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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO Componente de Formação Científica Disciplina de BIOLOGIA

NETXPLICA :: Ciências Naturais – Biologia e Geologia hhtt ttpp:: ////ffoorruumm..nneettxxppll iiccaa..ccoomm

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Índice

Questão Problema 03 Objectivos da Aprendizagem 04 Biodiversidade 05 Saída de Campo / Visita de Estudo a um Ecossistema 06 Observar insectos 07 Componentes dos Ecossistemas 08 Factores abióticos 09 Factores bióticos 10 Actividade Experimental : Factores bióticos - Observação de micorrizas 11 Montagem de preparações extemporâneas 12 Actividade Experimental : Factores bióticos - Observação de líquenes 13 Actividade Experimental : Factores bióticos - Observação de micorrizas 14 Montagem de um ecossistema aquático: aquário de água doce 15 Exemplos de ecossistemas aquáticos de água doce 17 Relações alimentares num ecossistema 18 Extinção e conservação das espécies 19 TEXTOS sobre “Biodiversidade – extinção e conservação” 20 Níveis de organização biológica 34 Como se manifesta a diversidade e a unidade da vida? 35 Actividade Experimental : Observação microscópica de células de cebola 36 Actividade Experimental : Observação microscópica de células do epitélio bocal 37 Células da cebola e células do epitélio bocal 38 Actividade Experimental : Observação de seres vivos numa gota de água 39 A célula – unidade de estrutura e função 40 Teoria Celular 41 Células eucarióticas animais e vegetais 42 VERIFICA O QUE APRENDESTE 43 Actividade Experimental : Amido – um polissacarídeo de glicose 44 Constituintes químicos dos seres vivos 45 Compostos orgânicos – constituição e funções 46 Constituintes básicos - principais funções 47 VERIFICA O QUE APRENDESTE 48 SÍNTESE 49 CHAVES DICOTÓMICAS 50 ANEXO I - Paisagens e regiões naturais de Portugal 55 ANEXO II – Áreas Protegidas em Portugal 56 PROPOSTAS DE CORRECÇÃO 57 CRÉDITOS DAS IMAGENS 58 BIBLIOGRAFIA 59 CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO 60

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Questão Problema Como é que a actividade humana poderá condicionar as dinâmicas que existem num ecossistema?

Tratando-se do primeiro módulo do programa, assume especial relevância a familiarização dos alunos com o objecto de estudo da Biologia – A Vida e os Seres Vivos – bem como com as suas metodologias de trabalho enquanto ciência. Também neste módulo se inicia a sensibilização dos alunos para o reconhecimento da influência que actualmente a Biologia tem na vida das pessoas, assim como a importância do domínio dos seus conhecimentos para a participação democrática dos cidadãos nos processos de tomada de decisão, nomeadamente nos que envolvem questões de natureza ambiental. O módulo permite abordar as características gerais da Vida, partindo da problematização e observação crítica do meio. O estudo de um ecossistema real e próximo dos alunos permitirá constatar a variedade de organismos que o caracterizam. Facilitará, também, a inferência de aspectos relativos à sua organização, bem como factores que o podem desequilibrar e pôr em risco a conservação das suas espécies. Os processos de observação em laboratório de seres uni e multicelulares, recolhidos no campo, deverão permitir compreender que a célula é a unidade estrutural e funcional dos seres vivos, bem como possibilitar a identificação de alguns dos seus constituintes químicos básicos. Em jogo estão a aprendizagem de conceitos e destrezas técnicas, assim como a reflexão sobre o impacte das actividades humanas nos ecossistemas. Este módulo assume-se, também, como um elemento integrador e articulador das aprendizagens a desenvolver nos módulos seguintes, na medida em que deverá permitir o levantamento de questões e/ou problemas orientadores das aprendizagens previstas para esses módulos.

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Objectivos da Aprendizagem • Distinguir componentes bióticos e abióticos num ecossistema, descrevendo

exemplos que ilustrem a sua interdependência. • Reconhecer e valorizar a diversidade biológica que caracteriza um ecossistema.

• Identificar causas que podem contribuir para a extinção de espécies, bem como

possíveis implicações desse facto para o ecossistema. • Identificar e distinguir condutas pessoais e/ou colectivas, bem como suas

implicações ao nível do equilíbrio dos ecossistemas e da conservação das espécies.

• Compreender que os sistemas vivos se encontram organizados em níveis

estruturais de complexidade crescente. • Reconhecer a célula como unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos

e que essa unidade também se revela a nível molecular. • Interpretar imagens de células/tecidos ao microscópio óptico composto (por

observação directa, em fotografias e em esquemas), identificando membrana celular, citoplasma e núcleo (e eventuais órgãos locomotores como cílios ou flagelos).

• Montar preparações extemporâneas e observá-las ao microscópio óptico (pelo

menos em duas ampliações) em condições de segurança. • Conhecer os constituintes básicos dos seres vivos e exemplos do papel que

desempenham. • Observar, distinguir e identificar seres vivos (recolhidos, conservados ou suas

imagens) com recurso a bibliografia ou critérios simples previamente estabelecidos.

• Usar fontes diversificadas para pesquisar, organizar e sintetizar informação.

• Analisar e comunicar resultados de trabalhos práticos de forma organizada e

diversificada (de forma oral ou escrita; recorrendo a esquemas legendados, tabelas e mapas de conceitos simples).

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Biodiversidade

Apesar de ser um pequeno planeta, à escala do Universo, a Terra reúne condições que asseguram a sobrevivência e a evolução dos seres vivos. De facto, existe uma enorme quantidade e variabilidade de formas vivas no nosso planeta – biodiversidade .

Até ao momento, foram identificadas cerca de 1,7 milhões de espécies. No entanto, admite-se a existência de cerca de 10 a 100 milhões de organismos diferentes, o que sugere o grande desconhecimento da biodiversidade.

Estas espécies ocupam praticamente todos os ambientes, entrando na constituição de sistemas naturais, os ecossistemas.

Neste módulo vais aprender as razões por que certos seres vivos vivem nuns locais e não noutros, que tipo de relações estabelecem entre si, o que acontece quando ocorrem perturbações que criam desequilíbrios e colocam em risco a vida dos ecossistemas.

Se conheceres a dinâmica dos ecossistemas, podes ajudar a conservá-los.

Fig. 01 – O louva-a-deus é um insecto predador.

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Saída de Campo / Visita de Estudo a um Ecossistema

Um ecossistema (sistema ecológico) é o conjunto formado por um meio ambiente e os seres vivos que, em relacionamento mútuo normal, ocupam esse meio. Os ecossistemas são constituídos por seres vivos que se relacionam entre si e por factores do ambiente (temperatura, humidade, etc.) que influenciam os seres vivos e são por eles influenciados.

Planifica e efectua uma saída de campo , em pequenos grupos, a um ecossistema próximo da escola (por exemplo um charco, um ribeiro, um terreno ou canteiro abandonado, um muro…) e/ou uma visita de estudo a um ecossistema da tua preferência, onde procederás à colheita de seres vivos (1). Tem em consideração as questões:

• O que pretendes estudar? • Que conhecimentos já possuis? Que informação tens que recolher? Onde

poderás fazê-lo? • O que fazer antes, durante e após a saída? A que material, técnicas ou

instrumentos recorrer? Como se utilizam correctamente? • Que seres vivos esperas encontrar no ecossistema? Que interacções

estabelecem entre si? Que documentos elaborar para registar e organizar os dados relativos aos seres vivos e aos factores abióticos? Que factores poderão alterar a dinâmica desse ecossistema?

(1) Colhe apenas o material biológico necessário às actividades práticas que se sugerem neste guia de estudo, ou a outras que entenderes convenientes. Pequenos animais e plantas devem ser identificados no local, com o auxílio de chaves dicotómicas, como as que apresentamos nas páginas 51 a 54, e não levados para o laboratório, onde poderão sofrer danos irreparáveis. Caso existam na tua Escola, também podes recorrer a seres vivos conservados em frascos.

Fig. 02 – Líquenes.

Fig. 03 – Animais conservados.

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Observar os insectos Os buracos-armadilhas são uma boa maneira de apanhar insectos. Poderás experimentar diferentes tipos de isco para os atrair. Constatarás que a maior parte dos insectos gosta de coisas doces, como maçãs podres ou uma mistura de água com melaço. Os insectos pequenos podem ser apanhados com um aspirador. Suga-os para dentro do boião e examina-os cuidadosamente antes de os libertares. http://www.wmnh.com/ Para a armadilha, vais precisar de: Pá; copo de iogurte vazio; pedaço de cartão; 5 pedras. – Abre um buraco no solo e coloca o copo de iogurte dentro dele. – Coloca o isco dentro do copo. – Coloca quatro pedras em volta do local e tapa com o cartão para fazer sombra e proteger da chuva. – Prende o cartão com a pedra restante. Para fazer um aspirador, vais precisar de: Tubo fino de plástico; gaze; boião com tampa; elástico; tubo de plástico flexível; plasticina; furador. – Faz dois orifícios na tampa do boião com o furador. – Corta dois pedaços de tubo curtos e um que seja ligeiramente maior. Com um elástico, fixa um pedaço de gaze na extremidade de um dos tubos curtos. – Enfia um tubo curto através de cada orifício da tampa e veda bem os orifícios com plasticina. – Com o pedaço de tubo flexível, liga o pedaço de tubo mais longo ao outro tubo curto. Enrosca a tampa no boião. – Aspira o tubo curto, apontando a extremidade do tubo longo aos insectos que pretendes capturar.

Figs. 05 e 06 – Armadilha e aspirador para capturar insectos.

Fig. 04 – A

borboleta é um insecto.

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Componentes dos Ecossistemas http://www.insect.dke-explore.com

Dos ecossistemas fazem parte dois tipos de componentes: componentes bióticos , que correspondem às interacções que se verificam entre os seres vivos, e componentes abióticos , que são os componentes físico-químicos do meio, que influenciam os seres vivos: factores climáticos (luz, temperatura, água …) e factores edáficos (solo). Se os componentes abióticos não influenciassem os seres vivos, poderias encontrar as mesmas espécies em todas as partes do mundo.

Fig. 07 - Os insectos são essenciais para a polinização das plantas com flor.

Fig. 09 - Na época do acasalamento, os machos de algumas espécies lutam pelas fêmeas. Fig. 08 - As plantas servem de

alimentação e de local de abrigo e reprodução a muitas espécies.

Fig. 10 - Os líquenes parecem plantas mas são, na realidade, uma associação entre uma alga e um fungo.

Fig. 11 - As plantas dependem de factores como a temperatura, a luz, a água e o solo para se desenvolverem convenientemente.

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Factores abióticos

A figura localiza alguns dos principais ecossistemas terrestres, ou biomas , e os gráficos A, B, C e D a variação da temperatura ao longo do ano, em quatro deles.

o Estabelece a correspondência entre os gráficos (A a D) e os climas temperado, equatorial, árctico e desértico. Clima árctico, desértico, equatorial, temperado

Fig. 12 – B

iomas, os grandes ecossistem

as terrestres.

A B

C D

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Factores bióticos Relações bióticas são as relações/interacções que os seres vivos estabelecem entre si: - podem ocorrer entre seres vivos da mesma espécie (intra -específicas); - ou entre seres vivos de espécies diferentes (inter específicas).

Nestas, os seres podem: ser beneficiados +; ser prejudicados -; não ser afectados 0.

Quadro para registo de relações bióticas identificadas no ecossistema em estudo.

Ser vivo A Ser vivo B Tipo de interacção 0 Abelha + Planta com flor + MUTUALISMO

1

2

3

4

5

6

7

Fig. 13 – Componentes ou factores bióticos.

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Factores bióticos: Observação de micorrizas (fungos em associação com raízes de plantas)

Mais de três quartos das espécies de plantas com sementes possuem fungos associados às suas raízes. Esta associação é mutualista, pois tanto o fungo como a planta beneficiam com a relação. Os fungos têm a capacidade de absorver e concentrar fósforo de uma forma mais eficiente do que a efectuada pelas raízes da planta. Assim, o fungo fornece-lhe este nutriente mineral imprescindível ao seu bom desenvolvimento e obtém da planta matéria orgânica por ela produzida.

Material: • Raízes de pinheiro, com cogumelos nas proximidades. • Lupa binocular • Placas de Petri

Procedimento:

1- Sacode suavemente as raízes, de modo a removeres as partículas de solo. 2- Observa macroscopicamente as raízes. 3- Observa as raízes com a lupa binocular. 4- Esquematiza o que observas.

• Legenda os esquemas efectuados, com o auxílio de b ibliografia adequada. • Explica as vantagens desta associação para o meio ambiente.

Figs. 15, 16 e 17 – Micorrizas observadas com ampli ações sucessivamente maiores.

Fig. 14 – Micorrizas.

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Montagem de preparações extemporâneas

Fig. 18 - Colocação do meio de montagem sobre a lâmina.

Fig. 19 - Colocação da lamela sobre o meio de montagem, que contém o material a ser observado.

Fig. 20 - Limpeza do excesso de meio de montagem, que extravasa a lamela, após colocação da mesma.

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Factores bióticos: Observação de líquenes (algas em associação com fungos)

Um líquen é uma associação simbiótica, e por isso obrigatória, estabelecida entre fungos e algas unicelulares. A alga, ser autotrófico, sintetiza através da fotossíntese matéria orgânica que fornece ao fungo. O fungo, ser heterotrófico, protege a alga da desidratação e fornece-lhe água e sais minerais que absorve. Os líquenes parecem absorver alguns sais minerais a partir do substrato mas, na maioria das vezes, absorvem-nos, rapidamente, a partir do ar e das chuvas (s, por isso, particularmente sensíveis a substâncias tóxicas). A alga e o fungo são facilmente distinguidos pela coloração e forma das suas células (esféricas e verdes nas algas).

Material: • Líquenes de vários

tipos • Óleo de imersão

• Lâmina de barbear • Conta-gotas • Lupa binocular • Placas de Petri • Microscópio • Frascos • Lâminas e lamelas • Agulhas de dissecação

• Pinças • Bisturi ou navalha

Procedimento:

1- Coloca os espécimes de líquenes recolhidos na saída de campo em frascos com água, algumas horas antes do início da actividade, de forma a facilitar a execução de cortes para microscopia.

2- Coloca os líquenes nas placas de Petri e observa-os com a lupa binocular. Fotografa-os, se possível.

3- Com a ajuda da lâmina de barbear, efectua cortes finos nos líquenes. 4- Coloca os cortes sobre lâminas distintas, adiciona água como meio de montagem e

procede à dissociação do material biológico com a ajuda das agulhas de dissecação. 5- Coloca lamelas sobre o material biológico dissociado e observa ao microscópio nas várias

ampliações. Esquematiza o que observa com a objectiva de maior ampliação.

• Identifica a alga e o fungo, nos esquemas efectuad os. • Explica porque podem os líquenes ser considerados indicadores de

poluição.

Fig. 21 – Desenhos de líquenes observados à vista desarmada, à lupa e ao microscópio.

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Factores bióticos: Observação de bactérias fixadora s de azoto atmosférico em raízes de leguminosas

Apesar de 79% da composição da atmosfera ser azoto (N2), este elemento encontra-se indisponível para as plantas e outros seres vivos. Contudo, algumas bactérias do solo, por exemplo as do género Rhizobium, apresentam a capacidade de fixarem o azoto atmosférico, convertendo-o em amónia. Estas bactérias podem invadir as raízes das leguminosas, estabelecendo com elas uma relação simbiótica em que fornecem amónia à planta e obtêm dela nutrientes orgânicos.

Material: • Leguminosas (trevo, tremoceiro,

feijoeiro, soja, faveira ou ervilheira)

• Placas de Petri • Pinças

• Lâmina de barbear • Varetas de vidro • Lupa binocular • Conta-gotas • Microscópio • Óleo de imersão • Lâminas e lamelas • Agulhas de dissecação

• Azul-de-metileno

Procedimento:

2- Lava as raízes das leguminosas com água, de forma a remover as partículas de solo nelas aderidas.

3- Observa macroscopicamente os nódulos presentes nas raízes das leguminosas. Retirea um dos nódulos e, com a ajuda da lâmina, secciona-o transversalmente.

4- Coloca os cortes, com o auxílio de uma pinça, em placas de Petri, e observa-os com a lupa binocular. Esquematiza o que observas.

5- Com a ajuda das agulhas de dissecação, retira pequenos fragmentos de tecido da zona vermelha dos nódulos seccionados e coloca-os sobre lâminas de vidro.

6- Coloca uma gota de água (ou azul-de-metileno) sobre as lâminas contendo os cortes dos nódulos e esmaga os fragmentos com a vareta de vidro.

7- Coloca a lamela sobre o preparado e observa ao microscópio óptico. Esquematiza o que observas com a objectiva de imersão.

• Legenda os esquemas efectuados, com o auxílio de b ibliografia adequada. • Explica as vantagens desta associação, para o meio ambiente.

Figs. 23, 24 e 25 – Nódulos observados com ampliaçõ es sucessivamente maiores.

Fig. 22 – Nódulos nas raízes de uma leguminosa.

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Montagem de um ecossistema aquático: aquário de água doce Atenção: desliga sempre o equipamento eléctrico antes de colocares as mãos dentro de água, e volta a ligá-lo depois. http://www.xylema.net/

Factores abióticos: Solo e Nutrientes Um solo fértil é indispensável para um bom desenvolvimento da comunidade vegetal. Para tal, coloca uma camada de 2 cm de terra vegetal no fundo do aquário e cobre-a com outra de 2 cm de mistura de areia com argila. Por cima das duas camadas anteriores coloca 3 cm de areão previamente bem lavado. Depois de colocado o solo , enche o aquário de água, lentamente e de forma a esta não caiar directamente sobre o solo, para não o remexer. Manutenção : quando as plantas já estiverem a crescer bem, enterra, mensalmente, fertilizante sólido junto às raízes e aduba semanalmente com fertilizante líquido. Factores abióticos: Temperatura O valor ideal para o nosso ecossistema é de 28º C. Para tal, tens de regular o aquecedor para essa temperatura , com a ajuda do termómetro. A regulação é feita com o “botão” do topo: rodar para a direita aumenta a temperatura e para a esquerda fá-la diminuir. A luz acesa indica que está ligado e a aquecer. Atenção: manuseia o aquecedor com cuidado, para que não se parta e não te cortes, e nunca o ligues à electricidade se estiver fora de água. Manutenção : verificar, sempre que possível, se o equipamento está a funcionar correctamente, através da leitura do termómetro. Factores abióticos: Luz Indispensável às plantas, visto ser necessária à fotossíntese. Os valores ideais situam-se acima dos 0,75 watts/litro. Para verificares se a iluminação é suficiente, calcula quantos watts totalizam as lâmpadas e divide pelo nº de litros de água do aquário (volume = comprimento x largura x altura). O fotoperíodo (nº de horas diárias de luz) das regiões tropicais é de aproximadamente 12 h. Para obteres este fotoperíodo utiliza um temporizador para ligar e desligar a luz. Manutenção : verificar, sempre que possível, se o equipamento está a funcionar correctamente. Factores abióticos: CO2 e pH O dióxido de carbono (CO2) é essencial à realização da fotossíntese , pelos produtores. Podes construir um “aparelho produtor de CO2”, misturando 1 Kg de açúcar, um pacote de fermento biológico e água, num garrafão de 5 litros, previamente preparado, e ligado ao aquário através de um tubo. O CO2 faz variar (baixar) outro factor, o pH da água, que deve ser medido com testes próprios (varia de 1 a 14), e corrigido se for menor que 5 ou maior que 9. Manutenção : verificar, sempre que possível, se ocorre a libertação de bolhas de CO2 e renovar a mistura quando esta parar. Medir o pH semanalmente e corrigi-lo, se necessário, recorrendo a testes e produtos disponíveis no mercado. Factores abióticos: Dureza da água De uma forma simples, podemos dizer que a dureza da água se relaciona com a quantidade de sais dissolvidos, sendo esta tanto mais dura quanto mais sais tiver, e tanto mais mole quanto menos sais dissolvidos contiver.

Manutenção : medir a dureza da água semanalmente e corrigi-la, se necessário, recorrendo a testes e produtos disponíveis no mercado.

Fig. 26

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Factores bióticos | Seres vivos: Autotróficos ou Produtores Plantas Planta-as assim que a temperatura atingir os 20ºC, enterrando as raízes com muito cuidado para não as “magoares”, nem remexeres muito o solo. Planta as mais pequenas à frente e as maiores atrás, para teres uma visão de todo o aquário. As mais pequenas e finas devem ser plantadas com o auxílio de uma pinça. Agrupa as da mesma espécie (em populações ), porque é assim que elas estão na Natureza. É normal, ao fim de algum tempo, aparecerem outros produtores como algas ou cianobactérias. Manutenção : remover as folhas velhas e podar as plantas, quando necessário.

Factores bióticos | Seres vivos : Heterotróficos Decompositores (bactérias): Transformam as fezes dos peixes e caracóis, as folhas mortas e os restos de comida (matéria orgânica morta) em matéria mineral. Eles são o “coração” do nosso ecossistema e irão desenvolver-se na esponja do filtro, que apenas deve ser ligado depois de estar na água. Consumidores (caracóis e peixes): Os caracóis podem ser colocados assim que o grupo 5 terminar a tarefa, mas os peixes só ao fim de 3 semanas, quando os decompositores já existirem em quantidade, para que não morram “intoxicados”. Manutenção : alimentar os peixes diariamente e passar a esponja do filtro por água quando a corrente for muito fraca.

Fig. 27 – Aquário tropical de água doce.

o Um aquário é um ecossistema aquático em miniatura . Monta o aquário de acordo com um ecossistema natural à tua escolha (tens alguns exemplos na página seguinte). Para tal, efectua uma pesquisa na Internet para conheceres os seres vivos (peixes, plantas, caracóis, etc.), bem como todos os factores abióticos (temperatura, luz, pH, dureza, etc.) característicos das diferentes regiões. o Fórum para esclarecimento de dúvidas: http://www.aquariofilia.net/forum/ o Características dos ecossistemas aquáticos: http://www.aquapress-bleher.com/

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Exemplos de ecossistemas aquáticos de água doce

Fig. 28 - Rio Mapuera - Brasil (Amazonas). Fig. 29 - Lago Cuipeuá – Brasil (Amazonas).

Fig. 30 - Rio Nan – Tailândia. Fig. 31 - Rio Paraguay – Paraguai.

Fig. 32 - Lago Victoria – Uganda. Fig. 33 - Rio Meruvambayi – India

Fig. 34 - Thandwe creek – Myanmar. Fig. 35 - Rio Katherine – Austrália.

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Relações alimentares num ecossistema O Sol é a fonte primária de energia para a vida dos ecossistemas . As plantas captam a energia luminosa e transformam-na em energia química, que fica contida nos compostos orgânicos que elaboram. Pela fotossíntese, em presença da luz, utilizam dióxido de carbono (CO2), água (H2O) e alguns sais minerais, que são substâncias inorgânicas, e com elas produzem compostos orgânicos, que passam a fazer parte do seu próprio organismo. Por essa razão são consideradas seres produtores nos ecossistemas. As plantas servem de alimento a numerosos seres vivos, que, por sua vez, são comidos por outros. Os seres que obtêm matéria orgânica alimentando-se de outros, denominam-se seres consumidores . Existem ainda nos ecossistemas seres, como bactérias e fungos, seres decompositores , que transformam a matéria orgânica dos cadáveres, dos excrementos e dos detritos vegetais e animais em substâncias minerais (inorgânicas), que podem novamente ser utilizadas pelos produtores.

Fig. 36 – Cadeia alimentar. Estas relações alimentares podem representar-se por sequências de seres vivos, através dos quais o alimento passa – cadeias alimentares ou cadeias tróficas . Nelas, cada ser vivo come o que o precede e é comido pelo seguinte. Cada cadeia alimentar inicia-se por um produtor (P), fonte de alimento para um consumidor primário ou de 1ª ordem (C1), que, por sua vez, serve de alimento a um consumidor secundário ou de 2ª ordem (C2), e este a um consumidor terciário ou de 3ª ordem (C3), e assim sucessivamente. Normalmente, não existem cadeias alimentares isoladas nos ecossistemas (são raros os seres que se alimentam de uma única espécie). Elas estão interligadas (o mesmo ser pode pertencer simultaneamente a diversas cadeias alimentares) O que existe na realidade são redes tróficas , ou teias alimentares , em que numerosas cadeias se entrecruzam.

o Fundamenta a afirmação: “ A destruição da vegetação pode levar ao desequilíbrio dos ecossistemas ” .

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Extinção e conservação das espécies Muitas ameaças pairam sobre os seres vivos do nosso planeta, sendo as actividades humanas as principais responsáveis pela extinção de espécies – redução do número de indivíduos de cada espécie até ao seu desaparecimento – o que pode conduzir à ruptura do equilíbrio dos ecossistemas. Contudo, o ser humano também desenvolve uma série de medidas no intuito de preservar a biodiversidade .

Proposta de trabalho :

1. Divide os 14 textos seguintes por grupos de trabalho de 2 elementos, se possível,

aos quais caberá identificar:

o aspectos reveladores da importância da biodiversidade; o causas que podem contribuir para a extinção de espécies, bem como possíveis implicações desse facto para o ecossistema; o espécies ameaçadas de extinção em Portugal e no resto do mundo; o condutas pessoais e/ou colectivas conducentes à preservação da biodiversidade.

2. Os resultados do trabalho de cada grupo devem ser comunicados aos outros grupos de forma oral ou escrita, aproveitando-se para efectuar um debate / reflexão crítica sobre códigos de conduta, pessoais e colectivos, face à forma como o Homem se relaciona com os outros seres vivos e com o meio ambiente.

Fig. 37 – Águia imperial (Aquila heliaca), uma ave gravemente ameaçada de extinção, não apenas em Portugal, como em todo o planeta.

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Descobertas dez novas espécies de anfíbios na Colôm bia 02.02.2009 - PÚBLICO.PT | Reuters

Figs. 38 a 43 - Uma equipa de biólogos da Conservation International descobriu nove espécies de sapos e uma de salamandra nas montanhas da Colômbia. (…)

As novas espécies, incluindo três sapos venenosos, foram descobertas na zona montanhosa de Tacarcuna, perto da fronteira da Colômbia com o Panamá. Esta região servia de passagem entre espécies de plantas e de animais entre a América do Norte e a América do Sul. (…) Actualmente, Tacarcuna é uma zona que sofre com o abate florestal, exploração de gado, caça, exploração mineira e fragmentação dos habitats. Estima-se que 30 por cento da sua vegetação natural já desapareceu. O elevado número de novas espécies de anfíbios é um sinal de esperança, mesmo com a grave ameaça de extinção que enfrentam estes animais em muitas outras regiões do mundo. Robin Moore, especialista em anfíbios na Conservation International, sublinhou que actualmente um terço de todas as espécies de anfíbios do planeta está ameaçado de extinção. “Os anfíbios são muito sensíveis às mudanças no ambiente (…). São uma espécie de barómetro e são os primeiros a responder a essas mudanças, como por exemplo as alterações climáticas”, explicou. Os anfíbios ajudam a controlar a progressão de doenças como a malária e o dengue porque se

alimentam dos insectos que transmitem essas doenças às pessoas. A equipa quer trabalhar com as populações locais de Tacarcuna para que encontrem formas mais sustentáveis para proteger os seus recursos naturais, também para seu benefício. Fig. 44 - Uma salamandra (Bolitoglossa taylori) potencialmente nova para a ciência descoberta na Colômbia. Existem neste país mais de 754 espécies de anfíbios – um dos números mais elevados do mundo.

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Plantas zangadas confirmam mudanças climáticas na Antárctida 13.03.2009 - PÚBLICO.PT | Reuters

Não queira ver o fitoplâncton zangado. Estas microscópicas plantas do mar estão na base de uma cadeia alimentar nas águas que cercam a península da Antárctida e quando estão infelizes, tudo o que depende delas pode sofrer as consequências, incluindo peixe e pinguins. Um novo estudo publicado ontem na Science revela que uma parte deste fitoplâncton tem ficado cada vez mais “chateado” nos últimos 30 anos. Como a maioria das plantas, fitoplâncton precisa de alimento e luz do sul para sobreviver. Para as espécies que vivem longe da costa oeste da península da Antárctica, a obtenção destes meios essenciais tem sido um desafio cada vez maior, algo que se pode constatar com a diminuição de 12 por cento registada nas última três décadas nas populações de fitoplâncton. Fig. 45 - Uma diminuição de fitoplâncton na península da Antárctida significa menos comida para os pequenos crustáceos que, por sua vez, servem de alimento a peixes e por aí em diante na cadeia alimentar que chega até aos pinguins (Adelie) e outros animais. http://animals.nationalgeographic.com/

Investigadores do EUA perceberam este dado olhando para informação recolhida por satélite para seguir as pistas da quantidade de clorofila – um sinal da fotossíntese do fitoplâncton. – nas águas ao sul da península da Antárctica que aponta na direcção da América do Sul. Esta área é um bom local para procurar sinais das mudanças climáticas porque, no Inverno, aquece mais rápido do que qualquer outro lugar na terra. O fitoplâncton é um excelente marcador para as mudanças climáticas porque respondem rapidamente, por vezes no espaço de apenas um dia, à variação do ambiente e também porque há uma longa cadeia alimentar que depende da sua sobrevivência. Devido às alterações nos padrões da atmosfera que rodeia a península – possivelmente, devido às mudanças climáticas - há actualmente céu nublado onde antes havia sol e vice-versa, diz um dos autores do estudo Martim Montes-Hugo da Rutgers University. No sul da península, as nuvens estão a diminuir e o sol está a derreter o mar gelado, libertando mais água para o sol penetrar, afirmou Montes-Hugo à Reuters. “Há mais água e por isso há penetração da luz, por isso o fitoplâncton está feliz no sul”, referiu. No norte da península há mais nuvens e o mar de gelo está ainda mais reduzido. Aqui, a mudança de padrões atmosféricos trouxe mais ventos para agitar as águas, o que leva o fitoplâncton para maiores profundidades. Nestes níveis mais profundos estas pequenas plantas captam menos sol. “Isto enfurece o fitoplâncton”, refere Montes-Hugo. Como outras plantas, o fitoplâncton absorve o dióxido de carbono responsável pelo efeito de estufa. Menos fitoplâncton significa menos dióxido de carbono absorvido. Uma diminuição de fitoplâncton na península da Antárctida significa menos comida para os pequenos crustáceos que, por sua vez, servem de alimento a peixes e por aí em diante na cadeia alimentar que chega até aos pinguins e outros animais.

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Proteína de esponja marinha pode combater malária e cancro 19.02.2009 - Diário Digital / Lusa

O uso de uma proteína contida numa esponja marinha que apenas existe na costa portuguesa no fabrico de medicamentos pode ajudar a tratar doenças como a malária cerebral ou o cancro, de acordo com um projecto recente. A esponja na qual foram detectados compostos com efeito terapêutico no combate a estas doenças foi recolhida junto ao Banco de Gorringe, numa expedição científica que decorreu no ano passado.

O projecto está a ser desenvolvido pela empresa Bioalvo em colaboração com o Instituto Português de Malacologia (IPM), sedeado no Zoomarine, em Albufeira, onde já tinha sido desenvolvido um estudo semelhante com lesmas-do-mar. A descoberta de novos fármacos de origem marinha em Portugal está a dar os seus primeiros

passos, mas Helena Vieira, da Bioalvo, acredita que podem ser descobertos mais compostos que podem ser úteis noutras doenças. «O próximo passo é identificar a estrutura responsável por esta actividade e ver se pode ser aplicada à indústria farmacêutica», referiu, acrescentando que aquela esponja nunca tinha sido explorada do ponto de vista biotecnológico. A identificação da proteína que poderá ter um papel chave no combate ao cancro e à malária foi identificada através de uma plataforma tecnológica de alto débito, que permite fazer o rastreio de milhares de compostos num curto espaço de tempo, explicou. «O facto de conseguir identificar logo numa espécie que não existe em mais lado nenhum do mundo um composto bio-activo dá-nos muitas lições», refere Gonçalo Calado, biólogo e presidente do IPM. A ideia é agora testar o uso dessa plataforma noutras espécies, para alargar o leque de invertebrados marinhos dos quais possam vir a ser extraídas proteínas de interesse farmacológico. Há cerca de cinco anos, iniciou-se no IPM um projecto de aquacultura de lesmas-do-mar com interesse para a indústria farmacêutica, cujos ensinamentos têm possibilitado a prospecção de outras espécies. As lesmas-do-mar, pequenos moluscos coloridos aparentados com os búzios e as lapas e que produzem substâncias químicas com potencial farmacológico, podem estar prestes a apontar o caminho de novos anti-cancerígenos, anti-inflamatórios e analgésicos, segundo os investigadores. Apesar de ainda não haver no mercado nenhum medicamento derivado de substâncias retiradas de lesmas-do-mar, existem outros organismos marinhos, como os corais e as esponjas, que têm dado um importante contributo à investigação científica. Um dos mais importantes medicamentos utilizados no tratamento da SIDA - o AZT (zidovudina) - foi isolado a partir de uma esponja das Caraíbas e o analgésico mais forte do mundo, 50 vezes mais forte que a morfina, foi retirado de uma espécie de caracol.

Fig. 46 – Corais.

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E se os animais mais emblemáticos do planeta desaparecessem? 14.03.2009 - PÚBLICO.PT | Ana Fernandes Fora de água, são os seres com o andar mais tonto do planeta. Mas o que interessa é que ainda por cá se bamboleiam, nos seus impecáveis fraques, gelo fora. Por enquanto, porque os pinguins são alguns dos animais mais ameaçados pelas alterações climáticas, só ultrapassados pelo mítico urso polar, esse sim condenado a extinguir-se dentro de uns meros 75 anos. Um relatório da associação internacional WWF sobre o impacto das alterações climáticas sobre as espécies mais emblemáticas do planeta, que é hoje divulgado, traça um quadro assustador. "Imaginam um mundo sem elefantes na savana africana, onde os orangotangos apenas existem em cativeiro ou em que as imagens de ursos polares em cima de icebergs só persistem em filmes?", pergunta. Pois "este mundo é mais provável do que podem pensar", alerta. (…) Um argumento de peso. A situação de muitas das espécies mais emblemáticas do mundo - baleias e golfinhos, albatrozes, tartarugas marinhas, ursos polares, elefantes africanos, tigres, orangotangos, corais, cangurus e pinguins - já não era famosa, devido à destruição dos seus habitats e à perseguição que lhes é movida pelos seres humanos. Mas tudo tende a piorar face às mudanças no clima, que lhes rouba o gelo, lhes aquece as águas, os condena a secas ou a grandes chuvadas. Os números são devastadores: 95 por cento dos corais da Grande Barreira dos Recifes podem ter desaparecido em 2050. Setenta e cinco por cento dos pinguins-de-Adélia na Antárctida deverão ter o mesmo destino e os alvos ursos do Pólo Norte não deverão chegar ao fim do século. O relatório da WWF compila dados de vários relatórios científicos. O mais citado - a avaliação feita pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas - diz que se a temperatura aumentar entre 1,5 a 2,5 graus até 2050, então 20 a 30 por cento das espécies do planeta correrão grave risco de extinção. Tudo dependerá do poder de adaptação das espécies, como prova a história do mundo. Mas algumas poderão não conseguir encontrar alternativa: é o caso daqueles que vivem nas zonas polares. Assim como muito irá depender da rapidez das mudanças e na forma como ocorrerão, pois a previsão de como se irá comportar o clima não é uma ciência exacta. E há ainda aquelas espécies que já se encontravam tão tremendamente ameaçadas, devido a outros factores, como é o caso do tigre ou dos orangotangos, que as alterações climáticas poderão ser a machadada final. Animal a animal, a WWF dá conta do actual estado de conservação destas 11 espécies, ameaças a que estão sujeitas e propõe o que se pode fazer para tentar salvá-las. O urso polar, por exemplo, pode perder metade do seu habitat até 2050. Hoje existem entre 20 a 25 mil indivíduos em regime selvagem, a maioria no Canadá. Estes dependem da continuação das suas principais presas, as focas, também elas dependentes da manutenção destas massas geladas. A protecção dos seus habitats é hoje uma questão crucial. O lindíssimo tigre asiático, hoje reduzido a 4000 indivíduos - entre os quais o tigre de Bengala, que já não passa dos 1400 - tem sofrido golpes atrás de golpes. Em 100 anos, 95 por cento desapareceu, várias subespécies nunca mais foram avistadas. Com a subida do nível do mar, algumas ilhas de Sonda, onde alguns subsistem, podem submergir. E com elas o fabuloso bicho. As más notícias sucedem-se para cada uma das espécies. Seres únicos, bem adaptados, mas hoje extraordinariamente vulneráveis. Será a despedida?

Fig. 47 - Os ursos do Pólo Norte não deverão chegar ao fim do século.

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Perda de biodiversidade: pobres afectados primeiro… 04.06.2008 - PÚBLICO.PT / Paulo Miguel Madeira http://www.kidsplanet.org/

(…) Os mais pobres são os primeiros a ser afectados por um uso abusivo dos recursos naturais, “mas os próximos seremos nós”. Este “nós” inclusivo e abrangente foi dito por Pavan Sukhdev, que na semana passada se tornou uma estrela do mundo da ecologia por ter apresentado, em Bona, o primeiro estudo (“The Economics of ecosystems & biodiversity – An interim report”) que faz uma contabilização económica da perda da biodiversidade de animais e plantas a nível global. O nós inclusivo de refere-se às pessoas abastadas dos países ricos que gozam de elevados padrões de consumo se olhados numa perspectiva global. No estudo, cuja importância está a ser comparada à do Relatório Stern sobre o custo das alterações climáticas, conclui-se que a perda actual de biodiversidade em larga escala, como acontece com as florestas, representa vários pontos percentuais do PIB e uma fatia significativa do bem-estar da humanidade, segundo explicou então numa entrevista à Voz da Alemanha. E acrescentou que, para convencer as pessoas a fazer alguma coisa, deve ser-lhes dito que a alimentação e a água estão em risco e que os seis a oito por cento do PIB global de que fala representam actualmente o sustento de dois mil milhões de pessoas. Hoje, na Semana Verde da Comissão Europeia, onde veio falar numa sessão justamente sobre “O valor da biodiversidade e ecossistemas”, deu uma entrevista ao programa Biosfera, a que o PÚBLICO assistiu, onde disse que a expectativa é de que em 2050 tenham sido convertidos mais 7,5 milhões de km2 de áreas naturais para uso humano em todo o planeta (a área da Austrália) e foi peremptório sobre um aumento futuro dos preços da comida. O primeiro conselho que deu foi o “que se comece a medir as externalidades”, as tais que “estão a deixar de sê-lo”. Para Sukhdev, que dirige o Deutsche Bank na Índia, “quando se pensar em mudar o uso do solo [da natureza para actividades humanas] tem de se contabilizar aspectos até agora não tidos em conta”, como o uso lúdico ou os benefícios potenciais para a medicina. Por exemplo: uma espécie de rãs da Austrália estava a ser estudada por ter características que sugeriam que poderia fornecer solução para as doenças gástricas. Mas entretanto extinguiu-se. Considera também que o exemplo das pescas é bom para se perceber a importância da biodiversidade. Sukhdev diz elas que “estão em declínio por causa do excesso de captura”, e isto porque os governos subsidiam a actividade e há procura”, existindo já grande quantidade de mares a ser explorados acima da sua capacidade de renovação de “stocks”. Na sua perspectiva, se as coisas continuarem como estão, “em 2050 não haverá pesca e perdem-se 27 milhões de empregos” ao nível global. “Agora os pobres, depois seremos nós. Não é sustentável.” E adianta que, depois das florestas, vai estudar o que se passa com os oceanos.

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Biosfera: Ecossistemas valem 33 triliões de dólares /ano 16.03.2009 Diário Digital / Lusa

O Condomínio da Terra, um projecto global de preservação do planeta, assenta na gestão comum dos serviços prestados pelos ecossistemas existentes na biosfera, cujo valor económico foi estimado em 33 triliões de dólares por ano. Este valor, quase o mesmo que o produto interno bruto mundial, resultou de um trabalho desenvolvido por 12 economistas e ecologistas, que dividiram a superfície do planeta em 16 biomas (de florestas tropicais a recifes de corais) e definiram 17 categorias de serviços.

Estas contas pretenderam atribuir um valor económico aos serviços ambientais prestados pelos ecossistemas, que são essenciais para a vida no planeta. A concepção do Condomínio da Terra prevê que a manutenção dos ecossistemas seja entendida como uma actividade económica, acabando com a perspectiva actual de só atribuir valor à natureza depois de a destruir ou transformar. «As árvores têm que valer mais vivas do que em madeira e, neste momento, uma árvore só tem rentabilidade económica quando é transformada em madeira», frisou o ambientalista Paulo Magalhães, referindo-se à importância das florestas. Para inverter este quadro, tornou-se necessário atribuir um valor aos serviços prestados pelos ecossistemas, para permitir contabilizar o que cada um tem a pagar ou a receber pelo seu uso ou pela sua conservação e manutenção. «O nosso sistema de valoração é a economia, que tem que dar valor ao que nós mais precisamos e, neste momento, precisamos mais dos serviços prestados pelas florestas do que de telemóveis de quarta ou quinta geração», salientou o principal impulsionador do Condomínio da Terra. Nas contas da equipa liderada por Robert Costanza, o serviço ecológico mais 'valioso' prestado pela biosfera é a reciclagem de minerais, em especial carbono, nitrogénio e fósforo, que foi avaliada em 17 triliões de dólares anuais. O tratamento de resíduos e filtragem de produtos tóxicos (2,28 triliões), o controlo de distúrbios climáticos (1,78), o armazenamento de água em bacias hidrográficas, reservatórios e aquíferos (1,69) e a produção de alimentos (1,39) são outros serviços cujo valor foi estimado. Nesta lista incluem-se ainda serviços ambientais como a regulação dos níveis de gases atmosféricos poluentes (1,34), as fontes de matérias-primas (0,72), o controlo biológico de pragas e doenças (0,42) ou a protecção de habitats utilizados na reprodução e migração das espécies (0,12). O estudo permitiu concluir, sem sombra para dúvidas, que os ecossistemas do planeta prestam serviços cujo valor económico é muito superior aos lucros gerados pela exploração tradicional dos seus recursos. O desafio colocado pelo Condomínio da Terra é a criação de um modelo que promova a produção e manutenção dos bens vitais do planeta e, ao mesmo tempo, faça repercutir os custos de produção dos bens não essenciais que contribuem para a destruição das condições sustentáveis da biosfera. Com este sistema, esperam os promotores do projecto que os países procurem danificar o menos possível as partes comuns do planeta e cuidem delas da melhor forma. «Num planeta limitado, é insustentável ter uma economia baseada numa produção ilimitada», defendeu Paulo Magalhães. Nesse sentido, salientou a necessidade de «criar, ao lado da economia de produção, uma economia de manutenção das partes comuns». «Tem que haver pessoas, empresas, países, cujo trabalho é cuidar das florestas, limpar as águas, garantir o funcionamento dos ecossistemas», frisou.

Fig. 49

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Redução da biodiversidade vai afectar os mais pobre s 29.05.2008 - PÚBLICO.PT / Agências

A diminuição da biodiversidade pode reduzir para metade os recursos das populações mais pobres do mundo. Esta é a mais importante conclusão do estudo que foi tornado público na conferência do Bona, e que também prevê uma descida de sete por cento no PIB mundial até 2050 causado pela degradação da natureza.

“Valores de seis ou oito por cento do PIB global aparecem quando se pensa nos benefícios que os ecossistemas intactos trazem no controlo das águas, das cheias e secas e no movimento dos nutrientes das florestas para os campos de cultivo”, explicou à BBC News Pavan Sukhdev, líder do projecto.

A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (EEB) é o título do estudo que foi programado pelo governo alemão e pela Comissão Europeia durante a presidência alemã do G8. Foi feito por e para economistas e apostou-se na mesma perspectiva que se utilizou para o Estudo de Stern sobre as alterações climáticas.

O estrago das florestas, dos rios, e da vida marinha são alguns dos problemas detectados. “Apercebemo-nos que os maiores beneficiários [da natureza] são cerca de 1500 milhões da população do mundo que é considerada pobre. Estes sistemas naturais são cerca de 40 a 50 por cento daquilo que é definido como o “PIB dos pobres””, diz Sukhdev, que é o director executivo na divisão de mercados globais do Banco Alemão.

A informação do relatório é provisória e avisa que os custos reais não estão quantificados, os sete por cento são baseados quase unicamente na perda das florestas. Conhecem-se as tendências: nos últimos 100 anos houve uma diminuição de 50 por cento dos terrenos húmidos como os pântanos, a rapidez com que as espécies estão a desaparecer é entre 100 e 1000 vezes superior ao que seria normal num mundo sem pessoas. Está-se a testemunhar um rápido declínio nos “stocks” de peixes e um terço dos recifes de coral estão danificados. Mas é muito mais difícil transformar estas perdas em dinheiro de que quando se estuda por exemplo o impacto das alterações climáticas.

O documento que saiu da reunião dos ministros do ambiente do G8, na reunião que houve no Japão na semana passada, diz que “a biodiversidade é a base da segurança da humanidade e a sua perda exacerba a desigualdade e a instabilidade na sociedade humana”. Os objectivos que os signatários da CBD determinaram no encontro do Rio em 1992 – travar e reverter a perda de biodiversidade até 2010, não vão ser cumpridos. A versão preliminar do relatório que a BBC News teve acesso conclui que da seguinte forma: “As lições aprendidas nos últimos 100 anos demonstram que a humanidade actua normalmente demasiado tarde e com pouca força relativamente a ameaças similares – o amianto, os CFCs, a chuva ácida, a diminuição dos "stocks" de pesca, a BSE e – mais recentemente – as alterações climáticas”. Espera-se que este relatório obrigue os governos a reagir.

Fig. 50 – Variedades de árvores.

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Mais de 1/4 da fauna mundial desapareceu em 35 anos 17-05-2008 – Diário Digital / Lusa

http://palscience.com/wp-content/uploads/2007/11/gecko1_f1.jpg Mais de um quarto da fauna mundial desapareceu depois dos anos 70, revela um estudo publicado sexta-feira pela Sociedade Zoológica de Londres em colaboração com o Fundo Mundial para a Natureza. O estudo observou a evolução de cerca de 1.400 espécies de peixes, anfíbios, répteis, pássaros ou mamíferos, concluindo que se registou um declínio de 27 por cento na fauna entre 1970 e 2005. Segundo a investigação, a fauna terrestre sofreu uma redução de 25 por cento, a fauna de água salgada baixou 28 por cento e a de água doce registou uma diminuição de 29 por cento. O ser humano contribuiu para o desaparecimento de cerca de um por cento das espécies animais por ano, segundo o documento, que sublinha que um dos «grandes episódios de extinção» da História está em curso. A poluição, a agricultura, a expansão urbana, o recurso excessivo à pesca e à caça são as razões citadas para explicar esta tendência. «A redução da biodiversidade significa que milhões de pessoas vão ter um futuro onde as reservas alimentares serão mais vulneráveis aos insectos e às doenças e onde a água estará disponível em pouca quantidade e irregularmente», lamentou James Leape, director-geral do Fundo Mundial para a Natureza. «Ninguém irá escapar ao impacto da redução da biodiversidade, pois ela vai evidenciar-se em menos medicamentos novos, numa maior vulnerabilidade aos desastres naturais e em efeitos acrescidos no que diz respeito ao aquecimento climático», acrescentou. O documento assinala ainda que este declínio coincide com uma fase em que os seres humanos consomem cada vez mais recursos naturais, gastando 25 por cento acima do que aquilo que a natureza consegue substituir. O relatório divulgado precede a convenção da ONU sobre a biodiversidade, que se realiza na próxima semana em Bona, na Alemanha.

Fig. 51 – Uma osga (réptil).

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Planeta perdeu 27% da vida selvagem desde 1970 16.05.2008 - PÚBLICO.PT / Helena Geraldes

Fig. 52 - Espadarte do Atlântico: Xiphias gladius - Linnaeus, 1758. As populações de animais selvagens do planeta registaram uma queda global de 27 por cento desde 1970, revela o Índice Planeta Vivo 2008 realizado pela Sociedade Zoológica de Londres para a organização WWF (Fundo Mundial da Natureza) e divulgado hoje. As populações das espécies terrestres diminuíram 25 por cento, as marinhas 28 por cento e as de água doce, 29 por cento, revela este Índice que monitoriza quatro mil populações de 302 espécies de mamíferos, 811 de aves, 241 de peixes, 83 de anfíbios e 40 de répteis. Nos gráficos que denunciam as tendências populacionais, são mais as linhas que descem do que as que sobem. A WWF receia que o Baiji (Lipotes vexillifer) ou golfinho do rio Yangtzé (China), se tenha perdido. O espadarte do Atlântico (Xiphias gladius) é outra espécie que está a perder terreno, assim como o abutre indiano (Gyps bengalensis). Mas também há populações que estão em recuperação. É o caso do elefante africano na Tanzânia (Loxodonta africana) e do salmão atlântico (Salmo salar) na Noruega. Apesar disso, os números não são de todo animadores se pensarmos que a comunidade internacional tem apenas mais dois anos para cumprir o ambicioso desígnio a que se propôs em 2000: conseguir reduzir “significativamente” o ritmo de perda da biodiversidade mundial até 2010. A WWF aponta a destruição de habitats e o comércio ilegal como os grandes responsáveis por um declínio que se mantém constante desde 1976. Tudo isto leva a crer que “é muito provável que a meta de 2010 não seja cumprida”, diz o relatório de apresentação do Índice. “A menos que sejam tomadas medidas imediatas para reduzir as pressões sobre os ecossistemas naturais, a perda da biodiversidade global vai continuar inalterada”. A tarefa não será fácil porque, segundo as contas do Índice, todos os anos a humanidade consome 25 por cento mais recursos naturais do que aqueles que o planeta consegue repor. De 19 a 30 deste mês, os líderes mundiais reúnem-se em Bona, Alemanha, na nona Convenção das Partes (COP) da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica. Em cima da mesa estará, precisamente, a meta de 2010.

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Saúde prejudicada com perda da biodiversidade 23-04-2008 - Diário Digital / Lusa

O risco de perder novos tratamentos médicos para o cancro, osteoporose e outras doenças por causa da perda de biodiversidade no planeta foi hoje motivo de um alerta das Nações Unidas. Achim Steiner, director executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP), afirmou hoje que é necessário «actuar rapidamente» para travar essa perda de biodiversidade, explicando que muitos organismos que os cientistas podem usar para tratamentos estão ameaçados de extinção. «Temos de fazer alguma coisa acerca do que está a acontecer com a perda da biodiversidade», afirmou Achim Steiner, salientando a necessidade de ajudar a sociedade a entender a dependência que as economias e a vida humana têm sobre a diversidade de espécies. O alerta lançado por Achim Steiner é uma das conclusões de um novo livro de medicina à margem da conferência da UNEP em Singapura, que acolheu cerca de 600 homens de negócios e especialistas da área do ambiente. O livro «Sustentando a Vida» baseia-se num trabalho de mais de uma centena de especialistas, alguns dos quais de Universidade de Harvard, e é apoiado por várias organizações, incluindo a UNEP.

Fig. 53 - http://livredoponto.files.wordpress.com Um exemplo ilustrativo das consequências da perda da biodiversidade para a medicina, mencionado pelos autores do livro, é a de uma rã descoberta nos anos 80 em florestas virgens da Austrália. Essa rã transporta a cria no estômago, o que causou espanto na comunidade científica, uma vez que, em outros animais, a cria seria destruída pelas enzimas e ácidos do estômago. Os estudos preliminares indicaram que as rãs bebés produziam substâncias que as protegem daquela destruição, o que se tornou uma pista para tratamentos de úlceras gástricas. Mas, segundo o livro, a rã foi declarada extinta antes de concluírem os estudos. No ano passado, a lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza revelou estarem nessa situação mais de 16 mil espécies. Achim Steiner adiantou que o livro, hoje divulgado, retrata vários grupos de organismos ameaçados com grande potencial para a evolução de tratamentos médicos, entre os quais os anfíbios, os ursos, as cobras, os tubarões e macacos.

Fig. 53 – A

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eaçados de extinção.

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Espécies em risco - Vítimas do progresso 2007-12-15 - André Pereira / Correio da Manhã A ameaça de extinção de espécies também afecta Portugal. No País, 19 por cento dos anfíbios, 26 por cento dos mamíferos, 69 por cento dos peixes de água doce, 32 por cento dos répteis e 38 por cento das aves estão ameaçadas de extinção e o ritmo aumenta a uma velocidade preocupante. As causas são muitas e quase todas têm a intervenção humana, que tem descurado as preocupações ambientais em detrimento de um desenvolvimento cego e sem regras. De acordo com Maria José Costa, professora da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e presidente da Sociedade Portuguesa de Ciências Naturais, “a densidade humana crescente, a sobreexploração dos recursos naturais e o consequente desequilíbrio de forças entre o homem e as demais espécies, reclamam uma intervenção urgente em prol da regulamentação das várias actividades comerciais, sobretudo nas suas vertentes económicas e turística”, defendendo que “só assim se evita a degradação definitiva dos habitats e a extinção das espécies”. Em Portugal, o lince ibérico é o animal mais próximo da extinção, mas outras espécies, menos conhecidas, estão também ameaçadas. Entre os mamíferos, o lobo, o gato-bravo, morcegos e a maioria dos cetáceos têm o estatuto de ameaçados. No que diz respeito às aves, a situação é grave, com quase 40 por cento das espécies identificadas em risco de desaparecer. Além das aves de rapina, como a águia ou o peneireiro, existem espécies endémicas ameaçadas de extinção. A Freira e o Pombo da Madeira e o Priôlo, dos Açores, são disso exemplo e só existem nestas duas zonas geográficas. A inexistência de estudos aprofundados sobre as populações de certas plantas, invertebrados marinhos e insectos não permitem dizer, com exactidão, quais são as espécies mais ameaçadas. Porém, entre os insectos – Portugal, apesar de ser um País pequeno, tem 30 das 33 ordens reconhecidas –, é possível apontar a ‘Euchloe tagis’ com uma espécie ameaçada. Nos peixes, a lista em risco de extinção é extensa, devido à poluição, construção de barragens e pesca excessiva. O esturjão, o salmão, a solha, o sável e as lampreias são apenas alguns exemplos de espécies a desaparecer dos rios nacionais. Por fim, também os répteis e os anfíbios estão ameaçados em Portugal, como são os casos da salamandra-lusitânica, o tritão palmado, o cágado de carapaça-estriada e a víbora de seoane. Apesar do cenário ser alarmante, a especialista encara o futuro com optimismo, depositando grande esperança no comportamento das gerações mais jovens. “Acredito que as nossas crianças estão já mais conscientes para as questões ambientais e conseguem influenciar os pais a adoptar comportamentos mais correctos”, afirmou ao CM, dando como exemplo pequenos gestos individuais que fazem toda a diferença: “O meu neto diz que fecha a torneira, enquanto lava os dentes, por causa das baleias.”

Fig. 54 – Lince ibérico – o animal mais próximo da extinção em Portugal.

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24 espécies de orquídeas desaparecidas numa década 21-03-2008 - Diário Digital / Lusa

Os furacões, os incêndios, a desflorestação descontrolada e a imigração que passa pelo Sul do México afectaram as orquídeas, uma flor exótica, que em dez anos viu desaparecer pelo menos 24 espécies, informaram hoje investigadores universitários. Peritos da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM) realizaram estudos no Parque Nacional Lagunas de Montebello, localizado no Estado de Chiapas (Sul), com fronteira com a Guatemala, una zona protegida que conta com o habitat mais diverso deste tipo de flora no México. O especialista Gerardo Salazar, do Instituto de Biologia da UNAM, assinalou que os factores citados, assim como o comércio ilícito destas plantas, levaram a que se perdesse a biodiversidade no ecossistema das orquídeas das Lagunas de Montebello. Isso deu azo a que já não exista uma grande variedade de orquídeas numa comunidade «onde era possível encontrar até 200 espécies dessa flor num hectare de bosque», salientou o cientista.

Embora muitos tipos de orquídeas não estejam em «iminente risco» no México, poderão vir a ficar «se continuarem a verificar-se factores como a desflorestação descontrolada e a extracção ilegal para a sua venda, sobretudo nas ruas e mercados das grandes cidades do país, indicou o biólogo da UNAM. Salazar citou o exemplo da orquídea conhecida como Flor de Maio (Laelia speciosa), que habita nos bosques de azinheiras e se extrai a “taxas alarmantes” que a põem em perigo. O perito mexicano destacou que no mundo há cerca de 25 mil espécies de orquídeas, existindo só no México 1.300 espécies, 40% delas endémicas, que não se dão de forma natural em nenhum outro local. A orquídeo-flora deste país caracteriza-se pela «alta proporção de espécies exclusivas», com níveis semelhantes aos da África do Sul, o Sudeste do Brasil e Madagáscar, comentou o perito.

Fig. 55 - Laelia speciosa

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Por ano desaparecem 27 mil espécies, 74 por dia, três por hora... 15.03.2008 - PÚBLICO.PT / Maria João Lopes

(…) "Um escaravelho raro sentado sobre uma orquídea num vale remoto dos Andes poderá segregar uma substância que cura o cancro do pâncreas." A frase vai passando num ecrã pendurado numa das paredes do Museu da Ciência em Coimbra, onde, até Junho, se pode visitar a exposição A Diversidade da Vida, 300 Anos de Lineu. A proposição que soa tanto a hipótese científica como a enunciado poético pretende, tal como toda a exposição, sensibilizar para o perigo do desaparecimento de espécies em todo o mundo. (…) Em miúdos: a biodiversidade está em risco e, muitas vezes, a culpa é nossa - umas de forma acidental, outras, consciente. Nesta longa história de

mortes de plantas e de animais também acontecem acasos infelizes, como quando, pouco depois da Segunda Guerra Mundial, uma espécie de cobra da Austrália foi transportada acidentalmente num navio para a ilha de Guam. O resultado foi uma praga responsável pela extinção de vários pássaros. Já os restantes actos que sabemos terem consequências negativas para a biodiversidade não são novidade para ninguém: a caça, a poluição, a destruição de florestas. (..) Quem também anda naquele arquipélago são os investigadores da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, com quem Ruben Heleno acaba por trocar informações. Tudo por causa de um pássaro chamado priolo (na ilustração), uma ave raríssima que existe apenas em S. Miguel e que está em perigo. Serão cerca de 200 a 400 os casais que habitam em certas zonas montanhosas da ilha, florestas ameaçadas por pastagens e produção de madeira. O objectivo da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves é recuperar 300 hectares de floresta natural - 150 já estão - controlando a expansão das espécies exóticas e voltando a plantar espécies nativas. É preciso aumentar o habitat do priolo, limpando as zonas afectadas pela espécie invasora (criptoméria-do-japão). 74 mortes por dia Desde há 100 anos que a principal causa de extinção de espécies é a destruição de habitats pela mão humana, explica o director do Museu de Ciência, Paulo Gama Mota, acrescentando que a segunda é o aquecimento global. Apesar de esta ser a sexta maior fase de extinções desde o início do mundo - a "mãe de todas as extinções" aconteceu há mais de 250 milhões de anos -, ela deve-se, em grande medida, à nossa acção: às transformações do uso do solo, à poluição, às mudanças climáticas... De acordo com algumas previsões (em artigos da Nature e no livro A Criação - Um apelo para salvar a vida na terra, de E.O. Wilson, por exemplo), até 2050 poderão desaparecer 25 a 35 por cento das espécies. Exemplos de animais que já não existem em Portugal? O urso-pardo. Desapareceu por caça excessiva. O lobo-ibérico continua em perigo, graças à destruição de bosques, à caça furtiva, ao atropelamento e ao envenenamento (há apenas 200 em todo o país). Igualmente em perigo, em vários países da Europa, está o cágado-de-carapaça-estriada, por captura ilegal para fins comerciais, poluição da água, incêndios... Vinte e sete mil espécies desaparecem por ano, 74 por dia, três por hora... Na exposição do Museu da Ciência, há um vídeo que projecta mensagens sobre o que podemos fazer: andar a pé, usar transportes públicos, poupar água, reduzir a utilização de sacos plásticos, reciclar o lixo, evitar madeiras exóticas... Jane Memmott vai todos os dias de bicicleta para a faculdade. Diz que é "uma sortuda" por causa disso.

Fig. 56 – Uma rã venenosa (anfíbio).

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Projecto da WWF ajuda a recuperar biodiversidade no Vale do Guadiana 18.03.2009 - PÚBLICO.PT | Helena Geraldes

Plantar zimbros, aroeiras, azinheiras e oliveiras bravas é apenas parte de um projecto que a WWF (Fundo Mundial da Natureza) pretende levar até 2011 para recuperar a biodiversidade da Ribeira do Vascão, habitat de espécies raras e únicas, como o peixe saramugo, na Bacia hidrográfica do Guadiana, uma das mais importantes da Península Ibérica. O Guadiana junta-se assim a grandes rios do planeta a precisar de “cuidados” e nas mãos da WWF e da Coca-Cola, unidas numa parceria internacional para conservar os recursos hídricos. Fazem parte desta lista o Yangtze (China),

Mekong (Ásia), Rio Grande/Rio Bravo (Estados Unidos/México), rios do Sudeste dos Estados Unidos, Lago Malawi (África) e o Danúbio (Europa).

Luís Silva, responsável pelo programa florestal da WWF Portugal e coordenador da intervenção na Ribeira do Vascão, explicou ao PÚBLICO a escolha do Guadiana. “É uma das bacias hidrográficas mais importantes a nível de biodiversidade, uma vez que tem espécies que não existem em mais lugar nenhum do planeta. Além disso, sofre grandes pressões a nível do consumo de água, com 20 barragens do lado espanhol e o perímetro de regadio do Alqueva, o maior de Portugal. A acrescentar, é a bacia hidrológica com o "clima mais seco”.

O projecto foi apresentado ao Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), concretamente ao Parque Natural do Vale do Guadiana, entidade que escolheu um determinado troço da Ribeira do Vascão para ser recuperado.

“Esta ribeira, no limite Sul do Parque Natural, é quase toda sítio Rede Natura e de todas as ribeiras do Sul é a mais importante por causa da sua fauna, flora e habitats”, explicou Pedro Rocha, director-adjunto do Departamento de Gestão de Áreas Classificadas – Sul, ao PÚBLICO. Além disso, “é um dos principais redutos de uma espécie de peixe, o saramugo, que vai beneficiar com a melhoria das margens da ribeira, através da melhoria da qualidade da água”.

A intervenção de Inverno/Primavera do projecto terminou no mês de Fevereiro e teve como objectivo recuperar um troço da Ribeira do Vascão com cerca de um quilómetro, depois de um grande incêndio em 2007. Foram plantados zimbros, aroeiras, azinheiras e oliveiras bravas para “evitar a erosão do solo”, explicou Luís Silva, numa intervenção “muito suave para não acelerar o processo de erosão”.

Mas o projecto ainda não terminou e já estão a ser preparadas outras acções num troço diferente do Vascão. Os trabalhos deverão recomeçar em Outubro e continuar até 2011. Desta feita com mais intervenientes, nomeadamente locais. Poderá estar em cima da mesa a integração da Ribeira do Vascão num percurso de visitação.

Actualmente, a Ribeira do Vascão é um afluente do Guadiana pouco intervencionado. No entanto, a poluição difusa de águas sem tratamento de populações ou explorações agrícolas, as espécies exóticas como a achigã e o assoreamento do leito da ribeira são problemas que poderiam ser atacados. Luís Silva lembra que o abandono do uso tradicional da ribeira com moinhos, azenhas e açudes que deixaram de funcionar criou zonas de água parada onde se acumulam sedimentos. “O saramugo precisa de um leito de cascalho”, comentou. “Queremos ir ajudando a recuperar o leito da ribeira, retirando sedimentos para permitir que a água corra livre”.

Pedro Rocha considera muito importante “recuperar os açudes e promover o ciclo natural” do curso de água, algo “muito importante para os peixes”.

Fig. 57 – Saramugo (Anaecypris hispanica).

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Níveis de organização biológica http://farm1.static.flickr.com/

A célula é a unidade mais simples em que existe vida. Nos seres unicelulares a própria célula constitui o indivíduo, mas em seres multicelulares as células são subunidades de níveis de organização mais complexos. Os seres vivos encontram-se organizados em níveis estruturais de complexidade crescente (figura 59).

Fig. 58 – Girafa (mamífero).

Fig. 59 – Níveis estruturais dos seres

vivos.

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Como se manifesta a diversidade e a unidade da vida ? Apesar da enorme biodiversidade, os seres vivos apresentam uma unidade básica comum - a célula . É basicamente constituída por membrana, citoplasma e núcleo, apresentando forma, dimensão e conteúdos diversos, consoante os tecidos e a espécie de que faz parte. A célula é a unidade estrutural de todos os seres vivos. As células podem ser agrupadas em dois grandes grupos: Células procarióticas (do grego pró = antes + káryon = núcleo), sem núcleo; Células eucarióticas (do grego eũ = verdadeiro + káryon = núcleo), com núcleo. As bactérias são os únicos seres vivos na Terra que apresentam células procarióticas . Nestas células, muito simples, o material genético (DNA) não está envolvido por uma membrana nuclear, não apresentando, por isso, núcleo. As células eucarióticas , presentes nos animais, plantas, fungos e protistas, são mais complexas e de maiores dimensões, têm o núcleo bem definido e inúmeros organitos (estruturas com formas e funções diferentes) no citoplasma. Existem dois tipos de células eucarióticas: animal e vegetal . As células possuem dimensões e formas muito variadas. Esta variedade de formas está relacionada com a função que as células desempenham nos organismos. Existem alguns seres vivos que são constituídos por uma única célula (unicelulares ) e outros constituídos por várias células (pluricelulares ).

Fig. 60 – Células de cebola. Cebola.

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Observação microscópica de células de cebola Material: http://www.ieoonions.com/images/sales/red_onions.jpg • Microscópio • Lâminas e lamelas • Pinça • Agulha de dissecção • Tesoura • Vermelho-neutro • Água iodada • Azul-de-metileno • Cebola

Procedimento:

1. Coloca uma gota de vermelho-neutro, pouco concentrado, sobre uma lâmina. 2. Destaca, com a pinça, um fragmento da epiderme da face côncava de uma túnica

do bolbo da cebola. 3. Corta o fragmento obtido, com a tesoura, de modo a obteres um pequeno

quadrado de aproximadamente 5mm de lado. 4. Coloca o fragmento sobre a gota de corante. 5. Distende o fragmento, em caso de necessidade, com o auxílio da agulha de

dissecção. 6. Cobre a preparação com a lamela e observa ao microscópio nas várias

ampliações. 7. Esquematiza o observado. 8. Repete os passos (1 a 7) anteriores, substituindo o vermelho-neutro (corante),

primeiro por água iodada e, em seguida, por azul-de-metileno.

o Identifica, através da legendagem dos esquemas efectuados, alguns organelos celulares da epiderme da cebola, tais como a membrana celular, o citoplasma, o núcleo, a parede celular e o vacúolo.

Figs. 62 e 63 – Células da epiderme da face côncava de uma túnica de um bolbo da cebola.

Fig. 61.

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Observação microscópica de células do epitélio boca l Material : • Microscópio • Lâminas e lamelas • Palitos • Conta-gotas • Azul-de-metileno diluído

http://www.sporeworks.com/ Procedimento :

1. Coloca uma gota da solução diluída de azul-de-metileno no centro de uma lâmina. 2. Raspa, com o palito, a superfície interna da bochecha. 3. Coloca, com o auxílio de outro palito, o produto obtido sobre a gota de azul-de-

metileno. 4. Cobre a preparação com a lamela e observa ao microscópio nas várias

ampliações. 5. Esquematiza o observado.

o Identifica, através da legendagem do esquema efectuado, alguns organelos das células do epitélio bocal, tais como a membrana celular, o citoplasma e o núcleo.

Fig. 65 - Célula epitelial da boca com bactérias – já foram identificadas cerca de 500 bactérias diferentes na boca humana.

Fig. 64.

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Células da cebola e células do epitélio bocal

Fig. 66 – Células de cebola observadas ao microscópio óptico composto.

Fig. 67 – Células do epitélio bocal observadas ao microscópio óptico composto. 300

Núcleo

Citoplasma

Membrana celular

Núcleo

Citoplasma

Membrana celular Parede celular

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Observação de seres vivos numa gota de água

Material :

• Microscópio • Lâminas e lamelas • Pipetas • Algodão (1) • Frascos com água de origem diversa (lagos,

tanques, charcos, barragens, aquários…) (1)

NOTA (1) – Em alternativa, podes preparar uma infusão, colocando, num recipiente de vidro aberto, feno ou outra vegetação seca com água, à temperatura ambiente e ao abrigo da luz directa do Sol, durante 6 a 10 dias. Procedimento :

1. Recolhe, com a pipeta, uma gota de água de um dos frascos.

2. Monta a gota de água entre lâmina e lamela (2). 3. Observa ao microscópio. 4. Esquematiza os seres observados. 5. Repete os passos anteriores com água de outros

frascos.

o Identifica, através da legendagem dos esquemas efectuados, alguns organelos celulares dos seres observados, tais como a membrana celular, o citoplasma, o núcleo e eventuais organelos locomotores como cílios e flagelos.

o Se tiveres curiosidade, podes tentar identificar os seres vivos através do site:

o o NOTA (2) - Os seres que se movimentam são difíceis de observar porque, dadas as pequenas dimensões do campo do microscópio, deixam de se ver rapidamente. Podes facilitar a observação juntando à preparação algumas (poucas) fibras de algodão, de modo a aprisioná-los ou dificultar-lhes a movimentação.

Fig. 68 - D

e cima para baixo: S

tentor, Euglena, M

etopus, Param

ecium,

Spirostom

um, C

oleps e Acanthocystis.

Fig. 69 – Espirogira (alga filamentosa).

http://starcentral.mbl.edu/microscope/portal.php

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A célula – unidade de estrutura e função A célula é a unidade básica da vida, comum a todos os seres vivos. É basicamente constituída por membrana , citoplasma e núcleo , apresentando forma, dimensão e conteúdos diversos, consoante os tecidos e a espécie de que faz parte. A evolução do estudo da célula esteve sempre ligada ao desenvolvimento das técnicas de microscopia.

Figs. 70 e 71– Células observadas ao microscópio electrónico.

Johannes Purkinje (1840) - Fisiologista checo que designou de “protagonista” o conteúdo celular. Rudolph L. K. Virchow (1855) - Médico e biólogo alemão, estabeleceu que todas as células derivam de uma pré-existente. Vladimir Zworykin (1930) - Físico russo, naturalizado americano, dirigiu a equipa que produziu o 1º microscópio electrónico. James Watson e Francis Crick (1953) - Bioquímico norte-americano e biofísico britânico que propuseram um modelo de estrutura tridimensional do DNA.

Personalidades que contribuíram para o aprofundamento do conhecimento da célula : Zacharias Janssen (1595) - Mercador holandês, cientista amador, inventou o 1.º microscópio composto. Robert Hooke (1665) - Cientista inglês que, ao examinar num microscópio rudimentar uma lâmina de cortiça, verificou que ela era constituída por cavidades poliédricas, às quais chamou células (do latim cella = pequena cela). Antonie Van Leeuwenhoek (1676) - Cientista holandês, aperfeiçoou o microscópio e passou a empregá-lo sistematicamente no estudo da biologia. Em 1676, publica a primeira descrição de uma bactéria. Robert Brown (1833) - Cientista escocês, descreveu um corpo esférico a que chamou núcleo e observou que este era uma constante de todas as células. Mathias Shleiden e Theodor Schawnn (1838-1839) - Botânico e zoólogo alemães, estabeleceram definitivamente a Teoria Celular. A Teoria celular apresenta uma das grandes generalizações em Biologia: “Todos os seres vivos são formados por células”.

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Teoria Celular Em 1838-39, o botânico Schleiden e o zoólogo Schwann formularam a Teoria Celular . Segundo esta teoria, todos os seres vivos são constituídos por células e, apesar da enorme biodiversidade existente na Terra, a célula é a unidade básica dos seres vivos. Na actualidade, a Teoria Celular pode ser resumida nas seguintes afirmações: - a célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos (isto é, todos os seres vivos são constituídos por células, onde ocorrem os processos vitais; - todas as células têm origem unicamente a partir de outras células; - a célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade dos seres vivos. As células possuem dimensões e formas muito variadas. Esta variedade de formas está relacionada com a função que as células desempenham nos organismos. Existem alguns seres vivos que são constituídos por uma única célula (unicelulares ) e outros constituídos por várias células (pluricelulares ).

As células classificam-se em procarióticas e eucarióticas. As bactérias são os únicos seres vivos na Terra que apresentam células procarióticas . Nestas células, muito simples, o material genético (DNA) não está envolvido por uma membrana nuclear, não apresentando, por isso, núcleo. As células eucarióticas , presentes nos animais, plantas, fungos e protistas, são mais complexas e de maiores dimensões, têm o núcleo bem definido e inúmeros organitos (estruturas com formas e funções diferentes) no citoplasma. Existem dois tipos de células eucarióticas: animal e vegetal . Transparências Areal Editores As células podem ser agrupadas em dois grandes grupos: Células procarióticas (do grego pró = antes + káryon = núcleo), sem núcleo; Células eucarióticas (do grego eũ = verdadeiro + káryon = núcleo), com núcleo.

Fig. 72

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Células eucarióticas animais e vegetais Célula animal - Célula eucariótica que apresenta várias estruturas e organelos celulares mas que é desprovida de parede celular e de cloroplastos.

[Fig. Transparências Areal Editores]

Célula vegetal - Célula eucariótica que possui uma parede celular externa geralmente constituída por celulose. Possui ainda plastos, sendo os mais frequentes os cloroplastos, onde ocorre grande concentração de clorofila.

[Fig. Transparências Areal Editores]

Fig. 73

Fig. 74

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1- Considera as células A e B (Fig. 75) e o quadro (Fig. 76).

1.1- Classifica as células A e B.

1.2- Legenda os números correspondentes aos componentes celulares das células A e B.

1.3- Refere a função dos componentes celulares (1 a 6) representados.

Fig. 75

Fig. 76

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Amido – um polissacarídeo de glicose presente em órgãos vegetais Princípios:

- A água iodada, de cor amarela, é um reagente indicador do amido, corando-o de azul-violeta. - O licor de Fehling, de cor azul, é um reagente indicador de glicose, formando, a quente, um precipitado cor de tijolo. - A amilase é uma substância (enzima) presente na saliva, que decompõe o amido.

Material:

• Banana, batata, etc. • Água iodada e licor de Fehling (1) • Lamparina e pinça de madeira • 3 tubos de ensaio num suporte • Vareta de vidro e pipeta graduada • Faca de cozinha • Água destilada

Procedimento:

1. Corta, com a faca de cozinha, uma rodela de banana em 3 porções iguais. 2. Coloca 2 das 3 porções de banana, obtidas no passo 1, nos tubos de ensaio 1 e

2, adiciona um dedo de água destilada a cada um dos tubos e esmaga a banana o melhor possível com a vareta de vidro.

3. Efectua o teste da água iodada ao conteúdo do tubo 1, adicionando-lhe algumas gotas de água iodada.

4. Efectua o teste do licor de Fehling ao conteúdo do tubo 2, adicionando-lhe, com a pipeta, 2 ml de licor de Fehling e levando-o à ebulição (2).

5. Coloca a terceira porção de banana obtida no passo 1, no tubo de ensaio 3, depois de bem mastigada, durante alguns minutos.

6. Adiciona água destilada ao tubo de ensaio 3, até ser atingido um volume igual ao dos tubos 1 e 2, e efectua o teste do licor de Fehling.

7. Regista os resultados obtidos nos passos 3, 4 e 6 num quadro.

o Que conclusões podes tirar dos resultados obtidos?

(1) Normalmente o licor de Fehling prepara-se adicionando iguais quantidades de soluções (A e B) deste reagente.

(2) Quando se aquece um tubo de ensaio, deve virar-se a sua abertura para um local onde não haja ninguém, de modo a evitar eventuais danos em caso de projecção do conteúdo.

Fig. 77

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Constituintes químicos dos seres vivos A unidade da vida não se manifesta apenas a nível celular, mas também a nível molecular: carbono (C), oxigénio (O), hidrogénio (H) e azoto (N) representam cerca de 97% da massa da matéria viva e ligam-se entre si formando moléculas. Todos os seres vivos, apesar da sua diversidade aparente, são constituídos pelos mesmos elementos químicos.

o Completa o mapa de conceitos , com base na informação das páginas 45 e 46. As moléculas orgânicas são, regra geral, moléculas de grande tamanho, formadas por associações de outras moléculas. Muitas dessas moléculas, grandes e complexas - macromoléculas - podem ser sintetizadas por seres vivos. Existem quatro tipos de macromoléculas nas células: glícidos ou hidratos de carbono , lípidos , prótidos e ácidos nucleicos . Muitas vezes, as macromoléculas são polímeros , ou seja, cadeias com um grande número de unidades básicas - monómeros - unidas por ligações químicas. Os nucleótidos são os monómeros dos ácidos nucleicos ; os aminoácidos são os monómeros das proteínas ; os ácidos gordos são os monómeros dos lípidos ; a glicose é o principal monómero dos polissacarídeos . Monómero - É uma molécula capaz de se ligar a moléculas iguais ou diferentes para formar um polímero. É a estrutura que se repete num polímero. Polímero - Composto que resulta da união de várias moléculas iguais ou semelhantes entre si (monómeros) e é caracterizado por uma elevada massa molecular.

Funções principais da água :

- transporte de substâncias para dentro ou fora das células; - termorregulação da temperatura dos seres vivos; - solvente da maioria das substâncias celulares.

Fig. 78

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Compostos orgânicos – constituição e funções Os glícidos são compostos ternários (constituídos por C, O e H) que se dividem em três grandes grupos: monossacarídeos ou oses , oligossacarídeos e polissacarídeos . Os monossacarídeos ou oses são constituídos por C, H e O na proporção 1:2:1. Dá-se o nome de oligossacarídeos aos glícidos formados por duas a dez moléculas de monossacarídeos. Se este número for superior, as moléculas denominam-se polissacarídeos . Funções principais : - energética - directamente (glicose) ou indirectamente/reserva (amido, glicogénio); - estrutural - celulose, quitina. Os lípidos são as substâncias vulgarmente chamadas gorduras, cuja característica comum é a fraca solubilidade na água. São formados por dois componentes fundamentais: glicerol e ácidos gordos. Funções principais : - reserva energética (gorduras); - estrutural (fosfolípidos); - vitamínica - vitamina A; - hormonal - testosterona e progesterona. Os prótidos são compostos quaternários, constituídos por C, O, H e N, contendo, por vezes, outros elementos como S, P, Mg, Fe, Cu, etc. De acordo com a sua complexidade podem classificar-se em aminoácidos , péptidos ou proteínas . As moléculas unitárias dos prótidos são os aminoácidos , que se ligam formando cadeias de tamanho e complexidade variáveis, os péptidos e as proteínas . Funções principais : - estrutural – fazem parte de todos os tecidos celulares; - enzimática – biocatalisadores das reacções químicas; - hormonal – muitas hormonas têm constituição proteica; - motora – componentes maioritários dos músculos; - reserva alimentar – fornecem aminoácidos. Os ácidos nucleicos são moléculas que armazenam a informação genética, característica da identidade de cada organismo. São longos polímeros constituídos por subunidades que se repetem ordenadamente: os nucleótidos . Há dois tipos de ácidos nucleicos: ADN (ácido desoxirribonucleico) e ARN (ácido ribonucleico). Funções principais : DNA – é o suporte universal (todos os seres vivos – procariontes e eucariontes) da informação hereditária / genética (que passa de geração em geração); DNA - controla toda a actividade celular; DNA – confere grande diversidade à vida, pois cada organismo contém o seu DNA, que o torna único. DNA e RNA – Síntese de proteínas.

Fig. 79

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Constituintes básicos - principais funções

www.insect.dke-explore.com www.clarku.edu

Proteínas

Funções

Localização

Pepsina Enzimática Suco gástrico Queratina Estrutural Cabelo, unhas, garras Anticorpos Defesa Plasma, tecidos, secreções Hemoglobina Transporte Sangue Insulina Reguladora Pâncreas Miosina Contráctil Tecido muscular

Glícidos

Funções Localização

Amido Plastos (vegetais) Glicogénio Energética Fígado (animais) Laminarina Plastos (algas castanhas) Celulose Parede celular (vegetais) Ácido murâmico Estrutural Parede celular (bactérias) Quitina Carapaça (insectos) e

parede celular (fungos)

Lípidos

Funções Localização

Triglicerídeos Energética Sangue Fosfolípidos Membranas celulares Lecitina Estrutural Membranas das células nervosas Ceramidas Membranas celulares Testosterona (hormona) Testículos Progesterona (hormona) Ovários

Figs. 80 e 81 – A quitina é um glícido que entra na constituição da carapaça dos insectos e da parede celular dos fungos.

Reguladora

o Constrói dois quadros, idênticos aos representados acima, referentes à água e aos ácidos nucleicos .

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1. Apesar de ser um pequeno planeta, à escala do Universo, a Terra reúne condições que asseguram a sobrevivência e a evolução dos seres vivos. De facto, existe uma enorme quantidade e variabilidade de formas vivas no nosso planeta – biodiversidade . Até ao momento, foram identificadas cerca de 1,7 milhões de espécies. No entanto, admite-se a existência de cerca de 10 a 100 milhões de organismos diferentes, o que sugere o grande desconhecimento da biodiversidade. Mas, apesar desta enorme biodiversidade, os seres vivos apresentam uma unidade básica comum - a célula .

1.1. Estabelece a correspondência entre cada uma das afirmações seguintes (A a J) e os valores lógicos V (verdadeiro) ou F (falso).

___ A- O DNA das células procarióticas localiza-se no núcleo e o DNA das células eucarióticas localiza-se no citoplasma. ___ B- A cebola é um ser vivo pluricelular. ___ C- Biodiversidade é a variedade de seres vivos do nosso planeta. ___ D- A unidade básica comum à maioria dos seres vivos é a célula. ___ E- Os constituintes básicos dos seres vivos são a água, os sais minerais, os prótidos, os glícidos, os lípidos e os ácidos nucleicos. ___ F- As Briófitas são plantas sem vasos condutores. ___ G- O amido é um polissacarídeo de reserva das plantas. ___ H- A quitina pode encontrar-se nas paredes das células das plantas e a celulose nas paredes celulares dos fungos. ___ I- Uma célula é constituída, basicamente, por membrana, citoplasma e núcleo. ___ J- Os caracóis são moluscos gastrópodes. 1.2. Ordena as letras correspondentes aos seguintes níveis estruturais em que os

seres vivos se organizam, de acordo com um grau de complexidade crescente.

A- Tecido. B- Biosfera. C- Célula. D- Ecossistema. E- População. F- Organismo.

Resposta:

Fig. 82

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• A Biosfera é um subsistema do sistema Terra que integra a totalidade dos seres

vivos do planeta, onde podem ser considerados níveis de organização hierarquicamente estruturados: ecossistema, comunidade, população, espécie, organismo, sistema de órgãos, órgão, tecido e célula.

• A alteração dos factores do ambiente ou a extinção de espécies podem provocar

desequilíbrios nos ecossistemas, o que pode pôr em risco a sua conservação. • A célula é a unidade estrutural e funcional de todos os seres vivos que podem ser

uni ou multicelulares. • Ao microscópio óptico as células exibem um padrão básico de organização

estrutural (membrana celular, citoplasma e núcleo) bem como particularidades específicas dos seres vivos que as possuem.

• As células vivas efectuam trocas de matéria e energia entre si e com o meio

ambiente. • Os seres vivos são constituídos por compostos químicos básicos, tais como

água, sais minerais, proteínas, hidratos de carbono, lípidos e ácidos nucleicos, que integram um reduzido número de elementos químicos (C, O, H, N, P...).

• As macromoléculas orgânicas podem desempenhar funções estruturais,

energéticas, enzimáticas, de armazenamento e de transferência de informação; são também formadas por unidades básicas (monossacarídeos, aminoácidos, ácidos gordos, glicerol, nucleótidos) que os seres vivos utilizam e organizam.

Fig. 83 – Espécies em perigo.

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CHAVE DICOTÓMICA DO REINO ANIMAL

1 Com corda dorsal ..………………………………………………

Sem corda dorsal ……………………………………………….. CORDADOS

2

2 Aquáticos, corpo com uma única abertura rodeada de tentáculos com células urticantes……………………….. Aquáticos ou terrestres, corpo com 1 ou 2 aberturas ...

CELENTERADOS

3

3 Corpo com 1 abertura ……………...………………………………………… Corpo com 2 aberturas ………………………………………………………..

4 5

4 Aquáticos e fixos, corpo com poros ……………………... Aquáticos e terrestres, corpo achatado, a sua maioria parasitas …………………………………………………….

ESPONGIÀRIOS

PLATELMINTAS

5 Simetria radial, aquáticos, movem-se com pés ambulacrários ..…………………………………………… Simetria bilateral ………………………………………….

EQUINODERMES

6

6 Corpo segmentado…………………………………………........................... Corpo não segmentado ……………………………………………………….

7 8

7 Corpo mole e cilíndrico, segmentos iguais, pele nua ……. Corpo com exosqueleto, segmentos desiguais com apêndices articulados ……………………………………….

ANELÍDEOS

ARTRÓPODES

8 Corpo mole, geralmente protegido por uma concha, com um pé que pode estar dividido em tentáculos ….. Corpo cilíndrico, na sua maioria parasitas …………….

MOLUSCOS

NEMATELMINTAS

Figs. 84, 85 e 86 – Classifica os animais das figuras com a chave dicotómica.

Fig. 84 Fig. 85 Fig. 86

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CORDADOS (VERTEBRADOS) http://www.roggo.ch/ PEIXE 1 Com o corpo protegido por escamas ..……………………………………

Sem escamas ………………………………………………………………. 2 3

2 Respiração branquial, escamas de origem dérmica, membros em forma de barbatana …………………………………………... Respiração pulmonar, escamas de origem epidérmica, sem membros ou com membros curtos ………………………………

PEIXES

RÉPTEIS

3 Pele nua ……………...……………………………………… Pele revestida por pêlos ou penas ……………………….

ANFÍBIOS 4

4 Corpo revestido com penas, um par de asas ………………. Corpo revestido com pêlos, fêmeas com glândulas mamárias…………………………………………………………

AVES

MAMÍFEROS

http://orbitingfrog.com/

http://www.mammal.dke-explore.com/ http://www.erieshoreexotics.com/ Figs. 87, 88, 89, 90 e 91 - Classifica os animais das figuras com a chave dicotómica.

Fig. 87 Fig. 88

Fig. 89

Fig. 90

Fig. 91

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MOLUSCOS

1 Geralmente com concha ……………....…………………….

Geralmente sem concha externa, pé dividido em tentáculos ……………………………………………………..

2

CEFALÒPODES

2 Com 1 valva, pé em forma de palmilha ventral ………….. Com 2 valvas ligadas por uma charneira …………………

GASTRÓPODES BIVALVES

http://waynesword.palomar.edu/images/snail2.jpg

http://wwwbio200.nsm.buffalo.edu/labs/tutor/Snail/Snail31N.jpg http://wwwbio200.nsm.buffalo.edu/labs/tutor/Snail/Snail31N.jpg

Figs. 92, 93, 94, 95 e 96 - Classifica os animais das figuras com a chave dicotómica.

Fig. 92

Fig. 94

Fig. 93

Fig. 95

Fig. 96

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ARTRÓPODES 1 Corpo dividido em cabeça, tórax e abdómen, com 3 pares

de patas …………………………………………………………. Com 4 ou mais pares de patas ………………………………..

INSECTOS

2

2 Corpo dividido em cefalotórax e abdómen, com 4 pares de patas ………………………………………….................... Com mais de 4 pares de patas ……………………………...

ARACNÍDEOS

3

3 Corpo protegido por uma carapaça calcária, aquáticos … Com 1 ou 2 pares de patas em cada segmento ………….

CRUSTÁCEOS 4

4 Com 1 par de patas em cada segmento ……………………. Com 2 pares de patas em cada segmento …………………

CENTÍPEDES MILÍPEDES

Figs. 97, 98, 99, 100, 101 e 102 - Classifica os animais das figuras com a chave dicotómica.

Fig. 97 Fig. 98

Fig. 100

Fig. 99

Fig. 101

Fig. 102

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CHAVE DICOTÓMICA DO REINO DAS PLANTAS 1 Plantas pequenas com estruturas semelhantes a raiz,

caule e folhas, sem vasos condutores ………………….. Plantas com raiz, caule e folhas, com vasos condutores

BRIÓFITAS

TRAQUEÓFITAS TRAQUEÓFITAS 1 Plantas sem flor, não produtoras de sementes ……………...

Plantas com flor, produtoras de sementes …………….......... FILICÍNEAS

2

2 Sementes não encerradas no fruto …………………. Sementes encerradas no fruto ……………………….

GIMNOSPÈRMICAS ANGIOSPÉRMICAS

Figs. 103, 104, 105 e 102 - Classifica as plantas das figuras com a chave dicotómica.

Fig. 103

Fig. 104

Fig. 105

Fig. 106

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ANEXO I - Paisagens e regiões naturais de Portugal

Fig. 107

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ANEXO II – Áreas Protegidas em Portugal

Fig. 108

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Propostas de correcção Página 9: A- Clima árctico. B- Clima desértico. C- Clima equatorial. D- Clima temperado.

Página 43: 1.1. A- Célula eucariótica animal; B- Célula eucariótica vegetal. 1.2. 1- Membrana celular. 2- Citoplasma. 3- Mitocôndrias. 4- Núcleo. 5- Parede celular. 6- Cloroplasto. 7- Centríolos. 1.3. 1- Controlo da entrada e saída de substâncias. 2- Contém os organelos e várias substâncias. 3- Respiração aeróbia. 4- Contém o material genético. 5- Protecção, estrutura de suporte. 6- Fotossíntese.

Página 45: Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Prótidos – Glícidos – Ácidos nucleicos – Aminoácidos – Péptidos – Monossacarídeos – Polissacarídeos.

Página 48: 1.1. A-F; B-V; C-V; D-F; E-V; F-V; G-V; H-F; I-V; J-V. 1.2. C-A-F-E-D-B

Fig. 109

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Créditos das imagens Pág. 01 | Capa - http://wikimedia.org/ :: Pág. 02 | Índice - http://i.livescience.com/ Pág. 03 | https://faculty.rpcs.org/ :: Pág. 04 | http://www.herbalextractsplus.com/ Pág. 05 | Fig. 01 - http://www.insect.dke-explore.com/ Pág. 06 | Fig. 02 - http://www.museums.norfolk.gov.uk/ | Fig. 03 - http://piclib.nhm.ac.uk/ Pág. 07 | Fig. 04 - http://www.wmnh.com/ | Figs. 05 e 06 – PORTO EDITORA Pág. 08 | Figs. 07, 08 e 09 - http://.insect.dke-explore.com | Fig. 10 - http://farmakognozja.farmacja.pl/ | Fig. 11 - http://grow.ars-informatica.ca/ Pág. 09 | Fig. 12 - Transparências Porto Editora :: Pág. 10 | Fig. 13 - http://netxplica.com Pág. 11 | Figs. 14 a 17 – Fonte desconhecida. :: Pág. 12 | Figs. 18, 19 e 20 - http://.sporeworks.com/ Pág. 13 | Fig. 21 - http://www.meemelink.com/ Pág. 14 | Figs. 22 a 25 - Fonte desconhecida. :: Pág. 15 | Fig. 26 - http://www.xylema.net/ Pág. 16 | Fig. 27 - http://www.swelluk.com Pág. 17 | Figs. 28 a 35 - http://www.aquapress-bleher.com/ Pág. 18 | Fig. 36 - http://boilingpotusa.files.wordpress.com/ Pág. 19 | Fig. 37 - http://www.oiseaux.net/ Pág. 20 | Figs. 38 a 44 - http://fotos.sapo.pt/ Pág. 21 | Fig. 45 - http://animals.nationalgeographic.com/ Pág. 22 | Fig. 46 - Fonte desconhecida. :: Pág. 23 | Fig. 47 - http://www.choosetoys.co.uk/ Pág. 24 | Fig. 48 - http://www.kidsplanet.org/ Pág. 25 | Fig. 49 - http://www.vitaminliving.com/ Pág. 26 | Fig. 50 - http://z.about.com/ Pág. 27 | Fig. 51 - http://palscience.com/ Pág. 28 | Fig. 52 - http://hem.passagen.se/ Pág. 29 | Fig. 53 - http://livredoponto.files.wordpress.com/ Pág. 30 | Fig. 54 - http://www.ecologistasenaccion.org/ Pág. 31 | Fig. 55 - http://www2.petrobras.com.br/ Pág. 32 | Fig. 56 - http://www.duiops.net/ Pág. 33 | Fig. 57 - http://www.iberianature.com/ Pág. 34 | Fig. 58 - http://farm1.static.flickr.com/ | Fig. 59 – Transparências Areal Editores Pág. 35 | Fig. 60 - http://.georgedingwall.co.uk/ (grande) + http://.ieoonions.com/ (pequena) Pág. 36 | Fig. 61 - http://www.ieoonions.com/ | Figs. 62 e 63 - http://www.danacode.co.il/ Pág. 37 | Fig. 64 - http://www.sporeworks.com/ | Fig 65 - http://www.icbm.de/ Pág. 38 | Fig. 66 - http://pro.corbis.com/ | Fig. 67 – Fonte desconhecida. Pág. 39 | Fig. 68 - http://serc.carleton.edu/ | Fig. 69 - http://starcentral.mbl.edu/ Pág. 40 | Figs. 70 e 71 - http://www.denniskunkel.com/ Pág. 41 e 42 | Figs. 72, 73 e 74 - Transparências Areal Editores. Pág. 43 | Fig. 75 - Transparências Areal Editores. | Fig. 76 – http://netxplica.com Pág. 44 | Fig. 77 - http://www.treehuggingfamily.com/ Pág. 45 | Fig. 78 - Transparências Areal Editores. :: Pág. 46 | Fig. 79 - PORTO EDITORA Pág. 47 | Fig. 80 - http://www.insect.dke-explore.com | Fig. 81 – http://www.clarku.edu Pág. 48 | Fig. 82 - http://.georgedingwall.co.uk/ Pág. 49 | Fig. 83 - http://srd.alberta.ca/ Pág. 50 | Fig. 84 - http://www.mettawee.k12.vt.us/ | Fig. 85 - http://media.photobucket.com/ | Fig. 86 - http://3.bp.blogspot.com/ Pág. 51 | Fig. 87 - http://orbitingfrog.com/ | Fig. 88 - http://worldanimalfoundation.homestead.com/ | Fig. 89 - http://roggo.ch/ | Fig. 90 - http://mammal.dke-explore.com/ | Fig. 91 - http://www.erieshoreexotics.com/ Pág. 52 | Fig. 92 - http://waynesword.palomar.edu/ | Figs. 93 a 95 - http://wwwbio200.nsm.buffalo.edu/ | Fig. 96 - http://www.oum.ox.ac.uk/ Pág. 53 | Fig. 97 - http://wwwbio200.nsm.buffalo.edu/ | Fig. 98 e 99 - http://insect.dke-explore.com/ | Fig. 100 - http://farm2.static.flickr.com/ | Fig. 101 - http://globalchemco.com/ | Fig. 102 - http://a1exterminators.com/ Pág. 54 | Fig. 103 - http://www.dkimages.com/ | Fig. 104 - http://www.artificialplantsandtrees.com/ | Fig. 105 - http://www.metrotrees.com.au/ | Fig. 106 - http://blog.bloomingdirect.com/ Pág. 55 | Fig. 107 - Transparências Porto Editora :: Pág. 56 | Fig. 108 - Transparências Areal Editores Pág. 57| Fig. 109 – http://insect.dke-explore.com :: Pág. 59 | Fig. 110 – http://webdesign-guru.co.uk

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Bibliografia DA SILVA, A. E OUTROS, Planeta Vivo / Sustentabilidade na Terra – Ciências Naturais 8, Porto Editora, Porto, 2003 DA SILVA, A. E OUTROS, Terra, Universo de Vida – Biologia 10, Porto Editora, Porto, 2007 DA SILVA, A. E OUTROS, Terra, Universo de Vida – Biologia 12º Ano, Porto Editora, Porto, 2001 MATIAS, O. E OUTROS, Biologia 10, Areal Editores, Porto, 2007

Fig. 110

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Edição 1 8 de Abril de 2009