e 11.o

Reflexões 7.o

Atitude da família perante o jogo 4.o e 5.o

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Page 29: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 105Antes de Lera. Excertos retirados:• “(...) de corpo comprido, com barbicha penteada, patas altas e fininhas, e olhos cor de carvão.”• “(...) morava uma velha casa. Toda vestida de musgo e apertada com laçarotes de hera. Ao lado, uma borboleta gigante esperava com impaciên-cia um sol muito gordo que ainda dormia atrás da serra. Um coelho de orelhas um bocado exageradas comia uma cenoura lilás.”

Págs. 106 e 107

LER ❦ COMPREENDER

1.

a. O Pedro desenhava sempre uma cabra. (ver 1.o parágrafo)

b. Ele não sabia muito bem o motivo por que fazia esses desenhos. (Interrogado sobre o porquê daquele desenho, ele respondeu “– Sei lá…” e “enco-lheu os ombros”. Adianta, no entanto, uma hipótese de justificação: “(…) gosto muito desses bichos!”c. A professora motivou-o para fazer um desenho diferente. (Ela tenta convencê-lo a experimentar um novo desenho.)

d. O Pedro fez outro trabalho lentamente. (“E ali ficou tempos e tempos (…)”; “Finalmente acabou.”)e. Ele desenhou uma paisagem campestre. (Observe-se o desenho.)

f. A professora elogiou o seu trabalho. (São vários os elogios que a professora lhe dirige.)

g. Ele não abandonou o seu tema favorito. (Ainda que não esteja visível, a cabra está presente – “A cabra está dentro da casa a dormir…”)

ESCREVER

1. g. Ver os excertos retirados no guia do professor da página 105.

LER MAIS | FALAR

1. Título do poema: Ovelha.

2. a.

1.a. quisb. quiseresc. quisessem

Págs. 108 e 109Conteúdos testados nesta ficha:Funcionamento da língua:

• pontuação;

• funções sintácticas;

• classes de palavras: nome, determinante, pronome, verbo, advérbio, interjeição;

• verbo: conjugação; verbos regulares e irregulares;

• diálogo: pontuação; verbos introdutores;

• tipos de frase;

• palavras homófonas.

1.1. a. A vírgula separa o nome (Calvin) que o pai utilizou para chamar o filho (vocativo).

1.2. a. sujeito ➔ eu e o Hobbes; predicado ➔ andamos a apanhar pirilampos; complemento directo ➔ pirilampos.b. Exemplo: Eu e o Hobbes andamos a apanhar pirilampos, lá fora / no jardim.

1.3. eu ➔ pronome pessoal; o ➔ determinante artigo definido; pirilampos ➔ nome comum; mais ➔ advérbio de quantidade; Ah! ➔ interjeição; não ➔ advérbiode negação; querias ➔ forma do verbo “querer”; agora ➔ advérbio de tempo; é ➔ forma do verbo “ser”.

um verbo por dia

3 5

412

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Page 30: Guia do professor  na ponta da língua

1.4.

*Irregularidade verbal e discordância gráficaÉ necessário não confundir irregularidade verbal com certas discordâncias gráficas que aparecem em formas do mesmo verbo e que visam apenasindicar-lhes a uniformidade de pronúncia dentro das convenções do nosso sistema de escrita. Assim:a) os verbos da 1.a conjugação cujos radicais terminem em -c, -ç e -g mudam estas letras, respectivamente, em -qu, -c e -gu sempre que se lhes sigaum -e:ficar ➔ fiqueijustiçar ➔ justiceichegar ➔ chegueib) os verbos da 2.a e da 3.a conjugação cujos radicais terminem em -c, -g e -gu mudam tais letras, respectivamente, em -ç, -j e -g sempre que se lhes segueum -o ou um -a:vencer ➔ venço ➔ vençatanger ➔ tanjo ➔ tanjaerguer ➔ ergo ➔ ergarestringir ➔ restrinjo ➔ restrinjaextinguir ➔ extingo ➔ extinga

São, como vemos, simples acomodações gráficas, que não implicam irregularidade do verbo.”Celso Cunha e Lindley Cintra, in ob. cit., págs. 411-412

1.5. Exemplo:– Mas eu e o Hobbes andamos a apanhar pirilampos. Podemos ficar só mais um bocadinho? – pediu / suplicou Calvin.– Ah! Primeiro não querias sair, agora não queres entrar! – exclamou o pai. – Como é?!

2. a. imperativa;b. há quatro frases interrogativas;c. um nome;d. homófonas;e. uma interrupção;f. são irregulares, à excepção de gostar.

Pág. 112Sugestão de exploração do separador da Unidade 5 [págs. 110-111]

Conheces as histórias?

1 – Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol2 – Gulliver, de Jonathan Swift3 – As Aventuras de Robinson Crusoe, de Daniel Defoe4 – A Volta ao Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne 5 – E.T., de Steven Spielberg (filme)6 – O Livro da Selva, de Rudyard Kipling7 – Tintim – Rumo à Lua, de Hergé (B.D.)8 – Harry Potter, de J. K. Rowling9 – Moby Dick, de Herman Melville

Págs. 114 a 116

LER ❦ COMPREENDER

1.1. A frase termina com um ponto de interrogação combinado com um ponto de exclamação.

“Nas perguntas que denotam surpresa, ou naquelas que não têm endereço nem resposta, empregam-se por vezes combinados o ponto de interro-gação e o ponto de exclamação. (…) Quando a entoação é predominantemente interrogativa, o ponto de interrogação antecede o de exclamação [?!];quando é mais sensível o tom exclamativo, o de exclamação precede o de interrogação [!?].”

(Celso Cunha e Lindley Cintra, in ob. cit.)

1.2. Deduz-se que o Vítor esteve em cima de um pessegueiro a observar um ninho de pintassilgo.

2. A mãe julgou que o Vítor poderia estar a pensar em destruir o ninho.

3. “Vítor comeu um prato de sopa sem dar por isso. O seu pensamento voava.” [linhas 20-21]; “Tão absorto estava que teve um estremeção ao ouvir denovo a voz da mãe (…)” [linhas 26-27].

apanhar 1.a X Infinitivopodemos 2.a X Pres. do ind., 1.a pes. pl.ficar* 1.a X Infinitivoquerias 2.a X Pret. imp. do ind., 2.a pes. sing.sair 3.a X Infinitivoqueres 2.a X Pres. do ind., 2.a pes. sing.entrar 1.a X Infinitivoé 2.a X Pres. do ind., 3.a pes. sing.

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Page 31: Guia do professor  na ponta da língua

4. ansioso; curioso; excitado.

5.1. determinado / decidido / resoluto / impaciente

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1. É uma forma composta.

1.2. verbo principal: andarverbo auxiliar: tertempo: pretérito perfeito compostomodo: indicativo

2.1. deu / sonhou: pretérito perfeito simples do indicativo, na 3.a pessoa do singular.tinham nascido / tinham crescido / [tinham] abandonado: pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo, na 3.a pessoa do plural.poder / ver / apalpar: infinitivo.

LER MAIS | OUVIR ❦ FALAR

1.1. a. Este caçador, em vez de disparar tiros de espingarda para matar as aves, dispara a sua máquina fotográfica. Assim, em vez de levar aves mor-tas para casa, leva apenas a imagem das aves vivas.

b. Tal como Vítor, este “caçador de imagens” gosta de observar os pássaros e é incapaz de lhes fazer mal.

2. Algumas semelhanças:• o primeiro verso – Sei um ninho – e a primeira frase de Vítor – Eu sei dum ninho de pintassilgo!;• tanto o Vítor como o sujeito poético descobriram um ninho com ovos e estão dispostos a esperar pelos pássaros que hão-de nascer;• nenhum quer fazer mal aos pássaros.

1. As palavras deverão ser colocadas de tal maneira que cada substantivo fica acompanhado de dois adjectivos (um antes e outro depois):

quente ninho ➔ fofo

fofo pássaro ➔ veloz

veloz viatura ➔ pequena

brilhante estrela ➔ pequena

quente sol ➔ brilhante

1.

a. peçam

b. peço-lhe

c. peçamos

Observação:“Conjugam-se por pedir, embora dele não sejam derivados, os verbos despedir, expedir e impedir, bem como os que destes se formam: desimpedir,reexpedir, etc.”

Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 437

Pág. 117Antes de Ler

Observação:Em alternativa, poderá ser adoptada a seguinte metodologia de trabalho:a. Leitura dos textos e discussão das soluções em pequenos grupos (cinco ou seis).b. Eleição de um porta-voz por grupo para apresentação e defesa das soluções propostas.

Solução:

“Roubo no ringue de patinagem”: O Francisco diz que ouviu um ruído vindo do escritório à prova de som quando estava na sala principal, com a músi-ca barulhenta.

um verbo por dia

ninho fofo pássaro veloz

sol

qu

ente

brilhante estrela pequena

via

tura

DIVERTE-TE!

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Page 32: Guia do professor  na ponta da língua

ACETATO 8

Sugere-se a projecção deste acetato que contém mais um conto policial em banda desenhada. Neste caso, para a solução do enigma, exige-se aten-ção aos pormenores da ilustração.

Solução:Se os vidros da janela tivessem sido partidos do exterior, os cacos estariam dentro do laboratório. Como estavam fora, só poderiam ter sido quebra-

dos de dentro. Foi Pintarroxo que o fez, para simular o assalto.

Págs. 118 e 119“Característica denunciadora”: O Sr. Cabeçadetambor levou uma pancada por trás, no lado esquerdo da cabeça, por isso é provável que o ladrão fossecanhoto (ou esquerdino, isto é, que trabalha melhor com a mão esquerda). Se os dois homens formavam uma imagem simétrica enquanto escreviam, um delesé o ladrão canhoto e o outro é um dextro (isto é, que trabalha melhor com a mão direita) inocente.

OUVIR ❦ FALAR

Texto gravado:

Amor fraternal

O Tomás e o Pedro Moeda eram dois irmãos extremamente ricos. O Tomás desaparecera havia dois dias e o Dr. Resolvetudo estava em casa deles afalar com o Pedro.

– Quando foi a última vez que viu o seu irmão? – perguntou o Dr. Resolvetudo.

– Na tarde de sábado, por volta das duas. Uma mulher alta e loira veio cá buscá-lo. Presumo que tivessem um encontro marcado. Foram-se embo-ra no carro dela e não vejo o Tomás desde aí – explicou o Pedro.

Nesse momento, tocou o telefone e o Pedro atendeu-o.

– É para si – disse, passando o telefone ao Dr. Resolvetudo.

– Fala J. L. Resolvetudo – disse para o telefone.

– Dr. Resolvetudo – foi a resposta –, aqui fala o agente Daniel. Encontrámos o corpo do Tomás Moeda na casa que ele tinha na Lagoa Azul. Foi mortoa tiro.

– Há algumas pistas, agente Daniel? – perguntou o Dr. Resolvetudo.

– Não. Ainda andamos à procura.

– Se encontrarem alguma coisa, informem-me imediatamente. Adeus.

– O que se passa? – perguntou o Pedro Moeda quando o detective desligou o telefone e se virou para ele.

– Receio ter más notícias. O seu irmão foi encontrado. Está morto – disse o Dr. Resolvetudo.

– Oh, não! – exclamou o Pedro.

– Onde estava na noite de sábado, Pedro?

– Aqui mesmo! Não pode suspeitar de mim! Não estive nem perto da casa da Lagoa! – gritou o Pedro.

– Eu acho que esteve – afirmou o Dr. Resolvetudo calmamente.

Por que razão o Dr. Resolvetudo suspeita do Pedro?Jim Sukach, Puzzles Policiais, trad. de Joana Rosa, 1.a ed., Ed. Replicação, 2001 (adaptado)

Solução: O Pedro sabia que o corpo do Tomás fora encontrado na casa da Lagoa sem ninguém lho ter dito.

1. Solução do enigma:As primeiras cinco raparigas tiraram uma maçã cada uma. A sexta rapariga levou o cesto, incluindo a maçã que lá estava.

1. a. coube (pret. perf. composto ➔ pret. perf. simples)b. coubera (pret. mais-que-perf. composto ➔ pret. mais-que-perf. simples)

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 8

90732

O MISTÉRIO DA FÓRMULA SECRETA

O que levou o cabo Lince a desconfiar de Carlos Pintarroxo?

Adaptação de conto publicado em Visão Júnior, n.° 6, 2004

A Vivenda dosCarvalhos foi assaltada!

Roubaram os planos secretos! Venham

depressa!

Sou CarlosPintarroxo, assistente do

professor Rouxinol. Estamosquase a conseguir um combus-

tível barato que dispensaráo uso da gasolina.

Conte-me, então,por favor, como se deu

o roubo.

Estava atrabalhar a fórmula de

costas para a janela. Ouvi umgrande barulho de vidros a parti-rem-se e, de seguida, levei umapancada na cabeça. Quandoacordei, os planos tinham

desaparecido.

Acho que osenhor entregou a

fórmula a agentes rivaise inventou o assalto paraninguém desconfiar de si

quando o combustívelaparecer noutras

mãos.

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Page 33: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 122

LER ❦ COMPREENDER

1. Ele é o narrador e a personagem principal.

2. “Estava preso pelos cabelos, que nesse tempo se usavam muito compridos (…)” [linhas 6-7]. A expressão “nesse tempo” revela um distanciamentotemporal entre o momento da narração e a ocorrência dos factos.

3. “criaturinha / criaturinhas” [linhas 16 e 29]; “homenzinho” [linha 17]; “sujeitinhos” [linha 24]

3.1. A utilização dos diminutivos reforça a ideia da estatura anormalmente pequena dos habitantes do país onde Gulliver se encontra.

Observação:A utilização de sufixos diminutivos está presente noutras palavras: cordelinhos [linha 8]; gritinhos [linha 30]; [homens] pequeninos [linha 37]; martelinhos [linha 49]

4.1. Alguns exemplos:

a. a descrição de sentimentos: “Que aflição!” [linha 12]; “(…) surgiu a meus olhos espantados (…)”[linhas 15-16]; “Assustei-me (…)” [linha 23]; “Vi – sur-preendidíssimo (…)” [linha 54];

b. a revelação dos seus pensamentos [linhas 3, 33 e 42];

c. a introdução de comentários /explicações/confidências: “(…) que nesse tempo se usavam muito compridos (…)” [linha 6]; “– imagine-se! –” [linha 17];“(…) confesso (…)” [linha 23]; “Iludia-me!” [linha 46];

d. o uso de frases de diferentes tipos: frases exclamativas ➔ linhas 11, 12, 17, 46 e 56; frase interrogativa ➔ linha 54

5. Exemplos:

1.o § – Um despertar surpreendente / Estarei a sonhar? / Que estranha criatura!

2.o § – Que susto! / Susto mútuo

3.o § – O ataque / Reacção do inimigo

4.o § – Nova estratégia / Que irá passar-se?

5.o § – Solução do mistério / Preparação do diálogo

Pág. 123

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1. voltaram ➔ pretérito perfeito do indicativo. Este tempo denota uma acção completamente concluída.conseguira ➔ pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Este tempo indica uma acção que ocorreu antes de outra acção já passada.prendiam ➔ pretérito imperfeito do indicativo. Este tempo encerra uma ideia de continuidade.

Sobre o emprego dos diferentes tempos do passado, leia-se:“O pretérito imperfeito exprime a acção durativa, e não a limita no tempo [os fios prendiam Gulliver durante o tempo em que foram ocorrendo os outrosfactos]; o pretérito perfeito, ao contrário, indica a acção momentânea, definida no tempo [as criaturas voltaram num momento perfeitamente definido] (…) Opretérito mais-que-perfeito indica uma acção que ocorreu antes de outra acção já passada [neste caso, o narrador conseguira libertar-se um pouco antes de oshomenzinhos terem voltado].

Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 455

1.2. tinha conseguido: mais-que-perfeito composto do indicativo

1. Provérbio escondido: Enquanto há vida há esperança.

1. parto ➔ rio ➔ sorriopartes ➔ ris ➔ sorrisparte ➔ ri ➔ sorripartimos ➔ rimos ➔ sorrimospartis ➔ rides ➔ sorridespartem ➔ riem ➔ sorriem

Apenas a primeira pessoa do plural é uma forma regular: rimos / sorrimos.

Pág. 124Antes de LerFrase intrusa: Nesse momento, reparou que as ondas do mar se agitaram. [linha 33]

(A referência ao mar não faz sentido, uma vez que a personagem se encontrava na clareira de uma floresta.)

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

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Page 34: Guia do professor  na ponta da língua

Págs. 126 e 127

LER ❦ COMPREENDER | ESCREVER

1. Um resumo possível:Alfredo viu dois seres minúsculos e verdes, na floresta, quando se afastou do grupo de professoras e colegas com quem fora fazer um piquenique.Imediatamente, perseguiu as criaturas e apanhou uma delas, guardando-a num bolso. Procurou, então, regressar ao parque dos piqueniques, mas tevede pedir ajuda a um guarda-florestal, pois estava perdido.

Observação:Este trabalho poderá ser realizado em pares ou em pequenos grupos, o que limitará o número de trabalhos a ler e a comentar.No final, os alunos poderão escolher o melhor resumo e registá-lo nos cadernos diários.No Caderno do Professor, apresentamos alguns textos para esquematizar e para resumir.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1. São exemplos de conjugação pronominal porque em todos os casos o verbo está conjugado com um pronome.

1.2. as = as criaturinhas

1.3. Estendeu as mãos para agarrá-las, mas elas já corriam pela caruma.

1.4. • na forma negativa: não as perseguiu;• no futuro do indicativo: persegui-las-á;• no condicional: persegui-las-ia.

1. Na escola, o professor pede ao Quim:– Dá-me um exemplo de injustiça.Quim pensa um pouco e depois exclama:– Quando… o meu pai se engana nos trabalhos de casa, e depois o professor me culpa a mim!

Um estudante desabafa:– Não tenho nada, mesmo nada! Nem sequer um cêntimo… Até já escrevi ao meu pai a dizer-lhe que estou no meio da rua.– E ele que te respondeu?– Que tivesse cuidado com o trânsito.

Págs. 128 e 129Conteúdos testados nesta ficha:

Funcionamento da língua:• formação de palavras;• verbo: conjugação pronominal; tempos simples e compostos; verbos irregulares.

1.1.1. Porque naquele país tudo era/funcionava ao contrário (o prefixo des- indica “acção contrária”).

1.2.1. O prefixo des-.

1.2.2. Palavras derivadas por prefixação.

2. a. desmaiar ➔ todas as outras são formadas com o prefixo des-.

b. inteiro ➔ todas as outras são formadas com o prefixo in-.

3. era ➔ pretérito imperfeito do indicativofoi ➔ pretérito perfeito do indicativoparar ➔ infinitivoé ➔ presente do indicativoperguntou ➔ pretérito perfeito do indicativorefrescava ➔ pretérito imperfeito do indicativo

1. p1.

e r c oe

2. p e r c a m o sd

3. p e r d e r i a

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

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Page 35: Guia do professor  na ponta da língua

4.1. A forma verbal sublinhada está conjugada pronominalmente porque está acompanhada de um pronome.

4.2. o = o canivete

4.3. O cidadão tirará do bolso um canivete e mostrá-lo-á.

5. manejá-lo e desfaz-se.

6.

a. Eu encomendei-o através da Internet.

b. Ele fá-la-á no Verão.

c. O professor pediu-lhes os cadernos.

d. Eles ganharam-na nos jogos olímpicos.

e. O pai ofereceu-lho.

7. formas simples ➔ encontrou (pretérito perfeito simples do indicativo); sabia (pretérito imperfeito do indicativo);forma composta ➔ tinha visto (pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo).

7.1. tinha visto = vira (pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo)

8.

a. perco

b. peças

c. coube

d. ris

Pág. 132Antes de Lera. e b. Apenas Terramoto provocou centenas de mortos na Índia poderia ser o título de uma notícia, visto relatar um acontecimento actual, do inte-resse de grande número de pessoas. As outras frases não poderiam ser títulos de notícias pelas seguintes razões:

• Hoje, 25 de Dezembro, as famílias comemoram o Natal. ➔ Este facto ocorre, invariavelmente, todos os anos, não sendo, portanto, motivo de notícia.

• Criança cai no recreio e parte uma perna. ➔ O público a quem esta “notícia” poderia interessar é muito limitado. Além disso, o facto narrado é vulgar.

• Avião despenhou-se com 153 passageiros, no ano passado. ➔ Este facto perdeu actualidade, uma vez que se refere a algo ocorrido há um ano.

Eis uma definição de notícia:

A notícia é uma narrativa curta, oral ou escrita, de um acontecimento actual e com interesse geral. A notícia contém sempre uma novidade. O que serepete com normalidade não é objecto de notícia.

Pág. 134

LER ❦ COMPREENDER

1. Ver definição de notícia, na página 132.

3. Sobre o emprego dos parênteses, leia-se a seguinte informação:

“1. Empregam-se os parênteses para intercalar num texto qualquer indicação acessória. Seja, por exemplo:

a) uma explicação dada ou uma circunstância mencionada incidentemente:Conseguia controlar a bola que me passavam (quando passavam) jogando em geral (quando deixavam) na ponta direita, por ser pequenino mas veloz.

(Fernando Sabino)

b) uma reflexão, um comentário à margem do que se afirma:Mais uma vez (tinha consciência disso) decidia o seu destino.

(António Alcântara Machado)

c) uma nota emocional expressa geralmente em forma exclamativa ou interrogativa:

Mais nada. Boas-Noites. Fecha a porta:(Que linda noite! os cravos vão abrir…Faz tanto frio!) Apaga a luz! (Que importa?A roupa chega para me cobrir…)

Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo,Sá da Costa Ed. (pág. 660)

4. O objectivo desta actividade é treinar a capacidade de argumentar. O aluno deverá ser capaz de contestar a afirmação apresentada. Com efeito, ahistória prova que um acontecimento aparentemente banal e sem importância vai dar origem a uma série de outros acontecimentos mais ou menosimportantes. Isto é: para que haja lugar a um grande acontecimento, vários outros factos têm de ocorrer. Aquela afirmação só seria verdadeira seacrescentássemos algumas palavras: Esta história mostra que, para os jornais, nem todos os acontecimentos têm importância.

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Page 36: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 135

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. FOLHA DE PLÁTANO

CAIU DA ÁRVORE1.1. da = de (preposição) + a (determinante artigo definido)

2. Caiu da/de uma/duma árvore, no princípio do Outono, uma folha de plátano.

3. a. O motorista conduzia um autocarro sem passageiros.b. O Paulo lutou contra mim.c. A mãe pousou a caixa sobre a cama.

ESCREVER

1.1. Exemplos:– um dos alunos desapareceu no mar;– os alunos descobriram algo importante enterrado na areia;– no regresso, a camioneta teve um acidente.

Observação:A construção colectiva do texto poderá ser mais produtiva, permitindo chamar a atenção para alguns aspectos importantes na redacção de uma notí-cia, designadamente os dois seguintes:

a. Colocar logo no primeiro parágrafo a informação mais importante, procurando responder às perguntas: Quem? [fez] o quê? Quando? Onde? (nãoobrigatoriamente por esta ordem).

b. Escolher um título curto e apelativo.

Pág. 136

LER MAIS

1. Numeração dos parágrafos:

1. É a letra P: PREPARAR; PREGAR; PODRE; PENTE; PESCADA; PRESIDENTE; PREFERÊNCIA; PORCA; PRATO

1. meça ➔ presente do conjuntivo, 1.a pessoa do singular;mede-lo [= medes tu o comprimento] ➔ presente do indicativo, 2.a pessoa do singular.

Pág. 137Antes de Lera. Algumas palavras: guerra, soldado, explosão, ruído, arma, lutar, rebentar, estoirar (ou estourar), ferido, sangue, ataque, inimigo, avião, incendiar,fumo, destruição, fuga, mina, tristeza, ódio, lágrimas, luto, Carnaval…

Observação:Embora o Programa não mencione a noção de campo lexical, parece-nos útil este exercício como forma de alargar o vocabulário dos alunos.

Págs. 138 e 139

LER ❦ COMPREENDER

1.1. Estava-lhe reservada a missão de explodir / de fazer a guerra.

1.2. A bomba não encontrou nenhum lugar onde pudesse explodir sem causar mortes ou estragos.

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Page 37: Guia do professor  na ponta da língua

2. Ela tentou transformar-se em bomba de bicicleta, de gasolina e de apagar incêndios, mas todos se afastavam dela, porque a receavam.

2.1. “fugir a sete pés”: fugir a grande velocidade.

2.2. “as bicicletas fugiam dela a duas rodas” [linha 21]; “os automóveis fugiam dela a quatro rodas” [linha 23].

3. Foi trabalhar com uma bomba de fogo-de-artifício e rebentou num arraial de S. João.

4.Uma bomba procurava um sítio para explodir.Foi para:a cidade, mas não queria matar pessoas;o campo, mas não queria incendiar searas e florestas;a montanha, mas havia rebanhos e animais selvagens;o mar, mas havia peixes;o ar, mas havia pássaros, morcegos e aviões.

Entãoquis ser bomba:de bicicleta; de gasolina; de apagar incêndios,

mastodos fugiam dela / ninguém a queria.Finalmenteencontrou emprego: foi trabalhar com uma bomba de fogo-de-artifício.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1. Trata-se de uma frase complexa, porque possui mais do que um verbo ou locução verbal: decidiu ir; havia.

1.2. A bomba decidiu ir para o mar, mas no mar havia peixes.

conjunção

2.a. O comandante ordenou à bomba que fosse fazer a guerra.

b. A bomba era pacífica, por isso não apreciava a guerra.

c. Ela queria outros empregos, mas todos fugiam dela.

d. A bomba de fogo-de-artifício aceitou-a, porque precisava de pólvora.

e. Quando a bomba estoirou no arraial, a paz e a alegria brilharam em todos os olhos.Ou:A paz e a alegria brilharam em todos os olhos, quando a bomba estoi rou no arraial.

Pág. 140

LER MAIS | ESCREVER

1. Em ambos os cartoons se aborda o problema da guerra, da violência.

3. Exemplos:• Socorro! Tragam-me a paz!• Quando é que noticiam a paz?

2.Presente do indicativo[eu] destruo[tu] destruis ou destróis[ele] destrui ou destrói[nós] destruímos[vós] destruís[eles] destruem ou destroem

Págs. 144 e 145LER ❦ COMPREENDER

1.1. A ➔ linhas 1 a 7;

B ➔ linhas 8 a 33;

C ➔ linhas 34 a 83.

um verbo por dia

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Page 38: Guia do professor  na ponta da língua

1.2.

1.3. B – C – A1.4. “Tudo tinha começado pelo menos um mês antes.” [linha 8]

2. Foi Ulderico Pançudo. Pançudo significa que tem uma grande barriga, que é gordo. Ora, Ulderico era “um senhor muito luzidio, de pernas curtas, doisduplos queixos e três barrigas” [linhas 29-30]; era “um homem muito baixinho e muito gordo” [linhas 40-41].

3. Argumentos:• durante muitos anos, o Homem foi oprimido pela Natureza;• os mosquitos mordem;• o pólen das flores provoca alergias;• os pássaros fazem alarido e acordam o Homem;• o mundo seria melhor sem ratos, aranhas, abelhas, vespas e pombos;• o Homem é o único imperador do mundo;• tudo o que existe é fruto da sua inteligência e grandeza;• o mundo deve ser transformado à imagem e semelhança do Homem;• o cosmos deve ser limpo e desinfectado como as casas de banho e as cozinhas.

4. A comparação: “Os portões do parque cederam como manteiga sob as lagartas dos bulldozers.” [linhas 81-82]

5. Foram utilizadas frases interrogativas – todas as frases dos quatro primeiros parágrafos – que traduzem as dúvidas que Rick se terá colocado a si próprioquando se viu naquele quarto.

LER MAIS | FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.

Papagaio leva casal deixar fumar

Como donos, Kevin Barclay e Sharon Wood deixaram o vício de 50 cigarros dia em prol da boa saúde do seu animal estima-

ção. O papagaio J. J. apresentava problemas , pelo que o Glen Cousquer aconselhou o casal britânico a fazer

tudo o que para o ambiente em volta do pássaro.

“Penso que devo ter assustado os donos do papagaio, quando os voltei a ver eles já numa clínica deixar de

fumar e estavam determinados a cortar o vício. Em semanas pararam de fumar”, o veterinário à Reuters.

Pág. 146

1.1. A galinha da vizinha é mais gorda do que a minha.A pequeno passarinho, pequeno ninho.Aldeã é a galinha e vai à mesa da rainha.Animal de bico não faz patrão rico.Ano de abelhas, ano de ovelhas.Ao gato por ser ladrão não o tires da tua mansão.Ao luar de Janeiro, vê-se a raposa no outeiro.As moscas apanham-se com mel e não com fel.Asno com fome, cardos come.

1. Presente do indicativo Presente do conjuntivo[eu] valho [que eu] valha[tu] vales [que tu] valhas[ele] vale [que ele] valha[nós] valemos [que nós] valhamos[vós] valeis [que vós] valhais[eles] valem [que eles] valham

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

afirmoucincocom

paratinham entradoporque

melhorarpudesse

veterináriorespiratóriossérios

deporbons

dea

CBABCCBCBA

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Page 39: Guia do professor  na ponta da língua

Observação:Conjugam-se como valer os verbos: desvaler e equivaler.

Págs. 147 e 148Antes de Lera.• têm a cor resultante da combinação do azul com o amarelo;• não está madura;• inexperiente;• vegetação;• ecologistas;• variedade de vinho.

b. Que viva o Verde! = vegetação

Monossemia e polissemia

A acepção semântica de cada unidade lexical só se determina, em geral, no contexto da enunciação. Por exemplo, o vocábulo pato tem um significadodiferente em

Gosto de pato no forno.O pato tem penas.Esse pato voltou a cair no conto do vigário.

O mesmo se diga do vocábulo cabeça, que, sofrendo até mudança de género gramatical, pode significar

• a ‘parte superior do corpo humano’: O chapéu usa-se na cabeça.• ‘inteligência’: De facto, o teu filho tem boa cabeça.• ‘juízo’: Nunca mais ganhas cabeça!• ‘ponto extremo’: Portugal é a cabeça da Europa.• ‘chefe’: O cabeça da quadrilha foi apanhado.• ‘controlo’: O director perdeu a cabeça.• ‘frente’: O camisola-amarela vai à cabeça dos classificados.

Estamos perante casos de polissemia [<poli- ‘muitos’ e sema ‘sinal’], que é a faculdade de certas unidades léxicas deterem vários significados rela-cionados entre si, segundo o contexto.

No entanto, vocábulos há que são monossémicos, pois apresentam uma única significação, como acontece com muitos dos termos específicos daárea científica e técnica enquanto não são assimilados pelo falar comum (genoma, fenótipo, ano-luz, linguística, dodecaedro, currículo, saprófita…),ao contrário dos que dele provieram e de que são exemplo rato [do computador], bateria [de exemplos], complexo [psiquiátrico], signo [linguístico],flora [intestinal], raiz / coroa [do dente].

José de Almeida Moura, Gramática do Português Actual, Lisboa Ed., 2003, pág. 178

Pág. 149

LER ❦ COMPREENDER

1.1. O Verde [= vegetação] aparece personificado. A palavra Verde é, pois, um nome próprio.1.2. Tinha uma vida tranquila, que apreciava: os miúdos e os cães andavam em cima dele e o Verde divertia-se.1.3. Foram uns homens que anunciaram que iriam construir prédios de vinte andares em cima do Verde.

2.

3. O empreiteiro resolveu ir embora (“– Se calhar é melhor não fazermos mais ondas. Deixa isso esfriar para ficarmos bem vistos.”) [linhas 45-46]

4. A presença da televisão fez com que o empreiteiro receasse ficar mal visto.

5. Introdução: linhas 1 a 12; desenvolvimento: linhas 13 a 53; conclusão: linhas 54 a 58.

5.1.A

O esquema A representa as três partes da narrativa: a primeira linha recta representa a situação inicial; a linha curva corresponde às peripécias quevão alterar a situação inicial; a última linha recta representa a conclusão, em que vai ser reposta a situação inicial.

um cachorro

a canzoada

os miúdos

os pais, os irmãose uns amigos

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Page 40: Guia do professor  na ponta da língua

Págs. 150 e 151

OUVIR ❦ FALAR | ESCREVER

2.ACETATO 9

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. Ex.:nome ➔ construção, prédio, andares, canzoada, Verde, pedreiros, cãesdeterminante ➔ a, um, vinte, a, o, os, tantosadjectivo ➔ furiosospronome ➔ alguém, elesverbo ➔ anunciou, ocupou, deitaram, fugir, contavam, veradvérbio ➔ não, alipreposição ➔ de, de, aconjunção ➔ mas, einterjeição ➔ ai!, ai!1.1. É uma onomatopeia; pretende imitar o ladrar dos cães.

2. • àquela: o acento grave assinala a contracção da preposição a com o determinante demonstrativo aquela [= a + aquela]• à: o acento grave assinala a contracção da preposição a com o determinante artigo definido a [= a + a]

“O acento grave é empregado para indicar a crase da preposição a com a forma feminina do artigo (a, as) e com os pronomes demonstrativos a(s),aquele(s), aquela(s), aquilo:

à àquele(s) às àquela(s) àquilo”

Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 64

3. a. sujeito ➔ Os miúdos

predicado ➔ brincavamcompl. circ. de lugar ➔ por cima do Verde

b. sujeito ➔ Os cãespredicado ➔ escavavam o Verdecompl. directo ➔ o Verde

4. Exemplo:A canzoada ladrou aos homens, naquele dia.

1.➔ hoje➔ homem➔ hora➔ hospital➔ horário

1.a. creio ➔ presente do indicativob. Crê ➔ imperativoc. crê ➔ presente do indicativod. creias ➔ presente do conjuntivoe. crêem ➔ presente do indicativo

Observação:Conjugam-se como crer e ler os derivados destes verbos: descrer, reler, etc.

um verbo por dia

DIVERTE-TE!

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 9

90732

ESCRAVO DA TV

Bill Watterson, Calvin & Hobbes, trad. de Helena Gubernatis, Ed. Gradiva, 1997

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Page 41: Guia do professor  na ponta da língua

Págs. 152 e 153Fiquei a saber?

Conteúdos testados nesta ficha:

Funcionamento da língua:• análise morfológica;• análise sintáctica;• preposições (simples e contraídas);• conjunções;• tempos e modos verbais;• discurso directo e discurso indirecto;• verbos irregulares (crer, valer, construir, medir).

1.1. Quem? ➔ Um grupo de pastores;O quê? ➔ encontrou uma zebra sem listras;Onde? ➔ no Parque Nacional de Nairobi, no Quénia.

1.2. Quando? ➔ em Abril de 2004. Na notícia afirma-se que a “zebra nasceu no início de Março, mas só agora é que foi descoberta”. Ora, o advérbiode tempo “agora” remete para a data da notícia (13-04-2004).

1.3. sujeito ➔ Um grupo de pastores;predicado ➔ encontrou uma zebra sem listras;complemento directo ➔ uma zebra sem listras;complementos circunstanciais de lugar ➔ no Parque Nacional de Nairobi + no Quénia.

1.4. Exemplos:• Em Abril, um grupo de pastores• Um grupo de pastores encontrou, em Abril, ...

2. zebra ➔ nome comum;sem ➔ preposição;listras ➔ nome comum;nasce ➔ forma do verbo nascer no presente do indicativo;no ➔ contracção da preposição em com o determinante artigo definido o;Quénia ➔ nome próprio.

3.1. Zebra com listras nasce no Quénia.

3.2. O nascimento de uma zebra normal (com listras) não é motivo de notícia. Com efeito, a notícia deve conter sempre uma novidade. O que se repetecom normalidade não é objecto de notícia.

4. “Paul Gathitu, guarda nesta [em + esta] área protegida, contou que os pastores, que vivem nas [em + as] fronteiras da [de + a] reserva, pensaram,quando viram o bicho todo branco, que se tratava de um bezerro que andava à [a + a] solta e avisaram as autoridades.”

5. Exemplos:a. Uns pastores estavam próximos da reserva quando avistaram um bicho todo branco.b. Eles pensaram que era um bezerro e / portanto avisaram as autoridades.c. O animal não parecia uma zebra, porque / pois não tinha listras.d. A zebra albina nasceu em Março, mas / porém só agora foi descoberta.

6.1. parece e esperamos ➔ presente do indicativo;sobreviva ➔ presente do conjuntivo.

6.2. Este responsável/o guarda disse que a cria parecia saudável e que eles esperavam que ela sobrevivesse.

6.3. parece e esperamos (presente do indicativo) ➔ parecia e esperavam (pretérito imperfeito do indicativo);sobreviva (presente do conjuntivo) ➔ sobrevivesse (pretérito imperfeito do conjuntivo).

7. a. crêemb. valha c. constroem ou construem [ver pág. 140]

d. meço

Págs. 158 a 160

LER ❦ COMPREENDER

1. O frio fê-lo pensar num lençol; a lama provocada pela chuva fê-lo pensar numa cama; as palavras cama e Leão lembraram-lhe o camaleão; a línguacomprida do camaleão, que era um bicho linguareiro, fê-lo pensar no papagaio que, para além de falar, tinha asas e lhe permitiria dormir em cima de umaárvore; a lembrança de que poderia cair da árvore fê-lo pensar que o melhor era dormir no chão.

2.1. • Rhããoo!! ➔ O tamanho da letra e o facto de a palavra aparecer “tremida” sugerem o rugido forte e assustador do leão.• Camaleão ➔ as várias cores em que a palavra aparece escrita sugerem a capacidade de aquele animal de mudar de cor conforme o ambiente. Essaexplicação surge quatro versos abaixo: Um vestido cada dia, / cada dia uma cor…• compriiiida!!! ➔ O camaleão é dotado de uma língua que se pode alongar e projectar, característica que se sugere através do movimento desenha-do e do comprimento da palavra. A repetição da letra i (compriiiida!!!) ajuda a “esticar/alongar” a palavra. Finalmente, os três pontos de exclamaçãoreforçam a ideia do pasmo que tal língua provoca.

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Page 42: Guia do professor  na ponta da língua

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3. Exemplos:a. rima ➔ andou, caminhou, cansou, deitou, repousou [versos 7 a 11]; Caracol, lençol [versos 13 e 15]

b. onomatopeia ➔ Rhããoo [versos 4 e 5]

c. comparação ➔ “Encolheu-se / como um caracol.” [versos 12-13]

d. personificação ➔ para além do Leão, há vários elementos personificados, como, por exemplo, o Sol e as Nuvens (chame-se a atenção para o uso demaiúsculas): “o Sol fechou os olhos,” [verso 17]; “as Nuvens choraram” [verso 19]

e. repetição ➔ de palavras no início ou no interior de versos: “tanto” [versos 7-8], “cada dia” [versos 37-38], “falar” [versos 42-43]; de sons: “Pingo, / pinga, / pingão,” [ver-

sos 21-23].4.1. O som ping sugere o ruído da chuva a cair. Por vezes, utiliza-se precisamente a onomatopeia ping para imitar o som de uma torneira a pingar ou osom da chuva.

ESCREVER

1. A análise do texto produzido por Calvin parece-nos importante como ponto de partida para uma discussão sobre o que é a poesia. É necessário queos alunos compreendam que a rima, sendo um recurso muitas vezes presente na poesia mas não obrigatório, não basta para se estar na presença deum poema.

1.1. Exemplos:– Mas o Sol pôs-se, o Leão adormeceu e choveu.– Mas, quando anoiteceu, o Leão adormeceu e, entretanto, choveu.

2.1. Este exercício permite chamar a atenção dos alunos para a noção de sentido próprio e figurado, como um recurso expressivo (noção a introduzirno 6.o ano, de acordo com o Programa).Há que verificar se os alunos conhecem o significado das expressões apresentadas:• os nós dos dedos ➔ as articulações das falanges dos dedos• a cana do nariz ➔ osso nasal• as costas da mão ➔ região dorsal da mão• a cova do dente ➔ alvéolo (cavidade onde se aloja a raiz do dente)• a dor de cotovelo ➔ inveja; despeito; ciúme• a voz do sangue ➔ diz-se do instinto que nos aproxima das pessoas do mesmo sangue, da família• o pneu da barriga ➔ gordura que se cria à roda da cintura• o amigo do peito ➔ amigo verdadeiro

1. Algumas rimas:

camião ➔ leão, foguetão, pião, resmungão, educação, camaleão, chão, violão, mão, aldeão, leitão, anão, campeão, cirurgião, irmão, castelão, sabi-chão, patrão, ancião, anfitrião, cidadão, alemão, algodão, agrião…

armário ➔ canário, rosário, otário, camarário, Mário, santuário, campanário, fontanário, Oceanário, Dário, dromedário, salário, diário, semanário, seminá-rio, herbário, abecedário…

mala ➔ cavala, emprestá-la, rala, cala, sala, vala, pala, regala, opala, empala, gala, estala, resvala, fala, bala, coala…

caixote ➔ capote, pequenote, pote, barrote, malote, camarote, baixote, bote, esgote, velhote, cachalote...

cama ➔ ama, fama, lama, grama, declama, dama, rama, chama, gama, quilograma, proclama, desmama, escama, acama…

matagal ➔ animal, Natal, Carnaval, sentimental, fenomenal, cardeal, bestial, especial, pinhal, roseiral, Funchal, Faial, florestal, casal, fundamental, casual, final,monumental, tal, plural, ritual…

Pág. 161Antes de Ler

a. Trata-se de uma canção de embalar. Será conveniente esclarecer os alunos de que babá é o nome dado, no Brasil, a ama de leite ou ama-seca.

b. anzóis; jardim; leão; mim.

LER ❦ COMPREENDER [pág. 162]

1. Em todas as estrofes, o segundo e o quarto verso rimam: caracóis / anzóis; cetim / jardim; algodão / leão; assim / mim.

2. As três primeiras estrofes apresentam a mesma construção, repetindo-se as seguintes palavras no primeiro e no terceiro versos:Eu queria menino

.Mas ele

.

3. É a “babá”. Veja-se o título do poema – Cantiga da babá.

4. Ela pretende pentear, calçar e vestir o menino de determinada maneira, mas não consegue, porque o menino se opõe.

5. Na última estrofe, os parênteses encerram um comentário, uma explicação para o comportamento do menino.

6. Alguns sentimentos perceptíveis: ternura, amor, condescendência.

DIVERTE-TE!

Page 43: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 162

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1.1. queria ➔ pretérito imperfeito do indicativo.1.2. Eu quis pentear o menino.

2. anjinhos; botinhas; sapinho; asinhas.2.1. O emprego do diminutivo reforça a ideia de que se trata de um menino ainda pequeno e simultaneamente é uma forma de expressar ternura, carinho.

Observação:Poderá ser oportuno identificar e registar, num quadro, os principais sufixos diminutivos:

3. caracóis ➔ caracoizinhosjardins ➔ jardinzinhosleões ➔ leõezinhos

Nos diminutivos formados com os sufixos -zinho e -zito, tanto o substantivo primitivo como o sufixo vão para o plural, desaparecendo, porém, o -s doplural do substantivo primitivo. Assim:

Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., pág. 187

4. caracol e anzol.4.1. Os nomes terminados em ol substituem no plural o l por is .

1. • caracol• flor• menino• meia

Pág. 163Antes de Lera. O objectivo da análise destes dois poemas é permitir que os alunos estabeleçam relações entre sons, disposição gráfica e sentidos. A projecção doacetato 10 (ver página 164) permitirá a visualização de outros exemplos de poesia visual.

Pág. 164

LER ❦ COMPREENDER

PPP1. e 1.1.

nomes verbos• pescador (4) • pesco (4)

• palavras (10) • parto

• pedra (2) [de arremesso]

• peco• peço

• pássaro (2)

• pífaro (3) • fico

• peixe • grito

• poema • acabo

• paz • recomeço

DIVERTE-TE!

Singular Pluralbalãozinho balõe(s) + zinhos > balõezinhospapelzinho papéi(s) + zinhos > papeizinhoscolarzinho colare(s) + zinhos > colarezinhoscãozito cãe(s) + zitos > cãezitos

Sufixo Exemplos-inho(a) pulinho, casinha-zinho(a) cãozinho, ruazinha-ino(a) pequenino, cravina-acho riacho-ucho papelucho-ebre casebre-eco(a) jornaleco, soneca-ico burrico-ela ruela, viela-elho rapazelho-ejo lugarejo-ito(a) rapazito, casita-zito(a) jardinzito, florzita-ota(e/o) velhota, velhote, casinhoto-isco chuvisco

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Page 44: Guia do professor  na ponta da língua

1.2. Interpretações possíveis:• o poema / as palavras pode(m) servir para cantar / celebrar a paz, mas também pode(m) servir para denunciar / condenar / criticar a guerra / o mal /o ódio…;• um poema pode conquistar (pense-se, por exemplo, num poema de amor), mas também magoar (por exemplo, os poemas que visam ridicularizar osvícios ou defeitos de uma instituição, de uma classe social ou de uma pessoa – os poemas satíricos);• há palavras doces, brandas, apaziguadoras; outras são duras, violentas, agressivas.

1.3. Uma relação possível:• “pífaro de paz” ➔ fico, peço, recomeço [a estes verbos podemos associar a ideia de entrega, de negociação, de reconstrução]• “pedra de arremesso” ➔ parto, peco, grito, acabo [a estes verbos podemos associar a ideia de instabilidade, de confusão, de destruição]

GUARDA-RIOS

1. A disposição gráfica do poema sugere o curso sinuoso de um rio.

2.

ACETATO 10

Pág. 165

LER MAIS | ESCREVER

1.1.• é um “escadote de um degrau só” ➔ referência ao desenho do H maiúsculo;• é um “peso morto*” ➔ é um peso morto, porque não tem som, não se pronuncia;(* peso morto: que não tem utilidade)

• é uma letra má com ou sem a companhia de “um l ou um n” [e poderia acrescentar-se um “c”] ➔ referência aos dígrafos nh e lh e às dúvidas orto-gráficas que muitas vezes se levantam sobre a utilização da letra h.

Observação:Poderá ser oportuno recordar os casos em que se utiliza a letra h:“O h usa-se apenas:a) no início de certas palavras:

haver • hoje • homemb) no fim de algumas interjeições:

ah! • oh! • uh!c) no interior de palavras compostas, em que o segundo elemento, iniciado por h, se une ao primeiro por meio de hífen:

anti-higiénico • pré-histórico • super-homemd) nos dígrafos ch, lh e nh:

chave • talho • banho”Celso Cunha e Lindley Cintra, ob. cit., págs. 63-64

1.2. O som da letra Z é associado ao zumbido de uma abelha (“é um zzzzz que se perdeu / ou uma abelha que passa?”).

Pág. 166

1. Letra Q.

Pág. 167Antes de Ler

a. Título retirado: “À noite”

LER ❦ COMPREENDER

1. A referência ao pai que, à noite, protege a casa, encerrando portas e fechando persianas.

2. A criança sai de casa, “até de manhã”, através do sonho (abrindo “a porta larga dos meus sonhos”).

4. Título retirado: “À noite”.

DIVERTE-TE!

90732

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano

n

ACETATO10

POESIA VISUAL

Teresa Guedes, Palavromanias, Porto Editora, 1993

Mário de Sá-Carneiro, Manucure, in Orpheu II (Maio 1915)Mário Castrim, Estas são as letras, Ed. Caminho, 1997

e aquiestou

eu

linha curva

Linh

a re

cta

linha oblíqua,

uma letravulgar.

Sem mim,o teu nome

não saberiaspronunciar:

É no ar que ondeia tudo! É lá que tudo existe!...sobre estes meus pezinhos levesando no mundo como tu me escreves

Isto é um arame de águaou um sonho de margem

Agoraeu

que vimdo princípio

da águae

do fimda Terra

acer

ta

aperta

aparafusa

Isto

éa

som

bra

deum

atr

ave

quas

eao

prin

cípi

oda

tard

e Istoé

umvoo

de ave aoencontro

doutraave

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Page 45: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 168

LER MAIS

1.1. Uma explicação possível: o diamante é uma estrela (ambos brilham e são belos).

1.2. Alguns exemplos: uma estrela e um pirilampo; a Lua e o rio; o vento e uma janela aberta…

1. Canção da Lua

É rara a minha luza minha lei é velarvelar o sono da noiteos sonhos iluminar

Nuno Higino, O menino que namorava paisagens e outros poemas, 1.a ed., Ed. Campo das Letras, 2001

Pág. 169Antes de Ler

a. • provérbio original: Quem boa cama faz, melhor nela se deita. ➔ O resultado dos nossos actos será tanto melhor quanto maior for o cuidado comque os fazemos / preparamos. Quem prepara as coisas obtém melhores resultados.

• provérbio gambozino: “Quem boa cama desfaz, nela se deita e aproveita.” ➔ Aqui o sentido é literal: para dormirmos, desfazemos a cama; se ela é boa,então o sono poderá ser melhor, isto é, dela poderemos tirar melhor proveito.

Pág. 170LER ❦ COMPREENDER | FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. No quarto dois mil e cem tudo é uma confusão, porque tudo está ou é feito ao contrário: desfaz-se a cama até ficar perfeita; troca-se a posição doslençóis; o tapete e o colchão trocam de funções; o edredão é colocado aos pés da cama, em vez de a cobrir.

2. abbccddeffghhgijij Observe-se que apenas o primeiro (a) e o oitavo (e) versos não rimam com qualquer outro.

3. fazer / desfazer; de cima / de baixo; feio / lindo

4. imperfeita, descobrindo, desconforto e desenrolado.

4.1. Em todos os casos, acrescentou-se à palavra um prefixo de negação (im- e des-) – derivação por prefixação.

LER MAIS | ESCREVER

Provérbios

2 – Águas passadas não movem moinhos. (Neste caso, conservou-se a terminação da última palavra do provérbio: moinhos / ninhos.)

3 – Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão.

4 – Grão a grão, enche a galinha o papo.

5 – Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura.

6 – No poupar é que está o ganho. (Aqui manteve-se a mesma estrutura frásica, alterando-se apenas duas palavras: poupar > lavar; ganho > banho.)

Pág. 171Provérbios modernos✮ Quem o feio ama bonito lhe parece.✮ Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer.✮ Quem não arrisca não petisca.✮ O pior cego é aquele que não quer ver.✮ Há males que vêm por bem.✮ Mais vale tarde do que nunca.✮ Quem tem boca vai a Roma.✮ Depois da tempestade vem a bonança.✮ Devagar se vai ao longe.

1. Os dois últimos versos contrariam o provérbio que diz “Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje”.

DIVERTE-TE!

DIVERTE-TE!

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Page 46: Guia do professor  na ponta da língua

Pág. 172Antes de Ler

a.

ACETATO 11

b. sol • areia • pesca • seca

Págs. 173 e 174

LER ❦ COMPREENDER

1. • características da paisagem e do clima ➔ presença constante de mar e areia; muito sol; longas secas;• a principal ocupação dos homens cabo-verdianos ➔ a pesca (atente-se nos versos “Vai cumprir o seu destino.” e “Vai ser igual ao avô.”)

2. Tomasinho-Cara-Feia decidiu partir para a pesca da baleia, porque estava “farto de sol e de areia”.

3.1. “Não volta a bater-me à porta; / deixou para sempre a horta,”; “– E nunca mais voltará.”

4. Cinco estrofes. As três primeiras são constituídas por cinco versos cada; a quarta, por quatro versos; a quinta, por um verso.

4.1. Uma explicação possível:Esta estrofe / verso isolado sugere o afastamento definitivo (“para sempre”) de Tomasinho-Cara-Feia da ilha. O uso do travessão ajuda a reforçar aquelaseparação.

OUVIR ❦ FALAR

1.

Estiagem

Esta secura pregada na gargantanão sei bem se veio do ventoou das entranhas do inferno.

Este horizonte estreitoa estrangular distâncias e esperançasnão sei se é feito de sangueou de poeira vermelha.

(Oh! Que desejo de uma caríciade sombra frescade verdes ramose rochas húmidas!)

Será que perdi a vozneste mar de solonde a paisagem é figura desfocada?

Se gritoo grito em mim persiste a esbracejarporque não saido poço desta angústia amordaçada.

Oh! Quero lagos, lagos,muitos lagos de água clarapara mergulhar os olhos

Oh! Quero campos, campos,verdes campospara libertar a voz amordaçada.

Aguinaldo Fonseca, in Na Noite Grávida de Punhais, ant. de Mário de Andrade, Sá da Costa Ed., 1975

1.1. Manifesta o desejo “de sombra fresca / de verdes ramos / e rochas húmidas”, de “muitos lagos de água clara” e de “verdes campos”.

NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 11

90732

CABO VERDE

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Page 47: Guia do professor  na ponta da língua

2.1. Uma interpretação possível:

✪ Cores dominantes da paisagem:• tons quentes (laranjas e vermelhos) que sugerem o calor abrasivo do sol, as “entranhas do inferno” e a ”poeira vermelha” de que fala o poema“Estiagem”. É a imagem da seca que “matou” a horta de Tomasinho (veja-se a ausência de verde na paisagem).

✪ As figuras humanas:• de pé, vêem-se três figuras masculinas e uma feminina. Os tons de verde estão presentes apenas nas figuras masculinas, sugerindo a sua ligação aomar, à vida que lhes está reservada – a pesca; a figura feminina veste de roxo, o que poderá simbolizar o luto (recorde-se a mãe de Tomasinho-Cara-Feia,que “chora pelo seu menino”).• duas das figuras masculinas seguram peixes nas mãos, reforçando a ideia da vida dos homens da ilha; a figura feminina segura uma criança ao colo;no entanto, a observação atenta do desenho do bebé permite-nos ver uma cauda de peixe – sugestão do destino que lhe está reservado à nascença(recordem-se os versos “Vai cumprir o seu destino.”, “Vai ser igual ao avô.”).• o facto de se encontrarem de costas para a paisagem poderá simbolizar o desejo de evasão / fuga.

Solução: A vogal que falta é a letra i. Resposta ao rapaz: piratas.

Pág. 175Projecto de trabalho

Para orientar a pesquisa dos alunos, deverão ser indicadas algumas obras onde possam ser encontrados poemas de escritores de língua portuguesa.Exemplos:

• Primeiro Livro de Poesia, selecção de Sophia de Mello Breyner Andresen, Ed. Caminho, 1991 ➔ poemas de todos os países de expressão portuguesa, seleccionados especificamente para os jovens; inclui um glossário que esclarece o significa-do de alguns vocábulos;

• Na Noite Grávida de Punhais, antologia de Mário de Andrade, Ed. Sá da Costa, 1975 ➔ não é uma antologia para jovens; inclui poemas de Angola, Cabo Verde, Moçambique e S. Tomé e biografias dos escritores representados.

Págs. 176 e 177Conteúdos testados nesta ficha:

Texto poético:

• verso;

• estrofe;

• rima;

• recursos expressivos: comparação, personificação, repetição, onomatopeia.

1.1. • número de estrofes do poema: duas;• número de versos: 1.a estrofe ➔ cinco; 2.a estrofe ➔ seis.

1.2. 1.a estrofe: adormecer / ler; tília / buganvília2.a estrofe: consigo / abrigo; adormecer / escrever

1.3. Folha de planta e folha de papel.

1.4. O vento aparece personificado: tem necessidade de dormir e gosta de ler.

2. É a letra I.

3.

O nabo

Há dias que a toupeiraescava, escava sem parar!Perdia logo a canseira,se pudesse imaginarque estava a desenterrar,não um suculento nabo,mas um míssil terra-ar.

4. Palavras retiradas do poema:francasbonitinhasescuridão

DIVERTE-TE!

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Page 48: Guia do professor  na ponta da língua

Págs. 179 a 186Nota:As indicações de páginas referem-se à publicação das Edições ASA.

A autora

2. • autobiografia s.ƒ. vida de um indivíduo escrita por ele próprio • Do grego autós, «o próprio» + bíos, «vida» + gráphein, «escrever» + -ia, ou do francêsautobiographie, «idem»• biografia s.ƒ. 1 descrição da vida de alguém; 2 obra que retrata a vida de alguém • Do grego bíos, «vida» + gráphein, «escrever», pelo francêsbiographie, «idem»

Grande Dicionário Língua Portuguesa, Porto Editora

3. Algumas obras:• Narrativa: Histórias de Tempo Vai Tempo Vem; Figuras Figuronas; O Ouriço-Cacheiro espreitou 3 Vezes; A Galinha Poedeira; Aventuras da Engrácia; UmaPalmada na Testa; As Brincadeiras da Engrácia• Poesia: Conversas com Versos; No Coração do Trevo; Sigam a Borboleta!; Um Peixe no Ar; Lengalenga do Vento• Teatro: À Beira do Lago dos Encantos; Hoje Há Palhaços

A introdução

1.1. Homero [pág. 5 – Introdução; e pág. 7].1.2. • vai ser narrada uma viagem cheia de peripécias e perigos;

• odisseia s.ƒ. 1 viagem cheia de aventuras e dificuldades; 2 série de acontecimentos trágicos e variados; 3 LITERATURA narrativa de aventurasextraordinárias • Do grego Odysseía, «idem», pelo latim Odyss- ea, «idem»

Grande Dicionário Língua Portuguesa, Porto Editora

A história

1. Avisa que “Quem conta é bem certo que acrescenta um ponto.” [pág. 7] e ele, narrador, tem por hábito acrescentar muitos pontos.

2. A obra Ulisses tem como título o nome do herói da obra Odisseia.

3.1. Rei de Ítaca, marido de Penélope e pai de Telémaco.

3.2. Valente, aventureiro, pacífico, manhoso, solidário, fiel.

4. Penélope, Telémaco, Páris, Helena, os troianos, os companheiros de Ulisses, Polifemo (o ciclope), Eolo (rei dos ventos), os ventos violentos, Minerva,Circe, Cérbero (o cão de três cabeças), a mãe de Ulisses, o profeta Tirésias, Tântalo, Sísifo, as sereias, Nausica (filha do rei Alcino e da rainha Arete),o rei Alcino (rei da Córcira), os marinheiros que conduzem Ulisses a Ítaca, Eumeu (o feitor de Ulisses), Argus (o cão de Ulisses), os pretendentes dePenélope, Euricleia (a velha ama de Ulisses).

4.1.Ajudam: os companheiros de Ulisses, Eolo, Minerva, Circe, a mãe de Ulisses, o profeta Tirésias, Nausica, o rei Alcino, os marinheiros que conduzemUlisses a Ítaca, Eumeu, Euricleia, Penélope, TelémacoDificultam: Páris, os troianos, Polifemo, Circe, Cérbero, os ventos violentos, as sereias, os pretendentes de Penélope5. “É esta história que eu vos vou contar.” [pág. 7]; “Oh, mas quando eu conto (…)” [pág. 7]; “Eu não sei se vocês sabem (…)” [pág. 14]; “Só lhes digo (…)” [pág. 16];“Agora pergunto-vos eu (…)” [pág. 22]; “(…) o que eu vos vou contar (…)” [pág. 23]; etc.

6. Numa ilha grega que se chamava Ítaca.

7. O rapto da rainha grega Helena pelo príncipe troiano Páris: “Ora um dia aconteceu que Páris, príncipe troiano, raptou a lindíssima rainha gregaHelena e a levou para Tróia.” [pág. 8]

8.1. Dez anos: “Seria esta uma luta que havia de durar dez anos.” [pág. 12]

8.2. Construiu um enorme cavalo de pau, onde se escondeu com alguns homens, e que mandou colocar às portas de Tróia, como se se tratasse de um presen-te. Deixado o “presente”, os gregos fingiram que iam embora. Sem desconfiarem da cilada, os troianos introduziram o cavalo dentro das muralhas da cidadee iniciaram os festejos em honra dos deuses a quem ofereciam o cavalo. Quando verificaram que os troianos estavam indefesos, os gregos atacaram e des-truíram a cidade.

9.1.

10. Como alternativa a esta actividade, poderá ser explorado, colectivamente, o acetato n.o 12, onde se pretende que os alunos descubram os sete errosintroduzidos na ilustração.

ACETATO 12NA PONTA DA LÍNGUALíngua Portuguesa • 6.° ano n

ACETATO 12

90732

ULISSES, de Maria Alberta Menéres Descobre os erros:

8374119162105

C

B

A

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Eis os erros:Os episódio do Ciclope e do rei Eolo estão trocados; o Ciclope só tem um olho na testa; a feiticeira Circe transforma os companheiros de Ulisses emporcos e não em gatos; os episódios da Ilha dos Infernos e do Mar das Sereias estão trocados; Sísifo empurra uma pedra e não uma bola de futebol;Ulisses não mergulha no Mar das Sereias, porque foi preso ao mastro; no naufrágio, só Ulisses sobreviveu.

11. Páginas 28 a 32 da obra.

12. Sísifo:Herói da mitologia grega, rei de Corinto, avô de Belerofonte. Por meio de artimanhas conseguiu êxitos duvidosos, pelo que foi condenado no Inferno a

empurrar uma enorme pedra até ao cimo de uma montanha; contudo, ao chegar ao cimo, a pedra rolava de novo encosta abaixo, tornando inútil todo oseu esforço. Simboliza todo o esforço feito em vão.

Tântalo:Rei lendário da Frígia ou Lídia, o qual, quer por ter servido em alimento aos deuses o corpo do seu próprio filho, Pélope, esquartejado por ele mesmo,

quer por ter revelado aos mortais os segredos divinos, ou ainda por ter roubado o néctar e a ambrósia para os seus amigos, foi condenado, no Inferno,a não poder beber da água em que jazia submerso até ao queixo e a não poder comer os frutos que pendiam ao alcance da mão. Sobre toda a sua des-cendência (os Tantálidas) caiu desde então uma maldição (Atreu, Agamémnon, Orestes).

in Lexicoteca, Moderna Enciclopédia Universal, Ed. Círculo de Leitores

14.1. “E depois era (…)” / “Era (…)” [no início dos cinco primeiros parágrafos]; “(…) aventuras e desventuras e aventuras e desventuras e aventuras (…)” / “(…)aventuras e desventuras (…)” [dois últimos parágrafos].

Outras actividades

2. “Agradar a gregos e a troianos” = Agradar a todos.• Há quem diga também, com o mesmo sentido, que é impossível “estar em paz com Deus e o diabo”. Estas duas expressões dizem respeito a situa-ções em que não se consegue conciliar duas partes opostas, como o bem e o mal. Na Guerra de Tróia, travaram-se lutas ferozes, contadas por Homerona Ilíada, que se prolongaram durante anos. É caso para dizer que Gregos e Troianos não se entendiam mesmo! Foi preciso que o nosso herói gregoUlisses utilizasse as suas artimanhas e o seu famoso cavalo de pau para conseguir vencer os Troianos.

in Aprender a Olhar, n.o 13, Jun./Jul. 2004

4.

Quem é quem?

1 Ulisses2 Eolo3 O seu cão Argus4 Polifemo (o Ciclope)5 Penélope (mulher de Ulisses)6 As sereias7 Nausica8 Telémaco (filho de Ulisses)9 Circe

Verdadeiro ou falso?

Algumas publicações que contêm informações e propostas de actividades interessantes:• O Meu Primeiro Livro de Actividades sobre Arte da Grécia Antiga, Ed. Cultural Kids• Revista “Aprender a Olhar”, n.o 13, Junho/Julho 2004

Págs. 187 e 188

A autora

1. Escritora portuguesa. Nasceu em 1913 em Hanover. Fugida às perseguições nazis, refugiou-se em Portugal, onde casou, estabelecendo-se no Porto.Foi colaboradora de várias publicações. Traduziu várias obras de alemão para português e contos portugueses para alemão.Os livros que escreveu dirigem-se sobretudo ao público juvenil.

2.

TEATRO• O Príncipe Nabo. Porto: Afrontamento, s.d.

• A Adivinha. 2.a ed. Porto: Afrontamento, 1994

• João e Guida. 5.a ed. Porto: ASA, 1997

RECONTO• Silka. 2.a ed. Porto: Afrontamento, 1991

• Ora Ouve... Histórias antiquíssimas adaptadas. 3.a ed. Porto: ASA, 1997

A

1. V

2. V

3. F

4. F

5. F

6. V

7. F

8. F

9. F

10. F

11. V

12. V

13. V

14. F

15. F

16. V

17. F

18. V

19. F

20. F

21. F

22. V

23. F

24. F

25. V

26. F

II

I

D

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NOVELA E CONTO• Um Artista Chamado Duque. 1.a ed. Porto: ASA, 1990

• O Quadro Roubado. 5.a ed. Porto: ASA, 1991

• Miguel, o Expositor. 2.a ed. Porto: Afrontamento, 1993

• Um Fidalgo de Pernas Curtas. 9.a ed. Porto: ASA, 2001

• Beatriz e o Plátano. Porto: ASA, s.d.

• A Estranha História duma Tília. Lisboa: Livros Horizonte, 1981

• Ana-Ana ou “uma coisa nunca vista”. 2.a ed. Porto: ASA, 1987

• O Rei Rique e Outras Histórias. Porto: Porto Editora, 1989

• A Visita ao Padrinho. Porto: Afrontamento, 1989

• A Minha Melhor História. 4.a ed. Porto: ASA, 1992

• Viagem com Wish. 3.a ed. Porto: ASA, 1992

• O Senhor Pechincha seguido de O Bonifácio. Porto: Afrontamento, 1993

• Faísca Conta a Sua História. 4.a ed. Porto: ASA, 1994

• Na Quinta das Cerejeiras. 6.a ed. Porto: ASA, 1997

• A Flor Azul. 8.a ed. Porto: ASA, 2000

in Malasartes, n.° 8, Abril de 2002

1.“Bisavô e Bisavô”“O Rei Rique” “Dandy”“O País da Cucanha”“A história que Joana escreveu”

1.1.✪ “Bisavô e bisavô”✪ “Dandy”✪ “O Rei Rique”✪ “A história que Joana escreveu”✪ “O País da Cucanha”

2. Exemplos:✪ “O Rei Rique” ➔ “(…) depressa se cansou de tal enfadonho comportamento (…)” – pág. 6; “O quê?! Um rei que se baixava para apanhar coisasdo chão?” – pág. 8.✪ “O País da Cucanha” ➔ “(…) ouço perguntar.” – pág. 13; “(…) esperam-vos grandes surpresas.” – pág. 14; “Mas será mesmo uma bela vida?Alguém quer experimentar? Se sim, aconselho-lhe (…)” – pág. 15; “Ao corajoso comilão (…) desejo (…) E boa viagem!” – pág. 15✪ “Dandy” ➔ “O que não tem mal. Antes pelo contrário. Através de estudos de importantes entendidos sabemos (…)” – pág. 17; “Ou há quem nãoache?” – pág. 19✪ “A história que Joana escreveu” ➔ “Oiçam:” – pág. 28; “E ainda por cima (…)” – pág. 31; “Uma boa noite para ambos.” – pág. 31

Págs. 195 a 1991. Palavras primitivas: sapato • manhã • pátria • legal • rapaz

1.1. Palavras derivadas por sufixação ➔ sapateiro, rapazinho

Palavras derivadas por prefixação ➔ ilegal

Palavras derivadas por sufixação e prefixação ➔ amanhecer, repatriar

2.• cavalo ➔ cavaleiro, cavalariça, cavalaria;• moral ➔ moralidade, imoral, amoral, moralismo, moralmente, moralista;• leal ➔ lealdade, lealmente, desleal;• camarada ➔ camaradagem;• terra ➔ enterrado, desterrado, aterragem, terreiro;• ver ➔ rever, prever, antever;• ar ➔ aragem;• homem ➔ super-homem

3. Alentejo ➔ alentejanoRibatejo ➔ ribatejanoTrás-os-Montes ➔ transmontanoAçores ➔ açorianoAngola ➔ angolanoÁfrica ➔ africanoAmérica ➔ americanoMéxico ➔ mexicano

edcba

B

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3.1. O sufixo -ano.

3.2. lamecense ➔ Lamegoalbicastrense ➔ Castelo Brancoeborense ➔ Évoraflaviense ➔ Chavesvimaranense ➔ Guimarãesconimbricense ➔ Coimbraviseense ➔ Viseunabantino ➔ Tomar

3.2.1. O sufixo -ense.

4.viver ➔ conviver, reviver, sobreviverfazer ➔ desfazer, perfazer, refazerdizer ➔ condizer, desdizer, predizerpôr ➔ apor*, compor*, impor*, repor*, sobrepor** Observe-se que os verbos derivados de pôr não se escrevem com acento circunflexo.

5.1.a. imprevisível; b. irresponsável; c. invariável; d. inegável.

6. exemplosfazer ➔ desfazercoser ➔ descoserencontrar ➔ desencontrar

fazer ➔ refazercomeçar ➔ recomeçarinício ➔ reinício

dizer ➔ contradizerpôr ➔ contrapor

ver ➔ prever, anteverbraço ➔ antebraçoestreia ➔ antestreiafixo ➔ prefixohistória ➔ pré-história

porta ➔ portãobarca ➔ barcaçarico ➔ ricaçotolo ➔ toleirãoboca ➔ bocarra

casa ➔ casinhagato ➔ gatitocão ➔ cãozinhorio ➔ riachorua ➔ ruelalugar ➔ lugarejo

papel ➔ papeladafolha ➔ folhagempomba ➔ pombalformiga ➔ formigueirogrito ➔ gritaria

sapato ➔ sapateirocostura ➔ costureira

\

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Page 52: Guia do professor  na ponta da língua

dente ➔ dentistapiano ➔ pianista

pêra ➔ pereiralimão ➔ limoeirorosa ➔ roseira

7. saca-rolhas; guarda-nocturno; meia-noite ou meio-dia; malmequer

8. Palavras compostas por justaposição ➔ guarda-sol, porco-espinho, terça-feira, maldizer, passa-tempo, pontapé, belas-artesPalavras compostas por aglutinação ➔ aguardente, embora, pernalta, girassol, planalto

9. terra → terrinha, terreno, terramoto, terroso, terráquio, terrestre, terreiro, terraplenar, aterrar, enterrar, desterrar, terra-nova…mar → maremoto, marear, marejar, marítimo, marinho, marinheiro, marisco, amarar, preia-mar…

Págs. 200 a 2021.

a. • Vou jogar pião com o Luís.

• O peão atravessou na passadeira.

b. • O Conselho Executivo convocou uma reunião.

• No concelho de Guimarães há muita indústria.

• Pediste-me um conselho e eu dei-to; agora faz o que entenderes.

c. • Põe as batatas a cozer, por favor.

• Ainda tenho esta roupa toda para coser.

d. • Ele espreitou por trás do muro.

• Todos os dias, ele traz trabalho para casa.

e. • O livro foi roído pelos ratos.

• Detesto o ruído dos automóveis!

f. • A noz é o fruto da nogueira.

• Nós vamos sair imediatamente.

g. • O conserto dos sapatos fica por dez euros.

• A Rita vai ao concerto do Pedro Abrunhosa.

2.

a. A colher de sopa caiu no chão.

Caí da árvore quando estava a colher maçãs.

b. Estou cheia de sede; vou beber água.

A sede do nosso clube está a precisar de obras.

3.1. torres / torres ➔ palavras homógrafas;

ora / hora ➔ palavras homófonas.

4. Palavras homófonas ➔ cinto / sinto • acento / assento

Palavras homógrafas ➔ molho / molho • pára / para • acordo / acordo

5.1. As palavras era e hera.5.2. era ➔ verbo (forma do verbo ser, na terceira pessoa do singular do pretérito imperfeito do indicativo)hera ➔ nome comum, feminino, singular

Págs. 204 a 206

1.1. As frases a. e b. são frases simples, porque possuem apenas um verbo conjugado (desenhou e ficou); a frase c. é uma frase complexa, porquepossui dois verbos conjugados (apagou e desenhou).

1.2. Mafalda desenhou um boneco na parede de uma casa, mas a dona da casa ficou zangada.

1.3. Mafalda apagou o boneco. Ela desenhou outro mais simpático.

1.4. Sujeito ➔ A dona da casa

Predicado ➔ ficou zangada

1.5. Ela (desempenha a função de sujeito, tal como Mafalda).

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Page 53: Guia do professor  na ponta da língua

2.a. A Branca de Neve viveu com os sete anões.b. A Bela Adormecida dormiu cem anos.c. O lobo derrubou a casa dos três porquinhos.d. A Gata Borralheira perdeu um sapatinho.

3.a. Os três irmãos foram visitar os avós.b. Finalmente começou o filme!c. Caiu uma chuva intensa durante toda a manhã.d. Eles telefonaram ao Carlos.

4.a. Desapareceram todos os meus problemas.b. O campeonato de futebol começou.c. Aquele menino sentia-se tão triste!

5.1. Exemplo:EleO JoãoO meu amigoO professor de MatemáticaO meu irmão mais velhoO avô paterno da minha amigaUm avião de uma companhia aérea francesaAquele homem de fato azul e gravata vermelha

6.a. Tu queres ir ao cinema?b. Eu vou para a escola.c. No fim de jantar, nós vimos um filme na televisão.

6.1. Em cada uma das frases, a forma verbal permite deduzir o sujeito.

7. Exemplos:a. Ontem, o Rui fez todos os trabalhos, na escola.

b. Ele irá procurar-te, amanhã, no teu emprego.

c. Hoje de manhã, encontrei a minha carteira, em casa da Elisa.

8.a. O sino tocou.b. Ela encontrou o filho.

9.estas flores ➔ compl. directo;partiu o braço ➔ predicado; no meu quarto ➔ c. circ. lugar; A Joana e a Inês ➔ sujeito; ao colega ➔ compl. indirecto;Durante a viagem ➔ c. circ. tempo.

Págs. 210 a 2141.1. Fui ao figueiral às pêrastodo me enchi de pinhões.Veio o dono das castanhas:– Ó ladrão, larga os feijões.

Com um cão um corridinhovi uma cabra dançando.Vi um lobo beber vinhouma ovelha namorando.

Vi um coelho fadistaa tocar numa guitarra.Ouvi uma grande artistaque se chamava cigarra.

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Com uma grande barrigavi um leão bater sola.Nas costas de uma formigajá vi um jogo de bola.

1.2. dono/dona • ladrão/ladra • cão/cadela • bode/cabra • lobo/loba • carneiro/ovelha • coelho/coelha • leão/leoa

1.3. o artista / a artista

1.4. costas

1.5. figueiral

2. cãozinho, cãozito, canito / cão / canzarrãogatinho, gatito / gato / gatorro, gatarrãorapazinho, rapazito / rapaz / rapagãovozinha, vozita / voz / vozeirãocorpinho, corpito / corpo / corpanzilboquinha, boquita / boca / bocarra

3. abade/abadessa; actor/actriz; barão/baronesa; conde/condessa;embaixador/embaixatriz/embaixadora; espião/espia; herói/heroína;imperador/imperatriz;poeta/poetisa/poeta;príncipe/princesa; rei/rainha; réu/ré.

4. -oa ➔ leoa, patroa, leitoa-ã ➔ campeã, aldeã, anã, anciã, irmã, anfitriã, cidadã, cirurgiã-ona ➔ espertalhona, comilona, figurona, paspalhona, solteirona, pobretona, sabichona

5.-ões ➔ balões, botões, corações, estações, leões, figurões, opiniões, vulcões, campeões.-ães ➔ alemães, cães, sacristães, capelães, capitães, charlatães, pães.-ãos ➔ cidadãos, cristãos, órfãos, irmãos, pagãos, órgãos, bênçãos.

6. -al ➔ animal; -el ➔ papel, móvel, painel; -ol ➔ farol, lençol, álcool; -ul ➔ paul (terreno alagadiço; pântano).

7.cãozinho ➔ cãe(s) + zinhos = cãezinhoslençolzinho ➔ lençói(s) + zinhos = lençoizinhospapelzito ➔ papéi(s) + zitos = papeizitos

8.• Basta uma ovelha ranhosa para perder o rebanho.• Bebe por alegria, não por tristeza.• Beleza sem virtude é rosa sem cheiro.• Bem canta Marta, depois de farta.• Bem prega Maria em casa vazia.• Está a chover e a fazer Sol e a macaca debaixo do lençol.• Horta com pombal é paraíso terreal.• Nem exército sem general, nem castelo sem castelão.• Enxame de Abril para mim, de Maio para o meu irmão.

8.1.Nomes comuns ➔ ovelha, alegria, tristeza, beleza, virtude, rosa, cheiro, casa, macaca, lençol, paraíso, general, castelo, castelão, irmão.Nomes próprios ➔ Marta, Maria, Sol, Abril, Maio.Nomes colectivos ➔ rebanho, horta, pombal, exército, enxame.

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Page 55: Guia do professor  na ponta da língua

8.2.Nomes concretos ➔ ovelha, rosa, cheiro, casa, macaca, lençol, paraíso, general, castelo, castelão.Nomes abstractos ➔ alegria, tristeza, beleza, virtude.

9.

Nomes colectivos ➔ casario, manada, povo, bando, turma;Nomes concretos ➔ cinto, colega, portão, gata, pães; Nomes abstractos ➔ ódio, coragem, paz, calma, amizade.

10.

Págs. 217 a 2201. Determinantes retirados:

Ana e João contemplavam fascinados a nova máquina de viajar no tempo. Era um cubo perfeito, todo em cristal, que causava uma impressão degrande estranheza, pois não se podia dizer que fosse transparente nem opaco. E não reflectia a luz.

João aproximou-se e não resistiu a tocar-lhe. Mas, para seu grande espanto, não sentiu nada. A mão tocou aquela superfície lisa, como se hou-vesse de facto ali alguma coisa sólida. Contudo, não registou qualquer sensação de frio, calor ou mesmo de tacto.

– Que material tão esquisito! Veio de outro planeta?

2.1.a. Nome ➔ rebuçadosDeterminantes ➔ Os (art. def.) + poucos (indefinido)

b. Nome ➔ brinquedoDeterminantes ➔ O (art. def.) + meu (possessivo) + primeiro (numeral ordinal)

c. Nome ➔ gatosDeterminantes ➔ Estes (demonstrativo) + teus (possessivo) + dois (numeral cardinal)

3.1. Num = em + um; pelo = por + o; nessa = em + essa; à = a + a; da = de + a; das = de + as; no = em + o; às = a + as

4.1.Teresinha de Jesusdeu um tombo, foi ao chão,acodem três cavalheirostodos com o chapéu na mão.O primeiro foi seu pai,o segundo seu irmão,o terceiro foi aquelea quem ela deu a mão.

F1 2 3

8

11

12

13

14

109

6

4

B ER A L

C A C H 0 N ET C D N

C A R A V A N A C0 R OL F C

C A N C I O N E I R OA L N

M A T I L H A S CA E T AN I R 0 M A N C E I R 0A A L DD Q U A D R I L H A UA Ç M

à EA R Q U I P É L A G O

C A S A R I O P

P O R T Ã O

C O R A G E M

Ó D I O V S T

C O B C U

C O M A N A D A R

I L N L M

N E P D M A

T G A T A O A

O A M I Z A D E

8

10

5

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Tanta laranja caídatanto sumo de limãotanto sangue derramadoque deita o meu coração.Da laranja quero um gomodo limão quero um pedaçode Teresinha de Jesusquero um beijo e um abraço.

4.2.Verso 4 ➔ na = em (preposição) + a (determinante artigo definido)Verso 13 ➔ Da = de (preposição) + a (determinante artigo definido)Verso 14 ➔ do = de (preposição) + o (determinante artigo definido)

4.3. Numerais ordinais ➔ primeiro; segundo; terceiro.Determinante numeral cardinal ➔ três.

4.4. “que deita o meu coração.”

4.5.artigos definidos: o, aartigos indefinidos: umpossessivos: seu, meu demonstrativos: [não há]indefinidos: tanta, tantonumerais: três

5. ✮Tenho três livros de poesia, cinco livros de banda desenhada e dez livros de ficção. ➔ Pedro✮O meu primeiro livro foi A Menina do Mar e o segundo livro Contos de Andersen. ➔ Vasco✮Tenho tantos livros! Muitos livros de todos os géneros. ➔ Rui✮Eu queria ter algumas bandas desenhadas, poucos livros de teatro e muitos contos. ➔ Fábio

5.1. Rui ➔ tantos, muitos, todos ➔ determinantes indefinidosPedro ➔ três, cinco, dez ➔ determinantes numerais cardinaisVasco ➔ primeiro, segundo ➔ determinantes numerais ordinaisFábio ➔ algumas, poucos, muitos ➔ determinantes indefinidos

6. ➔ referes-te a um gato indeterminado ➔ certo gato➔ referes-te a um gato que te pertence ➔ o meu gato➔ apontas um gato que está longe de ti ➔ aquele gato

7. artigos definidos ➔ a, na, as, os;

artigos indefinidos ➔ umas; possessivos ➔ seus; demonstrativos ➔aquela; indefinidos ➔ muito; poucos; cada;

numerais cardinais ➔ dois;numerais ordinais ➔ primeiras.

Págs. 223 a 2261.1. fotografia ➔ amarelada;mesa ➔ redonda; menino ➔ baixinho; pescoço ➔ esticado; queixo ➔ erguido; gola ➔ rendada; meias ➔ grossas; botas ➔ pretas; Arturinho ➔ espantado.

1.2. Retrato A.

1.3. Exemplo:Arturinho contemplou o menino na fotografia acinzentada. Encostado a uma mesa oval um menino alto, de pescoço encolhido, queixo baixado, de

fato com gola rendada, meias finas a sair das botas castanhas com botões.

2.a. O Pedro e a Marta são pessoas simpáticas e simples.b. Acabei de ler uma história interessante, divertida e misteriosa.c. Ele tinha os cabelos encaracolados, as sobrancelhas arqueadas e a boca pequena.d. A professora era bonita e amável.

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2.1.uniforme quanto ao género: simples; interessante; amávelbiforme quanto ao género: simpático(a); divertido(a); misterioso(a); encaracolado(a); arqueado(a); pequeno(a); bonito(a)uniforme quanto ao número: simplesbiforme quanto ao número: simpático(s); interessante(s); divertido(s); misterioso(s); encaracolado(s); arqueado(s); pequeno(s); bonito(s); amável(eis)

3.a. A Rita é inteligentíssima e muito divertida.b. Ela realizou um bom trabalho.c. Naquela turma, o Rui é o mais desatento, mas o menos conflituoso.d. Gostei de ler As Viagens de Gulliver; aliás, achei o livro tão interessante como As Aventuras de Tom Sawyer.e. O carro do meu pai é menos veloz mas mais seguro do que o anterior.

3.1.Normal: bom; Comparativo de superioridade: seguro; Comparativo de igualdade: interessante; Comparativo de inferioridade: veloz;

Superlativo relativo de superioridade: desatento;

Superlativo relativo de inferioridade: conflituoso; Superlativo absoluto sintético: inteligente; Superlativo absoluto analítico: divertida.

4. Frase c.

5. Frase a.

6. acção ➔ activo; conquista ➔ conquistador;coragem ➔ corajoso;fraqueza ➔ fraco; imprudência ➔ imprudente; velocidade ➔ veloz.combater ➔ combativo; exaltar ➔ exaltado; inovar ➔ inovador; insubordinar ➔ insubordinado;precipitar ➔ precipitado; provocar ➔ provocante / provocador.

7.a. amabilíssimob. amicíssimac. antiquíssimod. dificílimoe. paupérrimaf. felicíssimo

8.1.a. A boca da Rita é a maior.b. A boca da Leonor é a menor.c. A boca da Marta é menor do que a da Rita e maior do que a da Leonor.

8.2.a. O teu trabalho está óptimo, mas o do Tiago está péssimo.b. O teste da Joana foi o melhor, o da Cátia foi o pior.c. A Joana mereceu uma boa nota, porque fez um grande esforço; quanto à Cátia, o seu esforço foi mínimo.

Págs. 231 a 2331. e 1.1.a. perdeu-o = o livro [complemento directo]; lhe = ao João [complemento indirecto]; ele = o João [sujeito].b. ofereceu-as = as duas rosas [complemento directo].

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2. Sofia brincava no quintal, quando avistou uma folhinha alaranjada. Quando se preparava para apanhá-la, ela voou empurrada pelo vento. Zangada,Sofia perguntou-lhe:

– Porque empurraste aquela folhinha?Ele explicou-lhe:– Eu não fiz isso por mal! Não vês que eu só sei soprar?– Pois… mas eu queria tanto aquela folhinha!…– Não te preocupes! Eu empurro-a outra vez para a tua beira e tu apanha-la.

3.1. Pronomes indefinidos:a. alguns; todos; b. Ninguém; c. Tudo; d. Alguém; e. poucos.Determinantes indefinidos: a. Tantos; c. Qualquer; e. Muitos.

3.2. variáveis ➔ alguns; todos; poucos; invariáveis ➔ Ninguém; Tudo; Alguém.

4.a. este: determinante; aquele: pronome.b. Estes: determinante; os outros: pronome.c. Isso: pronome.

5. 1.a vinheta ➔ nada: pron. indefinido; eu: pron. pessoal; 2.a vinheta ➔ isso: pron. demonstrativo; te: pron. pessoal; 3.a vinheta ➔ isto: pron. demonstrativo; a: pron. pessoal.

6. Exemplos:a. Quem partiu a jarra?b. Qual é a tua professora?c. Quanto pesas?

7. A menina parou à porta daquela casa, apertando contra si o casaco que a mãe lhe dera. A rua onde ela se encontrava estava deserta. Não haviavivalma à excepção de um gato cujos olhos brilhavam intensamente. Tocou à campainha. Breves segundos depois, uma mulher idosa abriu e a meni-na observou-a atentamente. Seria aquela a velhinha a quem todos chamavam bruxa? Parecia impossível com aquele sorriso que inspirava confiança…

8.a. O desenho que tu fizeste está bonito / Tu fizeste um desenho que está bonito.b. A velha casa onde ele morava foi destruída / Ele morava numa velha casa que foi destruída.c. Aquele homem de quem te falei é carpinteiro.

Págs. 235 e 2361.a. O empregado pousou a chávena na / sobre a mesa.b. Ele veio com a Paula à festa.c. Vou levar estas calças de ganga para a escola.d. Eu acompanho-te até tua casa; depois, sigo para o treino de voleibol.e. Quando ele vai visitar os avós, passa sempre por Coimbra.

2. Chego a Lisboa no avião das onze horas. Apanho um táxi e vou directamente para casa. Gostava de ver os amigos.

3.a. O Rui veio a Lisboa. ➔ veio de passagem, não para ficar a viver; O Rui veio para Lisboa. ➔ veio para ficar.b. Espero-te até quarta-feira. ➔ data-limite para a espera; Espero-te desde quarta-feira. ➔ data do início da espera.

4.a. A Maria ficou até tarde no ginásio. b. Vou sair para comprar pão. c. Quando vi o Artur assim vestido, fiquei sem palavras.

5.a. posseb. causac. origem

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6. e 6.1.Senta-te ao lado do teu irmão.O jogo foi suspenso por causa da chuva.O rato surgiu por trás da porta.Ele trabalhou perto de dez horas!Observa a paisagem através da janela.Prefiro que venhas hoje em vez de sábado.

7. por baixo de / debaixo de; ao lado de; atrás de; à frente de.

Págs. 238 e 2391. lugar ➔ perto; tempo ➔ amanhã; modo ➔ devagar; quantidade ➔ muito;

afirmação ➔ Sim; negação ➔ não.

2. Compl. circ. de lugar ➔ Além, aqui;

Compl. circ. de tempo ➔ sempre, Amanhã.

3.a. O meu clube facilmente vencerá o campeonato.b. A Rita nunca vai ao cinema aos fins-de-semana.c. Eu vou frequentemente à praia.d. Os garotos sentiam-se pouco cansados.

4. aqui ➔ adv. de lugar; não ➔ adv. de negação; desesperadamente ➔ adv. de modo

5. Exemplos:a. Chamámos o médico e ele veio imediatamente.b. Ele faltava frequentemente às aulas.c. Regressaremos a casa cedo.d. Este livro é bastante bom.e. O professor ficou muito satisfeito.f. A notícia que deste foi tão agradável!g. Realizou o trabalho francamente bem.h. Chegaste a casa demasiado cedo.i. Tu vens de tão longe!

6.a. devagar ➔ é o único advérbio; todas as outras palavras são verbos.b. dia ➔ é o único nome; todas as outras palavras são advérbios.

Págs. 246 a 2481.

2. É uma forma composta.

3.• verbo principal ➔ ouvir (ouvido)• verbo auxiliar ➔ ter (tínhamos)• tempo ➔ pretérito mais-que-perfeito composto• modo ➔ indicativo

1.a conj. 2.a conj. 3.a conj.

Verbos regulares estudar, guardar, levar, falar, gastar,plantar, cavar, deixar, folgar

colher, dever abrir

Verbos irregulares estar, dar saber, ter, ser, ver, dizer rir, sair, ir, vir

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4.a. A Carla terá ficado surpreendida.b. O Zé e o Rui terão apanhado o comboio.

5.a. Quando o meu pai chegou, nós já tínhamos ido para a cama.b. Quando o irmão nasceu, o Rui já tinha acabado o curso.c. Quando telefonei, eles já tinham saído de casa.

6.1. atirar ➔ futuro do conjuntivo; atingi-lo-ei ➔ futuro do indicativo.

6.2. Porque está conjugada com o pronome pessoal (l)o.

6.3. Se alguém me atirasse uma bola de neve, eu atingi-lo-ia…

7.1.a. Desejo vê-la.

b. Vais visitá-los?

7.2.a. Oferece-lho.

b. Pede-lhos.

7.3.a. cozeram-nos.

b. comeram-nas.

7.4.a. Nós procurá-la-emos.

b. Eles fá-los-ão.

7.5.a. Ele ralhar-lhe-ia.

b. Nós comprar-lho-íamos.

8.a. Eles fá-lo-iam com o maior prazer.b. Eu tê-lo-ia comprado se me tivesses dito.c. Já lho dei.d. Eles apresentaram-nas no festival.

9. (…) Por isso, chamou-os para o pé de si e disse-lhes:– Meus filhos, sei que vou partir, mas parto contente porque vos deixo um tesouro escondido além na vinha. Cavai-a bem cavada e acabareis por

encontrá-lo.Quando o pai morreu, os filhos choraram-no porque era bom pai e, passado tempo, começaram a fazer o que ele lhes recomendara (…).

Págs. 249 e 250

1.a. Fui à papelaria porque precisava de um lápis.b. Apetecia-me ir às compras, mas não tenho dinheiro.c. O Tomás não veio nem telefonou.d. Fico em casa quando chove.

2. Na Sibéria, dois hipopótamos conseguiram transpor a cerca do jardim zoológico da cidade de Omsk e foram banhar-se num rio das redondezas.Dois pescadores, que estavam a beber vodka enquanto esperavam que algum peixe picasse, ficaram tremendamente assustados quando viram emer-gir da água dois pares de orelhas e atrás delas as enormes cabeças dos hipopótamos. Um deles fugiu na sua bicicleta e o outro pôs-se a correr. (...)

3.1. A conjunção ou.3.2. Exemplo: Vai buscar a máquina fotográfica pois / porque perdi 10 quilos!

Verbotr. dir. tr. indir. tr. dir.

e indir.intr.

pediram gritou leu chegou;

viajaram

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Pág. 2511. Transformação possível:

A mãe perguntou à filha por que razão é que, naquele dia, ela vinha tão chorosa da escola. A filha explicou que a professora de Ciências tinha ralha-do [ralhara] muito consigo [com ela], porque lhe tinha colocado [colocara] à frente o mapa do corpo humano e ela não soubera [tinha sabido] dizer-lheonde estavam as duas aurículas e os dois ventrículos. A mãe observou que era bem feito e disse-lhe que para a próxima tomasse mais sentido onde dei-xava ficar as coisas.

2. Transformação possível:O João perguntou ao Pedrito:– Por que razão [porque é que] trazes os sapatos rotos se o teu pai é sapateiro?– O teu pai também é dentista e o teu irmão que nasceu há oito dias não tem dentes – respondeu o Pedrito.

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