guia do ensino profissional 2015

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Tudo sobre... GUIA DO ENSINO PROFISSIONAL apresenta ed. 2015/2016 ENSINO PROFISSIONAL Atividades extracurriculares A Escola fora da Escola O papel do Ensino Profissional O que procuram os empregadores? Garantia Jovem Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE // distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDO // disponível em pdf em www.forum.pt • Ano V • Anual • 2015 “Vemos o Ensino Profissional como um caminho mais vantajoso” Gonçalo Xufre Silva

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O ensino profissional destina-se aos jovens que pretendem um ensino com uma forte vertente prática e que, ao mesmo tempo, lhes permita ingressar rapidamente no mercado de trabalho. É a tua cara? Então fica a saber tudo o que precisas para ingressar.

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Page 1: Guia do Ensino Profissional 2015

Tudo sobre...

GUIA DO ENSINO PROFISSIONAL

apresenta ed. 2015/2016

ENSINOPROFISSIONAL

Atividades extracurriculares A Escola fora da Escola

O papel do Ensino Profissional

O que procuram os empregadores?

Garantia Jovem

Edição especial da revista FORUM ESTUDANTE // distribuição gratuita – NÃO PODE SER VENDIDO // disponível em pdf em www.forum.pt • Ano V • Anual • 2015

“Vemos o Ensino Profissional como um caminho mais vantajoso”Gonçalo Xufre Silva

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ed. 2015/2016

guia do ensino profissional • desde 2010 3

FICHA TÉCNICA

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RedaçãoRaquel Teixeira, Fábio Rodrigues

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Tiragem: 20.000 ex.

www.forum.ptFORUM ESTUDANTERevista de Cursos, Escolas e Profissões

Propriedade e Edição de:PRESS FORUMComunicação Social,S.A.Capital Social: 60.000,00€NIF: 502 981 512Periodicidade MensalDepósito Legal n.º 510787/91

SedeTv. das Pedras Negras, n.º 1 - 4.º 1100-404 LisboaTel.: 21 885 47 30Fax: 21 887 76 66

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04 Saber e fazer Qual o papel do Ensino Profissional? Estudos apontam que a aprendizagem de compe-

tências específicas e viradas para o emprego pode ter um impacto positivo no desen-volvimento económico e social dos países.

06 Val do Rio Com presença física em Oeiras e no Estoril, a Escola Profissional Val do Rio define-se

como uma escola que aposta na qualidade, bem como na vertente humana e social. Sabe tudo sobre esta instituição.

08 O que querem as empresas? Um inquérito realizado recentemente apontou quais as competências mais valorizadas

pelos empregadores. Descobre as qualificações que as empresas da tua região mais procuram.

10 Entrevista a Gonçalo Xufre Silva O Presidente da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP)

destaca o crescimento do número de alunos no Ensino Profissional e a forma como este oferece um maior número de oportunidades.

14 IEFP Garantia Jovem Perante a elevada taxa de desemprego juvenil, a União Europeia criou, em 2013, a Ga-

rantia Jovem. Sabe mais sobre este programa que atua através de três instrumentos.

17EscolaProfissionalGustaveEiffel Dos projetos à oferta formativa, passando por testemunhos de alunos e diplomados,

fica a saber tudo sobre esta escola e aquilo que ela tem para te oferecer.

34 Prova as tuas Aptidões As Provas de Aptidão Profissional são uma parte muito importante dos cursos profissio-

nalizantes. Sabe como tudo se processa e conhece os testemunhos de quem viu a sua prova distinguida.

38 Grupo Rumos Descobre um grupo que inclui quatro escolas de Ensino Profissional — Profitecla, Escola

Digital, Escola Profissional Ruiz Costa e a Escola Profissional de Braga — e que está pre-sente um pouco por todo o país e além-fronteiras.

42 A Escola fora da Escola As atividades extracurriculares são, cada vez mais, entendidas como forma de estimular

o aproveitamento e a integração dos alunos. Fica a saber as suas vantagens e conhece alguns casos de dinamismo protagonizados por alunos do secundário.

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ed. 2015/2016

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Em 2013, a Comissão Europeia encomendou um estudo com um objetivo muito simples: encontrar soluções para “integrar a juventude europeia no mercado de trabalho”. Nos resultados

desta investiga-ção – o relatório Da Educação ao Emprego – é

destacado o papel do Ensino Profissional

nesta tarefa, “ao permitir adquirir competências específi-

cas e orientadas para o trabalho”. Graças a estas competências mais práticas, conclui o relatório, estes cursos profissionalizantes são uma das formas de solucionar a falta de qualificações úteis e re-levantes “de que tantos empre-gadores se queixam”. Mas qual a explicação para que lhe seja atribuído este papel? A resposta poderá estar no pró-

prio conceito destas opções edu-cativas. Segundo a definição atual, o

Ensino Profissional é composto por todas as formações de dupla certificação, ou seja, as formações que juntam uma parte escolar e uma parte profissional no seu currículo. Desta forma, dividem-se nas componentes sociocul-

tural, científica, técnica e de formação em contexto de tra-balho.A formação em contexto de trabalho é concretizada através de um estágio, possibilitando um primeiro contacto com o merca-do de trabalho. Esta é uma das razões para que as vias de dupla certificação serem consideradas mais próximas da realidade do emprego. Segundo os dados do Observatório de Estudantes à Saída do Secundário, em 2013, cerca de 60% dos alunos do

Ensino Profissional integrou o mercado de trabalho. Desse grupo, 37% encontraram emprego imediatamente após o finalizarem o curso.

Nos últimos tempos, tem sido destacado o papel do Ensino Profissional no desenvolvimento eco-nómico e social dos países. Mas o que é, afinal, este tipo de Ensino? E quais as razões para que tenha adquirido este protagonismo?

Aprender, fazendo

Os cursos profissionais

Para além das escolas profissionais, desde 2012, todas as esco-las secundárias (públicas ou privadas) incluem cursos profissio-nais na sua oferta. Graças à sua dupla certificação, estes são dão direito a um diploma de Ensino Secundário e, simultaneamente, a uma certificação profissional do nível 4 do Quadro Nacional de Qualificações (em contraste com o nível 3 dos cursos cientí-fico-humanísticos). As disciplinas de um curso profissional estão divididas por mó-dulos. Estes são unidades de aprendizagem autónomas e inte-gradas que incluem experiências e atividades, com o objetivo de fornecer competências ao aluno. No final do curso, não é obrigatória a realização de exames nacionais, sendo que a pro-va final de avaliação é a PAP – Prova de Aptidão Profissional. Esta prova envolve a demonstração, perante um júri, das com-petências adquiridas no âmbito das disciplinas do curso e da experiência profissional.

Prosseguimento dos estudos

Ainda que seja uma opção virada para a preparação para uma profissão, o Ensino Profissional não fecha a porta ao prossegui-mento de estudos. De resto, segundo os dados do Observatório dos Estudantes à Saída do Secundário, referentes a 2013, cerca de 38% dos alunos que concluem vias profissionalizantes con-tinuam os seus estudos, sendo que cerca de 14% estudam e trabalham, simultaneamente. Do grupo de alunos vindos do Ensino Profissional que optam pelo prosseguimento de estudos, 67% ingressaram no ensino superior. Segundo a informação disponibilizada pela Associação Nacio-nal de Escolas Profissionais (ANESPO), para se candidatar ao en-sino superior, um aluno vindo de uma modalidade profissionali-zante “terá de realizar dois exames nacionais” – um à disciplina de Português e um exame “à escolha dos alunos” de entre as disciplinas “específicas definidas por cada estabelecimento de ensino superior”. Ainda no âmbito do prosseguimento de estudos, foram criados recentemente os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP). Esta nova oferta consiste numa formação de 120 crédi-tos divididos por quatro semestres letivos. No final, tal como os Cursos de Especialização Tecnológica, os CTeSP conferem uma qualificação de grau 5 do QNQ, com possibilidade de transição para uma licenciatura, através de um regime especial. n

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val do rio ed. 2015/2016

Na Sede de Oeiras, a Escola Profissional Val do Rio disponibiliza cursos orientados para a tecnologia (Gestão de Equipa-mentos de Informáticos e Eletrónica e Telecomunicações) e para as artes e co-municação (Design e Produção Gráfica, Vídeo, Desenho Digital 3D e Multimé-dia).

Dimensão Internacional Num mercado cada vez mais globalizado, a internacionalização tem sido uma das apostas constantes da Val do Rio. Para o último ano letivo, por exemplo, foram reforçados diversos protocolos de inter-câmbio com instituições de países como Finlândia, Noruega, Suíça, Dinamarca ou Turquia. Em simultâneo, a Val do Rio pro-

porciona anualmente aos seus melhores alunos a oportunidade de realizar o es-tágio curricular num país da União Euro-peia, por períodos não inferiores a dez semanas, em empresas de topo na sua área.

Rede Europeia de TecnologiaA Escola Profissional Val do Rio é res-ponsável pela gestão do Departamento de Eletrónica e Telecomunicações do InnMain (http://www.innmain.eu/), uma rede europeia constituída por institui-ções educativas, empresas, associações de empresários e câmaras de comércio e indústria. Focada na excelência da quali-dade educativa nas áreas da manutenção industrial, tem como objetivo principal

fomentar a mobilidade internacional de alunos, professores/formadores e pes-soal diretivo, para intercâmbio de expe-riências de formação e gestão. Ponto mui-to forte desta rede é o desenvolvimento de projetos de transferência de inovação, já premiados nas instâncias comunitárias. É num destes projetos, o projeto One2O-ne (Project X), que a Val do Rio está atual-mente envolvida com os seus parceiros europeus. O objetivo deste projeto tem duas vertentes: por um lado pretende-se aproximar as necessidades das empresas às escolas e, por outro lado, melhorar a metodologia pedagógica, permitindo aos professores/formadores atender indi-vidualmente a cada aluno, tendo em con-ta o seu ritmo próprio de aprendizagem.

Sede: Oeiras

Escola Profissional Val do Rio

A melhor preparação

Tecnologia, Artes e Comunicação

Desde 1989, a Escola Profissional Val do Rio já formou milhares de alunos, proporcionando um ensino técnico lecionado por pro-fessores/formadores com experiência reconhecida no meio pro-fissional. A aposta num corpo de professores/formadores com ligações fortes ao mundo do emprego é reflexo da preocupação em oferecer aos alunos uma oferta formativa atual e relevante para o mercado de trabalho. Ainda que num contexto de crise económica, o índice de empre-gabilidade dos cursos tem-se mantido elevado, sinal da existência de uma oferta atualizada e atenta às necessidades do tecido em-presarial. De igual forma, têm-se multiplicado o número de pro-tocolos com empresas para a realização de estágios, alargando assim o leque de opções de excelência para os seus alunos. E porque uma aprendizagem completa e integrada deve ser uma preocupação de todas as instituições de ensino, a Escola Profissio-nal Val do Rio promove regularmente iniciativas que envolvem os vários cursos da sua oferta formativa, com o objetivo final de ga-rantir a polivalência e a flexibilidade dos profissionais que forma.

Formação Integral e PersonalizadaEm todas as opções da oferta formativa, o objetivo não passa apenas por formar técnicos especializados. Por entender que as competências sociais e culturais são fundamentais num bom pro-fissional, a Val do Rio integra, ao longo de todo o seu ciclo de formação, a disciplina de Ética Social e Profissional (ou, opcional-mente, Ética Cristã).Este desenvolvimento pessoal só é alcançado através de um acompanhamento próximo dos alunos, tendo atenção às especi-ficidades do seu percurso pessoal. Por essa razão, cada estudante possui um tutor que o acompanha ao longo de toda a formação, através de entrevistas individuais e informais. Nos últimos anos, a Val do Rio tem ainda apostado no desenvol-vimento de um tipo de atributos cada vez mais valorizados pelo mercado de trabalho – as competências transversais. Através de diversos projetos multidisciplinares, os seus alunos têm trabalha-do as suas capacidades de espírito de equipa, liderança, comuni-cação ou empreendedorismo.

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val do rioed. 2015/2016

Polo do Estoril Área Social e de Saúde I.B. com vertente profissional

Numa experiência pioneira em Portugal, a

Escola Profissional Val do Rio leciona, em

parceria com a Oeiras International School,

a componente vocacional dos International

Baccalaureate Career Related Programme

(IBCP). Esta é uma modalidade direcionada

para alunos que pretendam incorporar uma

orientação profissional no ensino de nível

secundário, ao mesmo tempo que procuram a

excelência garantida pelo sistema International

Baccalaureate.

Formação de Ativos

A FORPO, entidade promotora da Escola

Profissional Val do Rio, é certificada pela ANACOM

para proporcionar a alunos e formandos a

obtenção da carteira de técnico instalador de

ITED (Infraestruturas de Telecomunicações em

Edifícios). O curso pode funcionar em regime pós-

laboral e tem a duração de 100 horas (formação

inicial) ou 50 horas (formação contínua). Para

mais informações sobre este e outros cursos

de formação de ativos, foi criado um website

específico (e-Learning) que pode ser acedido

a partir da página inicial do website da escola

(www.valdorio.net).

Formação para pais

Em parceria com o CENOFA (Centro de Orientação

Familiar), a Escola Profissional Val do Rio

oferece cursos para pais de adolescentes.

Estas formações são divididas em sessões

onde se trabalham case studies elaborados

a partir de casos reais. O objetivo passa por

desenvolver ferramentas de estudo, a partir

dos casos apresentados e através da discussão

em pequenos grupos. Depois, complementa-

se o trabalho prático com a apresentação do

moderador. Os temas abordados contemplam

assuntos que hoje marcam a adolescência, como

a gestão da agressividade, as redes sociais, a

conciliação do tempo de estudo com o lazer, a

gestão do tempo e do dinheiro, entre outros

temas. Em alguns casos adota-se também

o formato de conferência, também muito

apreciado pelos pais, com a colaboração

da Be Family.

Informações e Pré-inscriçõesemail: [email protected]: www.valdorio.nettelefone: 214 413 072

No Polo do Estoril, poderás encontrar uma escola que coloca em evidência valores como solidariedade ou responsabilidade social. A oferta formativa, alinhada com as necessidades do concelho de Cascais, é composta pelos cursos Técnicos de Apoio à Infância, Técnico de Apoio Psicossocial e Técnico de Auxiliar de Saúde.

Formação em proximidadeAs relações humanas são o elo comum da oferta formativa do polo do Estoril da Esco-la Val do Rio. Nesse sentido, a ligação com os seus alunos é também marcada por um

apoio em proximidade, através do sistema de tutoria e do contacto constante com a comunidade.

Serviço Comunitário e Atividades ExtracurricularesValores como a solidariedade apenas fazem sentido quando postos em prática. Por essa razão, os alunos da Val do Rio desenvolvem, ao longo do ano letivo, diversas atividades de intervenção social. De ano para ano, o número de ações tem aumentado, bem como a diversidade de públicos auxiliados: idosos, crianças, sem-abrigos ou pessoas portadoras de deficiência.

Gabinete +SaúdeAo entender que o bem-estar absoluto dos seus alunos é essencial para o desenvolvi-mento pessoal e profissional, a Val do Rio disponibiliza, ao longo do ano, um gabinete constituído por uma enfermeira, uma assis-tente social e uma psicóloga. Esta equipa procura soluções para os jovens que neces-sitem de uma ajuda especializada e ade-quada às suas necessidades.

Em caso de dúvida sobre a melhor opção de futuro, a Val do Rio organiza workshops para candidatos e encarregados de educação, de forma a que conheçam os conteúdos e saídas profissionais de cada curso. Contacta-nos e acertano teu futuro!

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ed. 2015/2016

O que querem os empregadores?Em março deste ano, foram divulgados os resultados de um in-quérito a cerca de 1.600 empresas sediadas em todo o país. O objetivo passou por traçar um diagnóstico relativo à relevância das qualificações nas diferentes regiões nacionais, de forma a

fazer um planeamento mais eficaz da oferta formativa e educa-tiva. Para tal, era necessário perceber as necessidades das em-presas, relativamente às qualificações não-superiores, onde se incluem os cursos profissionais. Estes foram os resultados:

As 10 qualificações mas procuradas - Norte

Empregado/a de Restaurante/Bar; Técnico/a de Restaurante/Bar

Operador/a de Fabrico de Calçado

Técnico/a Auxiliar de Saúde

Pedreiro/a

Costureiro/a Industrial de Tecidos

Operador/a de Máquinas Ferramentas

Operador/a de Fabrico de Marroquinaria

Agente de Geriatria

Técnico/a de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade

Operador/a de Máquinas - Ferramentas CNC

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Qualificações com Mais Intenções de Recrutamento Registadas em % do total

0 1 2 3 4 5 6

Operador/a / Técnico/a de Logística

Operador/a de Transformação de Pescado

Agente de Geriatria

Técnico/a de Transformação de Polímeros/ Processos de Produção

Técnico/a Auxiliar de Saúde

Artesão/ã das Artes do Têxtil

Técnico/a de Pintura Decorativa

Técnico/a Especialista em Conservação e Restauro de Madeira (Escultura e Talha)

Operador/a / Técnico/a de Cerâmica

Técnico/a de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade

As 10 qualificações mas procuradas - Centro

Qualificações com Mais Intenções de Recrutamento Registadas em % do total

0 5 10 15 20 25

Empregado/a / Técnico/a Comercial; Técnico de Vendas

Empregado/a de Restaurante/Bar; Técnico/a de Restaurante/Bar

Assistente Administrativo/a; Técnico/a Administrativo/a

Programador/a Informático/a

Cozinheiro/a

Técnico/a Auxiliar de Saúde

Técnico/a de Gestão

Técnico/a de Eletrónica e Telecomunicações

Agente de Geriatria

Empregado/a de Andares

As 10 qualificações mas procuradas - Lisboa

Qualificações com Mais Intenções de Recrutamento Registadas em % do total

Operador/a Agrícola

Agente de Geriatria

Técnico/a de Energias Renováveis

Empregado/a de Restaurante/Bar; Técnico/a de Restaurante/Bar

Eletricista de Instalações

Técnico/a de Segurança e Salvamento em Meio Aquático

Cozinheiro/a

Técnico/a de Ação Educativa

Técnico/a de Apoio à Infância

Operador/a de Máquinas Agrícolas

0 5 10 15 20 25 30 35

As 10 qualificações mas procuradas - Alentejo

Qualificações com Mais Intenções de Recrutamento Registadas em % do total

Norte

As 10 Qualificações mais procuradas (Qualificações com Mais Intenções de Recrutamento Registadas em % do total)

Centro

Lisboa

Alentejo

Na zona norte do país, as vagas que as empresas têm maior ne-cessidade de preencher são relativas ao posto de Empregado ou Técnico de Restaurante/Bar. Destaque também para a neces-sidade de profissionais nas áreas do calçado e da tecelagem, historicamente associadas a esta região.

Na zona centro, são técnicos de logística os mais procurados. Regista-se ainda uma preponderância de áreas como o pesca-do e da transformação de polímeros, relacionadas com o tecido produtivo e industrial desta região.

Em Lisboa, para além da necessidade de profissionais na área da restauração, denota-se a procura de técnicos comerciais, de vendas e administrativos, condizente com a concentração de serviços deste âmbito na zona da capital.

No Alentejo, para além do aproveitamento da terra, são o iso-lamento, o envelhecimento e o crescimento do mercado das renováveis a nota que rege a procura das empresas. Destaque para a grande procura de operadores agrícolas com quase 35% das escolhas, indicador de algum desfasamento entre as op-ções dos jovens e as necessidades regionais.

Fonte: Sistema de Antecipação de Necessidade de Qualificações, ANQEP, I.P.

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ed. 2015/2016

pub

0 10 20 30 40 50

Empregado/a de Restaurante/Bar (N. 2); Técnico/a de Restaurante/Bar

Empregado/a de Andares

Programador/a Informático/a

Empregado/a / Técnico/a Comercial; Técnico de Vendas

Operador/a Agrícola

Cozinheiro/a

Agente de Geriatria

Técnico/a de Ação Educativa

Operador/a de Sistemas de Gestão de Resíduos Sólidos

Rececionista de Hotel

As 10 qualificações mas procuradas - Algarve

Qualificações com Mais Intenções de Recrutamento Registadas em % do total

0 2 4 6 8 10 12

Empregado/ Técnico/a Comercial/ Vendas / Técnico de Comércio

Empregado/a / Técnico/a de Restaurante/Bar / Cozinheiro

Assistente / Técnico/a Administrativo/a

Técnico/a Auxiliar de Saúde

Agente de Geriatria

Técnico/a de Restauração

Programador/a Informático/a

Cozinheiro/a

Operador/a de Máquinas Ferramentas

Operador/a Agrícola

Operador/a de Fabrico de Calçado

Pedreiro/a

Técnico/a de Ação Educativa

Costureiro/a Industrial de Tecidos

Técnico/a de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade

Operador/a / Técnico/a de Logística

Empregado/a de Andares

Técnico/a de Transformação de Polímeros/ Processos de Produção

Técnico/a de Gestão

Técnico/a de Contabilidade

As 20 qualificações mais procuradas - Portugal Continental

Qualificações com Mais Intenções de Recrutamento Registadas em % do total

Algarve

Números nacionais

No Algarve – região profundamente ligada ao turismo e à res-tauração – o resultado é expectável com as áreas da restauração e hotelaria a marcarem presença no topo das escolhas.

Ofertas de emprego que confirmam a tendência

Analisando os dados mensais públicados pelo IEFP (abril de 2015), verificamos que, tal como no estudo da ANQEP, é verifi-cada uma tendência para a procura de profissionais na área dos serviços, com 68,9% das ofertas de emprego a serem relativas a este tipo de atividade – um aumento de 2773 ofertas (30,6%) face ao mesmo período do ano passado. De resto, apenas contabilizando um período de três meses (desde fevereiro de 2015), regista-se um aumento de 2,2% nas ofertas deste setor.Ainda relativamente aos dados do relatório mensal de Abril de 2015, no âmbito das áreas com maior crescimento no número de ofertas, verificamos que o setor da hotelaria e restauração assume uma po-sição de destaque com mais 607 ofertas de emprego (0,8%) do que no mesmo período do ano passado. De igual forma, esta é uma das áreas com maior número de oportunidades de emprego, registan-do um total de 2590 ofertas em abril de 2015 (15,1%). Fonte: IEFP

ATIVIDADE ECONÓMICA 2014 2015 var.%

ABRIL % MARÇO % ABRIL % mês homólogo

mês anterior

Total 13 831 100,0 16 286 100,0 17 187 100,0 +3356 +901

Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca

874 6,3 1 039 6,4 1 416 8,2 +542 +377

Indústria, energia e água e construção 3 892 28,1 4 062 24,9 3 935 22,9 +43 -127

Serviços 9 063 65,5 11 182 68,7 11 836 68,9 +2773 +654

Ofertas de emprego por atividade económicaMovimento ao longo dos meses (Continente)

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guia do ensino profissional • desde 201010

entrevista ed. 2015/2016

Quais as razões podem levar um jovem a optar pelo Ensino Profissional?A razão para um jovem, aos 15 anos de idade, depois de termi-nar o 9.º ano de escolaridade, optar pelo Ensino Profissional, é que, sendo este um dos dois caminhos ele tem como pos-sibilidade de escolha nessa altura, ele é diferente do caminho dos científicos humanísticos. Esse é um trajeto exclusivamen-te vocacionado para o prosseguimento de estudos. Ou seja, quem escolher o caminho dos científico-humanísticos não tem possibilidade de iniciar a vida ativa antes de terminar uma li-cenciatura. Logo, o Ensino Profissional tem essa missão: per-mitir aos jovens, antes de obterem a licenciatura, quando ter-minam o secundário, ter competências para começar uma vida ativa, se esse for o seu objetivo. Nesse sentido, é um caminho que dá mais competências e que abre mais possibilidades. Isto porque não fecha a porta ao prosseguimento de estudos numa universidade ou num instituto politécnico. Desse ponto de vista, vemos o Ensino Profissional como um caminho mais vantajoso.

Para tal, é importante manter uma relação de proximidade com o mercado de trabalho. Quais foram os passos dados nesse sentido, recentemente?É claro que este caminho, para fazer sentido para os jovens, para que eles reconheçam nele este valor que queremos que eles reconheçam, tem de estar próximo das empresas e tem de providenciar as competências que as empresas necessitam. Nesse ponto, o que estamos a fazer é, por um lado, diagnosti-car as necessidades das empresas e, por outro lado, desenhar currículos e referenciais de qualificações que sejam atuais, em função dessas mesmas necessidades. Isso é feito graças a es-tes diagnósticos e ao diálogo constante com os empregadores, através do Catálogo Nacional de Qualificações e dos Conselhos Setoriais para a Qualificação.

“Vemos o Ensino Profissionalcomo um caminho

Gonçalo Xufre Silva, Presidente do Conselho Diretivo da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP)

Gonçalo Xufre Silva assume-se satisfeito com a taxa de 44,4% de alunos portugueses que escolhe-ram o Ensino Profissional. Também pelo facto de esta ser, na opinião do Presidente do Conselho Diretivo da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional (ANQEP), uma percenta-gem com “tendência para aumentar” e que se explica pela mudança de mentalidades relativamen-te à real preparação para o mercado de trabalho. “Houve uma consciencialização de que é preciso algo mais. Esse algo mais está no Ensino Profissional”, garante.

mais vantajoso”

Quando falamos de uma modalidade profissionalizante, estamos a falar sobretudo de competências técnicas. Exis-te também uma outra componente importante, relativa às competências transversais, ou soft-skills, que são cada vez mais valorizadas pelos empregadores. De que forma é que o ensino profissional responde a esta necessidade?É verdade. Quando falamos dessa componente profissionali-zante estamos a falar de competências mais técnicas, a aplicar numa determinada atividade profissional. Quanto a essas com-petências transversais – aquilo que chamamos de soft-skills – e que são cada vez mais valorizadas pelos empregado-res, estamos absolutamente convencidos que o Ensino Profissional também oferece vantagens. Isto porque es-tamos a falar de competências que se relacionam com a capacidade de trabalhar em equipa, com a capaci-dade de comunicação, com a resiliência, com a ca-pacidade de ultrapassar dificuldades em situações imprevistas… E o Ensino Profissional, ao ter uma forte componente de formação em contexto de tra-balho, proporciona as condições para que essas competências sejam adquiridas. Isso não acon-tece no caminho dos científico-humanísticos. É mais uma das vantagens do ensino profissional.

Quanto à ligação ao mercado de trabalho, qual o feedback que chega à ANQEP por parte das entidades empregadoras?Existem alguns passos que temos que dar e que não se relacionam apenas com a com-ponente dos alunos. Há determinadas áreas em que é necessário fazer um investimento prévio, antes dos estudantes realizarem a sua formação em contexto de trabalho, por serem áreas muito específicas. Es-

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guia do ensino profissional • desde 2010 11

entrevistaed. 2015/2016

“O Ensino Profissional tem essa missão: permitir aos jovens, antes de obterem a licenciatura, quando terminam o secundário, ter competências para começar uma vida ativa, se esse for o seu objetivo”

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guia do ensino profissional • desde 201012

entrevista ed. 2015/2016

tou a lembrar-me, por exemplo, da área da saúde em que um jovem, aos 17 ou 18 anos de idade, vai trabalhar com públicos muito específicos. Se estivermos a falar de trabalhar com idosos em situação complexa, o aluno precisa de ter um determina-do tipo de preparação. É importante que o sistema educativo e formativo providencie essas competências antes do início da formação em contexto de trabalho. Também é preciso que as empresas, quando se envolvem no Ensino Profissional, não te-nham apenas a perspetiva de acolher o jovem. É necessário que tenham também a perspetiva de se prepararem para garantir

determinado tipo de resultados de aprendizagem. Nesse pon-to, temos estado a fazer um esforço, nomeadamente na constru-ção de um referencial de formação para a figura do tutor – que é uma aposta da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional. Os tutores são profissionais do lado da empresa que ajudam os jovens a ter um bom desempenho na formação em contexto de trabalho.

Em termos de números, qual a percentagem de jovens que opta pelas modalidades profissionalizantes?Penso que o número oficial é 44,4%. É um valor que está estabi-lizado nos últimos anos, apesar de ser um objetivo político, que já vem do anterior Governo, alcançar a meta dos 50% de alunos nestas ofertas. A meta dos 50% é uma referência europeia, ao ser a média da União Europeia e, portanto, é esse o objetivo. Mas, mais importante do que a quantidade, é a qualidade das qualificações que estamos a oferecer. Ou seja, a qualidade da-quilo que se tornam as competências que os nossos jovens têm para utilizar no mercado de trabalho. Estamos satisfeitos com o número. A tendência é para aumentar e estamos a promover uma valorização das ofertas, para termos mais jovens no Ensino Profissional. Mas temos uma aposta muito séria na qualidade que, agora, é o caminho em que queremos dar passos muito concretos.

Pensa que este crescimento se relaciona com a credibiliza-ção do Ensino Profissional e a derrota de um certo precon-ceito que poderia estar presente na sociedade, relativamen-te às opções profissionalizantes?É verdade. Houve essa evolução. Tinha que haver essa evolu-ção porque na sociedade portuguesa, por contexto histórico, houve um estigma relativamente a este tipo de percursos. No entanto, isso está a mudar. Está a mudar muito por força da massificação do ensino e também porque houve uma opor-tunidade com a crise económica. Com a crise, houve uma consciencialização das pessoas para o facto de que ter uma licenciatura não é garantia de nada. De que ter um percurso exclusivamente académico não dá competências para que os jovens tenham soluções no mercado de trabalho. De que é preciso algo mais. Esse algo mais está no Ensino Profissional. Portanto, nós achamos que já estamos numa outra fase desse paradigma, relativamente à forma como as famílias e os jovens olham o Ensino Profissional.

Esse trabalho tem também sido feito através de iniciativas dinamizadas pela ANQEP, como o Dia do Ensino Profissio-nal ou o Roadshow do Ensino Profissional. Como é que es-tas iniciativas se inserem naquela que é a missão da AN-QEP?Inserem-se exatamente na dimensão da valorização e da per-ceção da mais-valia que é o Ensino Profissional. Há uma grande componente de comunicação na missão da Agência e nós te-mos estado a desenvolvê-la, não só nesses dois exemplos, mas também para que exista uma aposta mais clara na orientação e no encaminhamento. Nós queremos que a informação seja cada vez maior e que seja cada vez mais objetiva e transversal às várias ofertas que estão ao dispor dos jovens, para que eles possam tomar uma opção de forma consciente.

Também inseridos nas vertentes da orientação e do enca-minhamento, encontramos os Centros para a Qualificação e o Ensino Profissional (CQEP). Qual o balanço que é feito relativamente a estas estruturas?Os CQEP são as estruturas que sucederam aos Centros Novas Oportunidades, não só mudando ou alterando algumas das metodologias seguidas nos processos de reconhecimento de competências mas, principalmente, alargando o âmbito de in-tervenção aos jovens. O ano de 2014 foi um ano em que nos dedicámos muito à construção dos instrumentos necessários para o seu desenvolvimento e para a sua atividade. Estes estão feitos e, neste momento, os centros têm tudo o que é neces-sário tecnicamente para desenvolver a sua atividade. Estão a capacitar-se também com recursos humanos. Ainda é preciso reforçar essa componente mas estamos muito otimistas por-que vai abrir em breve, ainda antes do verão, um concurso de financiamento por parte dos fundos comunitários que irá re-forçar a capacidade de resposta para os CQEP, em termos dos recursos.

Ainda relativamente à questão do prosseguimento de estu-dos, de que forma é que os recém-criados Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) se relacionam com esta possibilidade?Os CTeSP são uma oferta que, de algum modo, se equi-para aos cursos de especialização tecnológica que já existiam. Contudo, têm uma clarificação relativamen-te a estes. É uma oferta claramente de ensino supe-rior. Isto tem para nós uma importância estratégica, porque, sendo uma oferta profissionalizante, está enquadrada no ensino superior. E esperamos que contribua para a valorização deste caminho, dando claramente a perceção de que optar pelo ensino profissional é também optar pelo prosseguimen-to de estudos, se for essa a vontade do jovem em questão. Vemos os CTeSP com essa vantagem de clarificação de que existe uma oferta de en-sino superior que também é profissionalizan-te. A oferta ainda não está no terreno, estão agora a ser registados os primeiros cursos. Vamos ver se aquilo que vai ser implemen-tado é mesmo em ligação com as empresas porque, se assim não for, perdemos uma oportunidade. Temos muita expectativa de alcançar esse objetivo porque é importan-te que haja ligação às empresas, por par-te da oferta do ensino superior. n

“Com a crise, houve uma consciencialização das pessoas para o facto de que ter uma licenciatura não é garantia de nada”

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entrevistaed. 2015/2016

“Vemos os CTeSP com essa vantagem de clarificação de que existe uma oferta de ensino superior que também é profissionalizante”

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iefp

A União Europeia (UE) defronta-se atualmente com uma ele-vada taxa de desemprego juvenil, situação que acarreta gra-ves consequências sociais e económicas para os jovens afe-tados, as suas famílias, os seus países e a Europa no seu todo.

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iefp

Refira-se que no âmbito da iniciativa

Europa 2020, a criação de emprego foi já assumi-

da como uma das prioridades da estratégia para um crescimen-

to inteligente, sustentável e inclusi-vo, considerando-se que a nova agenda

deverá contribuir para permitir alcançar ní-veis elevados de emprego, de produtividade

e de coesão social.A Comissão Europeia (CE) propôs, neste contexto,

vários objetivos a alcançar em 2020 por via daquela estratégia, sendo apropriado destacar quatro deles:

• 75% da população de idade compreendida entre 20 e 64 anos deverá estar empregada;

• 3% do PIB da UE deverá ser investido em Investigação e Desenvolvimento;

• A taxa de abandono escolar precoce deverá ser inferior a 10%;

• Pelo menos 40% da geração mais jovem deverá dispor de um diploma de ensino superior.

Os grandes objetivos a atingir à escala europeia e as iniciativas em-blemáticas propostas pela CE vinculam simultaneamente a UE e os Estados-Membros, requerendo-se, nos vários patamares de in-tervenção e decisão, ao nível europeu e no seio de cada país, uma resposta coordenada e uma abordagem colaborativa que garanta a participação de todos – autoridades, parceiros sociais, partes in-teressadas e sociedade civil – na concretização deste novo grande desígnio para a Europa e para cada um dos países que a integram. Neste contexto, a União Europeia, dando expressão à sua preo-cupação, decidiu, em Abril de 2013, recomendar aos países membros a adoção de uma Garantia Jovem.A Garantia Jovem tem como desígnio que todos os jovens até aos 25 anos possam receber uma oferta de emprego, formação, educação ou estágio nos quatro meses após o momento em que deixem a educação formal ou fiquem desempregados. Portugal decidiu alargar a Garantia Jovem até aos 30 anos.Mas a Garantia Jovem pretende ser mais do que um simples conjunto de medidas ativas de apoio ao emprego, educação e formação. Pretende-se que seja uma metodologia de interven-ção assente em ideias chave como a planificação para a vida adulta e o combate aos ciclos de inatividade. Nesta lógica, considera-se fundamental ativar formas que, do ponto de vis-ta operacional, possam orientar os jovens a fazer uma melhor planificação do seu ciclo de estudos para o mundo do traba-lho. Combater a inatividade, por outro lado, também se afigura como fundamental, uma vez que quanto mais frequentes e mais duráveis forem os ciclos de inatividade dos jovens, mais difícil se torna a sua inserção ou reinserção profissional.A taxa de desemprego entre os mais jovens tem vindo a baixar pois chegou mesmo a atingir um pico de cerca de 42% no início de 2013. Ainda assim, continua muito elevada e queremos con-

tinuar a ajudar a combate-la. Qualificar os nossos jovens, através de diversas ferramentas das quais destaco o papel da formação profissional, é fundamental. Todos os estudos apontam no senti-do que os jovens mais qualificados têm tempos de permanência menores no desemprego e têm salários, em média, maiores. Num outro vetor, refiro ferramentas que ajudam os jovens a en-trar no mercado de trabalho através de incentivos à contratação, como por exemplo o Estímulo Emprego. Ainda neste ponto, os estágios profissionais têm sido uma importante forma de integrar jovens no mercado de trabalho pois, segundo os dados que temos, cerca de 70% dos jovens que faz estágio, no final consegue uma colocação (na entidade empregadora onde fez o estágio ou noutra). Principalmente para os jovens que nunca tiveram uma primeira experiência de trabalho, os estágios têm sido muito importantes, pois a existência do requisito da experiência era uma barreira praticamente inultrapassável. Em suma, a experiência não se compra, temos de passar por ela.Uma palavra também para os destinatários da Garantia Jo-vem: os jovens NEET - Not in employment, education or training, ou seja, jovens que nem estão no mercado de trabalho nem es-tão na escola. Ora, pela primeira vez se desenha uma iniciativa que pretende apoiar os que estão “no sistema” (aqui entenda--se como os jovens que estão inscritos no serviço público de emprego) mas também, os jovens que estão “fora do sistema”. E, para estes últimos, só com relações de proximidade alicerça-das em maior confiança é possível obter resultados, pois, estes jovens, por regra, estão desacreditados do “sistema”.Assim, a Garantia Jovem acaba por ter uma dupla forma de in-tervenção: ajudar os jovens que vêm ter connosco (ao serviço público de emprego e ou educação) mas também, e através de uma ampla rede de parceiros locais, queremos chegar a estes jovens mais afastados e apoiá-los na sua entrada ou reentrada no “sistema”. Foi criada uma plataforma informática de apoio a estes jovens em www.garantiajovem.pt.Sabemos que esta dinâmica de agravamento do desemprego nos últimos anos, nomeadamente na população mais jovem, acaba, inevitavelmente, por ter efeitos “colaterais” na vida dos jovens. Refiro-me ao que muitas vezes se vai denominando de dificuldade de emancipação para a vida adulta. A dificuldade de sair de casa dos pais e constituir família, por exemplo, tem inevitáveis reflexos no futuro dos jovens e, por consequência, em todos nós como sociedade. E, neste sentido, este é um problema que tem que ser enca-rado por todos: Família, Sociedade Civil e Estado. Todos têm um papel importante e até complementar, desde incentivando a criação de emprego e focando-se no aumento das qualifica-ções dos jovens até procurando contribuir ativamente nos pro-cessos decisórios estimulando não só a proatividade e atitudes empreendedoras, mas também procurando quebrar “mitos” muitas vezes enraizados que não contribuem para a serenidade das decisões individuais.Assim, ninguém pode ficar de fora nesta “batalha” – o combate ao desemprego jovem, e para ela estamos todos convocados. Pelos nossos jovens. Pelo futuro deles. Pelo nosso futuro.

Maio 2015Vítor Moura Pinheiro

Diretor ExecutivoGarantia Jovem

www.garantiajovem.pt

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guia do ensino profissional • desde 2010 III

gustave eiffel

Escola Profissional Gustave EiffelCONTACTOS

Amadora – SedeRua Elias Garcia, 292700-312 AmadoraTel: 214 996 440divulgaçã[email protected]

Amadora – CentroRua Luís de Camões, 4 e 62700-535 AmadoraTel: 214 987 [email protected]

Lisboa – LumiarAlameda das Linhas de Torres, 1791750-142 LisboaTel: 210 100 [email protected]

EntroncamentoCampus EscolarR. D. Afonso Henriques2330-519 EntroncamentoTel: 249 717 055 | Tel: 249 718 [email protected]@gustaveeiffel.pt

Arruda dos VinhosPavilhão Multisusos – Vale Quente2630-233 Arruda dos VinhosTel: 263 978 [email protected]

QueluzRua César de Oliveira, 152745-091 Queluz Tel: 214 362 [email protected]

Projetos e Iniciativas

O que se faz na EPGETodos os dias, vários alunos da Escola Profissional Gustave Eiffel (EPGE) desenvolvem projetos den-tro e fora da sala de aula, de forma a aplicar os seus conhecimentos. Em grupo ou a título individual, estes estudantes desenvolvem as suas competências nas mais diversas áreas: da tecnologia à co-municação, passando pela ecologia ou até pela culinária. Fica a conhecer alguns exemplos.

MediTrack

Um amigo na saúde

Com o objetivo de facilitar a relação dos cidadãos com a saú-de, Emanuel Vitorino, aluno do curso Técnico de Gestão e Pro-gramação de Sistemas Informáticos, encontra-se a desenvolver uma aplicação em Android: a MediTrack.O produto – que passou a 1.ª fase do concurso “Ciência na Es-cola” – permite o registo de todas as consultas, cirurgias, tera-pias, análises ou sessões de fisioterapia. Por outro lado, permite definir alarmes personalizados para os medicamentos, definir lembretes para os apontamentos clínicos e efetuar o registo de alergias.Por fim, através desta aplicação, será ainda possível ao utiliza-dor encontrar os serviços de saúde disponíveis na sua área de residência.

Base2u

Pipocas na mão e não no chãoPartindo do slogan “mais vale tudo numa mão do que pipo-cas no chão”, seis alunos do curso Técnico de Gestão cria-ram a empresa Base2u, que desenvolveu o conceito de um suporte único para o balde de pipocas e para a bebida que facilita o transporte dos produtos numa ida ao cinema. A equipa é composta por António Silva, Gonçalo Pereira, João Mendes, Marco Pires, Nuno Mendes e Patrícia Vieira.No âmbito da sétima edição do Programa “A Empresa” – Junior Achievement Portugal, a equipa Base2u arrecadou, no dia 25 de maio, o Prémio CIDOT – uma semana de estágio na Empresa Estúdio de Comunicação e o Prémio Alumni – Aluno Revelação.

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guia do ensino profissional • desde 2010IV

gustave eiffel

CEER

O carregador renovável

Criado por cinco alunos do curso Técnico de Eletrónica Auto-mação e Comando, o Carregador Elétrico de Energia Reno-vável (CEER) pretende dar resposta à questão “como carregar aparelhos móveis de forma ecológica e portátil?”. Assim, este dispositivo consiste num carregador que permite a utilização de rede elétrica convencional mas também o uso de um painel solar.Segundo os autores deste projeto – Gonçalo Sousa, Márcio Guer-ra, João Cancelinha, Rafael Bento e Márcio Dias – a ideia surgiu “porque já todos nos deparamos com situações em que não po-demos utilizar aparelhos móveis ou tecnológicos (telefones, mp4, Tablet) devido à falta de energia”. Por vezes, estas situações acon-tecem, realçam os alunos, “em locais onde a rede elétrica não está acessível, como, por exemplo, nos transportes públicos, num passeio a pé pela cidade ou a meio da corrida matinal”.Já com um protótipo construído, o CEER caracteriza-se por ser userfriendly, leve e portátil, permitindo ainda o carregamento de baterias através de ligação USB. Segundo os criadores, existe ain-da o objetivo de criar dispositivos adicionais que utilizem este sistema como um localizador GPS, um sinalizador de emergência e um sistema de som portátil. Este investimento, explicam, tem em vista impulsionar “a criação de uma marca de gadgets eletró-nicos” e “rentabilizar a compra da central de carregamento”, com objetivo último de “melhorar o quotidiano das pessoas”.O projeto CEER conta com participações nos concursos INOVA e “Atreve-te a Pensar”, onde alcançou o terceiro lugar.

EcoGest

Gerir o lixo com maior eficiência

“O EcoGest nasceu da vontade em melhorar o sistema de recolha de lixo para reciclagem”. Conforme explicam os quatro alunos dos cursos Técnicos de: Eletrónica e Teleco-municações, Gestão e Programação de Sistemas Informá-ticos e Multimédia, relativamente à recolha e encaminha-mento de resíduos recicláveis, esta “poderia ser efetuada de uma forma mais eficiente”.Para os responsáveis do projeto – Bruno Costa, Diogo Gama, Paulo Maurício e André Rodrigues – existem duas razões para esta margem de progressão: “assistimos a recolhas em EcoPontos que não estão completamente cheios” e, simultaneamente, “observamos quantidades imensas de lixo à volta de alguns EcoPontos”.Procurando colmatar essa insuficiência, a equipa propõe- -se criar “EcoPontos inteligentes”, ou seja, uma estrutura com “capacidade para detetar o nível de enchimento e enviar essa informação para o exterior”. Na posse dessa informação, explicam, os serviços de recolha de lixo “po-derão gerir e organizar as rotas dos camiões”, tendo por base os mapas Google.Para que a quantidade de lixo seja monitorizada, os alunos pretendem construir um sistema que inclua um sensor de distância, um microcontrolador, um módulo de comunica-ções GSM e um sistema de energia. A equipa aponta ain-da algumas potencialidades futuras deste sistema. Através deste equipamento poderá ser realizada uma georreferen-ciação dos dados enviados pelos EcoPontos”, de modo a criar mapas de zonas com maior utilização ou volume de recolha, permitindo identificar, inclusive, zonas onde seja necessário reforçar a sensibilização das populações.

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guia do ensino profissional • desde 2010 V

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PiRain

Um estendal smart

Com participações nos concursos INOVA e Junior Achievment Portugal, o projeto PiRain foi desenvolvido por quatro alunos do curso Técnico de Comunicação – Marketing, Relações Públi-cas e Publicidade: Catarina Pinto, Inês Garcias, Luís Fernandes e Melissa Fernandes. O projeto tem o objetivo de automatizar os estendais exteriores, evitando a exposição da roupa à chuva. Desta forma, o produto consiste numa cobertura de plástico automática que cobre a roupa quando está a chover.Para alcançar este objetivo, o PiRain funciona graças a um sensor de água que aciona o mecanismo, fazendo com que o plástico seja transportado através de um carril colocado nos suportes laterais. Depois de o plástico cobrir na totali-dade a roupa, a cobertura é trancada ficando assim imóvel.Este mecanismo é também autossustentável, graças a um pequeno painel solar colocado por cima de um dos supor-tes e, de um acumulador que lhe permite funcionar mesmo quando não há sol.

Speed Control

O verdadeiro limite de velocidade Um sistema que impede automaticamente o excesso de velo-cidade nos automóveis. Este é o propósito do Speed Control – um projeto criado por seis alunos dos cursos Técnicos de Ele-trónica e Telecomunicações e Mecatrónica Automóvel.Para concretizar este objetivo, o Speed Control inclui dois siste-mas eletrónicos. O primeiro é instalado na estrada, emitindo um sinal de rádio com um código que assinala o início de troço ou tipo de via de circulação (como uma localidade ou uma autoes-trada). O segundo é colocado no veículo, de forma a controlar a rotação do motor, impedindo a ultrapassagem do limite de velocidade de cada zona de circulação.Dividido em quatro fases, o projeto prevê: a elaboração de um protótipo, a sua ligação ao motor, a divulgação do produto para angariação de clientes e, a criação de uma unidade de produ-ção nas instalações da Escola Gustave Eiffel.Como uma das maiores dificuldades, os membros do projeto referem “a mudança de mentalidades”, de modo a que os con-dutores aceitem que o seu automóvel, apenas ,circule a 120 Km/h, ao invés dos 250 Km/h obtidos pelos 507 cavalos”.

Cozinha

Jovens talentos da Eiffel

São seis os alunos da EPGE que participaram no Concurso Na-cional dos Jovens Talentos da Gastronomia 2015. Dois dos con-correntes frequentam o curso Técnico de Restauração – Cozinha / Pastelaria, enquanto quatro são alunos do 2.º do Curso de Educação e Formação (CEF) de Cozinha. Dos seis participantes, Filipe Santana e Lúcia Rodrigues disputaram a etapa regional, sendo que a aluna marcará presença na final nacional do con-curso.

Interface Público Ecológico

Ligação à natureza

Rui Sénica e Francisco Mendes, alunos do curso Técnico de Ener-gias Renováveis, estão a desenvolver um um recurso sustentá-vel e autónomo a implementar nas Paragens e/ou Interfaces públicas: o Interface Público Ecológico. O objetivo, nesta fase do projeto, é estudar a imagem e a viabilidade de adaptação deste recurso, procurando a melhor forma de implementação e, consequentemente, o interesse das entidades competentes. O projeto Interface Público Ecológico foi selecionado para parti-cipar na 12.ª edição do Concurso Fundação Ilídio Pinho, tendo sido distinguido com um diploma e um prémio monetário.

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guia do ensino profissional • desde 2010VI

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Luz Verde para a Vida

Na estrada, a vida tem prioridade

Dois alunos do curso Técnico de Eletrónica e Telecomunicações criaram o projeto Luz Verde para a Vida: um sistema que ga-rante a alteração do estado dos semáforos de vermelho para verde, para permitir a passagem de um veículo prioritário em marcha de urgência. Como é realçado pelos alunos responsá-veis (Muller Pereira e Trópio Pereira), “mais importante do que alterar a cor do semáforo para verde, é conseguir fazê-lo com a antecedência necessária” para que seja possível “escoar o trân-sito acumulado”. Tudo isto, com o objetivo final de “facilitar a circulação da ambulância”.Para alcançar este objetivo, este projeto, participante no concurso “Ciência na Escola”, é composto por dois equipamentos: um siste-ma de localização de ambulâncias (a instalar nos veículos prioritá-rios) e um interface para o sistema de gestão e controlo do tráfego de Lisboa (a instalar no Centro de Controlo de Tráfego).Em conjunto, os dois equipamentos abrem um “corredor de luzes verdes”, através do envio automático de uma mensagem SMS, com a localização da ambulância, utilizando a rede de sa-télites de GPS.O objetivo final é contribuir para uma melhoria do “serviço pres-tado pelas equipas de socorro, aumentando de forma significa-tiva a capacidade de intervenção e as possibilidades de sobre-vivência das vítimas”.

ROTABARANG

Um passo para o desenvolvimento

Inserido na categoria “Negócio” do Concurso INOVA 2014-2015, o projeto ROTABARANG, Ecrã 3D POV con-siste na execução de um ecrã de varrimento bidimen-sional que, segundo os criadores, é um “passo lógico seguinte ao desenvolvimento feito em matrizes de LED”. Esta criação está a cargo de Diogo Duarte e Rafael Luzio, alunos do 2.º ano do curso de Técnico de Mecatrónica.

Escrita sem Limites

Um caderno global

Apurado para a fase seguinte do Prémio FAQtos, o projeto Es-crita sem Limites propõe-se a “revolucionar o mundo da escri-ta”, criando um produto inovador que facilitará “a vida de quem utiliza a escrita em papel no seu dia-a-dia: estudantes, professo-res, escritores, entre outros”. O produto consiste num caderno que se conecta a qualquer dispositivo móvel e/ou fixo, nomeadamente através da comu-nicação sem fios, como as tecnologias Bluetooth e Wireless. O desenvolvimento deste produto está a cargo de Tatiana Simões, aluna do 3.º ano do curso Técnico de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e Publicidade.

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guia do ensino profissional • desde 2010 VII

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Têmper’INK

Pintar de forma sustentável

Desenvolvido por três alunos do Curso Vocacional (Instalações Elétricas/Hotelaria e Restauração/Desenho Aplicado), o projeto Têmper’INK prevê a produção de Tintas Naturais de forma a sensibilizar para as técnicas e práticas ambientais sustentáveis. Da responsabilidade dos alunos Mariana Melo, Daniela Ferreira e Leonardo Lino, este projeto está incluído no concurso INOVA 2014-2015, na categoria “Criatividade”.

Tecnosoft

Cinco alunos na fase regional

Os cinco alunos, dos cursos Técnicos de Restauração-Co-zinha/Pastelaria e Restauração - Restaurante/Bar, respon-sáveis pela criação da empresa Tecnosoft, no âmbito do concurso Junior Achievement Portugal, foram selecionados para participar na Feira Ilimitada de Leiria, fase regional deste concurso, que decorreu no dia 21 de abril, na Escola Superior de Gestão de Leiria.No âmbito desta participação, Diogo Gameiro, Lúcia Ro-drigues, Hugo Pereira, Gonçalo Batista e Cláudia Mendes defenderam a sua empresa ao longo do dia, em Português e em Inglês, perante um painel de jurados composto por representantes de diversas entidades locais.

Page 24: Guia do Ensino Profissional 2015

ed. 2015/2016

guia do ensino profi ssional • desde 2010VIII

gustave eiffel

Ainda que possua uma forte ligação ao mundo industrial, o Curso de Técnico(a) de Eletrónica, Automação e Comando não se limita a preparar um aluno para o trabalho numa fábrica. Para além de po-deres realizar a instalação, manutenção e reparação de vários tipos de sistemas industriais (elétricos, eletrónicos, eletro-mecânicos, pneumáticos, hidráulicos e de automação), fi carás ainda habilitado a instalar, por exemplo, sistemas de teleco-municações em edifícios. Para que te tornes um profi ssional com-pleto e de competências certifi cadas, a componente curricular técnica deste cur-so é composta pelas disciplinas de Auto-mação e Comando, Tecnologias Aplica-das, Eletricidade e Eletrónica e Sistemas Digitais.

Podes trabalhar em: › Empresas de manutenção industrial e re-

paração de equipamentos;› Empresas da área da automação e co-

mando, instalações elétricas, domótica e telecomunicações;

› Reparação e instalação de equipamen-tos eletrónicos;

› Empresas de assistência técnica de de-senvolvimento de projetos;

Curso Profi ssional de Técnico(a)de Eletrónica, Automação e ComandoSe as áreas da automação e eletrónica te fascinam, esta é a tua porta de entrada para uma via pro-fi ssional com futuro. Torna-te um técnico especializado, com elevada empregabilidade, adquirin-do um leque alargado de competências.

TESTEMUNHOS

Ussumane Seidi21 anos, aluno do 2.º ano

O que é que te levou a escolher este curso?

Queria entrar num curso de instalações elétricas mas já não havia vaga. Como a área da Automação e Comando tem algumas semelhanças, acabei por fazer esta escolha. Aos poucos, comecei a identifi car-me com o curso e fi quei. Tendo em conta que não foi a tua primeira opção, estás satisfeito, hoje em dia, com a tua decisão?Sim. Estou a gostar do curso, também porque é dos cursos, pelo que tenho ouvido, com melhores saídas profi ssionais para o mercado trabalho. O facto de ser um curso prático, em contacto com o contexto de trabalho e com o emprego, contribui, de alguma forma?Motiva. Apesar de também ter uma componente teórica, é um curso que tem mais a ver com a prática. Isso faz-me sentir mais à vontade. Com as aulas práticas, consigo imaginar-me numa empresa a trabalhar e sinto-me bem com isso. O meu objetivo é, assim que acabar o curso, entrar no mercado de trabalho.

Fábio Tavares20 anos, Diplomado

Como surgiu o teu interesse neste curso?Desde pequeno, sempre fui apaixonado pela robótica e pela eletrónica. Acho que a eletricidade é uma área de

futuro. E sempre esteve nos meus planos ir ao encontro do futuro, adaptando-me ao mundo. Tendo esse interesse, este curso foi uma forma de te preparares para trabalhar nessa área?Exato. Ao mesmo tempo que fazia o que gostava, preparava-me. O curso cumpriu essas expectativas porque tive uma boa preparação e consegui adaptar-me bem ao mundo profi ssional. Estagiei numa empresa e, no fi nal, a EPGE fez-me uma proposta para ingressar como técnico de Automação e Comando. Atualmente, sou o responsável pelo laboratório de Eletrónica, Automação e Comando da escola.Quais são os teus planos para o futuro?Estou empregado mas ainda gostava de estudar mais. Está nos meus planos diplomar-me numa engenharia. Quero continuar sempre a trabalhar nesta área, mas quero desenvolver os meus conhecimentos.

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guia do ensino profi ssional • desde 2010 IX

gustave eiffel

Depois de concluíres este curso, poderás efetuar a instalação, confi guração, manu-tenção e reparação de redes de teleco-municações, equipamentos eletrónicos

e redes de comunicação de dados. Para além de teres a oportunidade de selecio-nar componentes e materiais, poderás ainda integrar equipas técnicas respon-sáveis por equipamentos como redes de fi bra ótica, antenas, routers e amplifi cado-res.

Podes trabalhar em: › Empresas operadoras e prestadoras de

serviços de telecomunicações;› Empresas instaladoras de redes de tele-

comunicações; › Empresas fornecedoras de equipamen-

tos eletrónicos e de telecomunicações; › Empresas de assistência manutenção e

reparação técnica de equipamentos ele-trónicos;

› Empresas de programação, confi gura-ção e gestão de sistemas de telecomu-nicações e redes de comunicação de dados.

Curso Profi ssional de Técnico(a)de Eletrónica e TelecomunicaçõesEstás interessado num futuro profi ssional ligado aos routers ou às redes de fi bra ótica? Este é o curso que te permite adquirir competências chave, numa área em constante crescimento.

TESTEMUNHOS

Fábio Branco21 anos, Diplomado

O que é que te levou a optar por um curso de eletrónica e tele-comunicações? Desde criança que esta área me fascina. Na

altura, já abria aparelhos eletrónicos. Faltava era saber o porquê. Não basta abrir e fi car a olhar. E foi esse fascínio que me fez querer saber mais e entrar neste curso. Hoje em dia, já diplomado, sentes que a tua esco-lha cumpriu esse objetivo?Sem dúvida alguma. Hoje em dia, quando abro um apa-relho já consigo perceber (risos). E essa lógica é tão pura e tão simples que continua a fascinar-me. Quando entraste no curso, o que é que encontraste?No primeiro contacto com a eletrónica, pensamos “esta área é tão ‘gira’ que não pode ser tão complexa”. Mas a vertente prática do curso ajudou a compreender essa complexidade. Tiveste propostas de trabalho, assim que termi-naste o curso?Tive algumas propostas, entre elas, uma da escola EPGE. Acabei por escolher a escola por já conhecer o ambiente e para aprofundar os conhecimentos. Hoje em dia, sou o responsável pelo laboratório de Eletrónica e Telecomuni-cações.Para o futuro, quais os projetos que tens em mente?A universidade. Em específi co, o curso de Engenharia de Telecomunicações. Sentes que a tua experiência acumulada no curso pode ajudar?Sem dúvida e já tive alguns feedbacks nesse sentido. Mas

também é só pensarmos um bocadinho. Um jovem que faça o secundário “regular”, em três anos, tem um contacto com a eletrónica e a eletricidade, imaginemos, de trinta horas. Eu tenho um contacto de três anos. É uma grande vantagem.

Muller Pereira e Joel Nunes Cá23 e 20 anos, alunos do 3.º ano a realizar estágio em Madrid

Como tem sido a experiência de realizar o estágio em Madrid?

Joel: Estamos a apren-der muitas coisas. Esta-mos a aprender a lín-gua espanhola, a conviver com outras nacionalidades, a saber

lidar com pessoas e culturas diferentes… Para nós, isso é muito importante.

Muller: Estamos a aprender muitas coi-sas. Por exemplo, mora-mos com um francês que também está a es-tagiar e podemos tro-

car ideias e ganhar experiências. Estamos a gostar muito. Pensam que esta vai ser uma experiência impor-tante para o vosso futuro?Joel: Penso que vai ser muito importante. No mercado de trabalho, temos uma vantagem e isso é um passo em frente. Por outro lado, o nosso curso, atualmente, dentro dos cursos profi ssionais, tem muita saída no mercado de trabalho. Muller: Penso que as empresas valorizam este tipo de experiência internacional e que estaremos mais prepara-dos para o mercado de trabalho.

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guia do ensino profi ssional • desde 2010X

gustave eiffel

Chegado a este curso, terás de tomar uma decisão, escolhendo entre as variantes de Restaurante/Bar ou Cozinha/Pastelaria. Durante os três anos do curso, estas duas vertentes trabalham em conjunto sema-nalmente, assegurando o funcionamento do Restaurante Pedagógico, aberto ao público em geral. Se optares pela variante Restaurante/Bar, fi carás apto a planifi car, dirigir e efe-tuar serviços de alimentação e bebidas, à mesa e/ou ao balcão. Desta forma, pode-rás acolher e atender clientes ou partici-par na execução de ementas de restau-rante, bar e de vinhos, por exemplo. Já na opção de Cozinha/Pastelaria, ad-quirirás as competências que te permitem dirigir e planifi car trabalhos de cozinha, colaborando na planifi cação de ementas, e confecionar refeições num enquadra-mento de especialidade (nomeadamente gastronomia regional portuguesa e inter-nacional).

Curso Profi ssional de Técnico(a)de RestauraçãoA cozinha é a tua divisão favorita da casa? Ou preferes criar cocktails, de shaker em punho? No curso de Técnico de Restauração poderás especializar-te, mantendo um contacto constante com a prática.

Podes trabalhar em:

Restaurante/Bar› Hotéis e estabelecimentos similares, res-

taurantes, bares e cafetarias como dire-tor de restauração, chefe de mesa, em-pregado de mesa, empregado de bar e ecónomo.

Cozinha/Pastelaria› Hotéis, restaurantes e estabelecimentos

similares; como chefe de cozinha, cozi-nheiro, pasteleiro e técnico de catering.

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guia do ensino profissional • desde 2010 XI

gustave eiffel

TESTEMUNHOS

Marco Santos e Vera Costa18 anos, alunos do 2.º ano

Qual a razão para terem escolhido este curso?Marco Santos: Inicialmente, estava interessado na área de cozinha. Queria seguir a vertente Cozinha/Pastelaria mas já não havia vagas. Acabei por vir para este curso, como

segunda opção. No entanto, acabei por me apaixonar cada vez mais pela área e, agora, não quero fazer outra coisa [risos].

Vera Costa: Tal como o Marco, a minha opção também era cozinha e pastelaria. Não havia vagas e, por isso, vim para este curso com a ideia que talvez pudesse, no futuro, trocar para

cozinha. Mas interessei-me realmente por este curso e acabei por ficar. Pode-se dizer que o curso me conquistou. Existe alguma vertente de que gostem especialmente?

Marco Santos: Neste momento, estamos mais centrados nos módulos de restaurante. Também acho interessante, na vertente de bar, a parte da preparação de bebidas e cocktails. Mas ainda havemos de chegar lá. Para já, estou a dar-me bem com a área de restaurante.

Vera Costa: Eu gosto mais da parte de bar – é a parte que mais me interessa. Vou ter de esperar pelo terceiro ano para ter esses módulos [risos]. Quando acabarem o curso, o que esperam ter como mais-valia para o mercado de trabalho?Marco Santos: Aqui [na Gustave Eiffel] ganhamos muita prática com o trabalho realizado no restaurante pedagógico. Ao ingressarmos no mundo do trabalho, torna-se mais fácil, ao já sabermos com o que estamos a lidar.

Vera Costa: Hoje em dia há muitos trabalhadores desta área que não tem formação e nota-se que ela faz a diferença. Como funciona o restaurante pedagógico?Marco Santos: Todas as quintas feiras, fazemos um almoço prático, em que as pessoas vêm do exterior, depois de fazerem a marcação. A turma de cozinha/pastelaria prepara o almoço e nós, de restaurante/bar, garantimos o serviço. Simultaneamente, uma vez por mês, fazemos também um jantar temático. Essa experiência acaba por vos motivar de alguma forma?Marco Santos: Claro. Estamos a lidar com verdadeiros clientes, qualquer pessoa pode vir cá jantar ou almoçar. Isso garante-nos experiência, para quando fazemos estágio ou quando entrarmos no mercado de trabalho.Vera Costa: O facto de termos serviços aqui na escola, permite-nos ver como funciona na prática. Isto porque na teoria tudo é muito mais simplificado.

Permite-nos também perceber que não é assim tão fácil e que exige esforço e dedicação. Mas aprendemos o que é necessário. Quando vamos para estágio, é diferente, é certo, mas a experiência ajuda no aspeto de lidar com o cliente, entre outros.

Luís Cardoso20 anos, 2.º ano

Com que perspetivas é que entraste para este curso?Eu estava num curso de artes mas descobri que não era bem o que eu queria. Já gostava de cozinha, e decidi

experimentar este curso. Estou a gostar. Através do curso, nomeadamente com o estágio, pretendo entrar no mercado de trabalho e, a partir daí, continuar a minha carreira como cozinheiro. Quase dois anos após essa decisão, qual o balanço que fazes?Estou a aprender bastante e já fiz um estágio que correu bem. Por isso, acho que estou a conseguir preparar-me para o mercado de trabalho.

Quais são as principais mais-valias que pensas que podes levar para o mundo do emprego?As principais mais-valias são as bases que aprendemos. Através destes conhecimentos podemos mesmo começar a criar coisas nossas. Ficamos com as bases para crescer.

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guia do ensino profi ssional • desde 2010XII

gustave eiffel

Criado no ano letivo 2014/2015, este cur-so fornece-te as competências necessárias para que possas auxiliar na prestação de cuidados de saúde. O Técnico Auxiliar de Saúde possui também atribuições na reco-lha e no transporte de amostras biológicas.

Integram ainda as responsabilidades des-te profi ssional a limpeza, a higienização e o transporte de roupas, dos materiais e dos equipamentos, bem como o apoio logístico e administrativo das diferentes unidades e serviços de saúde.

Curso Profi ssional de Técnico(a)Auxiliar de SaúdeProcuras uma qualifi cação que seja pautada por um constante contacto humano e que te permita “fazer a diferença”? Através deste curso, poderás tornar-te indispensável para aqueles que necessitam de ajuda.

Podes trabalhar em: › Hospitais e centros de saúde;› Clínicas médicas e centros de diagnós-

tico;› Lares de terceira idade e centros de dia; › Unidades de cuidados continuados.

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guia do ensino profissional • desde 2010 XIII

gustave eiffel

Sendo que pretendem prosseguir os estudos, o vosso objetivo passa por complementar as vossas competências com uma formação mais prática que vos prepare para uma profissão?Vanessa: Exato. Até porque eu também já estive no ensino regular, em ciências, onde não encontrei nada disto. Apesar de eu ter o objetivo de seguir para o ensino superior, penso que no ensino regular não havia, de certa forma, uma aprendizagem prática.

Anaísa: Aqui, não só ouvimos o professor, como também pomos em prática. Isso é muito bom, no sentido em que, quando seguirmos a nossa carreira profissional, saberemos

“como fazer” e não apenas a teoria. Pensam que o contacto humano que está presente nesta profissão reforça a importância dessa experiência no terreno?Vanessa: Sim, até porque o nosso estágio vai ser num lar. De certa forma, nessa altura, vamos começar do zero. Vamos aprender a trabalhar com pessoas idosas que precisam de imensa atenção e interação, de forma a ter a noção do que é trabalhar nesta área. Anaísa: E vamos ter mesmo de lidar com pessoas. Seja num lar ou numa clínica, é uma forma de interagirmos com elas. No terceiro ano, temos o estágio num hospital e já teremos uma base, para que tudo corra melhor. São experiências diferentes e que vão ser o nosso dia-a-dia.

Vanessa Machado e Anaísa BritoAmbas com 18 anos, alunas do 1.º ano

Como surgiu o interesse neste curso?Vanessa: Foi uma área que eu sempre quis seguir. Sempre gostei da área da saúde e o meu objetivo é seguir enfermagem. Acho que vim para o curso certo para

futuramente ir para a faculdade. Anaísa: Eu estive durante algum tempo numa área que não gostava. Tive de pensar bem no queria fazer. Como sempre quis seguir a área da saúde, descobri que a escola Gustave Eiffel tinha este curso e inscrevi-me. Também quero seguir enfermagem na faculdade e por isso penso que foi uma boa opção.

TESTEMUNHOS

Diana Vasconcelos SilvaCoordenadora do Curso

Quais os objetivos delineados neste primeiro ano de atividade?Neste primeiro ano, penso que estamos a crescer mutuamente: eu ensino

os alunos e eles ensinam-me a crescer enquanto coordenadora, o que também faz desenvolver o curso. Os objetivos traçados passam por transmitir a mensagem de que o auxiliar de saúde tem uma função muito importante numa equipa multidisciplinar. Esta é uma profissão que ainda está um pouco desvalorizada. Como profissional da área, penso que faz todo o sentido, quando olhamos a prática da área da saúde, uma qualificação relativa a esta profissão. Será uma mais-valia para os alunos. Qual o balanço do trabalho realizado até agora?A turma é fantástica, são excelentes alunos e, por isso, tem-se tornado mais fácil. São alunos aplicados, sempre disponíveis. Por isso, as aulas práticas tornam-se bastante dinâmicas.

Quem acabar o curso, daqui a cerca de dois anos, com o que é que pode contar, quando chegar ao mercado de trabalho?Tem emprego garantido [risos]. A maioria dos alunos quer seguir a área, muitos deles querem ser enfermeiros e enfermeiras. Mas tenho a certeza que, quando forem realizar o estágio, as entidades que os acolhem vão querer que eles fiquem. Como profissionais, queremos que eles cresçam em todas as áreas e, depois, que escolham, quando se identificarem com uma em específico. Sendo esta uma profissão muito baseada no contacto humano e nas relações interpessoais, existe também um crescimento nesse aspeto?Sim, de resto, eles têm uma disciplina – Comunicação e Relações Interpessoais – que trabalha exatamente essa vertente. E não só relativamente ao papel dentro da equipa multidisciplinar como também na relação com o doente e com a família. Muitas vezes, achamos que o problema é só o doente. Mas a família também tem de ser trabalhada. No fundo, neste curso, os alunos podem crescer em muitos sentidos.

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gustave eiffel

Através deste curso, estarás apto a fazer a instalação, manutenção e administração de equipamentos e redes. Nesse trabalho, terás de montar, testar e reparar computa-dores, bem como encontrar soluções de hardware e software. Por outro lado, nas

tarefas de administração de rede, poderás confi gurar servidores, routers, entre outros equipamentos. Há ainda espaço para a criatividade, nas tarefas de conceção e projeto de sistemas de processamento e transmissão de dados.

Podes trabalhar em: › Empresas de manutenção de equipa-

mentos informáticos e/ou fornecedores de soluções informáticas de hardware;

› Empresas de qualquer ramo que neces-sitem de técnicos de suporte aos siste-mas informáticos;

› Empresas de gestão ou de implementa-ção de redes informáticos.

Curso Profi ssional de Técnico(a) deGestão de Equipamentos InformáticosQueres garantir uma relação direta com computadores, drivers e servidores? Este curso permite que te-nhas uma intervenção ativa e em duas vertentes: hardware e software.

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guia do ensino profissional • desde 2010 XV

gustave eiffel

Optei por este curso por ser mais técnico e por ter uma profissão associada. Era isso que eu queria, para depois integrar o mercado de trabalho mais facilmente. Encontraste aquilo que te faltava na tua opção anterior? Encontrei. Estava a estudar uma profissão. Quando estava no primeiro agrupamento de ciências, não teria grandes saídas. Somente indo para a faculdade e escolhendo uma área mais específica, é que, possivelmente, teria facilidade em arranjar emprego.

Em 2008, depois de completar o curso, tiveste logo a possibilidade de ficar na Escola Gustave Eiffel? Quando terminei o curso, passado três ou quatro meses, fui convidado a trabalhar na Gustave Eiffel. Foi muito bom arranjar emprego rapidamente. Sobretudo, num contexto em que ele é complicado de encontrar.Continuas a apostar na tua formação e decidiste seguir os teus estudos no Ensino Superior... Entrei em 2014 e, neste momento, estou no primeiro ano de Engenharia Informática. Até agora, está a correr bem. Tomei esta opção no sentido de aprofundar os meus conhecimentos a nível de programação e administração que considero bastante importantes na área da Informática. Sentes que a experiência e o curso te podem ajudar a completar a licenciatura? Sem dúvida. Há disciplinas em que, inclusivamente, a matéria se repete. Ajuda bastante, sendo a mesma área, e sinto-me mais preparado para tirar o curso.

entendermos. O estágio também é mais uma ajuda para nos habituarmos àquilo que é a vida fora da escola. Voltarias, portanto, a tomar a mesma decisão? Não estou arrependido. Voltava a fazer o mesmo. Se calhar fazia era mais rápido [risos].Quais os teus objetivos, para depois do curso? Espero começar a trabalhar. E se for possível continuar os estudos, conciliando com o trabalho. Penso que será mais fácil estudar, tendo um rendimento vindo do trabalho. Porque ajuda também para o resto das coisas, como o transporte, a alimentação e o custo dos estudos em si. No âmbito do curso, em conjunto com os teus colegas, estás envolvido na “Electrocliníca” da Gustave Eiffel. Em que consiste esta iniciativa? De forma a treinarmos as nossas apetências, recebemos, em contexto de aula, computadores danificados e tentamos resolver os problemas, com o acompanhamento do professor. Não cobramos nada. É sempre uma motivação, não só aprender, mas também contribuir para a comunidade.

Vasco Silva26 anos, Diplomado

Voltando a 2005, qual a razão para teres escolhido este curso? Estava no secundário dos científico-humanísticos, no primeiro agrupamento, de

ciências. A certa altura, pensei: “o que é que eu estou aqui a fazer?”. Não me revia naquela área.

TESTEMUNHOS

Nuno Santos20 anos, aluno do 2.º ano

O que é que te levou a escolher este curso? Comecei por ingressar no secundário “regular” mas não correu como esperava. Não era aquilo que eu

queria porque era muito teórico. Eu gostava de mexer em computadores e de tecnologia. Este curso pareceu-me mais apropriado para fazer isso, até por ter um certo reconhecimento.

Estavas à procura de uma formação mais prática. Encontraste o que pretendias? Sim. Com a prática, as aulas tornam-se mais acessíveis e não são tão cansativas. Também é uma forma de aliviar algum do stress e da pressão das aulas teóricas e dos testes. Por outro lado, quando estamos a mexer naquilo que estamos a aprender – e não só a falar – é muito fácil para os professores explicarem e para nós

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guia do ensino profissional • desde 2010XVI

gustave eiffel

“Eu tenho trabalho porque escolhi um curso profissional da

Gustave Eiffel”

Júnior Gonçalves, 19 anosTécnico de Gestão e Programação de Sistemas InformáticosAffinity

André Pimpão, 20 anosCurso Técnico de Gestão de Equipamentos InformáticosTecnocom

Fábio Pedro, 23 anosCurso Técnico de Comunicação – Marketing, Relações Públicas e PublicidadeAllMater

Inês Rodrigues, 20 anosTécnica de MultimédiaRTP

Tânia Teixeira, 23 anosAnimadora SocioculturalEscola Co(m)nVida

Sara Cipriano, 24 anosTécnica de Higiene e Segurança do Trabalho e AmbienteEmpresa prestadora de serviços externos na área da HSTA

João Vigário, 20 anosTécnico de Construção CivilRefer

Duarte Filipe, 19 anosTécnico de Proteção CivilBombeiro

Telmo Pereira, 24 anosMultimédiaPáginas Amarelas

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O que eu estudei É o que eu sou!O que eu estudei É o que eu sou!O que eu estudei É o que eu sou!O que eu estudei É o que eu sou!O que eu estudei É o que eu sou!O que eu estudei É o que eu sou!O que eu estudei É o que eu sou!Descobre-te. esTUDa Joana Cruz

Comunicação Social

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No final de um curso profissional, che-ga a altura de mostrares o que sabes. Contudo, a prova não envolve apenas canetas e folhas de exame. Através da Prova de Aptidão Profissional (PAP), terás de executar, do início ao fim, um projeto pessoal: da criação da ideia até à defesa perante um júri. Este projeto poderá ser, segundo a le-gislação que regula estas provas, um “produto material ou intelectual” que seja concretizado numa “intervenção ou numa atuação, consoante a natu-reza dos cursos”. O produto final é composto por um relatório de reali-zação e por uma apresentação com “apreciação crítica” que demonstre os conhecimentos e competências que adquiriste ao longo do curso. Segundo o mesmo decreto-lei, duran-te a elaboração da PAP, o aluno tem a ajuda de professores que “orientam o aluno na escolha do projeto a desen-volver”, decidem se o projeto está em condições de ser apresentado ao júri

e auxiliam “na preparação da apre-sentação a realizar” (que não pode exceder os 60 minutos). Durante este processo, a prova conta ainda com a colaboração dos professores das áreas técnicas do curso. A PAP pode ser feita em equipa, desde que seja visível o contributo individual de cada elemento. Na altura da avaliação, são considerados critérios como a con-cretização do projeto, a aprendizagem relevante para a inserção profissional e a qualidade e interesse da apresentação, bem como do produto para a área ou para o setor económico em causa. No ano de 2014, a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profis-sional (ANQEP) organizou a primeira edição do Prova 10 – um concurso que visou distinguir dez trabalhos que melhor ilustrassem a importância da PAP, do ponto de vista dos conheci-mentos adquiridos (ver caixa). Vê, nas próximas páginas, o testemunho de alguns dos vencedores.

A Prova das tuas aptidõesDesenvolvida ao longo do último terço do curso, a Prova de Aptidão Profissional (PAP) permite-te desenvolver uma ideia ligada ao meio profissional. Sabe tudo sobre este processo e fica a conhe-cer algumas soluções encontradas por antigos estudantes.

VENCEDORES DO CONCURSO “PROVA 10”

Monallyssa Kíssila e Andreia OliveiraCurso Profissional de Técnico de Marketing Escola Secundária Cacilhas - TejoRui BarbosaCurso Profissional de Técnico de MultimédiaEscola Profissional do Instituto Nun’Alvres Patrícia da SilvaCurso Profissional de Técnico de ConstruçãoEscola Profissional Gustave EiffelKarishma GerageCurso Profissional de Técnico de Banca e SegurosEscola de Comércio de LisboaCristiano GonçalvesCurso Profissional de Técnico de AudiovisuaisEscola Profissional do Instituto Nun’AlvresInês Pereira DuarteCurso Profissional de Técnico de Vitrinismo e Visual MerchandisingEscola de Comércio de LisboaAndreia TeixeiraCurso Profissional de Técnico de MarketingEscola Profissional do PicoMariana FrancoCurso Profissional de Técnico de Comunicação, Marketing e PublicidadeEscola Profissional Gustave EiffelDaniela EliasCurso Profissional de Técnico de MarketingEscola Secundária Cacilhas - Tejo Simão AndradeCurso Profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas InformáticosEscola Profissional do Instituto Nun’Alvres

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guia do ensino profissional • desde 2010 35

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O objetivo da Prova de Aptidão Profissional (PAP) de Patrícia Santos da Silva estava profundamente ligado à região onde ha-bita: recuperar uma área histórica do Entroncamento. Defendi-do perante um júri em 2013, o projeto incluiu um levantamento topográfico do Bairro de Camões, no Entroncamento, e um pla-no de recuperação para uma das casas. A PAP de Patrícia fez parte de um projeto de turma, incentivado pelos professores. “Com a ajuda dos professores orientadores, pensámos que seria interessante pegar num bairro que está abandonado e torna-lo não só mais visível, como mais habitá-vel”, explica. Atualmente a realizar um estágio renumerado na EDP, Patrícia Santos da Silva explica que para além do levantamento topográ-fico, transversal a todos os alunos da turma, a sua PAP envolveu a recuperação de uma casa desabitada, sobretudo ao nível do interior: “encontrei muitas áreas que roubavam espaço e, por isso, projetei o reaproveitamento da área total da casa, de for-ma a torná-la mais funcional”. Os planos de recuperação foram entregues à Câmara Munici-pal do Barreiro, garante, mas, até hoje, “ainda não saíram do papel”. Porém, para Patrícia, isto não retira valor ao trabalho realizado por si e pelos seus colegas. “Se algum dia quiserem realizar uma intervenção de recuperação do bairro, é trabalho que já está feito”, destaca. Quanto à utilidade da PAP na sua vida, Patrícia não tem dúvidas: “ajudou-me a preparar para o mercado de trabalho – lidar com

as ferramentas, físicas e de software, bem como estar no terre-no, permite uma adaptação mais rápida ao mercado laboral”. Por outro lado, considera interessante o impacto que estes pro-jetos escolares podem ter na comunidade, algo que fica patente no facto de, no desenvolver do projeto, ter “contactado com vá-rias entidades e pessoas ligadas ao bairro de Camões”.Dos mais de 20 alunos da sua turma, seis eram mulheres, sendo que apenas três delas terminaram o curso. Patrícia Santos da Sil-va Explica que “muitas raparigas entram nesta área da constru-ção civil e descobrem que é preciso um perfil específico e saber lidar com alguma pressão”. Hoje em dia, trabalhando na área, considera “uma experiência engraçada”, descobrir diariamente a surpresa das pessoas em encontrar “uma mulher de capacete e botas de biqueira de aço”. “Para onde vou em trabalho, as pessoas não estão à espera de encontrar uma mulher”, revela. “Mas sinto que isto está a mudar. E ainda bem”, conclui.

Patrícia Santos da Silva, 21 anos - Escola Profissional Gustave Eiffel (Pólo Entroncamento) – Curso Técnico de Construção Civil – Variante Topográfica

Recuperar para habitar

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Quando Inês Pereira Duarte viu a impressão final do projeto que iria defender perante o júri, disse imediatamente à sua orien-tadora: “quero fazer disto vida”. Desde a defesa da Prova de Aptidão Profissional, em 2012, Inês trabalhou durante um ano e meio na área que pretende, numa loja do Aeroporto de Lisboa, sendo responsável pela imagem das montras de um espaço multimarcas. “Fascina-me colocar as coisas no sítio certo – con-sigo considerar isto uma arte”, revela. De resto, para Inês, a PAP teve um papel fundamental na defi-nição do seu percurso profissional. “Permite que provemos – a nós próprios, principalmente – que somos capazes de apre-sentar uma proposta válida”, sublinha. Isto para além oferecer “ideias e bases para crescer profissionalmente”.

Natural de Lisboa, Inês viajou até Santa Iria da Azóia para fazer o seu estágio e construir, no âmbito da PAP, um plano de interven-ção de visual merchandising num espaço existente. Em Santa Iria da Azóia encontrou “uma loja familiar, com muitos clientes habituais e próximos dos donos”. Isto fez com que o projeto tivesse de ser adaptado a esta realidade. “Temos de fazer o pro-jeto para o cliente, logo, não podia ser nada demasiado fancy ou chique”, destaca. O projeto em si era composto por duas fases. Depois da descri-ção e diagnóstico da realidade atual da loja, Inês elaborou um “caderno de propostas”, onde se focou essencialmente “no es-paço interior da loja, design e montras e no lettering”, incluindo uma maquete virtual que “ilustrasse melhor a ideia e o conceito da intervenção”. A proposta, garante Inês, “era realista e podia ser feita aos pou-cos”, sendo que havia vontade dos proprietários em levá-la a cabo. No entanto, a loja acabou por mudar de espaço e de con-ceito, o que fez com que “a proposta de intervenção parcial-mente já não se enquadrasse”. Ainda assim, alguns elementos da proposta foram mesmo aplicados. “Mais do que a proposta em concreto, houve várias ideias que foram adotadas”, garante. Sem esquecer o objetivo de voltar a trabalhar na área, os planos de Inês têm agora um novo elemento. “Em 2009, desisti de um curso de científico-humanísticos e fui para um curso profissio-nal porque não queria estudar na faculdade. Entretanto, tirei o curso e trabalhei dois anos. Agora, sinto-me preparada para ir para o Ensino Superior e estudar Design de Interiores, comple-mentando a minha formação profissional”.

Inês Pereira Duarte, 21 anos, Escola de Comércio de Lisboa – Curso Profissional de Técnico de Vitrinismo e Visual Merchandising

A arte de colocar as coisas no sítio

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Mariana Franco começou por querer criar um conceito “diferen-te” para um bar. Contudo, enquanto fez o seu estágio na secção de Moda do Departamento de Marketing do El Corte Inglês, começou a aprofundar outra ideia. “Na altura [em 2013], come-çou a falar-se muito da roupa low-cost ou em segunda mão”, recorda a jovem de 19 anos. A experiência adquirida no estágio, relativa às lojas de roupa “convencionais”, fez com que Mariana quisesse “juntar os dois conceitos para fazer algo diferente”, acrescentando-lhe uma “preocupação social”. Assim nascia a ideia para a criação da loja “Trocas e Baldrocas”, conceito central da sua Prova de Aptidão Profi ssional. A ideia era simples: se o cliente trouxesse uma peça de roupa, recebia vales de desconto para utilizar em entidades parceiras. Essa peça em segunda mão seria depois colocada à venda na vertente low--cost, sendo que 2€ da venda revertiam a favor de uma institui-ção de solidariedade social. No âmbito da elaboração da PAP, Mariana elaborou planos de Marketing, Comunicação e Relações Públicas, bem como um es-tudo de mercado. Ao inquirir 200 pessoas, Mariana descobriu uma das ameaças ao conceito do projeto: “denotei um medo das pessoas em comprar roupa em segunda mão”. De forma a ultrapassar esse obstáculo, integrou no projeto uma parceria com a PAP de uma colega “relativa a uma empresa de recons-trução de peças de vestuário”. Na altura, revela Mariana, “pensou-se em implementar o proje-to” mas “houve complicações em garantir apoios fi nanceiros”.

Porém, garante, ainda não desistiu de concretizar a ideia. Nem Mariana nem a sua orientadora que, todos os anos, informa, “procura apoios e meios de fi nanciamento”. Mesmo sem conseguir a implementação, Mariana não tem dú-vidas quanto à importância da PAP no seu percurso profi ssional. Desde 2013, tem obtido experiência profi ssional na área e hoje trabalha numa empresa de meios audiovisuais e consultadoria de imagem. “A experiência obtida no curso, em específi co na PAP, ajuda-me a desempenhar o meu trabalho”, realça.Recentemente, uma nova etapa surgiu na vida de Mariana. Em 2014, integrou o curso de Publicidade e Marketing, na Escola Superior de Comunicação Social, em regime pós-laboral. Mas o Ensino Superior não a faz esquecer a importância da sua for-mação anterior: “graças ao curso e à PAP, sinto que tenho mais bases do que os meus colegas para fazer as cadeiras mais espe-cífi cas, mais relacionadas com a área”.

Mariana Franco, 19 anos, Escola Profi ssional Gustave Eiffel – Curso Técnico de Comunicação (Marketing, Relações Públicas e Publicidade)

“Trocas e Baldrocas” solidárias

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A Escola fora da EscolaNo campo da educação, há uma questão a que se tenta responder há bastante tempo: quais os verdadeiros benefícios da prática das atividade extracurriculares? À medida que mais e mais estu-dos vão sendo realizados, parece tornar-se evidente a existência de um efeito positivo no aprovei-tamento escolar, na motivação e na integração dos alunos.

Há mais de 100 anos, alguns investigadores opunham-se à prá-tica de atividades extracurriculares, por considerarem que eram prejudiciais ao desenvolvimento dos alunos. Contudo, confor-me relembra Anabela da Cunha na sua tese de mestrado sobre os benefícios destas atividades, “a opinião dos educadores al-terou-se nas primeiras décadas do século XX”, passando estas, desde aí, a ser consideradas relevantes no progresso de crian-ças e adolescentes. Definidas como as atividades sem caracter obrigatório, reali-zadas de forma paralela e simultânea às atividades escolares, as atividades extracurriculares estão associadas, conforme ex-plica Anabela da Cunha, a um maior “ajustamento emocional, nomeadamente maior autoestima e menos depressão”. Outros estudos apontam ainda outros benefícios associados a esta prá-tica: menor abandono escolar, desenvolvimento de competên-

NO MAR, RELAXA-SE E PENSA-SE RÁPIDOGuilherme Cruz, 15 anos, Ovar

Natural de Ovar, distrito de Aveiro, Guilherme sempre teve “uma relação especial com o mar”. Por essa razão, aos oito anos, começou a fazer vela com regularidade. “Ao início não gostei muito”, confessa o jovem estudante do secun-dário. Tudo mudaria quando começou a entrar nas primeiras regatas: “o fator competição mo-tivou-me”. Quatro anos mais tarde, Guilherme sagrou-se campeão nacional da modalidade 4-20, no es-calão de júnior. Hoje com 15 anos de idade, e

cias transversais, menores comportamentos de risco e melhor capacidade de socialização. Os estudos do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da autoria da Organização para a Cooperação e Desen-volvimento Económico, também confirmam o efeito positivo destas atividades no desempenho dos alunos. Ao longo dos diversos países da OCDE, “o tipo e a oferta de atividades ex-tracurriculares varia bastante mas a sua ligação com um melhor desempenho dos alunos é constante”, pode ler-se num relató-rio do PISA. Tal como relembra a OCDE, a variedade de escolhas no campo das atividades extracurriculares é imensa, sendo que alguns au-tores as dividem em: Atividades Sociais, Desporto, Artes Perfor-mativas, Atividades da Escola e Clubes Académicos. Aqui ficam alguns exemplos de estudantes que as praticam.

depois de entrar para o secundário, Guilherme confessa que “tornou-se mais difícil conciliar a vela e a escola”. “Agora treino apenas ao fim--de-semana mas, nesta fase, não é preciso um treino tão intensivo”, informa. O treino diário e intenso chegará daqui a dois ou três anos, “quando entrar na classe olímpica”. Para Guilherme, as vantagens da prática deste desporto são várias. “Quando saio do mar, saio mais relaxado”, sublinha o estudante. Por outro lado, para além de “conhecer pessoas deste meio, onde há gente muito interessante”, me-lhora ainda os seus atributos: “na vela, temos de desenvolver a capacidade de pensar muito rápido e isso acaba por ser utilizado no resto da vida, nomeadamente na escola”. Para o futuro, espera praticar vela “durante mui-tos anos”. E o objetivo é claro: “desde os oito anos que tenho o objetivo de representar Por-tugal nos Jogos Olímpicos. Estou confiante de que vou conseguir”.

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ARREGAÇAR AS MANGAS, PARA IR ALÉM DA VONTADEMia de Seixas, 18 anos, Porto

O oitavo ano de escolaridade foi um ano mar-cante para Mia de Seixas. Numa turma “muito complicada quanto à integração e à motivação dos alunos”, a então delegada de turma tentou, em conjunto com professores, pais e outros alu-nos, encontrar soluções. “Criámos um progra-ma de tutoria para os alunos”, conta Mia. O seu tutorando, com oito negativas no primeiro pe-ríodo, terminou o ano letivo com apenas duas. Uma mudança que lhe ficaria na memória: “foi

aí que comecei a perceber, não só como é bom ajudar, mas como conseguimos fazer a diferen-ça”. Hoje com 18 anos, a estudante do secundário divide o seu tempo entre a escola e diversas atividades extracurriculares: do jornal da es-cola, ao Clube Europeu, passando pelo grupo de dança ou pelos Jovens Repórteres para o Ambiente. Mas a preocupação em ajudar dire-tamente os outros nunca perdeu o seu espaço. Todas as semanas, Mia trabalha, em regime de voluntariado, com jovens portadores de defi-ciência profunda com idades entre os 10 e os 20 anos, num centro de multideficiência. “Fui, literalmente, bater-lhes à porta, para saber se podia ajudar”, relembra Mia que revela que trabalha com os jovens nas aulas de oficina de artes – “uma das únicas formas que têm para se expressar”. Em setembro, chegará uma nova etapa e um novo país. Durante um ano, Mia vai fazer voluntariado em Itália, num centro com as mesmas características, ao abrigo de um pro-grama do Serviço de Voluntariado Europeu.Para Mia, a gestão de todas estas atividades tem um preço que vale a pena pagar. “Não é por mais um valor ou dois na média” que dei-xaria de fazer o que faz. “Consigo ter boas notas na mesma e, nas atividades extracurriculares, aprendemos a fazer coisas muito diversifica-das”, reforça. Quanto à energia e à gestão do seu tempo, não tem dúvidas: “não faz sentido fazermos as coisas de forma egoísta – quando vou fazer o meu trabalho de voluntariado no centro, de manhã, isso dá-me energia dar o meu melhor nas aulas, até às 19h”.Para Mia, a motivação para fazer estas ativida-des “é uma coisa natural”, sendo que se defi-ne como uma pessoa que não consegue “estar muito tempo parada”. O essencial, realça, está no fazer. “Entre o querer e o arregaçar as man-gas há uma grande diferença”, conta, concluin-do: “tenho colegas que mostram vontade em fazer mas ficam por aí – é preciso ir além da von-tade. E fazer”.

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DAS SIRENES À PERCUSSÃO, SEM ESQUECER O BALÊLuís Semedo, 18 anos, Aveiro

Em 2012, Luís Semedo iniciou a sua primeira ati-vidade extracurricular: juntou-se à Banda Filar-mónica Vaguense para tocar percurssão. A rela-ção com a música tinha sempre estado presente e era “um gosto crescente”. Três anos depois, Luís, que toca percussão salienta que, na banda, pôde “percorrer o país e aperfeiçoar os meus conhecimentos musicais”, conta. Pouco tempo depois, ainda em 2012, decidiu integrar os Bombeiros locais. “Desde de peque-nino que gostava das sirenes e de ver os carros dos bombeiros a passar”, conta Luís. Para o es-tudante do secundário, “apesar de correr riscos, é uma atividade muito gratificante – é sempre bom sentir que ajudamos o próximo”. Os anos passaram mas Luís não se “sentia com-pleto”: “sentia a falta de algo, ao nível da minha expressão”. A escolha recaiu na dança contem-porânea, em setembro do ano passado. “Hoje, sinto que é uma expressão mais livre que fun-ciona como um escape”, revela. Perante a boa reação de Luís, um colega sugeriu o ballet: “já que gostaste do contemporâneo, pode ser que gostes do clássico”.

Luís gostou. “Tinha uma ideia muito diferente do que era o ballet – que era mais feminino, por exemplo”. Encontrou uma atividade que engloba “elasticidade e musicalidade” e que se “complementa com a dança contemporânea enquanto forma de expressão”.Perante este número de atividades simultâneas, Luís confessa que tem “a agenda cheia”. O se-gredo, revela, passa por “organizar bem o tem-po e tentar guardar um dia para cada atividade no máximo”. Por vezes, não consegue fazê-lo e sente “um certo cansaço que impede o empe-nho de estar ao nível que gostaria”. Porém, está motivado para continuar em todas as atividades que pratica. “Retiro coisas diferen-tes de cada uma das atividades em que estou envolvido. E essas são coisas que me ajudam no dia-a-dia”, conclui.

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Estuda o que gostas e não gostas e serás aquilo que gostasDescobre-te. esTUDa D.A.M.A.

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